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Aula 10 - Crimes com reflexos ambientais

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Disciplina: Prática IV
Aula 10: Crimes com reflexos ambientais
Apresentação
Nesta aula, esclareceremos as infrações penais que não estão na Lei dos Crimes
Ambientais, mas afetam o meio ambiente.
Em seguida, estudaremos os elementos do tipo, ou seja, elementos objetivos,
normativos e subjetivos, reconhecendo os sujeitos do delito (sujeito ativo e sujeito
passivo) e identificando o momento consumativo e a possibilidade ou não da
tentativa.
Objetivos
Esclarecer os elementos do tipo;
Reconhecer os sujeitos do delito;
Identificar o momento consumativo e a possibilidade ou não da tentativa.
Animais abandonados
O artigo 164 do Código Penal dispõe sobre a introdução ou abandono de
animais em propriedade alheia. Determina a norma:

Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia,
sem consentimento de quem de direito, desde que o
fato resulte prejuízo: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.
Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia – art. 164 do Código
Penal <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/Del2848.htm#view>
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#view
Crime comum
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, logo trata-se de crime
comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é o proprietário ou possuidor do imóvel.
Objeto material
O objeto material do crime é a propriedade e a posse do imóvel.
Momento consumativo
O momento consumativo do delito ocorre com a introdução ou o abandono do
animal e a ocorrência do efetivo prejuízo. A tentativa não é perfeitamente
possível, justamente pela exigência do efetivo prejuízo, pois não ocorrendo o
prejuízo haverá um indiferente penal.
Tendo em vista a pena aplicada ao crime,
processo e julgamento são da competência do
Juizado Especial Criminal (Lei 9.099/95). A ação
penal é de iniciativa privada, conforme art. 167
do CP.
Sossego alheio
Dentro da Lei de contravenções penais, Decreto-lei n. 3.688/41
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3688.htm> ,
há o artigo 42 que dispõe sobre a perturbação do trabalho ou sossego
alheio.
O art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3914.htm>
 mostra a diferença entre crime e contravenção penal.
1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3688.htm
http://10.8.0.71/disciplinaportal/2018.2/pratica_IV__GON910/aula10.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3914.htm

Considera-se crime a infração penal que a lei comina
pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente,
quer alternativa ou cumulativamente com a pena de
multa; contravenção, a infração penal a que a lei
comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de
multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
DL 3914/1941
Sendo assim, se a lei dispuser infração penal teremos crime e contravenção
penal, mas se a lei somente dispuser a palavra crime, afastada estará a
contravenção penal.
Como exemplo, o art. 288 do Código Penal dispõe sobre associação criminosa:

Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim
específico de cometer crimes.
A lei dispõe cometer crimes e não há crime do art. 288 quando três ou mais
pessoas se associam para o fim de cometer contravenções.
Crime comum
A contravenção penal pode ser praticada por qualquer pessoa logo trata-se de
crime comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é a coletividade e as pessoas prejudicadas
com a perturbação.
Objeto material
O objeto material do delito é a paz pública.
Momento consumativo
Ocorre com a pratica do núcleo descrito no tipo penal. O art. 4º do Decreto-
Lei 3688/41 impede a punição da tentativa de qualquer contravenção penal.
Tendo em vista tratar-se de contravenção penal,
o processo e o julgamento são da competência
do Juizado especial Criminal (Lei 9.099/95).

Saiba mais
Para saber mais sobre esse assunto, consulte a jurisprudência
<galeria/aula10/anexo/a10_doc1.pdf> .
Lei 7.802/1989
Conduta criminosa contra o meio ambiente está contida no artigo 15
da Lei n. 7.802
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7802.htm> , de 11 de
julho de 1989, que narra sobre a pesquisa, a experimentação, a produção,
a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a
comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a
exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus
componentes e afins, e dá outras providências.
http://10.8.0.71/disciplinaportal/2018.2/pratica_IV__GON910/galeria/aula10/anexo/a10_doc1.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7802.htm

Aquele que produzir, comercializar, transportar,
aplicar, prestar serviço, der destinação a resíduos e
embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e
afins, em descumprimento às exigências estabelecidas
na legislação pertinente estará sujeito à pena de
reclusão, de dois a quatro anos, além de multa.
Art. 15
Crime comum
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, logo trata-se de crime
comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é a coletividade e secundariamente a pessoa
atingida pelo produto.
Objeto material
O objeto material do delito é o meio ambiente.
Momento consumativo
Ocorre com a prática dos núcleos do tipo, porém com descumprimento às
exigências estabelecidas na legislação pertinente. A tentativa é perfeitamente
possível, uma vez que iter criminis pode ser fracionado.
À pena aplicada para tal delito não cabe nenhum
instituto despenalizador da Lei 9.099/95.

