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Manual de Procedimentos
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Imposto de Renda 
e Legislação Societária
Fascículo No 24/2020
Veja nos Próximos 
Fascículos
a Sped - ECF - Imunes ou 
isentas
a Sped - ECF - Lucro presumido
a Sped - ECF - Lucro real
/a Tributos e Contribuições Federais
IRPJ/CSL/Cofins/PIS-Pasep
Transação extraordinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
/a Direito de Empresa
Sociedade em comandita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
/a IOB Setorial
Importação
IRRF/Cide/PIS-Pasep-Importação/Cofins-Importação - Remessas 
para o exterior - Importação de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
/a IOB Perguntas e Respostas
Sped
ECF - DPP - Obrigatoriedade de apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
ECF - Participação em consórcio de empresas - Informação na escri-
turação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
ECF - Período de encerramento da escrituração diferente do da ECD 
- Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
ECF - Pessoas jurídicas imunes/isentas - Registros a serem preenchi-
dos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer 
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
20-36319 CDU-34:336.215(81)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Imposto de renda e legislação societária : 
 tributos e contribuições federais.... -- 
 16. ed. -- São Paulo : IOB, 2020. -- 
 (Coleção manual de procedimentos ; 24)
 ISBN 978-85-379-3641-2
 1. Imposto de renda - Leis e legislação - Brasil
I. Série.
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Imposto de renda : Direito tributário 
 34:336.215(81)
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
Bo
le
tim
 IO
B
© 2020 by IOB
Capa:
Marketing IOB
Editoração Eletrônica e Revisão: 
Editorial IOB
0800-724-7900 SAC
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
Boletimj
24-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
IRPJ/CSL/COFInS/PIS-PaSEP
Transação extraordinária
1. QUADRO SINÓTICO
A Lei nº 13.988/2020 é resultante da conversão 
da Medida Provisória nº 899/2019, também conhe-
cida por MP do Contribuinte Legal, e estabeleceu os 
requisitos e as condições gerais para que a União, 
por meio da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional 
(PGFN), e os respectivos devedores ou partes adver-
sas possam realizar transação, nos termos do art. 171 
da Lei nº 5.172/1966 (CTN), criando mecanismos que 
viabilizem a autocomposição (acordo ou negociação) 
em causas de natureza fiscal. As alterações, na forma 
proposta, visam a dar maior efetividade na recupera-
ção dos créditos inscritos na Dívida Ativa da União 
(DAU).
No âmbito da PGFN, foram disciplinadas as 
seguintes modalidades de transação:
a) transação individual e por adesão na cobran-
ça da DAU: Portaria PGFN nº 9.917/2020 e 
Editais nºs 1/2019 e 3/2020; e
b) transação extraordinária: Portaria PGFN 
nº 9.924/2020, que estabelece as condições 
para transação extraordinária na DAU, em fun-
ção dos efeitos da pandemia causada pelo 
novo coronavírus (Covid-19).
Demonstramos, no quadro a seguir, as principais 
informações sobre a transação extraordinária:
a Tributos e Contribuições Federais
Abrangência Débitos de pessoa natural, empresário individual, microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP), exceto Simples Nacional.
Vedações
É vedada a transação que:
a) reduza multas de natureza penal;
b) conceda descontos a créditos relativos ao:
b.1) Simples Nacional, enquanto não editada lei complementar autorizativa;
b.2) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), enquanto não autorizado pelo seu Conselho Curador;
c) envolva devedor contumaz, conforme definido em lei específica.
Local
A transação extraordinária na cobrança da DAU será realizada por adesão à proposta da PGFN, exclusivamente por 
meio do acesso à plataforma Regularize da PGFN (www.regularize.pgfn.gov.br). Para aderir à proposta de transação, 
o contribuinte deverá acessar o portal REGULARIZE e selecionar o serviço “Negociação de dívida” > “Acessar o SIS-
PAR” > clicar no menu “Adesão” > opção “Transação”.
Prazo O prazo para adesão à transação extraordinária ficará aberto até 30.06.2020.
Forma
A transação extraordinária na cobrança da DAU envolverá:
a) entrada: pagamento de entrada correspondente a 1% do valor total dos débitos a serem transacionados, divididos 
em até 3 parcelas iguais e sucessivas;
b) parcelamento: parcelamento do restante em:
b.1) até 142 meses: na hipótese de contribuinte pessoa natural, empresários individuais, ME, EPP, instituições de ensi-
no, Santas Casas de Misericórdia, sociedades cooperativas e demais organizações da sociedade civil de que trata a 
Lei nº 13.019/2014 (veja o “Importante”, item 2, a seguir);
b.2) até 81 meses: demais casos;
b.3) até 57 meses: em se tratando das contribuições sociais previstas na alínea “a’ do inciso I e no inciso II do caput 
do art. 195 da Constituição Federal (CF/1988);
c) diferimento: do pagamento da 1ª prestação do parcelamento a que se refere a letra “b” para o último dia útil do 3º 
mês consecutivo ao mês da adesão.
Valor mínimo das 
parcelas
O valor das parcelas não será inferior:
a) R$ 100,00, na hipótese de contribuinte pessoa natural, empresário individual, ME ou EPP, instituições de ensino, 
Santas Casas de Misericórdia, sociedades cooperativas e demais organizações da sociedade civil de que trata a Lei 
nº 13.019/2014;
b) R$ 500,00, nos demais casos.
24-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
Desistência
A adesão à proposta de transação relativa a débito objeto de discussão judicial fica sujeita à apresentação, pelo de-
vedor, de cópia do requerimento de desistência das ações, impugnações ou recursos relativos aos créditos transacio-
nados, com pedido de extinção do respectivo processo com resolução de mérito, nos termos da alínea “c” do inciso 
III do caput do art. 487 da Lei nº 13.105/2015 (Código de Processo Civil - CPC). A cópia do requerimento protocolado 
perante o juízo deverá ser apresentada exclusivamente pela plataforma Regularize da PGFN no prazo máximo de 60 
dias, contados do decurso do prazo de diferimento supramencionado.
Nota
A transação por adesão prevista nas hipóteses de contencioso judicial 
ou administrativo tributário, bem como no contencioso tributário de pequeno 
valor, deve ser disciplinada pelo Ministério da Economia, cabendo, ainda, à 
PGFN e à RFB, em seu âmbito de atuação, disciplinar a aplicação de cada 
forma de transação (Lei nº 13.988/2020, arts. 16 e 23).
2. TRANSAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
2.1 Abrangência
Em razão dos efeitos do coronavírus, causados na 
capacidade de geração de resultados dos devedores 
inscritos na DAU, a PGFN estabeleceu os procedi-
mentos, os requisitos e as condições necessárias à 
realização da transação extraordinária na cobrança 
de débitos inscritos e sob a administração da PGFN, 
inclusive os débitos de pessoa natural, empresário 
individual, ME ou EPP, exceto Simples Nacional (que 
é regido por lei própria).
A transação extraordinária faz parte do pacote 
de medidas do Ministério da Economia em razão 
da pandemia pelo novo coronavírus, e a ação da 
PGFN atende à Portaria do Ministérioda Economia 
nº 103/2020, que dispõe sobre medidas relacionadas 
aos atos de cobrança da DAU, em decorrência da 
pandemia causada pelo novo coronavírus declarada 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O intuito 
dessas medidas é viabilizar a superação da situação 
transitória de crise econômico-financeira, tendo em 
vista os efeitos do coronavírus sobre a capacidade de 
pagamento dos contribuintes.
(Lei nº 13.988/2020, arts. 5º e 14; Portaria PGFN 
nº 9.924/2020)
2.2 Vedações
É vedada a transação que:
a) reduza multas de natureza penal;
b) conceda descontos a créditos relativos:
b.1) ao Simples Nacional, enquanto não for 
editada lei complementar autorizativa;
b.2) ao Fundo de Garantia do Tempo de Ser-
viço (FGTS), enquanto não for autorizado 
pelo seu Conselho Curador;
c) envolva devedor contumaz, conforme definido 
em lei específica.
(Lei nº 13.988/2020, art. 5º)
2.3 Prazo, local e condições de adesão
O prazo para adesão à transação extraordinária 
ficará aberto até 30.06.2020. A transação extraordinária 
na cobrança da DAU será realizada por adesão à pro-
posta da PGFN, exclusivamente por meio do acesso à 
plataforma Regularize da PGFN (www.regularize.pgfn.
gov.br). Para aderir à transação extraordinária, o contri-
buinte deverá acessar o Portal Regularize e selecionar 
o serviço “Negociação de dívida” > “Acessar o SISPAR” 
> clicar no menu “Adesão” > opção “Transação”.
