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Portfólio Interdisciplinar Licenciatura em Geografia 7° Semestre

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LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
POR QUE O SURTO DE PESTE NEGRA FOI MAIS RESTRITO ÀS LOCALIZAÇÕES GEOGRÁFICAS ENQUANTO O CORONAVÍRUS TÊM A POSSIBILIDADE DE SE ESPALHAR POR TODO O GLOBO?
JOINVILLE/SC
2020
POR QUE O SURTO DE PESTE NEGRA FOI MAIS RESTRITO ÀS LOCALIZAÇÕES GEOGRÁFICAS ENQUANTO O CORONAVÍRUS TÊM A POSSIBILIDADE DE SE ESPALHAR POR TODO O GLOBO?
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Geografia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Geografia Política, Geografia Urbana, Gestão Educacional, História Geral , Regionalização do Espaço Mundial.
 
Orientadores: Prof. Flavia da Silva Bortoloti; Thiago Augusto Domingos; Fabiane Tais Muzardo; Vilze Vidotte Costa; Bruno Jose Rodrigues Frank.
Joinville/SC
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	1
DESENVOLVIMENTO	2
CONCLUSÃO	6
REFERÊNCIAS	8
ANEXOS	10
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma pesquisa sobre as características, formas de contágio, velocidade de disseminação, mortalidade, medidas de prevenção da Peste Negra e do coronavírus, comparando essas duas doenças e os dois períodos históricos tendo como norte o conceito de redes e por que o surto de peste negra foi localizado na Europa e em alguns países asiáticos enquanto o coronavírus tem a possibilidade de se espalhar por todo o globo?
Também apresenta uma análise crítica sobre o tema para uma suposta aula, assim prestando de auxílio para os professores Marcelo e Júlia na aula conjunta proposta ao 2º ano de Ensino Médio.
DESENVOLVIMENTO
A Peste Negra, também conhecida como peste bubônica, tem sua origem no continente asiático, precisamente na China, no século XIV e deflagrada a partir do ano de 1348. Sua chegada à Europa está relacionada às caravanas de comércio que vinham da Ásia através do Mar Mediterrâneo e aportavam nas cidades costeiras europeias, como Veneza e Gênova. Calcula-se que cerca de um terço da população europeia tenha sido dizimado por conta da peste.
A propagação da doença, inicialmente, deu-se por meio de ratos e, principalmente, pulgas infectadas com a bactéria Yersinia pestis, que acabava sendo transmitido às pessoas quando essas eram picadas pelas pulgas – em cujo sistema digestivo a bactéria da peste se multiplicava. Num estágio mais avançado, a doença começou a se propagar por via aérea, através de espirros e gotículas. Contribuíam com a propagação da doença as precárias condições de higiene e habitação que as cidades e vilas medievais possuíam – o que oferecia condições para as infestações de ratazanas e pulgas. Se propagava rapidamente de uma pessoa a outra. O período de incubação geralmente é de 2 a 6 dias. Nenhuma prevenção foi válida.
Giovanni Bocaccio descreve os sintomas: apareciam, no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou na virilha ou nas axilas, algumas inchações. Algumas destas cresciam como maçãs, outras como um ovo; cresciam umas mais, outras menos; chamava-as o povo de bubões. Em seguida o aspecto da doença começou a alterar-se; começou a colocar manchas de cor negra ou lívidas nos enfermos. Tais manchas estavam nos braços, nas coxas e em outros lugares do corpo. Em algumas pessoas as manchas apareciam grandes e esparsas; em outras eram pequenas e abundantes. E, do mesmo modo como, a princípio, o bubão fora e ainda era indício inevitável de morte, também as manchas passaram a ser mortais. Outros sintomas da peste eram: febre alta, calafrios, dor de cabeça intensa, dores generalizadas, falta de apetite, náuseas, vômitos, confusão mental, olhos avermelhados, pulso rápido e irregular, pressão arterial baixa, prostração e mal-estar geral, após 2 ou 3 dias, aparece tumefação nos linfonodos superficiais.
A família dos coronavírus já é conhecida a bastante tempo. Ela foi constatada pela primeira vez em 1937 e descrita como corona em 1965, quando se conheceram suas características morfológicas. O nome "corona" veio da observação do vírus no microscópio, pois a imagem é parecida com uma coroa. 
Existem dezenas de tipos de coronavírus — a maioria deles infecta apenas animais. Mas coronavírus foram causa de duas epidemias recentes que provocavam síndromes respiratórias graves em seres humanos: a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), de 2003, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), de 2015.
A atual pandemia que vivemos é causada por um coronavírus novo, nomeado de Sars-Cov-2, que iniciou a infectar humanos na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019.
