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AÇÃO CIVIL EX DELICTO

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AÇÃO CIVIL “EX DELICTO”
Base legal: art. 91, I CP; arts. 63 a 68 e arts. 386 e 387, IV, todos do
CPP; arts. 186 e 935 CC.
Embora haja separação das esferas civil e penal, há
situações em que uma mesma ação ou omissão produz efeitos nos dois
campos (civil e penal) e, às vezes, até mesmo na seara administrativa.
Assim, sobre os efeitos civis da sentença penal condenatória, tem-se a
situação em que a infração penal gera, também, pretensão de
natureza indenizatória.
O processo penal autoriza a cumulação no juízo criminal da
pretensão acusatória e de pretensão indenizatória, tutelando
também interesses privados. No caso de condenação deverá o juiz
fixar, na sentença, um valor valor mínimo para fins de reparação dos
danos causados pela infração. Todavia, como a legislação fala de “valor
mínimo”, nada obsta que a vítima ingresse na esfera cível, objetivando
a obtenção de valor maior. Insta salientar que a liquidação e execução
da sentença não são incumbências do juiz penal.
Espécies:
1. Ação civil cumulada com ação penal - a indenização poderá se dar
utilizando a sentença penal condenatória transitada em julgado como
título executivo - art. 63 CPP;
2. Ação civil ex delicto autônoma - ação ajuizada separadamente no
cível pela vítima ou por seu representante legal - art. 64 CPP;
3. No caso da composição de danos civis, previsto no art. 74 da Lei
9099/95.
Situações que impedem o ajuizamento de ação no cível:
✓ Sentença absolutória decidindo estar provada a inexistência do fato -
art. 386, I CPP;
✓ Sentença absolutória reconhecendo estar provado que o réu não
concorreu para a infração penal – art. 386, IV CPP;
✓ Sentença absolutória que reconheça a existência de legítima defesa,
estado de necessidade, exercício regular de direito ou estrito
cumprimento do dever legal – art. 386, VI CPP (Exceto no caso de
estado de necessidade agressivo (dano à terceiro) ou legítima defesa
real (quando excede o limite do instituto) com aberractio ictus (ofensa
a terceiro por erro na execução - art. 73 CP).
Situações que NÃO impedem o ajuizamento de ação no cível, por não
atestarem a licitude do fato:
✓ Sentença absolutória que reconheça não haver prova da existência do
fato - art. 386, II CPP;
✓ Sentença absolutória que reconheça não constituir o fato infração
penal – art. 386, III CPP;
✓ Sentença absolutória que reconheça não existir prova de ter o réu
concorrido para a infração penal – art. 386, V CPP;
✓ Sentença absolutória que reconheça não existir prova suficiente para a
condenação – art. 386, VII CPP;
✓ Decisão de arquivamento do inquérito ou peças de informação – art. 67
CPP;
✓ Decisão que julgar extinta a punibilidade (art. 67 CPP c/c art. 107, CP).
OBSERVAÇÃO
O art. 68 se refere ao Ministério Público pois, à epoca que
o Código de Processo Penal entrou em vigor, não havia Defensoria
Pública legalmente constituída, o que nos dias atuais perdeu o seu
propósito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal.15.ed. São Paulo: Saraiva,
2018.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução
penal. 9.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
OLIVEIRA, Edilson Pacelli de. Curso de processo penal. 22.ed. Rio de
Janeiro: Lúmen Júris, 2018.
LEITURA COMPLEMENTAR:
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Ação de execução e ação civil “ex delicto”. Disponível
em https://emporiododireito.com.br/leitura/acao-de-execucao-e-acao-civil-ex-
delicto. Acesso em 20/04/2020.
NUCCI, GUILHERME DE SOUZA; MONTEIRO, ANDRÉ VINÍCIUS e GEMIGNANI, Daniel.
Ação civil ex delicto: problemática e procedimento após a Lei 11.719/2008.
Disponível em
https://www.pucsp.br/cienciascriminais/agenda/acao_civil_ex_delicto_versao_final.
pdf. Acesso em 20/04/2020.
PARCIANELLO, João Carlos. Ação civil ex delicto no âmbito do direito civil.
Disponível em https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/acao-civil-ex-
delicto-no-ambito-do-direito-civil/. Acesso em 20/04/2020.

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