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Autor: Me. Lorena Tâmara Sena da Si lva Revisor : Rafae l Gonça lves Bezerra de Araú jo I N I C I A R Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 1 of 33 25/09/2020 21:46 Caro(a) estudante, bem-vindo(a) à Unidade 3 da disciplina de Engenharia e Inovação. Esta unidade é dedicada a aprofundar seu conhecimento sobre mercado iniciado em unidades anteriores! Serão apresentadas as diferentes gerações de consumo, suas caracterís cas e impactos no desenvolvimento tecnológico. Um conhecimento importante quando se trata da criação de estratégicas de inovação é justamente entender como o cliente tende a se comportar em relação ao seu interesse de consumir certos produtos ou serviços, ou seja, seus interesses e prioridades de consumo. Posteriormente, introduziremos o assunto de inovação tecnológica, por meio dos tópicos de definições e pologias da inovação. Por fim, será compreendido o mo vo de se inves r em inovação: uma a vidade imprescindível para qualquer empresa que deseja se manter compe va no mercado. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 2 of 33 25/09/2020 21:46 Inovar é ato essencial de qualquer empresa que deseja se manter compe va no mercado, porém gerar soluções inovadoras não é uma tarefa tão simples assim. Existem diversas barreiras que podem dificultar, retardar ou eliminar a inovação de qualquer organização. Para Kotler (2011), caso uma empresa se limite apenas à abordagem da inovação sobre o aspecto tecnológico, ou seja, recursos des nados de forma restrita ao departamento de P&D (pesquisa e desenvolvimento), perde-se a possibilidade de integração cria va entre os demais departamentos que podem gerar inovação na empresa. Para gerar de fato produtos e serviços inovadores, os(as) engenheiros(as) devem pensar de forma transversal a inovação tecnológica, relacionando conceitos e metodologias mercadológicas para a criação e a captação de valor, pois assim atenderão às necessidades do cliente, e, por conseguinte, aumentará a chance de a solução ser bem-sucedida. Par ndo do pressuposto acima neste tópico, serão agora abordados alguns temas da Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 3 of 33 25/09/2020 21:46 área mercadológica importantes para a criação e desenvolvimento de inovação. O sucesso empresarial é totalmente relacionado à capacidade de iden ficação de segmentos, ou seleção de mercados-alvo, ou, ainda, da criação de estratégias precisas para atender ao grupo de clientes que tem a necessidade em questão. Mas o que são segmentos? Imagine que na esta s ca você estudou as populações e as estra ficou em amostras de interesse de análise. A segmentação de mercado é cons tuída por agrupamentos de clientes que possuem as mesmas caracterís cas, necessidades, expecta vas e comportamentos de compra. Webster (1991) esclarece que a segmentação de mercado consiste no estudo de um mercado amplo, e posterior iden ficação dos grupos de clientes que serão os mercados-alvo da empresa. O estudo da segmentação é essencial para se pensar em produtos inovadores, pois diminui o grau de incerteza da aposta do novo produto ou serviço. A segmentação auxiliará os profissionais que irão projetar a solução para entender sistema camente seu mercado, incluindo o mo vo e ga lhos de compras dos clientes. Somando a entendimento de qual estrato do mercado focar, a segmentação também tem caráter de análise interna, pois a escolha do mercado-alvo será in mamente ligada às capacidades da empresa. Não se engane. Quando perguntado quem são seus clientes, e a resposta for: “todo mundo!”, a chance de não sa sfação do cliente, obsolescência rápida do produto/serviço, além dos desperdícios produ vos, é enorme. Para Kotler (1998), as empresas podem escolher entre cinco níveis de segmentação: marke ng de massa, marke ng de segmento, marke ng de nicho, marke ng local e marke ng individual. A ordem é definida de acordo com homogeneidade e especificidade do grupo de clientes que compõem o mercado-alvo. Kotler e Armstrong (2005) ilustram os pos de segmentação na Figura 3.1. