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PROCESSO_CIVIL_III_Vicente_Maciel_CPC_19

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PROCESSO CIVIL III – Vicente Maciel
CPC 1973
- Processo de conhecimento: utiliza a cognição para atingir uma certeza consubstanciada em um provimento (condenatório, constitutivo ou declaratório). O processo de conhecimento é analítico, tem contraditório, ele é voltado para produzir a atividade no sentido de resolver algum conflito. É um processo que o legislador tem que, ao construir a norma, dar oportunidade que as partes formem o convencimento do julgador.
- Processo de execução: já existe a certeza do direito, atividade agora é de transformação daquilo que está em um título executivo (judicial ou extrajudicial) em atos concretos. A execução tem como pressuposto a certeza, o título executivo judicial ou extrajudicial, se você tem a liquidez e exigibilidade de um título, você pode começar a execução, aqui o contraditório é mínimo e excepcionalmente incidental (embargos do devedor). O estado ingressa no patrimônio do devedor para satisfazer o direito do credor.
Obs: LIQUIDEZ = andebeatur (certa) + quidi quanle debeatur (o que é devido) + quantum debeatur (valor/expressão monetária). EXIGIBILIDADE = vencimento
- Processo cautelar: a finalidade não é discutir mérito ou executar, mas a prevenção de pessoas, provas e bens para um outro processo. Tem liminar preventiva (começou a ter liminar satisfativa sem previsão legal).
O nosso sistema processual, que vem do europeu, levava em consideração que o processo devia ter duas atividades básicas que é a atividade de conhecimento e execução. O conhecimento para alcançar um resultado e a execução para a efetivação. Para a doutrina europeia no conhecimento o que acontece é o desenvolvimento em contraditório para um provimento que é a sentença constitutiva, declaratória ou condenatória. Na execução o contraditório é mínimo, não há debate, o objetivo é concretizar o que foi disposto no contraditório. 
Conhecer, definir uma situação conflituosa e executar. Essa é a atividade judicial básica. Mas o processo de execução muitas vezes é demorado, pois há o processo de conhecimento, a sentença, o recurso, a liquidação da sentença, e o início da execução. Entre o momento que houve o conflito de interesse e a solução do estado, há um tempo longo. Os bens, pessoas e provas muitas vezes se perdiam no curso do processo, causando prejuízos ao resultado útil do processo judicial. 
Para resolver esse problema aparece um terceiro gênero de tutela que não trata exatamente do mérito, mas de situações emergenciais, garantindo a efetividade do resultado do processo. Às vezes você não tinha o que executar, porque o devedor esgotou seu patrimônio, ou tinha prejuízo das provas ou mesmo as pessoas pereciam no curso do processo (as pessoas podem ser objeto de direito em certas situações, quando há uma testemunha chave, por ex.).
O legislador traz uma atividade preventiva ao processo. No processo que se chamava cautelar no CPC de 73, você não resolvia o processo principal, você podia por exemplo, fazer produção antecipada de provas, oitiva de testemunhas antecipada e apresentava no momento certo. O objetivo era colaborar com o processo principal. Se uma pessoa está liquidando seus bens antes da execução, você arresta os bens antes de ele fazer isso. 
- Procedimentos especiais: possui objetos definidos, há liminares satisfativas, mistura características do processo de conhecimento e execução. Dá efeito executivo imediato nas decisões de 1º grau e utiliza-se do procedimento sumário.
O direito material apresenta algumas características diferentes do processo ordinário, não se enquadra bem. Por isso, há alguns procedimentos que são especiais, diferentes do procedimento comum. 
O primeiro procedimento especial é a ação de consignação em pagamento. O direito material é o pagamento por consignação: eu sou devedor e quero pagar, mas o credor não quer receber, eu tenho o direito de pagar e me livrar da obrigação, o devedor aqui faz ação contra o credor que se recusa injustificadamente a receber. Começa aqui a oferta real da coisa, chamando o credor em juízo, aqui eu tenho que ter um tipo de processo que regulamente essa oferta real. Para isso precisa de normas processuais especiais, porque é dedicado a um direito material específico, é um processo dedicado a uma circunstância específica. Quando eu entro com essa ação, eu quero como provimento a sentença falando que o pagamento foi válido e extinguiu a obrigação. Aqui eu não discuto outras coisas, como dano moral, etc. nesse processo você podia dar liminares satisfativas. O procedimento especial reúne o processo de conhecimento e execução, é um processo híbrido. 
- Decisões liminares: A concessão de liminar em 73 só era prevista no processo cautelar e nos procedimentos especiais, a diferença é que no processo cautelar a liminar serve para prevenção e no processo especial a liminar serve para satisfação do direito do autor. A liminar é uma decisão interlocutória. Liminar é uma decisão concedida na abertura do processo, você pede, normalmente, junto a petição inicial. Mas ela pode ser pedida até quando não se extinga essa fase de jurisdição. 
* Liminar satisfativa: inicialmente apenas no processo especial. Me permite não esperar o fim do processo para satisfazer meu direito. As liminares satisfativas estão antecipando situações decisórias ou executivas. Se tem como objetivo antecipar os efeitos do provimento final é liminar satisfativa, pois o que você quer como pedido no processo é o mesmo da liminar. As liminares são decisões no início da lide ou no momento em que antecede a decisão definitiva do primeiro grau, mas sua natureza é executiva, execução provisória de decisão interlocutória.
Os procedimentos especiais permitem o efeito executivo das ações de 1º grau. Se o juiz não dá uma liminar, mas decide que alguém tem direito de reintegração de posse, mesmo que haja recurso, a execução é imediata. Isso faz mais sentido do que a liminar, porque você faz uma decisão sem ouvir a parte contrária. Essa é uma característica específica do procedimento especial.
* Liminar preventiva: se o que eu estou pedindo é a proteção de pessoas, bens ou objetos é liminar preventiva, ela era utilizada nos processos cautelares.
- Crise do CPC de 73: utilização das tutelas satisfativas no processo cautelar
O que gerou a crise do CPC 73 é que, por exemplo, estou precisando de uma decisão urgente, a unimed tem que autorizar uma cirurgia, se não, eu vou morrer. Eu teria que entrar com o processo cautelar, mas ele não servia para um pedido de natureza satisfativa, apenas preventiva. O que eu pediria era que a unimed pagasse a cirurgia, mas o objeto do processo seria o mesmo, então a liminar seria caso de liminar satisfativa, mas isso não existia na cautelar e a autorização para uma cirurgia também não se encaixava em nenhum procedimento especial. O juiz decidia: não tem amparo legal porque o processo servia só para liminar preventiva. 
No processo especial você poderia entrar com uma tutela liminar satisfativa, mas não existia a matéria especial nesse caso. Isso começou a mudar porque o juiz começou a deferir liminar satisfativa no processo cautelar. Começou a haver a discussão do cabimento da tutela cautelar antecipada satisfativa, algo sem previsão legal. Isso gerou a primeira crise do cpc 73 porque o processo não estava abrangendo as situações da vida que surgiam.
 ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (art.273 CPC/73)
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
§ 1o Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. 
§ 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.
§ 3o A execução da tutela antecipada observará, no que
couber, o disposto nos incisos II e III do art. 588. (Art. 588. A execução provisória da sentença far-se-á do mesmo modo que a definitiva, observados os seguintes princípios: II - não abrange os atos que importem alienação do domínio, nem permite, sem caução idônea, o levantamento de depósito em dinheiro; III - fica sem efeito, sobrevindo sentença que modifique ou anule a que foi objeto da execução, restituindo-se as coisas no estado anterior.)
§ 4o A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada.
§ 5o Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 
§ 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso.
§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado.
- A generalização da antecipação de tutela (art.237): 
Em 1994 foi inserida a antecipação de tutela no processo cautelar, mas não só nele, em qualquer processo. A antecipação de tutela gerou um problema, porque a agora em qualquer hipótese, desde que comprovados os requisitos, em qualquer processo eu posso deferir a antecipação. Uma característica que era especial, fica comum, ordinária. Posso satisfazer antecipadamente a tutela em todos os processos, isso enfraquece os procedimentos especiais. 
A partir do momento que você sai de algo definido em lei e você joga para enquadramento em qualquer situação, você centraliza a figura do juiz, porque ele que diz se a hipótese que você está falando se enquadra no art.273 ou não. Isso é bom por um lado, mas gera um problema na legalidade, pois o juiz não tem um contorno definido, sua subjetividade pode apreciar tudo com base em princípios processuais. 
