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Materiais e coberturas Cortes pequenos ou grandes cirurgias sempre exigem o uso dos materiais de curativo. Os curativos tem a função de proteger feridas contra agentes que possam causar infecções. Para um bom curativo, é importante fazer uso de materiais de qualidade e específicos para cada caso. A manipulação dos materiais de curativo deve ser cuidadosa para evitar contaminação do ferimento ou incisão. A seguir contém os principais materiais para um procedimento: Materiais Diversos: ü EPI’s (jaleco, luvas, máscara, óculos, touca); ü Soro Fisiológico 0,9%; ü Gaze estéril ou não estéril; ü Luva de procedimento; ü Luva estéril; ü Micropore ou esparadrapo; ü Ataduras se indicado; ü Tesoura ou lâmina de bisturi; ü Agulha 40 x 12 mm; ü Cobertura adequada (produto indicado para o tipo de ferida); ü Seringa de 20 ml; ü Metronidazol 0,8% - utilizado em ferida neoplásica; ü Instrumentos cortantes (lâminas e/ou tesoura); ü Hastes flexíveis com ponta de algodão (Cotonestes) esterilizados e embalados; ü Cuba-rim; ü Pinças dente de rato e kocher; ü Álcool 70%; ü Prontuário do paciente (fase final para o registro); Curativo é a proteção da lesão contra a ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos. Na qual consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação e infecção. Para uma cobertura eficaz é necessário alguns critérios, como: ü Ser de fácil aplicação e remoção sem traumas; ü Auxiliar na hemostasia; ü Permitir as trocas gasosas; ü Absorver e remover excesso de exsudato; ü Proteger a ulcera contra traumas mecânicos; ü Fornecer isolamento térmico; ü Proporcionar condições favoráveis as atividades da vida diária do paciente; ü Alivio da dor; ü Entre outros; Exemplos de coberturas: Óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácído caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja. Frequência de troca: Trocar no máximo a cada 24 h ou sempre que o curativo secundário estiver saturado. Consideração: O uso prolongado pode causar hipergranulação da ferida e pode ser associado a outras coberturas. Ou semi-impermeável. Frequência de troca: Trocar no máximo a cada 7 dias e/ou quando necessário. Consideração: Reduz o atrito, porém a pressão permanece a mesma. Quando paciente acamado, mas com mobilidade, essa cobertura pode descolar e se enrolar, causando outras lesões. Apresentação em placa, pasta e pó. Frequência de uso: Trocar no máximo a cada 7 dias, sempre que houver saturação da cobertura ou o curativo descolar. Consideração: Pode causar maceração da área perilesional quando ultrapassar o prazo de troca(a cobertura tem baixa absorção). Fixar 1 a 2 cm da borda, diminuindo assim a área de extravasamento de exsudato. Uma camada de tecido de carvão ativado impregnado com prata inserido em um envoltório de não tecido com borda selada em toda sua extensão. Curiosidade: No mercado contém curativos a base de carvão; Frequência de uso: A saturação do tecido de carvão ativado acontece, em média, em 3 a 4 dias, podendo ficar no leito até 7 dias. Estabelecer necessidade de troca do curativo secundário conforme avaliação do profissional que acompanha o cuidado. Consideração: Havendo aumento do intervalo de trocas, devido à diminuição do exsudato, deve-se suspender o uso dessa cobertura para evitar o ressecamento do leito da ferida. Macio, adaptável, absorção superior e ajuda a cicatrizar de forma mais rápidas as feridas infeccionadas. Frequência de uso: trocas deverá ser estabelecida de acordo com a avaliação do profissional que acompanha o cuidado. Consideração: Podem ser ou não recortáveis. Creme dermatológico, Sulfadiazina de prata 1% miconizada 10g; Frequência de uso: Feridas secas ou pouco exsudativas: troca em até 24 horas. Feridas de muito exsudato: troca até 12h. Consideração: A longo prazo, o uso recorrente pode levar a impregnação por prata – Hipersensibilida de local ou sistêmica. Pode estar associado à Alginato. Composição: gel constituído por água purificada, propilenoglicol, carbômero 