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MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA OS RISCOS DE ACIDENTES DE TRABALHO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES LABORAIS EM SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
MARCONES LUIS BARBOSA DE ARAUJO 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA OS RISCOS DE ACIDENTES DE 
TRABALHO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES LABORAIS EM SISTEMAS 
DE ESGOTO SANITÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPO DOS GOYTACAZES/RJ 
2019 
 
MARCONES LUIS BARBOSA DE ARAUJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA OS RISCOS DE ACIDENTES DE 
TRABALHO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES LABORAIS EM SISTEMAS 
DE ESGOTO SANITÁRIO 
 
 
Monografia apresentada ao curso de Pós-Graduação 
em Engenharia de Segurança do Trabalho, da 
Universidade Cândido Mendes, como requisito à 
obtenção do título de Especialista em Engenharia de 
Segurança do Trabalho. 
 
 
 
 
Orientador: Luiz Roberto Pires Domingues Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPO DOS GOYTACAZES/RJ 
2019 
MARCONES LUIS BARBOSA DE ARAUJO 
 
 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA OS RISCOS DE ACIDENTES DE 
TRABALHO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES LABORAIS EM SISTEMAS 
DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Pós-graduação em Engenharia de Segurança do 
Trabalho, da Universidade Cândido Mêndes, como requisito à obtenção do Título de 
Especialista em Engenheira de Segurança do Trabalho. 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
_____________________________________________ 
Prof. Luiz Roberto Pires Domingues Junior 
Universidade Cândido Mêndes 
 
 
 
 
_____________________________________________ 
Prof. 
Universidade Cândido Mêndes 
 
 
 
 
Campo dos Goytacazes, _____ de ______________ 2019. 
 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho foi elaborado com o intuito de tornar consciente os riscos associados às 
atividades laborais em sistema de esgoto sanitário, bem como informar sobre as medidas 
de segurança que devem ser seguidas para eliminar tais riscos e garantir aos trabalhadores 
sanitários as condições mínimas de segurança e dignidade em suas atividades. Neste 
trabalho serão abordadas informações sobre: os riscos que os trabalhadores estão sujeitos, 
a elaboração de procedimentos de segurança, a importância do treinamento à força de 
trabalho, a adoção de análise de riscos, o cumprimento das Normas Regulamentadoras, e 
por fim, sobre o conhecimento dos EPIs e dos EPCs que devem ser corretamente 
utilizados pelos trabalhadores sanitários. 
 
Palavras-chaves: Riscos, procedimentos, treinamento, analise de riscos, NR-33, NR-35, 
EPIs e EPCs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
This work was elaborated with the intention of making aware the risks associated with 
the work activities in sanitary sewage system, as well as to inform about the safety 
measures that must be followed to eliminate such risks and guarantee to the sanitary 
workers the minimum conditions of safety and dignity in their activities. In this paper, 
information will be given on: the risks that workers are subject to, the elaboration of safety 
procedures, the importance of training to the workforce, the adoption of risk analysis, 
compliance with Regulatory Norms, and finally, on the IPE and CPE that must be 
properly used by health workers. 
 
Keywords: Risks, procedures, training, risk analysis, NR-33, NR-35, EPIs and EPCs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................7 
1.1 TEMA E PROBLEMA DA PESQUISA...............................................................................7 
1.2 OBJETIVOS..........................................................................................................................7 
1.2.1 Objetivo Geral......................................................................................................................7 
1.2.2 Objetivos Específicos........................................................................................................7 
1.3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................8 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................................8 
2.1 AS CONDIÇÕES DOS TRABALHADORES SANITÁRIOS............................................8 
2.2 RISCOS ASSOCIADOS AS ATIVIDADES LABORAIS EM SISTEMA DE ESGOTO 
SANITÁRIO.................................................................................................................................9 
2.2.1 Categoria dos Riscos.........................................................................................................10 
2.2.2 Geração de Gases..............................................................................................................10 
2.3 TREINAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO................................................................10 
2.3.1 Treinamento de Integração e Periódico..........................................................................10 
2.3.1.1. Treinamento de Integração ou Admissional...............................................................11 
2.3.1.2 Treinamento Periódico..................................................................................................12 
2.4 ADOÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA O TRABALHO SEGURO..............................13 
2.5 ANÁLISE DE RISCOS PARA INDENTIFICAÇÃO E METIGAÇÃO DOS RISCOS......14 
2.5.1 Modelo de APR (Análise Preliminar de Riscos)............................................................15 
2.6 APLICAÇÃO DAS NORMAS PARA AS ATIVIDADES LABORAIS EM SISTEMA DE 
ESOTO SANITÁRIO...................................................................................................................16 
2.6.1 Atendimento da NR-35 – Trabalho em Altura..............................................................17 
2.6.2 Atendimento da NR-33 – Seg. e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.........18 
2.7 CONHECIMENTO E ADOÇÃO DE EPI’S E EPC’S ADEQUADOS PARA OS 
PROFISSONAIS DE SANEAMENTO........................................................................................20 
2.7.1 Luvas de Proteção em Vaqueta........................................................................................21 
2.7.3 Luva de Proteção em PVC...............................................................................................21 
2.7.4 Botas de Borracha do Tipo Antiderrapante..................................................................22 
2.7.5 Roupas Impermeáveis......................................................................................................22 
2.7.6 Óculos de Proteção...........................................................................................................23 
2.7.7 Capacete de Proteção com Jugular................................................................................23 
2.7.8 Cinto Paraquedista..........................................................................................................24 
2.7.9 Máscara de Proteção Respiratória.................................................................................24 
2.7.10 Dector de Gases..............................................................................................................25 
 