A liminar satisfativa nos processos especiais conviveu com antecipação de tutela (que agora poderia ser deferida em qualquer processo). Ela não provocou o fim das liminares nos procedimentos especiais. Mas se você ia entrar com uma liminar no processo especial, você tinha que ver quais os requisitos específicos do procedimento especial, e se você não pode entrar com o procedimento especial por falta de algum requisito, você poderia entrar no procedimento ordinário e pedir a antecipação de tutela. Então se você comprova que existem os requisitos do novo artigo, você pode pedir algo no procedimento ordinário que fosse matéria de processos especial, mas sem os requisitos específicos.
O critério para entrar com a ação é a seguinte: você começa no rito ordinário, se fosse especial você iria nele, mas você podia entrar no processo ordinário com uma matéria especial. O processo especial é sumário, porque tem prazos menores e uma diminuição do conhecimento, mas eu posso entrar no rito ordinário. O que não pode é o contrário, ser uma causa de rito ordinário e entrar com rito especial.
O legislador de 73 colocou as liminares satisfativas nos procedimentos especiais, era uma coisa especial, a liminar preventiva no procedimento cautelar. Depois do art.273, generalizou-se a tutela satisfativa, não preciso ter um procedimento especial para pedir, isso esvaziou os procedimentos especiais. 
O instituto devia ser tratado dentro do processo de execução, porque você está permitindo a execução provisória quando dá uma tutela satisfativa. 
- Urgência: As tutelas preventivas/cautelares e satisfativas/antecipadas têm uma coisa em comum, seu gênero é a urgência. São tutelas de urgência, dentro dela tem as preventivas e satisfativas. As preventivas são as cautelares e as satisfativas são liminares. O que muda é a fundamentação. 
Que urgência é capaz de dar uma tutela satisfativa? Quem tem um direito e entra na justiça, tem que esperar todas as fases para ter seu direito, mas se o autor tem muitas evidências de seu direito, o tempo do processo pode correr a seu favor, a ideia desse tipo de tutela é inverter o ônus do tempo do processo. Eu autor tenho deferimento do meu provável direito desde o início do processo, e o réu que tem que suportar todo o processo, para provar sua defesa. 
A antecipação de tutela e a liminar satisfativa são a mesma coisa: decisão dada antes do momento/interlocutória, ambas têm a mesma natureza satisfativa. Ambas essas decisões são uma situação de urgência, na tutela cautelar a urgência é preventiva, na tutela satisfativa e na liminar satisfativa a urgência é fundada na evidência do direito (se há uma demora aqui eu tenho um prejuízo, e há grande evidência que eu tenho realmente o direito, a ideia é a inversão do ônus do tempo do processo). 
Estou pedindo uma medida urgente, porque a unimed não autorizou uma cirurgia, quero que pague, o objeto da ação principal é a condenação do plano de saúde a pagar a cirurgia, a antecipação dos efeitos do provimento é o mesmo, é a mesma coisa da execução, então é liminar satisfativa. 
Liminar é uma decisão na abertura do processo. Hoje em todo e qualquer processo eu posso ter uma liminar satisfativa que é conhecimento + execução. 
- Antecipação de tutela ≠ antecipação do provimento
A antecipação é dos efeitos da tutela pretendida, antecipa os efeitos do provimento, mas é diferente da antecipação do provimento, porque isso é julgamento antecipado da lide, aqui você vai antecipar o que eu só teria direito na execução.
Antecipar a tutela não é antecipação do provimento, antecipar o provimento é o julgamento antecipado da lide, quando tem uma matéria unicamente de direito, ou quando todas as provas já foram produzidas, aí posso dispensar todas as fases e julgar antes. Antecipação de tutela é antecipar o efeito do provimento, eu tenho a prova robusta do direito e peço a inversão do ônus do meu direito. 
- Requisitos da antecipação total ou parcial no art.273: 
* Fumus bom iuris (evidência do direito): Para ter antecipação de tutela você tem que ter a evidência. A evidência é um instituto do direito americano referente a produção de prova, se você não tem evidências para a produção da prova, você nem entra com o processo. É uma comprovação prévia a respeito de uma determinada circunstância. A evidência foi colocada como uma espécie de tutela, mas na verdade é um fundamento da antecipação de tutela. Para ter uma antecipação de tutela eu tenho que ter provas que são a evidência do meu direito. 
* Periculum in mora:
Além do fumus e periculum, tem mais requisitos para conceder a antecipação
* O requerimento da parte: autor ou réu? No entendimento majoritário apenas o autor pode pedir a antecipação de tutela ou o réu só nos casos de reconvenção. 
* Prova inequívoca da verossimilhança das alegações: frase contraditória, porque se eu tenho prova inequívoca eu posso julgar antecipadamente, mas o entendimento é que há uma prova robusta, elementos suficientes para provar que a prova está resistindo injustificadamente.
O fundamento da antecipação de tutela é a prova inequívoca, leia-se robusta, porque inequívoca não cabe contestação. A verossimilhança é que pode ser aquilo.
 - Fundamentação da decisão: No art.273 fala que o juiz pode antecipar total ou parcialmente o efeito do provimento. O juiz não defere antecipação de tutela de ofício e tem que comprovar os requisitos da antecipação de tutela, isso impõe que demonstre os requisitos. O juiz tem que fundamentar a decisão que conceder ou não a antecipação de tutela.
Como, onde, quando e porque são coisas básicas para uma PI. Quando faz um requerimento de antecipação de tutela, você tem que abrir um capítulo na PI para provar todos aqueles requisitos. 
Você pode pedir uma tutela satisfativa e para isso você precise de uma tutela preventiva.
- Prejuízo da outra parte
No artigo fala que se houver risco de conversão da decisão, ela não pode ser concedida.
No processo cautela do antigo código, não há o prejuízo para ninguém, porque a proteção de pessoas provas e bens não gera ônus, as vezes beneficia ambas as partes, mas no caso da tutela satisfativa,
uma das partes é prejudicada, se ela for errada, cabe posteriormente uma indenização.
Se você defere a liminar e descobre depois que o autor não tinha razão, isso é um grande problema. A liminar satisfativa não deveria ser deferida antes de ouvir a outra parte. Na liminar satisfativa o objetivo é que você confirme a decisão na sentença, se tem uma liminar contra você, você terá que criar fato e trazer prova para reverter, mas a probabilidade de perder é muito maior. 
Eu tive uma liminar contra mim, houve uma situação de fato que é modificativa, eu peço a revisão da liminar. Se o juiz indeferir eu agravo e vai para o tribunal analisar. Peço a reversão. 
- Efeito executivo imediato
O juiz tem mais poderes na decisão interlocutória de antecipação de tutela do que na sentença, porque tem efeito executivo imediato. Na sentença a parte recorre e suspende os efeitos da tutela, aqui o efeito continua sendo produzido. Esta decisão que antecipou os efeitos do provimento é consolidada na sentença.
O que vigora quanto a liminar é que ela vai vigorar no processo, se não houver nenhuma decisão contra ela durante o processo, ela vai perdurar até a sentença. Se houver algo contra ela, ela pode ser cassada. Pode pedir a suspensão dos efeitos enquanto eu agravo aquela decisão, para que pare de produzir efeitos que estão me prejudicando.
Se você pediu antecipação de tutela, e o juiz deferiu essa liminar satisfativa, provavelmente você vai ganhar a causa. Aqui há uma tendência de a decisão satisfativa virar uma sentença. 
Ele vai aplicar subsidiariamente a execução provisória. A antecipação de tutela está ligada a execução provisória, porque é isso que ela é.
IMPRIMIR ESSE ARTIGO DO CC DE 73 
08/02/17
PROCESSO CAUTELAR CPC/73
Isso alterou no NCPC, você não tem mais processo cautelar. Ele ser um processo significa que é um instituto que tem uma teoria geral, com início, meio e fim. Início pela demanda que tem a provocação pela parte, a pretensão inicial que desencadeia uma série de atos que o juiz toma de ofício e no final há uma sentença judicial. O processo de execução também tem essas fases e o especial também. O processo cautelar, da mesma forma. Ele precisa ter início, ou seja, princípio da demanda, o meio que são atos (sumarizados, neste caso), e a sentença. 
Se você entra com um processo cautelar no meio de um processo comum, você tem que dar uma sentença em cada um, no cautelar e no de conhecimento, não tendo nada a ver uma com a outra, porque tratam de objetos diferentes. O objeto da cautelar é a prevenção e do processo de conhecimento é o mérito. Nesse sistema todos os processos têm início, meio e fim, e tem princípios que os regem.
Então começa o processo cautelar com a ação, com um rito sumarizado, já que ele não pode ter um debate longo, mas precisa resolver a situação rapidamente. O processo dura o tempo necessário para resolver esse problema, mas nunca passa do tempo do processo de conhecimento/principal. 
