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TÍTULO: O EDUCANDO NA EJA: SUA REALIDADE E NECESSIDADE
AUTORES: Alice de Araujo Rodrigues Ferreira
Érica Nascimento Coelho Vieira
Ester de Oliveira da Silva
Luana dos Santos Duarte
ORIENTADORA: Gilda Sabas
RESUMO:
Este trabalho tem como objetivo discutir sobre a realidade e necessidade dos educando na EJA, através de pesquisas bibliográficas analisamos os perfis dos Educandos, onde a maioria são trabalhadores e desempregados, pais, mães e filhos que enfrenta um dia de trabalho, e depois enfrentam uma sala de aula tudo para conquistar uma vida digna e melhor.
Analisando o cotidiano desses educando percebemos que muitos acabam os estudos por terem muita força de vontade e a cumplicidade do educador junto ao educando.
 Podemos ver as mudanças ocorridas na educação de adultos ao longo da história, e também relatar as medidas tomadas pelos governos para acabar com as evasões escolares e a taxa de Analfabetização. 
PALAVRA CHAVE: Educação de Adultos, Evasões Escolares, Realidade e Necessidade.
ABSTRACT:
This work aims to discuss the reality and needs of students in EJA, through bibliographic research we analyze the profiles of students, where the majority are workers and unemployed, parents, mothers and children who face a day of work, and then face a classroom everything to achieve a dignified and better life.
Analyzing the daily lives of these students, we realize that many finish their studies because they have a lot of willpower and the complicity of the educator with the student.
 We can see the changes that have occurred in adult education throughout history, and also report on the measures taken by governments to end school dropouts and the illiteracy rate.
KEYWORD: Eja, Adult Education, School Dropouts, Reality and Need.
INTRODUÇÃO:
Ao contrário do que muitos acreditam o educando na modalidade de ensino EJA, é dotado de conhecimento, experiência e realidade de vida. Esse educando, por vários motivos descritos neste estudo, é um ser que apresenta necessidades claras e objetivas, alcançar conhecimento, melhoria de vida, promoção no trabalho são alguns exemplos dos seus desejos.
Relatamos aqui, o perfil desses educando, quem ele é, qual sua faixa etária, se trabalha se está em condição de vulnerabilidade; como é o seu cotidiano, o que ele enfrenta até chegar à escola, e claro, motivos pelos quais acontecem as desistências, e qual a maior causa da mesma.
Observamos que, a falta do olhar preciso para esse educando torna ainda mais difícil à permanência dele na escola, mas quais ações seriam necessárias para a perseverança dele? Apresentamos aqui, medidas que podem contribuir para a diminuição da evasão na modalidade de ensino EJA, sempre com foco no educando, objeto principal deste estudo.
Acreditamos que a busca do educando por melhoria de vida e da qualidade da mesma é o principal motivo da sua volta à escolarização. A causa mais relevante da desistência é o analfabetismo que, conforme expomos neste estudo, têm milhões de brasileiros ainda analfabetos tornando assim a alfabetização um desafio.
Por fim, queremos contribuir com este estudo para a observação e análise da realidade e necessidade do educando que, sem o qual é impossível existir escola, seja em qualquer modalidade de ensino. 
O PERFIL DO EDUCANDO DA EJA
Quem são os alunos da EJA?O próprio nome já diz “Jovens e Adultos”, São homens e mulheres, trabalhadores, empregados e desempregados ou em busca do primeiro emprego; filhos, pais e mães; moradores urbanos de periferias e moradores rurais, ou seja, isto significa aos olhos de quem vê, na aprendizagem que não são pessoas vazias, são pessoas que tem trajetórias de vida, com grande conhecimentos adquiridos ao longo de sua existência, onde cada aluno é um baú cheio de historias e pensamentos que se entrelaçam no complexo mundo da sala de aula. Em muitos casos, eles estudaram quando crianças por alguns meses ou até alguns anos, durante sua infância, mas tiveram que abandonar a escola por diferentes motivos: por conta do trabalho ou ate mesmo por morarem longe da escola e de não terem condições para chegar ate a escola.
Ao perceber o ontem, o hoje e o amanhã, o ser humano percebe a consequência da sua ação sobre o mundo, nas diferentes épocas históricas, se torna o sujeito da sua história e por isso responsável por ela. Faz hoje o que se tornou possível pelo ontem. Fará amanhã o que está semeando hoje (FREIRE, 2000, p. 67).
