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ADMINISTRAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS

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ADMINISTRAÇÃO 
DE PRODUTOS E 
SERVIÇOS
Gisele Lozada
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
A238 Administração de produtos e serviços [recurso 
eletrônico] / Organizadora, Gisele Lozada. – Porto 
Alegre : SAGAH,2016.
Editado como livro impresso em 2016.
ISBN 978-85-69726-63-0
1. Administração - Produtos. 2. Administração – 
Serviços. 3. Sistemas de produção. I. Lozada, 
Gisele. 
CDU 658.64
A produção e a economia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar a história e evolução da economia.
 � Entender as inter-relações existentes entre produção e economia.
 � Identificar a relevância dos serviços na economia.
Introdução
A economia se ocupa da administração dos recursos envolvidos na 
produção, distribuição e consumo dos bens e serviços gerados pelas 
organizações, além de apresentar conceitos e técnicas que auxiliam o 
gestor na tomada de decisão. O cenário econômico é formado por di-
versos agentes e fortemente marcado pela administração de serviços, 
que viabiliza a infraestrutura básica necessária para que a produção e 
a economia funcionem adequadamente.
Neste texto, você vai estudar a história, a evolução e os conceitos 
fundamentais da economia, bem como as inter-relações existentes 
entre ela e a produção, que acabam por revelar a importância das 
operações de serviços no cenário econômico.
A economia – história e evolução 
Estabelecer o momento exato, ou até mesmo o ano em que a economia surgiu 
é uma tarefa praticamente impossível, dada sua amplitude e abrangência. A 
economia, seguindo o modelo de muitas outras ciências sociais, deriva da am-
bição do estabelecimento de métodos mais empíricos, buscando assemelhar-
-se com as ciências naturais. Isso permitiria o estabelecimento de hipóteses, 
que poderiam ser testadas e repetidas através da reprodução de cenários.
O estabelecimento da economia como ciência pode ser associado ao tra-
balho do filósofo escocês Adam Smith que, em 1776, publicou a obra A Ri-
queza das Nações, que é considerada um marco histórico do pensamento eco-
nômico, e a partir dele a economia deixou de ser percebida apenas como uma 
mera ramificação da filosofia social.
Outro importante acontecimento corresponde à Revolução Industrial, 
ocorrida entre 1760 e 1840, representando um conjunto de profundas e per-
manentes transformações que impactaram a economia e a sociedade mun-
dial. Seu objetivo consistia em atender à necessidade da burguesia industrial 
daquela época, que ansiava por uma produção mais acelerada, com menores 
custos e maiores lucros, tendo em vista as oportunidades ofertadas pelo cres-
cimento populacional, que ampliava a demanda por produtos e mercadorias. A 
partir desse momento, a manufatura ingressou em processo evolutivo bastante 
significativo, com o incremento das máquinas e da energia a vapor que, asso-
ciado ao trabalho humano, viabilizaram o tão desejado aumento da produção. 
O processo produtivo tornou-se complexo, atingindo o status de sistema de 
produção, e acarretando na necessidade de adequada gestão. A demanda que 
é atendida a partir do estabelecimento da administração como ciência, pos-
teriormente dando origem à administração da produção. Da administração 
científica derivam outros importantes conceitos e princípios, dentre os quais 
vale destacar o estudo dos tempos e movimentos, que revela a capacidade de 
gerar índices de produção ainda maiores.
Uma vez estabelecida como uma ciência social, a economia encarrega-
-se da análise da produção, distribuição e consumo dos bens e serviços pro-
duzidos pelas organizações, com foco no atendimento das necessidades dos 
consumidores. Tradicionalmente a economia se subdivide em:
 � Macroeconomia: foco nas variáveis agregadas (PIB, inflação, nível de 
emprego). Envolvem aspectos voltados para o estudo de questões como 
variações da demanda por forças da economia de forma geral.
 � Microeconomia: foco no estudo das unidades econômicas isoladas 
(agentes) de forma unitária (um consumidor, uma empresa) e no resul-
tado das ações individuais. Envolvem aspectos voltados para o estudo 
de questões como demanda, custo e produção.
No contexto organizacional, os conceitos básicos e técnicas de microeco-
nomia são utilizados para auxiliar o gestor na tomada de decisão, por meio da 
alocação eficiente de recursos e da reação eficaz frente aos problemas que se 
apresentam. Cenário este complementado pelo contexto da macroeconomia, 
que busca o alinhamento entre as decisões internas e a perspectiva econômica 
onde a organização está inserida.
