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Resumo sobre ectoparasitas

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1 Resumo Parasitologia 
CLASSE ARACHNIDA 
ECTOPARASITAS 
R E I N O A N I M A L I A 
F I L O A R T H R O P O D A 
 
 
CORPO DIVIDIDO EM CEFALOTÓRAX + ABDOME, 4 
PARES DE PATAS, OLHOS SIMPLES, SEM ANTENAS E SEM 
ASAS 
 
 
 
 
PIOLHOS 
 
 Parasitos permanentes (toda a vida no hospedeiro, 
resiste pouco fora dele) 
 Hospedeiro-específicos 
 Hemimetábolos (ovo, ninfa, adulto) 
 Sazonalidade: incidência no inverno – aglomeração, 
pelagem espessa 
 Transmissão por contato ou fômites 
 
a) Mastigadores parasitam mamíferos e aves com 
prurido (irritação, perda de peso, lesões secundárias 
pelo ato de coçar), se alimentam de células de 
descamação da pele. 
 Bovicola bovis Bovicola ovis 
b) Sugadores: alimentam-se de linfa, parasitam 
mamíferos e são vetores de doenças como o Tifo, 
Febre das trincheiras. O prurido é causado por alergia 
à saliva. 
 Haematopinus suis (suínos) 
 Haematopinus quadripertussus (bovinos) 
 Linognathus sp (ruminantes) 
Solonopotes capillatus (solípedes) 
Pediculus sp Pthirus púbis (humanos) 
 
 
MEDIDAS DE CONTROLE: 
✓ Limpeza de equipamentos e materiais 
✓ Tratar animais com inseticidas (banhos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEMÍPTERAS 
 
 Fitófagos, predador ou hematófago 
 Peridomésticos 
 Hábitos noturnos 
 Hemimetábolos (ovo, ninfa, adulto) 
 
Triatoma infectans – triatomíneo, 2 pares de asas 
= vetor da Doença de Chagas, pelo 
Tripanossoma cruzi, que pode ser transmitida por 
via oral (caldo de cana, açaí...) 
 + Rhodnius 
 + Panstrongilus 
 
Cimex lectularius – percevejo, asas atrofiadas = 
vetor da Febre Maculosa 
 
Ornithocoris (aves) 
 
MEDIDAS DE CONTROLE: 
✓ Vigilância entomológica 
✓ Combate ás colônias domiciliares 
✓ Controle químico com piretróides 
(inseticidas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Resumo Parasitologia 
 
 
 
PARASITIFORMES 
IXODIDAE 
 Hemimetábolo (ovo, larva, ninfa, adulto) 
 Causa irritação e inflamação 
 Monoxenos → transmissão transovariana, mudas 
ocorrem no hospedeiro (Rhipicephalus microplus – 
bovinos) ou heteroxenos → mudas ocorrem no 
ambiente (Rhipicephalus sanguineus - cães e 
Dermacentor - equinos) 
 Fototropismo positivo das larvas: odor, calor, 
vibrações, sombreamento, [CO2] 
 Ruminantes: localização na região ventral, onde a 
pele é mais fina e abrigo da luz 
 Vetor Babesia bovis, Babesia bigemina, 
Anaplasma 
 Sazonal: surtos de T.P.B na primavera (RS) larvas 
eclodem e depende da susceptibilidade do 
hospedeiro 
 Rebanho de origem europeia 
 Cães: vetor para bactéria Ehrlichia spp (doença do 
carrapato), Borrelia spp (Doença de Lyme) e para 
Babesia canis 
 Equinos: Ambliomma Dermacentor 
 Grandes babesias (>2,5 µm): B. bigemina 
(bovino), B.canis, B.caballi 
 
ARGASIDAE 
 Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso 
 Heteroxenos 
 Vários estágios larvais 
A) Gênero Argas: hábito noturno, esconderijos 
protegidos da luz, repasto sanguíneo rápido, 
oviposturas pequenas e parceladas 
B) Gênero Ornithodorus: ambientes arenosos, 
silvestres, sem limitação das faces dorsal e ventral, 
hospedeiros: humanos e animais domésticos, vetor 
da Borrelia spp (Doença de Lyme ) 
C) Gênero Otobius: “carrapato da orelha” – larvas 
no canal auditivo, otite externa, adultos não 
parasitam. Hospedeiros: equinos, suínos, humanos, 
ruminantes, canídeos... 
 
