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Aula 15
Português p/ PC-RJ (Inspetor) Com
videoaulas - AOCP
Autor:
Décio Terror Filho
Aula 15
18 de Junho de 2020
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ARTICULAÇÃO DO TEXTO: PRONOMES E EXPRESSÕES REFERENCIAIS, 
NEXOS OPERADORES SEQUENCIAIS. 
Sumário 
1 – Coesão e coerência ....................................................................................................................................... 2 
1 – Coesão recorrencial .................................................................................................................................. 3 
2 – Coesão referencial .................................................................................................................................... 7 
A. Sinônimos .............................................................................................................................................. 7 
B. Hipônimos e hiperônimos ................................................................................................................... 11 
C. Pronomes ............................................................................................................................................. 13 
D. Pronomes demonstrativos .................................................................................................................. 14 
E. Coesão referencial com o pronome relativo “que” ............................................................................. 31 
F. Com advérbios ou locuções adverbiais ................................................................................................ 36 
G. Coesão referencial com artigo: ........................................................................................................... 36 
H. Verbos vicários (“ser” e “fazer”) .......................................................................................................... 38 
I. Elemento de coesão por omissão (elipse) ............................................................................................ 40 
3 – Elementos sequenciadores ou operadores argumentativos ................................................................. 42 
2 – Lista de questões de revisão ...................................................................................................................... 53 
3 – Gabarito ...................................................................................................................................................... 77 
 
 
 
 
Décio Terror Filho
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1 – COESÃO E COERÊNCIA 
Olá, pessoal! 
Antes de falarmos da coesão textual, devemos entender o que é coerência. A coerência é o resultado 
de articuladores no texto que transmitem a harmonia de pensamento. Ela é pautada na lógica, com produção 
de sentido possível. A ruptura desta lógica ocorrerá por desvio do uso desses articuladores. Por exemplo: 
Se estou em dificuldades financeiras e necessito de um veículo para me locomover ao trabalho, há 
lógica em comprar um carro de luxo? 
Certamente, não! 
Então, se uma agência de carros me oferece um veículo novo, pela lógica financeira em que me 
encontro, devo recusar, pois não terei como pagar. 
No texto, a coerência é a utilização de articuladores que mantenham a lógica. A incoerência ocorre 
quando o produtor do texto, por desconhecimento ou até mesmo intencionalmente, utiliza marcadores 
linguísticos inconvenientes ao resultado esperado. 
Por exemplo: 
Faço faculdade, mas aprendo muito. 
O enunciado “Faço faculdade” nos transmite a ideia de estudo, o que nos levaria à conclusão de que 
naturalmente aprenderíamos muito neste ambiente do saber. Não caberia, então, na relação entre esses 
dois enunciados, a conjunção “mas”, por transmitir valor de oposição, contraste. Tendo em vista manter a 
coerência nos argumentos, o ideal neste contexto seria a conjunção “portanto”, “logo”, pois transmitiria um 
resultado esperado. 
A incoerência pode ter ocorrido porque o autor não prestou atenção no valor do conectivo “mas”. 
Assim, teríamos um vício na linguagem. 
Mas essa incoerência poderia ter sido proposital, pois a intenção do autor seria justamente a de 
criticar o ensino nas faculdades. Diante desse novo contexto, percebemos que a frase passa, agora, a ter 
coerência. 
Resumindo, percebemos que a coerência se baseia na lógica, na harmonia dos elementos linguísticos 
em seu contexto. A incoerência, portanto, será o rompimento dessa lógica. 
 Para que haja coerência no texto, necessitamos da utilização dos elementos de coesão. 
A coesão é o elemento que faz as ligações entre as palavras do texto para gerar a harmonia entre os 
argumentos. 
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Assim, no exemplo anterior, vimos que a conjunção “mas”, numa primeira leitura, traria incoerência. 
Essa conjunção é o elemento coesivo, e sua utilização gera a coerência ou não nos argumentos, dependendo 
sempre do contexto. Portanto, a coerência é o resultado da boa utilização dos elementos de coesão. 
Normalmente, dizemos que a coesão está no plano gramatical (o uso das palavras) e a coerência está 
no plano dos sentidos (a interpretação dos elementos coesivos no plano do texto, dos argumentos). 
 Vários são os mecanismos de coesão. Eles podem ligar palavras ou orações (coesão sequencial, 
também chamados de operadores argumentativos), ser elemento de referência a algo expresso 
anteriormente ou posteriormente (coesão referencial) ou pode repetir o vocábulo por motivo de ênfase ou 
estilo (coesão recorrencial). 
1 – Coesão recorrencial 
Começando com a explicação do último deles, muitas vezes, nós nos deparamos na escrita com a 
repetição de vocábulos. Essa repetição pode ser intencional ou não. 
Um dos princípios fundamentais da coerência/coesão de um texto é a necessidade de se repetir, em 
seu desenvolvimento linear, elementos anteriores. Mas, se por um lado as repetições são inevitáveis, por 
outro devem ser feitas sob determinadas condições, a fim de não tornar o texto deselegante ou monótono. 
Em termos gerais, a repetição de palavras só é considerada um problema na composição de um texto 
sob algumas condições, expostas a seguir. 
a) Quando há proximidade entre os vocábulos repetidos: 
Oscar tinha um sítio. Um dia Oscar resolveu viajar. 
b) Quando os vocábulos são rigorosamente os mesmos, sem qualquer expansão ou redução e mesmo 
sem variação de gênero ou número: 
O tráfico de animais silvestres constitui prática ilegal. Para coibir a prática ilegal, as autoridades responsáveis 
montam barreiras nas estradas, para impedir as tentativas de exportar os animais silvestres. 
c) Quando ocorre em número excessivo: 
Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de ônibus uma verdadeira 
provação, pois o que vem caracterizando as viagens de ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o 
que torna as viagens de ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro. 
 
 Ainda assim, em alguns casos especiais (textos publicitários, literários, ditados populares), a repetição 
não é vista como deficiência, quando há a intenção, por motivo de ênfase ou estilo: 
Quem bebe cerveja alemã, não bebe outra cerveja; quem bebe cerveja dinamarquesa, bebe qualquer 
cerveja; quem bebe cerveja inglesa não gosta é de cerveja. 
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Também no caso de o termo repetido estar sendo usado em outro sentido, a repetição não é vista 
como um problema textual: 
Quem casa quer casa. 
 De acordo com as palavras de Othon M. Garcia, “se a repetição resultante da pobreza de vocabulário 
ou
de falta de imaginação para variar a estrutura da frase pode ser censurável, a repetição intencional 
representa um dos recursos mais férteis de que dispõe a linguagem para realçar as ideias: 
Tudo se encadeia, tudo se prolonga, tudo se continua no mundo (O. Bilac)” 
 As repetições intencionais tornam-se mais enfáticas, quando observam o paralelismo. Os sermões de 
Padre Antônio Vieira abundam em construções deste tipo: 
 Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é negro; se com amor, o demônio 
é formoso; se com ódio, o anjo é feio; se com amor, o pigmeu é gigante. 
(“Sermão da quinta-feira” Padre Antônio Vieira) 
 A repetição da estrutura “Se...com...”→ “o...é...” mostra uma cadência, um ritmo que embala as 
frases. Assim, há exemplo clássico de repetição intencional. 
Portanto, sem um tom estilístico, sem intencionalidade, a repetição não é bem vista na língua culta. 
Assim, o autor do texto tem a possibilidade de escolher vários recursos que evitam esta repetição, os quais 
serão vistos adiante: 
 