Hoje em dia, há grande procura são os adultos no ensino médio. Sendo que a maioria da procura dos alunos da EJA são os trabalhadores. Estes mesmo que frequentam as aulas noturnas se se sacrificando acumulando responsabilidades, deixando de lado o pouco tempo de laser, na expectativa de melhorar suas condições de vida. Muito desses alunos nutre a esperança de continuar seus estudos, e por consequência ter acesso a outros níveis de ensino e uma boa carreira profissional, além de conseguir um emprego melhor. Porém há muitos pais e mães que voltam a estudar só para ajudar a dar mais esperança aos seus filhos na escola. Em uma sala de aula com cerca de 20 a 30 alunos é possível encontrar alunos que não sabem ler nem escrever, é claro tem alguns que já sabem alguma coisa, pois só não dominam a ortografia. Do ponto de vista da faixa etária, vemos que os alunos são adultos que depois de muitos anos voltaram a estudar, mas também jovens de 15 a 18 anos que por algum motivo interromperam os estudos, e retornam para o ensino noturno da EJA.
Há muita complexidade na Educação de Jovens e Adultos, devida à diferença de idade na mesma turma. A primeira é tentar gerenciar as diferenças culturais e históricas, a segunda é em relação aos alunos da EJA que a maioria é analfabetos e pobres.
Os alunos da EJA eles só permanecem em sala de aula quando os mesmos percebem que há a cumplicidade entre eles o educando e o educador, só assim vão sentindo que podem continuar na escola e se sentir-se bem com eles mesmo, ao contrario das crianças dos quais os pais as fazem ir para escola, os adultos não possuem um responsável que o obriguem a ir para a escola.
Para compreender o perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é necessário conhecer sua história, sua cultura, seus costumes e também é preciso entender que o mesmo passou por diferentes experiências de vida e que em algum momento precisou se afastar da escola por motivos sociais, econômicos, políticos e/ou sociais (SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, 2006).
se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode. Se a educação não é a chave das transformações sociais, não é também simplesmente reprodutora da ideologia dominante (FREIRE, 2007, p. 112). 
Segundo o Pedagogo  Paulo Freire a “Educação não transforma o mundo. Educação muda às pessoas. A pessoas transformam o mundo”. Em um modo,do qual é possível refletir, que sem educação as pessoas não transforma o mundo, sendo assim é essencial que haja educação, a educação ela é a chave para abrir as portas e é o professor quem irá nos transmitir o seu conhecimento. Porém fica difícil nos dias atuais a valorização e o respeito mutuo que as pessoas deveriam ter pelo o professor. Penso, logo reflito a passagem do Pedagogo Paulo Freire em uma ideia central de suas descrições: onde a educação ocupa um importantíssimo lugar na construção de um belo caminho que tenha como horizonte de uma sociedade, diferente. 
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aponta queda de 7,7% no número de alunos na educação de jovens e adultos (EJA). A redução de matrículas ocorre de forma similar no nível fundamental (8,1%) e no ensino médio (7,1%). A tendência foi registrada pelo Censo Escolar da Educação Básica 2019, publicado em 31 de janeiro. A EJA tem 3.273.668 estudantes matriculados.
GRÁFICO 01.NÚMERO DE MATRICÚLA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-BRASIL 2015 A 2019
3.273,668
3.545,988
3.508,356
3.482,124
3.492,689
4.000.000
	
1.937,583
2.106,155
2.177,904
2.205.535
2.182.615
3.000.000
1.336,085
1.432,833
1.326,609
1.425,852
1.309,2582.000.000
0
 TOTAL EJA FUNDAMENTAL EJA MÉDIO
Fonte: Elaborado por DEED/Inep com base no Censo de Educação básica
2019
2018
2017
2016
2015
PERFIL DOS EDUCANDOS
 Os alunos com menos de 30 anos representam 62,2% das matrículas da educação de jovens e adultos. Nesta faixa etária, 57,1% dos estudantes é do sexo masculino. Quando se observa os estudantes com mais de 30 anos, as mulheres correspondem a 58,6% das matrículas.
