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ATIVIDADE 1 - PROCESSO BIOTECNOLÓGICO GENÉRICO - JEAN SILVA

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Universidade Federal de Viçosa 
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas 
Departamento de Química e Engenharia Química 
ENQ 453 – Engenharia de Processos Biotecnológicos 
Aluno: Jean Bruno Melo Silva Matrícula: 90376 
FICORREMEDIAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DE 
DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO 
 
1. CONTEXTO 
O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, de constituição altamente variável, 
utilizado como principal fonte energética em grande parte do planeta. Desse modo, a 
indústria petrolífera ocupa uma posição de destaque no cenário econômico, e os acidentes 
e derramamentos quando ocorrem, são amplamente divulgados. 
Diante dessa problemática, é crescente a preocupação em desenvolver processos para 
tratamento e recuperação das áreas contaminadas. Dentre eles, encontra-se a 
ficorremediação, que consiste na utilização de algas ou microalgas para remover 
contaminantes das águas (MOREIRA E MARQUES, 2019). 
2. A FICORREMEDIAÇÃO 
A ficorremediação é uma estratégia biológica de tratamento de águas contaminadas por 
petróleo. Trata-se de um método ex situ, ou seja, a remoção do substrato contaminado não 
ocorre no local da contaminação, e sim em um local previamente preparado. 
 As microalgas presentes em um tanque se utilizam do carbono presente nos 
hidrocarbonetos, eliminando tais substâncias e liberando água limpa de volta no ambiente. 
As microalgas resultantes geram uma biomassa que pode ser utilizada para a produção de 
biodiesel. 
Em pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal da Bahia – UFBA em 2019, as 
microalgas eliminaram 94% dos poluentes contidos em um efluente resultante da produção 
de petróleo, num período de 28 dias. 
3. O PROCESSO 
• Matéria-prima: Água contaminada com petróleo (hidrocarbonetos) 
• Inóculo: Microalgas (ex.: Nannochloropsis oculata). 
• Tratamentos iniciais/preparo do inóculo: As microalgas podem ser cultivadas por 
variadas técnicas, destacando-se atualmente, para produção em larga escala o uso 
de raceway ponds (grandes tanques abertos), e de fotobiorreatores tubulares 
fechados. 
• Produto final: Água limpa 
• Subproduto (resíduo): Biomassa de microalgas, que pode ser usada no processo 
de produção de biodiesel. O teor de óleo de certas variedades de algas pode chegar 
a 50% de seu peso seco (BIODIESEL BR, 2011). 
De acordo com o professor Ícaro Moreira, da UFBA, um conjunto de reatores capaz 
de tratar 1,5 mil litros de água marinha a cada três dias, teria custo de cerca de R$ 50 
mil (implantação), com manutenção de R$ 7 mil por mês. Ao final do processo, cada 
quilo de biomassa gerada poderia ser vendido por R$1 mil, indicando que o processo 
é sustentável (BBC, 2019). 
Visto que as microalgas são fotossintetizantes e podem ser mixotróficos, ou seja, 
realizam fotossíntese utilizando a luz solar como fonte de energia a biofixação do CO2 
também pode ser considerada uma vantagem do processo (MOREIRA E MARQUES, 
2019). 
• Reator: Tanque 
• Tempo de reação: 28 dias 
• Tratamentos finais: Secagem da biomassa, extração de óleo para produção de 
biodiesel 
 
4. ESQUEMA DO PROCESSO 
REATOR
Secagem
Água + petróleo
(Matéria-prima)
Microalgas
(Inóculo)
Água limpa
(Produto final)
Biomassa de 
microalgas
(Resíduo/
Subproduto)
Extração do 
óleo
Produção de 
Biodiesel
(Subproduto)
Processos
Downstream
Processos
Upstream
Tratamentos finais
Raceway ponds/
Fotobiorreatores 
tubulares fechados
(Preparo do inóculo)
Tratamentos iniciais
PROCESSO BIOTECNOLÓGICO - FICORREMEDIAÇÃO
 
Figura 1. Fluxograma da Ficorremediação 
5. REFERÊNCIAS 
BIODIESEL de Algas. [S. l.], 9 nov. 2011. Disponível em: 
https://www.biodieselbr.com/destaques/2006/biodieselalgas#:~:text=As%20algas%20usam 
%720a%20energia,de%20plantas%20cultivadas%20na%20terra. Acesso em: 5 set. 2020. 
BIORREMEDIAÇÃO: os métodos naturais que podem ajudar a recuperar áreas 
manchadas pelo petróleo. [S. l.], 17 nov. 2019. Disponível em: 
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50399607. Acesso em: 6 set. 2020. 
MOREIRA, Ícaro Thiago Andrade; MARQUES, Isadora Machado. BIORREMEDIAÇÃO DE 
ÁREAS COSTEIRAS IMPACTADAS POR PETRÓLEO. XVIII SEPA - Seminário Estudantil 
de Produção Acadêmica, [s. l.], v. 18, 2019. Disponível em: 
https://revistas.unifacs.br/index.php/sepa/article/view/5884. Acesso em: 6 set. 2020.

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