1. (UFPel / UFPel Médico 2015) 
Fragmento de texto: O moço que jogou aquele avião contra as montanhas na França (até o momento em 
que escrevo não apareceu nenhuma outra explicação para a tragédia) levou 150 pessoas com ele para seu 
abismo particular. Ele teria problemas psicológicos, mas nada que o impedisse de comandar um avião, 
segundo a Lufthansa. Pelo menos para a Lufthansa, ele era uma pessoa “normal”. 
De repente, se viu sozinho na cabine de comando, com o avião nas suas mãos. Talvez tenha se autoinebriado 
com a enormidade do que poderia realizar. Cento e cinquenta pessoas, 150 destinos – nas suas mãos. Não 
seria uma simples destruição, mas um suicídio compartilhado, uma obliteração em massa. Nos poucos 
momentos que durou a queda induzida do avião [...] 
As expressões “aquele avião” (linha 1), “um avião” (linha 4), “o avião” (linha 6) e “do avião” (linha 10) são 
empregadas no texto para: 
(a) dar credibilidade às informações contidas no texto. 
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(b) tornar o texto mais inteligível. 
(c) tornar o texto monótono. 
(d) garantir a manutenção do tema abordado. 
(e) ressaltar a dimensão da tragédia. 
Comentário: Observe que há repetição do termo “avião” no trecho. Isso serve para manter a coesão e 
garantir a manutenção do tema abordado. 
 Dessa forma, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
2. (FGV / TCE SE Analista de Tecnologia – 2015) 
Exigências da vida moderna 
 Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. 
E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. 
 Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do 
tempo. 
 Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que 
aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. 
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, 
mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem 
vai perceber. 
(Luiz Fernando Veríssimo) 
“Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo”. 
O segundo parágrafo do texto 2 entra em coesão com o anterior pela: 
(A) repetição de uma mesma estrutura; 
(B) referência a um termo anterior por meio do pronome “los”; 
(C) referência a um trecho anterior por meio de “o que”; 
(D) repetição do numeral “dois” por meio da palavra “dobro”; 
(E) continuidade do uso de um mesmo tipo de variação linguística. 
Comentário: Não se nota neste segundo parágrafo nenhuma palavra que faça referência direta ao período 
anterior. Na realidade, a repetição da expressão “todos os dias” e da conjunção “E” iniciando o período é 
que marca a coesão entre esses parágrafos. Veja: 
 Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. 
E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. 
 Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do 
tempo. 
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Gabarito: A 
3. (FGV / Prefeitura de Osasco Analista – 2014) 
Fragmento do texto: Em um belo dia a deusa dos ventos beija o pé do homem, o maltratado, desprezado 
pé, e desse beijo nasce o ídolo do futebol. Nasce em berço de palha e barraco de lata e vem ao mundo 
abraçado a uma bola. 
 Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criança alegra os descampados e os baldios, joga e 
joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai e ninguém mais consegue ver a bola, e quando jovem 
voa e faz voar nos estádios. Suas artes de malabarista convocam multidões, domingo após domingo, de 
vitória em vitória, de ovação em ovação. 
No trecho “(...) joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai (...)”, o valor estilístico da 
repetição do “e” (polissíndeto) expressa, no contexto: 
(A) acréscimo; 
(B) ampliação; 
(C) reiteração; 
(D) intensificação; 
(E) redundância. 
Comentário: A repetição tem um tom enfático, por ser uma reiteração da informação. Por isso, a alternativa 
correta é a (C). 
Gabarito: C 
4. (FGV / Compesa Técnico em Contabilidade – 2014) 
 “Em abril de 1886, eclodiram nos Estados Unidos diversas greves, nas quais os operários reivindicavam 
jornada de trabalho de oito horas diárias. Essa reivindicação baseava-se em um raciocínio muito simples: se 
o dia tem 24 horas, deveria ser dividido logicamente em três partes de oito horas – uma para o trabalho, 
outra para descanso e lazer e outra para o estudo.” 
O segundo termo sublinhado estabelece com o primeiro o mesmo tipo de relação de coesão que ocorre em 
(A) Construir estradas de ferro parece ser uma solução para o transporte de mercadorias, mas os 
construtores reclamam das más condições de trabalho. 
(B) Aderir a manifestações de rua virou moda no Brasil, mas a adesão já trouxe muitos problemas a alguns 
manifestantes. 
(C) Os movimentos grevistas cresceram no país, mas crescer não significa obrigatoriamente aumento de 
consciência política. 
(D) Eclodiram nos Estados Unidos diversas greves e essa explosão acarretou mudanças nas leis 
trabalhistas. 
(E) Dividir o dia em três partes é uma criação engenhosa, mas dividirem-no assim atende a interesses dos 
patrões. 
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Comentário: Vimos que a repetição intencional pode ser bem estruturada a partir da modificação da palavra 
repetida, assim como ocorreu no trecho acima. A ação expressa no verbo “reivindicavam” foi retomada por 
meio do substantivo “reivindicação”. A questão pede a alternativa que utiliza o mesmo recurso. 
 Na alternativa (A), ocorre o verbo “construir”, mas o substantivo “construtores” não retoma a ação 
anterior, mas tão somente apresenta o agente dessa ação. 
 A alternativa (B) é a correta, pois há o verbo “aderir” e em seguida a retomada dessa ação por meio 
do substantivo “adesão”. 
 Na alternativa (C), há o verbo “cresceram” e em seguida a retomada da ação por meio de mais um 
verbo: “crescer”. 
 Na alternativa (D), não houve a repetição de vocábulos, mas a retomada de uma informação anterior, 
pois “essa explosão” retoma a ideia da eclosão das diversas greves nos Estados Unidos. 
 Na alternativa (E), não houve a repetição de vocábulos, mas a retomada de uma informação anterior 
por meio de um pronome átono, pois “o” retoma
“o dia”. 
Gabarito: B 
O autor do texto tem a possibilidade de escolher vários recursos que evitam esta repetição, os quais 
serão vistos adiante: 
2 – Coesão referencial 
A referência ao termo anterior ou posterior pode se dar de várias formas. 
A. Sinônimos 
 O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores imediatos a fim de verificar a melhor 
estratégia de enxugamento da dívida pública. O presidente dos Estados Unidos sabe que o período é muito 
crítico. 
Este parágrafo possui um inconveniente na linguagem. Repetiu vocábulos muito próximos. Isso 
empobrece o texto. A fim de transmitir uma linguagem culta e adequada à formalidade, deve-se evitar a 
repetição viciosa. Neste caso, é necessário inserir palavras de mesmo valor semântico, chamadas sinônimas 
contextuais. Veja: 
 O presidente dos Estados Unidos reuniu-se com os assessores imediatos a fim de verificar a melhor 
estratégia de enxugamento da dívida pública. O chefe da nação mais poderosa do planeta sabe que o 
período é muito crítico. 
 Perceba que a palavra “chefe” é sinônima contextual de “presidente” e a expressão “nação mais 
poderosa do planeta” é sinônima contextual de “Estados Unidos”. Assim, o texto fica mais elegante, seguindo 
os padrões da norma culta. 
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5. (COMPERVE/SESAP-RN Assistente Técnico em Saúde 2018) 
Para responder à questão, considere o trecho a seguir. 
Parentes de pacientes que foram diagnosticados com enfarte ou derrame tinham maiores chances de eles 
mesmos apresentarem o quadro [3] durante sua vida. 
A expressão em destaque retoma 
A) eles mesmos. 
B) parentes de pacientes. 
C) maiores chances. 
D) enfarte ou derrame. 
Comentário: A palavra “quadro” foi empregada no sentido de quadro clínico ou condição clínica, isto é, o 
problema de saúde que foi diagnosticado nos pacientes. 
 Assim, a expressão “quadro” retoma os termos “enfarte ou derrame”. 
 Portanto, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
6. (FUNRIO / SESAU-RO Enfermeiro – 2017) 
Fragmento de texto: TANTO PRÓ E TANTO CONTRA 
Há um intenso debate sobre se a economia brasileira já saiu da recessão ou, se não, quando isso pode 
acontecer. Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando um país produz em um 
determinado período menos do que em momentos anteriores. Isso aconteceu em 2015, quando o PIB caiu 
espantosos 3,8% e em 2016, provável redução do mesmo tamanho. Portanto, quase 9% de perda de produto 
em dois anos. 
O desastre estará superado apenas quando a economia recuperar essa perda. 
Carlos Alberto Sardenberg, O Globo, 09/02/2017 
O termo “desastre”, no início do segundo parágrafo se refere: 
A) ao debate intenso sobre a economia. 
B) à provável redução do PIB em 2017. 
C) à ocorrência da recessão econômica. 
D) à queda maior do PIB em 2016. 
E) à superação da perda do PIB brasileiro. 
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Comentário: O termo “desastre” refere-se à recessão econômica, que somente poderá ser superada quando 
a economia recuperar a perda do PIB. 
Comprove: 
á um intenso debate sobre se a economia brasileira já saiu da recessão ou, se não, quando isso 
pode acontecer. Recessão quer dizer queda do Produto Interno Bruto (PIB), quando um país 
produz em um determinado período menos do que em momentos anteriores. Isso aconteceu em 
2015, quando o PIB caiu espantosos 3,8% e em 2016, provável redução do mesmo tamanho. 
Portanto, quase 9% de perda de produto em dois anos. 
O desastre estará superado apenas quando a economia recuperar essa perda. 
 Portanto, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
7. (IDECAN / CBM-DF - 2º Tenente - Complementar Serviço Social – 2017) 
Memória coletiva 
Em 1925, quando a era das comunicações começava a se acelerar, o filósofo francês Maurice 
Halbwachs aventou a ideia de uma “memória coletiva”: o conjunto de lembranças que um grupo de pessoas 
compartilha sobre um evento marcante e que, somado a fatos e imagens de domínio público, forma um 
tecido muito mais extenso e bem tramado do que a simples soma das recordações individuais. Esse tecido é 
tão forte, aliás, que pode ser compartilhado até mesmo por gerações que não assistiram aos acontecimentos. 
É um fenômeno presente na maneira como os judeus lembram o Holocausto ou os americanos revivem a 
Guerra do Vietnã. Na vida brasileira, o ano de 1970 é um desses polarizadores da memória coletiva: o ano 
em que o país reuniu a mais brilhante escalação da história do futebol, em que esse time derrotou de maneira 
quase heroica cada um dos seus adversários [...], em que a população experimentou, na Copa do Mundo, 
seu primeiro grande evento de mídia – e também um ano em que a ditadura militar arrancava as pessoas de 
suas casas e sumia com elas, em que tudo era dito aos sussurros e em que essa euforia de uma torcida 
nacional foi usada como cortina de fumaça para o desgoverno e se misturou a ele. [...] E está aí, em boa 
medida, a beleza de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (Brasil, 2006) [...]: na maneira como ele ao 
mesmo tempo separa e une esses dois fios da memória. 
No começo de 1970, Mauro (Michel Joelsas), de 12 anos, é tirado às pressas de sua casa em Belo 
Horizonte e levado para o apartamento do avô, no bairro paulistano do Bom Retiro. Os pais, aflitos, dizem 
que estão saindo de férias e, quando puderem, voltarão para buscá-lo, de preferência a tempo de assistirem 
juntos à Copa. Vão-se embora sem conferir se o avô recebeu o menino em segurança. Mas ele não está em 
casa, nem vai voltar. Mauro vira então atribuição da vizinhança. Mora meio na casa vazia do avô, meio no 
apartamento ao lado, do velho Shlomo (Germano Haiut), zelador da sinagoga local – o Bom Retiro reunia 
então uma forte comunidade judaica, a que Mauro nem sabia pertencer. Janta com uma pessoa, almoça com 
outra, brinca com as crianças do bairro e, o tempo todo, mantém um olho grudado no futebol e o outro no 
telefone, à espera de uma ligação dos pais que não chega nunca. 
[...] 
(BOSCOV, Isabela. Disponível em: http://arquivoetc.blogspot.com.br/2006/10/memria-coletiva.html.) 
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Acerca da articulação entre as ideias que se estabelece no texto através dos mecanismos de coesão textual, 
está correta a afirmativa: 
A) A coesão referencial pode ser vista em “[...] o conjunto de lembranças que um grupo de pessoas 
compartilha [...]” (1º§). 
B) A citação do nome do filósofo francês, Maurice Halbwachs, demonstra que através da utilização de 
expressões equivalentes, a coesão lexical é estabelecida. 
C) Na coesão por substituição ocorre a escolha de um termo que representa um outro já referido no texto, 
como acontece com “Mauro” em substituição a “Michel Joelsas”. 
D) A escolha na utilização do termo “país” no lugar de “técnico” em “o país reuniu a mais brilhante escalação 
da história do futebol,” (1º§) demonstra que a omissão do termo adequado proporciona maior coesão 
textual. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois vimos que a coesão referencial é aquela em que uma palavra 
faz referência a outra, o que ocorre com o pronome relativo “que”, o qual retoma a expressão “o conjunto 
de lembranças”. 
 A alternativa (B) está errada, pois a expressão “o filósofo francês Maurice Halbwachs” deu início a 
uma informação nova, não havendo uma retomada ou projeção de um referencial. Isso poderia ter ocorrido 
se num momento anterior houvesse sido mencionado no texto o nome “Maurice Halbwachs” e em seguida 
houvesse a retomada por meio, por exemplo, da expressão “esse o filósofo francês”. Como isso não ocorreu,
não há elemento de coesão. 
 A alternativa (C) está errada, pois “Michel Joelsas” não substitui “Mauro”, não são palavras sinônimas. 
O que ocorreu, na verdade, foi a indicação do artista que interpretou o personagem “Mauro” na trama. 
Assim, não há elemento de coesão por substituição. 
 A alternativa (D) está errada, pois a escolha vocabular de “país” no lugar de “técnico” não significa 
ter havido melhor ou pior coesão. Simplesmente, houve a substituição de um vocábulo por outro, num 
processo figurativo de linguagem chamado de metonímia. Mas veja bem: note que a palavra “técnico” não 
havia sido inserida no texto anteriormente. Assim, a palavra “país” não se encontra num processo de coesão 
por substituição, por ser a primeira vez que tal vocábulo é inserido neste sentido. 
Gabarito: A 
8. (FGV / INEA Administrador – 2013) 
“Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes 
ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de 
Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento 
de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos 
desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos”. 
Nas alternativas a seguir, a substituição do termo sublinhado foi feita por outro equivalente de modo 
adequado, à exceção de uma. Assinale‐a. 
(A) desastre / catástrofe 
(B) reestruturou‐se / reorganizou‐se 
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(C) monitoramento / acompanhamento 
(D) integradas / conjuntas 
(E) redução / eliminação 
Comentário: Certamente, você percebeu que reduzir é bem diferente de eliminar, concorda?!!! Confira: 
“Particularmente, após a catástrofe da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes 
ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de 
Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reorganizou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento 
de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no acompanhamento, alerta e respostas 
aos desastres. Faltam políticas conjuntas para redução de riscos”. 
 Assim, a alternativa (E) é a errada. 
Gabarito: E 
B. Hipônimos e hiperônimos 
A palavra que apresenta um significado mais abrangente é chamada de hiperônimo. O prefixo “hiper” 
dá a noção de generalização. Já a palavra que especifica o sentido é chamada de hipônimo. O prefixo “hipo” 
transmite o valor de especificação. 
Assim, algumas vezes preferimos retomar uma palavra ou expressão anterior por outra de valor mais 
específico ou mais generalizante. 
 
