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Livro Eletrônico Aula 04 Conhecimentos Específicos (Parte de Administração) p/ SEAD-AP (Analista Administrativo) - Pós-Edital Carlos Xavier 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 1 113 Aula 04: Planejamento Estratégico e Tático; (parte 2) Sumário 1. Palavras iniciais. .......................................................................................................... 2 2. Análise do ambiente interno e externo. ...................................................................... 3 2.1. Análise do ambiente interno. .................................................................................................. 4 2.2. Análise do ambiente externo. ................................................................................................. 4 3. Diagnóstico organizacional: Matriz SWOT. .................................................................. 6 4. Vantagem competitiva: Modelo de Porter e Estratégias Genéricas. .......................... 14 4.1. O Modelo das 5 Forças de Porter. ......................................................................................... 14 4.2. As três estratégias competitivas genéricas. .......................................................................... 21 4.3. A cadeia de valor. .................................................................................................................. 24 5. Balanced Scorecard. .................................................................................................. 26 6. Administração por objetivos (APO). .......................................................................... 35 7. Redes e alianças. ....................................................................................................... 38 8. Resumo ..................................................................................................................... 41 9. Questões comentadas ............................................................................................... 48 10. Lista de questões. ................................................................................................... 87 11. Gabarito. .............................................................................................................. 112 12. Bibliografia Principal ............................................................................................. 113 127638 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 2 113 1. PALAVRAS INICIAIS. Oi pessoal! Mantendo um bom ritmo de estudos!? Espero que sim! Hoje vamos ter uma aula longa para estudar os seguintes assuntos: Análise do ambiente interno e externo, e mais detalhadamente a Matriz SWOT; Modelo Porter de estratégia competitiva; Balanced Scorecard; Redes e alianças. Veja aqui um resumo sobre o BSC: https://www.youtube.com/watch?v=tRXKK0ss0QQ Veja aqui um resumo sobre a Matriz SWOT: https://www.youtube.com/watch?v=4szi_ue_byc&t=32s Abraço e bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 3 113 2. ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO E EXTERNO. A análise ambiental faz parte do diagnóstico estratégico da organização, onde ela analisa e avalia os seus ambientes interno e externo, com o objetivo geral de melhor compreender sua relação com o ambiente. Neste sentido, Djalma de Oliveira (2012) afirma que a análise ambiental geralmente é utilizada sob dois enfoques: Para resolver algum problema imediato que exija alguma decisão estratégica e, nesse caso, a interação entre a empresa e o ambiente é em tempo real; Para identificar futuras oportunidades ou ameaças que ainda não foram percebidas claramente pela empresa, correlacionando a análise do ambiente à análise de cenários. Os componentes dessa análise estratégica fundamental são os obtidos através da Análise SWOT, que veremos um pouco mais à frente, nessa mesma aula: Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças áノYマà SWゲゲWゲがà W┝キゲデWマà ;┌デラヴWゲà ケ┌Wà Wゲデ;HWノWIWマà ;キミS;à ;à ミWIWゲゲキS;SWà SWà ゲWà キミIノ┌キヴà ラゲà さヮラミデラゲà ミW┌デヴラゲざàミ;à ;ミ=ノキゲWà ;マHキWミデ;ノがà ケ┌Wà Iラミゲキゲデキヴキ;マàWマà a;デラヴWゲàケ┌Wà ゲ?ラà キSWミデキficados internamente, mas que não se consegue classificar adequadamente como fortes ou fracos devido à ausência de informações adequadas para tal. Antes de chegar ao conteúdo sobre a Matriz SWOT de forma mais aprofundada, assim como das outras técnicas associadas à análise ambiental, vamos conhecer melhor a análise do ambiente externo e do ambiente interno. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 4 113 2.1. ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO. A análise do ambiente interno consiste em olhar para dentro da organização a procura dos fatores que podem facilitar (pontos fortes) ou dificultar (pontos fracos) o seu desenvolvimento, observando ainda os fatores identificáveis, mas sobre os quais não há clareza se são facilitadores ou dificultadores (pontos neutros). Nesse sentido, para estabelecimento dos pontos fortes, fracos e neutros, Djalma de Oliveira (2012) destaca que é preciso fazer a análise de diversos aspectos, dentre os quais: Funções a serem analisadas e desempenhadas pelas diversas áreas da empresa; Aspectos organizacionais; Abrangência dos processos estratégicos, administrativos e operacionais; Níveis de controle e avaliação Critérios de avaliação; e Obtenção das informações. 2.2. ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO. O grande objetivo da análise do ambiente externo é compreender a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como ter o pleno entendimento do posicionamento de seus produtos em relação aos mercados, tanto atualmente quanto em relação ao futuro desejado. Podemos dividir o ambiente externo em duas partes, para efeito de compreensão da influência que a organização pode exercer sobre ele: Ambiente direto, operacional ou de tarefa: consiste no conjunto de fatores que a organização tem condições não só de identificar, mas também de avaliar ou medir, de forma mais efetiva e adequada, o grau de influência recebido e/ou proporcionado. Exemplos: concorrentes diretos, fornecedores, distribuidores, clientes. Ambiente indireto, macroambiente ou ambiente conceitual: é aquele que inclui um conjunto de fatores identificados pela organização, mas que ela não tem condições, no momento, de avaliar ou medir o grau de influência entre as partes. Variáveis culturais, demográficas ou sociais são exemplos, nesse caso. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 5 113 Tenha em mente para a sua prova que o ambiente estáfora do controle da organização. Pode-se dizer apenas que o ambiente influencia a organização e que, por outro lado, a organização influencia o seu ambiente. O resultado desses fatores atuantes no ambiente externo se constitui em aspectos positivos ou negativos para a organização explorar. Em outras palavras estamos falando de oportunidades a serem maximizadas e ameaças a serem minimizadas pela organização. É comum dividir-se o ambiente ainda em: Ambiente natural: são os recursos naturais disponíveis para ou afetados pela organização, como ar, água, minerais, plantas e animais. Ambiente econômico: envolve a economia de forma global, os ciclos econômicos e de negócios, renda, inflação, etc. Ambiente Político-legal: leis, regulamentos, normas, governos, grupos de interesses organizados, etc. Ambiente social/sociocultural: pessoas de uma sociedade, seus valores, crenças, comportamentos, cultura, etc. o Incluem ainda as variáveis demográficas (ex.: crescimento da população, idade, renda, instrução, origem, etc.), que também podem ser consideradas como um ambiente separado - o ambiente demográfico. Ambiente tecnológico: inclui o conhecimento científico, pesquisas, invenções e inovações que atuem sobre a organização. Ambiente competitivo: inclui todas as organizações que possuem potencial para criar valor para o mesmo cliente. Apesar dessa divisão conceitual e da análise que se faz do ambiente externo, deve-se ter em conta que ele não é um conjunto estável de fatores e variáveis. Ao contrário, o ambiente é mutável, dinâmico e influenciado por diversas forças competitivas. Essas forças podem ser analisadas sob a ótica do tradicional Modelo de Porter, que abordaremos ainda nesta aula, um pouco mais à frente. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 6 113 3. DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL: MATRIZ SWOT. É fundamental destacar o papel da ferramenta SWOT para a análise do ambiente interno e externo da organização. Este é um dos temas mais cobrados dentro do assunto de estratégia em concursos públicos, então prestem atenção! O uso da análise SWOT em estratégia organizacional iniciou-se com professores da Universidade de Harvard, a partir da década de 1960, não havendo um registro único amplamente aceito sobre quem seria o principal autor desta ferramenta. Esta analise nada mais é do que uma consideração sistemática das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (elementos do macroambiente - ou ambiente geral - e microambiente - ou ambiente específico) com as quais as organizações têm que lidar em seus ambientes internos e externos, sendo uma ferramenta típica do planejamento estratégico. DWàラミSWà┗WマàWゲデWàミラマWàさ“WOTざいぁàN;à┗WヴS;SWがàデヴ;デ;-se de uma sigla, que em inglês significa: Strengths (forças) Weaknesses (fraquezas) Opportunities (oportunidades) Threats (ameaças) J=à ┗キà Wゲデ;à マ;デヴキ┣à ゲWヴà Iエ;マ;S;à SWà “LOTà ふさLざà ヮ;ヴ;à ノキマキデ;NロWゲぶà Wà FOFáà ふaラヴN;ゲがà ラヮラヴデ┌ミキS;SWゲがà fraquezas e ameaças) então associem estes nomes à matriz SWOT. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 7 113 Quanto aos seus elementos, quais deles pertencem ao ambiente interno e ao ambiente externo da organização?! É isto que podemos ver na tabela a seguir: Ambiente Interno Ambiente Externo Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças Grosso modo, podemos dizer que as forças e oportunidades são pontos positivos, enquanto as fraquezas e ameaças são pontos negativos. Esta simples classificação ajudará a responder muitas questões de concursos! Uma apresentação gráfica desta matriz que é muito utilizada é a seguinte: Vamos discutir algumas características básicas desta matriz! Oゲà WノWマWミデラゲà さaラヴN;ゲざà Wà さaヴ;ケ┌W┣;ゲざà ゲ?ラà キミデWヴミラゲà <à ラヴェ;ミキ┣;N?ラà Wà ヮラデWミIキ;ノマWミデWà ヮラSWマà ゲWヴà controlados por elas. As forças são os recursos, habilidades, posição de mercado, patentes, capital humano, além de outras competências distintivas - que distinguem a organização de suas concorrentes. As fraquezas, por sua vez, podem levar as organizações a um fraco desempenho, sendo exemplos importantes métodos de produção obsoletos, carência de recursos tecnológicos, política de incentivos inadequada, entre outros fatores. O ambiente externo, por sua vez, é composto por oportunidades e ameaças. Os fatores do ambiente externo não podem ser controlados pelas organizações, que devem atuar sobre suas forças e fraquezas para que possam explorar as oportunidades do ambiente e se proteger das ameaças. W S O T 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 8 113 Ainda não vi uma questão sobre o que vou falar, mas me preocupo, pois, um examinador mais ;デWミデラàヮラSWヴキ;àa;┣Wヴà┌マ;àケ┌Wゲデ?ラà;ゲゲキマàWàさケ┌WHヴ;ヴざàマ┌キデラゲàI;ミSキS;デラゲぎà Apesar de não poder controlar o ambiente externo, é preciso ter cuidado com uma coisa: e se a ケ┌Wゲデ?ラà a;ノ;ヴà Wマàさキミaノ┌WミIキ=┗Wノà ヮWノ;àラヴェ;ミキ┣;N?ラざいぁà Eノ;à ヮラSWà キミaノ┌WミIキ;ヴà ミラàáマHキWミデWà E┝デWヴミラいぁà Apesar de não haver clareza teórica sobre isto, uma compreensão mais ampla da administração estratégica faria com que possamos argumentar que sim. - Mas Professor Carlos Xavier!!! E se vier na minha prova, faço o que?! Resposta: Se puder entender que se trata de controle do ambiente externo, sempre considere errado. Agora vamos entender uma grande crítica que se faz à Matriz SWOT. Ela raramente é cobrada em provas, mas acho importante que você conheça para uma eventual questão discursiva: O problema central da ferramenta é que forças e fraquezas só poderiam ser definidas depois das oportunidades e ameaças, mas estas últimas também só existem em função de forças e fraquezas! A definição é circular! Vamos entender melhor... imagine: A empresa tem excelentes recursos de informática. Isto é uma força?! A empresa tem poucos profissionais com pós-graduação. Isto é uma fraqueza?! A resposta é: DEPENDE! Se, no primeiro caso, houver oportunidades no mercado para as quais a empresa precise de recursos de informática de ponta, teremos uma grande força na organização. Se a empresa for uma oficina de artesanato, em um ambiente estável, produzindo poucas peças, recursos de informática de ponta não farão nenhuma diferença. Já no segundo caso, imaginem um grande estacionamento numa capital, faturando milhões de reais por mês... e com um só funcionário no caixa! A ausência de funcionários com pós-graduação representa uma fraqueza?! Claro que não! Há alguma ameaça para se proteger ou oportunidade para aproveitar que necessite de funcionários pós-graduados?! Não! 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 9 113 Já vimos que as forças e fraquezas só podem ser definidas em função das oportunidades e ameaças. O problema é recíproco, quer ver!? No passado as pessoas precisavam (às vezes sem perceber...), de conectividade. Quando saiam do escritório, estavam isolados. Não havia tecnologia para este tipo de serviços. Havia aí uma oportunidade a ser explorada? Uma empresa gostaria de fornecer um serviço para concorrer com outra já existente no mercado. Apesar disto, a primeira empresa produtora detém nível de conhecimento técnico especialíssimo e único, que fará com que seu serviço não seja substituído pelo novo. No máximo, a nova empresapassará a fornecer para outros consumidores que, devido ao preço praticado pela primeira, não comprariam dela. Há ai alguma ameaça?! A resposta é não! E por que!? Porque a oportunidade e a ameaça só existem quando são reais para a empresa. Oportunidade sem uma força que exista ou uma fraqueza que possa ser superada não é oportunidade. Ameaça que não traga à tona uma fraqueza ou possa ser combatida com uma força não é ameaça! Entenderam como a definição é circular?! Esta é uma das principais críticas a respeito desta ferramenta! Como consequência da combinação de pares de elementos da Matriz SWOT, a organização pode encontrar-se em uma das seguintes posições em relação ao seu ambiente, devendo tomar as atitudes correspondentes: Alavancagem: Oportunidades + forças. Busca maximizar forças e utilizá-las para aproveitar oportunidades. Limitações/Restrições: Oportunidades + fraquezas. É quando a organização possui oportunidades a serem aproveitadas, mas suas fraquezas limitam este aproveitamento. Vulnerabilidades: Ameaças + forças. É quando há ameaças que tornam a organização vulnerável, mas que podem ser combatidas pelas forças existentes internamente. Problemas: ameaças + fraquezas. Acontece quando a organização está em um ambiente de dificuldades externas e não consegue combatê-las, estando com problemas pela frente... Olhe a combinação logo abaixo, com alguns exemplos hipotéticos de elementos identificados na matriz SWOT: 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 10 113 Perceba que, na combinação dos fatores positivos internos e externos teremos a alavancagem. A combinação dos fatores negativos internos e externos resulta em problemas. Por outro lado, a combinação positiva/negativa (em ambientes diferentes), gerará vulnerabilidades e limitações. Em resumo, é possível lembrar que esta combinação se estrutura da seguinte maneira: Dimensões: o Interna/Externa: Alavancagem Problemas o Positiva/negativa: Vulnerabilidades Limitações Além de saber disso, você precisa conhecer as estratégias que a organização deve adotar em cada caso. Estas posições estratégicas a serem adotadas serão consequências da existência da possibilidade de alavancagem, limitações, vulnerabilidades e problemas, sendo conhecidas como: Sobrevivência; Manutenção; Crescimento; Desenvolvimento A relação a ser memorizada para a prova é a seguinte: 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 11 113 O importante é decorar esta tabela, mas dou algumas dicas abaixo com o intuito de facilitar a memorização. Pense assim: 1. Quando o ambiente externo está predominantemente ruim, a vida é difícil! a. Se a organização estiver cheia de fraquezas, tudo estará ruim, e o grande foco será manter-se viva (sobreviver), concentrando-se na essência do negócio e aceitando sacrificar partes menos importantes da organização e do mercado! Imagine um pescador inexperiente ir pescar para sobreviver quando o mar está difícil... O foco dele é pegar os poucos peixes necessários para viver! b. Se a organização estiver cheia de forças, mesmo o ambiente externo estando ruim, ela conseguirá usar essas forças para manter-se como está no mercado. Em outras palavras, um pescador bom consegue ir pescar mesmo com o mar ruim. Ainda assim, conseguirá ter uma certa regularidade no resultado に dá para comer e ainda vende um pouco に dentro do normal. 