A transação extraordinária na cobrança da DAU 
envolverá:
a) entrada: pagamento de entrada correspon-
dente a 1% do valor total dos débitos a serem 
transacionados, divididos em até 3 parcelas 
iguais e sucessivas (veja o “Importante”, item 
1, a seguir);
b) parcelamento: parcelamento do restante:
b.1) em até 142 meses: na hipótese de contri-
buinte pessoa natural, empresários indi-
viduais, ME, EPP, instituições de ensino, 
Santas Casas de Misericórdia, socieda-
des cooperativas e demais organizações 
da sociedade civil de que trata a Lei 
nº 13.019/2014 (veja o “Importante”, item 
2, a seguir);
b.2) em até 81 meses: demais casos;
b.3) em até 57 meses: em se tratando das 
contribuições sociais previstas na alí-
nea “a” do inciso I e no inciso II do 
caput do art. 195 da Constituição Federal 
(CF/1988);
c) diferimento: do pagamento da 1ª prestação 
do parcelamento a que se refere a letra “b” 
para o último dia útil do 3º mês consecutivo ao 
mês da adesão.
O valor das parcelas previstas nas letras “a” e “b” 
não será inferior a:
a) R$ 100,00, na hipótese de contribuinte pessoa 
natural, empresários individuais, ME, EPP, ins-
tituições de ensino, Santas Casas de Miseri-
córdia, sociedades cooperativas e demais or-
ganizações da sociedade civil de que trata a 
Lei nº 13.019/2014;
b) R$ 500,00, nos demais casos.
24-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
Importante (*)
(1) Para todas as modalidades de transação extra-
ordinária, havendo a indicação de, pelo menos, uma 
inscrição com histórico de parcelamento rescindido, a 
entrada referida na letra “a” será equivalente a 2% do 
valor consolidado das inscrições objeto da transação;
(2) É vedada a transação que conceda descon-
tos a créditos relativos às empresas optantes pelo 
Simples Nacional enquanto não for editada lei com-
plementar autorizativa (art. 5º da Lei nº 13.988/2020).
(Lei nº 13.988/2020, art. 14; Portaria PGFN nº 9.924/2020, 
art. 4º)
2.4 Desistência de ações, impugnações ou recursos
A adesão à proposta de transação relativa a 
débito objeto de discussão judicial fica sujeita à apre-
sentação, pelo devedor, de cópia do requerimento 
de desistência das ações, impugnações ou recursos 
relativos aos créditos transacionados, com pedido 
de extinção do respectivo processo com resolução 
de mérito, nos termos da alínea “c” do inciso III do 
caput do art. 487 da Lei nº 13.105/2015 (Código 
de Processo Civil - CPC). A cópia do requerimento 
protocolado perante o juízo deverá ser apresentada 
exclusivamente pela plataforma Regularize da PGFN 
no prazo máximo de 60 dias, contados do decurso do 
prazo de diferimento supramencionado.
(Lei nº 13.988/2020, art. 3º; Portaria PGFN nº 9.924/2020, 
art. 5º)
2.5 Rescisão e aplicação subsidiária de normas das 
demais transações
Aplica-se à transação extraordinária na cobrança da 
DAU, no que couber, a Portaria PGFN nº 9.917/2020, que 
regulamenta as demais modalidades de transação, em 
especial as hipóteses e os procedimentos de rescisão.
(Lei nº 13.988/2020, art. 4º; Portaria PGFN nº 9.917/2020, 
arts. 48 a 56; Portaria PGFN nº 9.924/2020, art. 7º)
2.6 Adesão a outras modalidades de transação
A transação extraordinária não exclui a possibili-
dade de adesão às demais modalidades de transação.
(Lei nº 13.988/2020, art. 14; Portaria PGFN nº 9.924/2020, 
art. 10)
Importante (*)
As modalidades de transação, por Acordo de 
Transação por Adesão e a Extraordinária, tinham 
prazo de adesão fixado para o dia 25.03.2020. 
Posteriormente, esse prazo foi prorrogado para 
15.04.2020, conforme demonstrado a seguir.
Segundo definição das normas a seguir relacio-
nadas, o prazo de adesão à transação fica aberto 
até a data final de vigência da Medida Provisória 
nº 899/2019, nos termos do art. 62, § 12, da 
Constituição Federal (CF/1988):
a) transação por adesão: Edital PGFN nº 2/2020; 
e
b) transação extraordinária: Portaria PGFN 
nº 8.457/2020.
A Medida Provisória nº 899/2019 não obedecerá 
aos prazos de tramitação das MP, pois tornou-se um 
projeto de lei de conversão (PLV nº 2/2020), sendo, 
portanto, alterado o rito de sua tramitação perante o 
Congresso Nacional, conforme disposição do art. 62, 
§ 12, da CF/1988 que prescreve:
“Aprovado projeto de lei de conversão alterando 
o texto original da medida provisória, esta manter-se-
-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou 
vetado o projeto.”
Por consequência, passa a seguir o rito previsto 
no art. 66, § 1º, da CF/1988, o qual estabelece:
“Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída 
a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da 
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar 
o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou 
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou 
parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, conta-
dos da data do recebimento, e comunicará, dentro 
de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado 
Federal os motivos do veto.”
A aprovação do projeto de conversão em lei ocor-
reu em 25.03.2020. Portanto, retornando ao disposto 
no art. 62, § 12, a Medida Provisória nº 899/2019 man-
ter-se-á integralmente em vigor até 15.04.2020 (prazo 
estabelecido para veto ou sanção do Projeto de Lei e, 
consequentemente, para a adesão a transação).
No entanto, o projeto de lei foi sancionado na forma 
da Lei nº 13.988/2020, que passou a estabelecer novas 
regras para a transação. De acordo com o art. 14 da 
Lei nº 13.988/2020, ficou a cargo da PGFN disciplinar 
sobre os procedimentos necessários à aplicação da 
transação, inclusive com relação ao prazo de adesão.
Nesse sentido, a PGFN regulamentou a:
a) transação na cobrança da DAU, inclusi-
ve por adesão, por meio da Portaria PGFN 
nº 9.917/2020 e do Edital PGFN nº 3/2020;
b) transação extraordinária: por meio da Portaria 
PGFN nº 9.924/2020.
N
24-04 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
a Direito de Empresa
Sociedade em comandita
1. QUADRO SINÓTICO
Relacionamos, no quadro a seguir, os principais aspectos legais a serem observados pelas sociedades em 
comandita:
Sociedade em comandita 
por ações
Características e nor-
mas de regência
Tem o capital dividido em ações e rege-se pelas normas gerais estabelecidas na pró-
pria Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A) e pelas regras específicas contidas no Código Civil, 
arts. 1.090 a 1.092.
Administração
Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade em comanditapor 
ações e, como diretor, ele responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da 
sociedade. Caso haja mais de um diretor, eles serão solidariamente responsáveis de-
pois de esgotados os bens sociais (Código Civil, art. 1.091, caput e § 1º).
Limitações à assem-
bleia geral
Em virtude da responsabilidade ilimitada dos diretores na sociedade em comandita por 
ações, a assembleia geral não pode, sem o consentimento de tais diretores (Código 
Civil, art. 1.092):
a) mudar o objeto essencial da sociedade;
b) prorrogar-lhe o prazo de duração;
c) aumentar ou diminuir o capital social;
d) criar debêntures ou partes beneficiárias.
Nome empresarial
Nos termos da Instrução Normativa DREI nº 15/2013, art. 5º, II, letra “c”, e III, letra “c”:
a) a sociedade em comandita por ações só poderá conter o nome de um ou mais 
sócios diretores ou gerentes, com o aditivo “e companhia”, por extenso ou abreviado, 
acrescida da expressão “comandita por ações”, por extenso ou abreviada;
b) a denominação da sociedade em comandita por ações, deverá ser seguida da ex-
pressão “em comandita por ações”, por extenso ou abreviada.
Sociedade em comandita 
simples
Característica e nor-
mas de regência
A sociedade em comandita simples é caracterizada por possuir duas categorias de 
sócios: comanditados e comanditários (Código Civil, art. 1.045, caput).
Sócios 
Na sociedade em comandita simples, tomam parte sócios de duas categorias (Código 
Civil, art. 1.045):
a) os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas 
obrigações sociais; e
b) os comanditários, pessoas físicas ou jurídicas, obrigados somente pelo valor 
de sua quota.
Administração A administração da sociedade em comandita simples cabe exclusivamente aos sócios comanditados, necessariamente pessoas físicas (Código Civil, art. 1.045, caput).
Nome empresarial
Nos termos do caput do Código Civil, art. 1.157, o nome que deve ser utilizado pela 
sociedade em foco é a firma. A Instrução Normativa DREI nº 15/2013, art. 5º, II, letra 
“b”, dispõe que a firma da sociedade em comandita simples deve conter o nome de, 
pelo menos, um dos sócios comanditados, com o aditivo “e companhia”, por extenso 
ou abreviado (“& Cia.”).
Dissolução
Dissolve-se de pleno direito a sociedade em comandita simples por qualquer das se-
guintes causas (Código Civil, art. 1.051):
a) vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, 
não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeter-
minado;
b) consenso unânime dos sócios;
c) deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
d) extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar;
e) declaração de falência da sociedade empresária;
f) quando por mais de 180 dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio.
2. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
2.1 Característica e normas de regência
A sociedade em comandita por ações, de utilização 
muito restrita, é uma sociedade de responsabilidade 
mista, uma vez que é atribuída, ao acionista diretor, 
responsabilidade ilimitada quanto às obrigações da 
sociedade. Esse tipo societário tem o capital dividido 
em ações e rege-se pelas normas gerais estabeleci-
das na própria Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A) e pelas 
regras específicas contidas na Lei nº 10.406/2002, 
arts. 1.090 a 1.092 (Código Civil), a seguir abordadas.
24-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
Notas
(1) Cabe registrar que os dispositivos citados do Código Civil repetem, 
em sua maioria, regras que já constavam na própria Lei das S/A, arts. 280 a 
284, que cuidam especificamente das sociedades em foco.
(2) A propósito, o citado art. 284 da Lei das S/A dispõe que não se 
aplica à sociedade em comandita por ações o disposto na Lei das S/A sobre 
conselho de administração, autorização estatutária de aumento de capital e 
emissão de bônus de subscrição.
2.2 Administração
Somente o acionista tem qualidade para admi-
nistrar a sociedade em comandita por ações e, como 
diretor, ele responde subsidiária e ilimitadamente 
pelas obrigações da sociedade. Caso haja mais de 
um diretor, eles serão solidariamente responsáveis 
depois de esgotados os bens sociais.
(Código Civil, art. 1.091, caput e § 1º)
2.2.1 Nomeação e destituição
Os diretores da sociedade em comandita por 
ações devem ser nomeados no ato constitutivo da 
sociedade, sem limitação de tempo. Eles somente 
podem ser destituídos por deliberação de acionistas 
que representem, no mínimo, dois terços do capital 
social. Importa salientar que o diretor destituído ou 
exonerado continua, durante 2 anos, responsável 
pelas obrigações sociais contraídas sob sua adminis-
tração.
(Código Civil, art. 1.091, §§ 2º e 3º)
2.3 Limitações à assembleia geral
Em virtude da responsabilidade ilimitada dos 
diretores na sociedade em comandita por ações, a 
assembleia geral não pode, sem o consentimento de 
tais diretores:
a) mudar o objeto essencial da sociedade;
b) prorrogar-lhe o prazo de duração;
c) aumentar ou diminuir o capital social;
d) criar debêntures ou partes beneficiárias.
(Código Civil, art. 1.092)
2.4 Nome empresarial
O caput do Código Civil, art. 1.157, dispõe que a 
sociedade em que haja sócios de responsabilidade 
ilimitada deve operar sob firma, na qual somente os 
nomes daqueles podem figurar. Todavia, o Código 
Civil, art. 1.161, autoriza a sociedade em comandita 
por ações a, em vez de firma, adotar denominação 
designativa do objeto social, aditada da expressão 
“comandita por ações”.
Assim, a Instrução Normativa DREI nº 15/2013, 
art. 5º, II, letra “c”, e III, letra “c”, dispõe que:
a) da sociedade em comandita por ações só po-
derá conter o nome de um ou mais sócios di-
retores ou gerentes, com o aditivo “e compa-
nhia”, por extenso ou abreviado, acrescida da 
expressão “comandita por ações”, por extenso 
ou abreviada;
b) a denominação da sociedade em comandita 
por ações, deverá ser seguida da expressão 
“em comandita por ações”, por extenso ou 
abreviada.
3. SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
3.1 Característica e normas de regência
A sociedade em comandita simples é caracteri-
zada por ter duas categorias de sócios: comanditados 
e comanditários. Esse tipo societário é, atualmente, 
regido pelas normas do Código Civil, arts. 1.045, 
1.046, 1.047, 1,048, 1.049, 1.050 e 1.051, mas a ele 
se aplicam, no que forem compatíveis, as normas da 
sociedade em nome coletivo (constantes do Código 
Civil, arts. 1.039, 1.040, 1.041, 1.042, 1.043 e 1.044. 
A propósito, aos comanditados cabem os mesmos 
direitos e obrigações dos sócios da sociedade em 
nome coletivo.
3.2 Sócios
Na sociedade em comandita simples, tomam 
parte sócios de duas categorias:
a) os comanditados, pessoas físicas, responsá-
veis solidária e ilimitadamente pelas obriga-
ções sociais; e
b) os comanditários, pessoas físicas ou jurídi-
cas, obrigados somente pelo valor de sua 
quota.
O contrato deve discriminar os comanditados e os 
comanditários.
(Código Civil, art. 1.045)
3.3 Administração
A administração da sociedade em comandita sim-
ples cabe exclusivamente aos sócios comanditados, 
necessariamente pessoas físicas.
(Código Civil, art. 1.045, caput)
3.4 Sócio comanditário
O Código Civil, arts. 1.047 a 1.050, estabelece 
que:
24-06 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
a) sem prejuízo da faculdade de participar das 
deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar 
as operações, o comanditário não pode prati-
car qualquer ato de gestão nem ter o nome na 
firma social, sob pena de ficar sujeito às res-
ponsabilidades de sócio comanditado;
b) o comanditário pode ser constituído procura-
dor da sociedade para negócio determinado e 
com poderes especiais;
c) somente depois de averbada a modificação 
do contrato, produz efeito, quanto a terceiros, 
a diminuição daquota do comanditário, em 
consequência de ter sido reduzido o capital 
social, sempre sem prejuízo dos credores pre-
existentes;
d) o sócio comanditário não é obrigado à reposi-
ção de lucros recebidos de boa-fé e de acordo 
com o balanço;
e) diminuído o capital social por perdas super-
venientes, o comanditário não pode receber 
quaisquer lucros antes de reintegrado aquele;
f) no caso de morte de sócio comanditário, a so-
ciedade, salvo disposição do contrato, conti-
nuará com os seus sucessores, que designa-
rão quem os represente.
3.5 Nome empresarial
Nos termos do Código Civil, art. 1.157, o nome que 
deve ser utilizado pela sociedade em foco é a firma. 
A Instrução Normativa DREI nº 15/2013, art. 5º, II, letra 
“b”, dispõe que a firma da sociedade em comandita 
simples deve conter o nome de, pelo menos, um dos 
sócios comanditados, com o aditivo “e companhia”, 
por extenso ou abreviado (“& Cia.”).
3.6 Dissolução
Dissolve-se de pleno direito a sociedade em 
comandita simples por qualquer das seguintes cau-
sas:
a) vencimento do prazo de duração, salvo se, 
vencido este e sem oposição de sócio, não en-
trar a sociedade em liquidação, caso em que 
se prorrogará por tempo indeterminado;
b) consenso unânime dos sócios;
c) deliberação dos sócios, por maioria absoluta, 
na sociedade de prazo indeterminado;
d) extinção, na forma da lei, de autorização para 
funcionar;
e) declaração de falência da sociedade empre-
sária;
f) quando por mais de 180 dias perdurar a falta 
de uma das categorias de sócio.
Nota
Na falta de sócio comanditado, os comanditários nomearão adminis-
trador provisório para praticar, durante o período referido na letra “f” supra e 
sem assumir a condição de sócio, os atos de administração.
(Código Civil, art. 1.051)
N
a IOB Setorial
ImPORTaçãO
IRRF/Cide/PIS-Pasep-Importação/Cofins-Importação - Remessas para o exterior - 
Importação de serviços
1. QUADRO SINÓTICO
Relacionamos, no quadro a seguir, os principais aspectos a serem observados em relação à incidência da 
retenção na fonte do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio 
Econômico (Cide) e da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, devidos na importação de serviços.
24-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
IRRF
Incidência Os rendimentos, ganhos de capital e demais proventos pagos, creditados, empregados, entregues ou re-
metidos a pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no exterior por fontes situadas no Brasil estão sujeitos 
à incidência do imposto exclusivamente na fonte.
Fato gerador Consideram-se ocorridos o fato gerador do IRRF, o pagamento, o crédito, o emprego, a entrega ou a 
remessa dos rendimentos ao exterior.
Base de cálculo Constituem-se como base de cálculo do IRRF os rendimentos pagos, creditados, empregados, entre-
gues ou remetidos a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior por fontes situadas no Brasil como remu-
neração dos serviços prestados.
Alíquotas Em regra geral, os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de ser-
viços, pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentes ou domiciliados no exterior, 
sujeitam-se à incidência do IRRF à alíquota de 25%, observado o disposto na Instrução Normativa RFB nº 
1.455/2014, bem como as hipóteses de alíquota zero (subtópico 3.3.1), alíquota de 6% (subtópico 3.3.2), 
alíquota de 15% (subtópico 3.3.3), ganhos de capital (subtópico 3.3.4), dispensa de retenção (subtópico 
3.3.5), isenção (subtópico 3.3.6), não incidência (subtópico 3.3.7) e acordos ou convenções para evitar 
a dupla tributação da renda celebrada pelo Brasil (subtópico 3.3.8).
Prazo de recolhimento Na data da ocorrência do fato gerador.