2.7.11 Tripé para Entrada e Resgate.......................................................................................25 
2.7.12 Sinalização......................................................................................................................26 
2.7.13 Uso Correto de Equipamento de Proteção Respiratória...........................................26 
2.7.15 Atmosfera IPVS.............................................................................................................28 
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................................307 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 TEMA E PROBLEMA DA PESQUISA 
 
É lamentável saber que ainda hoje o número de acidentes de trabalho seja tão alto, 
acidentes que são evitáveis, ou pelo menos em situações em que os riscos poderiam ser 
minimizados se medidas mínimas de segurança fossem adotadas. Com os trabalhadores 
sanitários, a situação não tem sido diferente, os acidentes têm sido recorrentes em vários 
lugares pelo país a fora. As péssimas condições de trabalho têm provocado acidentes 
graves e muitas vezes fatais. 
 Para garantir a segurança dos trabalhadores que laboram em sistemas de esgoto 
sanitário, algumas medidas de segurança devem ser adotadas. O presente trabalho se 
propõe em mostrar o caminho para o alcance deste objetivo. 
 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
1.2.1 Objetivo Geral 
O objetivo em linhas gerais é compor uma metodologia a ser seguida para garantir a 
segurança dos trabalhadores sanitários. 
 
1.2.2 Objetivos Específicos 
Para alcance do objetivo maior, objetivos específicos são delineados neste trabalho 
para que culminem no objetivo maior: eliminar os riscos ou minimiza-los dentro dos 
limites aceitáveis. Para tanto este trabalho comporá as seguintes medidas de segurança 
que deverão ser adotadas pelos responsáveis pela segurança dos trabalhadores: 
 
• Conhecer os riscos associados; 
• Elaborar procedimentos de segurança relacionados às atividades; 
• Treinar a força de trabalho; 
• Adotar a Análise de Riscos para eliminar ou minimizar os riscos; 
• Cumprir as normas de segurança, em especial a NR-33 e a NR-35; 
• Conhecer e adotar os EPIs e EPCs apropriados. 
8 
 
 
 1.3 JUSTIFICATIVA 
 
No dia 27/04/2017 foi noticiado no G1 PE a seguinte noticia: “Dois funcionários do 
condomínio Le Parc no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, foram encontrados 
mortos na rede de esgoto do local, na tarde desta quinta-feira (27). Acionados por volta 
das 17h, os Bombeiros chegaram ao local quando os dois homens já estavam mortos. A 
Polícia Civil de Pernambuco vai investigar o caso.” 
Este lamentável acidente ocorreu próximo da minha residência. Tal fato levou-me a 
refletir sobre os riscos que estes trabalhadores – os que trabalham com sistemas de esgoto 
sanitários - estão sujeitos. Infelizmente, durante as minhas pesquisas, descobri que este 
episódio não é um caso isolado, mas que acidentes desta natureza tem sido recorrente por 
todo Brasil. 
O descaso dos empregadores, o desconhecimento dos riscos associados, e 
principalmente o valor da vida humana me levaram a decidir por este tema em minha 
monografia. O presente trabalho deve, a meu juízo, trazer uma reflexão sobre riscos 
associados às atividades laborais em sistemas de esgoto sanitário, bem como auxiliar 
aqueles que buscam promover um ambiente seguro para os trabalhadores que atuam nesta 
atividade em que os riscos são, indiscutivelmente graves e de grande impacto à vida e à 
saúde. 
 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 AS CONDIÇÕES DOS TRABALHADORES SANITÁRIOS 
 
No século XVII o médico Ramazzini, interessou-se pelas doenças do trabalho, então 
passou a observar os trabalhos dos “cloaqueiros”. Esses trabalhadores tinham a tarefa de 
esvaziar as fossas negras que armazenavam fezes e outros dejetos, como aliás ainda era 
feito rotineiramente, há até não muito tempo em diversas cidades brasileiras e, 
excepcionalmente, por trabalhadores de empresas de saneamento básico. (MENDES, 
2016, p. 292). 
Em pleno século 21, com todo avanço da ciência e da tecnologia, ainda se vê 
trabalhadores sanitários em condição degradantes de trabalho, não é de forma alguma raro 
9 
 
 
deparar com trabalhadores usando baldes e vassouras para limpar fossas expondo a sua 
vida e a sua saúde a graves riscos. Estes trabalhadores estão expostos a vários riscos, 
estes riscos incluem: infecções, exposição a gases tóxicos e gases inflamáveis/explosivos, 
distúrbios musculares, doenças de pele e problemas respiratórios. 
Para a eliminação dos riscos, ou pelo menos para minimização deles, medidas efetivas 
de segurança necessitam ser implementadas, medidas que são factíveis e relativamente 
fáceis de alcançar, basta ter boa vontade e comprometimento com a segurança, com a 
saúde e com o bem-estar do trabalhador. 
 