GRÁFICO 02. NÚMERO DE MATRICÚLA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-BRASIL SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E SEXO 2015 A 2019.
	
512.055
689.939
294.047
405.026
467.545
132.858
221.939
158.516
218.570
 78.047
52.533
60 ANOS OU MAIS
83.578
30 A 39 ANOS
40 A 49 ANOS
50 A 59 ANOS
20 A 29 ANOS
<20 ANOS
 MASCULINO FEMININO
Fonte: Elaborado por DEED/Inep com base no Censo de Educação básica
Esses são os resultados analisados pelo Censo de Educação Básica do ano de 2019, onde mostra uma estatística com o objetivo de oferecer um amplo diagnostico sobre a educação básica brasileira. O Censo escolar tem uma colaboração entre a União, os estados, Distrito Federal e municípios, é uma pesquisa de abrangência nacional que envolve gestores, profissionais escolares alunos de todas as etapas e modalidades de ensino: ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos e profissionalizantes. 
É para se refletir: Se é da escola que partimos, não poderíamos deixar de pensar sobre o impacto dessa instituição na vida desses Educandos. O impacto e, principalmente, as possibilidades de construção de novos projetos especialmente pensada para a EJA. Acreditamos que recuperar as funções da escola na vida dos educandos seja um passo necessário para a construção de novos e belos projetos.
COTIDIANO DO EDUCANDO NA EJA
A realidade do educando na modalidade de ensino EJA, tem consigo contexto social, que varia do senso comum à sua própria experiência. Esse educando é trabalhador, pai ou mãe de família, filho ou filha, que buscam autonomia de vida. Segundo Gadotti (2008, p. 31).
Os jovens e adultos trabalhadores lutam para superar suas condições precárias de vida (moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc.) que estão na raiz do problema do analfabetismo. Para definir a especificidade de EJA, a escola não pode esquecer que o jovem e adulto analfabeto é fundamentalmente um trabalhador – às vezes em condição de subemprego ou mesmo desemprego [...] Gadotti (2008, p. 31).
São muitas as peculiaridades de cada educando, porém a maior delas envolve emprego e desemprego. Esse educando, saí cedo de casa, enfrenta transporte público, atua como vendedor, feirante, pedreiro, auxiliar de limpeza entre outras funções manuais, percorrendo para alcançar diversos objetivos, ler e escrever, promoção no emprego, ou seja, mudança de vida.
Quando não possui emprego, exerce funções de subemprego, onde não há nenhum tipo de registro ou contrato, apenas a palavra de um contratador. Ainda há aqueles que não possuem emprego nem subemprego, mas mesmo assim buscam na EJA o conhecimento para assim ir em busca de melhoria de vida.
Acreditamos que seu dia cotidiano de trabalho, está ligado ainda a um período considerável dentro de um transporte público, precário e de percurso demorado. A motivação desse educando de continuar nesse cotidiano é exatamente o medo do desemprego, da necessidade de alimentação e moradia.
Dentro dessas especificidades, encontrar na EJA o aprendizado para conquistar a leitura e escrita, torna esse educando um polivalente, que se adapta a múltiplas tarefas, ele é trabalhador durante o seu dia, mas também é aluno que após o trabalho se apropria de coragem e retorna à escola, para percorrer um caminho, para ele árduo até o conhecimento. 
“Tornando-se gente, o indivíduo qualifica-se como ser social, pronto a contribuir para o seu país, para a sociedade: um ser livre e criativo que busca, critica, renova, entende, pensa e possui as estruturas necessárias para que possa integrar se à sua família, ao seu Estado. Enfim, ele é um ser que se relaciona em uma trama de desafios, cooperações e, principalmente, competições”. (SALTINI, 2008, p. 126).
Este educando segundo Saltini (2008, p.126), é um ser livre e criativo completamente dotado de estruturas necessárias para integração à família e Estado. Integração que o insere ao meio social como cidadão crítico, capaz de relacionar ao seu cotidiano desafios e habilidades de se renovar, por meio de sua experiência de vida.
Mas, como ser pensante sempre busca o entendimento de que pode ir além. De certa forma, compreende que sua vida escolar é limitada. Quando passa por dificuldades financeiras sempre se remete a escolarização, porque lhe falta “concluir” seus estudos. O fato é que, esse educando necessita aprender novos conceitos, novas habilidades. Então, vê na modalidade de ensino para jovens e adultos a oportunidade de alcançar um novo caminho, que o levará a um leque de opções de futuro. 