CIDE
Incidência A Cide é devida pela pessoa jurídica:
a) detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos tecnológicos;
b) signatária de contratos que impliquem transferência de tecnologia, firmados com residentes ou domi-
ciliados no exterior;
c) signatária de contratos que tenha por objeto serviços técnicos e de assistência administrativa e seme-
lhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no exterior;
d) que pagar, creditar, entregar, empregar ou remeter royalties, a qualquer título, a beneficiários residen-
tes ou domiciliados no exterior.
Não incidência A Cide não incide sobre a remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distri-
buição de programa de computador, salvo quando envolverem a transferência da correspondente tec-
nologia.
Base de cálculo e fato gerador A Cide incidirá sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada mês, 
a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração decorrente das obrigações indicadas 
no tópico 4.
Alíquota A alíquota da contribuição será de 10%.
Prazo de recolhimento O pagamento da contribuição será efetuado até o último dia útil da quinzena subsequente ao mês de 
ocorrência do fato gerador.
PIS-Pasep-Importação e Cofins-Importação
Incidência Incide a contribuição para o PIS-Pasep-Importação e a Cofins-Importação sobre o pagamento, o crédito, 
a entrega, o emprego ou a remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contrapres-
tação pelos serviços prestados, por pessoa física ou pessoa jurídica, residente ou domiciliada no exterior, 
nas seguintes hipóteses:
a) executados no País; ou
b) executados no exterior, cujo resultado se verifique no País.
Base de cálculo e fato gerador A base de cálculo da contribuição para o PIS-Pasep-Importação e a Cofins-Importação é o valor pago, 
creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do Imposto de Renda, 
acrescido do Imposto sobre Serviços (ISS) e do valor das próprias contribuições, no caso de contratação 
de serviços de pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior.
Alíquotas O PIS-Pasep-Importação e a Cofins-Importação devidos na importação de serviços serão calculados 
mediante aplicação, sobre a base de cálculo, das alíquotas de 1,65% e de 7,6%, respectivamente, inde-
pendentemente de a pessoa jurídica contratante ser tributada pelo regime cumulativo ou não cumulativo.
Prazo de recolhimento Na data do pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa.
Alíquota zero Ficam reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS-Pasep-Importação e da Cofins-Impor-
tação incidentes sobre o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido à pessoa física ou 
jurídica residente ou domiciliada no exterior, referente a aluguéis e contraprestações de arrendamento 
mercantil de máquinas, equipamentos, embarcações e aeronaves utilizados na atividade da empresa.
24-08 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
2. INTRODUÇÃO
Com a globalização, o mercado de consumo está 
se tornando cada vez mais exigente e competitivo. 
Para suprir essa demanda, as empresas têm buscado 
o aperfeiçoamento de seus produtos e serviços, envi-
dando muitos esforços no sentido de manter, de forma 
contínua, a inovação tecnológica.
No Brasil, a complexidade na apuração e o ele-
vado nível de tributação na importação de serviços 
têm sido apontados pelas empresas como principais 
fatores que influenciam no aumento de custos, na 
redução na produtividade e, consequentemente, na 
competitividade da produção nacional frente aos pro-
dutos estrangeiros. Isso porque, nos diversos setores 
da economia, ao contratarem serviços do exterior, 
sofrem os efeitos do impacto tributário diretamente 
na formação do preço de venda ou da exportação de 
seus produtos ou serviços.
A contratação de serviços do exterior, por vezes, 
torna-se imprescindível para que se tenha o acesso 
à tecnologia de ponta por empresas brasileiras, 
de forma a agregar valor ao seu produto, que, não 
raro, pode ser decisivo para anular operações de 
investimentoou importar no aumento da qualidade do 
produto ou serviço e na ampliação da produção, que 
gerará, por conseguinte, o crescimento da empresa e 
a geração de mais empregos.
Neste texto, faremos uma abordagem sobre a 
incidência da retenção na fonte do IRRF, da Cide e da 
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins devidos na 
importação de serviços.
Nota
O tratamento fiscal, inclusive quanto à compensação do imposto pago 
no exterior (desde que não seja compensado ou restituído no exterior), é 
aquele pactuado entre o Brasil e o país contratante do acordo. A compensa-
ção do imposto pago no exterior (desde que não seja compensado ou resti-
tuído no exterior) é também possível no caso de o imposto ter sido pago em 
país cuja legislação permita a reciprocidade de tratamento. O teor e a vigên-
cia da lei estrangeira concessiva de reciprocidade devem ser comprovados 
pelo contribuinte, com cópia da lei publicada em órgão da imprensa oficial do 
país de origem do rendimento, traduzida por tradutor juramentado e auten-
ticada pela representação diplomática do Brasil naquele país, ou mediante 
declaração desse órgão atestando a reciprocidade de tratamento tributário. 
Não é necessária a prova de reciprocidade para a Alemanha, o Reino Unido 
e os Estados Unidos da América (RIR/2018, art. 1.042; Instrução Normativa 
SRF nº 208/2002, art. 16, § 1º; Parecer Normativo CST nº 250/1971; Parecer 
Normativo CST nº 789/1971; Parecer Normativo CST nº 3/1979; Ato Declarató-
rio Cosit nº 31/1998; Perguntas e Respostas IRPF 2020 nº 122).
3. IRRF
Os rendimentos, ganhos de capital e demais pro-
ventos pagos, creditados, empregados, entregues ou 
remetidos a pessoas físicas e jurídicas domiciliadas 
no exterior por fontes situadas no Brasil estão sujeitos 
à incidência do imposto exclusivamente na fonte.
3.1 Fato gerador
Consideram-se ocorridos o fato gerador do IRRF, 
o pagamento, o crédito, o emprego, a entrega ou a 
remessa dos rendimentos ao exterior.
Para fins da incidência do IRRF, consideram-se:
a) pagamento: a entrega de recursos pela fon-
te pagadora, mesmo mediante depósito em 
instituição financeira em favor do beneficiário 
(RIR/2018, art. 34, parágrafo único);
b) crédito: no caso de importâncias creditadas, 
na data do lançamento contábil efetuado por 
pessoa jurídica, nominal ao fornecedor do ser-
viço, a débito de despesas em contrapartida 
com o crédito de conta do passivo, à vista da 
nota fiscal ou fatura emitida pela contratada e 
aceita pela contratante. Portanto, o IRRF inci-
dente sobre as importâncias creditadas por 
pessoa jurídica a outra pessoa jurídica pela 
prestação de serviços caracterizadamente de 
natureza profissional será efetuada na data 
da contabilização do valor dos serviços pres-
tados, considerando-se a partir dessa data o 
prazo para o recolhimento (Ato Declaratório In-
terpretativo RFB nº 8/2014).
3.2 Base de cálculo
Constituem-se como base de cálculo do IRRF os 
rendimentos pagos, creditados, empregados, entre-
gues ou remetidos a pessoas jurídicas domiciliadas 
no exterior por fontes situadas no Brasil como remu-
neração dos serviços prestados.
3.3 Alíquotas
Em regra geral, os rendimentos do trabalho, com 
ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de 
serviços, pagos, creditados, entregues, empregados 
ou remetidos a residentes ou domiciliados no exterior, 
sujeitam-se à incidência do IRRF à alíquota de 25%, 
observado o disposto na Instrução Normativa RFB nº 
1.455/2014, bem como as hipóteses mencionadas 
nos subtópicos a seguir.
(RIR/2018, arts. 741 e 746; Instrução Normativa RFB 
nº 1.455/2014, art. 16; Instrução Normativa RFB nº 1.662/2016, 
art. 1º)
24-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
3.3.1 Alíquota zero
Sujeitam-se ao IRRF à alíquota zero o pagamento, 
o crédito, o emprego, a entrega ou a remessa efe-
tuada por fontes situadas no Brasil a residente ou 
domiciliado no exterior, a título de:
a) fretes, afretamentos, aluguéis ou arrendamen-
tos de embarcações marítimas ou fluviais ou 
de aeronaves estrangeiras, feitos por empre-
sas, desde que tenham sido aprovados pelas 
autoridades competentes, bem como os paga-
mentos de aluguel de contêineres, sobre-es-
tadia e outros relativos ao uso de serviços de 
instalações portuárias (veja a Nota 2);
b) comissões por exportadores a seus agentes 
no exterior;
c) despesas com pesquisas de mercado, bem 
como aluguéis e arrendamentos de stands e 
locais para exposições, feiras e conclaves se-
melhantes, inclusive promoção e propaganda 
no âmbito desses eventos, para produtos e 
serviços brasileiros e para promoção de desti-
nos turísticos brasileiros;
d) operações de cobertura de riscos de varia-
ções, no mercado internacional, de taxas de 
juros, de paridade entre moedas e de preços 
de mercadorias (hedge);
e) juros de desconto de cambiais de exporta-
ção e as comissões de banqueiros inerentes 
a essas cambiais, pagos, creditados, empre-
gados, entregues ou remetidos para pessoas 
jurídicas domiciliadas no exterior, inclusive se 
o beneficiário for domiciliado em país com tri-
butação favorecida;
f) juros e comissões, relativos a créditos obtidos 
no exterior e destinados ao financiamento de 
exportações, recebidos de fontes situadas no 
Brasil, por pessoas jurídicas domiciliadas no 
exterior, inclusive em país com tributação fa-
vorecida, na hipótese de pagamento, crédito, 
emprego, entrega ou remessa desses rendi-
mentos;
g) despesas de armazenagem, movimentação e 
transporte de carga e emissão de documen-
tos realizadas no exterior pelo exportador bra-
sileiro;
h) remuneração de serviços vinculados aos pro-
cessos de avaliação da conformidade, metro-
logia, normalização, inspeção sanitária e fitos-
sanitária, homologação, registros e outros pro-
cedimentos exigidos pelo país importador sob 
o resguardo dos acordos sobre medidas sani-
tárias e fitossanitárias (SPS) e sobre barreiras 
técnicas ao comércio (TBT), ambos do âmbito 
da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Notas
(1) Os rendimentos mencionados nas letras “a” a “d” recebidos por 
pessoa jurídica domiciliada em país ou dependências com tributação favo-
recida a que se refere o art. 24 da Lei nº 9.430/1996 sujeitam-se ao IRRF à 
alíquota de 25%.