Se você ainda não deu sentença no processo principal (conhecimento), você tem que terminar o processo cautelar, pois ele é um processo acessório ao processo principal, ele não é independente, é acessório. Se o processo de conhecimento ou de execução foi extinto, o cautelar também tem que ser extinto, porque a função dele é a prevenção de pessoas, provas e bens do processo principal. Se cessou o risco, o processo cautelar pode ser revogado.
A decisão do processo cautelar não fazia coisa julgada material, apenas coisa julgada formal. A coisa julgada formal esgota as vias recursais, eu já utilizei de todos os recursos disponíveis ou tendo a oportunidade de usar eu não fiz, então precluiu, diz respeito a impugnação de uma decisão. A coisa julgada material quer dizer que você já apreciou entre as mesmas partes a mesma matéria, então ocorre o esgotamento de discursão O poder judiciário já apreciou a mesma situação, o mesmo fato jurídico, entre as mesmas partes, então há coisa julgada material.
	- Diferença de ação cautelar e medida cautelar 
	A ação cautelar é o que propõe o processo cautelar, isso é diferente de medida cautelar. Medida cautelar é uma exceção prevista no cpc 73 que não é um novo processo, mas uma medida. Ex. o juiz toma conhecimento que os pais estão maltratando um menor no meio de um processo de divórcio, para salvaguardar esse menor, o juiz pode terminar uma medida cautelar, incidentalmente, quando o processo está em curso. Ele determina essa medida (diferente de ação) por que toma conhecimento de um fato grave e precisa de proteção. Medida é providência concreta tomada pelo juízo dentro do processo. A ação cautelar é uma ação normal, mas com função de prevenção. 
DISPOSIÇÕES GERAIS DO PROCESSO CAUTELAR
Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.
Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.
Art. 800. As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando preparatórias, ao juiz competente para conhecer da ação principal.
Parágrafo único. Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida diretamente ao tribunal. 
Art. 804. É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer. 
Art. 807. As medidas cautelares conservam a sua eficácia no prazo do artigo antecedente e na pendência do processo principal; mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas ou modificadas.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a medida cautelar conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
Art. 808. Cessa a eficácia da medida cautelar:
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a medida, é defeso à parte repetir o pedido, salvo por novo fundamento.
Art. 809. Os autos do procedimento cautelar serão apensados aos do processo principal.
Art. 811. Sem prejuízo do disposto no art. 16, o requerente do procedimento cautelar responde ao requerido pelo prejuízo que Ihe causar a execução da medida:
- Antecedente ou incidente: O processo cautelar pode ser antecedente ou incidente a um processo (conhecimento, execução ou especial). Se eu nem entrei com o processo principal, mas já há uma deterioração de um bem, eu posso entrar com a cautelar antecedente ao processo principal. Ou pode ser incidente, quando já a o processo principal e aparece uma emergência, aí eu entro com a ação cautelar.
No ncpc não existe uma petição específica para a tutela cautelar, é um pedido dentro da pretensão principal, que pode ser pedido inicialmente ou no curso do processo. Não existe processo cautelar mais, é apenas uma fase do processo principal. 
O processo cautelar era antecedente ou incidente, agora o legislador fala antecedente ou incidente, mas ele não pode ser antecedente, é sempre incidente. Só em casos excepcionais a medida cautelar vai ser deferida sem a oitiva da outra parte. Apesar de não estar previsto, eu posso pedir que o juiz defira inaudita altera parte sob risco de perecimento. 
* antecedente em segundo grau: O juiz natural é o juiz de primeiro grau, a interpretação é que a ação cautelar deveria ser proposta no 1º grau, então se eu estou com um recurso e preciso de medida cautelar, entendia-se que ia para o juiz, mas depois houve uma regulamentação, se o processo estivesse em recurso, você mandava a cautelar para o relator, em regra. 
- Poder geral de cautela (art.798): As disposições gerais vão até o art.813, depois vem os procedimentos cautelares específicos. Além dos específicos, existe o poder geral de cautela, que é o direito da parte requerer e o juiz apreciar situações de
tutela preventiva fora daquelas previstas no rol do código. 
Poder geral de cautela é o direito de a parte requerer e o juiz apreciar situações de tutela cautelar que são inominadas, se eu não enquadro a situação aos casos previstos no código, eu provando as condições da ação cautelar: o fumus e o periculum. 
- Processo cautelar nominado e inominado:
* Nominado: regula as cautelas enquadrada nos artigos. Os procedimentos específicos foram acabando porque não faz sentido haver um poder geral de cautela e ter cautelas específicos, já que é muito mais difícil enquadrar situações em todos os requisitos dos procedimentos específicos do que nos requisitos do poder geral de cautela, que é o periculum e o fumus.
* Inominado: tem um rol nos artigos falando dos específicos, é uma série de procedimentos que limita a realidade naquilo, aquelas hipóteses, mas se surgem outras situações, você usa o procedimento fora daqueles que são os específicos ou nominados. A parte pode requerer fora daquelas que eram previstas, são os inominados.
- Fundamento do processo cautelar: fumus bon iuris e periculum in mora:
A urgência que vai fundamentar o processo cautelar são essas duas coisas: fumus bom iuris (aparência do bom direito) e o periculum in mora (risco que a demora do processo pode causar). Na verdade, o fumus não deveria ser fundamento da cautelar, porque nesse processo não está preocupado com quem está com o direito, mas quem está em risco. 
No modelo do cc de 73, quando alguém entra com a cautelar incidente eu já tenho o processo principal, então o juiz já pode decidir uma medida executiva que vai interferir na vida das pessoas. Agora 	quando o processo cautelar é antecedente, se se pede uma apreensão de bem, mas é para uma dívida de jogo, isso não pode ser deferido, então o fumus boni iuris serve para saber qual o objeto principal da ação própria, se é ou não um direito palpável.
O pedículo in mora é mais fácil de ser comprovado. 
Os nominados tinham ambos os fundamentos, se eu entrasse com uma ação inominada tinha que comprovar os fundamentos, a nominada já tinha o fundamento intrínseco. 
- Liminar no processo cautelar: você entra com o processo cautelar sempre com uma liminar. Só entra com a cautelar se tiver essa urgência, não posso esperar, a decisão tem que ser imediata, não existe cautelar com pedido de tutela de urgência sem liminar. A qualquer momento a cautelar pode ser revogada no processo principal, se fica provada o contrário do que foi decidido. 
* Inaudita altera pars
Como o cautelar era de urgência, a liminar era deferida e o pedido, normalmente, era que fosse deferida inaudita altera pars, ou seja, sem conhecimento da outra parte. Se a parte contrária soubesse da liminar, aí que ele destruiria o bem que pretendia-se proteger. Isso significa que muitas vezes a cautelar era deferida sem que a parte contraria fosse cientificada. 
O ncpc não fala nada de liminar altera parte, o juiz estabelecer uma medida executiva sem ouvir a outra prova. Em princípio atualmente não existe respaldo legal para a antecipação de tutela, mas fala-se disso na liminar satisfativa. 
- Caução:
Se você queria a cautelar e não trazia elementos suficientes, o juiz podia pedir uma caução para proteger a outra parte que poderia ter prejuízos com o deferimento da liminar. 
13/02/17
Dentro do código de 73 o processo cautelar tem um livro dedicado a ele e é um processo que começa com a demanda da parte, se desenvolve em fases e encerra com sentença. A ação é cristalizada em uma petição inicial, se o processo é um esquema lógico dentro de um sistema com finalidades específicas. A lógica aristotélica do processo não mudou no ncpc. A primeira coisa de um processo é a história que o cliente conta, o que ele fala que quer. Você quer por exemplo uma sentença judicial para condenar alguém a pagar x como indenização a um dano. 
PETIÇÃO INICIAL: 
- Premissa maior: norma/lei
- Premissa menor: fato
- Conclusão: subsunção do fato à norma
Esse esquema lógico não serve para toda situação. A contestação, se você nega o fato, você quebrou o raciocínio lógico, colocando um ato modificativo ou extintivo, você pode até reconvir e falar que quem causou o dano foi o autor. Pode ser que eu não possa negar o fato, mas a norma contém expressões com possibilidade de interpretação variada, como interesse público (vazio de significado). Se a norma tem esse conteúdo, ela não se presta a um raciocínio silogístico. Então quando for pegar uma petição a primeira coisa é ir ao pedido inicial. Do início ao fim do processo estamos contando e recontando uma história por um raciocínio silogístico. 