Mas, que futuro é esse? 
Para o educando, um futuro ainda distante, pois ele sabe que além do ensino regular, ainda existem os cursos técnicos e as faculdades. Será que esse educando nunca se imaginou numa faculdade? Ou ainda com uma profissão que requer especialidade? O educando desta modalidade de ensino EJA, se sente desmotivado, desencorajado. Entretanto ainda busca na EJA essa motivação, o engajamento para um bom emprego, moradia, saúde, enfim qualidade de vida.
A EVASÃO ESCOLAR NA EJA
A evasão escolar na EJA é um problema social relativo à educação, composto por contextos históricos, marcado por ordens políticas, seguida por intervenções governamentais que modificam o sistema escolar, sem necessariamente resultar na qualidade de ensino. O alto índice de evasão vem sendo debatido por profissionais responsáveis pela educação, pois a quantidade de alunos evadidos chega a ultrapassar o número de aprovados por semestre, causando o fechamento de salas.
As instituições escolares encontram certa dificuldade em atender as necessidades dos estudantes, em relação ao planejamento das práticas educativas, nesse processo de construção do ensino – aprendizagem, por ser algo tão distante do seu cotidiano e de seus conhecimentos escolares, mas são fundamentais na construção na sua formação cultural e democrática.
Um fator importante é a formação dos professores, que atualmente ainda encontramos muitos profissionais despreparados e desqualificados, políticas devem ser pensadas e planejadas, voltadas para a qualificação e formação desses profissionais é fundamental que os educadores vivenciem as práticas que deveriam adotar para contribuir para com a redução de evasão de jovens e adultos. 
Na maioria das vezes o motivo do abandono pelos estudantes na EJA está ligado a questões financeiras, dificuldade em conciliar o estudo com o trabalho, desânimo ou encontram dificuldades em acompanhar os estudos.
”Há diversas variáveis interferindo no processo de evasão escolar. Muitas vezes, o estudante não deixa voluntariamente a escola. Faz isso por causa da família ou do trabalho. Também existe a questão da qualidade do curso oferecido. Falta pensar a EJA nas demandas de aprendizagem dessa clientelaespecífica. É importante conhecer que a maioria dos estudantes que procuram concluir a educação formal, também carece de qualificação profissional, e por isso, deve-se articular a formação deles com a educação continuada” (Ireland, Timothy. Revista Nova Escola, Ed. 223, junho/2009).
Segundo o doutor em Educação Timothy Ireland, o processo de evasão escolar e causado por vários motivos que acabam contribuindo com o abandono escolar, os coordenadores e professores da EJA tem que pensar em propostas pedagógicas baseadas nas demandas de aprendizagem de acordo com a necessidade e cotidiano dos alunos. 
GRÁFICO 01 – BASEADO POR SÉRIE PLANILHA DIAGNÓSTICO FINAL DO CENCAC 2016
 
	1º Série
4º Série
3º Série
1º Série
2º Série
· Matriculados 
· Aprovados
· Transferidos
 Linear (Evadidos e Desistentes)
· Progressão 
· Reprovados
· Evadidos e Desistentes
Observa-se que através do gráfico 01 a linha onde representa a evasão e desistência vai diminuindo ao longo das séries da EJA, na 3° fase no CENCAC.
Nota-se que no decorrer dos períodos letivos houve redução no número de matrículas, consequentemente, os alunos que chegam a concluir essa etapa são aqueles com mais facilidade ou encontram apoio durante sua jornada escolar.
A partir das informações do gráfico 02 é possível notar que durante a primeira série, o número de alunos matriculados que evadiram ou desistiram chegou aos 35%, enquanto 10% de alunos matriculados foram reprovados e 17% ficaram em progressão educacional ou parcial. Conseguinte, 38% apenas são referentes ao índice de aprovação, sendo que índice de alunos sem aproveitamento foi de 62%, superior à aprovação.
GRÁFICO 02-COMPILADO DOS DADOS DA 1º SÉRIE BASEADO NA PLANILHA DIAGNOSTICA FINAL DO CENCAC 2016.
