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Rodrigo Pires exercício seminário V

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IBET
Módulo I – TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA
Seminário V – SEGURANÇA JURÍDICA E PROCESSO: RECURSOS, AÇÃO RESCISÓRIA E COISA JULGADA.
Aluno: Rodrigo Gonçalves Pires.
1. Tomando o conceito fixado por Paulo de Barros Carvalho acerca do princípio da segurança jurídica:
“dirigido à implantação de um valor específico, qual seja o de coordenar o fluxo das interações inter-humanas, no sentido de propagar no seio da comunidade social o sentimento de previsibilidade quanto aos efeitos jurídicos da regulação da conduta.”
Pergunta-se:
a)	Que é segurança jurídica? Qual sua relevância?
A segurança jurídica é o princípio ou sobreprincípio (para Paulo de Barros) que causa estabilidade/equilíbrio para as relações jurídicas. Sua importância está presente na entrega aos cidadãos maior tranquilidade e segurança para que possam programar suas ações futuras onde as partes jurídicas conhecem, confiantes que estão no modo pelo qual a aplicação das normas do direito se realiza. A segurança jurídica para o país também é muito importante, pois quanto maior ela for acarretará em maior investimento para seu desenvolvimento.
	
Tal princípio tem responsabilidade muito grande no ordenamento, devido ter o objetivo de inserir a estabilidade, confiabilidade, previsibilidade dentre outros. Como princípio/valor, tenho o entendimento que este agirá sobre os demais de forma a orienta-los na busca da segurança, estabilidade, confiabilidade, previsibilidade jurídica
b)	Indicar limites objetivos previstos no direito positivo que resguardam o valor da segurança jurídica. Indique dispositivos da Constituição Federal de 1988 e do Código Tributário Nacional que confirmem sua resposta.
Este é um sobreprincipio não positivado na legislação brasileira, mas é originado de outros princípios como: legalidade, anterioridade, igualdade, irretroatividade dentre outros. Na Lei número 9.784/99, Lei do Processo Administrativo, em seu artigo 2º, é possível verificar o mesmo de forma expressa:
“Art. 2º, caput: A administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência”.
Legalidade
CF/1988
 “Art. 5º. (...) 
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de 
lei”. 
"Ar t. 150. (... ) 
I - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça". 
CTN
“Art. 97. Somente a lei poderá estabelecer: (...) ”.
Anterioridade
 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;         (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Igualdade
CF/88
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Irretroatividade
CF/88
Art. 5º (...)
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; 
CTN
 Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
c)	Como poderia ser resguardada a segurança jurídica no contexto social em hipóteses como a de mudança de orientação de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, como se deu no caso do direito à manutenção do crédito de ICMS na hipótese de saída de mercadorias com redução de base de cálculo (sobre essa questão ver RE 161.031/MG e 174.478/SP – Anexos I e II)?
 
Através do RE 174.478/SP, o STF alterou seu entendimento possibilitando a redução da base de cálculo do ICMS no Estado de São Paulo sendo o oposto do entendimento fixado no RE 161.031/MG. A segurança jurídica, nesse caso, poderia ser garantida pela aplicação desse novo entendimento apenas com efeito ex-tunc respeitando assim o princípio da irretroatividade.
d)	As prescrições do CPC/15 voltadas à estabilização da jurisprudência vêm ao encontro da realização da segurança jurídica (vide arts. 9º, 10, 926, 535, §§ 5º, 6º, 7º e 8º 927 ambos do CPC/15)?
O CPC/15 concorda com a realização da segurança jurídica, visto que garante as decisões de forma fundamentada, não permitindo abusos das partes do judiciário de tomar a decisão com base no entendimento do magistrado.
2. Qual o conteúdo e alcance do termo “precedente” utilizado pelo CPC/15? Jurisprudência e precedente são termos sinônimos dentro do sistema jurídico brasileiro? Os precedentes são normas jurídicas? Se sim, de que tipo? O verbo “observar”, veiculado pelo art. 927 do CPC/15, significa que os julgadores estão vinculados aos precedentes judiciais? Esta obrigação pode ser reputada instrumento hábil para garantia da segurança jurídica? (Vide arts. 926, 927, 988, IV do CPC/15). 
Precedente pode ser sinônimo de decisão judicial e se diferencia da jurisprudência pelo critério quantitativo. Toda decisão judicial proferida por autoridade judiciária constitui precedente judicial. O sentido do termo “jurisprudência” é diferente, na medida em que pressupõe um mínimo de constância e de uniformização, que se forma a partir da existência de algumas decisões reiteradas num mesmo sentido.
Em relação à questão se o precedente é norma jurídica, levando em consideração que ele não vincula toda sociedade, com exceção das Súmulas Vinculantes, a resposta é negativa. 
Quanto ao termo “observar” disposto no artigo 927 do CPC 2015, diz respeito ao fato dos juízes terem que seguir as decisões proferidas pelos órgãos superiores sobre casos semelhantes, para que não haja contradições. Desta forma, apesar de não haver vinculação dos juízes, ou seja, eles não estão amarrados a tais decisões, quando observam as decisões de tribunais superiores, promovem uma homogeneização no judiciário, garantido segurança jurídica. 
3. Uma lei tributária municipal é considerada inconstitucional por uma associação que possui representação em âmbito estadual. Quais seriam os caminhos para a discussão da questão com efeitos erga omnes sem que seja necessária a discussão individual por cada contribuinte? Analise as opções seguintes motivando as razões do cabimento ou não e, no último caso, o foro de ajuizamento:
 
a) Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI:
O artigo 125 da constituição federal dispõe a viabilidade do controle de constitucionalidade dos atos normativos municipais em face da Constituição Estadual, determina também o controle de inconstitucionalidade das leis federais e estaduais se abdicando dos atos municipais diante da Constituição Federal.
	
No caso municipal, apenas será avaliado pelo STF quando este for objeto de controle difuso ou através de ação de descumprimento de preceito fundamental.
	
Não é possível entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade contra lei municipal, uma vez que não está prevista na Constituiçãoonde o mesmo entendimento é colocado para ação direta de constitucionalidade
b) Mandado de Segurança Coletivo
Tem a finalidade de garantir o direito ao todo, a coletividade
c) Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental:
	
É entendida, na sua modalidade mais conhecida, como uma ação do controle concentrado, determinado a enfrentar o não cumprimento de conteúdos mais importantes da Constituição, realizados por atos normativos ou não normativos, quando não houver outro meio efetivo.
	
Seria um tipo de “ADI residual” utilizado quando outros instrumentos parecidos não resolverem o problema. 
Portanto, pode se utilizar a ADPF para combater uma lei municipal que seja contrária à Constituição Federal. Como se trata de um caso que não permite o uso da ADI torna-se cabível sua aplicação
d) Ação popular:	
Ação que se destina a anular atos lesivos ao patrimônio de entidades públicas. O titular da ação é o cidadão, ou seja, qualquer brasileiro dotado de direitos políticos. A ação deve ser movida contra aqueles que, em nome da entidade pública prejudicada, praticaram o ato ilícito.
Segundo doutrinadores como Hely Lopes Meirelles e Alexandre de Moraes, a ação popular visa proteger direitos difusos, coletivos. Por isso, o maior beneficiário de uma ação popular não é a pessoa que a criou, e sim a população em geral.
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência
e)	Ação Civil Pública:
Utilizado quando um governante, empresa, pessoa física (particular ou funcionário público) desrespeita o patrimônio do povo, meio ambiente, patrimônio histórico ou qualquer um dos direitos difusos ou coletivos podem ser empregar uma Ação Civil Pública sendo uma ferramenta que o cidadão através de um advogado possui para exigir punição do responsável e a reparação do dano causado. Como exemplo de sua aplicação pode ser citado ações contra empresas responsáveis por desastres ambientais e empresas que adulteraram testes de emissão de poluentes.
f)	Ação de rito comum:
	
O Novo CPC trouxe mudanças importantes quanto ao que se refere ao procedimento comum. Antes o procedimento comum era dividido em duas partes, ou seja, em rito sumário e rito ordinário, porém o Novo CPC eliminou o rito sumário e assim não há motivo que justifica a existência do rito ordinário.
	
Portanto, conforme o Novo CPC, existe apenas o processo de conhecimento comum e especial. O procedimento comum é usado por exclusão, ou seja, se não for hipótese de algum procedimento especial é procedimento comum podendo ser considerado como procedimento residual
4. Pode o Supremo Tribunal Federal, ao julgar Recurso Extraordinário que trate de matéria tributária modular os efeitos de decisão proferida em sede de controle difuso de constitucionalidade de forma a lhe dar efeitos ex nunc, proibindo com efeitos erga omnes a repetição do indébito tributário dos valores recolhidos até a data do julgamento? Quais os limites previstos em nosso ordenamento para a modulação de efeitos em controle de constitucionalidade em matéria tributária? Pode haver modulação de efeitos por meio da edição de Súmula Vinculante? (Vide o RE 556.664-1, na parte afeta à modulação de efeitos – ementa e parte final da discussão em Plenário – e a Súmula Vinculante n. 8)
O STF vem negando a modulação de efeitos em matéria de repetição de indébito tributário. O art. 27 da Lei nº 9.868/99 foi criado para resolver casos de insegurança jurídica e de interesse social que se justificam em face de legítimas expectativas normativas frustradas pelo controle de constitucionalidade do STF. Admitir que o Fisco crie tributos em desrespeito à legalidade e à segurança jurídica mediante a edição de norma inconstitucional, para depois de reconhecida a patente inconstitucionalidade perante o STF, pleitear a convalidação dos efeitos de sua ilegalidade em nome da segurança jurídica, é descabido. Portanto, quem cria a insegurança não poderia alegá-la em benefício próprio. 
A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público. A modulação dos efeitos temporais diz respeito à possibilidade de alterar o termo inicial da produção dos efeitos da súmula vinculante para outro momento futuro, posto que não há possibilidade de aplicação retroativa à data da proposição ou mesmo anterior a ela. Relativamente aos efeitos materiais, é facultada ao Supremo Tribunal Federal a limitação do alcance subjetivo da súmula, para que somente certos órgãos ou entes da Administração Pública sejam obrigados a observar o conteúdo de determinado enunciado. O dispositivo legal insculpido no art. 4º da Lei nº 11.417/2006 tem visível ligação com o art. 27 da Lei nº 9.868/1999, que dispõe sobre o processo e o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, o que reforça a aproximação formalística entre o procedimento das ações de constitucionalidade e aquele previsto para elaboração da súmula vinculante.
5. A empresa Xpto propôs ação de repetição de indébito tributário em face da União, obtendo decisão, transitada em julgado junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, reconhecendo a inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo pago e condenando a União na restituição. Iniciada a fase de cumprimento de sentença contra a União sobreveio decisão de mérito do STF, em Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), julgando a mesma lei constitucional (isto significa que a referida Adin foi julgada improcedente e que o controle de constitucionalidade exercido foi o concentrado). Pergunta-se:
 