(2) Quando ocorrer execução simultânea do contrato de afretamento ou 
aluguel de embarcações marítimas e do contrato de prestação de serviço, re-
lacionados à exploração e produção de petróleo ou gás natural, celebrados 
com pessoas jurídicas vinculadas entre si, a redução a zero da alíquota do 
IRRF fica limitada à parcela relativa ao afretamento ou aluguel, calculada me-
diante a aplicação, sobre o valor dos contratos, dos seguintes percentuais:
a) 85%, quanto às embarcações com sistemas flutuantes de produção 
ou armazenamento e descarga;
b) 80%, quanto às embarcações com sistema do tipo sonda para per-
furação, completação e manutenção de poços; e
c) 65%, quanto aos demais tipos de embarcações.
A pessoa jurídica fretadora, arrendadora ou locadora de embarcação 
marítima sediada no exterior será considerada vinculada à pessoa jurídica 
prestadora do serviço quando:
a) for estabelecimento matriz, filial ou sucursal;
b) a participação societária no capital social de uma em relação à outra 
a caracterize como sua controladora ou coligada, na forma definida 
no § 1º e no § 2º do art. 243 da Lei nº 6.404/1976;
c) ambas estiverem sob controle societário ou administrativo comum ou 
quando, pelo menos, 10% do capital social de cada uma pertencer à 
mesma pessoa física ou jurídica;
d) em conjunto com a pessoa jurídica domiciliada no Brasil, tiver parti-
cipação societária no capital social de uma terceira pessoa jurídica, 
desde que a soma das participações as caracterize como contro-
ladoras ou coligadas desta, na forma definida no § 1º e no § 2º do 
art. 243 da Lei nº 6.404/1976; ou
e) for sua associada, na forma de consórcio ou condomínio, conforme 
definido na legislação em vigor,em qualquer empreendimento.
Para efeito do cálculo dos percentuais supramencionados, o contra-
to celebrado em moeda estrangeira deverá ter os valores contratados con-
vertidos para a moeda nacional pela taxa de câmbio da moeda do país de 
origem, fixada para venda pelo Banco Central (Bacen), correspondente à 
data da apresentação da proposta pelo fornecedor, que é parte integrante 
do contrato.
A parcela do contrato de afretamento ou aluguel de embarcação ma-
rítima que exceder os limites supramencionados sujeita-se à incidência do 
IRRF à alíquota de 15%. Nos casos em que a remessa seja destinada a país 
ou dependência com tributação favorecida ou em que o fretador, arrendante 
ou locador de embarcação marítima seja beneficiário de regime fiscal privi-
legiado, nos termos dos arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430/1996, a totalidade da 
remessa estará sujeita à incidência do imposto sobre a renda retido na fonte à 
alíquota de 25%, hipótese em que não será aplicada a alíquota zero na forma 
prevista na letra “a” dos subtópico 3.3.1.
(3) Desde 1º.01.2018, a redução a zero da alíquota do IRRF, na hipótese 
prevista na Nota 2, fica limitada aos seguintes percentuais:
a) 70%, quanto às embarcações com sistemas flutuantes de produção 
ou armazenamento e descarga;
b) 65%, quanto às embarcações com sistema do tipo sonda para per-
furação, completação e manutenção de poços; e
c) 50%, quanto aos demais tipos de embarcações.
O disposto nas Notas 2 e 3 não se aplica às embarcações utilizadas na 
navegação de apoio marítimo, conforme definição da Lei nº 9.432/1997, ve-
dada, inclusive, a aplicação retroativa em relação aos fatos geradores ocor-
ridos antes de 14.11.2014.
(Instrução Normativa RFB nº 1.455/2014, arts. 2º, 2º-A, 3º, 
4º, 6º, § 3º, 11 a 13 e 15; Instrução Normativa RFB nº 1.662/2016, 
art. 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.664/2016, art. 1º; Instrução 
Normativa RFB nº 1.778/2017)
24-10 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
3.3.2 Redução da alíquota do IRRF
Ficam reduzidas as alíquotas do IRRF nas seguintes hipóteses:
a) pagamento, crédito ou entrega, emprego ou remessa, por fonte situada no Brasil, a pessoa jurídica do-
miciliada no exterior, a título de contraprestação de contrato de arrendamento mercantil de aeronave ou 
dos motores destinados a aeronaves, celebrado por empresa de transporte aéreo público regular, de 
passageiros ou de cargas, corresponderá à 1,5%, entre 1º.01 a 31.12.2020 (Lei nº 9.481/1997, art. 1º, V; 
Lei nº 11.371/2006, art. 16; Lei nº 14.002/2020, arts. 1º e 37):
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 9478 Aluguel e arrendamento Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Compete à fonte pagadora reter o IRRF (RIR/2018, 
art. 775; ADE Corat nº 9/2002)
Nota
O disposto na letra “a” supramencionada produz efeitos quando atestado por ato do Ministro de Es-tado da Economia, a compatibilidade com as metas de 
resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias e o atendimento ao disposto na Lei Complementar nº 101/2000, e aos dispositivos 
da lei de diretrizes orçamentárias relacionados com a matéria.
b) até 31.12.2019, fica reduzida a 6% a alíquota do IRRF incidente sobre os valores pagos, creditados, en-
tregues, empregados ou remetidos para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, 
destinados à cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em via-
gens de turismo, de negócios, a serviço, de treinamento ou missões oficiais, até o limite de R$ 20.000,00 
ao mês, nos termos, limites e condições estabelecidos pelo Poder Executivo (Lei nº 12.249/2010, art. 60; 
Lei nº 13.315/2016).
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 0473 Renda e proventos de qual-
quer natureza
Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Compete (RIR/2018, arts. 775 e 781, II; ADE Corat 
nº 9/2002):
a) à fonte pagadora;
b) ao procurador, quando este não der conhecimento 
à fonte pagadora de que o beneficiário do rendimen-
to é residente ou domiciliado no exterior.
Notas
(1) Destacamos que as reduções tratadas neste subtópico produzirão 
efeitos somente quando atestados, por ato do Ministro de Estado da Eco-
nomia, a compatibilidade com as metas de resultados fiscais previstas no 
Anexo próprio da Lei de Diretrizes Orçamentárias e o atendimento ao dispos-
to na Lei Complementar nº 101/2000, e aos dispositivos da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias relacionados com a matéria.
(2) Até 31.12.2019, ficou reduzida de 25% para 6% a alíquota do IRRF 
incidente sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou 
remetidos para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exte-
rior, destinados à cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas fí-
sicas residentes no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treina-
mento ou missões oficiais, até o limite global de R$ 20.000,00 ao mês (Lei 
nº 13.315/2016). Em adequação ao disposto na Lei nº 13.315/2016, a Receita 
Federal do Brasil (RFB) aprovou a Instrução Normativa RFB nº 1.645/2016 
para disciplinar a aplicação da incidência do IRRF sobre tais rendimentos, 
ressaltando-se, porém, que a redução de alíquota somente se aplica às des-
pesas com viagens internacionais de pessoas físicas residentes no Brasil.
Para fins da redução da alíquota do IRRF:
a) consideram-se gastos pessoais no exterior as despesas para ma-
nutenção do viajante, tais como despesas com hotéis, transporte, 
hospedagem, cruzeiros marítimos, aluguel de automóveis e seguro 
a viajantes;
b) ela é aplicável às remessas efetuadas por pessoa jurídica domicilia-
da no País que arque com despesas pessoais de seus empregados 
e dirigentes residentes no País, registrados em carteira de trabalho.