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 4 of 33 25/09/2020 21:46 Para Kotler e Keller (2006), a segmentação começou a ser pensada pós-marke ng de massa, quando a a vidade de ofertar um mesmo po de produto, eram realizadas com as mesmas estratégias mercadológicas e de produção, para todos os consumidores. Figura 3.1 - Níveis de segmentação de mercado Fonte: Adaptada de Kotler e Armstrong (2005, p. 173). Assim como a produção em massa, o marke ng também teve sua era focada unicamente na massificação, na qual o cliente não nha poder de escolha, e as estratégias empresariais eram para todo o mercado, sem nenhuma diferenciação. Durante o início da disseminação da produção em massa no fordismo, quando o FORD T era o único modelo de carro produzido em massa, os consumidores Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 5 of 33 25/09/2020 21:46 Segundo Kotler e Armstrong (2007), segmentação de mercado trata-se da formação de diferentes pos de clientes, sendo essa variação se apresentando de uma ou diversas formas, com as seguintes diferenças: localização, comportamento de compra do consumidor, psicológicas (psicográficas) e socioeconômica, dentre outras dis nções ou critérios. Conforme Kotler e Keller (2006), deve ser analisada a existência de relação entre esses segmentos e necessidades do cliente, e as respostas ao produto. Na segmentação psicográfica, os clientes são classificados em estratos segundo caracterís cas como es lo de vida e valores. Já na segmentação comportamental, esses estratos são organizados pela reação dos compradores a um determinado produto e suas a tudes. Por sua vez, na segmentação demográfica os estratos de pessoas são agrupados como em um senso que, no Brasil, é tradicionalmente realizado pelo IGBE (Ins tuto não possuíam alterna vas de carros no mesmo preço, já que o modelo de produção fordista enfa zava no menor custo unitário possível de produção, baseado no altos volumes e baixa variedade. Ou seja, uma empresa com pouca concorrência definia as regras do mercado. Uma citação que melhor resume essa realidade é a frase de Henry Ford: “O carro pode ser de qualquer cor, desde que seja preto”. Para refle r, leia a obra Marke ng 3.0. As forças que estão definindo o novo marke ng centrado no ser humano, de Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Se awan. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 6 of 33 25/09/2020 21:46 Brasileiro de Geografia e Esta s ca): por nacionalidade, idade, sexo, ocupação, renda, grau de instrução, raça, religião, classe social e orientação sexual, entre outras caracterís cas. Enquanto a segmentação geográfica irá dividir segundo as delimitações geográficas, como em bairros, cidades, estados, países etc., Richers (2000) apresenta formas e exemplos de segmentação permi ndo uma melhor compreensão da aplicabilidade de cada um dos critérios no Quadro 3.1. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 7 of 33 25/09/2020 21:46 GEOGRÁFICA Regiões N, NE, SD, S, C; Metropolitana, Interior/Litorânea. Estados RS, SC, PA, SP etc. Municípios Os 5550 + municípios por potencial de compras rela vo, tamanho, localização etc. Densidade % urbana, suburbana, rural. Cidades Acima de 5m, entre 3 e 4,9m. Clima Índice de precipitação. DEMOGRÁFICA Tamanho da população Abaixo (e acima) de idades-limites. SexoMasculino, feminino, unissex. Status Familiar Sem vínculo, casado(a), separado(a), desquitado(a), viúvo(a). Número de dependentes Filhos e outros dependentes. Raça Branco, negro, mulato, índio. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 8 of 33 25/09/2020 21:46 Ocupação/Profissão Engenheiro, execu vo, secretária, professor, operário etc. Nível de instrução Analfabeto até instrução superior. SOCIAL Classe Social De A a E. Valores Sociais Grau de dependência, é ca, religião, associação polí ca, teatro, cinema, vídeo etc. PSICOGRÁFICA Personalidade Introver do, extrover do, autoconfiança, mo vação e ambição, crenças, valores, a tudes etc. Comportamento Escolha entre alterna vas, compra/não compra, lealdade à marca, quan dade de compra etc. Intensidade de compra Nunca comprou, usou a abandonou, comprador esporádico, irregular, frequente, viciado. Obje vos de compra Sa sfazer à necessidade, autoes ma, status social, autorrealização, família, segurança etc. ESTILOS DE VIDA A vidades Trabalho, turismo, ficar em casa, TV, música, clube, esportes, igreja, shopping, ajudar etc. