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Infestação por carrapatos

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Infestação por carrapatos 
CARACTERIZAÇÃO GERAL 
→ Classificação taxonômica: 
- Reino: Animalia 
- Filo: Arthropoda 
- Classe: Arachnida 
- Ordem: Acari 
- Família: Ixodidae e Argasidae 
 
 
→ São ectoparasitos hematófagos de animais domésticos 
e silvestres (aves, mamíferos, répteis, anfíbios). 
→ Tem ocorrência mundial. Tantos em áreas urbanas, 
rurais e silvestres. 
→ Vivem no ambiente - em touceiras, em frestas e 
cavidades, entre as madeiras. Em climas úmidos ou 
secos. 
→ São vetores doenças causadas por vírus, bactérias e 
protozoários. 
- Febre maculosa; Babesiose ou Tristeza Parasitária; 
Erliquiose; Doença de Lyme ou Borreliose 
→ Com 4 pares de pernas, exceto as larvas com 3 pares. 
 
 
→ Possuem 04 estágios de desenvolvimento: 
- ovo  larva  ninfa  adulto (♀ ou ♂) 
 
 
 
→ Corpo revestido por um EXOESQUELETO (= esqueleto externo) resistente e firme, composto por quitina (proteína) 
 
 
 
 
→ Espiráculos ou estigmas respiratórios: 1 par localizado atrás do 4º par de pernas. 
→ Orifício genital fica na linha média ventral 
→ O ânus é posterior. 
→ Os olhos, quando presentes, situam-se na margem externa do escudo. 
→ Aparelho (ou aparato) bucal chamado de Capítulo ou Gnatossoma 
- Quelíceras, Hipostômio, Palpos ou pedipalpos 
→ Aparelho (ou aparato) bucal chamado de Capítulo ou Gnatossoma 
 
 
FIXAÇÃO E ALIMENTAÇÃO (REPASTO SANGUÍNEO) 
 
→ as quelíceras fazem movimentos propulsores do hipostômio para lacerar a pele; 
→ formam lesões causadas pelo efeito fixador dos “dentes” no hipostômio. 
 
 
AÇÃO IRRITATIVA DA PICADA 
→ AÇÃO DA SALIVA: 
- Vasodilatação, inibição da agregação plaquetária, inibição da coagulação sanguínea, atividade anti-inflamatória e 
imunossupressora 
- Liberação do cemento (fixação no hospedeiro)  Altera a hemostasia do sangue (mecanismo que mantém a fluidez do 
sangue pelos vasos). 
 
COMO O CARRAPATO ENCONTRA SEU HOSPEDEIRO? 
→ O órgão de Haller detecta do hospedeiro: CO2, Temperatura corporal e ácido butírico. 
 
CH= quelícera; H= hipostômio; PP= pedipalpos; GN= gnathosoma (capítulo); CX= coxa; TA= 
tarso; GO= poro genital; STI= estigma respiratório; AN= ânus; FE= festão. 
 
 
 
 
 
 
FAMÍLIAS 
→ Família ixodidae 
- Capítulo localizado na porção anterior do corpo e visto dorsalmente. 
- Possui o escudo (= corpo duro), na região dorsal. 
→ Família argasidae 
- Capítulo localizado na porção ventral do corpo, por isso é visualizado somente quando esta nesta posição. 
- Não possui o escudo (= corpo mole). 
 
 
Família Ixodidae ou Ixodídeos 
Possui um ESCUDO (= revestimento quitinoso) 
→ Macho: escudo se estende por todo o dorso 
→ Larva, ninfa e fêmea: o escudo cobre apenas uma pequena porção da região dorsal do corpo 
 
CICLO DE VIDA OU CICLO BIOLÓGICO: 
 
 
OVIPOSIÇÃO 
→ Fêmea “grávida” chamada TELEÓGINA 
→ Uma única oviposição na vida. 
→ A taxa de produção de ovos varia de 2.000 a 6.000 ovos dependendo da espécie. 
 
CICLO DO CARRAPATO DO BOI - RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS 
 
 
 
CICLO DE VIDA DO RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS 
 
 
MODO DE VIDA DE UM IXODÍDEO 
→ Quanto ao tempo de fixação no corpo do hospedeiro, os carrapatos podem ser permanentes ou temporários. 
 