 
2.2 RISCOS ASSOCIADOS AS ATIVIDADES LABORAIS EM SISTEMA DE 
ESGOTO SANITÁRIO 
 
2.2.1 Categoria dos Riscos 
Segundo a Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho, os riscos são classificados 
em 5 categorias: riscos de acidentes, riscos ergonômicos, riscos físicos, riscos químicos 
e riscos biológicos. Os trabalhadores sanitários estão sujeitos todas as categorias de riscos, 
os quais sãos: 
- Riscos de acidentes: o trabalhador coloca-se em situações que podem afetar a sua 
integridade se expondo a risco de explosão devido a formação de gases com potencial 
explosivo. O trabalhador pode sofrer escoriações devido a arranjo físico inadequado do 
local em que está sendo feito o trabalho, há também os riscos de acidentes em locais de 
tráfico de automóveis que pode ser potencializado por falta de sinalização e isolamento 
da área. 
- Riscos ergonômicos: levantamento de peso excessivo, por exemplo: ao levantar uma 
tampa de concreto de uma fossa; postura inadequada devido ao arranjo físico apertado, 
como em poços de visita, galerias, caixas de gordura, foças sépticas, etc. 
- Riscos físicos: o trabalhador pode ficar exposto em locais sem ventilação e com calor 
excessivo, ou em locais frios e úmidos. 
- Riscos químicos: o trabalhador pode estar exposto a compostos químicos tóxicos, tal 
como a formação de gases devido a decomposição de matéria orgânica, bem como a 
contaminação química oriundo dos produtos químicos lançados nos esgotos. 
10 
 
 
- Riscos biológicos: As águas residuais e as partes sólidas dos esgotos sanitários contem 
grandes quantidades de bactérias e outros organismos patogênicos, o trabalhador 
desprovido de equipamentos de proteção estará sujeito a contaminação por estes agentes 
biológicos. 
 
2.2.2 Geração de Gases 
Atenção especial deve ser dado quanto a geração de gases devido ao processo de 
decomposição da matéria orgânica. O gás sulfídrico (H2S), oriundo da decomposição da 
matéria orgânica, é toxico e asfixiante, dependendo da concentração pode ser fatal se 
inalado pelo trabalhador (MATOS, 2012, p. 90). O metano (CH4) que também é formado 
pela decomposição do material orgânica é um asfixiante simples, em alta concentração 
desloca o oxigênio, é um gás inflamável e explosivo. Daí a necessidade da utilização dos 
equipamentos de respiração e das medidas de monitoramento dos gases que podem ser 
tóxicos, asfixiantes e provocar chamas e explosões. 
 
 
2.3 TREINAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO 
 
2.3.1 Treinamento de Integração e Periódico 
De acordo com a legislação brasileira, o empregador deve garantir a preservação da 
saúde e o bem-estar de seus empregados, dispondo de recursos necessários para evitar a 
ocorrência de acidentes e o desenvolvimento de doenças. 
Segundo os dados do Anuário Estatístico da Previdência Social, o Brasil é o quarto 
país que mais registra ocorrência de acidentes, estes dados demonstram o grande a 
necessidade de adotar medidas efetivas que melhorem as condições segurança para os 
trabalhadores brasileiros. Uma das medidas para a garantia do trabalho seguro é a 
capacitação dos trabalhadores através de treinamento. Através de treinamento os 
trabalhadores são informados sobre os riscos e os meios de prevenção. 
Pode-se dizer que há duas categorias de treinamento: o treinamento de integração e 
treinamento periódico. O treinamento de integração é aquele que é dado ao trabalhador 
quando ele é admitido pela empresa, já o treinamento periódico é ministrado 
periodicamente, são os treinamentos específicos associados ao tipo de atividade e aos 
riscos que o trabalhador estará sujeito. A NR-18 – Condiçõese Meio Ambiente de 
11 
 
 
Trabalho na Industria da Construção, diz no item 18.28.1 que todos os empregados devem 
receber treinamentos admissional e periódico, visando garantir a execução de suas 
atividades com segurança. Portanto estes treinamentos têm o objetivo de garantir que o 
trabalhador labore em suas atividades com segurança. 
 