9. (AOCP / CODEM - PA Analista Fundiário – Advogado – 2017) 
 “Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez 
por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e tem mais alcance do que 
qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das pessoas o adora”. Nesse segmento do texto, o termo 
ou expressão em destaque que se refere a um outro termo anterior, estabelecendo a coesão textual, é 
a) “Internet”. 
b) “o Facebook” 
c) “o meio de comunicação”. 
d) “o nosso tempo”. 
e) “a maior parte das pessoas”. 
Comentário: O termo “internet” é retomado pela expressão “o meio de comunicação”. Veja: 
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“Metade de todas as pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos 
uma vez por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e tem 
mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das pessoas o adora”. 
 Logo, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
10. (CESPE / MPC-PA Analista Ministerial – Controle Interno e Externo 2019) 
Fragmento de texto: O economista indiano traçou então, pela primeira vez, uma relação causal entre fome 
e questões sociais como pobreza e concentração de renda. Tirou, assim, o foco de aspectos técnicos e mudou 
o tom do debate internacional sobre a questão e as políticas públicas a serem tomadas a partir daí. 
No texto CG2A1-I, o termo “a questão” (linha 3) remete à 
A) fome. 
B) produção de alimentos. 
C) queda na taxa de mortalidade. 
D) pobreza. 
E) concentração de renda. 
Comentário: O termo “a questão” refere-se à fome, pois entendemos que, ao estabelecer uma relação causal 
entre a fome e questões sociais, o economista mudou o tom do debate internacional sobre a fome. Dessa 
forma, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
11. (FUNRIO SESAU-RO Técnico em Informática – 2017) 
“Semanas antes do anúncio dos primeiros casos de febre amarela silvestre, em janeiro, a doença já assustava 
no Leste de Minas Gerais. Famílias de pequenos municípios choravam seus mortos e doentes em dezembro 
sem saber de que mal se tratava”. 
Nesse segmento do texto, o termo que se refere a um outro termo anterior é: 
A) a doença. 
B) febre amarela. 
C) Minas Gerais. 
D) pequenos municípios. 
E) mortos e doentes. 
Comentário: No trecho acima, o termo “a doença”, palavra que apresenta um significado mais abrangente, 
retoma o termo “febre amarela”, que é um termo mais específico da doença. Há, portanto, uma coesão por 
hiperônimo. 
 Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
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12. (FGV / Funarte Assistente Administrativo – 2014) 
“Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as tropas de Hitler invadiram o país, 
Salazar ordenou que não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. Contrariando o ditador, 
Aristides salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude humanitária”. 
Desse segmento do texto, o elemento de coesão identificado erradamente é: 
(A) Aristides / forma abreviada de Aristides de Souza Mendes; 
(B) o país / hiperônimo de Portugal; 
(C) o ditador / qualificação de Salazar; 
(D) sua / possessivo referente a Aristides de Sousa Mendes; 
(E) atitude humanitária / referência a salvar judeus da morte. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, tendo em vista que houve apenas uma redução do termo 
retomado. No lugar de todo o nome “Aristides de Sousa Mendes”, houve a retomada apenas do primeiro 
nome. 
 A alternativa (B) é a errada, pois “o país” é realmente um hiperônimo, porém refere-se apenas à 
França e não a Portugal. 
 A alternativa (C) está correta, pois “Salazar” era conhecido como ditador. Assim, realmente houve a 
retomada do substantivo “Salazar”, por meio de sua característica: “ditador”. 
 A alternativa (D) está correta, pois o pronome possessivo “sua” realmente retoma “Aristides de Sousa 
Mendes”. 
 A alternativa (E) está correta, pois “atitude humanitária” realmente faz referência à ação de salvar 
judeus da morte. 
 Confirme: 
“Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França. Quando as tropas de Hitler 
invadiram o país, Salazar ordenou que não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. 
Contrariando o ditador, Aristides salvou dez mil judeus de uma morte certa. Pagou bem caro pela sua 
atitude humanitária”. 
Gabarito: B 
C. Pronomes 
 Os pronomes são elementos de coesão por princípio, pois retomam ou projetam elementos no texto. 
Veja: 
 Ana Clara realizou uma prova ontem. Ela não havia levado seu material de estudo, então pediu a um 
amigo que morava perto de sua casa que o trouxesse à faculdade, pois todo o resumo se encontrava nele. 
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14 
 
