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Estruturas para Pontes UNa

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Aula 1
Engº Sérgio Augusto R. A. Affonso
sergio.affonso@prof.una.br
Pontes 
Fonte: UNEMAT, 2018
Bibliografia
▪ Marchetti, Osvaldemar Pontes de concreto armado / Osvaldemar Marchetti. – 2. ed. – São Paulo : Blucher, 2018. 246 p.
▪ Pontes [recurso eletrônico] / Fernanda Dresch... [et al.] ; [revisão técnica : André Luís Abitante]. – Porto Alegre : SAGAH,
2018. Editado também como livro impresso em 2018. ISBN 978-85-9502-483-0 1. Engenharia civil. 2. Pontes. I. Dresch,
Fernanda.
▪ Freitas, Moacyr de Infra-estrutura de pontes de vigas: distribuição de ações horizontais: método geral de cálculo/
Moacyr de Freitas. – São Paulo: Blucher; Mauá: Instituto Mauá de tecnologia, 2001
▪ HELENE, Paulo (ed.); Manual de Reabilitação de Estruturas de Concreto: Reparo, Reforço e Proteção. São Paulo: Red
Rehabilitar, São Paulo, 2003. 718p.
▪ PFEIL, Walter. Pontes em Concreto Armado: Elementos de projeto, Solicitações, Superestrutura. 3. Ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1983b.
▪ Alonso Urbano Rodriguez. Exercícios de Fundações – 3.ed – São Paulo: Blucher, 2019. 218p
▪ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.
Rio de Janeiro, 2014. 238p.
▪ DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT. Manual de Inspeção de Pontes rodoviárias.
2ª Ed. Rio de Janeiro, 2004a. 253p.
Pontes 
❑ Ponte é uma construção destinada a estabelecer a continuidade de uma via de qualquer natureza. Nos casos
mais comuns, a via é uma rodovia, uma ferrovia, ou uma passagem para pedestres. O obstáculo a ser
transposto pode ser de natureza diversa, e em função dessa natureza são associadas às seguintes
denominações:
Ponte - quando o obstáculo é constituído de curso de água
ou outra superfície líquida como, por exemplo, um lago ou
braço de mar.
Viaduto - quando o obstáculo é um vale ou uma via.
Fonte: UNEMAT, 2018
Pontes 
❑ Particularidades das pontes com relação aos edifícios
Ao se comparar as pontes com os edifícios, pode-se estabelecer certas particularidades das pontes em
relação aos edifícios. Estas, podem ser agrupadas da seguinte forma:
a) Ações - devido ao caráter da carga de utilização das pontes, torna-se necessário considerar o efeito
dinâmico das cargas, e devido ao fato das cargas serem móveis, além de verificar a possibilidade de fadiga
dos materiais, entre outros.
b) Processos construtivos - em razão da adversidade do local de implantação, que é comum na construção
das pontes, existem processos de construção que, em geral, são específicos para a construção de pontes.
c) Composição estrutural - a composição estrutural utilizada nas pontes difere da empregada em edifícios,
em razão da carga de utilização, dos vãos a serem vencidos, e do processo de construção.
d) Análise estrutural - na análise estrutural existem simplificações e recomendações em função da
composição estrutural, como por exemplo, o cálculo da estrutura em grelha considerando elementos
indeformáveis na direção transversal.
Pontes 
As pontes em sua maioria, sob o ponto de vista funcional, podem ser divididas em três partes principais: 
▪ Infraestrutura: também chamada de fundação, é a parte da ponte por meio da qual são transmitidos ao terreno de
implantação da obra, rocha ou solo, os esforços recebidos da mesoestrutura. Por exemplo: blocos, sapatas, tubulões,
estacas, etc.
▪ Mesoestrutura: constituída pelos pilares, é o elemento que recebe os esforços da superestrutura e os transmite à
infraestrutura, em conjunto com os esforços recebidos diretamente de outras forças solicitantes da ponte, tais como
pressões do vento e da água em movimento. Por exemplo: pilares, encontros, pilares- encontros, muros de ala, etc.
