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APX1 Discurso de poder e segurança pública

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - AVALIAÇÃO PRESENCIAL I
Consórcio CEDERJ - Curso: Tecnólogo em Segurança Pública e Social
Disciplina: DISCURSOS DE PODER E SEGURANÇA PÚBLICA
Data: 25/04/2020 - Polo: Resende/RJ
Nome do aluno: Carlos César de Paula - Matrícula: 19113150356
(Questão 1) COM BASE NA REPORTAGEM A SEGUIR, CONSIDERANDO O CENÁRIO DAS PRI-SÕES NO BRASIL, bem como as discussões da Unidade 5, explique por que esse modelo prevalece até os dias de hoje, apesar do evidente fracasso. Além disso, sua resposta deve avaliar a temática da privatização das prisões. (4pts)
Segundo estudo divulgado pela Pastoral Carcerária, o Brasil possui mais de 725 mil pessoas presas, ficando atrás apenas da China (1,6 milhão) e dos EUA (2,1 milhão) em população car-cerária. As prisões do país têm uma taxa de ocupação de 200% – ou seja, elas têm capacida-de para receber somente a metade do número de presos. Intitulado de Luta antiprisional no mundo contemporâneo: um estudo sobre experiências de redução da população carcerária em outras nações, o relatório afirma ainda que o Brasil é o único país, entre as seis nações que mais encarceram no mundo (EUA, China, Brasil, Rússia, Índia e Tailândia), que mantém um ritmo intenso e constante de crescimento das taxas de encarceramento desde os anos 1980. De acordo com o estudo, existe a estimativa de que exista mais de 11 milhões de pes-soas presas em todo o mundo. E a soma da população prisional dos dez países que mais apri-sionam (EUA, China, Brasil, Rússia, Tailândia, Indonésia, Turquia, Irã e México) corresponde a mais do que 60% desse total. Dos anos 1990 até o período entre 2000 e 2010, muitos paí-ses decidiram expandir exponencialmente o número da população presa. Para cada 100 mil habitantes, os EUA aumentaram sua população carcerária de 457 para 755; a China, de 105 para 121; a Rússia, de 473 para 729; a Inglaterra, de 90 para 153; a França, de 76 para 114; a Alemanha, de 74 para 96; a Argentina, de 62 para 168; o Chile, de 153 para 320; entre ou-tros.
RESPOSTA: 
 A CRISE CARCERÁRIA NO BRASIL
O cenário das prisões do Brasil nos períodos Imperial, Revolucionários e de Ditadura eram de muitas práticas de torturas, açoites e penas de morte. Vivemos ainda num sistema hie-rarquizado. Havia distinções com base em categorias específicas, no período colonial: no-bres, cristãos, fidalgos e na fase republicana: as mulheres honestas e públicas, valor dos objetos furtados, etc..., as leis penais também haviam distinções de acordo com o segmen-to social.
Vivemos um verdadeiro e crescente caos no sistema penitenciário no Brasil, onde a super-lotação devido a falta de investimo, seja na estrutura física ou de pessoal, ou na prepara-ção dos detentos para retornar a sociedade, pois atualmente é a verdadeira escola do cri-me, muitas delas comandadas por facções criminosas que ditam as regras e para comple-tar, muitos desses detentos tem a sua pena já expiradas e ainda permanecem nas prisões por falhas e amorosidade no sistema judiciário. Além da superlotação temos outros inú-meros problemas também como: as rebeliões, fugas, atentados aos agentes penitenciários e tratamentos desumanos com detentos, desrespeitando seus direitos.
Além da falta de uma reformulção no processo penal e no sistema jurídico, deveriam in-vestir na estrutura do sistema prisional, na separação por delitos e na ressocialização dos detentos.
A questão da privatização das prisões, pode ser uma boa medida para solucionar essa cri-se, devendo levar em consideração as questões políticas, morais e sociais. Apesar do Esta-do não poder fugir de suas responsabilidades legais, principalmente no que diz respeito a Lei de Execuções Penais.
(Questão 2) Considerando o conteúdo da AULA 3 disserte sobre a relação entre PODER e VERDADE. (3pts)
RESPOSTA: A produção da verdade, há algumas regras à aplicar, sejam racionais, científi-cos ou testemunhal. O inquérito policial é uma maneira do poder se exercer e uma forma de saber através de informações, onde poderá estabelecer ou autenticar a verdade. É po-der judiciário que tem o poder de autenticar a verdade, seja ela produzidas por provas ela-boradas por técnicos, peritos, apresentação de testemunhas ou da própria polícia.
Dentro do sistema judicial existe uma disputa na essência no discurso do poder e hierar-quização verdade. A escala de poder na forma de uma pirâmide é estabelecida desta for-ma: o discurso da polícia militar na base, acima o discurso da polícia civil, no meio o discur-so pelo ministério público e ao cume o discurso do judiciário.
(Questão 3) Com base na AULA 4 explique de que forma a fixação de liberdade mediante o pagamento de fiança se relaciona o conceito substância moral construído pelo Antropólogo Cardoso de Oliveira. (3pts)
RESPOSTA: Para o antropólogo Luis Roberto Cardoso de Oliveira diz que há uma discrimi-nação cívica contra os atores que têm sua dignidade negada no plano moral e o discurso dos policiais é que "a fiança foi feita para gente decente".
A liberdade consiste em um bém que não pertence à pessoa, passa a ser uma mercadoria que pode ser obtida através do pagamento de fiança e existe também a discriminação na forma hierarquizada da polícia e do sistema.

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