(Lei nº 12.249/2010, art. 60; Lei nº 13.315/2016; Instrução 
Normativa RFB nº 1.645/2016, art. 2º)
3.3.3 Alíquota de 15%
Sujeitam-se ao IRRF à alíquota de 15% o paga-
mento, o crédito, o emprego, a entrega ou a remessa 
efetuada por fontes situadas no Brasil a residente ou 
domiciliado no exterior, a título de:
a) contraprestações decorrentes de contratos de 
arrendamento mercantil de bens de capital, 
seja do tipo financeiro ou operacional, celebra-
dos com entidades domiciliadas no exterior, 
inclusive se a empresa arrendadora for domi-
ciliada em país com tributação favorecida;
24-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 9478 Aluguel e arrendamento Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Competem ao procurador a retenção e o recolhimen-
to do imposto quando se tratar de aluguéis de imó-
veis pertencentes a residentes no exterior (RIR/2018, 
art. 781, I; ADE Corat nº 9/2002).
b) comissões e despesas incorridas nas operações de colocação, no exterior, de ações de companhias 
abertas, domiciliadas no Brasil, desde que aprovadas pelo Bacen e pela Comissão de Valores Mobiliá-
rios (CVM) - veja a Nota 4;
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 0481 Juros e comissões em geral Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Compete (RIR/2018, arts. 775 e 781, II; ADE Corat 
nº 9/2002):
a) à fonte pagadora;
b) ao procurador, quando este não der conhecimento 
à fonte pagadora, de que o beneficiário do rendimento 
é residente ou domiciliado no exterior.
c) solicitação, obtenção e manutenção de direitos de propriedades industriais no exterior;
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 0473 Renda e proventos de qual-
quer natureza
Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Compete (RIR/2018, arts. 775 e 781, II; ADE Corat 
nº 9/2002):
a) à fonte pagadora;
b) ao procurador, quando este não der conhecimento 
à fonte pagadora, de que o beneficiário do rendimento 
é residente ou domiciliado no exterior.
d) juros decorrentes de empréstimos contraídos no exterior, em países que mantenham acordos tributários 
com o Brasil, porempresas nacionais, particulares ou oficiais;
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 0481 Juros e comissões em geral Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Compete (RIR/2018, arts. 775 e 781, II; ADE Corat 
nº 9/2002):
a) à fonte pagadora;
b) ao procurador, quando este não der conhecimento 
à fonte pagadora, de que o beneficiário do rendimento 
é residente ou domiciliado no exterior.
e) juros, comissões, despesas e descontos decorrentes de colocações no exterior, previamente autoriza-
das pelo Bacen, de títulos de crédito internacionais, inclusive commercial papers, nas hipóteses de pa-
gamento, crédito, emprego, entrega ou remessa a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior, inclusive 
em país com tributação favorecida (veja a Nota 4);
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 0481 Juros e comissões em geral Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Compete (RIR/2018, arts. 775 e 781, II; ADE Corat 
nº 9/2002):
a) à fonte pagadora;
b) ao procurador, quando este não der conhecimento 
à fonte pagadora, de que o beneficiário do rendimento 
é residente ou domiciliado no exterior.
f) juros sobre o capital próprio;
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 9453 Juros sobre o capital próprio Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Até o 3º dia útil subsequente ao decêndio de ocor-
rência dos fatos geradores (Lei nº 11.196, de 2005, 
art. 70, I, “b”, 1).
g) royalties de qualquer natureza e de remuneração de serviços técnicos e de assistência técnica, adminis-
trativa e semelhantes;
24-12 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
Notas
(1) Os rendimentos nas referidos letras “b”, “c”, “f”, “g”, “h” e no subtó-
pico 3.3.4 recebidos por pessoa jurídica domiciliada em país ou dependên-
cia com tributação favorecida a que se refere o art. 24 da Lei nº 9.430/1996 
sujeitam-se à incidência do IRRF à alíquota de 25%.
(2) Classificam-se como royalties os rendimentos de qualquer espécie 
decorrentes do uso, fruição, exploração de direitos, tais como:
a) direito de colher ou extrair recursos vegetais, inclusive florestais;
b) direito de pesquisar e extrair recursos minerais;
c) uso ou exploração de invenções, processos e fórmulas de fabrica-
ção e de marcas de indústria e comércio; e
d) exploração de direitos autorais, salvo quando recebidos pelo autor 
ou criador do bem ou obra;
(3) Consideram-se:
a) serviço técnico: a execução de serviço que dependa de conheci-
mentos técnicos especializados ou que envolva assistência admi-
nistrativa ou prestação de consultoria, realizado por profissionais 
independentes ou com vínculo empregatício ou, ainda, decorrente 
de estruturas automatizadas com claro conteúdo tecnológico; e
b) assistência técnica a assessoria permanente prestada pela ce-
dente de processo ou fórmula secreta à concessionária, mediante 
técnicos, desenhos, estudos, instruções enviadas ao País e outros 
serviços semelhantes, os quais possibilitem a efetiva utilização do 
processo ou fórmula cedidos.
(4) Na hipótese de juros ou comissões em geral, a alíquota do IRRF será 
(Manual de Retenções na Fonte - Mafon):
a) 15% do valor bruto dos juros e comissões pagos, creditados, em-
pregados, entregues ou remetidos, inclusive no caso de compra de 
bens a prazo;
b) 25% do valor bruto dos juros e comissões pagos, creditados, em-
pregados, entregues ou remetidos em decorrência de prestação de 
serviço.
(5) As importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou re-
metidas a residente ou domiciliado no exterior em contraprestação ao direito 
de distribuição ou comercialização de software enquadram-se no conceito 
de royalties e estão sujeitas à incidência do IRRF à alíquota de 15%. No caso 
de o beneficiário dos pagamentos ser residente ou domiciliado em país ou 
dependência com tributação favorecida, nos termos do art. 24 da Lei nº 
9.430/1996, aplica-se a alíquota de 25%.
(RIR/2018, art. 744; Instrução Normativa RFB nº 1.455/2014, 
arts. 6º, 7º, parágrafo único, 8º, 9º 10, 14, 17, 18, 20, 21 e 23; 
Instrução Normativa RFB nº 1.662/2016, art. 1º; Instrução Nor-
mativa RFB nº 1.664/2016, art. 1º; Instrução Normativa RFB 
nº 1.732/2017, art. 1º; Ato Declaratório Interpretativo RFB 
nº 7/2017)
3.3.4 Ganhos de capital
O ganho de capital percebido por pessoa jurídica 
domiciliada no exterior em decorrência da alienação 
de bens e direitos do Ativo não Circulante localizados 
no Brasil sujeita-se à incidência do Imposto de Renda, 
mediante aplicação das alíquotas a seguir, sem preju-
ízo dos acordos, tratados e convenções internacionais 
firmados pelo Brasil:
Ganho de capital Alíquota (%)
até R$ 5.000.000,00 15%
de R$ 5.000.000,01 a R$ 10.000.000,00 17,5%
de R$ 10.000.000,01 a R$ 30.000.000,00 20%
acima de R$ 30.000.000,00 22,5%
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 0422 Royalties e pagamento de 
assistência técnica
Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Compete (RIR/2018, arts. 775 e 781, II; ADE Corat 
nº 9/2002):
a) à fonte pagadora;
b) ao procurador, quando este não der conhecimento à 
fonte pagadora, de que o beneficiário do rendimento é 
residente ou domiciliado no exterior.
h) aquisição ou pela remuneração, a qualquer título, de qualquer forma de direito, inclusive na hipótese de 
transferência de atleta profissional;
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 9427 Remuneração de direitos Na data da ocorrência 
do fato gerador.
Compete (RIR/2018, arts. 775 e 781, II; ADE Corat 
nº 9/2002):
a) à fonte pagadora;
b) ao procurador, quando este não der conhecimento à 
fonte pagadora, de que o beneficiário do rendimento é 
residente ou domiciliado no exterior.
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
IRRF 0473 Renda e proventos 
de qualquer natu-
reza
Na data da ocor-
rência do fato ge-
rador.
Compete (RIR/1999, arts. 775 e 781, II; IN RFB nº 1.455/2014, art. 21, § 4º; IN RFB 
nº 1.732/2017; ADE Corat nº 9/2002):
a) ao adquirente, pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil;
b) ao procurador, quando o adquirente for residente ou domiciliado no exterior;
c) à incorporadora no Brasil, conforme previsto no art. 26 da Lei nº 10.833/2003, 
nas operações de incorporação de ações que envolvam valores mobiliários de 
titularidade de investidores estrangeiros, hipótese em que o ganho de capital au-
ferido no Brasil será determinado pela diferença positiva entre o valor das ações 
emitidas pela empresa incorporadora no Brasil em reais e o custo de aquisição 
em reais das ações transferidas pela pessoa, física ou jurídica, residente ou do-
miciliada no exterior.
24-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
Nota
Aplica-se a alíquota de 15% do Imposto de Renda Retido na Fonte in-
cidente sobre o ganho de capital de que trata o caput aos fatos geradores 
ocorridos até 31.12.2016.
