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Processo civil 3 - provisorio - AV1

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Processo civil 3 - processo dos tribunais 
1. Ordem dos processos nos tribunais: 
- Competência originária: Competência originária é a competência para conhecer e julgar a 
causa pela primeira vez, originariamente, aquela que faz o primeiro exame da causa. A 
competência originária costuma ser dos juízos de primeiro grau, dos juízos singulares, ou 
seja, perante o juiz singular.
- Competência recursal: A competência recursal do STF diz respeito à sua atuação enquanto 
última instância para julgar o processo, por meio de recursos ordinários constitucionais e 
extraordinários. Nos termos do art. 102, da CF. 

- O processo no tribunal é formado por duas fases: uma perante o desembargador relator, e a 
outra perante o colegiado. 

- A distribuição do processo será feita de acordo com o regimento interno dos tribunais.

Interposto o recurso (art. 929 cpc), este será distribuído (Art. 930 CPC) de acordo com o 
regimento interno do tribunal e encaminhado imediatamente ao desembargador relator (art. 
931 CPC) que, em 30 dias, apresentará seu relatório. 

- O sorteio de distribuição, no tribunal, segue a mesma regra que no primeiro grau: sorteio 
eletrônico, publicidade e critério de alternatividade, assegurando uma distribuição equânime 
entre os órgãos fracionários e impedindo que a parte escolha o seu juízo.

- Função do relator e as decisões monocráticas; 

O julgamento nos tribunais é colegiado, nesse sentido haverá sempre um relator cuja as 
funções estarão ela encaradas no art. 932 do CPC. 

Art. 932. Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, 
quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do 
tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão 
recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado 
originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 
(cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
- Julgamento pelo colegiado: Art. 934, 94 e 942 do CPC 

 
- Ordem do julgamento: Art. 936 do CPC
Art. 936. Ressalvadas as preferências legais e regimentais, os recursos, a remessa necessária e os 
processos de competência originária serão julgados na seguinte ordem:
I - aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos requerimentos;
II - os requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão de julgamento;
III - aqueles cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; e
IV - os demais casos.
	 - O relator é sempre o primeiro a votar.
	 - Ordem de análise; preliminares, questões prejudiciais e o mérito. 
	 - Se houver vício sanável, deverá ser o feito convertido em diligência (art. 938 CPC).

	 
- Art. 942 CPC: Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá 
prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que 
serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número 
suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às 
partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos 
julgadores.
§1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-
se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado.
§2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do 
prosseguimento do julgamento.
§3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não 
unânime proferido em:
I – ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, 
seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno;
II – agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o 
mérito.
§4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento:
I – do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas;
II – da remessa necessária;
III – não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial.
- Remessa necessária: Pode ser vista como o instituto que garante o duplo grau de jurisdição 
para reexame das decisões contrárias à fazenda pública, nas circunstâncias delineadas em lei. 
Somente será falado sobre Remessa Necessária, quando não for interposta apelação, casos 
em que o juiz ordenará de ex officio a remessa dos autos ao Tribunal (no caso de o juiz não 
realizar tal ato, caberá ao Presidente do Tribunal avocar os autos), conforme dispõe 
expressamente o art. 496, § 1.º, do CPC, caso em que tenha havido apelação, ao Tribunal 
caberá examinar o recurso interposto, não havendo que se cogitar de Remessa Necessária.
1.2 - Jurisprudência, Precedentes, Súmulas, Incidentes. 
- Incidente de assunção de competência: É um mecanismo criado pelo atual CPC para permitir 
que, em causas em tramite no tribunal, relevantes questões de direito, com grande 
repercussão social, mas sem repetição em múltiplos processos, que sejam objeto de recurso, 
remessa necessária ou causa de competência originária, sejam examinadas não pelo órgão 
fracionário a quem competiria p julgamento, mas por órgão colegiado indicado pelo regimento 
interno, com força vinculante sobre os juízes, órgãos fracionários e tribunais subordinados. 

- Incidente de arguição de inconstitucionalidade: Esta se efetiva com a instauração de um 
incidente, que cinge o julgamento do recurso. 

