Buscar

Formação Continuada de Gestores no Rio de Janeiro

Prévia do material em texto

PARALELO COM A RE AL ID AD E LOCAL 
 
 O Brasil tem desenvolvido vários programas de formação continuada. Os programas de formação continuada de gestores 
começaram a ser desenvolvido s n os anos de 1990 . Po demos citar: 
o Progr ama de Apoio aos D irigentes Municipais de Educação 
(Pradime), no âmbit o municipal. 
 O Progr ama Pradime foi o escolhi do para est a analise dentre 
os 0 4 (quatro) cita dos acima , pois o município do Rio de Janeiro crio u 
através do d ecreto 35.602 do dia 09 de maio d e 2012 a Escola de 
Formação Paulo Freire. Ess e decret o tem o objetivo de capacitar e 
valorizar os profess ores e demais s ervido res da Educação. 
A Escola de Formação Paulo Freire, começo u a funciona r no 
mesmo ano do de creto, oferece for mação inici al e continuad a em 
diversas área s do conhec imento, os cursos p odem ser p resenciais, 
semipresenciais e a distânci a. 
 Como Pradime, a través do decreto 35.602 e a Escol a Paulo 
Freire, o município do Ri o de Janeiro, pretende, além de melhor ar a 
qualidade do ensino ofertado nas escolas, enfatiza r a dimensão educacional 
do desenvolvimento humano e sustentável e chamar a atenção dos
dirigentes para o papel da educação no processo de desenvolvimento 
local, bem como, contribui para o avanço do País em relação à s metas 
do Plano Nacional de Educação (PNE). 
 O município do Rio d e Janeiro entende que a garantia do direito 
à educação não se resume à provisão de matrícula, é necessário 
assegurar meios capazes de proporcionar aos alunos condições de 
permanência, aprendizagem e conclusão, aumentando o nível de 
escolarização da população. Nesta direção, com a cri ação da Escola Paulo 
Freire entre outras medidas, aponta -se para objetivos do Plano Nacional 
de Educação, quando destacam a melhoria da qualidade do ensino em 
todos os níveis; a redução das desigualdades sociais e regionais quanto 
a o acesso, à permanência e ao sucesso escolar; a democratização da 
gestão do ensino público; e o aumento da escolaridade da população como 
desafios da educação nacional . As políticas educacionais no nível 
municipal desempenham um papel fundamental para o avanço do País 
em direção a esses objetivos. 
 É oferecido aos dirigentes municipais de educação no município 
do Rio de Janeiro, o apoio à sua gestão , e espera-se que com a 
continuidade do Programa, eles assumam uma função de destaque, 
sendo o s responsáveis pela gestão da oferta, qualidade e equidade da 
educação, assim reduzindo as desigualdades sociais. 
 O Pradime representa para os dirigentes municipais de educação 
um espaço de formação permanente, de troca de experiências, de 
acesso a informações e ferramentas de gestão, criando um diálogo 
sobre o valor da educação para o desenvolvim ento equitativo da 
sociedade e para a construção da cidadania democrática e m nosso País. 
 A formação continuada é tida como necessária não somente para 
tentar minimizar as lacunas da formação inicial, mas por a escola ser 
um espaço privilegiado de formação e de socialização entre os professores,
onde se atualizam e se desenvolvem saberes e conhecimentos docentes 
e se realizam trocas de experiências. Tendo essa perspectiva, o estudo 
procurou caracterizar a formação continuada dos dirigentes nas escolas 
públicas do município do Rio de Janeiro. A suposição inicial da qual parti 
foi a de que essa formação acontece em experiências formalizadas de 
educação continuada, mas também, e, especialmente, no cotidiano o 
espaço escolar. 
As gestões das escolas municipais do Rio de Janeiro recebem 
treinamento da secretaria de Educação do município através de palestras 
e cursos de curta duração , que só vem fortalecer toda a estrutura 
educacional e sua gestão através dos cursos de formação à distância. 
 Nessa perspectiva, Dourado (2 00 7) afirma que a 
problematização das condições de formação e de profissionalização 
docente coloca -se como questão interligada à gestão educacional, 
considerando os diferentes fatores que interferem na atuação dos 
profissionais da educação, bem como no acesso a processos formativ os 
que não negligenciem de uma base sólida de formação . 
 Rever a formação pedagógica requer, 
portanto, a artic ulação entre as p olíticas educ acionais e as concep ções 
de formação enquanto processos de construçã o coleti va. I mplica, 
também, resga tar as experiências implementadas p or estados e 
municípios como p assos importantes no fortal ecimento d as ações do 
MEC, em apoio à s políticas de fo rmação de professores e aos 
processo s de organização , gestão educacional e escolar (Dourado, 
2007, p.924-925). 
 