2.3.1.1. Treinamento de Integração ou Admissional 
Conforme disposto na NR-1 – Disposição Gerais, o empregador tem o dever de 
informar ao trabalhador sobre todos os riscos associados às suas atividades e as medidas 
necessárias para evitar os acidentes e o desenvolvimento de doenças. O item 1.7 da NR-
1 estabelece que o empregador deve: 
c) Informar aos trabalhadores: 
I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; 
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa. 
 O treinamento de integração deve ser elaborado conforme os parâmetros das NRs. A 
NR-18, apesar de ser uma norma da construção civil, ela serve como base para elaborar 
os procedimentos das demais áreas. 
Quanto ao profissional que está habilitado para ministrar treinamento, a norma não 
especifica quem pode, porém presuma-se que o profissional mais qualificado para 
ministrar é aquele tem formação na área de segurança, podendo ser o engenheiro de 
segurança ou o técnico de segurança. 
É importante que se conheça bem os riscos de cada atividade e as medidas de 
mitigação dos riscos antes de ministrar os treinamentos. 
Para o treinamento de integração (ou admissional) e o treinamento periódico a NR-18 
estabelece o seguinte: 
18.28.2 – O treinamento admissional deve ter carga de 6 (seis) horas, ser 
ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas 
atividades, constando de: 
a) informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho; 
b) riscos inerentes a sua função; 
c) uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI 
d) informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC, disponíveis 
na empresa. 
 
12 
 
 
No artigo “Como Elaborar um Treinamento de Integração” (Neto, 2018), sugere os 
tópicos que podem ser abordados no treinamento: 
- História da empresa; 
- Política de segurança da empresa; 
- Explicar o que é segurança do trabalho; 
- Explicar o que é acidente do trabalho; 
- Informações sobre as condições e o meio ambiente de trabalho; 
- Os EPCs e EPIs que estão disponíveis na empresa; 
- Agradecimentos. 
 
2.3.1.2 Treinamento Periódico 
O treinamento é uma ferramenta eficaz na prevenção contra os riscos de acidentes. 
Muitas vezes os acidentes acontecem nas empresas por desconhecimento e desinformação, 
sendo que é responsabilidade do empregador oferecer aos seus empregados treinamento 
necessário para que se conheça os riscos associados as atividades de cada trabalhador e 
as medidas mitigadoras que devem ser adotadas. Para Buda, a aculturação dos 
empregados quanto a conscientização e prevenção se dá pelo treinamento frequente: 
A maneira de se evitar que o trabalhador cometa ou se 
exponha a Atos Inseguros é a orientação e o treinamento 
frequentes. Assim, a mudança da cultura do “isto nunca 
aconteceu...” deve ser inculcada nos trabalhadores, pois o 
pior inimigo da prevenção de acidentes é o excesso de 
confiança. (BUDA, 2004, p.31) 
As Normas Regulamentadores exigem que os trabalhadores que se expõe a 
determinados riscos realizem treinamentos específicos associados as suas atividades. No 
que diz respeito as atividades laborais em esgoto sanitário, os trabalhadores deverão ser 
treinados nas NRs relacionadas abaixo: 
• NR-6: EPI (Equipamento de Proteção Individual) 
- Conteúdo: Não está previsto 
- Carga horária: Não está prevista 
- Público-alvo: Trabalhadores que precisam utilizar EPIs 
- Periodicidade: Não está prevista 
 
13 
 
 
• NR-33: Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados 
Treinamento inicial para trabalhadores em espaço confinados – trabalhadores 
autorizados e vigias: 
- Conteúdo: de acordo com o subitem 33.3.5.4 da NR-33 
- Carga horária 16h/ Reciclagem 8h 
- Público-alvo: trabalhadores autorizados a vigias de espaços confinados 
- Periodicidade: Reciclagem a cada 12 meses 
 
Treinamento inicial para trabalhadores em espaço confinados – supervisores de 
entrada: 
- Conteúdo: de acordo com o subitem 33.3.5.4 e 33.5.45 da NR-33 
- Carga horária 40h/ Reciclagem 8h 
- Público-alvo: trabalhadores supervisores de entrada em espaços 
confinados 
- Periodicidade: Reciclagem a cada 12 meses 
 
• NR-35: Trabalho em altura: 
- Conteúdo: conforme item 35.3.2 da NR-35 
- Carga horária: 8h/ periódico 8h. 
- Público Alvo: Trabalhadores que realizam trabalhos acima de 2 metros do nível 
inferior com risco de quedas. 
- Periodicidade: A cada 2 anos ou quando ocorrerem situações descritas no item 
35.3.3. 
 
 
2.4 ADOÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA O TRABALHO SEGURO 
 
Os procedimentos de segurança são documentos de fundamental importância na 
gestão de SST. Destina-se a fornecer aos trabalhadores informações importantes para 
lidarem com os agentes de risco de forma segura. São documentos elaborados que 
contemplam todas as fases de cada atividade específica, tendo como objetivo o labor 
14 
 
 
seguro dos trabalhadores. Cada procedimento trará informações que servirá para orientar 
o trabalhador em cada fase de sua atividade, ajudando-o a lhe dar com todos os riscos 
associados as suas atividades. 
Os procedimentos devem ser simples e objetivos, e com linguagem fácil para facilitar 
o entendimento do trabalhador, e devem ser revisados quando necessário. A revisão deve 
passar pela análise dos representantes da SESMT (Serviço Especializado em Engenharia 
de Segurança e Medicina do Trabalho) e pela CIPA (Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes). (Valverde, 2017) 
 