▪ Superestrutura, composta geralmente de lajes e vigas principais e secundárias, é o elemento de suporte imediato do
estrado, que constitui a parte útil da obra, sob o ponto de vista de sua finalidade.
❑ Elementos constituintes
Fonte: UNEMAT, 2018
Pontes 
❑ Denominações conforme a seção longitudinal
▪ Comprimento da ponte (também denominado de
vão total) - distância, medida horizontalmente
segundo o eixo longitudinal, entre as seções
extremas da ponte;
▪ Vão (também denominado de vão teórico e de
tramo) - distância, medida horizontalmente, entre
os eixos de dois suportes consecutivos;
▪ Vão livre - distância entre as faces de dois suportes
consecutivos;
▪ Altura de construção - distância entre o ponto mais
baixo e o mais alto da superestrutura;
▪ Altura livre - distância entre o ponto mais baixo da
superestrutura e o ponto mais alto do obstáculo.
Fonte: UNEMAT, 2018
Pontes 
❑ Obras complementares
▪ Encontros: são elementos de transição entre a estrutura da ponte e o terrapleno, e têm a dupla função, de
suporte da ponte, e de proteção do aterro contra a erosão. Devem ser, portanto dimensionados para resistir
às reações verticais e horizontais da superestrutura, e também ao empuxo do aterro. São muito utilizados
quando há o perigo de destruição da saia do aterro em virtude da erosão provocada pelas cheias.
Encontro com ala lateral monolítica com a parede frontal 
Fonte: UNEMAT, 2018
Pontes 
❑ Obras complementares
Encontro com muro frontal e ala em retorno
Fonte: Tensar, 2019 
Pontes 
❑ Obras complementares
▪ Placas de transição ou laje de transição: tem por função acompanhar o assentamento do terreno quando este for muito
recalcável. Uma extremidade da placa apoia-se num console curto linear ao longo da transversina extrema ou cortina e a
outra extremidade apoia-se no terrapleno.
Fonte: UNEMAT, 2018
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme o material da superestrutura
Ponte de madeira
Fonte: Estado de Rondônia, 2019Fonte: Ecopontes, 2018
Ponte de concreto armado
Pontes de Concreto 
❑ Classificação conforme o material da superestrutura
Ponte de aço ( metálica)
Fonte: Pref. de Penápolis, 2014 Fonte: Steelmast, 2019
Ponte mista – concreto/ aço
Pontes 
❑ Classificação conforme o material da superestrutura
Ponte de concreto protendido
Fonte: Zanollin, 2018 
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme o comprimento
▪ Galerias (bueiros) – em geral de 2 a 3 metros, 
podendo ser maiores; 
▪ Pontilhões - de 3 a l0 metros; 
▪ Pontes - acima de l0 metros. 
Galeria
Pontilhão
Obs: esta classificação pode variar um pouco, de acordo com as diversas bibliografiasFonte: Estado de Rondônia, 2019 
Fonte: Pref. de Guarani das Missões, 2019 
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme o comprimento
▪ Galerias (bueiros) - são obras completamente ou parcialmente enterradas que fazem parte do sistema de drenagem,
permanente ou não, das vias, ou são obras destinadas a passagens inferiores.
Galeria
Fonte: El Debs e Takeya
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme o comprimento
Ainda, 
▪ Pontes de pequenos vãos – até 30 
metros; 
▪ Pontes de médios vãos – de 30 a 80 
metros;
▪ Pontes de grandes vãos – acima de 80 
metros. 
Ponte Arthur Ravenel Jr, EUA
Fonte: HDR, 2017
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme a natureza do tráfego principal
Ponte Rio Niterói 
▪ Pontes rodoviárias
Segunda Ponte – Brasil/ Paraguai
Fonte: JP news, 2018 Fonte: HDR, 2017
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme a natureza do tráfego principal
Ponte ferroviária Hight Bridge, EUA 
▪ Pontes ferroviárias
Fonte: engenhariacivil, 2016
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme a natureza do tráfego principal
Ponte rodoferroviária de Marabá, sobre o Rio Tocantins.