940, trietanolamina, alginato de cálcio e sódio, conservantes e carboximetilcelulose. Frequência de Uso: Troca em até 48 horas. Feridas infectadas: no máximo a cada 24 horas. Consideração: macera as bordas da lesão e a pele adjacente. Frequência de uso: A cada 24 horas. Consideração: Promove desbridamento muito lento. Aplicar gaze úmida com SF 0,9% sobre a colagenase. Necessário proteger pele ao redor da ferida. Frequência de uso: A cada 24 horas, antes se o curativo secundário estiver saturado. Consideração: os recipientes utilizados para diluição e armazenamento não devem ser metálicos, pois provocam oxidação e inativação da enzima. Alginato de cálcio em fibra Constituídos por fibras extraídas de algas marinhas marrons, compostas pelos Ácidos Gulurônico e Manurônico, apresentando íons cálcio e sódio incorporados. Frequência de uso: Feridas infectadas: no máximo a cada 24 h. -Feridas limpas com sangramento: a cada 48h ou quando saturado; -Em outras situações a frequência das trocas deverá ser estabelecida de acordo com a avaliação do profissional que acompanha o cuidado. -Considerar saturação do curativo secundário e aderência da cobertura no leito da ferida Consideração: Havendo aumento do intervalo de trocas, devido à diminuição do exsudato deve-se suspender o uso dessa cobertura para evitar o ressecamento do leito da ferida. Bota de Unna Bandagem inelástica não estéril impregnada com pasta de óxido de zinco Frequência de uso: Troca a cada 7 dias. Em caso de desconforto, vazamento de exsudato, sinais clínicos de infecção, dormência e latejamento dos dedos ou em caso de quaisquer outras irritações locais deve-se retirar a bandagem Exerce força de contensão no membro acometido. Aumenta o fluxo venoso nos membros inferiores. Promove fibrinólise e aumenta a pressão intersticial local. Mantém o meio úmido necessário à cicatrização. Contraindicação: Úlceras artérias e mistas (arterial+venosa ); Em casos de celulite (inchaço e eritema na área da ferida) e processo inflamatório intenso, pois a compressão aumentará a dor no local; - Pacientes com diabetes mellitus, pois há risco de diminuição da perfusão sanguínea no membro acometido. -Pacientes com hipersensibilida de á algum componente da fórmula. imediatamente. Consideração: A Bota de Unna não pode ser cortada e aplicada sobre a lesão. Para controle do exsudato sugere-se a realização de curativo secundário e uso da placa de carvão ativado. IMPORTANTE: Aplicar a bandagem ao longo da perna, iniciando no pé e terminando na altura do joelho. Orientar elevação do membro e repouso (principalmente antes da aplicação) durante o dia, movimentação de inclinação do pé (frente e para trás), retirada da bota caso apareça efeitos adversos. Creme Barreira Frequência de uso: Resiste de 3 a 4 procedimento s de higiene. -Não é absorvido pela fralda ou lençóis. Consideração: Não é necessária a sua reaplicação a cada troca; Confere proteção única e duração prolongada contra fluídos corporais; Hidrata e condiciona a pele; Rapidamente absorvido pe la pele; Não precisa ser removido; É hipoalergênic o; Recupera o pH natural da pele; Referências ü Imagens: www.romulopassos.com.br/, acessado:27/09/2020; ü Enfermagem ilustrada, encontrada em https://enfermagemilustrada.com/, acessado:27/09/2020; ü Manual de Curativos SUS 2016, No site www.saude.campinas.sp.gov.br/enfermagem/2016/Manual_de_Curativo s_2016.pdf?ref=curativos.com.br, Acessado 27/09/2020; ü Cuidados com a Integridade Cutânea, POP, no site: http://www.hu.ufsc.br/documentos/pop/enfermagem/assistenciais/INTEG RIDADE_CUTANEA/CUIDADOS_INTEG_CUTANEA.pdf,acessado: 27/09/2020; ü Feridas e coberturas, no site https://www.romulopassos.com.br/, acessado:27/09/2020; ü COMISSÃO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS, POP ENF 8.2; No site:/www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+8.2_COB ERTURAS+PARA+FERIDAS.pdf/8fcd67a5-2f5c-4a84-9a87- 36afdc21d725#:~:text=%C3%89%20um%20meio%20que%20consiste,i mport%C3%A2ncia%20global%20para%20o%20indiv%C3%ADduo. Acessado:27/09/2020.