Michael Apple e o Neoliberalismo

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GRADUAÇÃO 
 
 
 
 
ALICE CHAVES ELEONE DE ALMEIDA 
 CAMILLA RODRIGUES CARNEIRO LEÃO 
LAYANA SANTOS XAVIER MACHADO DA SILVA 
 LUCIANA LUCAS HERMOGENES TOLEDO 
SARA DE OLIVEIRA CRUZ AGUIAR 
THAÍS FERREIRA VIANA FERNANDES 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: TEORIA E PRÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Irajá-RJ 
2020 
 
MICHAEL APPLE E A CONCEPÇÃO NEOLIBERALISTA 
 
 Michael Apple baseou sua concepção pedagógica através de sua experiência de vida, visto que que 
cresceu em um ambiente periférico e obteve crescimento a partir de seus estudos. Então seu ponto de vista 
foi baseado a partir da educação e sociedade, já que o contexto social em que cresceu afetou 
profundamente sua educação. 
 Sua concepção de educação é baseada a partir da realidade do seu aluno. Criticar, trazer a vida do aluno 
para dentro de sala de aula e aprender a partir disso. Isso é uma construção, uma aprendizagem 
significativa. 
 Apple enfoca questões sociais, raciais e econômicas ao seu modelo de ensino, já que essas questões são 
predominantes na sociedade, e é essa realidade que o aluno periférico vivência. 
 Defende a ideia de que educar não é uma atividade neutra, sem intenção, o educador está envolvido em 
um ato político. 
 Segundo ele, o ambiente escolar pode servir como espaço de reprodução de valores hegemônicos na 
sociedade através do currículo e, ao mesmo tempo, como espaço de produção de práticas de resistência e 
produção de relações democráticas. 
 Sendo assim, Apple não aceita ser limitado. Acredita que todos os envolvidos com a educação e os 
jovens, devem ser críticos e dispostos a refletir mediante sua realidade. Professores devem estar dispostos 
a se posicionarem contra qualquer atitude que os limite em qualquer sentido, e os de seus alunos também. 
Os alunos precisam ser desenvolvidos a refletir a partir de sua realidade de vida. 
 Em uma entrevista, quando questionado sobre os ataques feitos a Paulo Freire, afirma que Freire vê a 
pobreza como algo que está errado na sociedade, mas que bolsonaro, por exemplo, trata a pobreza como 
algo individual. Para estes grupos é como se as pessoas não trabalhassem o suficiente, associando as 
falhas a pessoas viciadas e afrodescendentes, como se todos tivessem as mesmas oportunidades. 
 O problema se dá quando os neoliberais (Estado fraco) se unem com pessoas que querem um Estado 
muito forte, que controle a história e a cultura, pois demonizam quaisquer ganhos realizados para 
mulheres, grupos minoritários, grupos de deficientes. Tratando sempre esses grupos como "os outros". O 
próprio prefeito do Rio de Janeiro é um neoliberal, mas primeiramente alinhado com grupos religiosos 
que intitulam que o problema das pessoas é a falta de procura a Jesus. 
 A questão da diversidade precisa ser tratada e discutida sempre. Há diversas situações em que a 
informação e conscientização é de extrema importância. O grande exemplo disso é o movimento que se 
formou atualmente com relação ao preconceito contra os negros (vidas negras importam), sabemos que 
essa problemática vem se arrastando há séculos, desde a lei da abolição da escravatura, mas em pleno 
século XXI ainda temos que lidar com essa questão de preconceito, e não podemos nos esquecer da 
questão social, onde vemos os pobres também serem alvos desses preconceitos, ser pobre e negro, 
infelizmente ainda gera muita arrogância e preconceito. Isso deve ser tratado desde os anos iniciais, na 
escola ou fora dela. Muitas vezes essas atitudes se iniciam em casa, através de pessoas que transferem 
para os outros parentes esse pensamento de podre e enraizado. 
 O papel do professor é importantíssimo para a formação do SER PENSANTE. Deve-se despertar no 
aluno esse pensamento em que a sociedade tem que ser melhor a cada ano, não regredir, seja nas questões 
políticas e/ou sociais.