4 RESULT ADOS E CONCLUS ÃO 
 
 Precisa-se levar em consideração que as organizações escolar 
es como instituições adquirem uma dimensão própria, enquanto espaços 
organizacionais onde se tomam importantes decisões educativas, 
curriculares e pedagógicas, que vão além do que é imposto pelo sistema 
 
de ensino (macro) e do que é vivenciado no cotidiano da sal a de aula 
(micro). As experiências de formação continuada, mesmo as que acontecem fora do sistema de ensino, podem modificar ou consolidar 
as práticas educativas. Entretanto, para que tais ações ocorram, essa 
atividade requer apoio e parceria contínua, seja por parte da escola, 
seja por parte do sistema de ensino. 
 Para tanto, a formação continuada precisa ser tomada como um processo constante e não pontual, estando sempre interligada com as atividades e as práticas profissionais que estão sendo desenvolvidas 
dentro da escola. Essa formação deve ser voltada para o coletivo. 
 Os Programas de apoio à Gestão Escol ar são d e suma 
importância para a melhoria da qualidade da educação, mas a penas 
eles não são suficientes, em todo país, como no município do Rio de 
Janeiro, ainda há muito que se fazer para mudar a realidade atual, 
alguns do s problemas enfrentados são: escolas públicas sucateadas, 
falta de recursos financeiro s, falta de professores, mal remuneração dos 
profissionais de educação, a violência d entro e fora da escola, dentre outros. 
 Vieira (2007, p.2), refletindo sobre o que é preciso fazer para 
termos uma escola que deveria ser de qualidade para todos, apresenta dois 
pressupostos: 
1. As políticas de educação devem ser políticas de Estado. 
Enquanto permanecerem à mercê de governos que vêm e vão, o Brasil 
continuará reinventando a roda, com o tem sido feito desde os primórdios 
da história da educação. 
2. As políticas e práticas de gestão (educacional e) escolar e a 
formação do educador precisam estar em sintonia com foco permanente 
na aprendizagem. 
REFERÊNCIAS BI BLIOGRÁFICA S 
 
 
BERNARDO, Elisangela da Silva. Ciclos e formaçã o cont inuada de 
professores: as perspectivas m acro e mesos social de análi se de uma 
gestão educacio nal. Re v. Int. d e Form. de Profes sores ( RI F P), 
Itapetininga, v. 4, n.2, p. 186 -20 7, a br. /jun., 2019. 
 
DOURADO, Luiz F ernandes. Políticas e gestão d a educação básica n o 
Brasil : limites eperspectiva s. Educação & S ociedade. V. 2 8, N. 10 0. 
Campi nas: Cedes, 2007. p. 92 1-9 46, Esp ecial - Out. 
 
FNDE Fundo Nacio nal de Dese nvolvimento da Educação Mi nistério da 
Educação. Disponí vel e 
m:<http://www.fnde.g ov.br/compon ent/k2/item/642 7-pr% C3%B 3-onselho- 
programa- nacional -de-c apacita%C3 %A7 %C3%A3o -do s -conselheir os-
municipais- de -educ a%C3%A7% C3%A3o >. Acesso e m 18 n ov. 2 019. 
 
Ministério da Educação. Disponív el e m: <http://p ortal.m ec.g ov.br /expans 
ao-da-rede-federal /195- secretarias -112877938/s eb-educa cao-basica-
2007048997/18765 -apoio-a -gesta o-esco lar>. Acesso em: 1 8 nov. 2019. 
 
Prefeitura d o Rio. Disponível e m: <h ttp://prefeitura.rio/w e b/epf/ qu e m -
somos1>. Acesso e m: 1 7 nov. 2 019. 
 
VIEIRA, Sofia Lerche. Política educacional , gestão e apre ndizagem: por 
uma escol a d e qualidade para todos. I n: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE 
POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃ O DA EDUCAÇÃO, 23, 2007, P orto Ale gre. 
Anais... Porto Alegr e, UFRGS, 2007

Continue navegando