O processo cautelar nesse cpc era um processo, mas não com a pretensão material, mas de tutela preventiva. Hoje em dia se você quer um pedido de natureza cautelar você faz uma petição qualquer pedindo ao juiz uma pretensão preventiva. No processo cautelar no cpc de 73 seria assim:
1. Juízo a quem está sendo dirigido: mesmo juízo que será dirigida a causa principal. 
2. Após, fala dos fatos, 
2.1 Fundamentos,
2.2 Fumus boni iuris
2.3 Periculum in mora. 
2.4 Liminon 
2.5 Inaldita altera parte
3. Procedência 
DEFESA
1. Fatos 
2. Fundamentos 
2.1 Preliminares: naquele processo, o que pode impedir, em termos formais, a apreciação do objeto daquele processo
2.1.1 Suspeição: se o juiz é vinculado à causa por qualquer causa que está na lei. A imparcialidade do julgador é o mais importante 
2.1.2 Incompetência 
2.1.3 Art.301 que falava sobre coisa julgada, litispendencia, carência de ação, inépcia da PI, depois segue a lei. No cpc tem a transposição, falando das preliminares. 
2.2 Mérito 
2.2.1 Prescrição/decadência: diferente das preliminares. Art.269, uma faz formas de dar fim ao processo, mas com julgamento de mérito. Política legislativa. Se você não entrar com uma ação em um prazo x, esse prazo é decadencial, se ele termina em um sábado, posso propor a ação até sexta. Na prescrição, nesse caso, pode entrar até segunda. Essa defesa além de ser processual, também fala de mérito. O problema aqui é que eu não processei o processo, e extingue com julgamento do mérito, mas ele não teve o desenvolvimento das fases. Se o tribunal recebe em recurso e a parte fala de um equívoco, o tribunal acata, ele vai ter que cassar a decisão do juiz de 1º grau, porque o juiz não apreciou provas, então o tribunal não pode apreciar outras questões. Agora se correu todas as fases do processo, e no final o juiz aprecia só a prescrição, o tribunal pode sim apreciar as outras questões. O tribunal podia antes apreciar toda a matéria e o pronunciamento de toda matéria. 
3. Improcedência do pedido inicial 
A petição do processo cautelar pode ser aplicada para todos os processos, você muda o foco, os fundamentos, as condições da ação. Agora não tem mais esse processo, mas se você precisa de uma medida urgente, o mesmo esquema lógico é seguido. O fundamento da cautelaridade ainda está aqui. 
15/02/17
PROCEDIMENTOS CAUTELARES ESPECÍFICOS (CPC/73)
O que caracteriza esses procedimentos específicos são as condições do procedimento cautelar que são específicas para cada tipo de procedimento.
Hoje, no ncpc não há procedimentos cautelar específicos, há somente o poder geral de cautela. Se eu precisar de um arresto ou sequestro, eu preciso de uma tutela preventiva. 
- Procedimentos cautelares específicos: Cada um desses verbos tem um significado jurídico. Arresto, sequestro, caução, busca e apreensão, exibição, produção antecipada de prova, alimentos provisionais, arrolamento de bens, justificação, protesto, notificação e interpelação, homologação do penhor legal, posse em nome do nascituro, atentado e protesto de antecipação de títulos. Nos últimos artigos fala que podem existir outros procedimentos cautelares não previstos no código, são os inominados. 
- Arresto: é a possibilidade de apreensão de bens indeterminados. O arresto é feito por meio de qualquer bem para o pagamento por quantia certa no processo. O arresto é a apreensão de bens indeterminados no patrimônio do devedor, para penhorar e futuramente
executar o pagamento de quantia certa. Isso impede que alguém se livre dos bens para não pagar a dívida. Para caber o arresto tinha que pensar nas condições da ação cautelar previstas para o arresto.
Hipótese de fumus – prova literal da dívida liquida e certa (título executivo), não tem que ser exigível (não precisa estar vencida) aqui a realidade é estrita, limitando o cabimento. Se a pessoa não tem uma prova literal, não tendo essa condicionante da ação específica, você tem que entrar no poder geral de cautela.
- Sequestro: é a entrega de coisa certa. Se a execução fosse a disputa de um entre as partes, há o sequestro desse bem específico. 
- Caução: garanta contra uma medida tomada em meu desfavor, ex. se pegam um bem meu em antecipação de tutela, eu peço a caução para me garantir. Se o resultado do processo for a meu favor, eu não saio no prejuízo
- Buscar e apreender
- Exibir documento ou coisa: você não tem uma documentação, para exercer seu direito você precisa ter o documento ou ver o estado da coisa. Se eu queria provar algo por um documento e a outra parte não aceita apresentá-lo, considera-se que o que o autor quer dizer com o documento é verdade.
- Produção antecipada de provas: é a produção mesmo da prova, como colher um depoimento antes de uma pessoa morrer
- Alimentos provisionais: ele não tem caráter provisionais, porque não há repetição
- Arrolamento de bens: fotografia da situação patrimonial do sujeito em um determinado momento, o oficial lista os bens do devedor, se ele vender é fraude à execução no futuro 
- Justificação
- Protesto de notificação e interpelação: não existe mais esse instituto, ele era uma declaração unilateral que uma parte declarava seu direito
- Homologação do penhor legal: quando você faz consumo de bens em um hotel e deixa o hotel, a pessoa não vai te pagar, você pode fazer uma relação daqueles objetos, apresenta a conta e pede que o juiz faça o penhor legal para que a parte tenha a posse legítima desses bens até que haja a ação de cobrança
- Posse em nome de nascituro: a mulher comprova seu estado gravídico, então o objetivo era conferir a mulher a posse dos direitos do nascituro, ela pede que haja a reserva do quinhão hereditário até que se resolva em outro processo). A ação de alimentos já prevê os alimentos provisórios. 
No novo CPC a tutela antecipada é contemporânea a ação, se você precisa de uma exibição, você pede e depois você complementa o pedido. No CPC novo você pode propor tudo isso, mas agora não há uma delimitação, agora são apenas verbos, o pedido tem que ser incidente, contemporânea a propositura da ação. Então você entra com a exibição de documento ou coisa, depois você complementa a petição com os pedidos ou desiste da ação, de acordo com o que está no documento. Faz uma primeira citação para exibir o documento (a parte ou o terceiro) e depois que há a complementação do pedido a pessoa é citada para responder a ação. Tutela preventiva = tutela cautelar 
20/02/17
Na prova vai cair a ação cautelar do cc de 73
22/02/17
SITEMÁTICA DO NOVO CPC
Houve a divisão do CPC na parte geral e especial. A ideia do processo como livro que cumpre funções deixou de existir, então o processo ficou como se fosse um bolo.
Geral: formação, competência, atos e tutela provisória
Especial: processo de conhecimento, recursos e execução
O NCPC ao contrário do antigo código, teve a distribuição da matéria em parte geral e parte especial. Na parte geral, está inserida a tutela provisória que é o último tema antes da parte especial. Na parte especial tem: conhecimento, cumprimento de sentença, execução, recursos e procedimentos especiais. Isso traz questionamentos, porque normalmente a parte geral incide sobre tudo que você não regulamenta especificamente. O processo de conhecimento, que era para ser geral, está na parte especial. 
No cc de 73 você tinha o procedimento ordinário que era um livro grande e servia de embasamento para o que não era específico. Aqui você não tem isso, está tudo junto na parte especial. Na parte geral tem os institutos gerais do processo, e se as tutelas provisórias são aplicadas a todos os outros processos. Isso é um problema metodológico. A sistemática de aplicação subsidiária continua ocorrendo no processo de conhecimento, apesar do método estar estranho. 
A tutela provisória/antecipação de tutela, que agora está na parte geral, pode ser deferida em qualquer processo. Já podia antes (inclusive no de execução, que eu já tenho a certeza da dívida). Na sistemática atual do código está afirmado que as tutelas provisórias são aplicadas subsidiariamente a todos os procedimentos/livros do processo. 
No cpc antigo você tinha o processo de conhecimento como processo subsidiário. As regras gerais estavam lá. Agora há uma forma sobre a formação e outra sobre os processos. 
As tutelas provisórias, uma vez na parte geral, são aplicadas em todos os demais livros do processo, então podem ser aplicadas a todos os demais institutos. Eu posso utilizar, por exemplo, em um processo de execução. Sempre que preencher os requisitos eu posso pedir a tutela provisória, tanto antecipava quanto satisfativa. 
TUTELA PROVISÓRIA
Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Art. 296.  A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único.  Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
Art. 297.  O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único.  A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
Art. 298.  Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
Art. 299.  A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único.  Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.