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 9 of 33 25/09/2020 21:46 Quadro 3.1 - Critérios de segmentação de mercado Fonte: Adaptado de Richers (2000, p. 69). Assim, existem diversas formas de pensar em segmentação, segundo o nível de complexidade, detalhamento, tamanho e homogeneidade dos grupos, e usando diversos pos de critérios. Apesar de que a organização deva fazer uma análise crí ca para entender qual po de segmentação é a mais apropriada, um ponto de par da para fazê-lo é estudar o comportamento! Os clientes podem direcionar os inves mentos de P&D de uma empresa. Várias inovações surgiram com um estudo prévio do comportamento dos clientes, muito antes de ser projetado, produzido ou comercializado. Ou seja, muitos dos produtos que consumimos hoje veram seus primeiros esboços de projetos baseados nos futuros clientes meses e até anos atrás. Logo, entender como uma geração se comporta pode ser tornar um grande diferencial e impulsionador sucesso de produtos e serviços. Um dos grandes desafios das empresas é produzir produtos inovadores, diferenciados e que sejam economicamente viáveis. Uma saída que as empresas podem usar é a Opiniões Assuntos pessoais, sociais, comunitários, polí cos, econômicos, financeiros, educação, empresa, produtos, cultura, futuro etc. Interesses Família, casa, emprego, comunidade, hobby, drogas, comida, recreação + diver mento, leitura etc. Tipo de pessoa Vaidosa, indiferente, hedonista, conservadora. Bene cios procurados Brilho dos dentes, combate cáries, combate mau hálito, sabor, preço. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 10 of 33 25/09/2020 21:46 pesquisa com o ambiente externo, para gerar inovação a par r de conhecimentos sobre os consumidores (VON HIPPEL, 2005). Dentro da segmentação demográfica, as organizações podem decidir focar em agrupar sua amostra de clientes em gerações. Segundo Levy e Weitz (2000, p. 101), “[...] um grupo de gerações – pessoas dentro da mesma geração – têm comportamentos de compra similares, pois compar lharam as mesmas experiências e estão no mesmo estágio de vida”. Conhecer detalhes e caracterís cas do cliente é essencial para o sucesso comercial do produto ou serviço. A definição de gerações inclui e agrupa o grupo de indivíduos que nasceram numa mesma época, que foram e são influenciados pelo contexto histórico e, consequentemente, comportamentos. A literatura diferencia gerações de pessoas pelo período que nasceram, e cada uma dessas gerações possui muitas especificidades e caracterís cas únicas, mas ainda herda algumas caracterís cas da geração anterior (VELOSO; DUTRA; NAKATA, 2016). Apesar dos intervalos de anos que definem as gerações variarem ligeiramente entre autores, nesta disciplina vamos considerar a seguinte distribuição de gerações e seus nascimentos: Baby boomers: entre 1940 e 1960; X: entre 1960 e 1980; Y ou millennials: entre 1980 e 1995; Z ou centennialls: entre 1995 e 2010; alpha: a par r de 2010. Acompanhe no infográfico a seguir algumas caracterís cas e explicações de cada geração. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 11 of 33 25/09/2020 21:46 A inovação e o sucesso da inovação dependem em larga escala do comportamento do consumidor. Traill (1997) argumenta que mudanças no padrão de consumo muito frequentemente determinam a natureza da inovação que ocorre na indústria. Assim, conhecer as gerações, seus comportamentos e as mo vações que os levam a consumir algo é essencial para saber como se comunicar, por qual mídia, e principalmente o que de fato será enxergado como inovação. o Contexto Histórico: Nascidos nos pós Segunda Guerra Mundial. Atualmente concentram maior parte da riqueza mundial e ocupam cargos