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Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP Autor: Décio Terror Filho Aula 15 18 de Junho de 2020 www.ezconcursos.com.br 1 ARTICULAÇÃO DO TEXTO: PRONOMES E EXPRESSÕES REFERENCIAIS, NEXOS OPERADORES SEQUENCIAIS. Sumário 1 – Coesão e coerência ....................................................................................................................................... 2 1 – Coesão recorrencial .................................................................................................................................. 3 2 – Coesão referencial .................................................................................................................................... 7 A. Sinônimos .............................................................................................................................................. 7 B. Hipônimos e hiperônimos ................................................................................................................... 11 C. Pronomes ............................................................................................................................................. 13 D. Pronomes demonstrativos .................................................................................................................. 14 E. Coesão referencial com o pronome relativo “que” ............................................................................. 31 F. Com advérbios ou locuções adverbiais ................................................................................................ 36 G. Coesão referencial com artigo: ........................................................................................................... 36 H. Verbos vicários (“ser” e “fazer”) .......................................................................................................... 38 I. Elemento de coesão por omissão (elipse) ............................................................................................ 40 3 – Elementos sequenciadores ou operadores argumentativos ................................................................. 42 2 – Lista de questões de revisão ...................................................................................................................... 53 3 – Gabarito ...................................................................................................................................................... 77 Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 2 1 – COESÃO E COERÊNCIA Olá, pessoal! Antes de falarmos da coesão textual, devemos entender o que é coerência. A coerência é o resultado de articuladores no texto que transmitem a harmonia de pensamento. Ela é pautada na lógica, com produção de sentido possível. A ruptura desta lógica ocorrerá por desvio do uso desses articuladores. Por exemplo: Se estou em dificuldades financeiras e necessito de um veículo para me locomover ao trabalho, há lógica em comprar um carro de luxo? Certamente, não! Então, se uma agência de carros me oferece um veículo novo, pela lógica financeira em que me encontro, devo recusar, pois não terei como pagar. No texto, a coerência é a utilização de articuladores que mantenham a lógica. A incoerência ocorre quando o produtor do texto, por desconhecimento ou até mesmo intencionalmente, utiliza marcadores linguísticos inconvenientes ao resultado esperado. Por exemplo: Faço faculdade, mas aprendo muito. O enunciado “Faço faculdade” nos transmite a ideia de estudo, o que nos levaria à conclusão de que naturalmente aprenderíamos muito neste ambiente do saber. Não caberia, então, na relação entre esses dois enunciados, a conjunção “mas”, por transmitir valor de oposição, contraste. Tendo em vista manter a coerência nos argumentos, o ideal neste contexto seria a conjunção “portanto”, “logo”, pois transmitiria um resultado esperado. A incoerência pode ter ocorrido porque o autor não prestou atenção no valor do conectivo “mas”. Assim, teríamos um vício na linguagem. Mas essa incoerência poderia ter sido proposital, pois a intenção do autor seria justamente a de criticar o ensino nas faculdades. Diante desse novo contexto, percebemos que a frase passa, agora, a ter coerência. Resumindo, percebemos que a coerência se baseia na lógica, na harmonia dos elementos linguísticos em seu contexto. A incoerência, portanto, será o rompimento dessa lógica. Para que haja coerência no texto, necessitamos da utilização dos elementos de coesão. A coesão é o elemento que faz as ligações entre as palavras do texto para gerar a harmonia entre os argumentos. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 3 Assim, no exemplo anterior, vimos que a conjunção “mas”, numa primeira leitura, traria incoerência. Essa conjunção é o elemento coesivo, e sua utilização gera a coerência ou não nos argumentos, dependendo sempre do contexto. Portanto, a coerência é o resultado da boa utilização dos elementos de coesão. Normalmente, dizemos que a coesão está no plano gramatical (o uso das palavras) e a coerência está no plano dos sentidos (a interpretação dos elementos coesivos no plano do texto, dos argumentos). Vários são os mecanismos de coesão. Eles podem ligar palavras ou orações (coesão sequencial, também chamados de operadores argumentativos), ser elemento de referência a algo expresso anteriormente ou posteriormente (coesão referencial) ou pode repetir o vocábulo por motivo de ênfase ou estilo (coesão recorrencial). 1 – Coesão recorrencial Começando com a explicação do último deles, muitas vezes, nós nos deparamos na escrita com a repetição de vocábulos. Essa repetição pode ser intencional ou não. Um dos princípios fundamentais da coerência/coesão de um texto é a necessidade de se repetir, em seu desenvolvimento linear, elementos anteriores. Mas, se por um lado as repetições são inevitáveis, por outro devem ser feitas sob determinadas condições, a fim de não tornar o texto deselegante ou monótono. Em termos gerais, a repetição de palavras só é considerada um problema na composição de um texto sob algumas condições, expostas a seguir. a) Quando há proximidade entre os vocábulos repetidos: Oscar tinha um sítio. Um dia Oscar resolveu viajar. b) Quando os vocábulos são rigorosamente os mesmos, sem qualquer expansão ou redução e mesmo sem variação de gênero ou número: O tráfico de animais silvestres constitui prática ilegal. Para coibir a prática ilegal, as autoridades responsáveis montam barreiras nas estradas, para impedir as tentativas de exportar os animais silvestres. c) Quando ocorre em número excessivo: Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de ônibus uma verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que torna as viagens de ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro. Ainda assim, em alguns casos especiais (textos publicitários, literários, ditados populares), a repetição não é vista como deficiência, quando há a intenção, por motivo de ênfase ou estilo: Quem bebe cerveja alemã, não bebe outra cerveja; quem bebe cerveja dinamarquesa, bebe qualquer cerveja; quem bebe cerveja inglesa não gosta é de cerveja. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 4 Também no caso de o termo repetido estar sendo usado em outro sentido, a repetição não é vista como um problema textual: Quem casa quer casa. De acordo com as palavras de Othon M. Garcia, “se a repetição resultante da pobreza de vocabulário ou de falta de imaginação para variar a estrutura da frase pode ser censurável, a repetição intencional representa um dos recursos mais férteis de que dispõe a linguagem para realçar as ideias: Tudo se encadeia, tudo se prolonga, tudo se continua no mundo (O. Bilac)” As repetições intencionais tornam-se mais enfáticas, quando observam o paralelismo. Os sermões de Padre Antônio Vieira abundam em construções deste tipo: Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é negro; se com amor, o demônio é formoso; se com ódio, o anjo é feio; se com amor, o pigmeu é gigante. (“Sermão da quinta-feira” Padre Antônio Vieira) A repetição da estrutura “Se...com...”→ “o...é...” mostra uma cadência, um ritmo que embala as frases. Assim, há exemplo clássico de repetição intencional. Portanto, sem um tom estilístico, sem intencionalidade, a repetição não é bem vista na língua culta. Assim, o autor do texto tem a possibilidade de escolher vários recursos que evitam esta repetição, os quais serão vistos adiante: 1. (UFPel / UFPel Médico 2015) Fragmento de texto: O moço que jogou aquele avião contra as montanhas na França (até o momento em que escrevo não apareceu nenhuma outra explicação para a tragédia) levou 150 pessoas com ele para seu abismo particular. Ele teria problemas psicológicos, mas nada que o impedisse de comandar um avião, segundo a Lufthansa. Pelo menos para a Lufthansa, ele era uma pessoa “normal”. De repente, se viu sozinho na cabine de comando, com o avião nas suas mãos. Talvez tenha se autoinebriado com a enormidade do que poderia realizar. Cento e cinquenta pessoas, 150 destinos – nas suas mãos. Não seria uma simples destruição, mas um suicídio compartilhado, uma obliteração em massa. Nos poucos momentos que durou a queda induzida do avião [...] As expressões “aquele avião” (linha 1), “um avião” (linha 4), “o avião” (linha 6) e “do avião” (linha 10) são empregadas no texto para: (a) dar credibilidade às informações contidas no texto. