Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOUTO JUÍZO DA ____ VARA PENAL DE CEARÁ José Percival da Silva, vulgo Zé da farmácia, casado, vereador, inscrito no CPF sob o n. Residente e domiciliado no Município de Conceição do Agreste/CE, vem impetrar habeas corpus com pedido de liminar (CF, art. 5°, LXVIII), preso preventivamente pelo crime de prática do crime de corrupção passiva. 1. DOS FATOS O paciente citado faz parte do cargo de Presidente da Câmara dos Vereadores do Município de Conceição do Agreste/CE, decidiu assistir à Sessão da Comissão de Finanças e Contratos da Câmara para verificar se ela estava realizando seu trabalho de maneira correta e eficaz. Sem saber do esquema criminoso que estava ocorrendo e ele estaria no momento do comitê, sendo assim foi preso em flagrante, após a audiência de custódia, no dia seguinte da prisão, os réus foram representados pelo Procurador da Câmara dos Vereadores, que requereu a liberdade deles, com a decretação de medidas cautelares diversas da prisão. Entretanto, o MM. Juiz, acatando o pedido do Ministério Público de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, decretou a prisão preventiva de todos, nos termos do art. 310, II, c/c art. 312, c/c art. 313, I. Entretanto o cliente citado não possui nenhuma ligação com crime, apenas foi conferi o seu serviço como presidente da câmara, o fazer de uma forma eficaz, se meu cliente tivesse sido procurado pelo crime citado, nunca concordaria com tamanha ilegalidade. DO DIREITO Da liminar O MM. Juízo a quo determinou a prisão temporária do Paciente, que encontra-se preso até a presente data, erroneamente, uma vez que o crime imputado não se enquadra no rol taxativo previsto no artigo 1º, inciso III, da Lei 7.960 de 1989. Com todo respeito, mas o erro cometido pelo MM. Juízo a quo configura abuso e constrangimento ilegal ante a ausência de amparo legal que fundamente sua decisão, como exposto acima. Notadamente, o periculum libertatis não estão presentes e sua ausência autoriza a revogação da prisão temporário, que pelo princípio da presunção de inocência é a exceção a sua aplicação. Data vênia, é necessário o deferimento da liminar, para que o constrangimento denunciado no Habeas Corpus não se consolide de forma irreversível. Do Mérito Nesse mesmo sentido, vale destacar que para que ocorra a Prisão Temporária de uma pessoa, é necessária a junção de dois incisos previstos no artigo 1º da Lei 7.960/89, o que resta claro que não ocorreu, sendo esta privação de liberdade totalmente incongruente. Assim, percebe-se que o Paciente está sofrendo cerceamento de sua liberdade de locomoção, ou seja, do seu direito de ir e vir, Nos termos do art. 5º, LXVIII, da CR/88, e do art. 647, do CPP, será cabível sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, não se limitando aos casos de prisão. As hipóteses de coação ilegal, isto é, quando o ato estatal é desprovido de amparo legal, estão previstas no art. 648, do CPP. Hipótese de legitimidade do assistente de acusação para a interposição do recurso extraordinário: a omissão do Ministério Público autoriza o servidor público ofendido em sua honra a oferecer tal recurso 3. DO PEDIDO Diante do exposto, comprovado o constrangimento ilegal da liberdade de ir e vir do paciente, face ao excesso de prazo para conclusão do Inquérito Policial, assim como para apreciação do pedido de Revogação da Prisão Preventiva, bem como a ausência de justa causa e o flagrante desrespeito aos princípios constitucionais do devido processo legal e da presunção de inocência a) A expedição de ofício para r. Autoridade coatora, para que preste informações; b) A concessão da ordem de habeas corpus com fundamento legal no artigo 647 do Código de Processo Penal, a fim de cessar a coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, c) E a expedição de um alvará de soltura, para que o Paciente tenha o seu direito de liberdade assegurado, tendo em vista sua previsão na lei supra, qual seja a Constituição Federal. d) Legitimidade recursal do assistente em caso de inércia do Ministério Público e) Prazo para recurso ordinário em habeas corpus Nestes termos, Pede e espera deferimento. Ceará, ...... de .................................... de ................... _______________________________________ OAB: ________ DOUTO JUÍZO DA ____ VARA PENAL DE CEARÁ José Percival da Silva, vulgo Zé da farmácia, casado, vereador, inscrito no CPF sob o n. Residente e domiciliado no Município de Conceição do Agreste/CE , vem impetrar habeas corpus com pedido de liminar (CF, art. 5°, LXVIII), preso preventivamente pelo crime de prática do crime de corrupção passiva. 