2. Se o ambiente externo estiver bom, aí as coisas melhoram e a organização pode buscar algo a mais! a. Quando o mar está para peixe (oportunidades), até o pescador inexperiente consegue crescer o número de peixes que ele pega e vende! Em outras palavras, se o ambiente interno for de muitas fraquezas, ainda assim a organização poderá crescer no mercado, já que o ambiente externo é favorável. b. Se tudo estiver bom (forças+oportunidades), então a organização vai se desenvolver internamente e externamente. No exemplo, quando o pescador é bom, e o mar tem todo tipo de peixe, ele deve buscar se desenvolver em um pescador ainda melhor, aprendendo com a experiência, ao mesmo tempo em que crescem suas vendas に ops, sua pesca! =) 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 12 113 (CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo に Administração/2016) A matriz SWOT é uma ferramenta que possibilita ao gestor criar análises de cenário e embasar o planejamento estratégico da organização, além de auxiliá-lo na verificação da posição estratégica da empresa, posição essa que, segundo a matriz SWOT, pode ser classificada em manutenção, sobrevivência, crescimento ou desenvolvimento. Comentário: A Matriz SWOT é uma importante ferramenta para o diagnóstico da situação da organização, sendo amplamente utilizada no planejamento estratégico para verificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Com base na situação estratégica vigente a organização poderá estar em posição de manutenção, sobrevivência, crescimento ou desenvolvimento, assim como afirmado na assertiva! GABARITO: Certo. (CESPE/FUB/Administrador/2015) Considere que a UNICA tenha detectado a seguinte situação em seu processo de análise ambiental: qualificação insuficiente, na área de novas tecnologias de ensino, do corpo funcional de suas unidades localizadas no exterior. Nesse caso, considerando os conceitos da análise SWOT, há ameaça ao alcance dos objetivos da universidade. Comentário: UNICA, nesse caso, é o nome da organização utilizada de exemplo. A qualificação insuficiente é um problema interno, portanto uma fraqueza, e não uma ameaça, com base nos conceitos da Matriz SWOT. GABARITO: Errado. (CESPE/CGE-PI/Auditor Governamental/2015) A matriz SWOT ajuda uma empresa a usar suas próprias forças, diminuir fraquezas, aproveitar oportunidades e vislumbrar riscos ou ameaças ao seu negócio. Comentário: Questão bem objetiva sobre a matriz SWOT, falando sobre os seus elementos. A única coisa um pouco diferente é que ela fala em "riscos ou ameaças", o que não a torna errada, já que as ameaças realmente constituem riscos externos. GABARITO: Certo. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 13 113 (CESPE/TRE-GO/Analista Judiciário に Área Administrativa/2015) Considere que, em um tribunal regional eleitoral, haja pequena quantidade de profissionais com conhecimento profundo na área de direito eleitoral e que, nesse mesmo tribunal, seja feito um planejamento estratégico com uso de análise SWOT. Nessa situação, de acordo com os princípios desse tipo de análise, a carência de especialistas deve ser considerada uma ameaça ao cumprimento da missão do tribunal. Comentário: A carência de especialistas é um elemento negativo e interno da organização, constituindo uma fraqueza, portanto. GABARITO: Errado. Veja aqui um resumo sobre a Matriz SWOT: https://www.youtube.com/watch?v=4szi_ue_byc Bem, depois dessa explicação, vamos agora para o próximo tópico de nossa aula! 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 14 113 4. VANTAGEM COMPETITIVA: MODELO DE PORTER E ESTRATÉGIAS GENÉRICAS. A vantagem competitiva de uma organização só poderá ser alcançada quando ela possuapontos fortes que a possibilite encontrar uma posição na qual possa se defender das forças competitivas existentes no mercado ou influenciá-las ao seu favor, sustentando a sua estratégia. Para que as estratégias competitivas adequadas possam ser desenvolvidas, é importante que se proceda a análise estrutural das cinco forças competitivas presentes no ambiente organizacional. Apesar de desenvolvida originalmente para aplicação em segmentos industriais, esta ferramenta também pode ser utilizada em outros tipos de organização, como de serviços ou do setor público. A ferramenta básica para análise estrutural da indústria é a análise das Cinco Forças de Porter. Estas forças são as características estruturais básicas das indústrias que determinam a sua rentabilidade. A organização deve buscar encontrar uma posição em que possa se defender contra essas forças competitivas ou influenciá-las a seu favor, sustentando a estratégia. Devem-se considerar também, nesta análise, os pontos fortes e fracos da organização frente às oportunidades e ameaças presentes no ambiente. Apenas uma observação antes de seguirmos em frente: para evitar repetições desnecessárias, quando falar em produto, podem entender produto ou serviço, quando falar em uma indústria, podem entender como um setor, seja da área industrial ou de prestação de serviços. Vamos entender o Modelo das Cinco Forças, de Porter. 4.1. O MODELO DAS 5 FORÇAS DE PORTER. As cinco forças competitivas do modelo de Michael Porter são: 1. Ameaça de novos entrantes; 2. Ameaça de produtos substitutos; 3. Poder de barganha (ou negociação) dos clientes (ou compradores); 4. Poder de barganha (ou negociação) dos fornecedores; 5. Rivalidade entre os concorrentes atuais. Além destas cinco forças, devemos considerar ainda o papel dos governos sobre a dinâmica da indústria. Apesar disto, ele não deve ser considerado uma força em si, mas sim uma grande influência sobre todas as 5 forças. Apresento, a seguir, uma das várias formas comuns de se apresentar este modelo visualmente: 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 15 113 As cinco forças competitivas refletem o fato de que a concorrência em uma indústria não está ノキマキデ;S;à;ラゲàさIラミIラヴヴWミデWゲざàヮヴラヮヴキ;マWミデWàSキデラゲくà Clientes, produtos substitutos, novos entrantes em potencial e fornecedores podem todos ser considerados como concorrentes, podendo ter maior ou menor importância, a depender de cada IキヴI┌ミゲデ>ミIキ;くàPラヴデWヴàSWaキミWàIラミIラヴヴZミIキ;がàミWゲデWàゲWミデキSラがàIラマラàさヴキ┗;ノキS;SWà;マヮノキ;S;ざく Compreender bem este modelo é essencial para que possamos chegar às estratégias competitivas, pois os dois assuntos andam associados tanto na prática quanto nos concursos! Por isso, vamos aprofundar nosso conhecimento sobre cada uma das forças: FORÇA 1: Ameaça de novos entrantes Novas empresas, quando entram em um determinado setor, trazem mais capacidade produtiva e maior demanda por insumos. O consumidor passa a ter mais ofertas disponíveis no mercado e o fornecedor passa a contar com mais um cliente. Estes movimentos podem gerar, isoladamente ou em conjunto, tanto a redução nos preços do produto final quanto a inflação dos custos da indústria. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 16 113 Perceba que a ameaça de novos entrantes dependerá das barreiras de entrada que existam em determinado setor, juntamente com a reação que o novo concorrente pode esperar dos que já estão no mercado. Imagine se uma empresa vai desejar concorrer em um mercado se souber que, assim que entrar na disputa pelos clientes, as concorrentes atuais conseguirão bloquear seu acesso a insumos estratégicos, por exemplo; ou reduzir drasticamente seus preços para inviabilizar a lucratividade das operações da nova concorrente. O novo entrante teria que ter muito mais dinheiro para bancar o risco, não é?! Estes são alguns exemplos de barreiras de entrada! Segundo Porter, se as barreiras de entrada são elevadas, o recém-chegado pode esperar retaliação acirrada dos concorrentes na defensiva. Assim, por conta dessas barreiras, a ameaça real de entrada de uma nova concorrente no mercado será pequena. - E que barreiras de entrada são essas?! As principais fontes de barreiras de entrada são: 1. As economias de escala Quanto maior a produção, menor o custo unitário do produto. Em alguns setores isto se mostra mais presente que em outros. Em um estacionamento, por exemplo, quanto maior o número de vagas, o custo individual de administrar cada vaga cai drasticamente, bastando apenas um funcionário no caixa, independentemente do número de vagas, em alguns casos. Assim sendo, a presença de economias de escala força o novo entrante a ingressar com grande escala e arriscar retaliação das empresas já presentes (baixando os preços, por exemplo), ou a entrar com pequena escala e ter custos mais elevados que os concorrentes. Porter cita, como exemplo, que economias de escala na produção, pesquisa, marketing e serviços são provavelmente as principais barreiras de entrada no segmento principal da indústria de computadores. 2. Diferenciação do produto A diferenciação do produto nada mais é do que a vantagem que as empresas já estabelecidas têm em sua marca e a relação desenvolvida pelos consumidores com ela, de modo que pode haver um sentimento de lealdade em seus clientes que já foram alvo de esforços de publicidade, serviço ao consumidor, diferença de produtos, etc. Às vezes, o simples fato de ser o primeiro a entrar na indústria pode gerar diferenciação do produto! Como as empresas já estabelecidas já possuem um vínculo com o consumidor, novos entrantes em um mercado precisam realizar gastos adicionais para conseguir romper este vinculo e ganhar a lealdade dos consumidores. Percebe-se que, quanto maior a diferenciação dos produtos existentes no mercado, maior será a barreira de entrada para novos competidores, facilitando aos concorrentes já existentes a manutenção de suas posições competitivas. 3. Necessidades de capital A necessidade de investir grandes quantias de capital cria mais uma barreira de entrada para novos competidores, uma vez que eles terão que disponibilizar grandes vultos de recursos financeiros apenas para entrar no mercado. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 17 113 Esta afirmativa é especialmente forte quando se trata de dinheiro que não pode ser diretamente recuperado, como o gasto em publicidade e em pesquisa e desenvolvimento. Quanto maior a necessidade de capital para se ingressar em uma indústria, maior a barreira de entrada, uma vez que menos concorrentes em potencial terão o montante e a vontade de ingressar em um mercado nessa condição. 