O propósito da ciência econômica consiste na análise de conjunturas e na 
proposição de soluções, com o objetivo de ampliar o bem-estar da sociedade 
e dos agentes econômicos. A análise econômica considera normalmente as 
variáveis mais relevantes, fazendo uso de hipóteses, com a intenção de simpli-
137A produção e a economia
ficar uma realidade complexa, tornando-a passível de aplicação em qualquer 
organização.
Agentes econômicos
Os agentes econômicos correspondem aos indivíduos, organizações ou con-
junto de instituições que afetam a economia por meio de suas decisões ou 
ações. Possuem funções diferenciadas no cenário por eles composto, conforme 
a síntese no Quadro 1, envolvendo questões voltadas para economia, produção, 
consumo e investimento, e estabelecendo relações essenciais entre si.
Agente econômico Principais funções
Famílias Consumo de bens e serviços
Empresas não financeiras
Produção de bens e serviços mer-
cantis não financeiros
Instituições financeiras Prestação de serviços financeiros
Estado e Administrações Públicas
Satisfação das necessidades cole-
tivas e redistribuição de renda
Resto do mundo Troca de bens, serviços e capitais
Quadro 1. Os agentes econômicos.
Produção e economia – uma estreita relação
A economia se propõe ao estudo da produção, distribuição e consumo dos 
bens e serviços oferecidos pelas organizações na intenção de satisfazer neces-
sidades. Neste contexto, estão presentes alguns personagens de significativa 
relevância, como as organizações e a força de trabalho empregada por elas na 
produção. Logo, torna-se importante conhecer um pouco mais sobre cada um 
destes personagens, a fim de melhor compreender sua participação no cenário 
econômico.
No início do século XX, a maior parte da população ativa dos Estados 
Unidos (cerca de 70%) estava empregada em setores como agricultura e in-
dústria, restando uma pequena parcela destinada ao setor de serviços. Ao 
final do mesmo século, esta situação começou a se modificar, atingindo um 
Administração de produtos e serviços138
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%B5es_financeiras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_P%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Resto_do_Mundo&action=edit&redlink=1
equilíbrio entre estes dois universos. Já nos primeiros anos do século XXI 
este cenário se inverte totalmente, e a expressividade de trabalhadores no 
setor de serviços supera a marca inicial da agricultura e indústria (atingindo 
cerca de 80% da população ativa). Contudo, este comportamento não corres-
ponde a um cenário relacionado apenas à economia americana, tornando-se 
uma realidade mundial.
Em verdade, o último século foi marcado por expressivas mudanças im-
postas sobre a sociedade e a economia, que evoluem significativamente, dei-
xando de ser baseadas exclusivamente na manufatura e agricultura, e abrindo 
caminho para a esfera de serviços. Esta migração, fortemente influenciada 
pela Revolução Industrial, a partir da qual fatores como urbanização, tecno-
logia, comunicação e crescimento dosnegócios são impulsionados.
Isso, porém, corresponde a uma movimentação considerada normal, à 
medida que a economia se industrializa. A maior produtividade em um setor 
promove a transferência natural da força de trabalho para outro. Este con-
texto é abordado pela hipótese de Clark-Fischer, que sugere a classificação 
da economia em função da atividade desenvolvida pela maior parte da força 
de trabalho.
Leia mais sobre a Hipótese de Clark-Fisher em: http://pt.slideshare.net/disaua/clark-
-and-fisher-model-of-developmentx?next_slideshow=1.
Princípios da teoria econômica
A economia consiste na análise da produção, distribuição e consumo dos 
bens e serviços oferecidos pelas organizações, na intenção de satisfazer ne-
cessidades e promover o bem-estar coletivo dos agentes econômicos. A teoria 
econômica, quando aplicada à administração, se constitui no elemento que 
fornece base e informações para a gestão empresarial. E isso é feito através 
da aplicação de métodos que auxiliam no entendimento do comportamento do 
mercado e do consumidor. Note que a produção interfere na economia (oferta 
de bens e serviços), e que a economia igualmente afeta a produção (mercado e 
agentes econômicos), ressaltando importância e interferência mútuas.