(RIR/2018, art. 754; Lei nº 9.249/1995, art. 18; Lei 
nº 13.259/2016, art. 2º; Instrução Normativa RFB nº 1.455/2014, 
art. 21; Instrução Normativa RFB nº 1.732/2017)
3.3.5 Dispensa de retenção
Não se sujeitam à retenção do IRRF as remessas 
destinadas ao exterior em função dos serviços a seguir:
a) para fins educacionais, científicos ou culturais, 
inclusive para pagamento de taxas escolares, 
de taxas de inscrição em congressos, concla-
ves, seminários ou assemelhados e de taxas 
de exames de proficiência;
b) por pessoas físicas residentes no País para 
cobertura de despesas médico-hospitalares 
com tratamento de saúde, no exterior, do re-
metente ou de seus dependentes;
c) pagamento de salários de funcionários de em-
preiteiras de obras e prestadores de serviço 
no exterior, de que tratam os arts. 1º e 2º do 
Decreto nº 89.339/1984; e
d) pagamento de salários e remunerações de 
correspondentes de imprensa, com ou sem 
vínculo empregatício, bem como ressarcimen-
tos de despesas inerentes ao exercício da 
profissão, incluindo transporte, hospedagem, 
alimentaçãoe despesas relativas à comunica-
ção, e pagamento por matérias enviadas ao 
Brasil no caso de free lancers, desde que os 
beneficiários sejam pessoas físicas residentes 
ou domiciliadas no País.
As remessas a que se refere a letra “a” deverão ser 
desprovidas de finalidade econômica, destinando-se 
à manutenção de pessoa física que esteja cumprindo 
programa ou participando de evento no exterior de 
natureza educacional, científica ou cultural, tais como 
para pagamento de:
a) taxas escolares, taxas de exames de proficiên-
cia, material didático, alojamento, alimentação 
e outras despesas cobradas por instituições 
de ensino destinadas à manutenção de estu-
dantes;
b) taxas de inscrição em congressos, conclaves, 
seminários ou assemelhados, mesas redondas;
c) taxas de inscrição em concursos artísticos.
(RIR/2018, art. 754; Lei nº 13.315/2016; Instrução Norma-
tiva RFB nº 1.645/2016, art. 4º, com as alterações da Instrução 
Normativa RFB nº 1.860/2018)
3.3.6 Isenção
Estão isentos do IRRF os rendimentos pagos à 
pessoa física residente ou domiciliada no exterior por 
autarquias ou repartições do Governo brasileiro situa-
das fora do território nacional e que correspondam a 
serviços prestados a esses órgãos.
(Lei nº 9.250/1995, art. 29; RIR/2018, art. 750)
3.3.7 Não incidência
Não incide o IRRF sobre os rendimentos pagos 
ou creditados à empresa domiciliada no exterior, pela 
contraprestação de serviços de telecomunicações, 
por empresa de telecomunicação que centralize, no 
Brasil, a prestação de serviços de rede corporativa de 
pessoas jurídicas, assim considerada a rede de tele-
comunicações privativa de uma empresa ou entidade, 
a qual interliga seus vários pontos de operações no 
Brasil e no exterior.
(Medida Provisória nº 1.749-37/1999, art. 4º; RIR/2018, 
art. 752)
3.3.8 Acordos ou convenções para evitar a dupla 
tributação da renda celebrados pelo Brasil
Para efeitos da legislação do Imposto de Renda e 
do Código Tributário Nacional (CTN), os tratados e as 
convenções internacionais revogam ou modificam a 
legislação tributária interna e serão observados pela 
que lhes sobrevenha.
Adicionalmente, a Secretaria da Receita Federal 
do Brasil (RFB) ratificou, por meio do Ato Declaratório 
Interpretativo RFB nº 5/2014, que o tratamento tribu-
tário a ser dispensado aos rendimentos pagos, credi-
tados, entregues, empregados ou remetidos por fonte 
situada no Brasil à pessoa física ou jurídica residente 
no exterior pela prestação de serviços técnicos e de 
assistência técnica, com ou sem transferência de 
tecnologia, com base em acordo ou convenção para 
evitar a dupla tributação da renda celebrado pelo 
Brasil, será aquele previsto no respectivo Acordo ou 
Convenção:
a) no artigo que trata de royalties, quando o res-
pectivo protocolo contiver previsão de que os 
serviços técnicos e de assistência técnica re-
cebam igual tratamento, na hipótese em que o 
Acordo ou a Convenção autorize a tributação 
no Brasil;
b) no artigo que trata de profissões independen-
tes ou de serviços profissionais ou pessoais 
independentes, nos casos da prestação de 
24-14 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
serviços técnicos e de assistência técnica re-
lacionados com a qualificação técnica de uma 
pessoa ou grupo de pessoas, na hipótese em 
que o Acordo ou a Convenção autorize a tribu-
tação no Brasil, ressalvado o disposto na letra 
“a”; ou
c) no artigo que trata de lucros das empresas, 
ressalvado o disposto nas letras “a” e “b”.
(Lei nº 5.172/1966, art. 98; RIR/2018, art. 1.042; Ato Decla-
ratório Interpretativo RFB nº 5/2014)
3.4 Prazo de recolhimento
Na data da ocorrência do fato gerador.
(Lei nº 11.196/2005, art. 70, I, “a.1”)
4. CIDE
A Cide é devida pela pessoa jurídica:
a) detentora de licença de uso ou adquirente de 
conhecimentos tecnológicos;
b) signatária de contratos que impliquem transfe-
rência de tecnologia, firmados com residentes 
ou domiciliados no exterior;
c) signatária de contratos que tenham por objeto 
serviços técnicos e de assistência administra-
tiva e semelhantes a serem prestados por resi-
dentes ou domiciliados no exterior;
d) que pagar, creditar, entregar, empregar ou re-
meter royalties, a qualquer título, a beneficiá-
rios residentes ou domiciliados no exterior.
Nota
Consideram-se:
a) contratos de transferência de tecnologia: os relativos à exploração 
de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia 
e prestação de assistência técnica;
b) assistência técnica ou administrativa: os serviços de consultoria e/
ou assessoramento envolvendo conhecimentos especializados de 
quem os presta, em cada campo de ação;
c) royalties: a remuneração pelo uso e/ou exploração de marcas de 
indústria e comércio, ou nome comercial, e patentes de invenção, 
processos e fórmulas de fabricação.
(Lei nº 10.168/2000, art. 2º, caput, § 1º)
4.1 Não incidência
A Cide não incide sobre a remuneração pela 
licença de uso ou de direitos de comercialização 
ou distribuição de programa de computador, salvo 
quando envolverem a transferência da correspon-
dente tecnologia.
(Lei nº 10.168/2000, art. 2º, § 1º-A; Lei nº 11.452/2007, art. 
20; Parecer Normativo CST nº 143/1975)
4.2 Base de cálculo e fato gerador
A Cide incidirá sobre os valores pagos, credita-
dos, entregues, empregados ou remetidos, a cada 
mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título 
de remuneração decorrente das obrigações indica-
das no tópico 4.
(Lei nº 10.168/2000, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.332/2001)
4.3 Alíquota e prazo de recolhimento
A alíquota da contribuição será de 10%. O paga-
mento da contribuição será efetuado até o último dia 
útil da quinzena subsequente ao mês de ocorrência 
do fato gerador.
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
Cide 8741 Cide - Royalties Último dia útil da quinzena 
subsequente ao mês de 
ocorrência do fato gerador.
Pessoa jurídica detentora de licença de uso ou adquirente 
de conhecimentos tecnológicos, bem como aquela signa-
tária de contratos que impliquem transferência de tecnolo-
gia, firmados com residentes ou domiciliados no exterior, 
de que trata o art. 2º da Lei nº 10.168/2000.
(Lei nº 10.168/2000, art. 2º, §§ 4º e 5º; Lei nº 10.332/2001; Ato Declaratório Cosar nº 6/2001)
5. PIS-PASEP-IMPORTAÇÃO E COFINS-
IMPORTAÇÃO
Incidem a contribuição para o PIS-Pasep- 
-Importação e a Cofins-Importação sobre o paga-
mento, o crédito, a entrega, o emprego ou a remessa 
de valores a residentes ou domiciliados no exterior 
como contraprestação pelos serviços prestados, por 
pessoa física ou pessoa jurídica, residente ou domici-
liada no exterior, nas seguintes hipóteses:
a) executados no País; ou
b) executados no exterior, cujo resultado se veri-
fique no País.
(Lei nº 10.865/2004, arts. 1º e 3º; Instrução Normativa RFB 
nº 1.911/2019, art. 234)
5.1 Base de cálculo e fato gerador
A base de cálculo da contribuição para o PIS- 
-Pasep-Importação e da Cofins-Importação é o valor 
pago, creditado, entregue, empregado ou remetido 
para o exterior, antes da retenção do Imposto de 
Renda, acrescido do ISS e do valor das próprias con-
24-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
tribuições incidentes na importação no caso de contratação de serviços de pessoa física ou jurídica residente 
ou domiciliada no exterior.
(Lei nº 10.865/2004, art. 7º, II; Instrução Normativa RFB nº 1.911/2019, art. 253, caput)
5.2 Alíquotas e prazo de recolhimento
O PIS-Pasep-Importação e a Cofins-Importação devidos na importação de serviços serão calculadas 
mediante aplicação, sobre a base de cálculo, das alíquotas de 1,65% e de 7,6%, respectivamente, independen-
temente de a pessoa jurídica contratante ser tributada pelo regime cumulativo ou não cumulativo.