4. Custos de mudança Esta é uma barreira de entrada menos óbvia! Imaginem um mercado como o de softwares de computador para uso em escritório. Por mais que um software seja bom, para que o cliente troque para outro de uma nova empresa no mercado, haverá necessidade de treinamento na nova plataforma. Isto representa um custo para os clientes que desejam trocar de produto. Nessa condição, observa-se que há custos de mudança de produto para os clientes já estabelecidos. Assim, fica mais difícil eles escolherem comprar de um novo entrante no mercado. Percebe-se, deste modo, que novos entrantes terão que investir em treinamento para os clientes e aceitar que o mercado não se abrirá tão facilmente. De modo geral, os custos de mudança podem incluir custos de um novo treinamento, de equipamentos auxiliares, etc. Porter cita um interessanteexemplo, diferente do que mencionei: em soluções intravenosas e conjuntos para uso em hospitais, os procedimentos para ligar as soluções aos pacientes são diferentes entre os concorrentes, e os aparelhos para pendurar as ampolas não são compatíveis. Nesse caso, a mudança encontra grande resistência por parte da enfermagem responsável pela administração do tratamento e exige novos investimentos em tais aparelhos. 5. Acesso aos canais de distribuição Uma barreira de entrada importante existe quando os competidores atuais limitam o acesso aos canais de distribuição para os novos entrantes. Um caso interessante é o setor de bebidas. Você provavelmente já foi a um bar/restaurante, pediu uma cerveja ou refrigerante de determinada marca e teve que nos contentar com outro, do mesmo sabor, mas de marca diferente!? Isto se deve ao controle dos canais de distribuição, que dificulta não só a vida dos concorrentes atuais no mercado, mas também cria uma barreira para novos entrantes, que terão que investir fortemente para conseguir dissuadir os canais de distribuição exclusivos quanto a tal exclusividade. Além disso, quanto mais restrito o número de canais de distribuição, maior a barreira de entrada. 6. Desvantagens de custo independentes de escala. As empresas que já estão no mercado podem ter vantagens de custos impossíveis de serem equiparadas por entrantes em potencial, independentemente de eventuais economias de escala. Para Porter, os fatores mais importantes aqui são: a. Tecnologia patenteada do produto: quando as características do projeto são protegidas por patentes ou segredos. b. Acesso favorável às matérias primas: quando as empresas já estabelecidas fecham ou controlam o acesso a matérias primas. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 18 113 c. Localizações favoráveis: as melhores localizações para as empresas já foram pelos atuais concorrentes, deixando poucas oportunidades para que novos entrantes consigam maximizar seu valor com base na localização. d. Subsídios oficiais: em algumas áreas de negócio o governo dá subsídios a algumas empresas, o que pode lhes dar vantagens competitivas impossíveis de serem superadas por novos entrantes que não disponham de subsídios equivalentes. e. Curva de aprendizagem ou de experiência: em alguns negócios, há uma tendência observada de os custos unitários dos produtos caírem à medida que a empresa acumula mais experiência em sua produção. Um novo entrante não possui essa experiência acumulada, o que cria uma barreira de entrada em potencial. FORÇA 2: Intensidade da rivalidade entre os concorrentes existentes A rivalidade entre os concorrentes pode ser maior ou menor em um mercado, a depender da interação de vários fatores estruturais: 1. Concorrentes numerosos ou bem equilibrados: Quando existem muitas empresas no mercado a rivalidade tende a ser maior. O mesmo acontece quando existem poucas empresas, mas que estão em situação de equilíbrio de recursos aparentes e tamanho, pois elas podem estar inclinadas a lutar entre si por espaço e geralmente dispõem de recursos ヮ;ヴ;à┌マ;àさェ┌Wヴヴ;ざく 2. Crescimento lento da indústria: Com o crescimento lento do mercado as empresas no setor tendem a lutar ferozmente para conseguir sua parcela de participação no mercado. A intensidade da rivalidade é muito maior do que em mercados em grande expansão. 3. Custos fixos ou de armazenamento altos: Custos fixos altos fazem com que as empresas busquem reduzir seu preço para vender os produtos o mais rápido possível, o que mantém a rentabilidade do setor bastante baixa e a competitividade acirrada. 4. Ausência de diferenciação ou custos de mudança: Quando não há diferenciação entre os produtos a rivalidade é muito maior. O mesmo acontece quando não há custos de mudanças e os clientes podem mudar facilmente de uma empresa para outra. 5. Possibilidade de aumento da capacidade apenas por grandes incrementos: Isso significa que, em alguns setores, a capacidade só pode ser aumentada em grandes volumes. Imaginem um estaleiro naval com um dique. Ele pode produzir um navio por vez. Quando a demanda está alta, muitos estaleiros podem resolver aumentar (duplicar!) sua capacidade com um novo dique, o que rapidamente gera um aumento na capacidade total de produção do setor, produzindo um desequilíbrio no mercado e acirrando a competição. 6. Concorrentes divergentes: Concorrentes que tenham origens e formas de pensar muito diferentes podem não compreender a estratégia um do outro e permanecer em longas さH;デ;ノエ;ゲざà ヮラヴà ┌マà SWデWヴマキミ;Sラà マWヴI;Sラがà マWゲマラà ケ┌Wà Wゲゲ;ゲà ゲWテ;マà S;ミラゲ;ゲà ;à デラSラゲà ラゲà envolvidos. Observem que, neste caso, diferenças culturais que subsidiem as estratégias divergentes podem criar maior intensidade de concorrência! 7. Grandes interesses estratégicos: Quando empresas possuem interesses estratégicos maiores em algum mercado específico, ela irá lutar para permanecer nele, intensificando a 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 19 113 concorrência. Imagine que para uma empresa de sorvetes possuir barracas na praia de Copacabana seja estratégico, não só pelas vendas locais, mas sobretudo para reforçar sua imagem de marca junto a turistas de todo o Brasil. Assim, a empresa lutará para manter este mercado, seja por meio de preços abaixo do padrão, por subsídios diretos para os ┗WミSWSラヴWゲàS;ケ┌Wノ;àヴWェキ?ラがàヮラヴàIラミデヴ;デラゲàSWàW┝Iノ┌ゲキ┗キS;SWàラ┌àケ┌;ノケ┌Wヴàラ┌デヴ;àさ;ヴマ;ざàケ┌Wà possuir, dificultando a vida dos concorrentes! 8. Barreiras de saída elevadas: Barreiras de saída são fatores econômicos, estratégicos e emocionais que mantêm as companhias competindo em atividades mesmo que estejam obtendo retornos baixos, ou até negativos sobre seus investimentos. Alguns exemplos são: custos trabalhistas elevados se for fechar a empresa, ativos caros - mas específicos demais para serem vendidos por um bom preço, lealdade com os empregados, etc. FORÇA 3: Ameaça de produtos substitutos Esta força representa a possibilidade do produto fornecido pela empresa ser substituído por outro no mercado, com características similares. Os livros para concurso, por exemplo, podem ser substituídos por aulas on-line em PDF como esta que você está lendo agora! De forma geral, considera-se que, em termos amplos, todas as empresas em um setor estão competindo com seus substitutos. FORÇA 4: Poder de Barganha dos Clientes (ou poder de negociação dos compradores) Os clientes e compradores competem em um setor forçando os preços para baixo e diminuindo a lucratividade das empresas. Algumas situações levam ao aumento do poder de barganha dos clientes, tais como: 1. O cliente adquire grandes quantidades do total das vendas da empresa interessada; 2. Os produtos comprados representam grande parte do orçamento total dos clientes - assim eles buscam alternativas com mais cuidado; 3. Os produtos da indústria não se diferenciam e o cliente pode facilmente optar por outro; 4. O cliente tem poucos custos de mudança - pode mudar rapidamente de um produto para outro sem qualquer problema; 5. A firma compradora consegue poucos lucros em sua atividade, então procura ativamente reduzir ao máximo seus custos de compras; 6. Se os compradores produzem parcialmente ou podem produzir o produto comprado, eles estão em posição de negociar concessões - integração para trás; 7. Quando o produto da indústria não é importante para a qualidade dos produtos ou serviços para os quais sirva como insumo. Nesta condição, eles podem ser facilmente substituídos, por isto os compradores são mais sensíveis ao preço; 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos(Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 20 113 8. Quando o comprador tem total informação sobre as condições mercadológicas do vendedor, ele terá maior poder de negociação. FORÇA 5: Poder de Barganha dos Fornecedores (ou poder de negociação dos fornecedores) Os fornecedores podem exercer pressões sobre os participantes de uma indústria ao ameaçar elevar seus preços ou reduzir a qualidade do que ele fornece. Geralmente as condições que tornam os fornecedores poderosos se aproximam daquelas que dão poder de negociação aos clientes. Para os fornecedores, as condições que dão poder de negociação são: 1. Quando o setor do fornecedor é dominado por poucas companhias e é mais concentrado do que a indústria para a qual vende. 