 Perceba que o pronome pessoal “Ela” retomou “Ana Clara”. O pronome possessivo “seu”, além de 
fazer subentender a preposição “de”, retoma “Ela” (=material dela). O pronome relativo “que” se refere ao 
vocábulo “amigo” (amigo morava...). O pronome “sua” novamente retoma “Ela” (casa dela). Os pronomes 
“o” e “nele” fazem referência à expressão “material de estudo”. 
 Com isso, podemos perceber o papel crucial dos pronomes na retomada de palavras. Essa referência 
ao que foi dito anteriormente é chamada de recurso anafórico ─ recurso muito utilizado. 
Mas ele também pode projetar o sentido, isto é, fazer uma abertura para depois inserir o elemento. 
Veja: 
 Ana já soube de sua nota: cinco. 
 A nota de Ana foi esta: cinco. 
 Preciso de algo: descanso. 
 Chamamos isso de recurso catafórico. Não temos que decorar os nomes, mas saber identificar a 
quem o nome se refere, quem ele retoma e quem ele projeta. Para tal, basta lermos com calma o texto e 
confirmarmos os dados nele. 
Verifique essa coesão referencial em um texto da prova de Analista de Finanças e Controle (STN) 2008: 
 
D. Pronomes demonstrativos 
Os pronomes demonstrativos devem ser estudados com especial atenção, pois são divididos em 
anafórico e catafórico, os quais trabalham a coesão referencial, por retomar palavra ou expressão dita 
anteriormente e referenciar-se a termo posterior, respectivamente. 
Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo; tal; 
semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis. 
O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático. 
Todas as experiências anteriores ou foram autoritárias ou tinham 
algumas características da democracia, mas não a realizavam por 
completo. Boa parte desse resultado político se deve à Constituição 
de 1988, num sentido mais amplo que as regras por ela 
determinadas. Além do arcabouço institucional original, o espírito 
quer norteou a confecção do texto democratizantes na vida política 
brasileira. Ainda há, no plano da cidadania, distância entre Brasil 
legal e o Brasil real. As formas de participação extraeleitoral ainda 
são subaproveitadas. Grande parte da população não as usa. 
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Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda vai ser dito ou escrito 
(recurso catafórico), e “esse, essa, isso” (recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito. 
 
 A verdade é esta: o Brasil será campeão. 
 O Brasil será campeão. A verdade é essa. 
 
 Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se “este, esta, isto” 
em relação ao que foi mencionado por último e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao que foi nomeado 
em primeiro lugar. 
 
(A, B. Este, aquele) 
 
 Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele. 
 Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aqueles a estas. 
b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), 
aquela(s). 
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) 
 Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu) 
A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que apresentar) 
c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos ou de semelhante, 
semelhantes: 
Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente. 
Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato. 
d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos quando equivalem a tal, tais: 
O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio de janeiro. Não se veriam 
semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos municipais fossem eficazes ou, pelo menos, 
existissem. 
C 
C 
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Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente. Semelhante tradição vinha de longe, 
através dos escritores gregos, sobretudo de Platão” (Aquilino Ribeiro). 
e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria, próprias são demonstrativos 
quando têm o sentido de “idêntico”, “em pessoa”: 
Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros. 
Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue. 
 
13. (Instituto AOCP / Prefeitura de Novo Hamburgo - RS Assistente Social 2020) 
A expressão em destaque em “Outro obstáculo para a gratidão […]” (5º parágrafo) retoma 
a) “Os efeitos benéficos da gratidão” – (3º 
parágrafo). 
b) “atos de bondade” – (4º parágrafo). 
c) “senso de dívida” – (4º parágrafo). 
d) “beneficiários” – (4º parágrafo). 
e) “comunidade mais impessoal e fragmentada.” 
– (5º parágrafo). 
Comentário: O quarto parágrafo indica que atos de bondade também podem fomentar desconforto. Em 
seguida, há um primeiro exemplo: “se pessoas sentem que não são merecedoras de bondade ou suspeitam 
que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão não se realizarão”. Em seguida, outro 
exemplo: “Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos 
beneficiários uma sensação de que precisam pagar de volta a bondade recebida.”. 
 Por isso, o 5º parágrafo inicia com a expressão “Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente 
chamado de senso de merecimento”. 
 Assim, o termo sublinhado efetivamente não retoma “senso de dívida”, mas coaduna com seu 
sentido e lhe dá sequência. 
 Assim, a alternativa (C) é a correta. Confirme: 
É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por exemplo, se pessoas sentem que 
não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da 
gratidão não se realizarão. Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de dívida, deixando 
nos beneficiários uma sensação de que precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer 
apenas se as pessoas têm confiança o suficiente em si mesmas e nos outros para permitir que isso aconteça. 
Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento. Em vez de sentir 
um benefício como uma virada boa, as pessoas às vezes o veem como um mero pagamento do que lhes é devido, 
pelo qual ninguém merece nenhum crédito moral. Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo feita, 
deixar de lado oportunidades por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir 
uma comunidade mais impessoal e fragmentada. 
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 Note que as demais alternativas não apresentam expressões que apresentariam obstáculos para a 
gratidão. 
Gabarito: C 
14. (Instituto AOCP / Prefeitura de Cariacica - ES Contador 2020) 
“O que desejo é provocar o leitor a desenvolver seu senso crítico diante da informação que se consome e, 
com isso, não tomar como verdade tudo aquilo que o impacta. O mesmo “poder” que a tecnologia nos dá 
para disseminar informações também nos proporciona a possibilidade de investigá-las, contestá-las, 
analisá-las. No entanto, investigar, contestar e analisar é trabalhoso, exige esforço de pensamento e 
queima de fosfato”. 
Levando em consideração a função coesiva dos elementos destacados no texto apresentado, analise as 
assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. 
I. Os pronomes “seu” e “o” fazem referência a um mesmo termo. 
II. O pronome “que” retoma o substantivo antecedente “poder” e introduz a oração
adjetiva: “que a 
tecnologia nos dá”. 
III. O pronome pessoal do caso oblíquo “las”, nas três vezes em que é empregado, refere-se ao termo 
“informações” e tem função sintática de objeto indireto. 
IV. Tal pronome “las” refere-se à 2ª pessoa do plural. 
a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e IV. d) Apenas III e IV. 
Comentário: A afirmação I está correta, pois os pronomes "seu" e "o" retomam o substantivo "leitor”. 
 A afirmação II está correta, pois realmente o pronome relativo “que” retoma o substantivo “poder”, 
por isso a oração “que a tecnologia nos dá” é subordinada adjetiva. 
 A afirmação III está errada. É certo que as três ocorrências do pronome átono “-las” retomam os 
substantivos “informações”. Porém, esses pronomes átonos “-las” não podem ocupar a função de objeto 
indireto, mas de objeto direto. 
 A afirmação IV está errada, pois o pronome “-las” refere-se à terceira pessoa do plural, e não à 
segunda pessoa. 
 Como as afirmações I e II estão corretas, devemos marcar a alternativa (A). 
Gabarito: A 
15. (Instituto AOCP / PC-ES Auxiliar Perícia Médico-Legal 2019) 
 