Saiba mais
Para saber mais sobre esse assunto, consulte a jurisprudência
<galeria/aula10/anexo/a10_doc2.pdf> .
http://10.8.0.71/disciplinaportal/2018.2/pratica_IV__GON910/galeria/aula10/anexo/a10_doc2.pdf
Atividade
1. Leia a jurisprudência e comente.
"HABEAS CORPUS Nº 54.536 - MS (2006/0032046-2) 
HABEAS CORPUS. ART. 54 DA LEI 9.605/98. POLUIÇÃO SONORA.
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. DESCLASSIFICAÇÃO. ART. 42 DA LEI
DE CONTRAVENÇÕES PENAIS. PRESCRIÇÃO.
I - Para a caracterização do delito previsto no art. 54 da Lei nº 9.605/98,
a poluição gerada deve ter o condão de, ao menos, poder causar danos à
saúde humana, fato inocorrente na espécie.
II - Uma vez dada nova qualificação jurídica ao fato, qual seja: art. 42 da
Lei de Contravenções Penais, e, levando-se em consideração que o fato
se deu em 30/09/2003, e desde então não se verificou a ocorrência de
qualquer marco interruptivo da prescrição - uma vez que a denúncia não
mais subsiste - é de se declarar a extinção da punibilidade do paciente ex
vi do art. 107, IV, c/c art. 109, VI do CP. 
Ordem concedida. Extinta a punibilidade."
2. Sobre o crime de comercialização de agrotóxicos é correto afirmar
que:
 a) Somente admite a conduta culposa.
 b) Somente responde pelo crime aquele que pratica a conduta em
descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente.
 c) É crime próprio, ou seja, precisa de condição especial do sujeito
ativo.
 d) É crime de menor potencial ofensivo.
 e) Somente responde pelo crime aquele que pratica a conduta
independentemente de cumprimento das exigências estabelecidas na
legislação pertinente.
Lei 6.766/1979
A norma que determina sobre o parcelamento do solo urbano merece
destaque em seus artigos:
Art. 50
“Constitui crime contra a Administração Pública.
I - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou
desmembramento do solo para fins urbanos, sem autorização do órgão
público competente, ou em desacordo com as disposições desta Lei ou
das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e Municipíos;
II - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou
desmembramento do solo para fins urbanos sem observância das
determinações constantes do ato administrativo de licença;
III - fazer ou veicular em proposta, contrato, prospecto ou comunicação
ao público ou a interessados, afirmação falsa sobre a legalidade de
loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, ou ocultarfraudulentamente fato a ele relativo.
Pena: Reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos, e multa de 5 (cinco) a 50
(cinqüenta) vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Parágrafo único - O crime definido neste artigo é qualificado, se
cometido.
I - por meio de venda, promessa de venda, reserva de lote ou quaisquer
outros instrumentos que manifestem a intenção de vender lote em
loteamento ou desmembramento não registrado no Registro de Imóveis
competente.
II - com inexistência de título legítimo de propriedade do imóvel loteado
ou desmembrado, ressalvado o disposto no art. 18, §§ 4o e 5o, desta
Lei, ou com omissão fraudulenta de fato a ele relativo, se o fato não
constituir crime mais grave.
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa de 10 (dez) a 100
(cem) vezes o maior salário mínimo vigente no País.”
Art. 51
“Quem, de qualquer modo, concorra para a prática dos crimes previstos
no artigo anterior desta Lei incide nas penas a estes cominadas,
considerados em especial os atos praticados na qualidade de mandatário
de loteador, diretor ou gerente de sociedade.”
Art. 52
“Registrar loteamento ou desmembramento não aprovado pelos órgãos
competentes, registrar o compromisso de compra e venda, a cessão ou
promessa de cessão de direitos, ou efetuar registro de contrato de venda
de loteamento ou desmembramento não registrado.
Pena: Detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa de 5 (cinco) a 50
(cinquenta) vezes o maior salário mínimo vigente no País, sem prejuízo
das sanções administrativas cabíveis.”
Crime comum
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, logo trata-se de crime
comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é a Administração Pública e mediatamente é o
meio ambiente.
Objeto material
O objeto material do delito é a correta ocupação do solo para fins urbanos.
Momento consumativo
Ocorre nos incisos I e II com o início do loteamento ou desmembramento, já
no inciso III se consuma com a veiculação falsa. A tentativa não é possível
nos incisos I e II, porém, no inciso III, como se trata de crime de forma livre,
a conduta pode ser realizada por escrito e é possível o fracionamento do iter
criminis, possibilitando, portanto, a tentativa.
Informações importantes