 
2.5 ANÁLISE DE RISCOS PARA INDENTIFICAÇÃO E METIGAÇÃO DOS 
RISCOS 
 
A análise de riscos é uma das ferramentas imprescindível na gestão de SST, pois com 
ela pode-se identificar os riscos a adotar as medidas de prevenção. Segundo Camisassa, 
(2015, pg. 289) as medidas de controle dever ser precedida por técnicas de análise de 
riscos, que tem como principal objetivo: 
• Identificar a existência de riscos potenciais na atividade; 
• Dimensionar o grau de exposição do trabalho; 
• Identificar e corrigir problemas operacionais; 
• Determinar a adoção de medidas de controle. 
Existem eficientes metodologias para a elaboração da análise de riscos, dentre elas as 
mais usadas são: 
• Analise Preliminar de Risco (APR); 
• Analise de Modo de Falhas e Efeito (AMFE); 
• Hazard and Operability Studies (HAZOP); 
• Analise Preliminar de Perigo. 
Em algumas NRs a exigência de análise de riscos aparece de forma clara, muito 
embora a despeito se uma NR para determinada atividade contemple ou não aplicação de 
análise de riscos, dependendo da atividade e dos riscos associados, a análise de riscos 
deverá ser implementada sempre que necessário, a necessidade de ser ter ou não ficará a 
critério do profissional de SST. (Camisassa, 2015, pg. 289) 
 
15 
 
 
2.5.1 Modelo de APR (Análise Preliminar de Riscos) 
A figura 1 mostra um modelo de formulário de uma APR, que pode muito bem ser 
usado nas atividades de sistemas de esgoto sanitário, onde deve ser preenchido as etapas 
de cada tarefa com seus respectivos riscos e as medidas mitigadoras que devem ser adotas 
para o controle dos riscos. Os trabalhadores envolvidos nas atividades deverão estar 
contemplados no formulário com suas respectivas matriculas e assinaturas. 
 
 
Figura 1 – Formulário para Análise Preliminar de Riscos 
Fonte: Adolfo (2019) 
2.6 APLICAÇÃO DAS NORMAS PARA AS ATIVIDADES LABORAIS EM 
SISTEMA DE ESOTO SANITÁRIO 
 
Buda, em sua pesquisa, observa que os trabalhadores do setor de saneamento ainda 
estão desprovidos de umaNorma Regulamentara Específica, quanto a isto ele diz 
seguinte: 
16 
 
 
Como resultado, constatou-se que não há uma Norma Regulamentadora 
específica para o setor de saneamento e um código CNAE (Código 
Nacional de Atividade Econômica) que o represente, informando 
número de acidentes e funcionários. Verificou-se que muitos acidentes 
se repetem, como relatados por Loureiro em 1982, em seu trabalho de 
doutorado. Concluiu-se que a criação de Norma Regulamentadora 
específica para o setor pode não ser o fator determinante para a 
diminuição dos acidentes, porém, procedimentos eficazes de controle 
podem melhorar as condições de segurança e de higiene dos 
profissionais. Mas o setor necessita ainda e um Código CNAE que o 
represente mais diretamente. (BUDA, 2004) 
 
Embora ainda não haja uma norma especifica para o setor - se bem que já está 
tramitando nos órgãos competentes a criação de uma norma especifica para o setor de 
saneamento, segundo a informação do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e 
Meio Ambiente de SC - muitas NRs existente podem e devem ser aplicadas nas atividades 
relacionadas com esgoto sanitário. 
Ao todo são 36 Normas Regulamentadoras específicas que regulamentam várias 
atividades laborais. As principais NRs que podem estar relacionadas com as atividades 
de esgoto sanitário, são: 
 
NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
NR-15 – Atividades de Operação Insalubres 
NR-17 – Ergonomia 
NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
NR-26 – Sinalização de Segurança 
NR-35 – Trabalho em Altura 
NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados 
NR-35 – Trabalho em Altura 
 
 
 
17 
 
 
2.6.1 Atendimento da NR-35 – Trabalho em Altura 
As atividades laborais em esgoto sanitário, com muita frequência, são executadas em 
caixas e galerias que normalmente são de concreto ou alvenaria, nas quais o trabalhador 
necessita adentrar, seja para fazer uma limpeza ou para fazer algum tipo de manutenção. 
O trabalhador para executar o seu trabalho necessita acessar a caixa descendo por uma 
escada ou descendo através de guincho fixado num tripé posicionado na boca da caixa. E 
por ser tratar de atividades em locais em que há diferenças de alturas que normalmente 
ultrapassa dois metros, os requisitos da NR-35 devem ser atendidos. 
No item 35.1.1 da NR 35, que trata do objetivo da norma, considera que as medidas 
de proteção ao trabalhador envolvem planejamento, organização e execução, de forma 
que seja garantido a segurança e a saúde dos trabalhadores. Para o planejamento das 
atividades e para garantir o trabalho seguro deve ser adotado a análise de risco (item 
35.2.1 – b). A figura 2 ilustra um trabalhador dentro de uma caixa de esgoto, num espaço 
confinado, amarrados com cordas, tipificando o trabalho em altura no interior de caixa. 
 