 
OS IXODÍDEOS MAIS COMUNS NO BRASIL 
→ Rhipicephalus (Boophilus) microplus (carrapato do boi): 
- Nome antigo Boophilus microplus 
- HOSPEDEIROS: bovinos 
- VETOR: Babesia bovis, Babesia bigemina (Babesioses) e Anaplasma marginale (Anaplasmose) = formação do complexo chamado de 
Tristeza Parasitária ou Piroplasmose. 
 
 
→ Amblyomma cajennense (carrapato estrela ou do cavalo): 
- HOSPEDEIROS: animais domésticos (equinos, cachorros, galinhas, etc) e silvestres (capivaras, serpentes, sapos, etc) e humanos. 
- VETOR: Ehrlichia (Erliquiose equina); Rickettsia rickettsii (Febre Maculosa); vírus da encefalite equina venezuelana; 
 
→ Rhipicephalus sanguineus (carrapato vermelho do cão): 
- HOSPEDEIROS: cães e gatos. Instalam-se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas. 
- VETOR: Babesia canis (babesiose); Ehrlichia canis (Erliquiose canina); Theileria e Citauxzoon (Theileriose) e Anaplasma (Anaplasmose 
canina). 
 
→ Dermacentor nitens (ou carrapto da orelha do cavalo): 
- HOSPEDEIROS: equinos Apesar do nome vulgar, parasita outras partes corporais 
- VETOR: babesia equi (Babesiose equina/Piroplasmose equina) 
- Em elevadas infestações pode causar graves deformações do pavilhão auricular 
 
→ Ixodes ricinus: 
- HOSPEDEIROS: caprinos, equinos, etc. Causador da Paralisia em ovelhas e em crianças humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Familia Argasidae ou Argasídeos 
→ Peças bucais (capítulo) NÃO visíveis pela face dorsal. 
→ São os carrapatos de “corpo mole” = SEM ESCUDO e 
com margens achatadas. 
→ Não há dimorfismo sexual, pois não há escudo. 
→ OBS: mas há exoesqueleto 
→ Ao contrário dos ixodídeos, são resistentes à seca e 
capazes de viver por vários anos. 
→ O gênero Argas é mais abundante nas regiões áridas 
(de longas estações secas). 
 
COMPORTAMENTO ALIMENTAR 
→ Permanecem mais tempo no ambiente, que no 
hospedeiro. 
→ Frequentemente associada às aves. 
→ Ninfas e adultos alimentam-se rapidamente (de 30 a 
40 min). 
→ Somente as larvas se fixam no hospedeiro por cerca 7 
a 10 dias. 
→ Não se dilatam tanto na ingurgitação: as fêmeas se 
nutrem moderada e frequentemente. 
→ Os argasídeos que vivem em um habitat estável, podem 
se alimentar no mesmo animal várias vezes ou em 
vários animais. 
 
CICLO DE VIDA 
→ Reprodução contínua ao longo do ano. 
→ Acasalamento ocorre fora do hospedeiro. 
→ A fêmea realiza postura após cada repasto sanguíneo. 
→ Ovo  larva  ninfas (vários estágios)  adultos 
ARGAS MINIATUS (CARRAPATO DE GALINHA) 
→ Vetor da bouba (doença infecciosa); 
→ De Dia: os adultos se escondem em frestas dos 
galinheiros, sob as cascas de árvores ou outro lugar 
protegido da luz. 
→ De Noite: saem para o repasto sanguíneo (± 30 min). 
→ Após a sucção voltam aos esconderijos e as fêmeas 
fazem a oviposição (120 a 180 ovos). 
→ Infestações pesadas: podem matar as aves por 
exanguinação. 
→ Podem atacar o homem (+ raro) e sua picada Causa 
intensa dor. 
 
Danos aos hospedeiros e controle 
→ Ação espoliativa: perda de grande quantidade de sangue, 
devido ao repasto sanguíneo (anemia do tipo espoliativa). 
→ Ação tóxica: a saliva pode causar ação irritante, tóxica ou 
alérgica (prurido + estresse). 
→ Ação patogênica: potencial de transmissão de doenças 
infecciosas. 
 