com as principais tomadas de decisão. o Hábitos e Comportamentos: prioriza a estabilidade, especialmente na carreira. o Ideais: idealista, disciplinados e com espírito cole vo, responsável por iniciar as lutas por direitos civis e polí cos. Consumo idealista. o Produto da época: TV o Comunicação: Telefones o Produto de hoje: Lideram as compras de produtos e serviços de viagens 123rf.com Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 12 of 33 25/09/2020 21:46 Leia o trecho a seguir. “[...] conectados pra camente desde o nascimento – acessam jogos de computador, navegam na Web, baixam músicas, interagem com amigos via mensagens instantâneas e telefones celulares. Eles têm um senso de direito de posse e abundância por terem crescido durante um boom econômico e serem mimados por pais da geração boomers [...]” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 234). De qual geração o trecho supracitado descreve o comportamento? Assinale a alterna va correta. a) X. b) Alpha. c) Millennials. d) Centennialls. e) Z. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 13 of 33 25/09/2020 21:46 Escutamos com frequência, em discursos empresariais e de profissionais de tecnologia a palavra inovação. Mas, equivocadamente, esse é um conceito que, apesar de popular, nem sempre é compreendido com seu correto significado e implicações. Neste tópico, apresentaremos um breve apanhado de definições e conceitos de inovação segundo os autores e organizações mais referenciados no tema. Não existe um conceito único e universal de inovação. Ele evoluiu, e atualmente sua análise varia principalmente pela sua aplicabilidade. De forma expressa, podemos conceituar que a inovação é a exploração com sucesso de novas ideias. Dentre as várias possibilidades de inovar, podem-se ter inovações de produto ou de processo (ou inovações tecnológicas), de novos mercados, novos processos, novos modelos de negócio e métodos organizacionais (INSTITUTO INOVAÇÃO, 2008). Inovação pode ser conceituada ainda como “[...] uma a vidade complexa, diversificada, em que vários componentes interagem e que as fontes de dados têm de Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 14 of 33 25/09/2020 21:46 refle r este fato” (FINEP; OECD, 2005, p. 17). A primeira menção acadêmica da inovação foi realizada pelo economista Joseph Alois Schumpeter (1942). Schumpeter é responsável pelo o marco inicial para o uso desse conceito. O autor, no início do século XX, propôs a relação entre a inovação e o crescimento econômico das nações. Foi criado assim o termo “destruição cria va”, um fenômeno dinâmico, no qual tecnologias an gas são subs tuídas por novas, impactantes e inovadoras. Drucker (1996) reforça que a inovação é vista de diversas maneiras em uma organização: preço diferenciado,uma nova comodidade ou necessidade, assim como novas finalidades para produtos velhos. Atenção: uma ressalva importante! É do co diano popular a confusão ao usarmos inovação e invenção como sinônimos. Como alerta Nicolsky (PROTEC, 2007), a inovação não pode ser confundida com invenção. Um indivíduo, ao ter uma ideia que ele considera “incrível”, “revolucionária” ou nunca antes apresentada, não pode pressupor que isso seja suficiente para se enquadrar como algo inovador. Para que a ideia seja de fato uma inovação (em uma empresa), é necessário que ela transmita e agregue algum valor ao produto ou processo de fabricação (resolva algum problema, ou melhore alguma solução). Sobre essa diferenciação, pense que uma invenção só passará a ser uma inovação se o mercado reconhecer seu valor, o sucesso comercial. Ou seja, lembre-se: nem todas as invenções poderão ser consideradas inovações! Atualmente, o documento referência sobre inovação é o Manual de Oslo, elaborado em um trabalho sistemá co e cole vo do Working Party of Na onal Experts on Science and Technology Indicators (NESTI), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Innova on Sta s cs (WPSTI). O intuito do manual é criar e disponibilizar diretrizes para o uso e a interpretação de informações sobre inovação. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico definiu inovação como: Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 15 of 33 25/09/2020 21:46 [...] a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significa vamente melhorado, um processo, um novo método de marke ng, um novo método organizacional nas prá cas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas (FINEP; OCDE, 2005, p. 21). Segundo o Manual de Oslo (FINEP; OCDE, 2006), as melhorias originam-se na necessidade de evolução da produ vidade, diferenciação de produtos e em ganhos de market share, entre outros elementos. E para o próprio aprimoramento da capacidade de inovar. No Brasil, as diretrizes do Manual de Oslo são u lizadas pelo Ins tuto Brasileiro de Geografia e Esta s ca (IBGE) para análise/avaliação de Pesquisa de Inovação Tecnológica. Existem várias definições e conceitos no que tange à inovação. O Quadro 3.2 resume o que dizem os principais teóricos. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 16 of 33 25/09/2020 21:46 Autor Ano Inovação Schumpeter 1961 Contribui para a diferenciação das empresas e o desequilíbrio do ambiente compe vo, tornando- as aptas ou não para sobreviver à “seleção natural” da concorrência do capitalismo. Kanter 1996 A parceria ou a capacidade de desenvolver fortes vínculos entre as organizações. FINEP,OECD 2005 É base da compe vidade organizacional numa relação direta com a criação do conhecimento. Inves mento nos a vos intangíveis eleva o estoque de conhecimento, melhora a pesquisa e o desenvolvimento, a educação e treinamentos. Miller e Morris 1999 É o processo de transformação da invenção em algo que é comercialmente ú l e valioso no mercado. Drucker 2002 É o instrumento específico dos empreendedores, o processo pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço diferente. Manual OSLO 2005 É a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significa vamente melhorado. Tigre 2006 As grandes mudanças tecnológicas são acompanhadas de transformações econômicas, sociais e ins tucionais. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 17 of 33 25/09/2020 21:46 Quadro 3.2 - Inovação é? Fonte: Elaborado pelo autor. Assim, inovar significa incen var o processo de criar bens ou ideias novas, que findem na entrega de uma solução, produto ou serviço, com expressivo valor a uma pessoa um indivíduo, organização, indústria ou sociedade (HARRINGTON; VOEHL, 2013). A tela sensível ao toque (touch), atualmente plenamente difundida nos smartphones, na verdade foi criada em meados de 1960 na Inglaterra, patenteada na década seguinte nos Estados Unidos, porém só começou a ser comercializada como diferencial de produtos em 1980. Quanto a caracterís cas de inovação, assinale a alterna va que se pode inferir disso. a) A tela touch foi imediatamente uma inovação quando criada. b) A tela touch foi considerada inovação após ser patenteada. c) A tela touch sempre foi considerada apenas uma invenção d) A tela touch, devido aos inúmeros usos, já era uma inovação na década de 1980. Mota 2011 É correlacionado com pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas dis nto e mais amplo, estando necessariamente associado à aplicação do conhecimento . Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 18 of 33 25/09/2020 21:46 e) A tela touch ao ser inserida e comercializadas em produtos pôde ser considerada inovação. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 19 of 33 25/09/2020 21:46 De acordo com diferentes critérios, a inovação pode ser classificada em diversos pos. Neste tópico, iremos apresentar as pologias da inovação. Afinal, o ato de inovar extrapola o produto pode ter graus diversos e se diferenciar quanto à sua amplitude de aplicação. Em 2005, na terceira edição do Manual de Oslo, foram consolidadas as classificações mais difundidas na academia e nas empresas. Segundo esse documento, as inovações são classificadas em: de produto, de processo ou serviço, organizacional ou de marke ng. Uma das contribuições dessa úl ma versão foi a inserção dos pos: inovações