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Alimentos - PEDRO AUGUSTO

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Curso: Direito
Disciplina: NPJ / 7º SEM
Professor (a): Ingrid Argollo
Aluno (a): Laila Gabrielle Bastos Silva
Matrícula: 202002186542
Turno: Matutino – Quinta-feira 10h
Turma: 12
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELÉM/PA, A QUEM ESTA COUBER POR DISTRIBUIÇÃO
SOPHIA, nacionalidade, menor, neste ato representada pelo seu genitor, o Sr. PEDRO AUGUSTO, nacionalidade, estado civil, empresário, portador do RG nº ***, CPF n.º ***, residente e domiciliada na rua ***, nº ***, bairro: ***, Belém/PA, CEP: ***, Contato: ***, e-mail: ***, por meio do seu advogado, que abaixo subscreve, endereço profissional ****, vem, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, formular a presente ação 
AÇÃO DE ALIMENTOS
com pedido de fixação de alimentos provisórios
em face de BEATRIZ, brasileira, engenheira ambiental, residente e domiciliado na Rua ***, nº. ***, bairro: ***, cidade: ***, CEP: ***, com fundamento nas seguintes razões de fato e de direito. 
I- PRELIMINARMENTE
I.1. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
	Primeiramente, Vossa Excelência, cabe informar que a autora não possui conhecimento acerca do RG, CPF e endereço eletrônico do requerido, e não possui meios de obter esses dados.
	Cabe salientar que o desconhecimento da autora acerca de dados pessoais do requerido não pode obstar seu acesso à justiça, direito este constitucionalmente garantido.
	Ademais, sobre a ausência de indicação de CPF e endereço eletrônico e ainda outros dados das partes, dispõe o art. 319 do NCPC: 
Art. 319.A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
	Nesse sentido, e em atenção aos princípios da primazia do julgamento do mérito e da boa-fé processual, requer-se o regular processamento do feito.
II- DOS FATOS
A requerente é filha da requerida, conforme cópia de Certidão de Nascimento em anexo. 
O representante legal da requerente e a requerida tiveram um relacionamento que durou aproximadamente 10 (dez) anos, sendo que deste relacionamento adveio a requerente. A genitora em nada contribuiu com o sustento da requerente desde a separação. 
Razão nenhuma assiste a requerida para não contribuir com o sustento da requerente, visto que a renda da requerida no tempo em que era casa com o representante legal da menor, era de aproximadamente 15 (quinze) salários mínimos por mês, possuindo condições financeiras (mínimas que sejam) de ajudar mensalmente no sustento da filha, com pelo menos 3 (três) salários mínimo vigente, que corresponde a R$ 3.135,00 (três mil e cento e trinta e cinco reais). 
O genitor da requerente é mais um empresário que teve queda em seus negócios em detrimento do momento delicado que vivemos no país, devido a pandemia que assola o mundo inteiro, logo está tendo dificuldades em manter o sustento da menor sozinho, como tem feito desde a separação. A requerente, por sua vez, tem gastos com alimentos, vestuário, lazer, gastos estes que giram em torno de R$ 6.000,00 (seis mil reais) por mês. 
 