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No excerto “Este é o motivo pelo qual os eventos são sempre reinterpretados [...]”, o termo em destaque 
realiza uma 
A) anáfora, retomando todo o conteúdo do quadrinho anterior. 
B) anáfora, retomando parte do conteúdo posterior - “toda vez que [...].” 
C) catáfora, retomando parte do conteúdo do quadrinho anterior - “[...] os eventos têm [...].” 
D) catáfora, antecipando o conteúdo do último quadrinho. 
E) catáfora, antecipando o conteúdo presente no mesmo quadrinho - “toda vez que [...].” 
Comentário: O pronome “este” é catafórico, isto é, antecipa a explicação de que “toda vez que os valores 
mudam precisamos de novas razões da história para acomodar acontecimentos atuais” para a informação 
do segundo quadrinho. 
 Portanto, a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
16. (Instituto AOCP / PC-ES Auxiliar Perícia Médico-Legal 2019) 
Fragmento de texto: É interessante notar que a Constituição brasileira ratifica esse tipo de policiamento ao 
estabelecer, em seu artigo 114, que a segurança pública não é apenas dever do Estado e direito dos cidadãos, 
mas responsabilidade de todos. 
Essa nova forma de “fazer a segurança pública” é também resultado do processo de democratização das 
polícias. Em sociedades democráticas, as polícias desempenham várias outras funções além de lidar com o 
crime. Exige-se que ela esteja constantemente atenta aos problemas que interferem na segurança e bem-
estar das pessoas e atenda às necessidades da população tanto de forma reativa (pronto-atendimento) como 
também pró-ativa (prevenção). 
Considere o excerto “Exige-se que ela esteja constantemente atenta [...]”. O termo em destaque possui como 
referente 
A) nova forma de “fazer política”. 
B) constituição brasileira. 
C) comunidade. 
D) polícia. 
E) segurança pública. 
Comentário: Note que o pronome “ela” se refere à polícia, pois o texto transmite a informação de que a 
polícia deve estar sempre atenta aos problemas que interferem na segurança e bem-estar das pessoas e às 
necessidades da população. 
 Dessa forma, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
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17. (AOCP / PM-TO Soldado 2018) 
Em relação aos termos destacados no seguinte excerto: “Embora ele a afirme explicitamente apenas mais 
uma vez, a crença de que batalhas frequentes debilitam um estado e que mesmo inúmeras vitórias o podem 
levar à ruína subjaz a todos os Métodos militares.”, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta 
a(s) correta(s). 
I. O verbo destacado “subjaz” está no singular para concordar com o sujeito “à ruína”. 
II. A locução verbal “podem levar”, em destaque, tem como sujeito “batalhas frequentes”. 
III. O pronome oblíquo “o”, em destaque, é utilizado para estabelecer coesão anafórica, retomando “um 
estado”. 
a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. 
c) Apenas II e III. d) Apenas II. 
e) Apenas III. 
Comentário: A afirmação (I) está errada, pois o sujeito não pode ser preposicionado e “à ruína” é objeto 
indireto. 
Dessa maneira, podemos eliminar as alternativas (A) e (B). 
A afirmação (II) está errada, pois “inúmeras vitórias” é o sujeito de “podem levar”. 
Dessa maneira, podemos eliminar as alternativas (C) e (D). 
A afirmação (III) está correta, pois, em “batalhas frequentes debilitam um estado e que mesmo 
inúmeras vitórias o podem levar à ruína”, o pronome oblíquo o retoma “um estado” (inúmeras vitórias 
podem levar um estado à ruína). 
Portanto, podemos confirmar que a alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
18. (AOCP / SUSIPE-PA Agente Prisional 2018) 
Fragmento de texto: A conversa foi muito reconfortante. Ana procurou me dar força e, depois de ouvi-la 
durante três horas, senti que já estava psicologicamente preparado para enfrentar a situação de 
acompanhante. [...] 
Considerando o texto, no trecho “[...] depois de ouvi-la durante três horas [...]”, o pronome em destaque 
refere-se ao termo 
A) irmã. 
B) coisa. 
C) conversa. 
D) Ana. 
E) situação. 
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Comentário: O pronome “-la” retoma o nome “Ana”, pois conseguimos entender que depois de ouvir a Ana 
durante três horas o narrador disse que se sentiu psicologicamente preparado para ser acompanhante. 
Dessa forma, a alternativa (D) é a correta. Confirme: 
A conversa foi muito reconfortante. Ana procurou me dar força e, depois de ouvi-la durante três horas, senti 
que já estava psicologicamente preparado para enfrentar a situação de acompanhante. 
Gabarito: D 
19. (Instituto AOCP / ITEP - RN Agente de Necrópsia – 2018) 
Cuidar de idoso não é só cumprir tarefa, é preciso dar carinho e escuta 
Cláudia Colluci 
A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos, segundo dados 
recentes divulgados pelo Ministério da Saúde. São 8,9 mortes por 100 mil pessoas, contra 5,5 por 100 mil 
entre a população em geral. Pesquisas anteriores já haviam apontado esse grupo etário como o de maior 
risco. Abandono da família, maior grau de dependência e depressão são alguns dos fatores de risco. 
 Em se tratando de idosos, há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas 
voltadas para esse fim. Ano passado, uma em cada três pessoas mortas por atropelamento em São Paulo 
tinha 60 anos ou mais. Pessoas mais velhas perdem reflexos e parte da visão (especialmente a lateral) e da 
audição por conta da idade. 
Levando em conta que o perfil da população brasileira mudará drasticamente nos próximos anos e 
que, a partir de 2030, o país terá mais idosos do que crianças, já passou da hora de governos e sociedade em 
geral encararem com seriedade os cuidados com os nossos velhos, que hoje somam 29,4 milhões (14,3% da 
população). 
Com a mudança do perfil das famílias (poucos filhos, que trabalham fora e que moram longe dos seus 
velhos), faltam cuidadores em casa. Também são poucos os que conseguem bancar cuidadores profissionais 
ou casas de repouso de qualidade. As famílias que têm idosos acamados enfrentam desafios ainda maiores 
quando não encontram suporte e orientação nos sistemas de saúde. 
Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-
passo. Após a alta hospitalar, foi um susto atrás do outro. Primeiro, a pressão arterial disparou (ele já teve 
dois infartos e carrega quatro stents no coração), depois um dos pontos do corte cirúrgico se rompeu (risco 
de infecção) e, por último, o braço imobilizado começou a inchar
muito (perigo de trombose venosa). Diante 
da recusa dele em ir ao pronto atendimento, da demora de retorno do médico que o assistiu na cirurgia e 
sem um serviço de retaguarda do plano de saúde ou do hospital, a sensação de desamparo foi 
desesperadora. Mas essas situações também trazem lições. A principal é a de que o cuidado não se traduz 
apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo, medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a 
comida. Cuidado envolve, sobretudo, carinho e escuta. É demonstrar que você está junto, que ele não está 
sozinho em suas dores. 
Meu pai é um homem simples, do campo, que conheceu a enxada aos sete anos de idade. Aos oito, 
já ordenhava vacas, mas ainda não conhecia um abraço. Foi da professora que ganhou o primeiro. Com o 
cultivo da terra, formou uma família, educou duas filhas. Lidar com a terra continua sendo a sua terapia 
diária. É onde encontra forças para enfrentar o luto pelas mortes da minha mãe, de parentes e de amigos. É 
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==13272f==
 
 
 
