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ATIVIDADE DE LITERATURA JUVENIL QUESTÃO 1- 2,0 pontos. - A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto, seja em nível de conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo (https://www.todamateria.com.br/intertextualidade/) Apresente (transcreva) três cenas de Reinações de Narizinho em que se efetive a INTERTEXTUALIDADE. A seguir, explique por que estamos diante de um típico caso de Intertextualidade. A intertextualidade presente na obra Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, a forma com que o autor intertextualiza a literatura clássica infantil na obra, José Bento Monteiro Lobato, como grande conhecedor da literatura infantil francesa, decide criar uma literatura para as crianças brasileiras e, para tanto, idealiza um cenário tipicamente nacional onde seus personagens vivem as mais surpreendentes aventuras. Assim, surge Reinações de Narizinho (1931), obra que carrega a responsabilidade de inaugurar a literatura infantil, não só no Brasil, como também em toda a América do Sul. Nela, Monteiro Lobato resgata o texto da tradição clássica e por meio da intertextualidade leva o leitor a uma viagem, em que os contos de fadas convivem com uma literatura contemporânea. Por ser a obra analisada, eternamente, uma obra atual e atemporal, uma vez que por meio de intertextualidades, as histórias perpassam. O termo intertextualidade, inicialmente, proposto por Kristeva descende da influência de pesquisas realizadas por Bakhtin sobre dialogismo e polifonia. Segundo Kristeva, o texto literário semeia em um texto atual conhecimentos de textos anteriores. Nas palavras da autora, “[...] todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto” (KRISTEVA, 2012, p. 142). QUESTÃO 2 – 2,0 pontos. Leia o poema de Olavo Bilac: Justiça Chega à casa, chorando, o Oscar. Abraça Em prantos a Mamãe. “Que foi, meu filho?” —“Sucedeu-me, Mamãe, uma desgraça! Outros, no meu colégio, com mais brilho, Tiveram prêmios, livros e medalhas... Só eu não tive nada!” —“Mas porque não trabalhas? porque é que, a uma existência dedicada Ao trabalho e ao estudo, Preferes os passeios ociosos? Os outros, filho, mais estudiosos, Pelas suas lições desprezam tudo... Pois querias então que, vadiando, Os outros humilhasses, E que, os melhores prêmios conquistando, Mais que os outros brilhasses? Para outra vez, ao teu prazer prefere O estudo! e o prêmio alcançarás sem custo: E aprende: mesmo quando isso te fere, É preciso ser justo!” Considerando a proposta de literatura de Olavo Bilac, como poderíamos INTERPRETAR o poema acima? No poema “Justiça”, um menino chega em casa chorando porque sentira inveja de alunos que foram gratificados por se destacarem nos estudos. A lição transmitida ao filho e, por extensão, à criança leitora vem, mais uma vez, da mãe, cujas palavras, em vez de incentivar o filho, parecem estar mais voltadas a puni-lo e humilhá-lo: “Pois querias então que, vadiando,/ Os outros humilhasses,/ E que, os melhores prêmios conquistando,/ Mais que os outros brilhasses?” QUESTÃO 3 – 3,0 pontos Quais as concepções de CRIANÇA estão presentes nos textos de OLAVO BILAC, MONTEIRO LOBATO e CLARICE LISPECTOR? Explique e ilustre com cenas ou momentos de suas respectivas obras. O mais importante para a Literatura não e provar o que acontece, mas mostrar uma realidade sob o ponto de vista do autor. Mostrando os mais variados ângulos, da criança que inspira artistas em suas obras.