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 5 (b) tornar o texto mais inteligível. (c) tornar o texto monótono. (d) garantir a manutenção do tema abordado. (e) ressaltar a dimensão da tragédia. Comentário: Observe que há repetição do termo “avião” no trecho. Isso serve para manter a coesão e garantir a manutenção do tema abordado. Dessa forma, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D 2. (FGV / TCE SE Analista de Tecnologia – 2015) Exigências da vida moderna Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo. Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber. (Luiz Fernando Veríssimo) “Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo”. O segundo parágrafo do texto 2 entra em coesão com o anterior pela: (A) repetição de uma mesma estrutura; (B) referência a um termo anterior por meio do pronome “los”; (C) referência a um trecho anterior por meio de “o que”; (D) repetição do numeral “dois” por meio da palavra “dobro”; (E) continuidade do uso de um mesmo tipo de variação linguística. Comentário: Não se nota neste segundo parágrafo nenhuma palavra que faça referência direta ao período anterior. Na realidade, a repetição da expressão “todos os dias” e da conjunção “E” iniciando o período é que marca a coesão entre esses parágrafos. Veja: Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 6 Gabarito: A 3. (FGV / Prefeitura de Osasco Analista – 2014) Fragmento do texto: Em um belo dia a deusa dos ventos beija o pé do homem, o maltratado, desprezado pé, e desse beijo nasce o ídolo do futebol. Nasce em berço de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraçado a uma bola. Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criança alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai e ninguém mais consegue ver a bola, e quando jovem voa e faz voar nos estádios. Suas artes de malabarista convocam multidões, domingo após domingo, de vitória em vitória, de ovação em ovação. No trecho “(...) joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai (...)”, o valor estilístico da repetição do “e” (polissíndeto) expressa, no contexto: (A) acréscimo; (B) ampliação; (C) reiteração; (D) intensificação; (E) redundância. Comentário: A repetição tem um tom enfático, por ser uma reiteração da informação. Por isso, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C 4. (FGV / Compesa Técnico em Contabilidade – 2014) “Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves, nas quais os operários reivindicavam jornada de trabalho de oito horas diárias. Essa reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples: se o dia tem 24 horas, deveria ser dividido logicamente em três partes de oito horas – uma para o trabalho, outra para descanso e lazer e outra para o estudo.” O segundo termo sublinhado estabelece com o primeiro o mesmo tipo de relação de coesão que ocorre em (A) Construir estradas de ferro parece ser uma solução para o transporte de mercadorias, mas os construtores reclamam das más condições de trabalho. (B) Aderir a manifestações de rua virou moda no Brasil, mas a adesão já trouxe muitos problemas a alguns manifestantes. (C) Os movimentos grevistas cresceram no país, mas crescer não significa obrigatoriamente aumento de consciência política. (D) Eclodiram nos Estados Unidos diversas greves e essa explosão acarretou mudanças nas leis trabalhistas. (E) Dividir o dia em três partes é uma criação engenhosa, mas dividirem-no assim atende a interesses dos patrões. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 7 Comentário: Vimos que a repetição intencional pode ser bem estruturada a partir da modificação da palavra repetida, assim como ocorreu no trecho acima. A ação expressa no verbo “reivindicavam” foi retomada por meio do substantivo “reivindicação”. A questão pede a alternativa que utiliza o mesmo recurso. Na alternativa (A), ocorre o verbo “construir”, mas o substantivo “construtores” não retoma a ação anterior, mas tão somente apresenta o agente dessa ação. A alternativa (B) é a correta, pois há o verbo “aderir” e em seguida a retomada dessa ação por meio do substantivo “adesão”. Na alternativa (C), há o verbo “cresceram” e em seguida a retomada da ação por meio de mais um verbo: “crescer”. Na alternativa (D), não houve a repetição de vocábulos, mas a retomada de uma informação anterior, pois “essa explosão” retoma a ideia da eclosão das diversas greves nos Estados Unidos. Na alternativa (E), não houve a repetição de vocábulos, mas a retomada de uma informação anterior por meio de um pronome átono, pois “o” retoma “o dia”. Gabarito: B O autor do texto tem a possibilidade de escolher vários recursos que evitam esta repetição, os quais serão vistos adiante: 2 – Coesão referencial A referência ao termo anterior ou posterior pode se dar de várias formas. A. Sinônimos O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores imediatos a fim de verificar a melhor estratégia de enxugamento da dívida pública. O presidente dos Estados Unidos sabe que o período é muito crítico. Este parágrafo possui um inconveniente na linguagem. Repetiu vocábulos muito próximos. Isso empobrece o texto. A fim de transmitir uma linguagem culta e adequada à formalidade, deve-se evitar a repetição viciosa. Neste caso, é necessário inserir palavras de mesmo valor semântico, chamadas sinônimas contextuais. Veja: O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores imediatos a fim de verificar a melhor estratégia de enxugamento da dívida pública. O chefe da nação mais poderosa do planeta sabe que o período é muito crítico. Perceba que a palavra “chefe” é sinônima contextual de “presidente” e a expressão “nação mais poderosa do planeta” é sinônima contextual de “Estados Unidos”. Assim, o texto fica mais elegante, seguindo os padrões da norma culta. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 8 5. (COMPERVE/SESAP-RN Assistente Técnico em Saúde 2018) Para responder à questão, considere o trecho a seguir. Parentes de pacientes que foram diagnosticados com enfarte ou derrame tinham maiores chances de eles mesmos apresentarem o quadro [3] durante sua vida. A expressão em destaque retoma A) eles mesmos. B) parentes de pacientes. C) maiores chances. D) enfarte ou derrame. Comentário: A palavra “quadro” foi empregada no sentido de quadro clínico ou condição clínica, isto é, o problema de saúde que foi diagnosticado nos pacientes. Assim, a expressão “quadro” retoma os termos “enfarte ou derrame”. Portanto, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D 6. (FUNRIO / SESAU-RO Enfermeiro – 2017) Fragmento de texto: TANTO PRÓ E TANTO CONTRA Há um intenso debate sobre se a economia brasileira já saiu da recessão ou, se não, quando isso pode acontecer. Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando um país produz em um determinado período menos do que em momentos anteriores. Isso aconteceu em 2015, quando o PIB caiu espantosos 3,8% e em 2016, provável redução do mesmo tamanho. Portanto, quase 9% de perda de produto em dois anos. O desastre estará superado apenas quando a economia recuperar essa perda. Carlos Alberto Sardenberg, O Globo, 09/02/2017 O termo “desastre”, no início do segundo parágrafo se refere: A) ao debate intenso sobre a economia. B) à provável redução do PIB em 2017. C) à ocorrência da recessão econômica. D) à queda maior do PIB em 2016. E) à superação da perda do PIB brasileiro. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 9 Comentário: O termo “desastre” refere-se à recessão econômica, que somente poderá ser superada quando a economia recuperar a perda do PIB. Comprove: á um intenso debate sobre se a economia brasileira já saiu da recessão ou, se não, quando isso pode acontecer. Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando um país produz em um determinado período menos do que em momentos anteriores. Isso aconteceu em 2015, quando o PIB caiu espantosos 3,8% e em 2016, provável redução do mesmo tamanho. Portanto, quase 9% de perda de produto em dois anos. O desastre estará superado apenas quando a economia recuperar essa perda. Portanto, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C 7. (IDECAN / CBM-DF - 2º Tenente - Complementar Serviço Social – 2017) Memória coletiva Em 1925, quando a era das comunicações começava a se acelerar, o filósofo francês Maurice Halbwachs aventou a ideia de uma “memória coletiva”: o conjunto de lembranças que um grupo de pessoas compartilha sobre um evento marcante e que, somado a fatos e imagens de domínio público, forma um tecido muito mais extenso e bem tramado do que a simples soma das recordações individuais. Esse tecido é tão forte, aliás, que pode ser compartilhado até mesmo por gerações que não assistiram aos acontecimentos. É um fenômeno presente na maneira como os judeus lembram o Holocausto ou os americanos revivem a Guerra do Vietnã. Na vida brasileira, o ano de 1970 é um desses polarizadores da memória coletiva: o ano em que o país reuniu a mais brilhante escalação da história do futebol, em que esse time derrotou de maneira quase heroica cada um dos seus adversários [...], em que a população experimentou, na Copa do Mundo, seu primeiro grande evento de mídia – e também um ano em que a ditadura militar arrancava as pessoas de suas casas e sumia com elas, em que tudo era dito aos sussurros e em que essa euforia de uma torcida nacional foi usada como cortina de fumaça para o desgoverno e se misturou a ele. [...] E está aí, em boa medida, a beleza de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (Brasil, 2006) [...]: na maneira como ele ao mesmo tempo separa e une esses dois fios da memória. No começo de 1970, Mauro (Michel Joelsas), de 12 anos, é tirado às pressas de sua casa em Belo Horizonte e levado para o apartamento do avô, no bairro paulistano do Bom Retiro. Os pais, aflitos, dizem que estão saindo de férias e, quando puderem, voltarão para buscá-lo, de preferência a tempo de assistirem juntos à Copa. Vão-se embora sem conferir se o avô recebeu o menino em segurança. Mas ele não está em casa, nem vai voltar. Mauro vira então atribuição da vizinhança. Mora meio na casa vazia do avô, meio no apartamento ao lado, do velho Shlomo (Germano Haiut), zelador da sinagoga local – o Bom Retiro reunia então uma forte comunidade judaica, a que Mauro nem sabia pertencer. Janta com uma pessoa, almoça com outra, brinca com as crianças do bairro e, o tempo todo, mantém um olho grudado no futebol e o outro no telefone, à espera de uma ligação dos pais que não chega nunca. [...] (BOSCOV, Isabela. Disponível em: http://arquivoetc.blogspot.com.br/2006/10/memria-coletiva.html.) Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 10 Acerca da articulação entre as ideias que se estabelece no texto através dos mecanismos de coesão textual, está correta a afirmativa: A) A coesão referencial pode ser vista em “[...] o conjunto de lembranças que um grupo de pessoas compartilha [...]” (1º§). B) A citação do nome do filósofo francês, Maurice Halbwachs, demonstra que através da utilização de expressões equivalentes, a coesão lexical é estabelecida. C) Na coesão por substituição ocorre a escolha de um termo que representa um outro já referido no texto, como acontece com “Mauro” em substituição a “Michel Joelsas”. D) A escolha na utilização do termo “país” no lugar de “técnico” em “o país reuniu a mais brilhante escalação da história do futebol,” (1º§) demonstra que a omissão do termo adequado proporciona maior coesão textual. Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois vimos que a coesão referencial é aquela em que uma palavra faz referência a outra, o que ocorre com o pronome relativo “que”, o qual retoma a expressão “o conjunto de lembranças”. A alternativa (B) está errada, pois a expressão “o filósofo francês Maurice Halbwachs” deu início a uma informação nova, não havendo uma retomada ou projeção de um referencial. Isso poderia ter ocorrido se num momento anterior houvesse sido mencionado no texto o nome “Maurice Halbwachs” e em seguida houvesse a retomada por meio, por exemplo, da expressão “esse o filósofo francês”. Como isso não ocorreu, não há elemento de coesão. A alternativa (C) está errada, pois “Michel Joelsas” não substitui “Mauro”, não são palavras sinônimas. O que ocorreu, na verdade, foi a indicação do artista que interpretou o personagem “Mauro” na trama. Assim, não há elemento de coesão por substituição. A alternativa (D) está errada, pois a escolha vocabular de “país” no lugar de “técnico” não significa ter havido melhor ou pior coesão. Simplesmente, houve a substituição de um vocábulo por outro, num processo figurativo de linguagem chamado de metonímia. Mas veja bem: note que a palavra “técnico” não havia sido inserida no texto anteriormente. Assim, a palavra “país” não se encontra num processo de coesão por substituição, por ser a primeira vez que tal vocábulo é inserido neste sentido. Gabarito: A 8. (FGV / INEA Administrador – 2013) “Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos”. Nas alternativas a seguir, a substituição do termo sublinhado foi feita por outro equivalente de modo adequado, à exceção de uma. Assinale‐a. (A) desastre / catástrofe (B) reestruturou‐se / reorganizou‐se Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 11 (C) monitoramento / acompanhamento (D) integradas / conjuntas (E) redução / eliminação Comentário: Certamente, você percebeu que reduzir é bem diferente de eliminar, concorda?!!! Confira: “Particularmente, após a catástrofe da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reorganizou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no acompanhamento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas conjuntas para redução de riscos”. Assim, a alternativa (E) é a errada. Gabarito: E B. Hipônimos e hiperônimos A palavra que apresenta um significado mais abrangente é chamada de hiperônimo. O prefixo “hiper” dá a noção de generalização. Já a palavra que especifica o sentido é chamada de hipônimo. O prefixo “hipo” transmite o valor de especificação. Assim, algumas vezes preferimos retomar uma palavra ou expressão anterior por outra de valor mais específico ou mais generalizante. 9. (AOCP / CODEM - PA Analista Fundiário – Advogado – 2017) “Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das pessoas o adora”. Nesse segmento do texto, o termo ou expressão em destaque que se refere a um outro termo anterior, estabelecendo a coesão textual, é a) “Internet”. b) “o Facebook” c) “o meio de comunicação”. d) “o nosso tempo”. e) “a maior parte das pessoas”. Comentário: O termo “internet” é retomado pela expressão “o meio de comunicação”. Veja: Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 12 “Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das pessoas o adora”. Logo, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C 10. (CESPE / MPC-PA Analista Ministerial – Controle Interno e Externo 2019) Fragmento de texto: O economista indiano traçou então, pela primeira vez, uma relação causal entre fome e questões sociais como pobreza e concentração de renda. Tirou, assim, o foco de aspectos técnicos e mudou o tom do debate internacional sobre a questão e as políticas públicas a serem tomadas a partir daí. No texto CG2A1-I, o termo “a questão” (linha 3) remete à A) fome. B) produção de alimentos. C) queda na taxa de mortalidade. D) pobreza. E) concentração de renda. Comentário: O termo “a questão” refere-se à fome, pois entendemos que, ao estabelecer uma relação causal entre a fome e questões sociais, o economista mudou o tom do debate internacional sobre a fome. Dessa forma, a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A 11. (FUNRIO SESAU-RO Técnico em Informática – 2017) “Semanas antes do anúncio dos primeiros casos de febre amarela silvestre, em janeiro, a doença já assustava no Leste de Minas Gerais. Famílias de pequenos municípios choravam seus mortos e doentes em dezembro sem saber de que mal se tratava”. Nesse segmento do texto, o termo que se refere a um outro termo anterior é: A) a doença. B) febre amarela. C) Minas Gerais. D) pequenos municípios. E) mortos e doentes. Comentário: No trecho acima, o termo “a doença”, palavra que apresenta um significado mais abrangente, retoma o termo “febre amarela”, que é um termo mais específico da doença. Há, portanto, uma coesão por hiperônimo. Assim, a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 13 12. (FGV / Funarte Assistente Administrativo – 2014) “Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o ditador, Aristides salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude humanitária”. Desse segmento do texto, o elemento de coesão identificado erradamente é: (A) Aristides / forma abreviada de Aristides de Souza Mendes; (B) o país / hiperônimo de Portugal; (C) o ditador / qualificação de Salazar; (D) sua / possessivo referente a Aristides de Sousa Mendes; (E) atitude humanitária / referência a salvar judeus da morte. Comentário: A alternativa (A) está correta, tendo em vista que houve apenas uma redução do termo retomado. No lugar de todo o nome “Aristides de Sousa Mendes”, houve a retomada apenas do primeiro nome. A alternativa (B) é a errada, pois “o país” é realmente um hiperônimo, porém refere-se apenas à França e não a Portugal. A alternativa (C) está correta, pois “Salazar” era conhecido como ditador. Assim, realmente houve a retomada do substantivo “Salazar”, por meio de sua característica: “ditador”. A alternativa (D) está correta, pois o pronome possessivo “sua” realmente retoma “Aristides de Sousa Mendes”. A alternativa (E) está correta, pois “atitude humanitária” realmente faz referência à ação de salvar judeus da morte. Confirme: “Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o ditador, Aristides salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude humanitária”. Gabarito: B C. Pronomes Os pronomes são elementos de coesão por princípio, pois retomam ou projetam elementos no texto. Veja: Ana Clara realizou uma prova ontem. Ela não havia levado seu material de estudo, então pediu a um amigo que morava perto de sua casa que o trouxesse à faculdade, pois todo o resumo se encontrava nele. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 14 Perceba que o pronome pessoal “Ela” retomou “Ana Clara”. O pronome possessivo “seu”, além de fazer subentender a preposição “de”, retoma “Ela” (=material dela). O pronome relativo “que” se refere ao vocábulo “amigo” (amigo morava...). O pronome “sua” novamente retoma “Ela” (casa dela). Os pronomes “o” e “nele” fazem referência à expressão “material de estudo”. Com isso, podemos perceber o papel crucial dos pronomes na retomada de palavras. Essa referência ao que foi dito anteriormente é chamada de recurso anafórico ─ recurso muito utilizado. Mas ele também pode projetar o sentido, isto é, fazer uma abertura para depois inserir o elemento. Veja: Ana já soube de sua nota: cinco. A nota de Ana foi esta: cinco. Preciso de algo: descanso. Chamamos isso de recurso catafórico. Não temos que decorar os nomes, mas saber identificar a quem o nome se refere, quem ele retoma e quem ele projeta. Para tal, basta lermos com calma o texto e confirmarmos os dados nele. Verifique essa coesão referencial em um texto da prova de Analista de Finanças e Controle (STN) 2008: D. Pronomes demonstrativos Os pronomes demonstrativos devem ser estudados com especial atenção, pois são divididos em anafórico e catafórico, os quais trabalham a coesão referencial, por retomar palavra ou expressão dita anteriormente e referenciar-se a termo posterior, respectivamente. Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo; tal; semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis. O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático. Todas as experiências anteriores ou foram autoritárias ou tinham algumas características da democracia, mas não a realizavam por completo. Boa parte desse resultado político se deve à Constituição de 1988, num sentido mais amplo que as regras por ela determinadas. Além do arcabouço institucional original, o espírito quer norteou a confecção do texto democratizantes na vida política brasileira. Ainda há, no plano da cidadania, distância entre Brasil legal e o Brasil real. As formas de participação extraeleitoral ainda são subaproveitadas. Grande parte da população não as usa. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 15 Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda vai ser dito ou escrito (recurso catafórico), e “esse, essa, isso” (recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito. A verdade é esta: o Brasil será campeão. O Brasil será campeão. A verdade é essa. Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se “este, esta, isto” em relação ao que foi mencionado por último e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar. (A, B. Este, aquele) Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele. Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas. b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s). Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu) A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que apresentar) c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos ou de semelhante, semelhantes: Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente. Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato. d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos quando equivalem a tal, tais: O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio de janeiro. Não se veriam semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos municipais fossem eficazes ou, pelo menos, existissem. C C Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 16 Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente. Semelhante tradição vinha de longe, através dos escritores gregos, sobretudo de Platão” (Aquilino Ribeiro). e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria, próprias são demonstrativos quando têm o sentido de “idêntico”, “em pessoa”: Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros. Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue. 13. (Instituto AOCP / Prefeitura de Novo Hamburgo - RS Assistente Social 2020) A expressão em destaque em “Outro obstáculo para a gratidão […]” (5º parágrafo) retoma a) “Os efeitos benéficos da gratidão” – (3º parágrafo). b) “atos de bondade” – (4º parágrafo). c) “senso de dívida” – (4º parágrafo). d) “beneficiários” – (4º parágrafo). e) “comunidade mais impessoal e fragmentada.” – (5º parágrafo). Comentário: O quarto parágrafo indica que atos de bondade também podem fomentar desconforto. Em seguida, há um primeiro exemplo: “se pessoas sentem que não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão não se realizarão”. Em seguida, outro exemplo: “Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos beneficiários uma sensação de que precisam pagar de volta a bondade recebida.”. Por isso, o 5º parágrafo inicia com a expressão “Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento”. Assim, o termo sublinhado efetivamente não retoma “senso de dívida”, mas coaduna com seu sentido e lhe dá sequência. Assim, a alternativa (C) é a correta. Confirme: É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por exemplo, se pessoas sentem que não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão não se realizarão. Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos beneficiários uma sensação de que precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer apenas se as pessoas têm confiança o suficiente em si mesmas e nos outros para permitir que isso aconteça. Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento. Em vez de sentir um benefício como uma virada boa, as pessoas às vezes o veem como um mero pagamento do que lhes é devido, pelo qual ninguém merece nenhum crédito moral. Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo feita, deixar de lado oportunidades por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma comunidade mais impessoal e fragmentada. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 17 Note que as demais alternativas não apresentam expressões que apresentariam obstáculos para a gratidão. Gabarito: C 14. (Instituto AOCP / Prefeitura de Cariacica - ES Contador 2020) “O que desejo é provocar o leitor a desenvolver seu senso crítico diante da informação que se consome e, com isso, não tomar como verdade tudo aquilo que o impacta. O mesmo “poder” que a tecnologia nos dá para disseminar informações também nos proporciona a possibilidade de investigá-las, contestá-las, analisá-las. No entanto, investigar, contestar e analisar é trabalhoso, exige esforço de pensamento e queima de fosfato”. Levando em consideração a função coesiva dos elementos destacados no texto apresentado, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. Os pronomes “seu” e “o” fazem referência a um mesmo termo. II. O pronome “que” retoma o substantivo antecedente “poder” e introduz a oração adjetiva: “que a tecnologia nos dá”. III. O pronome pessoal do caso oblíquo “las”, nas três vezes em que é empregado, refere-se ao termo “informações” e tem função sintática de objeto indireto. IV. Tal pronome “las” refere-se à 2ª pessoa do plural. a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e IV. d) Apenas III e IV. Comentário: A afirmação I está correta, pois os pronomes "seu" e "o" retomam o substantivo "leitor”. A afirmação II está correta, pois realmente o pronome relativo “que” retoma o substantivo “poder”, por isso a oração “que a tecnologia nos dá” é subordinada adjetiva. A afirmação III está errada. É certo que as três ocorrências do pronome átono “-las” retomam os substantivos “informações”. Porém, esses pronomes átonos “-las” não podem ocupar a função de objeto indireto, mas de objeto direto. A afirmação IV está errada, pois o pronome “-las” refere-se à terceira pessoa do plural, e não à segunda pessoa. Como as afirmações I e II estão corretas, devemos marcar a alternativa (A). Gabarito: A 15. (Instituto AOCP / PC-ES Auxiliar Perícia Médico-Legal 2019) Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 18 No excerto “Este é o motivo pelo qual os eventos são sempre reinterpretados [...]”, o termo em destaque realiza uma A) anáfora, retomando todo o conteúdo do quadrinho anterior. B) anáfora, retomando parte do