- Classificação:
* Tutela de urgência: cautelar (proteção) e antecipada (satisfativa/mesmo do pedido) - fundada no periculum e no fumus
* Tutela de evidência: o risco não é fundamento da tutela de evidência, fundada apenas o fumus bom iuris 
A urgência é diferente da evidência, mas elas têm em comum que são decisões provisórias. O legislador fala que para a tutela de evidência eu não preciso de todos os elementos da urgência. A tutela de evidência é a tutela antecipada, tem que demonstrar a evidência para a tutela antecipada, por isso é um problema metodológico. 
Porque a urgência é diferente da evidência? Porque a urgência não faz parte das condições da tutela de evidência. Para entrar com a tutela antecipada, tem que ter a evidência, eu vou justificar que eu receba um bem de plano porque eu tenho uma prova robusta, uma evidência do meu direito, isso é o fundamento da tutela antecipada, então colocar a evidência em contraposição à urgência causa um embaraço teórico.
A classificação das tutelas provisórias. Provisório é um estado da decisão, não é um gênero ou espécie de tutela. Quando eu dou uma decisão interlocutória, ela não é definitiva, então ela é provisória, ela vem quando vem uma decisão definitiva ou uma decisão que a revogue. Então esse não deveria ser o nome, mas tutelas de urgência. Ele colocou provisória, porque nem sempre uma decisão provisória e de urgência. 
A palavra evidência não é espécie, mas fundamento da tutela antecipada. Você tem que ter evidência para haver prova. A antecipação de tutela tem como fundamento uma prova robusta.
Essa nomenclatura ficou uma confusão porque pegaram uma característica das tutelas de urgência e colocaram como seu nome, que é provisória. E confundiram um fundamento, que é a evidência, e colocaram como espécie. 
- Antecedente e incidente ao pedido:
Antes existia a classificação de antecedente e incidente, não existe mais. Agora é sempre incidente. Se você pede uma tutela provisória, você faz na petição inicial, e depois que ela é deferida, você faz uma emenda falando sobre o pedido principal. Você pode falar que ela é antecedente ao pedido principal, mas ela é incidente porque está no mesmo processo, você só fará uma emenda. A tutela de evidência é, por exemplo, quando algo é objeto de súmula. Você fala que seu direito já está decidido anteriormente. 
Hoje não existe processo cautelar, se eu precisar de uma ação cautelar, eu tenho que entrar com o pedido principal também.
Esse caráter antecedente ou incidente é devido à complementação do pedido. É tudo incidente dentro do mesmo processo. A tutela provisória pode ser feita no meio do processo, depois da produção de uma prova. Esse antecedente e incidente tem que ser considerado apenas quanto ao pedido principal. A tutela antecipada ou cautelar, deferida, perdura no tempo, se não pede a sua revisão, ela não se altera. Se não houver outra decisão que modifique ou revogue, a tutela antecipada perdura até o final. A apelação não tem efeito suspensivo sobre a liminar. Se você pediu a antecipação de tutela depois da instrução, após a produção de prova, o juiz defere a antecipação de tutela na sentença, aqui esse pedido não tem efeito suspensivo para efeitos de recurso. Então férias, processo em grau de recurso, nada interfere nos efeitos da tutela concedida.
A tutela provisória de urgência pode ser concedida em caráter incidental ou antecedente. A tutela cautelar no cpc/73 podia ser antecedente ou incidente ao processo principal, isso porque o processo cautelar era um processo. Agora não tem um processo cautelar, você tem um processo normal, você faz na PI da ação principal o pedido liminar, e depois de deferida ou não a liminar abre-se prazo para fazer o pedido principal, mas o processo está proposto. Pode fazer todos os pedidos na inicial mesmo, ou pedir a tutela provisória no meio do processo, depende do que vai acontecer. Antecedente ou incidente ao pedido principal e não ao processo, porque agora é só um. 
A importância disso é que antes do cpc/73, deferida a liminar eu tinha 30 dias para entrar com a ação principal, agora eu tenho só 15 dias que o juiz vai me dar para emendar e requerendo o pedido principal. 
- Poder geral de cautela
Não restou a classificação de nominada e inominada, porque não há mais procedimento cautelar específico. O que restou no novo processo é o poder geral de cautela, você vai preencher a norma em branco e vai descrever a situação conflituosa, o risco e a evidência. Não há requisitos pré-definidos. 
Você não tem mais procedimentos cautelares específicos, você vai pensar em qual verbo que rege a ação. A ação que você quer é objeto de seu pedido de tutela cautelar. Aquilo tem que estar no pedido liminar e no pedido principal da ação. O problema é que há a ampliação dos poderes do juiz no processo. O modelo da lei descritiva é falho, precisa de reforma, então você amplia o protagonismo judicial, o juiz pode adaptar a situação, podem haver procedimentos diferenciados, pensamentos diferenciados. O devido processo legal padroniza os procedimentos.
Saudosismo: o que pode ser objeto do processo cautelar? Tem que pensar no verbo, como aqui não tem o verbo, o juiz pode decretar as medidas para atender a tutela, mas para isso tem que pedir. O juiz tem poder para deferir aquilo que o autor pedir. Se tiver dúvida tem que ir no art.798 do cc de 73.
06/03/17
- Perdura no tempo/conserva eficácia
A decisão que concedeu uma tutela provisória ela vai perdurar no tempo se há sua confirmação na decisão final. Se eu chego na apelação e peço a revisão da liminar, o relator entende que deve continuar, ela perdura. Mas em qualquer momento do processo ela pode ser revista/revogada. O gênero dessa decisão é que ela interlocutória de urgência, ou fundada em uma tutela satisfativa ou antecipativa. Quando o legislador coloca tutela provisória, isso não é o gênero do instituto, mas o estado da decisão.
A liminar continua no tempo, se a execução antecipada começou no início do processo ela produz seus efeitos se não houver revogação. Se houve recurso de apelação não suspende os efeitos dessa tutela antecipada, porque ela conserva sua eficácia quando há efeito suspensivo. O prof. explica que deveria chamar efeito impeditivo, porque se há um recurso, nem começa a produzir o efeito da sentença, ele impede o transito em julgado da decisão.
- Custas
Quando há um pedido incidente, não precisa pagar custas, porque já pagou lá no início do processo. 
- Ligação com execução provisória
A antecipação de tutela tem a ver com execução. A sua efetivação vai ser execução provisória da decisão interlocutória. As tutelas provisórias deveriam estar junto da execução.
- Princípio da fundamentação das decisões
- Regras de competência
As regras de competência são assim: você vai entrar com um pedido de tutela provisória, tem que pensar quem é competente par ao pedido principal, a competência é delimitada pelo objeto de sua pretensão, então a definição do fumus é importante para saber qual é o objeto da pretensão. 
O juiz originário é o juiz natural, isso é 1º grau de jurisdição, via de regra o tribunal não é juiz original, então quando fala juiz originário faz crer que está falando do 1º grau. Se você tem uma causa no tribunal e precisa de uma tutela antecipada ou cautelar, a distribuição é feita pelo relator do processo no tribunal. (art.299)
08/03/17
Prova oral: 3 perguntas. 1 de caso concreto para fazer uma aplicação se você fosse o advogado da causa, qual a solução caso você fosse o advogado. Aplicação do conteúdo teórico à realidade. É o conhecimento aplicado, junta uma situação de fato com os conhecimentos teóricos (a parte de teoria geral do processo cautelar). Um conceito é a segunda pergunta. Questão específica em relação à legislação, como era antes e como é hoje. 
TUTELA DE URGÊNCIA
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Art. 301.  A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
Art. 302.  Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único.  A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.
- Requisitos:
Ela é concedida quando há evidência/prova robusta ou princípio de prova quanto a necessidade da tutela preventiva. Evidência e perigo de dano. As condições para o deferimento para a tutela de urgência é o fumus bom iuris e periculum in mora. No cpc antigo tinha mais requisitos, hoje
são só os dois para a antecipada ou cautelar. A diferença é o objeto, se o que eu quero é exatamente o que eu vou alcançar no pedido final é antecipada, se o que eu quero é proteção, o meu pedido é cautelar. 
- Caução de garantia
O juiz pode exigir caução é a conta-cautela, que o juiz pode fixar um valor que tem que ser depositado pela parte como garantia de prejuízos a serem gerados a parte contrária possa vir a sofrer. Se for hipossuficiente fica dispensado a caução. 