Reprovação 10%
Aprovação 38%
Transferidos 0%
Progressão 17%
Evasão e Desistentes 35%
GRÁFICO 03 – COMPILADO DOS DADOS DA 2° SÉRIE, BASEADO NA PLANILHA DIAGNÓSTICA FINAL DO CENCAC, 2016.
· Aprovação 64%
· Progressão 14%
· Reprovação 11%
· Evasão e Desistentes 7%
· Transferidos 4%
Observando e analisando os dados do gráfico 03 da segunda série, nota-se uma queda considerável no índice de evasão e desistência, chegando a 7% dos alunos se enquadrou nessa categoria. Os outros 14% dos alunos ficaram de progressão, 11% foram reprovados e 4% transferidos. O índice de aprovação foi de 62% superando o 36% dos alunos que não obterão aproveitamento completo.
GRÁFICO 04 – COMPILADO DOS DADOS DA 3° SÉRIE, BASEADO NA PLANILHA DIAGNÓSTICA FINAL DO CENCAC, 2016.
Reprovação 3%
 Transferidos 0%
Evasão e Desistentes 27%
Progressão 10%
Aprovação 60%
É apresentado um crescimento no índice de evasão e desistência que atinge 27%. Enquanto o índice de alunos em regressão 10%, o índice de reprovados é equivalente a 3% e 60% aprovados. Não fica nítido do porque houve uma maior evasão, pois se refere ao início do último ano de estudos para os alunos que ainda querem concluir o Ensaio Médio na modalidade EJA. 
Para alcançar dados precisos sobre os reais motivos que levaram à evasão e à desistência dos alunos, será necessária uma pesquisa in loco, com a finalidade de construir considerações, que explicasse o alto índice de evasão e desistência na turma referente, pois o estudo apenas analisa os dados referentes ao ano letivo de 2016.
GRÁFICO 05 – COMPILADO DOS DADOS DA 4° SÉRIE, BASEADO NA PLANILHA DIAGNÓSTICA FINAL DO CENCAC, 2016.
Progressão 0%
Evasão e Desistentes 7%
Transferidos 0%
Reprovação 0%
Aprovação 93%
A 4º série possui certa peculiaridade, pois se trata do momento final da pesquisa, não houve nenhuma transferência e reprovação. Porém a evasão e desistência continuaram atingindo a 7% do total de matriculados, são significativos os dados de aprovação, pois nas séries anteriores, no nenhuma atingiu a média igual ou superior a 93% do número de alunos matriculados.
GRÁFICO 06 – COMPILADO DOS DADOS TOTAIS, BASEADO NA PLANILHA DIAGNÓSTICA FINAL DO CENCAC, 2016.
Transferidos 1%
Reprovação 8%
 Progressão 15%
Evasão e Desistentes 27%
Aprovação 49%
É possível observar no gráfico 06, que a partir dos dados apresentados, a evasão escolar é uma realidade que possui diversos fatores que podem ser a causa do abandono escolar. São adotados como motivação instância política-social, motivacionais e técnico administrativo/pedagógico como fatores escolares, também fatores de ordem social, família e trabalho como marcadores para o fato da evasão escolar.
Com a falta de políticas públicas que tem prioridade a qualidade do ensino na modalidade EJA é um dos impasses que consolidam essa etapa da educação.
Ações e medidas que podem ajudar a diminuir e combater à evasão na EJA.
 
· Uso de variadas linguagens
 Apresentar e acrescentar atividades relacionadas à arte e à cultura.
O uso de linguagens alternativas, como a música, contribui para facilitar o aprendizado, especialmente para os estudantes mais velhos, por se tratar de uma cultura popular.
· Reorganização do tempo
Pensar na elaboração de um cronograma de aulas coerente com a disponibilidade dos alunos. Planejar e organizar os dias e horários das disciplinas, de acordo com as necessidades da turma, pensando em garantir um bom atendimento contínuo e a reposição de aulas.
· Currículo contextualizado
Elaborar a construção de um currículo que enfatize o significado da aprendizagem.
Relacionar temas que fazem parte do cotidiano às disciplinas contribui para o melhor entendimento dos alunos em relação a determinados assunto com certa facilidade.