 
21 
 
onde descobre caminhos para as limitações que a idade vai impondo ("não consigo mais cuidar da horta, 
então vou plantar mandioca"). 
Ouvir do médico que só estará liberado para suas atividades normais em três meses foi um baque 
para o meu velho. Ficou amuado, triste. Em um primeiro momento, dei bronca ("pai, a cirurgia foi um 
sucesso, custa ter um pouco mais de paciência?"). Depois, ao me colocar no lugar desse octogenário 
hiperativo, que até dois meses atrás estava trepado em um abacateiro, podando-o, mudei o meu discurso 
("vai ser um saco mesmo, pai, mas vamos encontrar coisas que você consiga fazer no dia a dia com o aval do 
médico"). 
Sim, envelhecer é um desafio sob vários pontos de vista. Mas pode ficar ainda pior quando os nossos 
velhos não contam com uma rede de proteção, seja do Estado, da comunidade ou da própria família. 
Os números de suicídio estão aí para ilustrar muito bem esse cenário de abandono, de solidão. Uma 
das propostas do Ministério da Saúde para prevenir essas mortes é a ampliação dos Centros de Atenção 
Psicossocial (Caps). A presença desses serviços está associada à diminuição de 14% do risco de suicídio. Essa 
medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não é o bastante. 
Mais do que diagnosticar e tratar a depressão, apontada como um dos mais importantes fatores 
desencadeadores do suicídio, é preciso que políticas públicas e profissionais de saúde ajudem os idosos a 
prevenir/diminuir dependências para que tenham condições de sair de casa com segurança, sem o risco de 
morrerem atropelados ou de cair nas calçadas intransitáveis, que ações sociais os auxiliem a ter uma vida de 
mais interação na comunidade. E, principalmente, que as famílias prestem mais atenção aos seus velhos. 
Eles merecem chegar com mais dignidade ao final da vida. 
Adaptado de <http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/claudiacollucci/ 2017/ 09/1921719-cuidar-de-idoso-nao-e-so-
cumprir-tarefa-e-preciso-dar-carinho-e-escuta.shtml 26/09/2017> . Acesso em: 6 dez. 2017. 
Em relação às afirmações a seguir, assinale a alternativa correta. 
a) No trecho “É onde encontra forças para enfrentar o luto [...]”, retirado do 6º parágrafo, o termo em 
destaque se refere à lida com a terra. 
b) No trecho “Diante da recusa dele em ir ao pronto atendimento [...]”, retirado do 5º parágrafo, o termo 
em destaque se refere ao médico que realizou a cirurgia do pai da autora. 
c) No trecho “Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos [...]”, retirado do 5º parágrafo, o termo 
em destaque se refere à cuidadora de idosos e ao pai dela. 
d) No trecho “Pesquisas anteriores já haviam apontado esse grupo etário como o de maior risco.”, retirado 
do 1º parágrafo, o termo em destaque se refere a idosos entre 60 e 70 anos de idade. 
e) No trecho “Diante [...] da demora de retorno do médico que o assistiu na cirurgia [...]”, retirado do 5º 
parágrafo, o termo em destaque se refere ao idoso tio da autora do texto. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o termo “onde” retoma o trecho “Lidar com a terra continua 
sendo a sua terapia diária.” Observe: 
Meu pai é um homem simples, do campo, que conheceu a enxada aos sete anos de idade. 
Aos oito, já ordenhava vacas, mas ainda não conhecia um abraço. Foi da professora que 
ganhou o primeiro. Com o cultivo da terra, formou uma família, educou duas filhas. Lidar 
com a terra continua sendo a sua terapia diária. É onde encontra forças para enfrentar o 
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luto pelas mortes da minha mãe, de parentes e de amigos. É onde descobre caminhos para 
as limitações que a idade vai impondo ("não consigo mais cuidar da horta, então vou 
plantar mandioca"). 
 As alternativas (B), (C) e (E) estão erradas, pois os referentes dos pronomes “dele”, “meu” e “o” são: 
“meu pai”, a autora e “meu pai”, respectivamente. Observe: 
Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de 
um marca-passo. Após a alta hospitalar, foi um susto atrás do outro. Primeiro, a pressão 
arterial disparou (ele já teve dois infartos e carrega quatro stents no coração), depois um 
dos pontos do corte cirúrgico se rompeu (risco de infecção) e, por último, o braço 
imobilizado começou a inchar muito (perigo de trombose venosa). Diante da recusa dele 
em ir ao pronto atendimento, da demora de retorno do médico que o assistiu na cirurgia e 
sem um serviço de retaguarda do plano de saúde ou do hospital, a sensação de desamparo 
foi desesperadora. 
A alternativa (D) está errada, pois o pronome demonstrativo “esse” retoma a expressão “idosos acima de 70 
anos”. Observe: 
A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos, segundo 
dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde. São 8,9 mortes por 100 mil pessoas, 
contra 5,5 por 100 mil entre a população em geral. Pesquisas anteriores já haviam 
apontado esse grupo etário como o de maior risco. Abandono da família, maior grau de 
dependência e depressão são alguns dos fatores de risco. 
Gabarito: A 
20. (Instituto AOCP / UFBA Técnico em Segurança do Trabalho – 2017) 
A insana mania de economizar em coisas erradas 
Existe uma grande diferença entre oportunidade e oportunismo. Uma é aquela em que as pessoas 
querem levar vantagem em tudo, serem espertas, ganhar a qualquer custo, sendo que a outra vai na 
contramão deste movimento cada vez mais presente e enraizado na cultura brasileira. [...] 
A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito acaba com a 
beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de Acari, no Rio de Janeiro, é um 
belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos roubados é promovido às custas de inúmeras mortes 
e assaltos por conta de um comércio que não tem fim. [...] 
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Não há pagamento de impostos referente à mercadoria e recolhimento de tributos. Só por isso esse 
produto chegou até o seu consumidor final. Vidas acabam porque alguém tem a necessidade porca de 
comprar algo “baratinho”. E não é exagero. 
Tenho um amigo que hoje reside nos Estados Unidos. A família dele, quando morava no Brasil, possuía 
uma transportadora com cinco caminhões. Sempre que se tratava de uma carga valiosa, quem fazia o 
transporte era o pai, o dono da empresa. Ele tinha esse cuidado para zelar pelo material do cliente e garantir 
que o produto caro chegaria ao seu destino conforme o esperado, sem danos. Até que um dia ele foi roubado 
e sequestrado. A quadrilha pediu R$50
mil reais, e a carga era de televisões. Ele ficou quatro dias em cativeiro 
e não havia possibilidade de pagar pelo valor exigido. Não avisaram a polícia e as negociações chegaram a 
R$10 mil. A quantia foi paga, mas o pai foi encontrado morto, sendo que ele havia falecido muito antes da 
entrega do dinheiro. 
Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O detergente 
mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari custaram a vida de alguém. Além 
disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro, impactando na economia como um todo. Quantas vezes 
subiu o seguro do seu carro? Mas na hora de comprar uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um 
desmanche. É essa consciência que precisa mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. [...] 
Daniel Toledo. Adaptado de e disponível em: http://envolverde.cartacapital.com.br/insana-mania-de-
economizar-em-coisas-erradas 
Em relação ao texto, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir. 
Em “Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos.”, o termo em 
destaque refere-se, anaforicamente, ao detergente, ao salame e ao sabão em pó. 
Comentário: A afirmativa está errada, pois o pronome “esses” retoma o termo “produtos roubados” (2º 
parágrafo). 
Veja: 
A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito acaba 
com a beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de Acari, no 
Rio de Janeiro, é um belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos roubados é 
promovido às custas de inúmeras mortes e assaltos por conta de um comércio que não tem 
fim. [...] 
Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O 
detergente mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari custaram 
a vida de alguém. Além disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro, impactando na 
economia como um todo. Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? Mas na hora de comprar 
uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um desmanche. É essa consciência que precisa 
mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. 
Gabarito: E 
 