139A produção e a economia
Neste cenário, a administração da produção representa função importante, 
voltada para o planejamento, coordenação e controle dos recursos envolvidos 
na produção, visando seu melhor emprego, oportunizando melhores resul-
tados. Contudo, existem outros fatores capazes de trazer maior complexidade 
a este panorama, como os princípios básicos da teoria econômica: 
 � Princípio da escassez de recursos 
 � Princípio das necessidades ilimitadas
Em resumo, estes dois princípios revelam uma situação de forte e con-
flitante relação: as necessidades sociais e humanas são ilimitadas ou infi-
nitas, enquanto que os recursos são limitados, podendo ser insuficientes para 
o atendimento das necessidades de todos os seres humanos – o que resulta na 
condição de escassez.
E estas questões são aplicáveis aos mais variados tipos de organizações, 
como instituições públicas, privadas e sem fins lucrativos. A economia no 
cenário organizacional constitui importante ferramenta de apoio à tomada 
de decisões, buscando ações alinhadas com as metas e objetivos das orga-
nizações. Para tanto, é necessário conhecer profundamente a empresa, seu 
propósito e função no contexto econômico, por meio do entendimento de suas 
características fundamentais, que as diferenciam entre si.
Os setores econômicos 
As atividades econômicas podem ser classificadas em estágios, demonstrando 
os chamados setores econômicos, que são ordenadas de forma hierárquica, de 
acordo com suas características particulares e expressividade de desenvolvi-
mento no cenário mundial:
O setor primário inclui as atividades voltadas à produção de matérias-
-primas, ou também aos chamados “produtos primários”, de onde deriva a 
denominação do setor. Em geral contempla recursos cultivados ou extraídos 
da natureza através de atividades como agricultura, pecuária e extrativismo 
vegetal, animal e mineral.
O setor primário corresponde ao primeiro setor a se estabelecer na história 
da humanidade, fornecendo apoio para a construção das primeiras civiliza-
ções. Posteriormente, a partir das inúmeras alterações sociais e estruturais 
promovidas ao longo dos séculos, desenvolve as técnicas e formas de ação que 
acabam por dar origem a outros setores.
Administração de produtos e serviços140
Representa atividade fundamental para as sociedades, sendo responsável 
pela produção ou extração dos recursos naturais essenciais, seja para o con-
sumo ou para a elaboração de produtos industrializados. Contudo, apresentam 
baixa produtividade, com resultados mais suscetíveis a flutuações nos preços 
das mercadorias.
O setor secundário inclui as atividades que processam ou transformam os 
produtos oriundos do setor primário, gerando produtos acabados (destinados 
ao consumo) ou em novos recursos que serão aplicados em outros processos 
produtivos (como máquinas e peças ou partes), todos destinados ao atendi-
mento de necessidades. Historicamente pode ser representado por três impor-
tantes períodos: 
 � Artesanato: esta primeira etapa é representada pela transformação da 
matéria-prima em produto, através de um processo basicamente ma-
nual), sem auxílio de máquinas, usando somente instrumentos rudi-
mentares. A totalidade das atividades é desempenhada por um único 
executor, denominado artesão, que realiza seu trabalho ou ofício rara-
mente amparado por um assistente ou aprendiz.
 � Manufatura: esta segunda etapa já percebe a utilização de algumas 
máquinas manuais simples, mas que tornam o trabalho produtivo e 
passível de divisão, não mais sendo executado por uma única pessoa, 
dando origem ao processo de produção.
 � Indústria moderna: esta terceira etapa apresenta processo produtivo di-
retamente ligado ao uso de tecnologias (como a robótica) com máquinas 
cada vez mais sofisticadas que demandam quantidade de energia. Cada 
trabalhador exerce quase que exclusivamente uma tarefa, tornando o 
trabalho dinâmico, dotado de agilidade e rapidez, resultando em maior 
produtividade.
Corresponde a um setor de grande abrangência econômica, incluindo a 
indústria em geral: metalurgia (como carros e eletrodomésticos), alimentícia 
(como laticínios e frigoríficos), vestuário (como tecelagem e confecção), 
construção civil, entre outras. Devido à exigência do mercado e à efetiva 
concorrência do cenário global, tem se tornado um dos mais importantes se-
guimentos produtivos. A busca pela competitividade promove o uso massivo 
da tecnologia, com a intenção de oportunizar maior qualidade dos produtos, 
diminuição dos custos, além da utilização de materiais recicláveis que mini-
mizam os impactos ao ambiente.