· Articulação com empresas
Estabelecer contato com empresários que fazem parte do setor público e privado para estabelecer parcerias com o intuito de facilitar o acesso dos alunos à escola e evitar atrasos.
Contribuir para a melhoria do transporte público nos bairros escolares ou estimular os funcionários a estudar, ser flexível em relação aos horários de trabalho, são alguns exemplos de parcerias que podem ser sugeridas aos empresários.
· Atendimento aos filhos
Criar uma infraestrutura voltada para receber e atender os filhos dos alunos. Essencial para aqueles alunos que não têm como deixar os filhos, levá-los à escola enquanto estudam pode ser fundamental para que não faltem às aulas.
· Atendimento individual
Oferecer plano de estudos personalizado de acordo com as possibilidades de cada aluno.
Planejar e elaborar aulas de forma individualizada faz com que cada adulto estude de acordo com seu ritmo e com o tempo disponível.
· Acolhimento e merenda
Oferecer refeição aos alunos pode contribuir para incentivar os alunos a estudar.
A maioria dos estudantes vai diretamente do trabalho para a escola, assim eles não ficam com fome e podem se concentrar mais nas aulas.
 
O ANALFABETISMO: UM DESAFIO PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Diante do grande número de analfabetos em nosso país, pode certificar- se que os jovens e o adulto encontram desafios no processo de alfabetização.
Na história do Brasil podemos perceber as dificuldades encontradas na educação dos jovens e Adultos.
Essa modalidade de ensino tem olhar voltado para classe social mais baixa, são pessoas que não tiveram oportunidades quando criança ou porque foram obrigado á abandonar a escola para poder trabalhar. Pessoas que trabalham apenas para sobreviver e muito deles são trabalhadores rurais que na maioria das vezes deixa seu lugar de origem para tentar sobreviver na cidade, fora que muitos ainda são alvos de preconceitos por pessoas que acham que aprender tem um tempo e validade, como que as pessoas de mais idade não pudessem enfim ser alfabetizados.
Na educação de jovens e Adultos existem situações em que o educador precisa aprender como lhe dar, pós a convivência entre eles em sala de aula em alguns momentos e um grande desafio não só para o aluno, mais também para o professor. O educador precisa tomar cuidado até mesmo na hora de fazer uma correção para que essa correção se transforme em uma situação de aprendizagem e não de censura. 
De acordo com Xavier, Ribeiroe Noronha (1994):
“No que se refere ao analfabetismo, por exemplo, o problema se agravou por dois motivos básicos: primeiro, porque o número de pessoas analfabetas (em números absolutos) aumentou e, segundo, porque não foram tomadas medidas efetivas em nível governamental para a superação desse problema. As medidas tomadas foram reduzidas a campanhas fragmentárias e sem continuidade” (XAVIER; RIBEIRO; NORONHA, 1994, p. 227).
É importante lembrar que a qualidade de educação de jovens e Adultos não depende de instituições solidárias ou da boa vontade de voluntários dentro da unidade escola. 
É essencial a organização de políticos que deem prioridade a qualidade da educação de jovens e Adultos, contratando profissionais qualificados formados para essa modalidade de ensino.
O desafio é sem dúvidas vencer o analfabetismo e a evasão escolar que gera um grande número de adulto com desigualdade e dificuldades de colocação no mercado de trabalho, que todos tenham a mesma oportunidade e condições de fazer parte de uma educação que inclua também, pessoas de diferentes religiões, cultura e política. Que todos possam dividir uma visão de mundo melhor, contribuindo para manter ou modificar as suas próprias concepções, transformando-se e modificado para uma sociedade mais democrática.
Figura 01 – Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais (2019)
 
No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2019, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 6,6% (11 milhões de analfabetos).
A Região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (13,9%). Isto representa uma taxa aproximadamente, quatro vezes maior do que as taxas estimadas para as Regiões Sudeste e Sul (ambas com 3,3%). Na Região Norte essa taxa foi 7,6 % e no Centro-Oeste, 4,9%.
Segundo os dados da tabela acima, as regiões Norte e Nordeste sofrem mais com o número de analfabetos, exatamente pelo fato de serem muitas vezes agricultores, que trabalham com serviços manuais, dificultando assim a permanência dos estudos até os anos finais.