Sua origem ainda não está definitiva, mas a hipótese que é de que o vírus teria sido transmitido para seres humanos pelo pangolim, um animal parecido com o tatu.
Estudos apontam que é grande a possibilidade de que os morcegos sejam o chamado reservatório natural do Sars-Cov-2 e que o pangolim seja hospedeiro intermediário. Portanto, o morcego teria transmitido o novo coronavírus para os pangolins que teriam, então, passado para os seres humanos.
Depois que o vírus entra no corpo, ele se acopla e faz com que as células trabalhem para ele, replicando seu material genético e infectando o corpo, semelhante à gripe, pode envolver sinais clínicos como febre alta, calafrios, dor de cabeça, mal-estar, coriza, tosse, dor de garganta, falta de ar e dificuldade para respirar. Alguns pacientes apresentam diarreia e em alguns casos podem apresentar infecções das vias respiratórias inferiores como a pneumonia, que ocorre na maioria dos casos de síndrome respiratória aguda grave.
Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde decretou o estado de pandemia, confirmando a ocorrência de diversos surtos em várias regiões do planeta. 
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro; tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão. Contato com objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos teclados de computador etc, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A transmissão dos pacientes infectados é em média de 07 dias após o início dos sintomas. Todavia, a transmissão pode ocorrer mesmo sem o aparecimento de indício e sintomas. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta ao vírus. A disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.
Até o momento não há um tratamento específico para a doença, mas há medidas de prevenção bastante importantes e que tem ajudado muito para não espalhar esse vírus. A principal é ficar em casa. Outras maneiras de prevenção é lavar com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienização com álcool em gel 70%, cobrir nariz e boca com lenço ou com o braço, ao tossir ou espirrar e não com as mãos, evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, manter distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando, evitar abraços, beijos e apertos de mãos, higienizar com frequência o celular e os brinquedos das crianças, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos, manter os ambientes limpos e bem ventilados, evitar circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas. Utilizar máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de casa.
Ainda não foi descoberta uma cura ou uma vacina para o coronavírus e no momento se têm 4,13 milhões confirmados, 1,42 milhões recuperados e 283milhões mortes no mundo todo.
		
Referente as redes, Milton Santos ressalta que as redes são também “social e política, pelas pessoas, mensagens, valores que a frequentam”. Segundo SENA (s/d):
As redes são realidades concretas, formadas por pontos interligados, que tendem a se espalhar por toda a superfície terrestre, ainda que de maneira descontínua. Essas redes se constituem na base da modernidade atual e na condição necessária para a plena realização da economia global. Elas formamou constituem o veículo que permite o fluxo das informações, que são hoje o motor principal da globalização. Portanto, em uma definição mais abrangente, podemos entender as redes geográficas como um conjunto de locais da superfície terrestre conectados ou interligados entre si. Essas conexões podem ser materiais, digitais e culturais, além de envolver o fluxo de informações, mercadorias, conhecimentos, valores culturais e morais, entre outros.Com o processo de Globalização, podemos dizer que as redes – ou, pelo menos, muitas delas – ganharam um maior alcance e abrangência no espaço geográfico mundial. Todavia, o acesso e o poder de difusão dessas redes dependem das diferentes hierarquias nas sociedades, constituídas pelo poder econômico ou político. Assim, quem possui mais recursos ou poder possui uma maior possibilidade de usufruir da estrutura das redes geográficas.
É preciso observar que a estruturação e a evolução das redes perpassam, impreterivelmente, pela evolução das técnicas e tecnologias. No século XIX, as transformações proporcionadas pelas revoluções industriais propiciaram um fundamental avanço das redes de transportes, incluindo os modais rodoviários e ferroviários. Desse modo, cidades distantes passaram a estar interligadas entre si, o que se estendeu para pontos situados, até mesmo, em continentes distintos.
Essa ligação é realizada pelos fluxos materiais e imateriais. Fluxos Materiais (físicos) são os meios de transporte e o fluxo de mercadorias no mundo. Fluxos Imateriais (virtuais) são as ferramentas de comunicação e a circulação de informação pelo mundo. Exemplos: fluxos materiais; são os meios de transporte e o fluxo de mercadorias no mundo, possuem materialidade e volume, fluxos imateriais; são as ferramentas de comunicação e a circulação de informação pelo mundo, possuem imaterialidade.
O processo de globalização permitiu que diferentes países interagissem entre eles, rompendo de certa forma as fronteiras nacionais e promovendo, desse modo, a expansão financeira e cultural que até então se encontrava restrita ao campo interno de cada país.