141A produção e a economia
Além disso, exerce função social, gerando empregos (tanto na indústria 
como nas atividades de revenda e distribuição dos produtos), além de dispo-
nibilizar bens e produtos indispensáveis para a humanidade (habitação, ali-
mentos, vestuário, entre muitos outros) gerando inúmeras facilidades para a 
vida cotidiana.
O setor terciário inclui organizações da área de serviços, podendo estar 
direcionadas ao consumidor final ou até mesmo outras empresas, como as 
integrantes do setor primário e principalmente a manufatura. Contempla ati-
vidades especializadas como contabilidade, transporte, vigilância e alimen-
tação, entre outras, que correspondem às funções mais frequentemente tercei-
rizadas pelas organizações. As empresas deste setor podem ser classificadas 
em cinco subgrupos:
 � Serviços empresariais: inclui consultorias, finanças, contabilidade, 
bancos, vigilância, limpeza, entre outros.
 � Serviços comerciais: inclui lojas de atacado e varejo, serviços de manu-
tenção e reparos, entre outros.
 � Serviços de infraestrutura: inclui comunicações, transporte, eletrici-
dade, telefonia, água, esgoto entre outros.
 � Serviços sociais e pessoais: inclui restaurantes, cinema, teatro, saúde, 
hospitais, entre outros.
 � Serviços de administração pública: inclui educação, saúde, segurança, 
transporte (estradas), entre outros.
A partir do século XX, dado o aumento da expressividade dos serviços 
na economia, as atividades integrantes do setor terciário passam a ser seg-
mentados, dando origem a dois novos setores: o quaternário e o quinário, 
conforme demonstrado na Figura 1.
Administração de produtos e serviços142
https://pt.wikipedia.org/wiki/Setor_quatern%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Setor_quin%C3%A1rio
Figura 1. Estágios da atividade econômica.
Fonte: Fitzsimmons e Fitzsimmons (2014, p. 6).
A relevância dos serviços na economia
As operações de produção permitem que as organizações possam oferecer 
produtos e serviços a fim de satisfazer as necessidades de seus clientes. A 
administração da produção apoia esta função, se encarregando do planeja-
mento,coordenação e controle da produção, oportunizando melhores resul-
tados, tanto para a organização quanto para seus clientes. 
Ainda integrando este cenário, a economia amplifica seu contexto, preocu-
pando-se não só com a produção, mas também com a distribuição e consumo 
dos bens e serviços, visando o bem-estar coletivo dos agentes econômicos. O 
sucesso destes objetivos depende, em muito, de uma parcela significativa da 
produção: as operações de serviços. Atualmente, este setor produtivo é per-
cebido como agente fundamental do cenário econômico, fornecendo o apoio 
necessário para seu funcionamento, além de representar papel facilitador da 
manufatura. 
143A produção e a economia
Atualmente, o setor de serviços representa papel fundamental do cenário econômico, 
fornecendo o apoio necessário para seu funcionamento (garantindo a infraestrutura 
básica de que precisa), além de corresponder a um agente facilitador da manufatura.
O bom funcionamento da economia depende da existência e manutenção 
de uma infraestrutura básica, composta por atividades como transportes, co-
municações e serviços estatais, incluindo educação e saúde. Estes elementos 
formam a base para o desempenho da produção, distribuição e consumo 
dos bens e serviços, bem como para a formação do circuito econômico es-
tabelecido a partir das ações e decisões dos agentes econômicos, reforçando 
ainda mais a relevância dos serviços para a economia. E, à medida que uma 
economia se desenvolve, este contexto torna-se ainda mais evidente, ampli-
ficando a importância da área de serviços para a economia, que passa a em-
pregar maior parcela da população em suas atividades. 
A administração pública (que corresponde a um importante agente eco-
nômico) possui a função de viabilizar a estabilidade do ambiente econômico, 
tornando-o mais apropriado ao investimento e crescimento. É responsável por 
oferecer a infraestrutura (serviços básicos) necessária para a sobrevivência 
e prosperidade da economia e da população. Estes serviços representam o 
lastro fundamental sobre o qual se apoia a economia, e, quando associados 
aos demais serviços, formam a rede capaz de distribuir a produção, conec-
tando-os ao consumidor final, conforme ilustrado na Figura 2.
Administração de produtos e serviços144
Figura 2. O papel dos serviços na economia.
Fonte: Fitzsimmons e Fitzsimmons (2014, p. 5).
