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A relevância do Direito e Economia na construção de sociedades em desenvolvimento

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A relevância do Direito e Economia na construção de sociedades em desenvolvimento.
Compreender a notabilidade do Direito pela criação da harmonia nas relações sociais, impulsiona o desenrolar do mercado ao direito à autonomia das vontades. Esse aspecto tende à união das correntes do Direito e Economia por se correlacionarem, onde um é regulador, e outro desenvolve a sociedade enquanto capital. Além dessa perspectiva, a importância da investigação permite analisar como a sociedade em desenvolvimento se adapta, através de demanda social de necessidade, e capacidade reguladora do Estado. Aliás, estar ciente das deficiências sociais, paralelas à conduta progressista é o arranjo considerado percursor das economias emergentes.
A princípio, a necessidade de existir um artifício atenuador dos desejos e relações da sociedade foi criado o sistema de Direito. A partir disso, observar como se dá as relações econômicas pelo meio do sistema jurídico, que pela evolução social, permite ou proíbe certas transações adaptadas ao tempo-espaço da época. É oportuno salientar que a relação Direito e Economia além de interligadas, são simultâneas. Ao mesmo tempo que o capital desenvolve a população, diversifica oportunidades na abrangência de escolhas, o direito positivado freia condutas através da análise identificada como maléfica à população. Diante do exposto, englobar como se deu as desigualdades e como o campo jurídico e econômico pode auxiliar à freá-las, incorpora a dureza do desenvolvimento de um país para obter recursos à todas as classes. Através disso, compreender como a economia se desenvolve é primordial, para analisar seu aspecto histórico-social enquanto nação.	
Quando criado, o Darwinismo propôs a seleção natural, através da adaptação da espécie mais congruente ás transformações. Fundamentado nisso, o surgimento do Darwinismo Social de Hebert Spencer, atrelou a teoria baseado na concepção de que os seres humanos são desiguais por natureza, como consequência desse pensamento a identificação do mais apto, ocorreria através da comparação de poder social, por vezes menosprezando a ausência dessa habilidade em outros indivíduos. Essa visão retrógrada do Darwinismo Social, também hospedou alguns adeptos no Brasil. No entanto, a concepção separatista no país, remeteu à particularidades de clima e etnia, utilizada como justificativa para causa de desigualdades e problemas econômicos. A incoerência de afirmar a eugenia, ou seja, a defesa de genética única dos mais aptos, permite compreendermos como o arcabouço histórico preconceituoso, desde a formação do Brasil, privilegia algumas classes, ao mesmo tempo que exclui e marginaliza as classes pobres, e afrodescendentes. 
A reflexão acerca das desigualdades no país, é o espelho da contradição entre diversificação de povos, e acúmulo de capital, onde apesar do conhecimento de diversa etnias, a bolha individual, encontra-se focada no benefício próprio identificada pela falta de distribuição de renda. Na mesma linha, há também o racismo, no qual após a abolição da escravatura, os negros não obtiveram garantia à ascensão social. Entender a contribuição do Direito, para perceber a necessidade inclusiva com base na historicidade brasileira, ajuda também a desmitificar os rumos econômicos das sociedades em desenvolvimento. Abranger sobre a raiz do processo de desigualdades, cerca o nascedouro do país, desde utilizar-se da mão de obra escrava, ao uso do índio como mão-de-obra barata, dessa forma existe desde o “descobrimento” do Brasil uma realidade mascarada pelo domínio e expropriação dos menos favorecidos de capital e conhecimento. Além disso, o uso indiscriminado da natureza pelos possuidores de capital, incluem não somente um crime ao direito, mas também uma falha econômica prejudicial e terceirizada. 
Dentro da economia existem assuntos pertinentes que envolve a qualidade de vida dos indivíduos, assim como também atinge o sistema jurídico. Hoje, o cenário atual pandêmico demonstra como o país lida com a crise financeira e sanitária, além de já sofrer com problemas sociais, e econômicos, evidenciados ainda mais pela desigualdade. Em decorrência da pandemia global, o Brasil enfrenta mais uma dificuldade, a ausência de estratégias para conter o vírus, atrelada a uma economia que já estava em recessão. É percebido, que a situação do Brasil como país emergente, no desenrolar da pandemia, explicita a falta de estratégias para analisar o mercado a partir da dimensão político-econômica, e tomar decisões acertadas para readaptação desse mercado à situação atual. 
É essencial perceber que essa reorganização social está alicerçada à redistribuição da renda. Essas premissas são importantes para auxílio no alavancar das potencias emergentes. Abordar as mudanças vai além de questões econômicas, mas lida com o princípio humano de dignidade. Um ponto específico acerca dessa abordagem, são os grandes potencias que se apropriam de mão de obra de barata, assim, muitas vezes por falta de oportunidades, o trabalhador se submete à um ofício insalubre, com baixo salário e sem seguridade, como acontece na China. Esse rompimento entre o crescimento de capital e fortalecimento da dignidade humana é visto como barreira no alongar da capacidade de uma economia se desenvolver. A violação do direito ocorre exatamente quando a dignidade é exortada das relações comerciais. Para frear, ou repudiar essa conduta o direito positivado, explicita em leis a proibição ou regulamentação de condutas que atreladas ao capital, possa ocorrer esse desenvolvimento humano e social.
Apesar das medidas reguladoras do direito à economia, o sistema econômico possui ditames que diminui a abrangência do Direito. É possível observar essa falha em decorrência dos desastres ambientais, ocasionados pela exploração da natureza como minérios e petróleo. Essa dissociação, remete aos limites que o mercado deve tomar em respeito à vida e ao ecossistema. Esse vínculo entre Direito e Economia permite compreender que para as relações jurídicas se desenvolverem em sua plenitude, é necessário entender como os indivíduos saciam seus próprios desejos que se relacionam com suas vontades. Em completude, disponibilizar um modo de vida justo, atrelado à capacidade do direito à proteção do patrimônio e indivíduo pelo bem-estar social, identifica como concepções intervencionistas na visão do direito como regulador da vida social, e política. Dessa forma, a racionalização da vida política também é válida. Pelo melhoramento da economia e do direito, é preciso exigir um capitalismo que considere o indivíduo em condição de sujeito de direito, para intervir na vida social e política, independentemente de seu poder aquisitivo. É percebido assim, que onde há a transformação da economia nesses momentos de crise, através da ampliação dos direitos humanos e fundamentais a economia emergente se desenvolve.

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