III- DO DIREITO
III.1- DOS ALIMENTOS – DEFINIÇÃO – DO FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL – O DIREITO À UMA VIDA DIGNA E A SOLIDARIEDADE
Conforme lição de ORLANDO GOMES (Direito de Família, 14ª ed., Ed. Forense, 2001, p. 427):
Alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si.
Delimitando o alcance de tais prestações, vale mencionar lição de CRISTIANO CHAVES DE FARIAS e NELSON ROSENVALD (Curso de Direito Civil 6, 6ª ed., Ed. JusPodivm, 2014, p. 700):
Por óbvio, incluem nos alimentos tanto as despesas ordinárias, como os gastos com alimentação, habitação, assistência médica, vestuário, educação, cultura e lazer, quanto as despesas extraordinárias, envolvendo, por exemplo, gastos em farmácias, vestuário escolar, provisão de livros educativos... Somente não estão alcançados os gastos supérfluos ou luxuosos e aqueloutros decorrentes de vícios pessoais.
De mais a mais, a Constituição da República preceitua o dever dos pais de assegurarem aos seus filhos uma vida com dignidade, proporcionando o acesso aos direitos fundamentais, tais como, alimentos, educação, lazer, saúde, proporcionando, assim, aos mesmos, a oportunidade de acesso a um futuro digno.
Eis porque não é difícil extrair a validade do dever de prestar alimentos a partir do princípio constitucional à vida digna (art. 5º, caput, da CR/88).
E não apenas isso.
A fixação dos alimentos deve obediência a uma perspectiva solidária (art. 3º), norteada pela cooperação, pela isonomia e pela justiça social – como modos de consubstanciar a imprescindível dignidade humana (CR, art. 1º, III).
No âmbito da legislação infraconstitucional, o regramento básico encontra-se no art. 1694 e ss do Código Civil:
Art. 1694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social inclusive para atender as necessidades de sua educação.	 
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Desta forma, os genitores não podem, de maneira alguma, recusarem-se a garantir o sustento dos filhos sem motivo justificável. Mesmo que estejam separados, é dever dos pais propiciar uma vida digna aos filhos.
Comprovado está o dever da requerida de prestar alimentos em favor da requerente, uma vez que demonstrado o vínculo familiar, consoante prova através da cópia de certidão de nascimento anexa, impondo-se, portanto, o deferimento do pedido de alimentos.
III.2- DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS – NECESSIDADE DE DEFERIMENTO QUANDO DA PROPOSITURA DA AÇÃO
A pensão alimentícia provisória ou provisional procura amenizar os efeitos da tramitação processual, antecipando o julgador, já no início desta, alimentos em decisão interlocutória, até vencida a instrução probatória e apurados com maior fidelidade o potencial econômico e financeiro do alimentante e a efetiva necessidade do(a) alimentando(a).
Portanto, é impositivo o deferimento do pedido de alimentos em caráter provisório, de tal forma a proporcionar o atendimento das necessidades atuais dos alimentandos, não se restringindo a garantir futura possibilidade de fruição. Afinal, o gozo futuro depende da sobrevivência dos credores até então. 
Os alimentos provisórios pleiteados têm como objetivo promover o sustento do(a) requerente, com previsão constante no art. 4º da Lei n. 5.478/68:
Art. 4º. Ao despachar opedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
	
	No caso vertente, resta translúcida a obrigação alimentar, comprovada de forma pré-constituída (cópia de certidão de nascimento anexa), bem como é presumível a necessidade da requerente.
Vê-se, portanto, que é premente a necessidade dos alimentos, não sendo razoável, à luz do critério da proporcionalidade, que, enquanto tramitar o processo, a requerente fique alijados de receber alimentos, cuja necessidade, repita-se, é atual e urgente, e sua obrigatoriedade decorre da lei. É o que se requer.
IV- DOS PEDIDOS
	ANTE TODO O EXPOSTO, REQUER-SE, mui respeitosamente, o deferimento do seguinte:
a) seja concedida a prioridade de tramitação do feito, recebendo os autos identificação própria, na forma do art. 1048, II e § 2º do Codex, c/c art. 4º, parágrafo único, alínea “b”, da Lei 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
b) consoante dispõe o art. 4º da Lei nº 5.478/68, a fixação dos ALIMENTOS PROVISÓRIOS no valor de 3 (três) salários mínimos, o que corresponde ao R$ 3.135,00 (três mil cento e trinta e cinco reais), que deverá ser depositado na conta .do representante legal: Agencia: ***, Conta: ****.
c) seja o(a) requerido(a) citado(a), para que, querendo, conteste a presente ação, no prazo legal, sob as penas da lei, em especial à revelia e confissão quanto à matéria de fato;
d) julgar procedente a presente ação, confirmando-se a obrigação de prestar alimentos nos moldes estabelecidos na alínea ‘d’, observado o binômio possibilidade-necessidade;
e) atento ao previsto no art. 319, inciso VII, do novo CPC, o(a) requerente faz opção pela realização de audiência para tentativa de conciliação;
f) a intimação do(a) ilustre representante do Ministério Público para que se manifeste e acompanhe o feito nos termos da lei;
j) que seja o(a) requerido(a) condenado(a), ainda, caso seja vencido(a) em sede recursal, no pagamento das custas processuais e honorários de sucumbência, estes últimos no percentual de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa.
Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito.
Dá-se a causa o valor de R$ - 37.620,00 (trinta e sete mil e seiscentos e vinte reais). 
Pede deferimento,
Bragança/PA, ** de *** de ****.
******
Advogado
OAB- ****

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