Como conclusão, é possível afirmar que os serviços, em suas várias seg-
mentações, representam atividades fundamentais para a economia e a so-
ciedade, viabilizando o estabelecimento de um cenário econômico sadio e 
funcional, propício ao crescimento e desenvolvimento de todos os agentes. 
Também oportunizam o incremento das atividades produtivas, através da in-
corporação de serviços com valor agregado, associados aos produtos já ofere-
cidos pela organização, ampliando seus resultados.
Um bom exemplo do incremento da atividade através da incorporação de serviços 
com valor agregado: serviços financeiros oferecidos aos clientes consumidores de ve-
ículos. Estas operações associadas influenciam diretamente a lucratividade das ativi-
dades de manufatura, tendo em vista que em algumas situações o serviço pode apre-
sentar margem de lucro superior a do produto.
145A produção e a economia
Estágios do desenvolvimento econômico
A atividade econômica das sociedades reflete como vive sua população e o 
padrão de vida que possui. Neste contexto, o setor de serviços atualmente 
exerce papel importante, dada sua condição de relevância na economia, ofe-
recendo expressiva contribuição nas oportunidades de emprego e na busca 
pela estabilidade econômica. Tornaram-se essenciais para o funcionamento 
da sociedade e desempenho de sua atividade econômica, e até mesmo para 
melhorias na qualidade de vida da população.
Mas isso nem sempre foi assim. Em verdade, a economia evoluiu muito 
ao longo dos tempos, o que pode ser representado pelas transformações ocor-
ridas (ou ainda em ocorrência) nas sociedades, passando da condição de pré-
-industriais para industriais, e posteriormente para pós-industriais. Em 
resumo, estes três estágios correspondem:
 � Sociedade pré-industriais: neste estágio a economia é baseada na sub-
sistência, o trabalho é braçal e fundamentado na tradição, como o ocor-
rido na agricultura, mineração e pesca. Os elementos da natureza são 
expressivos, sendo a origem de grande parte dos recursos ou influen-
ciadores da produção (clima, água, solo, estações do ano). A produti-
vidade é baixa e pouco dotada de tecnologia, que associado à grande 
população, resulta em altas taxas de subemprego. Vida social limitada 
à família, e serviços voltados para atividades pessoais ou domésticas. 
Expressada como a disputa contra a natureza.
 � Sociedades industriais: neste estágio a economia é focada na produção 
de mercadorias, com o objetivo de fazer mais com menos. Trabalho é 
realizado nas fábricas, de forma mais estruturada e dividida, com o 
emprego de máquinas que ampliam a capacidade produtiva (pessoas 
cuidando das máquinas). As organizações são dotadas de hierarquia 
e burocracia, com operações impessoais, com empregados percebidos 
como objetos, pressionados pelas organizações e amparados pelos sin-
dicatos. O tempo passa a representar grande influência, atribuído de 
valor. Padrão de vida é medido pela quantidade de bens, vida social in-
dividualizada. Expressada como a disputa contra a natureza fabricada.
 � Sociedades pós-industriais: neste estágio surge a preocupação com a 
qualidade de vida, que passa a ser o padrão de medida. O empregado 
passa a ser entendido como profissional, e a informação passa a ser 
valorizada como recurso. A vida social passa a sofrer os impactos da 
Administração de produtos e serviços146
política e direitos sociais, e o indivíduo passa a ser percebido de forma 
coletiva (comunidades). Expressada pela disputa entre pessoas.
Esta evolução entre os estágios, principalmente das sociedades industriais 
para pós-industriais, é atribuída, em grande parte, ao desenvolvimento dos 
serviços, ilustrada pela infraestrutura articulada para o desenvolvimento in-
dustrial. Ao mesmo tempo, a introdução da automação leva a força de tra-
balho para a execução de atividades não industriais. O crescimento da po-
pulação e o consumo em massa acarretam o desenvolvimento do comércio, 
que promove o incremento de outros serviços (como bancários). O aumento 
da renda gera redução proporcional dos gastos com necessidades elementares 
(como habitação e alimentação), abrindo espaço para o consumo de bens du-
ráveis e serviços.
Em resumo, podemos perceber uma evolução promovida basicamente 
pela migração da força de trabalho, das atividades industriais ou de manu-
fatura para a esfera dos serviços, promovida pela transformação da própria 
indústria, que substitui o homem pela máquina, forçando-o a procurar novas 
formas de atribuição de valor ao trabalho. Como decorrência, o aumento da 
renda aquece a economia, e permite a destinação de recursos para demandas 
além das necessidades básicas, promovendo a substituição do desejo de bens 
pela demanda de serviços.