▪ Pontes rodoferroviárias (mistas)
Fonte: Conexão E, 2016
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme a natureza do tráfego principal
Fonte: Globo, 2015
▪ Pontes Aeroviárias
Aeroporto Schkeuditz, na Alemanha, os
aviões que utilizam o aeroporto local,
devido à falta de espaço no terreno do
aeroporto, tem que taxiar nestas
condições, antes da decolagem ou
depois do pouso.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme a natureza do tráfego principal
Fonte: NCEE, 2018▪ Pontes Navegáveis
Um exemplo de ponte navegável é o canal-ponte sobre
o Rio Elba que une a rede de canais da ex- Alemanha
Oriental com a da Alemanha Ocidental, como parte do
projeto de reunificação de ambas, desde a queda do
muro de Berlim. Com seus 918 m de comprimento, a
ponte-canal é tida como um primor da engenharia,
tendo consumido 68.000 m3 de concreto e 24.000
toneladas de aço. Comporta 132 mil toneladas de água
em sua calha de 34 m de largura e 4,25 m de
profundidade e deve resistir até mesmo a terremotos.
Antes desta magnífica obra, os navios precisavam dar
uma volta de 12 km pelo rio, atravessando eclusas
antiquadas, o que significava perda de horas de viagens.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, conforme a natureza do tráfego principal
Fonte: Folha do Acre 2017
▪ Passarelas (pontes para pedestres)
Fonte: ArchDaily, 2018
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o desenvolvimento em planta do traçado:
▪ Pontes retas (esconsas e ortogonais): como o próprio nome diz, são aquelas que apresentam eixo reto. Em 
função do ângulo que o eixo da ponte forma com a linha de apoio da superestrutura, estas pontes podem 
ser divididas em ortogonais (quando este ângulo é de 90°), e esconsas (quando este ângulo é diferente de 
90°).
Fonte: UNEMAT, 2018
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o desenvolvimento em planta do traçado:
▪ Pontes curvas: são aquelas que apresentam o eixo, em planta, curvo. 
Fonte: Zona de Risco, 2015
Ponte Anita Garibaldi, em Laguna/SC
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o seu desenvolvimento altimétrico: 
▪ Pontes retas: horizontal e em rampas; 
▪ Pontes curvas: tabuleiro convexo e tabuleiro côncavo 
Fonte: UNEMAT, 2018
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o seu desenvolvimento altimétrico:
Fonte: Magnus Mundi, 2018
▪ A “Eshima Ohashi Bridge” é uma ponte de concreto,
com duas pistas, em rampa e com tabuleiro convexo,
sobre o lago Nakaumi, no Japão. É a maior ponte de
concreto armado do Japão e a terceira maior do
mundo.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Pref. Blumenau, 2016
▪ Ponte em laje: É um sistema estrutural destituído de qualquer vigamento, geralmente adotada para pequenos 
vãos (no máximo 15 m), proporciona:
Seção transversal da ponte em laje maciça
Seção transversal da ponte em laje alveolar
➢ Pequena altura de construção;
➢ Grande resistência à torção; 
➢ Grande resistência ao fissuramento; 
➢ Simplicidade e rapidez de construção; 
➢ Boa solução para obras esconsas. 