- Risco de reversibilidade
No cpc de 73 tinha a questão de risco de reversibilidade do provimento, mas aqui não há, e nem há a regulamentação da audiência de justificação. Eu não posso agora fazer uma audiência só com o autor. Nos atos processuais que geram uma interferência executiva na vida das pessoas, antes eu tinha a possibilidade de deferir uma medida cautelar sem ouvir a outra parte, mas não está repetida no novo cpc, não é possível então deferir uma medida executiva principalmente nas tutelas antecipadas, na cautelar, ainda é possível falando sobre o risco de perecimento da coisa. Mas a liminar antecipada, que é satisfativa, pré-julga uma questão que vai ser julgada no futuro, e provavelmente vai permanecer, por isso o contraditório é importante. No caso da tutela cautelar, você pede para que a parte não seja ouvida porque ela colocará, por exemplo, um bem em risco. 
No cpc de 73 o juiz chama a parte e ela leva prova complementar, a audiência era só do autor com o juiz para justificar seu pedido. Não era para intimar o réu, era o autor falando sobre seu pedido. Se eu não regulamento isso, diante do princípio do contraditório, teria que chamar o réu. Mas eu posso fundamentar isso atualmente, no histórico da audiência de justificação. O problema é que você perde o devido processo legal, não há regulamentação mais. O réu pode responder falando que tem provas contra aquela decisão, é uma questão complexa.
Aqui fala que não será deferida a tutela de urgência se houver perigo de reversibilidade. Se você defere o levantamento de valores por um empregado, é quase impossível que ele devolva os valores, se a decisão final for contrária. A irreversibilidade é importante porque estou pré-julgando, tenho que deferir se tiver muita certeza. 
Falar que é ou não reversível depende da argumentação.
- Cita alguns dos procedimentos especiais
Fala o que o juiz pode deferir vários tipos de pedidos. Você tem que pensar qual o verbo que rege a ação que eu quero. Se você conhecer o substantivo, você saberá o que pedir. 
- Falta de continuidade com o processo
Esse artigo foi transcrito do cpc de 73 e diz respeito quando a liminar cautelar será revogada, ou quando eu obtenho a liminar e depois não dou continuidade ao processo. A pessoa só quer a liminar, não quer o resultado do processo, em hipótese como essa, isso não é permitido pela lei, então permite a revogação ou extinção do processo. 
- Indenização de prejuízos causados com o deferimento da liminar
Pode haver indenização do deferimento da medida cautelar que pode ser executada nos autos do próprio processo. Ex. indenização dos prejuízos causados pelo seu deferimento. Quando acata prescrição e decadência tem que recorrer com apelação, porque se for confirmada pelo tribunal, não tem como entrar de novo, então o juiz acatando a prescrição ou decadência gera a improcedência dos pedidos que foram objeto da ação. Se transitou em julgado e você não recorreu forma-se a coisa julgada material e formal.
- Complementação do pedido principal
Antecipação de tutela em caráter antecedente. Houve uma alteração no procedimento, que diz respeito à extinção do processo cautelar e a inexistência da ação antecedente e incidente. O que você tem é um processo já proposto. Se eu vou entrar com uma tutela de urgência sempre dentro do processo, pode ser antecedente ou incidente ao pedido. Nos casos que a tutela de urgência for contemporânea a ação, a PI pode limitar-se ao requerimento de tutela antecipada. Basicamente eu tenho que dizer do fumus e periculum quando eu entro com a antecipação antecedente. Eu não preciso já formular toda a minha pretensão, só falar qual a situação conflituosa e falar do pedido de tutela antecipada. Se você for usar essa técnica, você complementará depois com o pedido principal. 
Quando ela é concedida a tutela antecipada antecedente você tem 15 dias do deferimento do pedido para entrar com a complemtnação do pedido inicial, os fundamentos e as provas.
Após, tem a audiência de conciliação e mediação. Os objetivos da mediação são para evitar o processo, eliminando as causas do conflito. 
13/03/17
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE
Art. 303.  Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Art. 304.  A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o.
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.
O novo modelo de antecipação de tutela antecedente baseou-se na ação monitória que vem do direito europeu, que pretendia que, por exemplo, se eu bati meu carro, a pessoa é culpada, faço um documento de reconhecimento de dívida particular, se a parte que assumiu a culpa não quiser pagar, pode entrar com uma ação juntando esse documento, e pede para o juiz a expedição de um mandado monitório para que a pessoa pague. É uma ordem de pagamento que pode ser aceita ou não, se o réu oferecer defesa, aquele mandado instaura um processo ordinário, agora se ele não fizer nada o mandado monitório se transforma em um mandado executivo. Eu transfiro ao réu a eventualidade da instauração de um processo de conhecimento. Não havendo oposição, há o processo executivo. A ideia é eliminar o contraditório, ou, caso
o réu não concorde, ele instaura o contraditório. Essa foi a inspiração apara o novo modelo de antecipação de tutela. 
Se o réu não recorre, o processo fica estável. Eu entro com ação e peço uma liminar, se a parte contrária não recorre, o mandado inicial vira uma execução. Se eu não recorrer, o processo é extinto, agora, se o autor não emenda e é dada a antecipação de tutela, também se extingue. Quando o réu não recorre, o efeito é a confissão, que decorre da revelia. Pressupõe-se que aquilo que o autor falou é verdade. Se o réu não faz a defesa seria natural seguir a lógica da ação monitória. Mas na antecipação de tutela antecedente, nos casos que a urgência for contemporânea: 15 dias para emendar com o pedido final. A antecipação de tutela e tutela cautelar são fundadas no fumus bom iuris e periculum in mora. A parte também tem 15 dias para recorrer. Se o autor não emenda a inicial com o pedido principal extingue o processo sem resolução do mérito. 
Se a parte contrária não recorreu da liminar deferida, porque eu tenho que emendar a inicial? Se o réu não recorreu, bastaria eu considerar que houve o reconhecimento da procedência do pedido, em razão disso a decisão ficaria estável. Ela torna-se estável se o réu não faz o agravo de instrumento, então eu não precisaria emendar a inicial. Poderia falar que tem que emendar a inicial para especificar os fundamentos, uma precisão sobre o objeto do processo. Eu preciso colocar na PI que depois vou emendar. 
Há um resquício da audiência de justificação do pedido liminar, que é a emenda da inicial em 5 dias no caso de indeferimento da liminar, mas ele não estabeleceu que seria inaudita altera parte, então vai haver contraditório. Na cautelar é possível não estabelecer o contraditório, porque há a proteção de um bem do processo, mas na tutela satisfativa você está executando uma decisão que exige um contraditório mínimo. 
Art.304 – se não teve defesa, a decisão fica estável. A decisão continua produzindo efeitos. Revisional: ação incidental ao processo, você quer revogar aquela antecipação de tutela porque tem fundamentos. O objeto é a reforma e revogação dos efeitos daquela decisão interlocutória. Então esta ação não eliminar o efeito da tutela antecipada estabilizada. Tem 2 anos após a extinção do processo para entrar com essa revisão, passando esse prazo não pode rever aquela decisão. Para rever o ato dessa decisão não pode ser embargos, nem apelação, só revisional. Só que fala que a decisão que concede a tutela não faz coisa julgada. Isso quer dizer que depois que passam esses 2 anos, eu não posso entrar com a ação rescisória, porque não faz coisa julgada. Na ação rescisória tem que ter trânsito em julgado. Isso é porque não houve contraditório. 
Estabilizou porque não houve agravo de instrumento. Depois que extingue tem 2 anos para a ação revisional. Se não entrou com nada, não tem coisa julgada. Tem pessoas defendendo que cabe ação rescisória. 
Essa extinção do processo é um arquivamento. O juízo prevento é o que deferiu e estabilizou. É distribuído por dependência a quem decidiu sobre a antecipação. O que está falando é que se quiser rever a decisão o único caminho é a ação revisional. A decisão não transita em julgado, ela estabiliza, mas os efeitos prosseguem. 
TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único.  Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Art. 306.  O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
Art. 307.  Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único.  Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
Art. 308.  Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
§ 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
§ 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Art. 309.  Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único.  Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
O objetivo não é antecipar efeitos do provimento, mas proteger pessoas, coisas e bens.
A tutela de eviêdencia são hipóteses fundadas em documentos ou matéria sumulada, que estão evidentes quanto ao direito de alguém.
Art.305 – fumus e periculum. 