- Incidente de resolução de demandas repetitivas: Este mecanismo permite o STF e o STJ julgar 
uma só vez questão jurídica que, sem ele, teria de ser decidida inúmeras vezes. Sua finalidade 
é assegurar um julgamento único da questão jurídica que seja objeto de demandas repetitivas, 
com eficácia vinculante sobre os processos em curso, tornando mais efetivos os princípios da 
isonomia w da segurança jurídica. 

- Jurisprudência: Conjunto de decisões, aplicações e interpretações das leis. A jursprudênca 
pode ser entendida de três formas: a decisão isolada de um tribunal que não tem mais 
recursos; um conjunto de decisões reiteradas dos tribunais; súmulas de jurisprudência.

- Precedentes: É a decisão judicial tomada em um caso concreto, que pode servir de exemplo 
pra julgamentos similares. 
2. Teoria geral dos recursos: 
- Conceito de recurso: São remédios processuais voluntários, em que as partes o utilizam para 
submeter uma decisão judicial a uma nova apreciação, por órgão em regra, diferente daquele 
que a proferiu, com a finalidade de modificar, invalidar, esclarecer ou integrar a decisão judicial 
que se impugnou. 

- Características do recurso: 

 a) São interpostos na mesma relação processual, pois têm o objetivode prolonga-lá e não 
implicam na criação de um novo processo, como a ação recisória, a reclamação, o mandado 
de segurança e o habeas corpus. 

 b) Voluntáriedade: Diferentemente da remessa necessária que constitui uma exigência da lei 
para dar eficácia a determinadas sentenças, o recurso deve ser interposto de maneira 
voluntaria, cabendo as partes escolher se quer prosseguir ou não, com o remédio processual. 

 c) Correção de erros de forma - errores in procedendo: são vícios processuais, decorrentes 
do descompasso entre a decisão judicial e as regras do processo cívil, a respeito do processo 
ou procedimento. Este, em regra, enseja a anulação ou declaração de nulidade da decisão, 
com a restituição dos autos ao juízo de origem para que outra seja proferida.

 d) Correção de erros de conteúdo - errores in judicando: são vícios de conteúdo, de fundo, 
em que se alega a injustiça da decisão, o descompasso com as normas de direito material. 
Este, leva à reforma da decisão, quando o órgão ad quem profere outra, que substitui a 
originária. 

 e) Impossibilidade, em regra, de inovação. exceção: art. 493 do CPC, art. 1.014 do CPC.

- Princípios recursais:

 a) Duplo grau de jurisdição: É um princípio que garante a todos os cidadãos 
jurisdicionados, a reanálise de seu processo, administrativo ou judicial, geralmente por uma 
instancia superior.

 b) Taxatividade: Serão apenas considerados recursos aqueles elencados no arr. 994 do 
CPC e em algumas leis especiais.

 c) Unirrecorribilidade, unicidade ou singularidade: para cada decisão a ser atacada, há um 
único recurso próprio e adequado previsto no ordenamento jurídico. 

 d) Fungibilidade recursal: possibilidade do julgador aproveitar um recurso interposto de 
forma equivocada pelo recurso adequado, a fim de evitar a sua inadmissibilidade, desde 
que: não tenha havido o esgotamento do prazo do recurso correto, o erro nao tenha sido 
grosseiro e não tenha havido má fé do recorrente. 

 e) Proibição da reformatio in pejus: Proibir a reforma da decisão recorrida de modo que 
piore a situação do recorrente, desde que a outra parte não recorra. 

 f) Dispositivo ou congruência: Deve haver harmonia entre o pedido contido no recurso e a 
decisão recorrida. Ou seja, a decisão do juiz esta limitada ao que foi requerido pelas partes. 

 g) Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: Veda o cabimento imediato de 
recurso em face das decisões interlocutórias. 

- Recurso adesivo: é uma manobra judicial que permite que as partes interponham recursos 
após o momento apropriado, mas somente se a outra parte entrar com um dos recursos 
previstos no Novo CPC para o tema. uma modalidade de interposição de um recurso 
subordinado a outro recurso já interposto no processo.

