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Cocos Gram positivos Catalase positiva Prof. Juarez Henrique Ferreira Staphylococcus sp • Cocos Gram-positivos – ampla resistência ambiental • Ambientes secos • pH mínimo de 4,2 e máximo de 9,3 - ótimo de 7,0-7,5 • 6° e máxima de 48°C - com ótimo de 37°C • Altas concentrações de NaCl, até 25% - ótimo de 7-10% • Colônias arredondadas, lisas, elevadas e brilhantes, acinzentadas a amarelo douradas intensas • Facultativos • Não fastidiosos • Imóveis • Tendem a se agrupar em cachos • Bem distribuídos no ambiente e microbiota • Reclassificação dos Staphylococcus sp e Micrococcus sp • Perfil molecular, análise do conteúdo G+C • Pertencem ao grupo: • Bacillus-Lactobacillus-Streptococcus • Família • Staphylococcaceae • Ordem • Bacillales • Classe • Bacilli Staphylococcus sp Taxonomia Staphylococcus sp Taxonomia As mais importantes no laboratório clínico são: S. lugundensis S. schleiferi S. sciuri S. lentus S. caseolyticus S. hyicus S. chromogenes S. intermedius S. delphini S. carnosus S. simulans S. cohnii S. xylosus S. saprophyticus S. gallinarium S. kloosii S. equorum S. arlettae S. epidermidis S. capitis S. warnei S.saccharolyt. S. caprae S. hominis S. haemolyticus S. auricularis S. aureus Staphylococcus sp • Identificação laboratorial é simples: • Prova da catalase • Prova da coagulase • Prova do Manitol • Prova da DNAse – substituir a prova da catalase • Animais – fermentação trealose e maltose Staphylococcus aureus Identificação laboratorial • Colonização da microbiota • Cavidade nasal anterior, Faringe, Vagina, Axilas, Períneo, Tronco, Membros superiores - mãos • 20% população não apresenta colonização • 20% população é colonizada por uma linhagem • 60% população é colonizada por diferentes linhagens • Animais de companhia (cães e gatos), coelhões cavalos, animais produtores de alimento: bovinos, ovinos, caprinos, suínos e aves. • Contribuição para aumento da resistência MRSA Staphylococcus aureus Epidemiologia • Piogênico • Infecções superficiais • Supurativas – pus • Foliculite, carbúnculo, impetigo bolhoso, celulite • Infecções profundas • Bacteremia (choque séptico, trombose), abcessos, osteomielite, endocardite, meningite, infecções cartilagens, pneumonia • Toxigênico • Proteínas superantígenos (estabiliza a ligação entre APC e linfócito T) produção exacerbada de citocinas • Síndrome do choque tóxico • Toxinfecção alimentar Staphylococcus aureus Patogenicidade Infecções superficiais • TSS – síndrome do choque tóxico • TSST-1 – Toxic Shock Syndrome Toxin-1 • Liga-se ao MHC-II e ativa linfócitos T • Neutralizada por Ac • Febre, hipotensão, erupção cutânea, descamação cutânea, distúrbios em pelo menos 3: • TGI, musculatura, mucosas, sistema renal, sistema hepático, SNC e sistema sanguíneo. • Casos menstruais e não menstruais (infecções cutâneas) • Gene codificante da TSST-1 esta presente em 20% MRSA Staphylococcus aureus Patogenicidade • Toxinfecção alimentar • Enterotoxinas (A-E, G-R e U, V), semelhante a TSST-1 - encontradas nos alimentos (carboidratos e proteínas) • Termoestáveis e resistentes as enzimas intestinais • Sintomas rápidos • Náusea, emese, com ou sem diarreia • SSSS – Staphylococcal Scalded Skin Syndrome • Toxina esfoliativa (ET) – serinoproteases • Esfoliatina A (termoestável) mediada por fago • Esfoliatina B (termolábil) mediada por plasmídeo • Clivam desmogleína – junção célula-célula • Lesões bolhosas seguidas de descamação, febre e letargia • Lesões localizadas – impetigo bolhoso Staphylococcus aureus Patogenicidade Síndrome da pele escaldada • Produtores de cápsula – 11 tipos (polímeros de ácidos hexosaminurônicos) • Cápsulas do tipo 5 ou 8 • Proteínas