PATOLOGIA DA PICADA 
→ A maioria não apresenta complicações. 
→ Sintomatologia: 
- Pápula avermelhada local; 
- Podem induzir hipersensibilidade; 
- Em caso de reposta alérgica: uso de anti-histamínico 
→ Ornithodoros Coriaceus (América do Norte) 
- As picadas desencadeiam vesiculação local, pustulação 
com ruptura, ulceração e vários graus de edema e dor. 
 
VETORAÇÃO DE PATÓGENOS- AÇÃO INDIRETA 
→ Protozoários: Babesia spp., Theileria spp. 
→ Rickettsias: Rickettsia spp., Ehrlichia spp., Anaplasma 
spp., Hepatozoon canis, Haemobartonella spp., coxiella 
burneti. 
→ Bactérias: Borrelia spp., Brucella spp., Pasteurella, 
Staphylococcus aureus, ... 
→ Filárias: Dirofilaria immitis, Achantocheilonema 
reconditum. 
→ Vírus: Meningoencefalite dos ovinos, encefalomielite dos 
equinos, mixomatose em coelhos, peste suína africana. 
 
ZOONOSES GRAVES: 
→ Febre Maculosa: causada pela Rickettsia rickettsii 
→ Doença de Lyme: causada pela bactéria Borrelia 
burgdorferi 
 
CONSEQUÊNCIAS DA INFESTAÇÃO 
→ Infestações maciças podem causar anemia, perda de 
pelos e prurido 
→ Lesões causados pelo capítulo podem infeccionar e 
predispor ao ataque de larvas de moscas da bicheira 
(miíases) = perda no abate, no valor do couro ou do velo 
→ Transmissão de agentes infecciosos aos hospedeiros 
 
DIAGNÓSTICO: 
→ Visualização do parasito e/ou coceira do hospedeiro 
- Não puxar o carrapato pelo abdome 
→ Como retirar: 
- Uso de pinça para segurar o carrapatopelo capítulo 
(não puxar pelo abdômen); 
- Puxar com movimentos lentos e firmes; 
- Lavar o local com água e sabão; 
- Não espremer ou estourar com as unhas 
 
CONTROLE DA INFESTAÇÃO 
→ Carrapaticidas 
- O uso indiscriminado e a má utilização podem 
acarretar: problemas de resistência; resíduos do 
produto (leite e carne) e a contaminação humana; 
poluição do solo e da água 
→ Carrapaticidas do passado: 
- Arsênico - causava injúrias 
- DDT e BHC (substâncias sintéticas cloradas) - 
intoxicações e mortes de animais tratados 
→ Carrapaticidas atuais: 
- Substâncias fosforadas sintéticas: Ivermectina; 
Fipronil (Regent, Termidor, frontline, Revoluiton); 
Assuntol, Trolene, Ruelene, Neguvon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIDAS PROFILÁTICAS 
→ No animal: 
- Coleiras/bisnagas/banhos carrapaticidas e repetição 
com 15 dias; 
- Tosa de pelos longos no verão; 
- Aplicação de produtos de longa duração, em gotas para 
uso tópico 
→ OBS: Gatos, filhotes ou fêmeas prenhas não devem ser 
banhados (toxicidade) e animais com ferimentos abertos 
(feridas/queimaduras) não devem ser tratados. 
→ No Ambiente (faz o ciclo reprodutivo no ambiente): 
- Uso de carrapaticidas em canis, plantas, canteiros, 
frestas nas paredes, pisos e ralos (repetir com 15 dias) 
- Uso da "vassoura de fogo ou aparelhos de jato de vapor 
d'água fervendo, em canis de alvenaria (repetir com 15 
dias); 
- Lacrar frestas em paredes e em canis; 
- Troca de composto a cada 2 ou 3 aplicações - evita 
resistência 
- Retirar os animais do ambiente no momento do 
tratamento, para que o produto seque completamente; 
- Tratamento intenso nas épocas quentes (retorno da 
infestação); 
- Tratamento constante nas áreas em que há 
carrapatos em qualquer época do ano.

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