 
Figura 2 – Manutenção em Caixa de Esgoto 
Fonte: Tiago (2018) 
 
2.6.2 Atendimento da NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços 
Confinados 
Devido ao alto risco associada as atividades dentro de caixas de esgoto, a NR-33 que 
trata sobre espaço confinado deve ser seguida com todo rigor. 
18 
 
 
Os trabalhos realizados em espaços confinados têm uma grande representatividade 
nas industrias, em veículos tanque e nas concessionárias de serviços públicos. (Serrão, et 
al., 2015, pg. 1). Acidentes envolvendo atividades em espaço confinado é uma triste 
realidade que se repete com frequência pelo país a fora. Dados do Ministério Público do 
Trabalho revela que durante 2012 a 2017, cerca de 15 mil trabalhadores foram vítimas de 
acidentes fatais (MTP NOTICIAS, 2018). É muito provável que muitos destes acidentes 
estão relacionados com atividades em espaço confinado. 
Para reduzir os acidentes em espaço confinado, tanto empregadores como os 
trabalhadores de esgoto sanitário devem fazer cumprir os requisitos da NR-33, que trata 
o espaço confinado da seguinte forma: “Espaço confinado é qualquer área ou ambiente 
não projetado para ocupação humana continua, que possua meios limitados de entrada e 
saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa 
existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.” (NR-33, item 33.1.2) 
Estruturas relacionado com o sistema de esgoto, tais como: caixa de inspeção, fossa 
sépticas, poços visita, galerias, etc., são estruturas caracterizadas como espaço confinado, 
pois não foram projetadas para ocupação humana, é difícil de entrar e sair, há grande 
deficiência de ventilação, há riscos de inalação de gases contaminantes, há riscos de 
inflamabilidade e explosividade e pode ter atmosfera deficiente de oxigênio. 
A NR 33 traz as diretrizes que devem ser efetivamente seguidas, dentre elas valem 
destacar: 
33.2.1 Cabe ao Empregador: 
d) implementar gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por 
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, 
de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho. 
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, 
da Permissão de Entrada de Trabalho (PET), conforme modelo constante no anexo II 
desta NR. 
 
33.2.2 Cabe aos trabalhadores: 
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR; 
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; 
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança 
e saúde ou de terceiros, que sejam de seu conhecimento; e 
19 
 
 
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidas nos treinamentos com relação aos 
espaços confinados. 
 
33.3.2 Medidas técnicas de proteção 
f) avaliar a atmosfera antes da entrada dos trabalhadores, para verificar se seu interior é 
seguro. 
 
33.3.3 Medidas administrativas 
p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, 
considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. 
 
33.3.3.3 O procedimento para o trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo 
de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e 
cancelamento da Permissão de Entrada, capacitação para os trabalhadores, análise de 
risco de medidas de controle. 
 
33.3.4 Medidas Pessoais 
 
33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhar em espaços confinados deve ser 
submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme 
estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão 
do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional – ASO. 
 
33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma 
individual ou isolada. 
 
33.3.4.10 Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde 
– Atmosfera IPVS -, o espaço confinado somente pode ser adentrado com utilização de 
máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar 
comprimido com cilindro auxiliar para escape. 
33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos sem a prévia capacitação do trabalhador. 
 
20 
 
 
33.3.53 Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e Supervisores de Entrada devem 
receber capacitação periódica a cada doze meses, com carga horária mínima de oito horas. 
 
33.5.3 É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem 
a emissão da Permissão de Entrada de Trabalho. 
 
 
2.7 CONHECIMENTO E ADOÇÃO DE EPI’S E EPC’S ADEQUADOS PARA OS 
PROFISSONAIS DE SANEAMENTO 
 
Para garantir a segurança do trabahador nas atividades laborais em sistema de esgoto 
sanitário é muito importante que se conheça os riscos e os EPIs apropridados para cada 
risco associado. Abaixo estão descritos osprincipais EPIs e EPCs que devem ser 
devidamente usados pelos trabalhadores: 
 
� Luvas de proteção de vaqueta; 
 
� Luvas de proteçõa em borracha nitrílica; 
 
� Botas de borracha do tipo antiderrapante; 
 
� Roupas impermeáveis; 
 
� Óculos de proteção; 
 
� Cinto paraquedista; 
 
� Mascara respiratória semi facial; 
 
� Conjunto respirador autônomo; 
 
� Tripé para entrada e resgate; 
 
� Sinalização. 
 
21 
 
 
2.7.1 Luvas de Proteção em Vaqueta 
Finalidade: Utilizada para proteção das mãos e punhos contra agentes abrasivos e 
escoriantes. 
 
 Figura 3 – Luva de Vaqueta 
 Fonte: Climb Clean (2019) 
 
 
2.7.3 Luva de Proteção em PVC 
Finalidade: Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado contra agentes 
químicos e biológicos. 
 