conteúdo posterior - “toda vez que [...].” C) catáfora, retomando parte do conteúdo do quadrinho anterior - “[...] os eventos têm [...].” D) catáfora, antecipando o conteúdo do último quadrinho. E) catáfora, antecipando o conteúdo presente no mesmo quadrinho - “toda vez que [...].” Comentário: O pronome “este” é catafórico, isto é, antecipa a explicação de que “toda vez que os valores mudam precisamos de novas razões da história para acomodar acontecimentos atuais” para a informação do segundo quadrinho. Portanto, a alternativa (E) é a correta. Gabarito: E 16. (Instituto AOCP / PC-ES Auxiliar Perícia Médico-Legal 2019) Fragmento de texto: É interessante notar que a Constituição brasileira ratifica esse tipo de policiamento ao estabelecer, em seu artigo 114, que a segurança pública não é apenas dever do Estado e direito dos cidadãos, mas responsabilidade de todos. Essa nova forma de “fazer a segurança pública” é também resultado do processo de democratização das polícias. Em sociedades democráticas, as polícias desempenham várias outras funções além de lidar com o crime. Exige-se que ela esteja constantemente atenta aos problemas que interferem na segurança e bem- estar das pessoas e atenda às necessidades da população tanto de forma reativa (pronto-atendimento) como também pró-ativa (prevenção). Considere o excerto “Exige-se que ela esteja constantemente atenta [...]”. O termo em destaque possui como referente A) nova forma de “fazer política”. B) constituição brasileira. C) comunidade. D) polícia. E) segurança pública. Comentário: Note que o pronome “ela” se refere à polícia, pois o texto transmite a informação de que a polícia deve estar sempre atenta aos problemas que interferem na segurança e bem-estar das pessoas e às necessidades da população. Dessa forma, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 19 17. (AOCP / PM-TO Soldado 2018) Em relação aos termos destacados no seguinte excerto: “Embora ele a afirme explicitamente apenas mais uma vez, a crença de que batalhas frequentes debilitam um estado e que mesmo inúmeras vitórias o podem levar à ruína subjaz a todos os Métodos militares.”, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). I. O verbo destacado “subjaz” está no singular para concordar com o sujeito “à ruína”. II. A locução verbal “podem levar”, em destaque, tem como sujeito “batalhas frequentes”. III. O pronome oblíquo “o”, em destaque, é utilizado para estabelecer coesão anafórica, retomando “um estado”. a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e III. d) Apenas II. e) Apenas III. Comentário: A afirmação (I) está errada, pois o sujeito não pode ser preposicionado e “à ruína” é objeto indireto. Dessa maneira, podemos eliminar as alternativas (A) e (B). A afirmação (II) está errada, pois “inúmeras vitórias” é o sujeito de “podem levar”. Dessa maneira, podemos eliminar as alternativas (C) e (D). A afirmação (III) está correta, pois, em “batalhas frequentes debilitam um estado e que mesmo inúmeras vitórias o podem levar à ruína”, o pronome oblíquo o retoma “um estado” (inúmeras vitórias podem levar um estado à ruína). Portanto, podemos confirmar que a alternativa correta é a (E). Gabarito: E 18. (AOCP / SUSIPE-PA Agente Prisional 2018) Fragmento de texto: A conversa foi muito reconfortante. Ana procurou me dar força e, depois de ouvi-la durante três horas, senti que já estava psicologicamente preparado para enfrentar a situação de acompanhante. [...] Considerando o texto, no trecho “[...] depois de ouvi-la durante três horas [...]”, o pronome em destaque refere-se ao termo A) irmã. B) coisa. C) conversa. D) Ana. E) situação. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 20 Comentário: O pronome “-la” retoma o nome “Ana”, pois conseguimos entender que depois de ouvir a Ana durante três horas o narrador disse que se sentiu psicologicamente preparado para ser acompanhante. Dessa forma, a alternativa (D) é a correta. Confirme: A conversa foi muito reconfortante. Ana procurou me dar força e, depois de ouvi-la durante três horas, senti que já estava psicologicamente preparado para enfrentar a situação de acompanhante. Gabarito: D 19. (Instituto AOCP / ITEP - RN Agente de Necrópsia – 2018) Cuidar de idoso não é só cumprir tarefa, é preciso dar carinho e escuta Cláudia Colluci A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos, segundo dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde. São 8,9 mortes por 100 mil pessoas, contra 5,5 por 100 mil entre a população em geral. Pesquisas anteriores já haviam apontado esse grupo etário como o de maior risco. Abandono da família, maior grau de dependência e depressão são alguns dos fatores de risco. Em se tratando de idosos, há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas voltadas para esse fim. Ano passado, uma em cada três pessoas mortas por atropelamento em São Paulo tinha 60 anos ou mais. Pessoas mais velhas perdem reflexos e parte da visão (especialmente a lateral) e da audição por conta da idade. Levando em conta que o perfil da população brasileira mudará drasticamente nos próximos anos e que, a partir de 2030, o país terá mais idosos do que crianças, já passou da hora de governos e sociedade em geral encararem com seriedade os cuidados com os nossos velhos, que hoje somam 29,4 milhões (14,3% da população). Com a mudança do perfil das famílias (poucos filhos, que trabalham fora e que moram longe dos seus velhos), faltam cuidadores em casa. Também são poucos os que conseguem bancar cuidadores profissionais ou casas de repouso de qualidade. As famílias que têm idosos acamados enfrentam desafios ainda maiores quando não encontram suporte e orientação nos sistemas de saúde. Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca- passo. Após a alta hospitalar, foi um susto atrás do outro. Primeiro, a pressão arterial disparou (ele já teve dois infartos e carrega quatro stents no coração), depois um dos pontos do corte cirúrgico se rompeu (risco de infecção) e, por último, o braço imobilizado começou a inchar muito (perigo de trombose venosa). Diante da recusa dele em ir ao pronto atendimento, da demora de retorno do médico que o assistiu na cirurgia e sem um serviço de retaguarda do plano de saúde ou do hospital, a sensação de desamparo foi desesperadora. Mas essas situações também trazem lições. A principal é a de que o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo, medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida. Cuidado envolve, sobretudo, carinho e escuta. É demonstrar que você está junto, que ele não está sozinho em suas dores. Meu pai é um homem simples, do campo, que conheceu a enxada aos sete anos de idade. Aos oito, já ordenhava vacas, mas ainda não conhecia um abraço. Foi da professora que ganhou o primeiro. Com o cultivo da terra, formou uma família, educou duas filhas. Lidar com a terra continua sendo a sua terapia diária. É onde encontra forças para enfrentar o luto pelas mortes da minha mãe, de parentes e de amigos. É Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br ==13272f== 21 onde descobre caminhos para as limitações que a idade vai impondo ("não consigo mais cuidar da horta, então vou plantar mandioca"). Ouvir do médico que só estará liberado para suas atividades normais em três meses foi um baque para o meu velho. Ficou amuado, triste. Em um primeiro momento, dei bronca ("pai, a cirurgia foi um sucesso, custa ter um pouco mais de paciência?"). Depois, ao me colocar no lugar desse octogenário hiperativo, que até dois meses atrás estava trepado em um abacateiro, podando-o, mudei o meu discurso ("vai ser um saco mesmo, pai, mas vamos encontrar coisas que você consiga fazer no dia a dia com o aval do médico"). Sim, envelhecer é um desafio sob vários pontos de vista. Mas pode ficar ainda pior quando os nossos velhos não contam com uma rede de proteção, seja do Estado, da comunidade ou da própria família. Os números de suicídio estão aí para ilustrar muito bem esse cenário de abandono, de solidão. Uma das propostas do Ministério da Saúde para prevenir essas mortes é a ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A presença desses serviços está associada à diminuição de 14% do risco de suicídio. Essa medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não é o bastante. Mais do que diagnosticar e tratar a depressão, apontada como um dos mais importantes fatores desencadeadores do suicídio, é preciso que políticas públicas e profissionais de saúde ajudem os idosos a prevenir/diminuir dependências para que tenham condições de sair de casa com segurança, sem o risco de morrerem atropelados ou de cair nas calçadas intransitáveis, que ações sociais os auxiliem a ter uma vida de mais interação na comunidade. E, principalmente, que as famílias prestem mais atenção aos seus velhos. Eles merecem chegar com mais dignidade ao final da vida. Adaptado de <http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/claudiacollucci/ 2017/ 09/1921719-cuidar-de-idoso-nao-e-so- cumprir-tarefa-e-preciso-dar-carinho-e-escuta.shtml 26/09/2017> . Acesso em: 6 dez. 2017. Em relação às afirmações a seguir, assinale a alternativa correta. a) No trecho “É onde encontra forças para enfrentar o luto [...]”, retirado do 6º parágrafo, o termo em destaque se refere à lida com a terra. b) No trecho “Diante da recusa dele em ir ao pronto atendimento [...]”, retirado do 5º parágrafo, o termo em destaque se refere ao médico que realizou a cirurgia do pai da autora. c) No trecho “Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos [...]”, retirado do 5º parágrafo, o termo em destaque se refere à cuidadora de idosos e ao pai dela. d) No trecho “Pesquisas anteriores já haviam apontado esse grupo etário como o de maior risco.”, retirado do 1º parágrafo, o termo em destaque se refere a idosos entre 60 e 70 anos de idade. e) No trecho “Diante [...] da demora de retorno do médico que o assistiu na cirurgia [...]”, retirado do 5º parágrafo, o termo em destaque se refere ao idoso tio da autora do texto. Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o termo “onde” retoma o trecho “Lidar com a terra continua sendo a sua terapia diária.” Observe: Meu pai é um homem simples, do campo, que conheceu a enxada aos sete anos de idade. Aos oito, já ordenhava vacas, mas ainda não conhecia um abraço. Foi da professora que ganhou o primeiro. Com o cultivo da terra, formou uma família, educou duas filhas. Lidar com a terra continua sendo a sua terapia diária. É onde encontra forças para enfrentar o Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 22 luto pelas mortes da minha mãe, de parentes e de amigos. É onde descobre caminhos para as limitações que a idade vai impondo ("não consigo mais cuidar da horta, então vou plantar mandioca"). As alternativas (B), (C) e (E) estão erradas, pois os referentes dos pronomes “dele”, “meu” e “o” são: “meu pai”, a autora e “meu pai”, respectivamente. Observe: Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-passo. Após a alta hospitalar, foi um susto atrás do outro. Primeiro, a pressão arterial disparou (ele já teve dois infartos e carrega quatro stents no coração), depois um dos pontos do corte cirúrgico se rompeu (risco de infecção) e, por último, o braço imobilizado começou a inchar muito (perigo de trombose venosa). Diante da recusa dele em ir ao pronto atendimento, da demora de retorno do médico que o assistiu na cirurgia e sem um serviço de retaguarda do plano de saúde ou do hospital, a sensação de desamparo foi desesperadora. A alternativa (D) está errada, pois o pronome demonstrativo “esse” retoma a expressão “idosos acima de 70 anos”. Observe: A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos, segundo dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde. São 8,9 mortes por 100 mil pessoas, contra 5,5 por 100 mil entre a população em geral. Pesquisas anteriores já haviam apontado esse grupo etário como o de maior risco. Abandono da família, maior grau de dependência e depressão são alguns dos fatores de risco. Gabarito: A 20. (Instituto AOCP / UFBA Técnico em Segurança do Trabalho – 2017) A insana mania de economizar em coisas erradas Existe uma grande diferença entre oportunidade e oportunismo. Uma é aquela em que as pessoas querem levar vantagem em tudo, serem espertas, ganhar a qualquer custo, sendo que a outra vai na contramão deste movimento cada vez mais presente e enraizado na cultura brasileira. [...] A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito acaba com a beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de Acari, no Rio de Janeiro, é um belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos roubados é promovido às custas de inúmeras mortes e assaltos por conta de um comércio que não tem fim. [...] Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 23 Não há pagamento de impostos referente à mercadoria e recolhimento de tributos. Só por isso esse produto chegou até o seu consumidor final. Vidas acabam porque alguém tem a necessidade porca de comprar algo “baratinho”. E não é exagero. Tenho um amigo que hoje reside nos Estados Unidos. A família dele, quando morava no Brasil, possuía uma transportadora com cinco caminhões. Sempre que se tratava de uma carga valiosa, quem fazia o transporte era o pai, o dono da empresa. Ele tinha esse cuidado para zelar pelo material do cliente e garantir que o produto caro chegaria ao seu destino conforme o esperado, sem danos. Até que um dia ele foi roubado e sequestrado. A quadrilha pediu R$50 mil reais, e a carga era de televisões. Ele ficou quatro dias em cativeiro e não havia possibilidade de pagar pelo valor exigido. Não avisaram a polícia e as negociações chegaram a R$10 mil. A quantia foi paga, mas o pai foi encontrado morto, sendo que ele havia falecido muito antes da entrega do dinheiro. Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O detergente mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari custaram a vida de alguém. Além disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro, impactando na economia como um todo. Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? Mas na hora de comprar uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um desmanche. É essa consciência que precisa mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. [...] Daniel Toledo. Adaptado de e disponível em: http://envolverde.cartacapital.com.br/insana-mania-de- economizar-em-coisas-erradas Em relação ao texto, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir. Em “Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos.”, o termo em destaque refere-se, anaforicamente, ao detergente, ao salame e ao sabão em pó. Comentário: A afirmativa está errada, pois o pronome “esses” retoma o termo “produtos roubados” (2º parágrafo). Veja: A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito acaba com a beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de Acari, no Rio de Janeiro, é um belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos roubados é promovido às custas de inúmeras mortes e assaltos por conta de um comércio que não tem fim. [...] Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O detergente mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari custaram a vida de alguém. Além disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro, impactando na economia como um todo. Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? Mas na hora de comprar uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um desmanche. É essa consciência que precisa mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. Gabarito: E Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 24 21. (Instituto AOCP / Câmara de Maringá- PR Assistente Legislativo – 2017) Longe é um lugar que existe? Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele disse: "Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é o fato de estar indo a uma festa." — Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de tão difícil de se compreender nisso? Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda mais pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de uma ave mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada, sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água filtrada. Ou ainda, pássaros presos na ambivalência existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou viver presos em suas próprias armadilhas... Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos ascendentes; que pássaro quer ser; que lugares quer sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por mais e mais, qual a serventia dessas asas enormes, herança genética de seus pais e que lhe confere enorme envergadura? Diga para quê serve? Ao primeiro sinal de perigo, debique e pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas esfarrapadas e vamos dona Gaivota, espante a preguiça, bata as asas e saia do ninho! Não tenha medo de voar. Pois, como é de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um lugar que não existe para quem voa rente ao céu e viaja léguas e mais léguas de distância com a mochila nas costas, olhar no horizonte e os pés socados em terra firme. Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não deve ser, não; pois as Gaivotas sacodem a poeira das asas, limpam os resquícios de alimentos dos bicos e batem o toc-toc lá. Fonte:<http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6031227> . Acesso em: 21 Jun, 2017 Em “Fica sob sua escolha e risco [...]”, o elemento “sua” refere-se a) a “suas próprias armadilhas”. b) ao próprio leitor. c) a “a liberdade para voar os ventos ascendentes”. d) ao autor. e) a “uma Gaivota”. Comentário: O pronome “sua” refere-se ao próprio leitor, ao qual o autor se dirige como se estivesse estabelecendo um diálogo. Portanto, a alternativa (B) é a correta. Gabarito: B 22. (Instituto AOCP / Câmara de Maringá- PR Assistente Legislativo – 2017) Releia o terceiro e o quarto parágrafos do texto. A respeito do uso do pronome “seu” e suas variações, assinale a alternativa correta. a) Em todos os casos, os pronomes possuem os mesmos referentes. Apesar disso, percebe-se uma mudança de intenção comunicativa entre um parágrafo e outro. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 25 b) Não há como identificar o referente do pronome no terceiro parágrafo. c) Apesar de haver referentes diferentes em cada parágrafo, não é possível dizer que há mudança de intenção comunicativa no texto. d) Os pronomes possuem referentes diferentes em cada parágrafo, o que marca uma mudança de intenção comunicativa no texto. e) Não há como identificar o referente do pronome “suas” no terceiro parágrafo. Comentário: O pronome “suas” (3º parágrafo) refere-se a “pássaros”. Veja: Ou ainda, pássaros presos na ambivalência existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou viver presos em suas próprias armadilhas... Os pronomes “sua” e “seus” (4º parágrafo) referem-se ao próprio leitor. Portanto, os pronomes possuem referentes diferentes em cada parágrafo, o que marca a intencionalidade do autor, que, a partir do quarto parágrafo, procura estabelecer um diálogo com o leitor. Dessa forma, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D 23. (Instituto AOCP / EBSERH/HUSM-UFSM Advogado – 2014) Fragmento do texto: Pesquei especialmente para vocês, que estão se achando velhos, que têm medo de morrer antes que o filho cresça, tenha título de eleitor ou dirija um carro, a melhor definição que conheço sobre juventude. Eu a encontrei no texto “Youth Mode: um estudo sobre a liberdade”, da Box1824, uma agência paulista especializada no tema jovens e em estratégias para se comunicar com eles. Em “Eu a encontrei no texto...”, o termo destacado refere-se (A) à liberdade. (B) à agência paulista. (C) a estratégias. (D) à melhor definição que conheço sobre juventude. (E) à juventude. Comentário: O pronome pessoal oblíquo átono retoma a expressão “a melhor definição que conheço sobre juventude”. Veja: Pesquei especialmente para vocês, que estão se achando velhos, que têm medo de morrer antes que o filho cresça, tenha título de eleitor ou dirija um carro, a melhor definição que conheço sobre juventude. Eu a encontrei no texto “Youth Mode: um estudo sobre a liberdade”, da Box1824, uma agência paulista especializada no tema jovens e em estratégias para se comunicar com eles. Gabarito: D Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 26 24. (FGV / Prefeitura de Salvador – BA Professor 2019) Na construção de um texto, a substituição de um elemento por outro na continuidade do texto pode ocorrer por meio de diferentes processos. Assinale a opção que indica a frase em que os termos sublinhados NÃO exemplificam o processo indicado. A) Enquanto as guerras se tornam a cada dia mais violentas, dirigi-las é cada vez mais cômodo e se faz de locais cada vez mais distantes da conflagração. / substituição por sinônimos ou quase-sinônimos. B) O coronel trazia documentos importantes, mas, após o acidente, nada foi encontrado na pasta do militar. / substituição por hipônimos. C) Acredito que o péssimo estado das nossas prisões é que as impede de serem ocupadas por algumas pessoas da nossa melhor sociedade. / substituição por pronomes. D) Qualquer homem, andando uma média de onze horas por dia, levaria apenas 285 dias para ir do Rio a Paris. Isso, naturalmente, se não houvesse o oceano Atlântico entre a Cidade Maravilhosa e a Cidade Luz. / substituição por expressões conotativas. E) O riso é próprio do homem, mas o rir demais traduz pouca inteligência. / substituição por termos cognatos. Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a palavra “conflagração”, figurativamente significa “conflito armado”, sendo um quase sinônimo de “guerra”. A alternativa (B) é a errada, pois “militar” tem valor mais generalizante em relação a coronel, pois coronel é um dos postos e graduações dos militares. Assim, coronel é hipônimo e militar é hiperônimo. Houve, portanto, substituição por hiperônimo, e não por hipônimo. A alternativa (C) está correta, pois o pronome oblíquo átono “as” retoma o único termo feminino e plural anterior: “nossas prisões”. A alternativa (D) está correta, pois a expressão “Cidade Maravilhosa” é a forma como o “Rio” é conhecido. Paris é conhecida pela expressão “Cidade Luz”. A alternativa (E) está correta, pois “riso” e “rir” possuem o mesmo radical, são consideradas de mesma família etimológica, portanto, são cognatas. Gabarito: B 25. (FGV / Prefeitura de Salvador – BA Analista Engenharia Civil 2019) “Por que todos os povos deste planeta gostam de futebol? Talvez porque o futebol, além de ser uma linguagem gestual, fácil de ser decodificada, é, acima de tudo, uma grande metalinguagem. Isso quer dizer que o seu significado ou sentido é explicado por seus próprios movimentos, entendidos por quase todos, independentemente de classe social, cultural ou econômica”. Luiz César Saraiva Feijó, Futebol falado. Em relação aos componentes do texto anterior (Futebol falado, de Luiz César Saraiva Feijó), assinale a opção que mostra uma explicação inadequada. A) A grafia “Por que”, na primeira frase do texto, está correta, por tratar-se de uma interrogação. B) O demonstrativo “este” em “deste planeta” está bem empregado, por referir-se a uma realidade próxima. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 27 C) O demonstrativo “isso” se refere a um termo anterior. D) O possessivo “seu” se refere ao antecedente “linguagem”. E) O possessivo “seus próprios” tem “futebol” por referente. Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a palavra “por que” em início de pergunta deve ser escrita separada e sem acento. A alternativa (B) está correta, pois o pronome demonstrativo “este” é empregado como recurso dêitico de lugar, ou seja, o planeta em que vivemos. A alternativa (C) está correta, pois o pronome demonstrativo “isso” refere-se ao termo anterior “metalinguagem”. A alternativa (D) é a errada, pois o pronome possessivo “seu” refere-se ao futebol, uma vez que entendemos que o significado do futebol é explicado por seus próprios movimentos. A alternativa (E) está correta, pois o pronome possessivo “seus próprios” refere-se aos movimentos próprios do futebol. Gabarito: D 26. (FCC / TJ-MA Técnico administrativo 2019) Fragmento de texto: Como serão os filmes daqui a 20 anos? E como as histórias cinematográficas do futuro diferem das experiências disponíveis hoje? De acordo com o guru da realidade virtual e artista Chris Milk, os filmes do futuro oferecerão experiências imersivas sob medida. Eles serão capazes de “criar uma história em tempo real que é só para você, que satisfaça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”, diz ele. O pronome “Eles”, em destaque no 3º parágrafo, faz referência aos (A) artistas individualistas do futuro. (B) filmes da atualidade. (C) espectadores do futuro. (D) diretores hoje renomados. (E) filmes do futuro. Comentário: O pronome “Eles” faz referência à expressão “filmes do futuro”, uma vez que entendemos que os filmes do futuro serão capazes de “criar uma história em tempo real que é só para você, que satisfaça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”. Confirme: De acordo com o guru da realidade virtual e artista Chris Milk, os filmes do futuro oferecerão experiências imersivas sob medida. Eles serão capazes de “criar uma história em tempo real que é só para você, que satisfaça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”, diz ele. Com isso, a alternativa (E) é a correta. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 28 Gabarito: E 27. (FGV / Prefeitura de Niterói – RJ Auxiliar Administrativo 2018) Uma informação da revista Veja nº 2605 dizia: “Uma pesquisa da Universidade de Michigan com 80 jovens de 14 a 24 anos revelou que 85% deles sofreram sintomas de stress, como irritação e insônia, nas semanas que antecederam e nas que sucederam as eleições americanas de 2016. No caso das mulheres, 51% das entrevistadas afirmaram que os sintomas permaneceram até 4 meses após o pleito. Para os homens, esse percentual foi de 32%”. A palavra ou expressão abaixo que NÃO se liga a nenhum dos termos anteriores do texto é: A) deles; B) que; C) nas; D) eleições americanas; E) sintomas. Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o pronome “(d)eles” refere-se ao termo “jovens”, uma vez que entendemos que 85% dos jovens sofreram sintomas de stress. A alternativa (B) está correta, pois o pronome relativo “que” refere-se ao termo “semanas”, uma vez que entendemos que os jovens apresentaram os sintomas nas semanas antecedentes às eleições americanas. A alternativa (C) está correta, pois o pronome oblíquo átono “(n)as” retoma o termo “semanas” uma vez que entendemos que os jovens apresentaram os sintomas nas semanas após as eleições americanas. A alternativa (D) é a errada, pois o termo “eleições americanas” é um dado novo e não retoma termos anteriores. A alternativa (E) está correta, pois a palavra “sintomas” retoma “irritação e insônia”, uma vez que entendemos que a irritação e a insônia permaneceram até 4 meses após o pleito. Gabarito: D 28. (FGV / AL-RO Analista Legislativo Taquigrafia 2018) Na organização de um texto, há elementos anafóricos e catafóricos; o enunciado abaixo em que o termo sublinhado tem função catafórica é: A) A situação atual é de crise, mas é preciso 28orna28a28-la com coragem. B) Cheguei à conclusão de que isto é o mais importante: não perder o emprego. C) Trabalhar sempre: esse é o segredo do sucesso. D) Novos assaltos ocorreram, pois a polícia não consegue controlar essas ocorrências. E) Encontrei amigos durante a viagem, mas eles não ficaram junto conosco. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 29 Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome oblíquo átono “la” retoma o termo “crise”, caracterizando a anáfora. A alternativa (B) é a correta, pois o pronome demonstrativo “isto” antecipa o termo “não perder o emprego”, caracterizando a catáfora. A alternativa (C) está errada, pois o pronome demonstrativo “esse” retoma o termo “trabalhar sempre”, caracterizando a anáfora. A alternativa (D) está errada, pois o termo “essas ocorrências” retoma o termo “assaltos”, caracterizando a anáfora. A alternativa (E) está errada, pois o pronome pessoal reto “eles” retoma o termo “amigos”, caracterizando a anáfora. Gabarito: B 29. (FGV / AL-RO Analista Legislativo Redação e Revisão 2018) Assinale a frase em que o pronome sublinhado substitui uma frase e não um termo. A) “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para ser reprimido.” B) “Os homens dizem que a vida é breve, mas seus infortúnios fazem-na parecer longa.” C) “A vida tem um grande valor quando a desprezamos.” D) “Não há bom raciocínio que pareça tal quando é muito longo.” E) “Sobre aquilo que não se pode falar, deve-se calar.” Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o pronome “o” retoma a frase “Aqueles que reprimem o desejo”, uma vez que entendemos que as pessoas que reprimem o desejo fazem isso porque o desejo é fraco. A alternativa (B) está errada, pois o pronome “na” retoma “vida”, uma vez que entendemos que os infortúnios fazem a vida parecer longa. A alternativa (C) está errada, pois o pronome “a” retoma “vida”, uma vez que entendemos que a vida tem um grande valor quando ela é desprezada por nós. A alternativa (D) está errada, pois o pronome “tal” retoma “bom”, uma vez que entendemos que um bom raciocínio não parece ser bom quando é muito longo. A alternativa (E) está errada, pois o pronome “aquilo” não está empregado como recurso anafórico, ele abre o discurso. Gabarito: A Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 30 30. (FGV / AL-RO Analista Legislativo Administração 2018) Observação Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar detalhadamente o que nos cerca. Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens e por estímulos visuais que, para nos proteger do excesso, aprendemos a não perceber o que está em volta, aprendemos a nos proteger. Por isso, a propaganda fica cada vez mais agressiva. Os produtos precisam, a qualquer custo, chamar a atenção do possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem olhar”. Ou seja, mesmo sem estarmos interessados, não podemos escapar de perceber uma imagem de propaganda. Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que não é preciso fazer nenhum esforço, pois a propaganda e as imagens se encarregam de nos invadir. Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira habilidade que precisamos renovar, estimular e desenvolver é a observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa, voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma que quero, quando quero observar. Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer genericamente: alto, magro, de meia- idade: ou então ser bem específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está vestido com uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro marrom, tem cabelos escuros, encaracolados, curtos, olhos azuis, usa costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e cerca de 40 anos. Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu estiver procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso 30orna30a30-la com mais facilidade. OLIVEIRA, J. e GARCEZ, L. Explicando a Arte. Ed. Nova Fronteira. 2001. “Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu estiver procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso 30orna30a30-la com mais facilidade.” Assinale o termo desse fragmento do texto que não estabelece qualquer ligação coesiva com um termo antecedente. A) Essa segunda descrição. B) tal pessoa. C) dessa descrição detalhada. D) la. E) mais facilidade. Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o termo “essa segunda descrição” retoma o quarto parágrafo. A alternativa (B) está correta, pois o termo “tal pessoa” retoma a pessoa descrita no quarto parágrafo. A alternativa (C) está correta, pois o termo “dessa descrição detalhada” retoma a descrição feita no quarto parágrafo. A alternativa (D) está correta, pois o termo “la” retoma o termo “pessoa” em “tal pessoa”. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 31 A alternativa (E) é a errada, pois o termo “mais facilidade” não possui emprego anafórico, é um dado novo: um adjunto adverbial de modo. Gabarito: E E. Coesão referencial com o pronome relativo “que” Este pronome inicia uma oração subordinada adjetiva e serve para retomar um substantivo anterior. Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. Perceba que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “instituição”. Assim, quando lemos “que”, entendemos “instituição” e então teríamos: “a instituição cuida de crianças carentes”. Veja: Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes. É fácil achar o pronome relativo: basta substituí-lo pelos também pronomes relativos “o qual, a qual, os quais, as quais”. Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva. Algumas leis que estão em vigor no país deverão ser veristas. Algumas leis as quais estão em vigor no país deverão ser veristas. Note que “Algumas leis” é o sujeito da locução verbal “deverão ser revistas” e o pronome relativo “que” (ou “as quais”) é o sujeito do verbo “estão”. Quando se lê “que” ou “os quais”, devemos entender o substantivo “leis”: leis estão em vigor no país. 31. (Instituto AOCP / Prefeitura de Novo Hamburgo - RS Assistente Administrativo 2020) Sobre o vocábulo destacado no trecho “Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase que, para mim, ele tinha dito com muita clareza.”, assinale a alternativa correta. Décio Terror Filho Aula 15 Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1255215 www.ezconcursos.com.br 32 a) Tem a função de introduzir uma oração independente, que tem sentido completo quando isolada. b) Faz referência ao termo anterior, “interpretação”, tratando-se de um elemento coesivo do texto. c) Introduz uma oração explicativa. d) Apresenta a conclusão do alívio sentido pela narradora. e) Poderia ser substituído por “porque”, e o sentido da frase seria mantido. Comentário: No período “Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase que, para mim, ele tinha dito com muita clareza.”, o vocábulo “que” retoma o substantivo “interpretação”, por isso é um pronome relativo, o qual inicia uma oração subordinada adjetiva. Como tal oração não é precedida de vírgula, é restritiva. Assim, a única alternativa que apresenta uma afirmação pertinente é a (B) e é ela a correta. A alternativa (A) está errada, pois a oração adjetiva, justamente por ser subordinada sintaticamente, não é independente. As alternativas (C), (D) e (E) estão erradas, pois não há valor explicativo, nem conclusivo, tampouco pode haver substituição pelo conectivo “porque”. Gabarito: B 32. (FGV / Prefeitura de Salvador – BA Agente de Trânsito e Transporte 2019) “A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis, porque ele é extremamente conveniente: é líquido, podendo, pois, ser transportado facilmente nos mais variados recipientes e em oleodutos, e, além disso, é o combustível mais rico em calorias. Assim, a humanidade se acostumou com o ‘creme’ dos combustíveis e o desperdiçou, como quem desperdiça um bem ganho sem qualquer esforço. Mas isso vai acabar, o petróleo é uma herança que recebemos do passado e que fatalmente vai terminar.” José Goldemberg, Quatro Rodas, São Paulo, maio de 2013. Todos os termos sublinhados no texto acima se referem a um termo anterior, à exceção de um. Assinale-o. A) do mais nobre dos combustíveis. B) disso. C) o. D) isso. E) que. Comentário: A alternativa (A) é a errada, pois o termo “do mais nobre dos combustíveis” não possui um referente
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