A nova economia da experiência
A evolução das sociedades implica em significativas mudanças de comporta-
mento, trazendo impactos à economia. Um bom exemplo desta evolução cor-
responde à comparação das sociedades industriais e pós-industriais, baseada 
em dois aspectos: padrão de vida e qualidade de vida (Ver Quadro 2).
Sociedades Padrão de vida Vida social
Industriais Quantidade de bens Individualizada
Pós-industriais Qualidade de vida Coletiva (comunidades)
Quadro 2. Comparativo entre sociedades industriais e pós-industriais.
147A produção e a economia
Estas transformações abriram caminho para a consumo de serviços, que 
passam a ser desejados pelos clientes. E esta demanda, por sua vez, também 
implica na evolução do contexto dos serviços, que também se transformam 
gradativamente: deixa de ser baseada em transações (economia de serviços) 
e passa a ser focadaem relações baseadas na experiência (nova economia da 
experiência).
As experiências geram valor agregado, obtido através do estabelecimento 
de uma relação com o consumidor, de maneira pessoal e inesquecível. Em 
resumo, as pessoas não desejam apenas serviços, elas ambicionam sensações. 
Estes serviços apresentam alto grau de participação do cliente e interação 
com o ambiente. O que, obviamente, implica maiores custos e preços igual-
mente elevados, mas que são absorvidos pelo cliente à medida que percebe o 
valor agregado ao serviço.
Os serviços deste contexto são divididos em duas categorias: serviços ao 
consumidor e serviços empresarias.
 � Serviços ao cliente: entretenimento (cinema), aventura (mergulho), 
entre outros;
 � Serviços empresariais: serviços especializados, como a consultoria 
(coprodução e relacionamento colaborativo, visando a criação, capaci-
tação e solução de problemas).
Administração de produtos e serviços148
1. É correto afirmar que a economia 
consiste basicamente:
a) Na fabricação de bens e produtos.
b) No estudo das unidades econô-
micas de forma isolada e nos re-
sultados de suas ações individuais.
c) Na análise da produção, distri-
buição e consumo dos bens e 
serviços disponibilizados pelas 
organizações.
d) No estudo das variações da de-
manda, motivadas pelas forças do 
ambiente econômico geral.
e) Na prestação de serviços aos 
clientes e apoio às atividades de 
manufatura.
2. As interações e relações decorrentes 
do exercício das funções dos agentes 
econômicos resultam no estabeleci-
mento de:
a) Famílias.
b) Instituições financeiras.
c) Empresas.
d) Circuito econômico.
e) Governo.
3. A ciência economia é formada por 
um conjunto de teorias e conceitos, 
dentre os quais cabe destacar os 
princípios básicos da teoria econô-
mica, que possuem como foco:
a) Setor terciário.
b) Setor primário.
c) Escassez de recursos e necessi-
dades ilimitadas.
d) Quaternário e quinário.
e) Setor secundário.
4. O cenário econômico atual encontra-
-se fortemente marcado por:
a) Volume expressivo da população 
ativa empregada na agricultura e 
indústria.
b) Baixa relevância da administração 
pública, em razão da pouca 
expressividade dos serviços por 
ela oferecidos, que não geram 
impacto à economia
c) Equilíbrio do volume da força de 
trabalho, distribuída quase igua-
litariamente entre agricultura/
indústria e o setor de serviços.
d) Evolução da sociedade, que passa 
a ser baseada na manufatura e 
outras atividades semelhantes, 
pertencentes ao setor secundário.
e) Fundamental participação das 
operações de serviços.
5. A economia passou por significativas 
transformações ao longo dos séculos, 
e ainda hoje apresenta comporta-
mento evolutivo constante. Uma 
das mudanças mais recentes, que 
demonstram a transformação da 
natureza da economia de serviços 
corresponde a:
a) Revolução industrial.
b) Hipótese de Clark-Fisher.
c) Nova economia da experiência.
d) Teoria de Maslow.
e) Sociedade industrial.
149A produção e a economia
FITZSIMMONS, J. A.; FITZSIMMONS, M. J. Administração de serviços: operações, estratégia 
e tecnologia da informação. Porto Alegre: AMGH, 2014.
Leitura recomendada
JOHNSTON, R.; CLARK, G. Administração de operações e serviços. São Paulo: Atlas, 2002. 
Referência
Administração de produtos e serviços150
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