O crime de loteamento irregular de solo urbano possui
natureza de crime instantâneo de efeitos permanente,
isto é, o marco inicial do prazo prescricional é a data do
início do loteamento, ou seja, a da consumação.
Ag. Int. no REsp 158.0947 - STJ

Segundo pacífico entendimento jurisprudencial o
parcelamento irregular do solo urbano, quando objeto
de censura penal, é crime cuja consumação se dá com
simples atividade, independente da produção do
resultado danoso (crime formal).
RHC 7821 - STJ
Tendo em vista que a pena mínima é de 1 (um)
ano, cabe suspensão condicional do processo
(art. 89, Lei 9.099/95).
O art. 51 da Lei 6.766/79 trata da hipótese de concurso de pessoas, cabendo
tanto coautoria como participação.
O art. 52 da Lei 6.766/79 é crime próprio, ou seja, somente pode ser
cometido pelo Oficial do cartório do registro de imóveis, porém como a pena
máxima é de 2 (dois) anos trata-se de crime de menor potencial ofensivo,
cuja competência para o processo e julgamento é do Juizado Especial Criminal
(Lei 9.099/95).

Saiba mais
Para saber mais sobre esse assunto, consulte a jurisprudência
<galeria/aula10/anexo/a10_doc3.pdf> .
http://10.8.0.71/disciplinaportal/2018.2/pratica_IV__GON910/galeria/aula10/anexo/a10_doc3.pdf
Atividade
3. O delito do art. 52 da Lei 6.766/79 "Registrar loteamento ou
desmembramento não aprovado pelos órgãos competentes, registrar o
compromisso de compra e venda, a cessão ou promessa de cessão de
direitos, ou efetuar registro de contrato de venda de loteamento ou
desmembramento não registrado" é crime quanto ao sujeito ativo:
 a) Comum
 b) De mão própria
 c) Próprio
 d) Bipróprio
 e) Bicomum
4. No que concerne à classificação doutrinária dos delitos, o crime de
loteamento do solo urbano é:
 a) Crime instantâneo
 b) Crime permanente
 c) Crime habitual
 d) Crime preterdoloso
 e) Crime vago
5. É crime contra a Administração Pública previsto no art. 50 da Lei
6.766/79 “dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou
desmembramento do solo para fins urbanos, sem autorização do órgão
público competente, ou em desacordo com as disposições desta Lei ou
das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e Municípios”. Tal
crime é qualificado quando cometido por meio de:
 a) Obrigação de fazer
 b) Prestação de serviço
 c) Obrigação de não fazer
 d) Promessa de venda
 e) Promessa de fazer
Lei 11.105/2005
A Política Nacional de Biossegurança, Lei n. 11.105
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11105.htm> , de 24 de março de 2005, em seu Capítulo
VIII (artigo 24 ao 29), prevê os crimes a penas instituídas por esta norma
que regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição
Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de
atividades que envolvam Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e
seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS),
reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), dispõe
sobre a Política Nacional de Biossegurança (PNB).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm

Utilizar embrião humano em desacordo com o que
dispõe o art. 5o desta Lei: Pena – detenção, de 1 (um)
a 3 (três) anos, e multa.
Art. 24
Crime comum
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, logo trata-se de crime
comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é o embrião humano.
Objeto material
O objeto material do delito é o embrião humano.
Momento consumativo
Ocorre com a prática das condutas previstas no tipo penal. A tentativa não é
possível.
Tendo em vista que a pena mínima é de 1 (um)
anos, cabe suspensão condicional do processo.
Clonagem

Realizar clonagem humana: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Art. 26
Crime comum
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, logo trata-se de crime
comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é o indivíduo nascido, como também a
coletividade.
Objeto material
O objeto material do delito é o embrião.
Momento consumativo
Ocorre com a clonagem humana. A tentativa é possível.
Não cabe suspensão condicional do processo,
tendo em vista que a pena mínima é de 2 (dois)
anos.
Descartar de OGM no meio ambiente