Ao mesmo tempo em que a globalização é vantajosa – a exemplo do progresso do desenvolvimento tecnológico, do aumento das trocas comerciais internacionais e da facilidade de comunicação e transporte entre diferentes países –, ela também trouxe consigo algumas implicações negativas.
O intenso fluxo de um número cada vez maior de pessoas transitando por diversas nações do mundo em períodos cada vez mais rápidos, permitido pelo aumento dos fluxos aéreos, fez com que a disseminação de um patógeno pudesse se tornar mais rápida e fácil. Esse processo pode culminar em um surto epidêmico, ou seja, quando uma doença infecciosa e transmissível ocorre em uma região e se espalha rapidamente entre pessoas de outras regiões. Caso a doença se espalhe por uma área geograficamente extensa, passa a ser considerada uma pandemia. Que é o que estamos vivendo atualmente com o coronavírus.
CONCLUSÃO
Há mais gente no planeta do que nunca, a população mundial hoje é de 7,7 bilhões de pessoas. E estamos vivendo cada vez mais próximos uns dos outros. O mundo está cada vez mais conectado, tanto fisicamente como virtualmente.
Viagem de avião, trem, automóvel, transporte de mercadorias, acontece a todo o instante envolvendo pessoas expostas a quaisquer tipos de doenças, como também transmitir.
A peste negra levou a morte 75 a 200 milhões de pessoas atingindo o pico em 1348 à 1353 se propagando pela Europa. 
Hoje estamos em uma época em que somos capazes de atravessar o planeta em um dia, onde quaisquer vírus se espalham muito mais rápido. Como está sendo o caso do coronavírus espalhado por quase todo o globo.
Embora o mundo esteja mais conectado do que nunca, ainda não temos um sistema de saúde global capaz de responder a essas ameaças na origem.
Para combater a Covid-19, todos se protegem e esperam que logo a medicina encontre um meio de prevenção.
REFERÊNCIAS
As grandes epidemias da história de Joffre Rezende disponível em: http://books.scielo.org/id/8kf92/pdf/rezende-9788561673635-08.pdf Acesso em 20 abr. 2020. 
Guia online sobre as causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção do coronavírus desenvolvido pelo Ministério da Saúde disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus Acesso em 20 abr. 2020. 
Redes Geográficas: Reflexões Sobre Um Tema Persistente de Roberto Lobato Corrêa disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/revistacidades/article/view/2378 Acesso em 22 abr. 2020. 
As redes geográficas de Wladimir Jansen Ferreira disponível em: https://bit.ly/37CsoQp Acesso em 25 abr. 2020
Peste: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: <https://saude.gov.br/saude-de-a-z/peste>. Acesso em: 29 abr. 2020.
Peste negra, Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/pandemia-de-peste-negra-seculo-xiv.htm>. Acesso em: 29 abr. 2020.
Peste negra, História do mundo. Disponível em: <https://www.historiadomundo.com.br/idade-media/peste-negra.htm>. Acesso em: 29 abr. 2020.
7 - As grandes epidemias da história. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/8kf92/pdf/rezende-9788561673635-08.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2020.
Coronavírus: características, fisiopatogenia, mapa mental e mais | Ligas. Disponível em: <https://www.sanarmed.com/resumos-a-familia-dos-coronavirus-e-o-novo-representante-abordagem-sobre-o-sars-cov-2-ligas> Acesso em: 29 abr. 2020.
Coronavírus, Medecins Sans Frontieres. Disponível em: <https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/coronavirus>. Acesso em: 29 abr. 2020.
AS REDES GEOGRÁFICAS, Professor Wladimir. Disponível em: <http://profwladimir.blogspot.com/2012/02/as-redes-geograficas-texto-e-mapas.html>. Acesso em: 01 mai. 2020.
Redes geográficas, Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/redes-geograficas.htm>. Acesso em: 01 mai. 2020.
Por que o coronavírus se espalhou muito mais rápido do que o vírus das Sars, Estadão. Disponível em: <https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,por-que-o-novo-coronavirus-se-espalhou-muito-mais-rapido-do-que-o-virus-da-sars,70003191640>. Acesso em: 01 mai. 2020.
Coronavírus: onde surgiu e como se alastrou? Seleções. Disponível em: <https://www.selecoes.com.br/coronavirus/coronavirus-onde-e-como-se-espalhou/>. Acesso em: 03 mai. 2020.
Por que o novo coronavírus consegue se propagar com tanta eficiência, BBC. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52110672>. Acesso em: 03 mai. 2020.
 ANEXOS
Figura 2 - Disseminação da COvid-19 no globo (<https://nextstrain.org/ncov/global?l=clock&lang=es&p=full>. Acesso em: 03 mai. 2020.)

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