3. Juízo de admissibilidade e de mérito

	 - De admissibilidade: Antes de examinar o mérito do recurso, o juiz deve verificar se estão 
preenchidos os pressupostos recursais. O não preenchimento leva ao não exame do recurso. 

	 a) Legitimidade para recorrer - Art. 996 do CPC: As partes e intervenientes, o ministério 
público e o terceiro prejudicado. 



	 b) Regularidade formal - Art. 994 do CPC. Regras de acordo com o recurso interposto. 
Recursos são em regra, escritos. No entanto, a lei permite a interposição oral em caso de 
embargos de declaração no Juizado especial. 



	 c) Tempestividade - Deve ser interposto dentro do prazo em lei. Todos os recursos 
deverão ser interpostos no prazo de 15 dias, com excessão dos embargos de declaração, que 
terão o prazo de cinco dias. Devem ser observados os seguintes artigos: 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão 
somente os dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos 
prazos processuais. 
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do 
começo e incluindo o dia do vencimento.
§1. Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil 
seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou 
iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. 
§2. Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da 
disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. 
§3. A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
Art. 1003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a 
sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público 
são intimados da decisão. 
§ 1º - Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta 
for proferida a decisão.
§ 2º - Aplica-se o disposto no art. 231, I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu 
contra decisão proferida anteriormente à citação. [[CPC/2015, art. 231.]]
§ 3º - No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou 
conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§ 4º - Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada 
como data de interposição a data de postagem.
§ 5º - Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para 
responder-lhes é de 15 (quinze) dias. (uniformização dos prazos recursais)
§ 6º - O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do 
recurso. (feriado local)
	 d) Preparo: É o pagamento das despesas processuais referentes ao processamento do 
recurso interposto. Além do preparo, haverá o recolhimento do porte de remessa e retorno, 
quando o recurso tiver de ser examinado por órgão diferente daquele que proferiu a decisão. 

	 Recorrentes isentos de preparo - Art. 1.007 §1°- MP, Fazenda Pública, Defensoria e os 
beneficiários da justiça gratuita. 
	 Deve-se comprovar o preparo no momento da interposição do recurso - Art. 1.007 caput. 

	 A complementação do preparo será feita no prazo de cinco dias. 
- Juízo de mérito: Exame da fundamentação do recurso, momento em que dá-se ou nega-se 
provimento. 
- Efeitos dos recursos: São as consequências que o processo sofre com a sua interposição, 
decorrentes de determinação legal.

	 a) Devolutivo: Todos os recursos são dotados de efeito devolutivo, este é justamente o 
momento em que o órgão ad quem reapreciará o que lhe foi impugnado. 