Liberar ou descartar OGM no meio ambiente, em
desacordo com as normas estabelecidas pela CTNBio e
pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização: 
 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1° (VETADO) 
§ 2° Agrava-se a pena: 
I – de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se resultar
dano à propriedade alheia; 
II – de 1/3 (um terço) até a metade, se resultar dano
ao meio ambiente; 
III – da metade até 2/3 (dois terços), se resultar lesão
corporal de natureza grave em outrem; 
IV – de 2/3 (dois terços) até o dobro, se resultar a
morte de outrem.
Art. 27
Crime comum
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, logo trata-se de crime
comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é a coletividade.
Objeto material
O objeto material do delito é o meio ambiente.
Momento consumativo
Ocorre com a liberação ou descarte do OGM. A tentativa não é possível.
Tendo em vista que a pena mínima é de 1 (um)
anos, cabe suspensão condicional do processo. O
§ 2ª do art. 27 prevê causas de aumento de
pena.
Utilização e comércio de tecnologias genéticas
de restrição

Utilizar, comercializar, registrar, patentear e licenciar
tecnologias genéticas de restrição do uso: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Art. 28
Crime comum
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, logo trata-se de crime
comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é a coletividade.
Objeto material
O objeto material do delito é o meio ambiente.
Momento consumativo
Ocorrecom a prática dos verbos previstos no tipo penal. A tentativa é
possível.
Não cabe suspensão condicional do processo,
tendo em vista que a pena mínima é de 2 (dois)
anos.
Produção e comércio de OGM

Produzir, armazenar, transportar, comercializar,
importar ou exportar OGM ou seus derivados, sem
autorização ou em desacordo com as normas
estabelecidas pela CTNBio e pelos órgãos e entidades
de registro e fiscalização: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 29
Crime comum
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, logo trata-se de crime
comum.
Sujeito passivo
O sujeito passivo de tal delito é a coletividade.
Objeto material
O objeto material do delito é o meio ambiente.
Momento consumativo
Ocorre com a prática dos verbos previstos no tipo penal. A tentativa é
possível, com exceção das condutas de transportar e armazenar, uma vez que
são crimes permanentes.
Como a pena máxima é de 2 (dois) anos trata-se
de crime de menor potencial ofensivo e a
competência para o processo e julgamento é do
Juizado Especial Criminal.
Atividade
6. Assista ao vídeo Há exatos 15 anos é anunciado o primeiro
sequenciamento do genoma humano
<https://www.youtube.com/watch?v=BpNBPCBPnO8> , sobre a
importância do patrimônio genético humano e responda.
Existe alguma norma que regulamenta o patrimônio genético humano?
https://www.youtube.com/watch?v=BpNBPCBPnO8
7. Aquele que faz clonagem humana comete:
 a) Crime culposo
 b) Infração administrativa
 c) Fato atípico
 d) Contravenção penal
 e) Crime doloso
8. No crime do art. 27 da Lei 11.105/05 "Liberar ou descartar OGM no
meio ambiente, em desacordo com as normas estabelecidas pela CTNBio
e pelos órgãos e entidades de registro e fiscalização" a pena é
aumentada:
 a) De 1/4 (um quarto) a 1/3 (um terço), se resultar dano à
propriedade alheia.
 b) De 1/6 (um sexto) até a metade, se resultar dano ao meio
ambiente.
 c) Da metade até 2/3 (dois terços), se resultar lesão corporal de
natureza grave em outrem.
 d) De 1/3 (um terços) até o dobro, se resultar a morte de outrem.
 e) Da metade até 2/3 (dois terços), se resultar lesão corporal de
natureza leve em outrem.
Notas
Artigo 421
Perturbação do trabalho ou sossego alheio art. 42 do DL 3.688/41
“Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:
I – com gritaria ou algazarra;
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições
legais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem
a guarda:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a
dois contos de réis.”
Referências
DE FREITAS, Vladimir Passos; DE FREITAS, Gilberto Passos. Crimes contra a
natureza. 9. ed. São Paulo: RT, 2012.
DELMANTO, Roberto. Leis Penais Especiais Comentadas. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 2014.
PRADO, Luiz Regis. Direito Penal do Ambiente. 4. ed. São Paulo: RT, 2012.
Explore mais
Leia a jurispridência dos tribunais:
STF. HABEAS CORPUS 85.032-4 RIO DE JANEIRO
<http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?
docTP=AC&docID=358617> .
STJ. HABEAS CORPUS Nº 54.536 - MS (2006/0032046-2)
<https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?
componente=ITA&sequencial=632126&num_registro=200600320462&data
=20060801&formato=PDF> .
STJ. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS Nº 9.056 – RIO DE JANEIRO
<https://ww2.stj.jus.br/processo/ita/documento/mediado/?
num_registro=199900807367&dt_publicacao=28-02-
2000&cod_tipo_documento=&formato=PDF> .
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=358617
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=632126&num_registro=200600320462&data=20060801&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/ita/documento/mediado/?num_registro=199900807367&dt_publicacao=28-02-2000&cod_tipo_documento=&formato=PDF

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