a) É necessário o ajuizamento de ação rescisória pela União objetivando a desconstituição da coisa julgada para não ter que cumprir a sentença que a condenou à restituição do tributo? Se afirmativa sua resposta, indicar o fundamento legal contido no CPC/15 que respalde sua conclusão. Se negativa sua resposta, justifique-a indicando a solução processual que a União deve adotar, bem como o dispositivo do CPC/15 que respalde sua conclusão. (vide Anexo III) 
	
É necessário o ajuizamento de ação rescisória pela União, uma vez que no caso, configurou-se a coisa julgada material que prevalece sobre a declaração de constitucionalidade do tributo. Sendo assim, se não houver ato jurídico posterior (ação rescisória), a sentença transitada em julgado prevalecerá.
O fundamento jurídico será o artigo 966, V do CPC, posto que como a norma foi declarada constitucional, tem-se que a sentença transitada em julgado, objeto da ação rescisória, violou tal dispositivo legal agora constitucional.
 b) Tendo havido modificação posterior da jurisprudência do STF, em sentido oposto ao da coisa julgada e por meio de controle difuso de constitucionalidade, em recurso extraordinário em que houve o reconhecimento da repercussão geral da matéria, a conclusão a que você chegou na resposta “a” mudaria? Justifique.
Não muda. Efeito entre as partes. A exceção está se tratar de relação de trato continuado.
6. Um contribuinte recolheu determinado tributo a partir de uma base de cálculo prevista em lei. A instrução normativa regulamentadora (IN n. 01/02) esclareceu que, na base de cálculo, não deveria ser considerado o valor do transporte pago a terceiro (frete). Um ano depois, a INn. 03/03 esclareceu que o frete pago a terceiro integraria a base de cálculo do tributo em questão. Nesse contexto, o contribuinte consultou você questionando a necessidade de complementação do recolhimento durante a vigência da IN n. 01/02. O que você responderia? Analise os arts. 100, 103 e 146 do CTN na resposta.
Com base no conteúdo dos referidos artigos, a orientação seria no sentido de não realizar a complementação do recolhimento do tributo no período de vigência da IN nº 01/02, pois a IN nº 03/03 que passou a incluir na base de cálculo o preço do frete somente terá eficácia a partir do momento de sua publicação; caso contrário, estaríamos inutilizando a segurança jurídica por meio de um aumento da base de cálculo de tributo para fatos pretéritos.
7. Analisando o ordenamento jurídico como um todo, isto é, as normas de direito material (constitucional e tributário) e processual civil, texto constitucional e infralegal, indique mecanismos cuja função no sistema é dar efetividade à segurança jurídica, justificando sua resposta com motivos e indicação do dispositivo normativo. 
Para auxiliá-lo(a), segue um exemplo: formação da coisa julgada num processo, mecanismo processual que impede a rediscussão da mesma questão em outro processo – art. 5º, XXXVI da Constituição Federal/1988, art. 502 do CPC/2015.
As normas jurídicas possuem a tendência de dar eficiência/eficácia as garantias constitucionais, estabelecendo segurança e estabilidade de modo que surpresas sejam mitigadas sendo possível a previsibilidade das consequências jurídicas do ato realizado. 
	
Aliás, tamanha homenagem à boa-fé objetiva reflete naturalmente a relevância do princípio da preservação da dignidade humana erigido à fundamento da República Federativa do Brasil, conforme texto constitucional vigente. 
O Código de Processo Civil apresentou uma sugestão que o Fórum Permanente de Processualista Civis definiu como sendo “microssistema de solução de casos repetitivos”.
	
Nesse microssistema destaca se o estudo do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas – IRDR e o Incidente de Assunção de Competência, o que confirma influência do ponto de vista vertical de jurisdição admitida pelo novo diploma legal.

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