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Tramo único
▪ Pontes em vigas: é o tipo estrutural é o mais empregado atualmente no Brasil:
a) Vigas simplesmente apoiadas sem balanços: 
Viga
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
▪ Pontes em vigas: é o tipo estrutural é o mais empregado atualmente no Brasil:
a) Vigas simplesmente apoiadas sem balanços:
Sucessão de tramos
A sucessão de tramos simplesmente apoiados é usualmente empregada nas pontes em que se utiliza o processo construtivo
com vigas pré-moldadas. As vigas simplesmente apoiadas sem balanços se constituem num tipo estrutural relativamente
pobre, pois imposto um determinado vão, existem poucas possibilidades de melhorar a distribuição dos esforços. Em razão
disto, os vãos empregados com este tipo estrutural, dificilmente ultrapassam a casa dos 50 metros.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: ArquiEXpo, 2016
▪ Pontes em vigas: é o tipo estrutural é o mais empregado atualmente no Brasil:
Sucessão de tramosTramo único
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Vitório, 2002
Este tipo estrutural possibilita uma melhor distribuição de esforços solicitantes, pois ao introduzir momentos negativos nos
apoios haverá uma diminuição dos momentos positivos no meio do vão. O comprimento do balanço deve ser fixado de
forma a se ter uma boa distribuição de esforços, atendendo, no entanto às condições topográficas. Como valor inicial, em
fase de pré dimensionamento, pode-se adotar para o comprimento do balanço um valor igual à cerca de 15% a 20% do
comprimento da ponte. Devem ser evitados balanços muito grandes para não introduzir vibrações excessivas nas suas
extremidades.
b) Vigas simplesmente apoiadas com balanços 
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Vitório, 2002
Quando o comprimento da ponte pode ser subdividido em vãos parciais, o esquema de vigas contínuas, aparece como
solução natural. Se não houver restrições de ordem urbanística, topográfica ou construtiva, deve-se fazer os vãos extremos
cerca de 20% menores que os vãos internos de forma que os máximos momentos fletores sejam aproximadamente iguais,
resultando assim uma melhor distribuição das solicitações.
c) Vigas contínuas
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Vitório, 2002
A viga Gerber, pode ser entendida como derivada da viga contínua, na qual são colocadas articulações de tal forma a tornar o
esquema isostático, e como consequência disto, não receberá esforços adicionais devidos aos recalques diferenciais dos
apoios. As vigas Gerber podem também ser entendidas como uma sucessão de tramos simplesmente apoiados com balanços
e de tramos suspensos. Vistas desta maneira, as pontes de vigas Gerber possibilitam alternativas construtivas bastante
interessantes.
e) Vigas Gerber
Possibilidade construtiva de viga Gerber
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Vitório, 2002
A superestrutura é formada por duas lajes, uma superior e outra inferior, interligadas por vigas longitudinais e transversais, 
possuindo como vantagem, a grande rigidez à torção. 
d) Pontes com estrado celular ( viga caixão) 
Seção transversal de um estrado celular
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Landi, 2016
Os pórticos são formados pela ligação das vigas com os pilares ou com as paredes dos encontros, caracterizando a
continuidade entre esses elementos em substituição às articulações, promovendo a transmissão dos momentos fletores da
superestrutura para a infraestrutura. Neste tipo estrutural, parte da flexão da viga é transmitida para os pilares,
possibilitando a redução dos momentos fletores na superestrutura à custa da flexão da infraestrutura.