organizacionais e de marke ng. A Finep e OECD (2005) esclarece que, apesar de as inovações organizacional e de marke ng fossem compreendidas como Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 20 of 33 25/09/2020 21:46 consequência da inovação de produto e mercado, as primeiras poderiam ser de fato a razão de desenvolvimento das úl mas. É importante ressaltar que essa classificação também é referenciada por alguns autores como “quanto à natureza”, que significa onde se percebe o resultado da inovação realizada. Para o Manual de Oslo (2005), a inovação tecnológica em produto pode ser percebida principalmente em produtos tecnologicamente novos, ou por meio de produtos tecnologicamente aprimorados. O Manual de Oslo (FINEP; OECD, 2005, p. 57) referencia que: • Uma inovação de produto ou serviço é a introdução de um bem ou serviço novo ou significa vamente melhorado no que diz respeito às suas caracterís cas ou possíveis usos. • Melhoramentos significa vos para produtos que já existem, por meio de mudanças em materiais, em componentes e em outros atributos que melhorem seu desempenho. • As inovações de produtos no setor de serviços abrangem a inserção de bene cios importantes sobre como disponibilizar acesso a inovações oferecidas, ou pela adição de novas funções, ou por agregar caracterís cas em serviços existentes, ou em um caso mais extremo pela introdução de serviços inteiramente novos. Exemplo: smartphones que extrapolaram as funcionalidades do celular convencional. Inovação de processo é o desenvolvimento de novos meios de fabricação de produtos ou de novas formas para a prestação de serviços. Pode significar novos métodos, Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 21 of 33 25/09/2020 21:46 fluxos e soluções no contexto dos processos operacionais envolvidos na criação de valor para o cliente, tais como: produção, finanças, recursos humanos, vendas e logís ca, por exemplo. Geralmente, o obje vo é aumentar a produ vidade ou qualidade, reduzir custos ou impactos ambientais dos processos. O Manual de Oslo (FINEP; OECD, 2005)explica que: • Inovação em processo é a implementação de um método de produção ou distribuição novo ou significa vamente melhorado. • Os métodos de produção envolvem técnicas, equipamentos e so wares u lizados para produzir bens e serviços. Exemplo: esteira de produção e estudos de tempos e movimentos do fordismo. Carros que necessitavam de 12 horas para ser montados passaram a ter sua confecção realizada em 90 minutos. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 22 of 33 25/09/2020 21:46 A inovação por processos normalmente é uma das mais complexas de serem criadas e adotadas, por impactar vários setores de uma organização, e requer um esforço para mudança de cultura organizacional. Em contrapar da, esse po de inovação é a mais di cil de ser imitada pelos concorrentes. A inovação organizacional abrange as mudanças e incrementos nas dinâmicas relacionadas à forma de trabalhar ou gerir uma organização, podendo significar um novo método organizacional, ou ainda novas prá cas de gestão de uma área ou diversas áreas de uma empresa. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 23 of 33 25/09/2020 21:46 O Manual de Oslo (FINEP; OECD, 2005) descreve: • A implementação de um novo método organizacional nas prá cas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas. • A implementação de novos métodos para a organização de ro nas e procedimentos para a condução do trabalho. A inovação pode acontecer com a ênfase em alterar os moldes organizacionais da empresa. Nesse sen do, tantos os clientes internos (funcionários) como externos (consumidores) percebem as melhorias. Você já ouviu falar de holocracia? Neste ar go da Endeavor, você irá conhecer o caso da Zappos, empresa que implantou uma estrutura organizacional em que não exis am chefes e impulsionava a inovação e a agilidade! Esse modelo é atualmente usado por várias outras empresas inovadoras como o Google, Ne lix e HubSpot. Para saber mais, acesse o link a seguir. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 24 of 33 25/09/2020 21:46 • A implementação de novos métodos para distribuir responsabilidades e poder de decisão entre os empregados. Sobre a inovação de marke ng, o Manual de Oslo (FINEP; OECD, 2005) versa sobre: • Alterações percep veis na concepção do produto ou em sua embalagem ou promoção. • Mudanças significa vas no design do produto, sem que alterem as caracterís cas funcionais ou de uso do produto. • Novo modo de segmentação, posicionamento e canais de vendas. • Formas e estratégias de precificação dos bens produzidos. Exemplo: Latas de refrigerantes com nomes pessoais. O refrigerante não mudou nenhuma composição ou sabor, mas, pelo fato do consumidor procurar seu nome impresso nas latas, houve um crescimento substancial das vendas durante o período de vendas da edição promocional dessa lata. Uma outra forma de classificar é quanto à intensidade da mudança. Tidd e Bessant (2015) referem-se que ela pode se apresentar como radical ou incremental. Segundo a Finep e OECD (2005, p. 70), “[...] uma inovação radical ou disrup va pode ser definida como aquela que causa um impacto significa vo em um mercado e na a vidade econômica das empresas nesse mercado”. Essa é capaz de mudar a estrutura do mercado, iniciar novos mercados ou ainda transformar produtos antes consolidados no mercado em obsoletos. Segundo Freitas (2013), as inovações incrementais surgem de forma grada va, pois já Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 25 of 33 25/09/2020 21:46 fazem parte de melhorias existentes, enquanto inovações radicais mudam completamente os conceitos, gerando produtos e processos novos que majoritariamente possuem alto grau de incerteza de sucesso. Tigre (2006) descreve que a mudança incremental promove melhorias con nuas e modificações co dianas. Já a mudança radical promove saltos descon nuos na tecnologia de produtos e processos. Exemplificando: quando uma empresa lança novos modelos/versões de smartphones ou de so wares sazonalmente (anual, mensal…), com pequenas mudanças, ou pequenos acréscimos funcionais, é uma inovação incremental; já quando o smartphone foi lançado pioneiramente, criaram-se um novo mercado, novos segmentos relacionados e novos clientes. Vale ressaltar que as inovações incrementais são a forma mais comum de inovação, recebendo inclusive cerca de 80% do inves mento total das companhias em inovação (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007). Afinal, para que as empresas cheguem num patamar de resultado de mudança significa va (radical), um dos meios de alcançar tal resultado é por meio da implementação de uma série de pequenas mudanças incrementais (FINEP; OECD, 2005). O grau da inovação ainda pode ser analisado quanto à sua amplitude ou abrangência geográfica. Para o Manual de Oslo: Por definição, todas as inovações devem conter algum grau de novidade. Três conceitos para a novidade das inovações são discu dos abaixo: nova para a empresa, nova para o mercado, e nova para o mundo. Como já foi observado, o requisito mínimo para se considerar uma inovação é que a mudança introduzida tenha sido nova para a empresa. Um método de produção, processamento e marke ng ou um método organizacional pode já ter sido implementado por outras empresas, mas se ele é novo para a empresa (ou se é o caso de produtos e processos significa vamente melhorados), então trata-se de uma inovação para essa empresa. Os conceitos de nova para o mercado e nova para o mundo dizem respeito ao fato de determinada inovação ter sido ou não implementada por outras empresas, ou de a empresa ter sido a primeira no mercado ou na indústria ou no mundo a implementar tal inovação. As empresas pioneiras na Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 26 of 33 25/09/2020 21:46 implementação de inovações podem ser consideradas condutoras do processo de inovação. Muitas ideias novas e conhecimentos originam-se dessas empresas, mas o impacto econômico das inovações vai depender da adoção das inovações por outras empresas. Informações sobre o grau de novidade podem ser usadas para iden