MEDIDAS DE CONTROLE: 
✓ Acaricidas 
✓ Seleção de animais resistentes 
✓ Vacina 
✓ Controlar acesso de aves silvestres 
✓ Tipo de pastagem 
✓ Consorciar com ovinos 
✓ Higienização de galpões e aviários 
 
 
 
ACARIFORMES 
PSOROPTIDAE 
 Descamação da pele ou fluidos teciduais 
 Monoxenos 
Sarcoptes scabei → mesma espécie com variedades 
por especificação parasitária: 
Sarcoptes scabiei var.canis, var.suis, var.ovis,... 
 Otodectes = pavilhão auricular e face de gatos e coelhos 
 Cnemidocoptes = patas de galiformes, base das asas e 
bico de passeriformes, período de incubação longo, 
formação de crostas, manifesta em baixa imunidade 
 Psoroptes = perfuram a pele em busca de linfa, muito 
prurido pelo processo inflamatório, áreas sem pelo e com 
crostas: P.ovis, P.bovis, P.cuniculi, P.equi... 
 Chorioptes bovis 
 Transmissão por fômites 
DEMODICIDAE 
 Vivem como comensais no folículo piloso e 
glândulas sebáceas, onde ovipositam (20-25 ovos) 
 Hospedeiro espécie-específico = não zoonótico 
Demodex phylloides (suíno) 
Demodex pholiculorum (humano) 
 
 Demodex canis: áreas alopecias na cabeça, ao 
redor dos olhos e patas (Demodicose) 
 Não sobrevivem fora do hospedeiro 
 Pouco transmissível, apenas por contato 
prolongado, como na amamentação 
MEDIDAS DE CONTROLE: 
✓ Acaricidas 
✓ Separação de animais infestados 
✓ Higiene de recintos 
✓ Alimentação adequada 
✓ Desinfecção de arreios e coleiras 
✓ Vazio sanitário 
 
 
 
 
1 Resumo Parasitologia 
CLASSE INSECTA 
 
 
CORPO DIVIDIDO EM CABEÇA + TÓRAX + ABDOME, 
3 PARES DE PATAS, OLHOS COMPOSTOS, TÊM 
ANTENAS E PODEM TER ASAS OU NÃO. 
 
 
 
 
MOSQUITOS 
 
 Sinantropismo 
 Fêmeas são parasitos e machos se alimentam de 
fluidos vegetais 
 Holometábolos: ovoposição em locais úmidos → 4 
larvas móveis → pupa (bastante móvel) → adulto 
 São vetores para vírus, bactérias, protozoários e 
nematódeos: 
 
Mosquito-prego (Anopheles) - Malária 
Pernilongo (Culex sp.) 
Mosquito-da-dengue (Aedes) dengue, febre 
amarela, zika 
Borrachudo (Simulium) 
Pólvora (Culicoides) 
Mosquito-palha (Lutzomya) leishmaniose 
 
MEDIDAS DE CONTROLE: 
✓ Combater forma larval 
✓ Evitar acúmulo de água 
✓ Inserção de predadores (por exemplo, 
peixes) 
✓ Saneamento básico 
✓ Fumegação com inseticidas 
✓ Uso de repelentes 
✓ Evitar acúmulo de matéria orgânica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOSCAS 
 
 Holometabólicas (ovo, larva, pupa, adulto) 
 Adultos - machos e fêmeas hematófagos 
 Vetores para vírus, bactérias, nematóides e 
miíases – ferimentos atraem outros insetos 
 Repasto sanguíneo em temperaturas amenas 
- vários repastos curtos 
Haematobia irritans – mosca do chifre, só 
abandona o hospedeiro para ovipor em fezes 
frescas; 
Stomoxys calcitrans – mosca do estábulo, larva 
coprófaga encontrada no esterco de equino; 
Dermatobia hominis – varejeira, em feridas 
recentes causa miíase primária, ou em feridas 
antigas, que causa miíase secundária; 
 
 Larvas histiófagas: 
A) Cutânea: pode ser furunculosa (como o Berne 
Dermatobia hominis – miíase primária que pode 
penetrar pele íntegra) ulcerosa ou rasteira. 
B) Cavitária (como a Oestrus ovis, miíase primária 
que se localiza na fossa nasal de ovinos). 
C) Orgânica (Gaestrophilus sp., miíase primária na 
mucosa do estômago e intestino de equinos). 
 
MEDIDAS DE CONTROLE: 
✓ Evitar acúmulo de matéria orgânica 
✓ Esterqueira 
✓ Trocar cama dos estábulos 
✓ Repelentes 
✓ Manter feridas limpas 
✓ Higienizar ambiente

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