 
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21. (Instituto AOCP / Câmara de Maringá- PR Assistente Legislativo – 2017) 
Longe é um lugar que existe? 
 Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele disse: "Não entendo muito bem o que você 
falou, mas o que menos entendo é o fato de estar indo a uma festa." 
 — Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de tão difícil de se compreender nisso? 
 Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda 
mais pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de uma ave mirrada de asas partidas numa 
gaiola lacrada, sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água filtrada. Ou ainda, pássaros 
presos na ambivalência existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou viver presos em suas 
próprias armadilhas... 
 Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos ascendentes; que pássaro quer ser; que 
lugares quer sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por mais e mais, qual a serventia dessas 
asas enormes, herança genética de seus pais e que lhe confere enorme envergadura? Diga para quê serve? 
Ao primeiro sinal de perigo, debique e pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas 
esfarrapadas e vamos dona Gaivota, espante a preguiça, bata as asas e saia do ninho! Não tenha medo de 
voar. Pois, como é de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um lugar que não existe para 
quem voa rente ao céu e viaja léguas e mais léguas de distância com a mochila nas costas, olhar no horizonte 
e os pés socados em terra firme. 
 Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não deve ser, não; pois as Gaivotas sacodem a poeira 
das asas, limpam os resquícios de alimentos dos bicos e batem o toc-toc lá. 
Fonte:<http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6031227> . Acesso em: 21 Jun, 2017 
Em “Fica sob sua escolha e risco [...]”, o elemento “sua” refere-se 
a) a “suas próprias armadilhas”. 
b) ao próprio leitor. 
c) a “a liberdade para voar os ventos ascendentes”. 
d) ao autor. 
e) a “uma Gaivota”. 
Comentário: O pronome “sua” refere-se ao próprio leitor, ao qual o autor se dirige como se estivesse 
estabelecendo um diálogo. 
 Portanto, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
22. (Instituto AOCP / Câmara de Maringá- PR Assistente Legislativo – 2017) 
Releia o terceiro e o quarto parágrafos do texto. A respeito do uso do pronome “seu” e suas variações, 
assinale a alternativa correta. 
a) Em todos os casos, os pronomes possuem os mesmos referentes. Apesar disso, percebe-se uma mudança 
de intenção comunicativa entre um parágrafo e outro. 
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b) Não há como identificar o referente do pronome no terceiro parágrafo. 
c) Apesar de haver referentes diferentes em cada parágrafo, não é possível dizer que há mudança de intenção 
comunicativa no texto. 
d) Os pronomes possuem referentes diferentes em cada parágrafo, o que marca uma mudança de intenção 
comunicativa no texto. 
e) Não há como identificar o referente do pronome “suas” no terceiro parágrafo. 
Comentário: O pronome “suas” (3º parágrafo) refere-se a “pássaros”. Veja: 
Ou ainda, pássaros presos na ambivalência existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... 
ao ser livre ou viver presos em suas próprias armadilhas... 
Os pronomes “sua” e “seus” (4º parágrafo) referem-se ao próprio leitor. 
Portanto, os pronomes possuem referentes diferentes em cada parágrafo, o que marca a 
intencionalidade do autor, que, a partir do quarto parágrafo, procura estabelecer um diálogo com o leitor. 
Dessa forma, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
23. (Instituto AOCP / EBSERH/HUSM-UFSM Advogado – 2014) 
Fragmento do texto: Pesquei especialmente para vocês, que estão se achando velhos, que têm medo de 
morrer antes que o filho cresça, tenha título de eleitor ou dirija um carro, a melhor definição que conheço 
sobre juventude. Eu a encontrei no texto “Youth Mode: um estudo sobre a liberdade”, da Box1824, uma 
agência paulista especializada no tema jovens e em estratégias para se comunicar com eles. 
Em “Eu a encontrei no texto...”, o termo destacado refere-se 
(A) à liberdade. 
(B) à agência paulista. 
(C) a estratégias. 
(D) à melhor definição que conheço sobre juventude. 
(E) à juventude. 
Comentário: O pronome pessoal oblíquo átono retoma a expressão “a melhor definição que conheço sobre 
juventude”. Veja: 
Pesquei especialmente para vocês, que estão se achando velhos, que têm medo de morrer antes que o filho 
cresça, tenha título de eleitor ou dirija um carro, a melhor definição que conheço sobre juventude. Eu a 
encontrei no texto “Youth Mode: um estudo sobre a liberdade”, da Box1824, uma agência paulista 
especializada no tema jovens e em estratégias para se comunicar com eles. 
Gabarito: D 
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24. (FGV / Prefeitura de Salvador – BA Professor 2019) 
Na construção de um texto, a substituição de um elemento por outro na continuidade do texto pode ocorrer 
por meio de diferentes processos. 
Assinale a opção que indica a frase em que os termos sublinhados NÃO exemplificam o processo indicado. 
A) Enquanto as guerras se tornam a cada dia mais violentas, dirigi-las é cada vez mais cômodo e se faz de 
locais cada vez mais distantes da conflagração. / substituição por sinônimos
ou quase-sinônimos. 
B) O coronel trazia documentos importantes, mas, após o acidente, nada foi encontrado na pasta do militar. 
/ substituição por hipônimos. 
C) Acredito que o péssimo estado das nossas prisões é que as impede de serem ocupadas por algumas 
pessoas da nossa melhor sociedade. / substituição por pronomes. 
D) Qualquer homem, andando uma média de onze horas por dia, levaria apenas 285 dias para ir do Rio a 
Paris. Isso, naturalmente, se não houvesse o oceano Atlântico entre a Cidade Maravilhosa e a Cidade Luz. 
/ substituição por expressões conotativas. 
E) O riso é próprio do homem, mas o rir demais traduz pouca inteligência. / substituição por termos cognatos. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a palavra “conflagração”, figurativamente significa “conflito 
armado”, sendo um quase sinônimo de “guerra”. 
 A alternativa (B) é a errada, pois “militar” tem valor mais generalizante em relação a coronel, pois 
coronel é um dos postos e graduações dos militares. Assim, coronel é hipônimo e militar é hiperônimo. 
Houve, portanto, substituição por hiperônimo, e não por hipônimo. 
 A alternativa (C) está correta, pois o pronome oblíquo átono “as” retoma o único termo feminino e 
plural anterior: “nossas prisões”. 
 A alternativa (D) está correta, pois a expressão “Cidade Maravilhosa” é a forma como o “Rio” é 
conhecido. Paris é conhecida pela expressão “Cidade Luz”. 
 A alternativa (E) está correta, pois “riso” e “rir” possuem o mesmo radical, são consideradas de 
mesma família etimológica, portanto, são cognatas. 
Gabarito: B 
25. (FGV / Prefeitura de Salvador – BA Analista Engenharia Civil 2019) 
“Por que todos os povos deste planeta gostam de futebol? Talvez porque o futebol, além de ser uma 
linguagem gestual, fácil de ser decodificada, é, acima de tudo, uma grande metalinguagem. Isso quer dizer 
que o seu significado ou sentido é explicado por seus próprios movimentos, entendidos por quase todos, 
independentemente de classe social, cultural ou econômica”. Luiz César Saraiva Feijó, Futebol falado. 
Em relação aos componentes do texto anterior (Futebol falado, de Luiz César Saraiva Feijó), assinale a opção 
que mostra uma explicação inadequada. 
A) A grafia “Por que”, na primeira frase do texto, está correta, por tratar-se de uma interrogação. 
B) O demonstrativo “este” em “deste planeta” está bem empregado, por referir-se a uma realidade próxima. 
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27 
 
C) O demonstrativo “isso” se refere a um termo anterior. 
D) O possessivo “seu” se refere ao antecedente “linguagem”. 
E) O possessivo “seus próprios” tem “futebol” por referente. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a palavra “por que” em início de pergunta deve ser escrita 
separada e sem acento. 
 A alternativa (B) está correta, pois o pronome demonstrativo “este” é empregado como recurso 
dêitico de lugar, ou seja, o planeta em que vivemos. 
 A alternativa (C) está correta, pois o pronome demonstrativo “isso” refere-se ao termo anterior 
“metalinguagem”. 
 A alternativa (D) é a errada, pois o pronome possessivo “seu” refere-se ao futebol, uma vez que 
entendemos que o significado do futebol é explicado por seus próprios movimentos. 
 A alternativa (E) está correta, pois o pronome possessivo “seus próprios” refere-se aos movimentos 
próprios do futebol. 
Gabarito: D 
26. (FCC / TJ-MA Técnico administrativo 2019) 
Fragmento de texto: Como serão os filmes daqui a 20 anos? E como as histórias cinematográficas do futuro 
diferem das experiências disponíveis hoje? De acordo com o guru da realidade virtual e artista Chris Milk, os 
filmes do futuro oferecerão experiências imersivas sob medida. Eles serão capazes de “criar uma história em 
tempo real que é só para você, que satisfaça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”, diz ele. 
O pronome “Eles”, em destaque no 3º parágrafo, faz referência aos 
(A) artistas individualistas do futuro. 
(B) filmes da atualidade. 
(C) espectadores do futuro. 
(D) diretores hoje renomados. 
(E) filmes do futuro. 
Comentário: O pronome “Eles” faz referência à expressão “filmes do futuro”, uma vez que entendemos que 
os filmes do futuro serão capazes de “criar uma história em tempo real que é só para você, que satisfaça 
exclusivamente a você e o que você gosta ou não”. Confirme: 
De acordo com o guru da realidade virtual e artista Chris Milk, os filmes do futuro oferecerão experiências 
imersivas sob medida. Eles serão capazes de “criar uma história em tempo real que é só para você, que 
satisfaça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”, diz ele. 
 Com isso, a alternativa (E) é a correta. 
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28 
 