Tributo Darf Descrição Prazo Responsável
PIS-Pasep 5434 PIS-Pasep - Importação de 
serviços
Na data do pagamento,crédito, entrega, em-
prego ou remessa.
a) a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de 
residente ou domiciliado no exterior; e
b) o beneficiário do serviço, na hipótese em que o con-
tratante também seja residente ou domiciliado no ex-
terior.
Cofins 5442 Cofins - Importação de ser-
viços
Na data do pagamento, 
crédito, entrega, em-
prego ou remessa.
a) a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de 
residente ou domiciliado no exterior; e
b) o beneficiário do serviço, na hipótese em que o con-
tratante também seja residente ou domiciliado no ex-
terior.
(Lei nº 10.865/2004, arts. 5º, II e III, e 8º, II; Lei nº 13.137/2015; Instrução Normativa RFB nº 1.911/2019, art. 254, II)
5.2.1 Alíquota zero
Ficam reduzidas a zero as alíquotas da contri-
buição para o PIS-Pasep-Importação e da Cofins-
Importação incidentes sobre o valor pago, creditado, 
entregue, empregado ou remetido à pessoa física ou 
jurídica residente ou domiciliada no exterior, referente 
a aluguéis e contraprestações de arrendamento mer-
cantil de máquinas, equipamentos, embarcações e 
aeronaves utilizados na atividade da empresa.
(Lei nº 10.865/2004, art. 8º, § 14)
5.3 Fórmula para cálculo das contribuições
Os valores a serem pagos relativos à contribuição 
para o PIS-Pasep-Importação e à Cofins-Importação 
devidos na importação de serviços serão obtidos 
mediante a aplicação da seguinte fórmula:
Em que:
Z = (1 + f)/(1 - c - d)
V = o valor pago, creditado, entregue, empregado 
ou remetido para o exterior, antes da retenção 
do IRRF;
c = alíquota da contribuição para o PIS-Pasep-
-Importação;
d = alíquota da Cofins-Importação;
f = alíquota do ISS.
(Instrução Normativa RFB nº 1.911/2019, art. 253, § 1º)
5.3.1 Exemplo
Imaginemos, por hipótese, que determinada pes-
soa jurídica tenha contratado a prestação de serviços 
de outra pessoa jurídica sediada no exterior, cujos 
honorários foram fixados no valor de R$ 100.000,00.
Consideremos, ainda, os seguintes dados:
c alíquota da contribuição para o PIS-Pasep-Importação 1,65%
d alíquota da Cofins-Importação 7,6%
f alíquota do ISSQN 5,00%
Aplicando a fórmula, temos:
Z = (1 + f) ÷ (1 - c - d)
Z = (1 + 0,05) ÷ (1 - 0,0165 - 0,076)
Z = 1,05 ÷ 0,9075
Z = 1,1570
Se , portanto:
0,0076 x R$ 100.000,00 x 1,1570 = R$ 8.793,20
Se , portanto:
0,0165 x R$ 100.000,00 x 1,1570 = R$ 1.909,05
N
24-16 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
SPED
ECF - DPP - Obrigatoriedade de apresentação
1) Quais pessoas jurídicas estão obrigadas a apre-
sentar da Declaração País a País (DPP) na Escritura-
ção Contábil Fiscal (ECF)?
Estão obrigadas a apresentar a DPP as entidades 
integrantes de grupo multinacional que configurem 
o controlador final do respectivo grupo, incluindo 
instituições financeiras, cuja receita consolidada total 
no ano fiscal anterior ao da declaração seja igual 
ou superior a R$ 2.260.000.000,00 se o controlador 
final for residente no Brasil para fins tributários, ou € 
750.000.000,00 ou o equivalente convertido pela cota-
ção de 31.01.2015 para a moeda local da jurisdição 
de residência para fins tributários do controlador final.
A entidade residente no Brasil integrante de grupo 
multinacional que esteja dispensada de apresentar 
a DPP, por não ter atingido o referido limite, deve 
preencher o campo 7 do Registro W100 (W100.
IND_ENTREGA), o qual informa a entidade responsá-
vel pela entrega da DPP, utilizando a opção “1 -Grupo 
Multinacional dispensado da entrega da Declaração 
País-a-País”, e justificar a dispensa no “Registro W300: 
Observações Adicionais”, informando o período fiscal 
ao qual o grupo está sujeito.
(Instrução Normativa RFB nº 1.681/2016, art. 4º; Manual de 
Orientação do Leiaute 6 da ECF, aprovado pelo Ato Declaratório 
Executivo Cofis nº 70/2019, p. 559)
ECF - Participação em consórcio de empresas - 
Informação na escrituração
2) A pessoa jurídica participante de consórcio, 
constituído nos termos dos arts. 278 e 279 da Lei 
nº 6.404/1976, deve informar essa condição no regis-
tro da Escrituração Contábil Fiscal (ECF)?
Não. Apenas a pessoa jurídica que indicou ser 
líder de consórcio, no “Registro Y640: Participações 
em Consórcios de Empresas” (Y640.COND_DECL = 
“1”), deve indicar no “Registro Y650: Participantes do 
Consórcio”, para cada um das demais pessoas jurídi-
cas participantes do consórcio no qual a declarante é 
líder, o número de inscrição no Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica (CNPJ) do participante e a respectiva 
receita auferida, proporcionalmente à participação 
deste no empreendimento, conforme documento 
arquivado no órgão de registro. Não é necessário 
informar o CNPJ e a receita da empresa líder, pois 
esses dados já foram informados no Registro Y640.
(Manual de Orientação do Leiaute 6 da ECF, aprovado pelo 
Ato Declaratório Executivo Cofis nº 70/2019, p. 559)
ECF - Período de encerramento da escrituração 
diferente do da ECD - Procedimento
3) Como proceder quando houver divergência en-
tre o encerramento do exercício da Escrituração Con-
tábil Digital (ECD) com encerramento de exercício dife-
rente da Escrituração Contábil Fiscal (ECF)?
Pode ocorrer divergência entre encerramento do 
exercício da ECD e os encerramentos da ECF. Isso 
porque os encerramentos do exercício na ECF seguem 
o período de apuração do Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro 
(CSL). Por exemplo, no caso da empresa tributada 
pelo lucro presumido, em que os encerramentos do 
exercício da ECF são trimestrais e na hipótese de a 
ECD recuperada ter encerramento anual.
No momento da validação no programa da ECF, 
pode exibir uma mensagem de advertência com o 
valor da diferença entre os saldos finais credores e 
os saldos iniciais credores. Nessa hipótese, a pessoa 
jurídica poderá ajustar os saldos por meio de altera-
ção nos Registros K155 e K355 (alteração de saldo de 
uma ou mais contas.
(Manual de Orientação do Leiaute da ECF, aprovado pelo 
Ato Declaratório Executivo Cofis nº 70/2019, subitem 1.7)
ECF - Pessoas jurídicas imunes/isentas - Registros a 
serem preenchidos
4) Quais registros da Escrituração Contábil Fiscal 
(ECF) devem ser preenchidos pelas pessoas jurídicas 
imunes/isentas desobrigadas da entrega da Escritura-
ção Contábil Digital (ECD)?
As pessoas jurídicas imunes/isentas (desobriga-
das do IRPJ e da CSL) e que não estejam obrigadas 
a entregar a ECD devem preencher os seguintes 
registros:
Registro 0000: Abertura do Arquivo Digital e Iden-
tificação da Pessoa Jurídica
a IOB Perguntas e Respostas 
24-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2020 - Fascículo 24 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
Registro 0010: Parâmetros de Tributação
Registro 0020: Parâmetros Complementares
Registro 0030: Dados Cadastrais
Registro 0930: Identificação dos Signatários da 
ECF
Registro X390: Origem e Aplicações de Recursos 
- Imunes e Isentas
Registro Y612: Identificação e Rendimentos de Di-
rigentes, Conselheiros, Sócios ou Titular
No Registro 0930, para as pessoas jurídicas imu-
nes/isentas que não estejam obrigadas a entregar a 
ECD, somente será exigida a assinatura do represen-
tante legal, ou seja, não será obrigatória a assinatura 
do contador.
As pessoas jurídicas imunes/isentas que estejam 
obrigadas a entregar a ECD, além dos registros 
supramencionados, também devem preencher os 
Blocos C, E, J, K e U (esses blocos serão preenchidos 
pelo sistema por meio da recuperação dos dados da 
ECD). Nessa situação, a assinatura do contador, no 
Registro 0930, é obrigatória.
(Manual de Orientação do Leiaute 6 da ECF, aprovado pelo 
Ato Declaratório Executivo Cofins nº 70/2019, subitem 1.4)
◙
	Tributos e Contribuições Federais
	IRPJ/CSL/Cofins/PIS-Pasep
	Transação extraordinária
	Direito de Empresa
	Sociedade em comandita
	IOB Setorial
	Importação
	IRRF/Cide/PIS-Pasep-Importação/Cofins-Importação - Remessas parao exterior - Importação de serviço
	IOB Perguntas e Respostas

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