 
 Figura 4 – Luva de PVC 
 Fonte: Indusmed (2019) 
 
 
 
22 
 
 
2.7.4 Botas de Borracha do Tipo Antiderrapante 
Finalidade: Proteger os pés da umidade, dos agentes quimicos e biológicos, e para a 
proteção contra materiais perfurocortantes. 
 
Figura 5 – Bota Tipo Antiderrapante 
 Fonte: Foca no EPI (2019) 
 
2.7.5 Roupas Impermeáveis 
Finalidade: Utilizada para proteção do corpo contra umidade, agentes químicos e agentes 
biológicos. 
 
Figura 6 – Macacão para Saneamento 
Fonte: EPI BRASIL.COM (2019) 
 
23 
 
 
2.7.6 Óculos de Proteção 
Finalidade: Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecânicos, respingos e 
pequenas corpos projetáveis. 
 
 
 Figura 7 – Óculos de Proteção 
 Fonte: Super EPI (2019) 
 
 
2.7.7 Capacete de Proteção com Jugular 
Finalidade: Utilizado para proteção da cabeça do empregado contra agentes 
metereológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos 
provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação 
solar. 
 
 
 Figura 6 – Capacete de Proteção com Julgular 
 Fonte: SOLUÇÕES INDUSTRIAIS (2019) 
 
 
24 
 
 
2.7.8 Cinto Paraquedista 
Finalidade: Utilizado para proteção do empregado contra quedas em serviços onde exista 
diferença de nível. Em espaço confinado também é utilizado para içamento vertical do 
funcionário e resgate, quando necessário. 
 
 Figura 8 – Cinto Paraquedista 
 Fonte: Super EPI (2019) 
 
 
2.7.9 Máscara de Proteção Respiratória 
Finalidade: Utilizada para proteção respiratória em locais como presença de gases tóxicos 
e com deficiência de oxigênio. 
 
 Figura 9 – Máscara semifacial Figura 10 – Conjunto Autônomo 
 Fonte: Super EPI (2019) Fonte: Soluções Industriais (2019) 
 
25 
 
 
2.7.10 Detector de Gases 
Finalidade: Utilizado para detectar a presença de gases tóxicos e medir suas 
concentrações. Os aparelhos mais usados são aqueles são capazes de medir em um único 
aparelho (multigas) a presença de gás sulfídrico (H2S), monóxido de carbono, 
explosividade e a concentração de oxigênio. 
 
 
 Figura 11 – Detector de Gases 
Fonte: Central Brasil Instrumentos de Medição LTDA (2019) 
 
 
2.7.11 Tripé para Entrada e Resgate 
 
 
 Figura 12 – Tripé para Entrada e Resgate 
 Fonte: 3M (2019) 
 
Finalidade: Utilizados em conjunto com guinchos, resgatadores ou blocos de polias, eles 
auxiliam a entrada e saída do trabalhador, tanto na movimentação normal quanto, 
eventualmente, em resgates. 
26 
 
 
2.7.12 Sinalização 
 
 
Figura 13 – Placa de Segurança - Espaço Figura 14 – Placas de Segurança – EPIs Obrigatórios 
 Fonte: Towbar (2019) Fonte: Simões EPI (2019) 
 
Finalidade: As placas de sinalização são utilizadas para advertir sobre os riscos, para 
informar sobre os usos dos EPIs obrigatórios, para manter a distância, dentre outros. 
 
2.7.13 Uso Correto de Equipamento de Proteção Respiratória 
A principal via de entrada de substâncias nocivas à saúde do trabalhador são as vias 
respiratórias. Apesar das defesas naturais do corpo humano, as substâncias perigosas 
como gases tóxicos, vapores e partículas, podem entrar no interior do corpo através do 
trato respiratório. Além desses riscos ainda existe a possiblidade da exposição em 
ambientes com deficiência de oxigênio. Para proteger o trabalhador de todos estes riscos 
são adotadas medidas de segurança com a utilização de equipamentos de proteção 
respiratória. 
O uso do equipamento adequado é de estrema importância para segurança do 
trabalhador. Há vários tipos de respiradores disponíveis no mercado, e a escolha correta 
deve levar em consideração as condições ambientais que o trabalhador estará sujeito. 
Dependendo da situação que pode variar em função da presença de gases que podem ser 
tóxicos, inflamáveis e explosivos; dependerá também da concentração de oxigênio; do 
tempo de exposição do trabalhador e do grau de concentração do agente contaminante. 
Para a escolha correta do respirador, deve ser feito uma avaliação criteriosa dos riscos 
conforme preconiza o Programa de Proteção Respiratória da Fundacentro (2016, pg.16): 
27 
 
 
A avaliação dos riscos respiratórios é essencial para o processo de 
seleção e uso do respirador adequado e deve ser realizada por pessoa 
competente. A avaliação completa dos riscos inclui três etapas: 
a) avaliação dos perigos no ambiente; 
b) avaliação da adequação do respirador à exposição; 
c) avaliação da adequação do respirador à tarefa, ao usuário e ao 
ambiente de trabalho. 
 