 	 
	 b) Suspensivo: Impede que a decisão recorrida se torne eficaz. Este é uma regra do 
recurso de apelação. 
	 Recursos que não são dotados desse efeito, mas podem ser atribuídos 
excepcionalmente:
	 * Agravo de instrumento: 
Art. 1029 CPC: I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação 
de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
	 * Embargos de declaração: 
Art. 1.026 Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o 
prazo para a interposição de recurso.
§ 1º - A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo 
juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo 
relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
	 * Recurso ordinário, especial, extraordinário e embargos de divergencia: 
Art. 1.029, §5° § 5º - O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a 
recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I - ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão 
do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III - ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a 
interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o 
recurso ter sido sobrestado, nos termos do art.1.037. [[CPC/2015, art. 1.037.]]
C) Ativo/ suspensivo ativo/ antecipação dos efeitos da tutela recursal: É a possibilidade de 
o relator, liminarmente, conceder a tutela antecipada da pretensão recursal, concedendo a 
medida que ele foi negada pela primeira instância.
D) Translativo: É a aptidão que os recursos em geral tem de permitir ao órgão ad quem 
examinar de ofício matérias de ordem pública, conhecendo as ainda que não integre o 
objeto do recurso. Estas podem ser conhecidas pelo juízo independentemente de 
arguição. Exemplos como prescrição, decadência, falta de condições da ação ou de 
pressupostos processuais poderão ser examinadas pelo órgão ad quem ainda que não 
suscitadas. 
Todos os recursos ordinários são dotados de efeito translativo, incluindo os embargos de 
declaração e os agravos.
Não há efeito translativo apenas dos recursos especiais extraordinários, pois o STJ e o 
STF se limitaram examinar aquilo que tenha sido preso questionado e, portanto, aventado 
nas instâncias inferiores sem conhecer de ofício matérias que não tenham sido 
suscitadas.
F) Expansivo: chama-se efeito expansivo a aptidão de alguns recursos cuja eficácia pode 
ultrapassar limites objetivos ou subjetivos previamente estabelecidos pelo recorrente. Ele 
possibilita que o resultado do recurso sistema da litigantes que não tenham recorrido.
G) Regressivo: É aquele que autoriza o órgão jurisdicional a quo a rever a decisão
recorrida. Ocorre nos casos de agravo de instrumento e também, excepcionalmente, na 
apelação, em 3 (três) situações:
i) Contra sentença que indefere a petição inicial (art.331 do CPC );
ii) Quando o pedido autoral for, liminarmente (sumariamente), julgado improcedente 
(art.332 do CPC);
iii) Quando interposta a apelação em qualquer dos casos previstos nos incisos do art.485 
do CPC (art.485, §7o).
H) Substitutivo: É aquele que faz com que a decisão do juízo ad quem, qualquer que seja 
ela, substitua a decisão recorrida. Encontra-se previsto expressamente no art.1008 do 
CPC .
4. Recurso em espécie: Apelação
	 - Conceito: A apelação é o recurso revisto no Código de Processo Civil nos artigos 1.009 
e 1.014 da lei 13.105/2015, como o modo de interpor contra as sentenças. Ou seja, serve para 
atacar a decisão de primeiro grau, possibilitando a revisão da matéria pela instância superior. 
	 - A apelação tem cabimento contra qualquer tipo de sentença, que julga processo de 
conhecimento e que extingue as execuções.
	 - Estrutura mínima de um recurso de apelação: Art. 1010 do CPC
Art. 1.010 do CPC/2015 – A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro 
grau, conterá:
I – os nomes e a qualificação das partes;
II – a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV – o pedido de nova decisão.”
- Prazo de interposição: 15 dias
- Procedimento do recurso de apelação:

	 a) Em sede de 1° grau / órgão a quo: I) Interposição da apelação, através de 
petição escrita, perante o juiz de primeiro grau; II) Será aberto o prazo de 15 dias para 
contrarrazões; III) Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos 
ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.
	 b) Em sede de segundo grau / Tribunal: Haverá um relator que tomará as 
providências estabelecidas no Art. 932 do CPC.
	 c) Casos especiais: 
- Efeitos: De acordo com o Art. 1.012, caput do CPC, a apelação terá em regra o duplo 
efeito suspensivo e devolutivo. 
	 Excessões em que a lei retira o efeito suspensivo:
Art. 1.012 § 1º - Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir 
efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do 
executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
	 Outros pontos: 
§ 3º - O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá 
ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua 
distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4º - Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo 
relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, 
sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil 
reparação.
b) Efeito translativo: A apelação é dotada de efeito translativo, o que permite ao 
tribunal conhecer de ofício as matérias de ordem pública, ainda que não 
suscitadas. 
Art. 1.013 A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria 
impugnada. 
§ 1º - Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as 
questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido 
solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2º - Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher 
apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
Causa madura
§ 3º - Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve 
decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485; [[CPC/2015, art. 485.]]
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do 
pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá 
julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º - Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o 
tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem 
determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5º - O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é 
impugnável na apelação.
	 