e) Ponte em pórtico
Ponte sobre o Rio D’ouro - Portugal
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: GM, 2018
f) Ponte em arco
O arco é um tipo estrutural que tem um
comportamento interessante, pois apresenta a
possibilidade de ter os esforços de flexão reduzidos em
função da sua forma. No caso de arcos de concreto,
essa possibilidade de redução da flexão resultando na
predominância da compressão, é adequada ao
material. Atualmente o emprego das pontes em arco é
bem menor que no passado, principalmente devido ao
avanço da tecnologia do concreto protendido, que
ampliou os vãos franqueados às pontes em viga, e que
até então eram exclusivos dos arcos. Em contrapartida
ao bom comportamento estrutural do arco, tem-se o
alto custo da construção das fôrmas e do cimbramento,
o que tem justificado a redução do emprego deste
sistema estrutural.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Leme&Ribas , 2017
f) Ponte em arco
Vantagens
❑ Ultrapassagem de grandes vãos, sendo que o principal fator limitante
para a construção de pontes em arco com vãos maiores é a
resistência das fundações aos esforços horizontais. Quanto maior o
vão, maiores serão os esforços que as fundações deverão absorver;
❑ Comprovada eficiência estrutural: o concreto é um componente
importante que suporta de forma eficaz os esforços predominantesde compressão nas extremidades do arco;
Desvantagens
❑ Elevado custo: tanto em relação à concepção do projeto estrutural,
quanto para construção;
❑ O método construtivo adotado exige técnicas mais sofisticadas de
execução e, consequentemente, mão-de-obra mais especializada.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Leme&Ribas , 2017
f) Ponte em arco - classificação
a) Pontes em arco superior (tabuleiro inferior)
As pontes em arco superior são mais empregadas
em terrenos planos. Os arcos são projetados de
forma isolada, porém, entre eles deve haver um
sistema de contraventamento para evitar as
inclinações laterais e garantir a estabilidade do
conjunto. Os empuxos são transmitidos do tabuleiro
para o arco através dos tirantes ou pendurais que
trabalham significativamente às tensões de tração.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: UNEMAT , 2019
f) Ponte em arco - classificação
Pontes em arco intermediário
Neste sistema, os arcos são engastados em
blocos de fundação de grande rigidez e os
empuxos do tabuleiro são absorvidos pelos
tirantes que trabalham à tração e pelos
montantes que trabalham à compressão,
geralmente situados próximos às regiões de
acesso. Tanto neste sistema, como no sistema
de arco inferior, ocorrem grandes esforços
horizontais na base do arco, o que torna
imprescindível a existência de um excelente
terreno de fundação.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: WORDPRESS, 2017
f) Ponte em arco - classificação
Pontes em arco inferior
Em se tratando de materiais maciços, este é o
sistema estrutural mais antigo do mundo,
pois, constituiu, no passado, a única solução
para vencer grandes vãos, principalmente em
vales profundos e em regiões montanhosas. A
princípio, eram utilizados os arcos de tímpano
cheio em alvenaria de pedra. Modernamente,
os tímpanos são vazados e os empuxos são
absorvidos através dos montantes que
trabalham à compressão.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: elektsolar, 2017
g) Ponte estaiadas
Nas pontes estaiadas de concreto,
normalmente, apenas o tabuleiro é de
concreto. Este esquema estrutural, é
normalmente empregado para vãos
muito grandes e bastante utilizado no
exterior, sendo a sua utilização no Brasil,
até o presente momento, bastante
reduzida. Os sistemas de estaiamento se
diferem na disposição dos cabos ao
longo do pilone (ou torre), podendo ser
configurados sistemas em leque, semi
leque e em harpa.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Vitório, 2017
g) Ponte estaiadas – sistema em leque 
O sistema em leque é caracterizado por concentrar os estais no topo do pilone e, deste ponto único, partir com esses
elementos até atingir o ponto desejado de ligação com o tabuleiro. Este sistema apresenta algumas dificuldades para o
detalhamento da região de concentração dos estais no pilone, uma vez que as ancoragens exigem um espaço físico
mínimo para instalação dos estais. Muitas vezes, a quantidade de estais é grande e as dimensões da torre são reduzidas
para comportar todas as ancoragens.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da 
superestrutura:
Fonte: Vitório, 2017
g) Ponte estaiadas – sistema em semileque
O sistema semileque
consiste na distribuição
dos estais ao longo do
trecho superior do
pilone.
Pontes 
❑ Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Vitório, 2017
g) Ponte estaiadas – sistema em harpa 
O sistema em harpa se notabiliza por apresentar uma distribuição dos estais ao longo de todo o comprimento da torre,
fazendo com que os estais tenham a mesma inclinação e conferindo simetria ao sistema.
O sistema semileque ou semi-harpa é o mais utilizado no Brasil e consiste na distribuição dos estais ao longo do trecho
superior do pilone. O sistema apresenta algumas vantagens técnicas em relação ao outros dois. Em relação ao sistema em
harpa, este sistema permite explorar maiores inclinações dos estais em relação ao tabuleiro, deixando estes elementos
estruturalmente mais eficientes e, portanto, mais econômicos. Já em relação ao sistema de leque, a maior vantagem está na
facilidade de acomodação das ancoragens e uma maior facilidade executiva para o pilone.