§ único: se você pede uma tutela cautelar e o juiz entende que ela é antecipada, há a possibilidade do aproveitamento do ato processual, o juiz pode deferir. No cc de 73, era o contrário, quando você pedia antecipação de tutela, se o pedido na verdade fosse de natureza preventiva, ele podia deferir como cautelar. Agora o que está falando é o contrário. Porque era invertido? Lá no cpc 73 na antecipação de tutela, haviam os 5 requisitos. Se eu pedir uma antecipação com 5 requisitos, e o juiz pensou que era tutela cautelar, ela só tinha 2 requisitos. Como tinham 5 requisitos, havendo os 2 da tutela cautelar na antecipação de tutela, era possível deferir. Agora tem 2 requisitos nos 2, seja na tutela antecipada ou cautelar. Então pode fazer os dois. No cpc 73 eu não podia fazer isso, porque não teria demostrado os 5 requisitos. Não seria possível pedir tutela cautelar e o juiz deferir antecipação, mas o contrário era possível. Como houve essa inversão, uma vez instaurado o processo há a possibilidade da conversão de um pedido em outro. A fungibilidade não foi prevista de forma contrária, mas se você pode menos, você pode mais, então pode aplicar a fungibilidade em via contrária.
Art. 306 – pediu a cautelar antecedente, o próximo passo do processo é a decisão do juiz deferindo. Mas aqui não fala da liminar, fala do contraditório. O réu será chamado para contestar em 5 dias. Na antecipação de tutela prevê que o juiz defere a liminar, aqui não. Aqui fala de instrução sem decisão liminar, isso é estranho porque é urgência. Não havendo contestação, há efeito da revelia. Se contestado o pedido, você vai para o rito ordinário. Depois da sentença do pedido cautelar, tem 30 dias para entrar com o pedido principal. Esse instituto foi muito prejudicado, pois não fala sobre a liminar. O devido processo legal para esse processo fica prejudicado, já que ele prioriza o contraditório. Na prática, o contraditório deve existir depois da liminar, para a proteção das pessoas, provas e bens. 
TUTELA DA EVIDÊNCIA
A evidência é um instituto vinculado à prova para inverter o ônus da prova do processo. Ela é concedida independente do risco de dano. A diferença é que ela não precisa do periculum in mora. O fundamento é só o fumus. Há as hipóteses do deferimento. O contrato de depósito era um procedimento
especial. O objeto da ação é a restituição da coisa colocada em depósito. Eu tenho um contrato de depósito e requeiro a restituição da coisa colocada em depósito.
Aqui só cabe a liminar em duas hipóteses. Se tratando do contrato de depósito com prova documental escrita, ou se for matéria objeto de incidente de demandas repetitivas ou matéria de súmula vinculante.
Eles desmembraram os requisitos da antecipação de tutela aqui. É muito mais fácil entrar com a antecipação de tutela em tudo, porque é a única que regulamenta a liminar. 
29/03/17
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
Tem a ver com a conveniência e oportunidade da utilização das tutelas provisórias. Significa que o fato de você ter tutelas disponíveis para você não significa que esse seja o melhor caminho para você no processo. Saber usar as tutelas é fundamental para a celeridade do processo. Você precisa saber disso até para o ajuizamento da ação. 
A responsabilidade patrimonial diz respeito a afetação dos bens dos responsáveis pelos resultados do processo. Eu posso ser o devedor e o responsável pela dívida ou pode ser que os dois não se comuniquem ou que haja outro responsável também. Se o devedor é uma sociedade limitada, os sócios serão responsáveis excepcionalmente, não é em todos os casos (quando tem fraude ou abuso no contrato, por exemplo). Ser devedor é diferente de ser responsável pelo pagamento da dívida. 
Art. 591 do CPC 73 / art. 789 do ncpc: no caso de uso a sociedade, esta reponde com todo os seus bens presentes e futuros. Se você tem um processo existe a afetação patrimonial, mas a responsabilidade é regida pela lei. Dependendo do tipo societário que você tem, você tem um tipo de responsabilidade e um tipo de afetação diferente. 
Art. 790 do ncpc: quem é responsável pelo pagamento de dívida. O fiador é um responsável, mas não é um devedor, diferente do avalista. Porque quando você assina como fiador, quem será executado é o locatário e se ele não pagar o fiador é executado, há um benefício de ordem, ou seja, primeiro o devedor tem que ser executado e depois o fiador, necessariamente. A sua responsabilidade é subsidiária e não solidária como no caso do avalista. 
 Art. 790 ncpc, VII: desconsideração da personalidade jurídica hoje é um procedimento incidental, antes não era assim. O incidente é um antecedente lógico que afeta o processo principal. 
O que vamos falar a seguir não diz respeito a desconsideração da personalidade jurídica por que essa ideia é centrada na tentativa de evitar o ímpeto das pessoas da utilização indevida da pessoa jurídica. Então esse fato é só em casos específicos dispostos em lei. 
FRAUDE A EXECUÇÃO (art. 792 do CPC 15)
Art. 593 do CPC 73 
Traz o conceito de fraude à execução. Fraude à execução é um instituo de direito processual, de defesa do processo, portanto é um instituto de direito público para evitar que o processo seja usado para servir para uma das partes e não para as partes se servirem dele para obter um resultado. 
A fraude à execução é a fraude a futura execução, pode ocorrer desde o momento em que tenha um pedido condenatório. Quando ao tempo da alienação pendia um pedido condenatório, essa venda caracteriza fraude e a consequência é a ineficácia das alienações em relação a pessoa que ajuizou a demanda com pedido condenatório. Nesse caso você pode até pedir uma tutela protetiva para os bens e para que haja um resultado útil ao processo. Mas suponhamos que você não ficou sabendo que ele vendeu, aí na hora que começa a execução o oficial não acha nenhum bem. Descobre que o bem está na mão de outra pessoa. Todas as alienações serão ineficazes. A ineficácia é o efeito mais terrível, porque é a não produção de efeitos em relação a A que já tinha ação e em relação a B. A ineficácia só se dá em relação aquele que tem ação com pedido condenatório em relação a B. A fraude vai ocorrer quando os bens são vendidos A QUALQUER TEMPO após ajuizada a ação com pedido condenatório.
Se você estiver fase de execução, aí você vai pedir a penhora dos bens e não uma tutela. Sob a alegação de que a alienação do bem ocorreu sob fraude. 
No código de 73 só tinha que a analisar a data de ajuizamento da ação e a data da venda. 
No CPC 15 acrescentou algumas coisas em relação ao terceiro adquirente de boa-fé. Ficou mais difícil. A jurisprudência amenizava isso. Agora incluíram a ciência ao do terceiro lugar publicidade do ato para que haja uma possibilidade de o terceiro saber que pode ser que aquela alienação pode gerar uma fraude. 
Há a necessidade de cientificação do terceiro. Então toda vez que for vender, você tem que notificar o terceiro. A cientificação é para que o terceiro não possa alegar posteriormente que é adquirente de boa-fé. 
Se eu disser tenho um processo judicial contra mim, eu tenho uma afetação patrimonial. 
Começo do processo com pedido condenatório = tutela 
Já está nas fase executiva = penhora 
Art. 792: antes eram 3 hipóteses, agora são 5. 
Parágrafo primeiro é positivo. Diz qual é o efeito da fraude a execução. O efeito é a ineficácia, que não é a mesma coisa que nulidade. 
Diferentemente da fraude à execução, há um outro instituto que é a fraude contra credores, que é a repressão que ocorre a um ato fraudulento ocorrido no mundo dos contratos. Enquanto a fraude à execução ocorre dentro do processo de conhecimento. Um não tem nada a ver com o outro. 
A fraude contra credores ocorre quando a fraude é no mundo dos contratos e não no mundo do processo como a fraude à execução. É uma ação ordinária, ação pauliana ou revocatória na qual você vai ter que comprovar basicamente duas coisas: que houve o concilium fraudis (elemento subjetivo que consiste na comprovação de que uma pessoa se reuniu com a outra com a intenção de causar prejuízo à você) e eventum daminiz (consiste no dano efetivo). Você vai entrar com uma ação para comprovar que houve a intenção de causar prejuízo e o prejuízo de fato. Aí você vai pedir anulação do negócio e a restituição do bem ao patrimônio de B para que você possa entrar com a execução do contrato. (O negócio era entre A e B, aí B se reúne com C para te causar prejuízo. Os dois combinam que B vai passar o bem para CEARÁ enganar o A.)
Art. 794: para que o fiador fique desobrigado, tem que indicar bens que estejam, irresistível e desimpedidos, bem como na comarca em que o processo correr. O fiador não pode simplesmente indicar bens lá no Acre. Se só tiver bens no Acre, aí o fiador pode responder sem o benefício de ordem
Art. 795: qual lei? lei que rege o tipo societário específico. 
Se você tem fraude à execução você não vai entrar com incidente nenhum. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica é para outra coisa. A fraude à execução e uma consequência processual por você ter aleijado bens quando não podia. 