1. DOS FATOS O paciente citado faz parte do cargo de Presidente da Câmara dos Vereadores do Município de Conceiçã o do Agreste/ CE, decidiu assistir à Sessão da Comissão de Finanças e Contratos da Câmara para verificar se ela estava realizando seu trabalho de maneira correta e eficaz. Sem saber do esque ma criminoso que estava ocorrendo e ele estaria no momento do comitê , sendo assim foi preso em flagrante, após a audiência de custódia, no dia seguinte da prisão, os réus foram representados pelo Procurador da Câmara dos Vereadores, que requereu a liberdade deles, com a decretação de medidas cautelares diversas da prisão. Entretanto, o MM. Juiz, acatando o pedido do Ministério Público de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, decretou a prisão preventiva de todos, nos termos do art. 310, II, c/ c art. 312, c/c art. 313, I. Entretanto o cliente citado não p ossui nenhuma ligação com crime, a penas foi conferi o seu serviço como presidente da câmara , o fazer de uma forma eficaz, se meu cliente tivesse sido procurado pelo crime citad o, nunca concordaria com tamanh a ilegalidade. DO DIREITO Da liminar O MM. Juízo a quo determinou a prisão temporária do Paciente, que encontra - se preso até a presente data, erroneamente, uma vez que o crime imputado não se enquadra no rol taxativo previsto no artigo 1º, inciso III, da Lei 7.960 de 1989. Com todo r e speito, mas o erro cometido pelo MM. Juízo a quo configura abuso e constrangimento ilegal ante a ausência de amparo legal que fundamente sua decisão, como exposto acima. Notadamente, o periculum libertatis não estão presentes e sua ausência autoriza a revogação da prisão temporário, que pelo princípio da presunção de inocência é a exceção a sua aplicação. Data vênia, é necessário o deferimento da liminar, para que o constrangimento denunciado no Habeas Corpus não se consolide de forma irreversível. DOUTO JUÍZO DA ____ VARA PENAL DE CEARÁ José Percival da Silva, vulgo Zé da farmácia, casado, vereador, inscrito no CPF sob o n. Residente e domiciliado no Município de Conceição do Agreste/CE, vem impetrar habeas corpus com pedido de liminar (CF, art. 5°, LXVIII), preso preventivamente pelo crime de prática do crime de corrupção passiva. 1. DOS FATOS O paciente citado faz parte do cargo de Presidente da Câmara dos Vereadores do Município de Conceição do Agreste/CE, decidiu assistir à Sessão da Comissão de Finanças e Contratos da Câmara para verificar se ela estava realizando seu trabalho de maneira correta e eficaz. Sem saber do esquema criminoso que estava ocorrendo e ele estaria no momento do comitê, sendo assim foi preso em flagrante, após a audiência de custódia, no dia seguinte da prisão, os réus foram representados pelo Procurador da Câmara dos Vereadores, que requereu a liberdade deles, com a decretação de medidas cautelares diversas da prisão. Entretanto, o MM. Juiz, acatando o pedido do Ministério Público de conversão da prisão em flagranteem prisão preventiva, decretou a prisão preventiva de todos, nos termos do art. 310, II, c/c art. 312, c/c art. 313, I. Entretanto o cliente citado não possui nenhuma ligação com crime, apenas foi conferi o seu serviço como presidente da câmara, o fazer de uma forma eficaz, se meu cliente tivesse sido procurado pelo crime citado, nunca concordaria com tamanha ilegalidade. DO DIREITO Da liminar O MM. Juízo a quo determinou a prisão temporária do Paciente, que encontra- se preso até a presente data, erroneamente, uma vez que o crime imputado não se enquadra no rol taxativo previsto no artigo 1º, inciso III, da Lei 7.960 de 1989. Com todo respeito, mas o erro cometido pelo MM. Juízo a quo configura abuso e constrangimento ilegal ante a ausência de amparo legal que fundamente sua decisão, como exposto acima. Notadamente, o periculum libertatis não estão presentes e sua ausência autoriza a revogação da prisão temporário, que pelo princípio da presunção de inocência é a exceção a sua aplicação. Data vênia, é necessário o deferimento da liminar, para que o constrangimento denunciado no Habeas Corpus não se consolide de forma irreversível.
Compartilhar