2. Quando o fornecedor não se vê obrigado a lutar com produtos substitutos para venda à mesma indústria; 3. Quando a indústria não é um cliente importante para o grupo fornecedor; 4. Quando o produto vendido pelos fornecedores é importante enquanto insumo para a indústria compradora; 5. Quando os produtos dos fornecedores são diferenciados ou há custo de mudanças para as indústrias compradoras; 6. Quando o grupo de fornecedores possui a capacidade de se integrar para frente, さWミェラノキミSラざàラゲàミWェルIキラゲàSWàゲW┌ゲàIノキWミデWゲく Tendo como base a análise estrutural da indústria e buscando criar uma posição defensável para que se possa enfrentar com sucesso as cinco forças competitivas, as organizações tendem a se posicionar de diferentes maneiras. Estes posicionamentos, entretanto, podem ser resumidos em três estratégias competitivas genéricas que podem ser adotadas pela organização, como veremos no próximo tópico. (CESPE/FUB/Administrador/2015) A universidade UNICA, instituição de grande porte, voltada à promoção do ensino, pesquisa e extensão de nível superior, que oferece cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento, planeja uma forma de se preparar para desafios atuais e futuros, decorrentes de alterações nos cenários econômico, social, político e mundial. Em função dessas alterações, algumas decisões já foram tomadas com base em estudos já desenvolvidos nas mais diversas áreas. Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 21 113 A existência de muitas instituições de ensino superior que atuam há muito tempo no mercado, o crescimento lento do setor de ensino superior e a pouca diferenciação nos serviços ofertados são fatores que impedem a entrada de novos concorrentes. Comentário: Questão interpretativa que pode ser resolvida com base no Modelo Porter. Para ele, as principais barreiras de entrada em um mercado são: economias de escala; elevada diferenciação; elevada necessidade de capital; elevados custos de mudança; dificuldades de acesso aos canais de distribuição; e desvantagens de custo independentes de escala (incluindo: tecnologia patenteada, acesso favorável às matérias primas, localizações favoráveis, subsídios oficiais, e curva de aprendizagem/experiência). Lembrando disso, você já veria com clareza que "pouca diferenciação" não é barreira de entrada em um mercado. Ao contrário, possibilita a entrada de concorrentes com mais diferenciação. De forma mais interpretativa, sabe-se que o número elevado de concorrentes aumenta a concorrência e o risco do mercado, mas não é barreira de entrada. O crescimento lento do mercado gera o mesmo efeito: as empresas têm que brigar firmemente por espaço, mas isso não impede novos entrantes. GABARITO: Errado (CESPE/BACEN/Analista に Gestão e Análise Processual/2013) Para Michel Porter, estratégia é a criação de um posicionamento único e de valor, que envolve atividades realizadas de maneira idêntica à de seus concorrentes. Comentário: A questão erra ao afirmar que a visão de posicionamento de valor de Porter está associada a fazer as coisas de maneira idêntica aos concorrentes, quando na verdade o que se busca é fazer as coisas de uma maneira específica, diferente dos concorrentes, para manter uma posição defensável no mercado. GABARITO: Errado 4.2. AS TRÊS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS GENÉRICAS. Ao enfrentar as diferentes forças competitivas que vocês já estudaram nesta aula, as organizações podem adotar diferentes estratégias competitivas. Na verdade, todas as estratégias competitivas eficazes podem ser enquadradas em uma das três estratégias competitivas genéricas apontadas por Porter: 1. Liderança no custo total; 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 22 113 2. Diferenciação; 3. Enfoque (ou foco) As três estratégias genéricas, consideradas em função da vantagem estratégica principal e do alvo estratégico adotado, estão apresentadas a seguir: Vamos entender um pouco melhor cada uma das estratégias genéricas? Liderança no custo total Essa estratégia se tornou muito popular na década de 1970 com a popularização do conceito de curva de experiência... Vocês se lembram do conceito geral de curva de experiência? Segundo ele, as empresas passariam a produzir com menor custo unitário ao passo que adquirissem maior experiência no mercado! Deste modo, a estratégia de liderança em custo total (ou simplesmente liderança em custo), consiste em orientar a organização para que consiga liderar em custo dentro de sua indústria. A empresa deve ter instalações em escala ótima, perseguir a redução de custos pela experiência, controlar custos, etc. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 23 113 O tema central de toda esta estratégia é reduzir o seu custo, para que possa liderar a indústria neste aspecto, mantendo seu espaço no mercado e combatendo eficientemente as cinco forças competitivas. Diferenciação Esta estratégia genérica consiste em criar aspectos do produto que sejam considerados únicos pelo cliente, não havendo qualquer comparação no mercado. Segundo Porter, os métodos para essa diferenciação podem assumir muitas formas, como projeto ou imagem de marca, tecnologia, peculiaridades, serviços sob encomenda, rede de fornecedores e outros. Enfoque A estratégia de enfoque está centrada não na vantagem estratégica a ser obtida frente à indústria, mas no alvo estratégico. Esta estratégia baseia-se na premissa de que a empresa é capaz de atender seu alvo estratégico estreito (ou específico) mais efetiva ou eficientemente do que os concorrentes que estão competindo de forma mais ampla. Sob esta estratégia a empresa busca atender as necessidades específicas de um público alvo, atingindo suas fontes principais de satisfação. Por conta disso, geralmente os clientes de nicho estão dispostos a pagar um pouco mais que os clientes em geral para que a organização atenda suas necessidades. Mesmo que ela não atenda o mercado como um todo, considera-se que, no segmento específico do enfoque, ela atinge uma ou ambas das estratégias já mencionadas. Isso porque, além do "enfoque" genérico, podem existir estratégias de enfoque específicas: 1) enfoque com liderança em custo (dentro do nicho a empresa busca atuar com o menor custo); 2) enforque com diferenciação (a empresa busca lançar um produto com características únicas e exclusivas para ser aquela que melhor atende às necessidades do consumidor dentro do nicho). (CESPE/FUB/Administrador/2015) Situação hipotética: O público-alvo da UNICA é altamente sensível a preços, isto é, aos valores que investe em sua formação acadêmica.Em função disso, a universidade decidiu adequar-se internamente para atuar de forma ampla na formação acadêmica, com base na estratégia genérica mais adequada a essa situação. Assertiva: Nesse caso, a universidade adotou a estratégia da diferenciação. Comentário: 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 24 113 Se o público é altamente sensível aos preços, para adequar-se ao público a universidade deve buscar realizar mudanças internas que baixem os seus custos, para que seus preços possam ser reduzidos. Trata-se da estratégia genérica de liderança em custo. GABARITO: Errado 4.3. A CADEIA DE VALOR. áà I;SWキ;à SWà ┗;ノラヴà Yà マ;キゲà ┌マà キマヮラヴデ;ミデWà IラミIWキデラà デキヴ;Sラà Sラà ノキ┗ヴラà さV;ミデ;ェWマà CラマヮWデキデキ┗;ざà SWà Michael Porter. O estabelecimento da vantagem competitiva acontece quando a organização encontra uma posição na qual ela possa se defender das forças competitivas existentes no mercado ou influenciá-las ao seu favor, sustentando a sua estratégia. Um importante conceito para que a empresa possa entender e estabelecer sua vantagem competitiva é o pleno conhecimento de sua cadeia de valor, que relaciona as diversas atividades de importância estratégica para a empresa. A ideia é conseguir perceber que diferentes áreas da organização podem agregar valor às suas atividades. Estas áreas podem ser divididas em dois grandes grupos: Atividades primárias: são as atividades relacionadas com a elaboração do produto da empresa, sua comercialização e disponibilização (entrega) para o cliente. Atividades de apoio: são aquelas que dão sustentação ao funcionamento das atividades primárias e também a si próprias. Para Porter (1989), as atividades primárias e de apoio podem ser divididas em categorias padronizadas aplicáveis em qualquer indústria, sendo que as categorias podem ser subdivididas em novas áreas a depender do setor de atuação da empresa. Vamos ver quais são as atividades aplicáveis a toda a indústria, segundo Porter: Atividades primárias: o Logística interna o Operações o Logística externa o Marketing e vendas o Serviço Atividades de apoio: o Aquisições o Desenvolvimento de tecnologia o Gerência de Recursos Humanos o Infraestrutura da empresa 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 25 113 Vamos ver como Porter apresenta a referida cadeia de valor em uma figura: Fonte: Porter (1989) Nesta figura, as linhas tracejadas nas atividades de apoio de recursos humanos, tecnologia e aquisições indicam que elas se relacionam com as várias áreas primárias, podendo gerar valor em cada uma delas isoladamente. A infraestrutura da empresa, por sua vez, não possui linha tracejada, uma vez que ela dá suporte para o funcionamento de todas as atividades primárias em conjunto. As atividades primárias, por sua vez, agregam valor à organização com base em seu próprio funcionamento interno, sempre tendo em conta a estratégia estabelecida. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 26 113 5. BALANCED SCORECARD. O Balanced Scorecard (BSC) é uma importante ferramenta para a gestão estratégica. Ele consiste no desdobramento dos objetivos estratégicos e a visão de uma organização em indicadores de desempenho para o monitoramento estratégico, ligando o planejamento estratégico à gestão do dia a dia organizacional. Seu principal objetivo é a implementação da estratégia no dia-a-dia organizacional através do estabelecimento de objetivos e indicadores para todos os envolvidos. Esta ferramenta parte do princípio de que as medidas financeiras tradicionais não captam a totalidade do esforço organizacional na busca de objetivos futuros. Para os autores desta ferramenta (Kaplan e Norton), questões financeiras e não financeiras podem servir como medidas de desempenho. Até mesmo os sistemas de mensuração organizacionais podem exercer forte influencia sobre os gestores e os empregados! De outro modo, podemos definir Balanced Scorecard como um sistema de integração da gestão estratégica de curto, médio e longo prazo, traduzindo visão de futuro, missão e estratégia organizacional em indicadores e metas em diferentes perspectivas, atribuíveis a cada indivíduo, de forma integrada. Ele vai além dos modelos tradicionais voltados apenas para as medidas financeiras da organização. Trata-se de um modelo moderno que dá a devida importância aos indicadores financeiros, como o retorno sobre o investimento, o lucro por ação e a margem de contribuição, mas também considera outras perspectivas estratégicas para a organização, num total de quatro, nesta ordem: Perspectiva financeira Esta perspectiva, que também pode ser chamada de perspectiva do acionista, considera que os indicadores financeiros são medidas objetivas para acompanhar como as ações estratégicas (desdobradas dos objetivos de longo prazo) contribuem para o resultado da organização. Busca relacionar os objetivos de longo prazo com metas e indicadores de curto e médio prazo, a serem monitorados estrategicamente em busca do sucesso da organização. Geralmente é nesta perspectiva que se encontram os principais objetivos organizacionais de uma empresa - de retorno ao acionista. Kaplan e Norton afirmam que é na perspectiva financeira que se encontram duas estratégias básicas: crescimento da receita (com mais receitas de novos produtos, mercados ou clientes, ou ampliação dos atuais) e produtividade (redução dos custos associados às atividades atuais). Organizações públicas e sem fins lucrativos raramente têm objetivos centrais na perspectiva financeira, que geralmente representa, para estas organizações, uma restrição e não o foco. Perspectiva do cliente Possui relação com as definições sobre os mercados e segmentos nos quais a organização resolve atuar. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 27 113 Nesta perspectiva a organização deve traduzir em indicadores aquilo que é importante para os seus clientes, agregando valor. Indicadores normalmente relacionados nesta perspectiva possuem relação com satisfação, retenção, captação e lucratividade dos clientes. De outra forma, é possível enquadrar os interesses dos clientes em quatro categorias: prazo, qualidade, desempenho e serviços. As organizações públicas e sem fins lucrativos geralmente têm foco em seus públicos-alvo, que se encontram, tradicionalmente, nesta perspectiva. Discutiremos um pouco mais sobre isso ao longo da aula. Perspectiva dos processos internos Nessa perspectiva estão os processos que devem servir de base para as demais, sendo a essência operacional da organização. A perspectiva deve refletir os processos organizacionais que exercem impacto sobre a satisfação do cliente e os resultados da organização, agregando valor para clientes e acionistas. Incluem medidas relativas à inovação nos processos, às operações e aos serviços pós-venda. Perspectiva da aprendizagem e crescimento (ou inovação). Aqui se encontra a capacidade de aprender da organização, por meio de novos sistemas, procedimentos, treinamentos, etc. Em outras palavras, essa perspectiva se relaciona com os indicadores de melhorias contínuas na organização em termos de capacitação do pessoal e dos sistemas, de motivação, de competências, etc. É aqui que se encontram os principais ativos intangíveis da organização, classificados em (KAPLAN; NORTON, 2004):1) Capital humano (habilidades, talento e conhecimentos dos empregados); 2) Capital da informação (bancos de dados, sistemas da informação, redes e infraestrutura tecnológica); 3) Capital organizacional (cultura, liderança, alinhamento dos empregados, trabalho em equipe e gestão do conhecimento). Inclui alguns indicadores como rotatividade dos funcionários, nível de satisfação do funcionário, lucratividade por funcionário, capacitação e treinamento dos funcionários, participação dos funcionários com sugestões para redução de custos ou aumento de receitas. Apesar de essas quatro perspectivas representarem o padrão original para aplicação do BSC, seus autores previram que elas devem ser adaptadas para cada realidade, incluindo-se ou retirando-se perspectivas, ou mudando o seu sentido original. Além disso, a ordem de apresentação das quatro perspectivas é importante, mas também pode ser adaptada a cada caso. A título de exemplo podemos imaginar organizações no setor público substituindo a perspectiva financeira por uma perspectiva de custos, ou de recursos necessários. Esta perspectiva, em organizações do setor público e sem fins lucrativos, raramente será tida como o objetivo final da organização, mas sim como uma restrição para que os objetivos principais sejam atingidos. A perspectiva do cliente, no setor público, poderia ser substituída por perspectiva do cidadão, do público interessado, dos participantes, etc. Geralmente é nesta perspectiva que está o foco principal deste tipo de organização, que deverá incluir a perspectiva dos públicos interessados e dos participantes. É uma visão moderna, alinhada com o modelo de administração pública gerencial. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 28 113 Como vimos, para efeito de adaptação do modelo, o nome das perspectivas pode mudar, mas o importante é que a ideia central de cada uma delas seja adaptada. Em concursos, geralmente se pede o nome das perspectivas tradicionais, mas nunca se sabe.... Tenha atenção! Por conta dessas diversas perspectivas, o BSC capacita a organização para que ela possa acompanhar os resultados financeiros, ao mesmo tempo em que monitora o progresso do desenvolvimento dos diversos tipos de ativos intangíveis necessários para um bom desempenho. O BSC considera tudo, tanto o tangível quanto o intangível! Outro ponto importante sobre o BSC é saber que Kaplan e Norton apontaram a existência de três pessoas na organização que desempenham um papel crítico para a implementação de sucesso do BSC: O arquiteto - alto executivo que é designado responsável pela construção do BSC e sua inclusão ao sistema gerencial da organização - devendo ter a capacidade de educar a equipe e orientar o processo de tradução da estratégia em indicadores; O agente de mudanças - é um representante do executivo principal, tendo como papel moldar as ações de rotina decorrentes do novo sistema gerencial; O comunicador - pessoa responsável por conquistar o apoio e a adesão de todos os membros da organização quanto ao novo sistema gerencial a ser implantado com o BSC. Como vimos, a proposta do BSC é centrada sobre os principais processos gerenciais da organização relacionados à elaboração e implementação da estratégia, como planejamento dos recursos, orçamentos e relatórios. Observem que, para esta ferramenta, a visão de futuro e a missão, além da estratégia e a alocação dos recursos vêm de cima para baixo na organização. Já a implementação, a inovação, o feedback e a aprendizagem fluem de baixo para cima! - OK, E para que serve o BSC? As principais funções do BSC são: 1. Esclarecer e atualizar a estratégia; 2. Divulgar a estratégia de toda a empresa (comunicar!); 3. Alinhar as metas das unidades e dos indivíduos com a estratégia; 4. Conectar os objetivos estratégicos às metas de longo prazo e aos orçamentos anuais; 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 29 113 5. Identificar e alinhar as iniciativas estratégicas; 6. Conduzir avaliações do desempenho periódicas para conhecer melhor a estratégia. Para que a organização consiga utilizar o BSC com eficácia e atingir suas funções, alguns princípios devem ser observados: 1. Princípio 1: Traduzir a estratégia em termos operacionais A estratégia deve se desdobrar em metas e estas devem se decompor em indicadores específicos para que a empresa possa ser administrada estrategicamente. Este princípio traduz a integração entra a estratégia e os níveis tático e operacional da organização. 