Notamos também, com o decorrer dos anos, a diminuição de analfabetos em todas as regiões, mas ainda são milhões de brasileiros que não conseguem finalizar seus estudos, para assim adquirir conhecimentos para melhoria de vida.
O desafio é sem dúvidas vencer o analfabetismo e a evasão escolar que gera um grande número de adultos com desigualdade e dificuldades de colocação no mercado de trabalho, que todos tenham a mesma oportunidade e condições de fazer parte de uma educação que inclua também, pessoas de diferentes religiões, cultura e política. Que todos possam dividir uma visão de mundo melhor, contribuindo para manter ou modificar as suas próprias concepções, transformando- se e modificado para uma sociedade mais democrática.
Na EJA as diferenças do ensino regular são muitas, sejam pela idade, experiências vividas, culturas e crenças, que levam a necessidade de ser tratado também o método de ensino com diferença.
 A educação carece de atitudes inovadoras que busquem compreender os alunos e as suas dificuldades, atentando para suas histórias, as que trazem para a sala e as que levam dela.
 Ter expectativas, objetivos concretos, sonhar com o sucesso, com o melhor, com o novo, e ajudar os alunos a descobrir a solidariedade, o carinho, a esperança, de maneira que o aprendizado das letras e números seja prazerosa, fácil e útil, buscar diminuir e se possível erradicar a evasão escolar, porque cada aluno a menos na escola é uma cabeça pensante que deixa de pensar da forma sistemática e correta. Vai deixar de criticar, de refletir, de contribuir para sua comunidade.
 Com o cansaço do trabalho, as dores lombares, a fraca visão e audição, o filho para se preocupar e o jantar para fazer não seja empecilhos para desistência de aprender. Mas que seja incentivo para mudar, buscar o conhecimento formal e informal e com a ajuda da administração pedagógica, o trabalho com o lado emocional, profissional e a valoração do aluno como ser pensante e ser humano digno capaz e sujeito de direito de uma educação de qualidade, não importando as dificuldades, mas sabedor que uma vez adquirido o bem do saber ninguém poderá jamais tirá-lo de si.
Mas como combater o analfabetismo? 
De acordo com Mello (1991: pg12): a educação passa definitivamente a ocupar, juntamente com a política de ciência e tecnologia, lugar central e articulado na pauta das macropolíticas do Estado, como fator importante para a qualificação dos recursos humanos requeridos pelo novo padrão de desenvolvimento, no qual a produtividade e a qualidade dos bens e produtos são decisivos para a competitividade internacional.
Acreditamos que as Políticas Públicas são essenciais para combater o analfabetismo, por terem lugar central e ser fator importante para a qualificação da educação. É primordial que essas políticas englobem a necessidade dos educandos, não simplesmente para a competitividade, mas para a alfabetização obter êxito em tornar analfabetos em cidadãos críticos.
Também é importante salientar que, a capacitação continuada dos educadores fortalece ainda mais a qualidade da educação, sendo relevante para o corpo docente o domínio dos conteúdos propostos pedagogicamente, apresentando propostas de desenvolvimento, e não estagnação da alfabetização.
Por fim, políticas públicas e a capacitação dos educadores é a forma mais simples para o combate do analfabetismo. Acreditamos ainda, ser de extrema importância à escola como base para que isso aconteça. Ofertar políticas públicas que busca a inclusão de todos os brasileiros terem acesso à alfabetização é papel do Estado, conforme descrito na LEI Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
BIBLIOGRAFIA: escrever REFERÊNCIAS
BASTIANI, Décia Maria, Perfil e desafios dos alunos da educação de jovens e adultos no município de Santa Helena –PR. In: Monografia apresentada ao curso de Especialização em Educação Básica na Modalidade Educação de Jovens e Adultos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2011.
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Vendas	Aprovação	Reprovação	Evasão e Desistentes	Progresão	8.2000000000000011	0.05	1.4	0.05	Vendas	Aprovação	Progressão	Evasão e Desistentes	Transferidos	Reprovação	8.2000000000000011	2.5	4.5	0.15000000000000024	1.2	Vendas	Aprovacão 	Evasão e Desistentes 	Progressão 	Reprovação 	8.2000000000000011	3.2	1.4	1.2	Vendas	Aprovação	Evasão e Desistentes	Progressão	Reprovação	8.2000000000000011	3.2	1.4	1.2	1

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