de superfície • Adesinas • Proteína ligadora de colágeno (CNA) – osteomielite • Osteomielite e artrite séptica • Proteína ligadora de fibrinogênio - Fator de Clumping • Fibronectina – tecidos como fluídos • Proteínas A estafilocócica (SpA) – liga porção Fc de IgG • Dificulta a opsonização e fagocitose - evasão Staphylococcus aureus Virulência • Proteínas extracelulares • Invasinas – enzimas líticas • Geração de oligo-compostos, como peptídeos, aminoácidos, ácidos graxos e nucleotídeos. • Proteases, Nucleases, Exonucleases, Lipases, Hialuronidases, Catalase, Coagulase • Toxinas citolíticas • Leucotoxinas • Gama-hemolisina (90%) – barril transmembrana • Panton-Valentine (5%) – pneumonia necrotizante e destruição tissular • Citolisinas • alfa-hemolisina – heptâmeros na membrana plasmática • beta-hemolisina – hidrolise Esfingomielina • delta-hemolisina – ação fraca Staphylococcus aureus Virulência Staphylococcus aureus Virulência • Capacidade de sobreviver em condições diversas • Expressão dos fatores de virulência – não são essenciais • Coordenação temporal de expressão gênica • 36 famílias reguladoras • Sistema arg – regula a DE dos fatores de virulência de acordo com a fase de crescimento Staphylococcus aureus Expressão gênica quorum sensing β-lactamase β-lactamase quebra um ligação no anel β-lactâmico da penicilina e desestabiliza a molécula. As bactérias que possuem essa enzima podem resistir aos efeitos da penicilina e outros antibióticos β-lactâmicos. Staphylococcus aureus Resistência aos antibióticos • Aquisição de elementos genéticos transportados por plasmídeos, que codificam beta-lactamases. • β-lactamases: • 4 tipos – A, B, C, e D • A – penicilina G, aminopenicilinas, piperacilina e cefalosporina 2° geração e similares • B, C e D – cefalosporinas 1° geração • Bloqueadas por inibidores de beta-lactamases • Ácido clavulânico, sulbactam, tazobactam • Identificação laboratorial de β-lactamases • Ampicilina ou amoxicilina - Resistência • Ampicilina ou amoxicilina/inibidor de β-lactamases - Sensibilidade Staphylococcus aureus Resistência aos antibióticos • 1959 – Meticilina (penicilina estável) • 1961 – MRSA – resistência a todos os β-lactâmicos (exceção do Ceftobiprole) • Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus • Toxicidade ao hospedeiro • Beta-lactâmicos análogos – oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina, fluocoxacilina, naficilina • Proteína PBP2a – codificada pelo gene mecA • Apenas na presença de antibiótico • Expressão regulada pelo gene mecR1 – proteína transmembrana MecR1 ativada, degrada proteína MecI (inibide expressão gene mecA) Staphylococcus aureus Resistência aos antibióticos Staphylococcus aureus Resistência aos antibióticos • Vancomicina – glicopeptídeo • Liga-se ao substrato da PBPs • Radical D-alanil/D-alanina • 1997 – isolada 1° cepa sensibilidade reduzida • 8 < CIM < 16 ug/mL – intermediárias • VISA – Vancomycin Intermediate S. aureus • 2002 – isolada 1° cepa resistente • CIM > 32 ug/mL – resistente • VRSA – Vancomycin Resistant S. aureus Staphylococcus aureus Resistência aos antibióticos • VISA – resistência de baixo nível • Vancomicina liga-se ao terminal D-alanil-D-alanina • Aumento da síntese de precursores peptideoglicanos • Diminuição da degradação da parede celular • VRSA – resistência de alto nível (apenas 4 no total) • Expressão de um terminal diferente: • D-alanil/D-alanina para D-alanil/D-lactato • Gene – operon vanA – Enterococcus sp • VRE - Vancomycin-resistant enterococci • Não ocorre disseminação. Staphylococcus aureus Resistência aos antibióticos Staphylococcus aureus Resistência a Vancomicina
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