	 c) Regressivo: Terá este efeito quando interposta contra a sentença de extinção 
sem resolução de mérito - art. 485,§7° do CPC, ou de improcedência liminar - art. 332, 
§3°, interposta contra sentença que indefere a petição inicial - art. 331 do CPC. 
	 d) Obstativo (impeditivo): Impede que a decisão recorrida transite em julgado, 
obstando/impedindo sua imediata execução;
5. Recurso em espécie: Agravo de instrumento
	 - Conceito: O agravo de instrumento é um recurso que tem como objetivo evitar que 
danos graves e irreversíveis sejam causados a uma das partes a partir de uma decisão 
interlocutória.
	 Mesmo não proferindo uma sentença, as decisões que um juiz toma durante um processo 
possuem grande impacto na resolução do mesmo.
	 Seja para garantir uma tutela provisória, para definir o mérito ou para admitir a intervenção 
de terceiros, as decisões podem ser tão importantes quanto a sentença em si.
	 Da mesma forma, uma decisão tomada sem a análise completa do todo ou de forma 
precipitada pode causar grandes danos a uma das partes de um processo. Danos esses que 
podem alterar completamente o curso da disputa judicial.
	 E o papel do recurso de agravo de instrumento é justamente pedir uma reanálise da 
decisão proferida para um Tribunal de Justiça (TJ) ou para o Supremo Tribunal Federal (STF), com 
o objetivo de evitar esses danos.
	 - Previsão legal: Art. 1015 ao 1020 do CPC
	 - Prazo de interposição: 15 dias
	 - Cabimento: 
Art. 1015- Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; [[CPC/2015, art. 373.]]
XII – (VETADO).;
 Redação anterior: [XII - conversão da ação individual em ação coletiva;]
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único - Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo 
de execução e no processo de inventário.
- ROL TAXATIVO MITIGADO STF: 
I) cabe agravo de instrumento contra todas as decisões interlocutórias proferidas 
em liquidação e cumprimento de sentença, no processo executivo e na ação de 
inventário. 
II) contra decisões interlocutórias no âmbito de processos de recuperação judicial e 
falência (Tema 1.022).
III) contra a decisão interlocutória que determina busca e apreensão de menor para 
efeito de transferência de guarda, uma vez que tal hipótese, no entendimento do 
colegiado, encaixa-se na regra do inciso I do artigo 1.015.
IV) cabe agravo contra decisão interlocutória que fixa a data da separação de fato.
V) Nos casos de pronunciamento judicial sobre a exclusão de litisconsorte, o 
questionamento pode ser feito via agravo de instrumento (nos termos do inciso VII 
do artigo 1.015), independentemente dos motivos jurídicos para essa exclusão. "É 
agravável, portanto, a decisão que enfrenta o tema da ilegitimidade passiva de 
litisconsorte, que pode acarretar a exclusão da parte", afirmou o relator do REsp 
1.772.839, ministro Antonio Carlos Ferreira.
VI) e as decisões interlocutórias que analisem temas relativos à prescrição e à 
decadência possuem natureza de mérito e, portanto, são atacáveis por agravo de 
instrumento, conforme previsto no artigo 1.015, inciso II.
VII) agravo de instrumento será o meio de impugnação adequado quando o 
julgamento da primeira fase da ação de exigir contas for de procedência do pedido 
(decisão interlocutória com conteúdo de decisão parcial de mérito).No entanto, se 
o julgamento nessa fase for pela improcedência ou pela extinção do processo sem 
resolução do mérito, o colegiado concluiu que o pronunciamento judicial terá 
natureza de sentença e será impugnável por apelação.
VII) cabimento do agravo de instrumento no caso de decisão interlocutória que 
indefere a concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução de título 
extrajudicial.
IX) ao cabimento do agravo contra decisão que indefere requerimento para 
exibição de documentos. O colegiado interpretou a regra do inciso VI do artigo 
1.015 do CPC e concluiu que essa hipótese de cabimento do agravo deve ser 
entendida de forma abrangente.
X) o cabimento de agravo de instrumento, concluindo pela possibilidade nas 
hipóteses de decisão interlocutória que versa sobre a inversão do ônus da prova 
em ações que tratam de relação de consumo (REsp 1.729.110), admissão de 
terceiro em ação judicial com o consequente deslocamento da competência para 
Justiça distinta (REsp 1.797.991), decisão sobre arguição de impossibilidade 
jurídica do pedido (REsp 1.757.123) e também no caso de decisão que aumenta 
multa em tutela provisória (REsp 1.827.553).
	 - Efeitos: 
	 	 a) Suspensivo: No CPC de 1973, o agravo de instrumento, por via de regra, era um 
recurso que possuía efeito suspensivo no processo. Isso quer dizer que enquanto o agravo de 
instrumento não fosse devidamente analisado e julgado, os demais prazos do processo e suas 