ficar os agentes que desenvolvem e adotam as inovações, para examinar padrões de difusão, e para iden ficar líderes de mercados e seguidores. Uma inovação nova para o mundo implica em um grau de novidade qualita vamente maior do que uma inovação nova somente para o mercado (FINEP; OECD, 2005, p. 69-70). Promover e gerir a inovação é imprescindível para as empresas que desejam se manter compe vas no mercado. Segundo Bes e Kotler (2011), diversos pos de inovação não têm como pré-requisitos novas tecnologias, mas sim novos modos de aproveitar as tecnologias existentes. Um exemplo é a ExxonMobil, mul nacional de petróleo e gás, que desenvolveu um sistema que permi u aos motoristas realizarem pagamentos automá cos de forma autônoma nas bomba dos postos de combus veis, apenas observando os hábitos dos seus clientes e com base em tecnologias já usadas pela empresa em outros setores (BES; KOTLER, 2011). De acordo com as informações anteriores, assinale a alterna va referente ao po de inovação descrita no texto. a) De produto. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 27 of 33 25/09/2020 21:46 b) Organizacional. c) De processos. d) Radical. e) Invenção. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 28 of 33 25/09/2020 21:46 FI L M E Ano: 2019 Comentário: Dizem que a dificuldade faz a oportunidade! Neste filme, conhecemos o menino do Malawi (William Kamkwamba), que, com ferro velho, cria vidade e livros de uma pequena bibliotecada sua vila, transformou a realidade da sua comunidade desenvolvendo turbinas eólicas! Uma história inspiradora! Um filme sobre o poder da inovação e como o contexto deve ser usado como impulsionador para soluções cria vas que gerem valor para a sociedade. Para conhecer mais sobre o filme, acesse o trailer a seguir. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 29 of 33 25/09/2020 21:46 LI V RO Steven Johnson Editora: Zahar ISBN: 8537806846 Comentário: Nessa obra, Steven Johnson, um dos mais reconhecidos autores do tema, apresenta uma linha do tempo com um apanhado de casos de mais de 200 descobertas e invenções, traçando um paralelo entre o ambiente econômico, organizacional, cria vidade e inovação. Por fim, descreve alguns padrões que mo varam o surgimento dessas boas ideias. Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 30 of 33 25/09/2020 21:46 Nesta unidade, exploramos temas de marke ng que são essenciais para o desenvolvimento de inovação pelo(as) engenheiros(as). Aprendemos que, para ser bem-sucedido na proposição de ideias inovadoras, precisamos conhecer sobre hábitos e perfil dos consumidores. Nesse sen do, segmentar e estudar as gerações se torna algo importante. Foram explorados ainda os conceitos de inovação, diferenciando em relação à invenção e classificando segundo graus e pos de inovação. Lembre-se: inovar é mandatório para as empresas, mas isso só é alcançado se for criado algo novo, ou significa vamente melhorado, que gere valor e impacto para o mercado e sociedade! BES, F. T.; KOTLER, P. A Bíblia da inovação. São Paulo: Leya, 2011. DAVILA, T.; EPSTEIN, M. J.; SHELTON, R. As regras da inovação. São Paulo: Bookman, Ead.br https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteud... 31 of 33 25/09/2020 21:46 2007. DRUCKER, P. F. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneira, 1996. FINEP – FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS; OECD – ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação 3. ed. 2005 Tradução FINEP, 2007. 184p. Disponível em: h ps://www.finep.gov.br/images/apoio- e-financiamento/manualoslo.pdf. Acesso em: 20 nov. 2019. FREITAS, F. L. F. Gestão da inovação: teoria e prá ca para implantação. São Paulo: Atlas, 2013. HARRINGTON, H. J.; VOEHL, F. Innova on management: a breakthrough approach to organiza onal excellence - Part 1. Interna onal Journal of Innova on Science, v. 5, n. 4, p. 213-224, 2013. INSTITUTO INOVAÇÃO. A inovação: conceitos, a importância de inovar, a dinâmica da inovação. Disponível em: h p://ins tutoinovacao.com.br/. 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