03/04/17
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Os procedimentos especiais existem porque a realidade da insuficiência do procedimento comum, não consegue o legislador fugir do único caminho a seu alcance, que é o de criar procedimentos outros cuja índole específica seja a adequação às peculiaridades de certos direitos materiais a serem disputados em juízo.
Além da criação de atos para a mais perfeita adequação do rito à pretensão da parte, os procedimentos especiais costumam inspirar-se em alguns outros objetivos, como, por exemplo:
Características:
1- Objeto definido
Isso não significa que nos procedimentos especiais não possa ampliar a discussão para o mérito, mas o objeto da demanda é o objeto do procedimento especial. Todo procedimento especial tem uma dupla regulação. O código civil e código de processo civil, porque o direito material define o instituto e o processo vai tratar de como eu faço para discutir essas situações específicas. O objetivo do processo é diferente do direito material, mas é fundamental saber as regras do direito material para ajuizar a ação de rito especial. Você tem um processo dedicado àquele direito especial. 
A regulamentação de uma das formas da extinção de obrigação pelo pagamento que é o objeto do pagamento em consignação.
Aqui há a oblatio e a designatio. Isso ocorre porque no processo ordinário não há a fase específica para esse procedimento. A primeira cosia que você tem que preocupar é se o depósito foi realizado no modo, forma e prazo previsto. Você tem que regulamentar uma forma para que o pagamento possa ser feito e seus efeitos sejam válidos, tendo força para extinguir a obrigação
A ação possessória discute-se se a posse é justa ou injusta. Ou seja, se ela foi adquirida com violência, precariedade ou clandestinidade. Você vai discutir se a posse for justa ou injusta. A tutela possessória tem um objeto definido.
2- Sumário
O seu procedimento é sumarizado, se eu tenho um processo para resolver uma questão específica, então eu não preciso estender o contraditório, o procedimento é mais célere. Simplifica-se e agiliza-se o processo com a concessão das liminares e a redução de prazos.
3- Liminares satisfativas
No cc de 73 o único lugar que tinha a possibilidade dessas liminares era nos processos especiais. Quando você fala que foi esbulhado pede-se a reintegração da posse e comprova os requisitos que a lei define em relação ao processo para que haja uma liminar. 
A doutrina tem falado que haverá cada vez mais a especialização de matérias, mas o prof. acredita que na verdade é o contrário, porque o que vem acontecendo cada vez mais é a ampliação dos poderes dos juízes e das partes, para haver uma adaptação ao procedimento ordinário para adequar às situações específicas. A tendência é que esses processos se adaptem ao procedimento ordinário. 
Nas liminares você tem que cumprir requisitos dos procedimentos especiais, mas não do procedimento ordinário. A escolha do rito é sempre uma faculdade. Se eu tenho direito a entrar com o rito especial e entro com o ordinário, não há nenhum prejuízo ao contraditório, mas o contrário não é possível. 
4- Efeito executivo imediato das decisões de 1º grau
O efeito executivo imediato das decisões de primeiro grau é o que deveria ter sido regulado na reforma do cpc para o procedimento ordinário. Era muito mais lógico esse efeito do que uma liminar satisfativa, que é uma execução provisória. Se o juiz já deferiu uma liminar no início do processo, faz muito mais sentido que a sentença possa dar o efeito executivo imediato, que vai ser dada só após a todos os meios de prova produzidos. Para dar a liminar, muitas vezes não tem elementos de prova suficiente e é uma decisão provisória que perdura por todo processo e é confirmada na sentença. Isso configura que a liminar, que é uma decisão provisórias, tenha mais força executiva que as decisões definitivas. 
Esse efeito executivo só existe nos processos especiais. 
Os procedimentos especiais são divididos em grandes duas partes, são os procedimentos especiais de jurisdição voluntária e contenciosa. Os de jurisdição voluntária não são consideradas processo, são consideradas apenas questões que precisa da chancela judicial. Não é contenciosa porque não tem conflito de interesses. Ex. venda de bens de incapaz. É vinculada a situações que passam pelo poder judiciário por essa questão precisar da fiscalização de um órgão neutro como o judiciário.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ANTES DE DEPOIS DO NCPC
Deixaram de existir:
No sistema do CPC de 2015 não mais existem procedimentos especiais para as ações de depósito, de anulação e substituição de títulos ao portador, de nunciação de obra nova, de usucapião e de oferecimento de contas. Todas estas, portanto, serão processadas segundo o procedimento comum.
· Ação de depósito -> não tem mais porque virou tutela de evidência, não precisando mais de comprovar o periculum in mora para obter a liminar 
· Anulação e substituição de título ao portador -> não existe mais, tem que seguir o rito ordinário. Ela era destinada a anular as ações das cias. Uma empresa emitia títulos e colocava em circulação e você comprava. Se eu perdesse esse título, eu deveria entrar com essa ação. Isso não ocorre mais porque se você compra uma ação isso é feito pelo computador, você compra pela corretora, mas você não porta esse título. Essa ação perdeu seu significado. Isso pode ser feito com um título de loteria por exemplo, alguém comprava para mim e eu ganhava, mas outra pessoa está portando o bilhete, ou eu perdi ele. Você faz um edital chamando o portador do título, o devedor é chamado como terceiro (ex. a caixa econômica). O detentor do título tem que apresenta-lo em juízo. Acabou com o procedimento especial, mas existe o procedimento ordinário para entrar com esse pedido.
· Ação de prestação de contas -> não existe mais como prestar contas, mas apenas exigir contar. Todo mundo que se encontra em uma situação de gestão patrimonial tem o dever de apresentar as contas. Eu que estou na gestão posso chamar a parte que eu estou administrando os bens e mostrar as contas. Isso é o contrário de exigir contas, para que o administrador mostre seus gastos, e parou de existir porque não há nada de especial nisso.
· Nunciação de obra nova -> não existe mais, ela dizia respeito às relações de vizinhança. Fala sobre obras realizadas no imóvel vizinho que repercutam em seu imóvel, você tem direito de embargar a obra alheia, para impedir que a construção continue. Tem cunho mais imediatista, para bloquear a construção. Você tinha o direito de opor razões pessoais e embargar a obra, você fazia a ratificação do embargo judicialmente, para confirmar o embargo extrajudicial que você havia feito. Ainda há a possibilidade de entrar com essa ação em processo ordinário, inclusive com pedido de tutela de urgência
· Usucapião -> deixou de existir porque a única coisa que ele tinha de especial eram os requisitos da inicial e uma audiência preliminar, que foi extinta no próprio cc de 73, então não faz falta nenhuma
· Venda à crédito com cláusula de reserva de domínio -> não existe mais, a reserva de domínio é uma cláusula especial que o Código Civil permite ser inserida no contrato de compra e venda de coisa móvel. Do descumprimento do pagamento do preço, total ou parcial, decorre a possibilidade, para o vendedor, de cobrar judicialmente as prestações vencidas e vincendas, bem como a opção de recuperar a posse da coisa vendida
Ainda existem:
· Ação de consignação em pagamento -> continua existindo
· Ação de exigir contas
· Ação possessória -> continua existindo
· Ação de divisão e demarcação de terras particulares -> continua existindo diz respeito à medição de uma área 
· Inventário e partilha -> está dentro do contencioso, mas pode não ser contencioso se houver consenso entre os herdeiros. É o maior livro dos procedimentos especiais
· Embargos de terceiro -> ação de terceiro para que ele tenha excluída a constrição judicial sobre seu patrimônio, quando esse patrimônio de quem não é parte do processo é atingido por ato praticado pelo juiz, ele tem essa opção
· Oposição -> deixou de ser uma das formas de oposição de terceiro
· Ação monitória -> continua
· Restauração de autos -> continua
Etc.
05/04/17
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO (arts. 539-549)
Quando você tem um direito regulamentada no procedimento especial você tem um direito material especial e um procedimento especial. É uma ação do devedor contra o credor, o devedor quer se liberar da obrigação e tem o direito de fazê-lo. 
No direito romano já existia a consignação:
- Oblatio: a oferta real da coisa
- Obsignatio: é a outra etapa da consignação, havendo a recusa do credor em receber a oferta real, uma vez observadas todas as suas solenidades, o devedor faz o depósito e alcança a extinção da obrigação
No direito romano, se o credor não quer receber o pagamento, você vai no pretor para falar que quer pagar tal pessoa (oblatio), se o credor se recusa a receber o juiz faz a consignação daquele valor, depósito da coisa (obsignatio)
Os delineamentos da consignação em pagamento no direito material: Como todo procedimento especial a consignação em pagamento encontra sua base no direito civil
Art.334 cc – depósito da coisa devida
A ordem jurídica, diante da impossibilidade do pagamento voluntário, põe à disposição

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