Gabarito: E 
27. (FGV / Prefeitura de Niterói – RJ Auxiliar Administrativo 2018) 
Uma informação da revista Veja nº 2605 dizia: 
“Uma pesquisa da Universidade de Michigan com 80 jovens de 14 a 24 anos revelou que 85% deles sofreram 
sintomas de stress, como irritação e insônia, nas semanas que antecederam e nas que sucederam as eleições 
americanas de 2016. No caso das mulheres, 51% das entrevistadas afirmaram que os sintomas 
permaneceram até 4 meses após o pleito. Para os homens, esse percentual foi de 32%”. 
A palavra ou expressão abaixo que NÃO se liga a nenhum dos termos anteriores do texto é: 
A) deles; 
B) que; 
C) nas; 
D) eleições americanas; 
E) sintomas. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o pronome “(d)eles” refere-se ao termo “jovens”, uma vez 
que entendemos que 85% dos jovens sofreram sintomas de stress. 
 A alternativa (B) está correta, pois o pronome relativo “que” refere-se ao termo “semanas”, uma vez 
que entendemos que os jovens apresentaram os sintomas nas semanas antecedentes às eleições 
americanas. 
 A alternativa (C) está correta, pois o pronome oblíquo átono “(n)as” retoma o termo “semanas” uma 
vez que entendemos que os jovens apresentaram os sintomas nas semanas após as eleições americanas. 
 A alternativa (D) é a errada, pois o termo “eleições americanas” é um dado novo e não retoma termos 
anteriores. 
 A alternativa (E) está correta, pois a palavra “sintomas” retoma “irritação e insônia”, uma vez que 
entendemos que a irritação e a insônia permaneceram até 4 meses após o pleito. 
Gabarito: D 
28. (FGV / AL-RO Analista Legislativo Taquigrafia 2018) 
Na organização de um texto, há elementos anafóricos e catafóricos; o enunciado abaixo em que o termo 
sublinhado tem função catafórica é: 
A) A situação atual é de crise, mas é preciso 28orna28a28-la com coragem. 
B) Cheguei à conclusão de que isto é o mais importante: não perder o emprego. 
C) Trabalhar sempre: esse é o segredo do sucesso. 
D) Novos assaltos ocorreram, pois a polícia não consegue controlar essas ocorrências. 
E) Encontrei amigos durante a viagem, mas eles não ficaram junto conosco. 
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29 
 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome oblíquo átono “la” retoma o termo “crise”, 
caracterizando a anáfora. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o pronome demonstrativo “isto” antecipa o termo “não perder o 
emprego”, caracterizando a catáfora. 
 A alternativa (C) está errada, pois o pronome demonstrativo “esse” retoma o termo “trabalhar 
sempre”, caracterizando a anáfora. 
A alternativa (D) está errada, pois o termo “essas ocorrências” retoma o termo “assaltos”, 
caracterizando a anáfora. 
A alternativa (E) está errada, pois o pronome pessoal reto “eles” retoma o termo “amigos”, 
caracterizando a anáfora. 
Gabarito: B 
29. (FGV / AL-RO Analista Legislativo Redação e Revisão 2018) 
Assinale a frase em que o pronome
sublinhado substitui uma frase e não um termo. 
A) “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para ser reprimido.” 
B) “Os homens dizem que a vida é breve, mas seus infortúnios fazem-na parecer longa.” 
C) “A vida tem um grande valor quando a desprezamos.” 
D) “Não há bom raciocínio que pareça tal quando é muito longo.” 
E) “Sobre aquilo que não se pode falar, deve-se calar.” 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o pronome “o” retoma a frase “Aqueles que reprimem o 
desejo”, uma vez que entendemos que as pessoas que reprimem o desejo fazem isso porque o desejo é 
fraco. 
 A alternativa (B) está errada, pois o pronome “na” retoma “vida”, uma vez que entendemos que os 
infortúnios fazem a vida parecer longa. 
 A alternativa (C) está errada, pois o pronome “a” retoma “vida”, uma vez que entendemos que a vida 
tem um grande valor quando ela é desprezada por nós. 
 A alternativa (D) está errada, pois o pronome “tal” retoma “bom”, uma vez que entendemos que um 
bom raciocínio não parece ser bom quando é muito longo. 
 A alternativa (E) está errada, pois o pronome “aquilo” não está empregado como recurso anafórico, 
ele abre o discurso. 
Gabarito: A 
 
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30 
 
30. (FGV / AL-RO Analista Legislativo Administração 2018) 
Observação 
Vivemos tão apressados que estamos perdendo a habilidade de observar detalhadamente o que nos 
cerca. Por outro lado, somos tão bombardeados por imagens e por estímulos visuais que, para nos proteger 
do excesso, aprendemos a não perceber o que está em volta, aprendemos a nos proteger. Por isso, a 
propaganda fica cada vez mais agressiva. Os produtos precisam, a qualquer custo, chamar a atenção do 
possível comprador, até que sejamos capazes de “ver sem olhar”. Ou seja, mesmo sem estarmos 
interessados, não podemos escapar de perceber uma imagem de propaganda. 
Isso nos tem levado à autoproteção ou a uma atitude passiva, já que não é preciso fazer nenhum 
esforço, pois a propaganda e as imagens se encarregam de nos invadir. 
Entretanto, para apreciar a arte e saber ler imagens, uma primeira habilidade que precisamos 
renovar, estimular e desenvolver é a observação. Ela deve deixar de ser passiva para tornar-se ativa, 
voluntária: observo o que quero, porque quero, como quero, da forma que quero, quando quero observar. 
Se pedirmos a um amigo que descreva alguém, ele pode dizer genericamente: alto, magro, de meia-
idade: ou então ser bem específico: tem aproximadamente 1 metro e oitenta, é magro, está vestido com 
uma calça azul, camisa branca, tênis, jaqueta de couro marrom, tem cabelos escuros, encaracolados, curtos, 
olhos azuis, usa costeletas, tem um sinal escuro do lado direito do rosto e cerca de 40 anos. 
Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu estiver 
procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso 30orna30a30-la com mais facilidade. 
OLIVEIRA, J. e GARCEZ, L. Explicando a Arte. Ed. Nova Fronteira. 2001. 
“Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se eu estiver 
procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso 30orna30a30-la com mais facilidade.” 
Assinale o termo desse fragmento do texto que não estabelece qualquer ligação coesiva com um termo 
antecedente. 
A) Essa segunda descrição. 
B) tal pessoa. 
C) dessa descrição detalhada. 
D) la. 
E) mais facilidade. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o termo “essa segunda descrição” retoma o quarto 
parágrafo. 
 A alternativa (B) está correta, pois o termo “tal pessoa” retoma a pessoa descrita no quarto parágrafo. 
 A alternativa (C) está correta, pois o termo “dessa descrição detalhada” retoma a descrição feita no 
quarto parágrafo. 
 A alternativa (D) está correta, pois o termo “la” retoma o termo “pessoa” em “tal pessoa”. 
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31 
 
 A alternativa (E) é a errada, pois o termo “mais facilidade” não possui emprego anafórico, é um dado 
novo: um adjunto adverbial de modo. 
Gabarito: E 
E. Coesão referencial com o pronome relativo “que” 
Este pronome inicia uma oração subordinada adjetiva e serve para retomar um substantivo anterior. 
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. 
Perceba que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “instituição”. Assim, quando lemos 
“que”, entendemos “instituição” e então teríamos: “a instituição cuida de crianças carentes”. Veja: 
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes. 
 
 Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes. 
 
É fácil achar o pronome relativo: basta substituí-lo pelos também pronomes relativos “o qual, a qual, 
os quais, as quais”. 
Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva. 
Algumas leis que estão em vigor no país deverão ser veristas. 
Algumas leis as quais estão em vigor no país deverão ser veristas. 
 
Note que “Algumas leis” é o sujeito da locução verbal “deverão ser revistas” e o pronome relativo 
“que” (ou “as quais”) é o sujeito do verbo “estão”. Quando se lê “que” ou “os quais”, devemos entender o 
substantivo “leis”: leis estão em vigor no país. 
 
31. (Instituto AOCP / Prefeitura de Novo Hamburgo - RS Assistente Administrativo 2020) 
Sobre o vocábulo destacado no trecho “Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase que, para 
mim, ele tinha dito com muita clareza.”, assinale a alternativa correta. 
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32 
 
a) Tem a função de introduzir uma oração independente, que tem sentido completo quando isolada. 
b) Faz referência ao termo anterior, “interpretação”, tratando-se de um elemento coesivo do texto. 
c) Introduz uma oração explicativa. 
d) Apresenta a conclusão do alívio sentido pela narradora. 
e) Poderia ser substituído por “porque”, e o sentido da frase seria mantido. 
Comentário: No período “Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase que, para mim, ele tinha 
dito com muita clareza.”, o vocábulo “que” retoma o substantivo “interpretação”, por isso é um pronome 
relativo, o qual inicia uma oração subordinada adjetiva. 
 Como tal oração não é precedida de vírgula, é restritiva. 
 Assim, a única alternativa que apresenta uma afirmação pertinente é a (B) e é ela a correta. 
 A alternativa (A) está errada, pois a oração adjetiva, justamente por ser subordinada sintaticamente, 
não é independente. 
 As alternativas (C), (D) e (E) estão erradas, pois não há valor explicativo, nem conclusivo, tampouco 
pode haver substituição pelo conectivo “porque”. 
Gabarito: B 
32. (FGV / Prefeitura de Salvador – BA Agente de Trânsito e Transporte 2019) 
“A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis, porque ele é 
extremamente conveniente: é líquido, podendo, pois, ser transportado facilmente nos mais variados 
recipientes e em oleodutos, e, além disso, é o combustível mais rico em calorias. Assim, a humanidade se 
acostumou com o ‘creme’ dos combustíveis e o desperdiçou, como quem desperdiça um bem ganho sem 
qualquer esforço. Mas isso vai acabar, o petróleo é uma herança que recebemos do passado e que 
fatalmente vai terminar.” 
José Goldemberg, Quatro Rodas, São Paulo, maio de 2013. 
Todos os termos sublinhados no texto acima se referem a um termo anterior, à exceção de um. Assinale-o. 
A) do mais nobre dos combustíveis. 
B) disso. 
C) o. 
D) isso. 
E) que. 
Comentário: A alternativa (A) é a errada, pois o termo “do mais nobre dos combustíveis” não possui um 
referente

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