No item 33.3.2 da NR-33 trata sobre as medidas que devem ser implementadas para 
eliminação dos riscos atmosféricos do em espaço confinados, ou seja, medidas que tratam 
sobre os riscos respiratórios. Vale destacar: 
 
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para 
verificar se seu interior é seguro; 
 
g) manter as condições atmosféricas aceitáveis na entrada durante toda realização dos 
trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço 
confinado; 
 
h) monitorar continuamente a atmosfera do espaço confinado nas áreas onde os 
trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as 
condições de acesso e permanência são seguras; 
 
i) proibir a ventilação com oxigênio puro; 
 
j) testar o equipamento de medição antes de cada utilização; e 
 
k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsicamente seguro, provido de alarme, 
calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de 
radiofrequência. 
 
 
 
 
28 
 
 
33.3.3 Medidas administrativas: 
 
p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, 
considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. 
 
Estas medidas que são determinadas pela N-33, dentre outras, devem ser seguidas 
com todo rigor para prevenir os acidentes, que podem sergraves e fatais. 
 
2.7.15 Atmosfera IPVS 
Atmosfera IPVS é aquela que oferece risco eminente à saúde e a vida do trabalhador, 
conforme o próprio nome sugere: “Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde”. 
Quando ambiente é caracterizado como IPVS, medidas mais restritivas deverão ser 
adotadas. Segundo a Fundacentro (2016, pg. 38), uma atmosfera IPVS é considerada 
quando apresenta as seguintes condições: 
 
a) o contaminante presente ou a sua concentração é 
desconhecida; ou 
b) a concentração do contaminante é maior que a 
concentração IPVS; ou 
c) é um espaço confinado com teor de oxigênio menor que 
o normal (20,9% em volume ao nível do mar ou ppO2 = 
159 mmHg), a menos que a causa da redução do teor de 
oxigênio seja devidamente monitorada e controlada; ou 
d) é um espaço confinado não avaliado 
 
A NR-33 no item 33.3.4.10 diz que em caso de existência da Atmosfera 
Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde – Atmosfera IPVS -, o espaço confinado 
somente pode ser adentrado com utilização de máscaras autônomas de demanda com 
pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para 
escape. 
Portanto quando o ambiente de trabalho é caracterizado como IPVS, conforme 
disposto no Programa de Proteção Respiratória da Fundacentro, não há brecha para outro 
tipo de respirador além daqueles exigidos pela NR-33. 
 
29 
 
 
 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As condições dos trabalhadores sanitários são – salvo as louváveis exceções - 
precárias, degradantes, humilhantes e perigosas. Para mudar esta lamentável realidade e 
alcançar um ambiente seguro nas atividades laborais em esgoto sanitário é necessário 
conhecer os riscos associados destas atividades e adotar as medidas necessárias para 
mitigá-los. O presente trabalho demonstrou a importância de conhecer estes riscos, 
pontuando que os trabalhadores sanitários podem estar sujeitos aos riscos de acidentes, 
ergonômicos, físicos, químicos e biológicos. Para prevenir contra os acidentes, este 
trabalho apresentou as medidas de prevenção, que são eficazes se efetivamente adotadas, 
sendo elas: a elaboração de procedimentos de segurança; o treinamento específico de cada 
atividade para a força de trabalho; a doção da análise de riscos; o cumprimento da normas 
de segurança, em especial a NR-33 e a NR-35; o conhecimento dos EPIs e EPCs 
necessário para cada atividade e a aplicação adequada conforme os riscos oferecidos. 
Melhorar as condições de trabalho e evitar que ocorram acidentes entre os 
trabalhadores sanitários é perfeitamente possível, basta que as medidas de prevenção 
sejam efetivamente adotadas. O intuito deste trabalho foi de contribuir para o alcance 
deste propósito. Longe de ser um material que esgote o assunto, pois há muito para 
pesquisar e produzir, contudo se o presente trabalho conseguir conscientizar sobre os 
riscos que estes trabalhadores estão sujeitos e ajudar de alguma forma na prevenção de 
acidentes, mesmo que timidamente, este trabalho terá alcançado o seu objetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
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Trabalhadores – Tradução para o Português do De Morbis Artificum Diatriba, por Dr. 
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SZABÓ JUNIOR, Adalberto Mohai. MANUAL DE SEGURANÇA HIGIENE E 
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em 3 fev. 2019 
 
NR-1 – Disposição Gerais 
 
31 
 
 
NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
 
N-33 – Segurança e Saúde em Espaços Confinados 
 
NR-35 – Trabalho em Altura 
 
Programa de proteção respiratória: recomendações, seleção e uso de respiradores. 
Coordenador técnico, Maurício Torloni; equipe técnica, Antonio Vladimir Vieira, José 
Damásio de Aquino, Sílvia Helena de Araujo Nicolai e Eduardo Algranti. - 4. ed. - São 
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Paulo: Atlas, 1995. 489 p. (Manuais de legislação, 16).

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