2. Princípio 2: Alinhar a organização à estratégia Toda a organização deve estar alinhada à estratégia. Até mesmo a estrutura organizacional deve ser estruturada em função da estratégia a ser adotada. 3. Princípio 3: Transformar a estratégia em uma atividade do dia a dia de todos. A estratégia da organização precisa ser comunicada com eficácia para todos os membros da organização, de modo que cada um a compreenda e possa contribuir para que a estratégia seja concretizada. Assim como nos princípios anteriores, trata-se de uma integração da organização à estratégia. 4. Princípio 4: Estratégia é um processo contínuo. Todos os membros da organização devem entender que a estratégia é um processo contínuo, e não estanque. As estratégias são definidas, implementadas, monitoradas, corrigidas, melhoradas... E todos tem seu papel para que a estratégia funcione! O acompanhamento deve ser contínuo e o estabelecimento de reuniões de monitoramento, encontros e momentos para verificação do andamento da estratégia facilita a ligação entre a estratégia e o dia-a-dia organizacional. 5. Princípio 5: Mobilizar as mudanças através da liderança executiva. Como o ambiente está em constante mudança e a estratégia, enquanto processo contínuo, está sempre buscando se adaptar, é fundamental a mobilização da liderança executiva para equilibrar a tensão entre a mudança necessária para que a estratégia seja cumprida e a estabilidade necessária para o dia-a-dia organizacional. Existem quatro processos gerenciais básicos envolvidos na elaboração do BSC: 1. Tradução da visão: busca a construção do consenso no esclarecimento da visão de futuro da organização, vindo logo após a elaboração da própria visão. O BSC permite a clara expressão da visão e sua tradução em indicadores e objetivos integrados. 2. Comunicação e ligação (comunicação e conexão): consiste na educação e comunicação sobre metas específicas, de cima para baixo na estrutura organizacional. Recompensas passam a ser ligadas aos indicadores de desempenho. 3. Planejamento dos negócios: busca integrar o plano de negócios com o plano financeiro, definindo prioridades e alocando recursos para que os objetivos sejam atingidos. 4. Feedback e aprendizado: a organização recebe informações sobre o próprio desempenho e aprende em tempo real, o que facilita a revisão da estratégia, caso seja necessário. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 30 113 Podemos dizer ainda que o BSC é composto pelos seguintes elementos: O mapa estratégico: descreve a estratégia através dos objetivos relacionados entre si e distribuídos entre as quatro perspectivas. Os objetivos estratégicos: define o que a organização quer alcançar. Os indicadores: buscam medir e acompanhar o sucesso da estratégia organizacional. As metas: se referem ao nível de desempenho ou a taxa de melhorias que tem que ser realizadas para que os objetivos sejam alcançados; Os planos de ação: relatam as ações práticas necessáriaspara que se alcancem os objetivos estratégicos organizacionais. Tendo os componentes e as perspectivas em mente, é fundamental que se elaborem dois documentos para o sucesso na implementação do BSC: 1. O Mapa Estratégico; 2. O Painel de Desempenho / Painel Estratégico. Vamos estudar melhor cada um deles?! O Mapa Estratégico O mapa estratégico busca estabelecer uma relação de causa e efeito que conecta os resultados desejados com os seus vetores, impulsionadores, ou temas - que podem levar ao resultado pretendido. Estas relações buscam tornar claros os vínculos mais significativos das relações estabelecidas entre os objetos centrais localizados em cada perspectiva do BSC. As relações de causa e efeito podem ser claramente identificadas pelas setas do mapa. Para ilustrar, localizei um mapa estratégico parcial levantado em uma pesquisa sobre uma grande empresa feita por Igarashi et al. (2007): 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 31 113 Veja como a leitura deve ser feita de baixo para cima, indicando com clareza a relação de causa- efeito. Percebam ainda que o efeito final que se busca é o lucro, dentro da perspectiva financeira (isso nas organizações com fins lucrativos, pois no setor público o que se busca é a satisfação do cliente-cidadão)! Um detalhe que deve ser observado é que este mapa estratégico apresentado por Igarashi et al (2007) encontra-se com as perspectivas ordenadas fora do padrão tradicional, pois os autores resolveram adaptá-las. A ordem tradicional, de cima para baixo, seria: perspectiva financeira, clientes, processos internos, e aprendizagem e crescimento. O Painel de Desempenho / Painel Estratégico Enquanto o mapa estratégico mostra a relação de causa e efeito entre diferentes objetos do mapa, o painel estratégico, enquanto quadro de bordo da estratégia, busca traduzir em metas, indicadores e ações os objetivos estratégicos e sua localização no mapa estratégico. Este documento é de grande importância para deixar claro a toda a organização o papel de cada um na implementação da estratégia com o uso do BSC. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 32 113 A mesma pesquisa mencionada anteriormente (IGARASHI et al., 2007) apresenta um destes painéis (parcial) como consequência da elaboração do mapa estratégico: Note que este painel considerou apenas alguns dos vetores abordados pelo mapa estratégico e seus objetivos relacionados, buscando traduzi-los em metas, indicadores e ações a serem tomadas. Perceba ainda que a ordem das perspectivas também foi adaptada. A ordem tradicional, de cima para baixo, seria: financeira, clientes, processos internos, aprendizagem e crescimento. Além disso, esse mapa está incompleto, pois foi elaborado com base em informações de uma empresa real, que não quis divulgar toda a sua estratégia. Em um mapa real, espera-se que haja desdobramentos em metas, indicadores e ações para cada um dos objetivos estratégicos e temas identificados no mapa estratégico. Para que compreendamos bem o BSC é preciso que entendamos ainda quais os processos internos que agregam valor na visão de Kaplan e Norton (2004), que são os seguintes: Processos de gestão operacional: são processos ligados ao dia a dia do funcionamento da organização. Kaplan e Norton (2004) apontam que até quatro processos podem estar envolvidos 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 33 113 aqui abastecimento (desenvolver relacionamento com fornecedores), Produção dos produtos e serviços, distribuição aos clientes e gerenciamento dos riscos. Processos de gestão de clientes: são os processos ligados ao gerenciamento dos clientes como ativo das empresas. Envolvem a seleção de clientes, sua conquista, retenção e crescimento (cultivo de relacionamentos duradouros pós-venda). Processos de inovação: permitem o desenvolvimento de novas soluções. Incluem os processos de identificação de oportunidades de novos produtos e serviços, gerenciar o portfólio de P&D (pesquisa e desenvolvimento), projetar e desenvolver novos produtos e serviços, e lançar novos produtos e serviços no mercado. Processos regulatórios e sociais: estão mais ligados à necessidade das empresas conquistarem continuamente sua legitimidade de operar nas comunidades e sociedades onde atuam. Seus desempenhos nesses processos incluem impactos gerados para os stakeholders nas seguintes dimensões: meio ambiente, segurança e saúde, práticas trabalhistas, investimentos na comunidade. Cada um dos processos mencionados pode ser desdobrado em outros, fazendo com que haja centenas de processos contribuindo para a geração de valor nas organizações. (CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo に Administração/2016) Com a finalidade de trabalhar medidas de desempenho necessárias ao cumprimento dos objetivos organizacionais, o gestor pode utilizar o balanced scorecard para visualizar um conjunto de fatores críticos de sucesso por meio de diferentes perspectivas. Comentário: O Balanced Scorecard (BSC) permite a visualização de fatores de sucesso em diferentes perspectivas, comumente: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento. Esta ferramenta de gestão estratégica permite o planejamento, implementação e controle da estratégia por meio da medição do desempenho de cada um desses fatores em um painel de desempenho. GABARITO: Certo. (CESPE/CGE-PI/Auditor Governamental/2015) Um dos objetivos para a implantação do balanced scorecard em uma empresa é a criação de indicadores estratégicos nos processos organizacionais. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 34 113 Comentário: Realmente, o BSC objetiva a criação de indicadores para melhorar o desempenho da organização, considerando sua estratégia traduzida para o dia-a-dia! GABARITO: Certo. (CESPE/CGE-PI/Auditor Governamental/2015) O balanced scorecard determina as iniciativas ou os planos de ação a ser implantados para que os objetivos estratégicos da organização sejam atingidos. Comentário: O BSC faz isso através do painel de desempenho! Está certo! GABARITO: Certo. (CESPE/TRE-GO/Analista Judiciário/2015) Uma das vantagens trazidas pelo emprego do balanced scorecard é a possibilidade de se alinharem os objetivos individuais com os objetivos estratégicos da organização. Comentário: De fato, o BSC possibilita o alinhamento das ações individuais na organização à estratégia organizacional. GABARITO: Certo. 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 35 113 6. ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS (APO). A administração por objetivos faz parte da abordagem neoclássica da administração, tendo surgido na década de 1950 pelas mãos de Peter Drucker. Sua ideia central consiste em focalizar os objetivos da organização, ou seja, seus resultados, ao invés dos meios administrativos utilizados para atingi-los. Nela, a alta administração busca fixar objetivos claros para a organização com base no que é requerido pelo acionista. Esses objetivos são desdobrados para todos os níveis organizacionais de forma a criar elos entre os objetivos individuais e os organizacionais. Deve-se destacar, entretanto,que na fixação dos objetivos de cada indivíduo é importante que haja comum acordo entre o indivíduo e seu gestor, para que possa haver compromisso na realização desses objetivos. Por essa razão a APO é um processo que funciona, ao mesmo tempo, de cima para baixo e de baixo para cima. De forma geral, para compreender a APO, é preciso entender que ela busca dar um salto, saindo da preocupação com a eficiência (voltada para os processos) e enfatizando a eficácia na busca pelos objetivos (o seu atingimento). Neste sentido, para a melhoria do desempenho dos indivíduos, departamentos e organizações, a APO considera que é preciso seguir os seguinte princípios básicos: Objetivos específicos: objetivos específicos melhoram mais o desempenho do que objetivos genéricos. Assim, é importante que a organização seja o mais específica possível no que diz respeito aos objetivos a serem atingidos por seus funcionários, departamentos e pela organização como um todo; Prazo: é preciso que seja definido o prazo específico para o atingimento de cada objetivo. A não definição de prazos faria com que os indivíduos não se esforçassem para atingir o que se busca. Feedback: trata-se da retroação necessária ao indivíduo sobre o seu desempenho em relação aos objetivos fixados. Sem feedback, o funcionário fica sem saber se está indo no caminho correto ou não! Hoje em dia já se sabe que o feedback autogerenciado tende a gerar melhorias ainda mais importantes sobre o desempenho do que o que é gerenciado por terceiros! É importante destacar que, no seu inicio, a APO era tida como bastante autocrática, pois a prática organizacional de sua implementação envolveu objetivos fixados pelos gerentes sem a concordância dos funcionários, do topo até a base. Esses funcionários eram posteriormente cobrados pela realização desses objetivos, que muitas vezes eram irrealistas e tidos como impossíveis de ser realizados, o que gerava um clima organizacional bastante negativo. Hoje em dia, administrar por objetivos também é um processo que envolve a fixação de objetivos para os subordinados pela gerência. Mas, além disso, esses objetivos devem ser de comum acordo com o funcionário, para que possa haver maior comprometimento. Assim, a APO passa a ser considerada participativa, servindo de base para a avaliação do desempenho humano e para uma melhor motivação e desempenho do pessoal. Existem diferentes modelos que explicam como funciona a APO hoje em dia nas organizações. As diferenças são pequenas, então resolvi trazer para vocês um mais amplo, que congrega diferentes 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 36 113 atividades e que funciona de maneira participativa para a avaliação de desempenho dos funcionários com base em objetivos: 1. Formulação de objetivos em consenso: trata-se do primeiro passo para a realização da avaliação participativa por objetivos. Os objetivos a serem atingidos pelo funcionário não são impostos de cima para baixo, mas sim negociados entre gerente e funcionário. Perceba como esta ideia traz em si conceitos modernos de motivação, como os da Teoria de Fixação de Objetivos e os da Autoeficácia. 2. Comprometimento do pessoal quanto ao alcance dos objetivos ficados: quando disse que os objetivos devem ser formulados em consenso, quer dizer consenso de verdade! Os funcionários e os gerentes tem que concordar de fato com o que está sendo combinado. Não cabe ao gerente coagir o funcionário para que este assine um papel concordando com os objetivos se, na verdade, este não está comprometido com os mesmos. O processo de negociação e aceite dos objetivos em consenso busca fazer com que o funcionário se comprometa no seu íntimo em alcança-los. Assim, ele certamente se motivará mais para a busca dos resultados. A Teoria da Fixação de Objetivos é uma boa referência para explicar isso. Além dela a Autoeficácia também se faz presente, pois o funcionário só concordará e entrará em consenso com um objetivo se acreditar que possui a capacidade para atingi-lo, o que demonstra autoeficácia, melhorando, por si só, o desempenho; 3. Negociação com o gestor para a alocação de recursos necessários para o alcance dos objetivos: uma vez definidos os objetivos a serem atingidos com a aceitação e comprometimento do funcionário, deverá haver uma negociação entre o gestor e o funcionário quanto aos recursos a serem alocados para a realização dos objetivos. Neste sentido, os recursos representam os meios para atingir os fins fixados, podendo ser de diversos tipos, como treinamentos, verba para viagens, máquinas e equipamentos, etc.. Imagine uma situação na qual seja fixado o objetivo de vender 100 aviões de uma nova linha, em um ano, para um vendedor da EMBRAER. Para vender este tipo de produto, ele deve possuir conhecimento técnico e recursos para viajar em busca de compradores em potencial. Se estes recursos não estiverem disponíveis, o objetivo não poderá ser atingido! Por isso, é papel do gestor proporcionar o apoio e recursos necessários para que os objetivos possam ser alcançados; 4. Desempenho: é a realização do trabalho pelo funcionário no sentido de atingir os objetivos consensuais fixados. Para Chiavenato (2010) o aspecto principal do sistema de APPO está aqui. O funcionário deve escolher livremente a estratégia pessoal a ser utilizada para alcançar os objetivos, com autonomia e liberdade para conduzir o trabalho da forma que achar mais apropriada. O papel do gerente não é o de impor e controlar o trabalho do funcionário, mas sim o de oferecer aconselhamento e orientação, sempre com foco nos objetivos a serem atingidos. 5. Contínuo monitoramento e comparação dos resultados com os objetivos fixados: é nesta etapa que os resultados vão sendo medidos conforme vão sendo obtidos, o que possibilita o acompanhamento do esforço empreendido e dos resultados alcançados. É importante que a ferramenta de medição apresente resultados reais e que, sempre que possível, o próprio avaliado acompanhe seu resultado. Neste caso, o papel do gestor é ajudar o funcionário em sua autoavaliação, isto é, a comparação do desempenho real com o fixado inicialmente. É preciso considerar a possibilidade de ajuste de ações e metas para que o 98796054204 - Luiz Fernando Prof. Carlos Xavier Aula 04 Conhecimentos específicos (Parte de administração) p/ SEAD-AP (Analista に Administração) www.estrategiaconcursos.com.br 37 113 desempenho realmente seja bom. Note que fica cada vez mais clara a aproximação desta metodologia com a Teoria da Fixação de Objetivos da motivação; 6. Retroação intensiva e contínua avaliação conjunta: trata-se de um dos aspectos mais importantes do sistema APPO. É aqui que o funcionário deverá receber informações sobre como está caminhando para o atendimento dos objetivos fixados. Além disso, ele deve receber suporte de comunicação para reduzir dissonâncias entre o que ele percebe e a realidade. O foco estará no aumento das consistências informacionais. Com base nas informações repassadas e no monitoramento contínuo, o funcionário avaliará em conjunto com o seu gerente a relação esforço realizado/desempenho obtido. De forma muito parecida pensa Chiavenato (2011) que diz que a APO trabalha dentro do seguinte esquema: 1. Gerente e subordinado se reúnem, discutem, negociam e em conjunto formulam os objetivos de desempenho para o subordinado. Objetivos, metas e resultados são negociados entre eles. A formulação de objetivos é consensual e participativa. 2. A partir daí, o gerente se compromete a proporcionar apoio, direção e recursos para que o subordinado possa trabalhar eficazmente orientado para o alcance de objetivos. O gerente cobra resultados e garante os meios e recursos (treinamento, habilidades, equipamentos etc.) para que o subordinado possa alcançá-los.
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