etapas não ocorriam. Atualmente, no Novo CPC, o agravo de instrumento não possui diretamente 
o efeito suspensivo. Entretanto, o julgador pode, conforme a necessidade, atribuir o efeito 
suspensivo ao recurso, através de uma liminar.
	 - Retratação: Havendo retratação, poderá ser interposto pela parte contrária um novo 
agravo de instrumento, desde que a nova decisão se insira nas hipóteses do art. 1.015 do CPC.
5.1 - Agravo Interno: 
	 - Conceito: É aquele cabivel contra as decisões monocráticas do relator. 
	 - Prazo: 15 dias
	 - Previsão legal: Art. 1021 do CPC
Art. 1021 - Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo 
órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do 
tribunal.
§ 1º - Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os 
fundamentos da decisão agravada.
§ 2º - O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o 
recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-
lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º - É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada 
para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4º - Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente 
em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante 
a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º - A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do 
valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de 
gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
6. Embargos de Declaração: 
	 - Previsão legal: Art. 1022 ao 1026
	 - Conceito: É um meio de correção e integração da sentença, não meio de impugnação 
de ideia. Os embargos não tem por objetivo modificar o teor da sentença, mas esclarecer a 
decisão.
	 - O embargante pode alegar:
	 	 a) Obscuridade: consiste na falta de clareza do julgado, tornando-se difícil fazer 
uma exata interpretação. Verifica-se a obscuridade quando o julgado está incompreensível no 
comando que impõe e na manifestação de conhecimento e vontade do juiz. A obscuridade pode 
ainda se situar na fundamentação ou no decisum do julgado; pode faltar clareza nas razões de 
decidir ou na própria parte decisória.
	 	 b) Contradição: consiste na existência de proposições entre si inconciliáveis. 
Ressalte-se que a contradição e a afirmação conflitante, que pode ocorrer entre proposições 
contidas na motivação, na parte decisória, ou, ainda, entre alguma proposição enunciada nas 
razões de decidir e o dispositivo, bem como pode ocorrer a contradição entre a ementa e o corpo 
do acórdão. A jurisprudência tem entendido que contradição, suscetível de ser reparada por 
embargos de declaração, é a que se instala entre os próprios termos da decisão embargada. Não 
é possível, através de embargos, reparar possível contradição entre o que foi decidido e o que 
consta de determinado texto legal. (RJTJSP 169/261).
	 	 c) Omissão: consiste na falta de pronunciamento judicial sobre ponto ou questão 
suscitado pelas partes, ou que o juiz ou juízes deveriam se pronunciar de ofício. Assim, a 
omissão na decisão se caracteriza pela falta de atendimento aos requisitos previstos no artigo 
458 do Código de Processo Civil. Todavia, não se pode confundir questão ou ponto com 
fundamento ou argumento que servem de base fática, lógica para a questão ou ponto, pois o juiz 
não está obrigado a examinar todos os fundamentos das partes, sendo importante que indique 
somente o fundamento que apoiou sua convicção no decidir. Conclui-se, assim, que as questões 
que o juiz não pode deixar de decidir são todas as questões relevantes postas pelas partes para 
a solução do litígio, bem como as questões de ordem pública, as quais o juiz deve resolver de 
ofício. Deixando de apreciar algum desses pontos, ocorre a omissão.
	 - Os embargos de declaração não se sujeitam a preparo - Art. 1023, caput, parte final. 
	 - Prazo de interposição: 5 dias a contar da data em que as partes são intimadas da 
decisão.
	 - Interrompem o prazo para a interposição de outros recursos.
	 - 
	 - Efeitos: Possuem efeito devolutivo, translativo e excepcionalmente suspensivo, nos 
termos do art. 1026, § 1°.- Efeitos infringentes / modificativos: A atribuição de efeitos infringentes aos embargos de 
declaração é possível, em hipóteses excepcionais, para corrigir premissa equivocada no 
julgamento, bem como nos casos em que, sanada a omissão, a contradição ou a obscuridade, a 
alteração da decisão surja como consequência necessária. 
	 Para a atribuição de efeitos infringentes aos embargos de declaração, há de ser 
observado o contraditório.É isto o que prevê o já mencionado art. 1.023 do CPC:
Art. 1.023. […]
§ 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, 
sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da 
decisão embargada.

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