Pontes 
Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Ecopontes, 2017
g) Ponte pênseis ou suspensas 
As pontes penseis são um sistema estrutural onde o
tabuleiro contínuo é sustentado por vários cabos
metálicos atirantados ligados a dois cabos maiores
principais, denominados cabos portantes parabólicos,
que, por sua vez, se interligam às torres de
sustentação. A transferência das cargas mais
importantes às torres e às ancoragens em forma de
pendurais é feita simplesmente por tração. O
vigamento metálico do tabuleiro pode ser uma treliça
ou em caixão celular e deve possuir elevada rigidez à
torção. Os cabos portantes parabólicos ancoram-se
profundamente no encontro ou maciço de concreto e
não possuem praticamente nenhuma rigidez à flexão, o
que leva o conjunto a ter um comportamento de
instabilidade aerodinâmica, principalmente perto de
aeroportos.
Pontes 
Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Ecopontes, 2017
g) Ponte pênseis ou suspensas 
Esquema de uma ponte pênsil: 
1 – viga metálica; 
2 – cabo portante; 
3 – pendurais de suspensão no cabo portante;
4 – torres de apoio do cabo portante
Pontes 
Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Ecopontes, 2017
g) Ponte pênseis ou suspensas 
Esquema de esforços atuantes na estrutura de uma ponte pênsil 
Pontes 
Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Ecopontes, 2017
g) Ponte pênseis ou suspensas - O desastre da ponte Tacoma Narrows
❑ O mais famoso exemplo de instabilidade aerodinâmica
numa ponte suspensa, é o da ponte de Tacoma Narrows,
em Washington, Estados Unidos, que veio a colapsar no dia
07/11/1940, alguns meses depois de ser inaugurada.
❑ As vibrações eram sempre transversais ao tabuleiro entre
os pilares e provocados por ventos em torno de 7 Km/h.
Surpreendentemente, após um vento de aproximadamente
70 Km/h, surgem constantes oscilações, onde um
afrouxamento da ligação do cabo de suspensão norte ao
tabuleiro faz a ponte entrar num modo de vibração
torcional.
❑ A oscilação rapidamente atinge os 35° e os pilares atingem
deflexões de cerca de 3,6 m no topo, cerca de 12 vezes os
parâmetros de dimensionamento.
Esquema da atuação do vento e da oscilação da ponte
Tacoma. Os ventos que atingiam a ponte causavam uma
oscilação na pista, devido à força vertical que era exercida
sobre os cabos e pilastras de sustentação da ponte.
Pontes 
Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Mauá, 2017
g) Ponte pênseis ou suspensas - O desastre da ponte Tacoma Narrows
❑ Essa situação não se alterou
muito durante cerca de uma
hora, até que às 11:00 h. se
desprende um primeiro pedaço
de pavimento e às 11H10 a
ponte entra em colapso, caindo
no rio.
❑ Técnicos afirmaram na época,
que os grandes defeitos da
ponte foram a sua enorme falta
de rigidez transversal e torsional
e da frente aerodinâmica do
perfil.
Pontes 
Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Mauá, 2017
g) Ponte pênseis ou suspensas - O desastre da ponte Tacoma Narrows
❑ Desta maneira, houve a tomada de
consciência para o problema da
aerodinâmica das grandes estruturas
e a obrigatoriedade, desde então, em
fazer ensaios em túnel de vento com
modelos de pontes pênsil em fase de
projeto.
Pontes
Classificação das pontes, segundo o sistema estrutural da superestrutura:
Fonte: Four Square, 2016
g) Ponte pênseis ou suspensas - O desastre da ponte Tacoma Narrows
❑ 10 anos depois,a ponte
foi reconstruída, sobre os
mesmos apoios, estando
em operação atualmente.

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