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Aula 04 - Anatomia - Sistema articular

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Aula 04 - Anatomia 
 
4. SISTEMA ARTICULAR 
 Conceito e função 
 São pontos de junção entre dois ou mais 
ossos. Elas possuem grau variado de mobilidade, 
algumas têm mobilidade restrita e outras permitem 
grande mobilidade. O modo de união entre os ossos 
é chamado de superfície articular. A articulação 
recebe o nome, com base no nome dos ossos que se 
articulam. Ex.: Articulação temporo-mandibular 
(osso temporal e mandíbula). Exceções: Sutura 
lambdóidea: entre o osso occipital e os parietais; 
Sutura metópica: na criança, entre os ossos frontais; 
Sutura Sagital: entre os ossos parietais; Articulação 
do joelho. 
 Funções: Manutenção da postura corporal – 
Movimento – Proteção de órgãos – Amortecimento 
de choques mecânicos – Crescimento dos ossos (ex: 
fêmur – epífises – calcifica o osso cresce). 
 
 Classificação – quanto à fixação (morfogênese) 
 Baseia-se na presença ou ausência de 
cavidade entre os ossos articulados durante o 
desenvolvimento do embrião. 
 Contínua: não há espaço entre os ossos, 
apenas tecido conectivo (fibroso ou cartilaginoso). 
 Contígua: há cavidade entre os ossos que se 
articulam (cavidade e cápsula articular). 
 
 
 Classificação – quanto à duração 
 Temporária: dura apenas na infância. O 
tecido conectivo é aos poucos substituído por tecido 
esquelético por um processo chamado SINOSTOSE. 
 Permanente: dura até a velhice. 
 
 
 Classificação – quanto ao tecido interposto 
 Como critério o material encontrado entre 
os ossos. De acordo com esse critério, podemos 
dividi-las em: articulação sinovial, fibrosa e 
cartilaginosa. 
 As articulações sólidas entre um osso e 
outro terá a presença de tecido conjuntivo, sendo 
assim será contínua, por não existir cavidade, sendo 
composta por articulações fibrosas e 
cartilaginosas. As articulações que apresentam 
cavidade (ex: punho/ombro) são chamadas de 
articulações sinoviais. 
 Articulações fibrosas: são caracterizadas 
pela presença de tecido conjuntivo fibroso unindo 
as estruturas ósseas que se articula. Possibilita o 
movimento restrito entre as peças ósseas, ocorrem 
vibrações entre os ossos e possui mobilidade 
reduzida. Ex: suturas do crânio. Podem ser de três 
tipos: 
1. Suturas: Essas articulações são típicas 
do crânio. Logo após o nascimento, percebe-se uma 
grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso 
entre os ossos do crânio. Com o desenvolvimento, 
ocorre a calcificação desse tecido. Essa é uma 
articulação, portanto, imóvel. Podem ser (a) sutura 
plana – sutura internasal; (b) sutura denteada – 
sutura interparietal; (c) sutura escamosa – sutura 
parieto-temporal. 
 
2. Sindesmoses: Nessas articulações, há um 
pouco de movimento. Articulações fibrosas 
permeadas por tecido fibroso, como membrana ou 
ligamento interósseo, encontradas nas articulações 
tíbio-fibular inferior, e a membrana interóssea radio-
ulnar. 
 
Rádio-Ulnar 
Aula 04 - Anatomia 
 
3. Gonfoses: Essa articulação é aquela 
encontrada entre a raiz do dente e os alvéolos da 
maxila e mandíbula, onde dentes são fixados nos 
ossos por intermédio de tecido conjuntivo fibroso – 
cemento. Alguns autores não a consideram uma 
articulação, uma vez que o dente não faz parte do 
esqueleto. 
 
 
 Articulação cartilaginosa: também 
chamada de anfiartrose ou articulação semimóvel, 
ela apresenta tecido cartilaginoso entre os ossos, que 
pode ser do tipo hialino ou fibroso. Possibilita o 
movimento elástico entre as peças ósseas, o que 
permite realizar pequenos movimentos. Quando a 
cartilagem é hialina, a articulação recebe o nome 
de sincondrose, quando a cartilagem é fibrosa, 
recebe a denominação de sínfise. As articulações 
cartilaginosas são encontradas nos ossos do quadril e 
entre as vértebras. 
1. Sincondrose: Nessas articulações, as peças 
ósseas são unidas por cartilagem hialina, e seus 
movimentos são limitados. Esse tipo de articulação 
pode ser intra-óssea – dentro de um mesmo osso 
(metáfise de ossos longos) ou interóssea – entre 
ossos diferentes (osso occiptal e esfenoide). Como 
exemplo desse tipo de articulação, podemos citar a 
articulação presente entre a primeira costela e o osso 
esterno (cartilagem costal – permanente – não 
passa pelo processo de sinostose). A articulação 
entre a epífise e a diáfise de um osso longo em 
crescimento é um exemplo de uma articulação do 
tipo sincondrose 
Sincondrose → cartilagem → tecido ósseo 
 
 Podem ser classificadas em: Sofrem sinostose: 
ossos longos, ossos do quadril e alguns ossos do 
crânio. Não sofrem sinostose: as articulações entre 
as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são 
sincondroses permanentes. 
2. Sínfises: Nessas articulações a união dá-se 
por tecido fibrocartilaginoso. A mobilidade nessa 
articulação também é limitada (nem tão amplo, nem 
tão limitado). As sínfises podem ser observadas nos 
ossos do quadril, os quais formam a sínfise púbica 
(permite a dilatação da pelve na hora do parto) e nas 
vértebras – unidas pelo disco intervertebral. 
 
. 
 Articulações sinoviais: As articulações 
sinoviais são móveis (diartroses) e são 
frequentemente consideradas as principais 
(maioria) articulações funcionais do corpo. A 
presença de uma cavidade articular – circundada 
por uma capsula articular, que é o tecido conjuntivo 
fibroso preso a cada osso que participa da 
articulação um pouco além da sua superfície 
articular - é o que caracteriza a articulação sinovial. 
Possibilita o livre movimento entre as peças ósseas e 
se caracterizam pela presença da capsula articular. O 
objetivo principal da articulação sinovial é evitar o 
atrito entre os ossos articulados da cavidade 
articular. Possuem elementos constantes e 
inconstantes. 
 → Elementos constantes: presentes em todas as 
articulações sinoviais. 
I. Superfícies ósseas articulares – superfície 
de contato entre os ossos. 
II. Cartilagens articulares – não possui vasos 
sanguíneos, canais linfáticos ou nervos, de 
constituição hialina, situada nas extremidades dos 
ossos, chamada de disco ou menisco. Reduz o 
estresse máximo de contato, distribuindo as cargas. 
Permite movimento com o mínimo de atrigo e 
desgate. 
III. Cápsula articular – constituída de 
membrana fibrosa e membrana sinovial interna, 
mantém as estruturas ósseas unidas e protege a 
articulação, inseridas em torno das extremidades 
dos ossos que estão articulando. Possui ligamentos 
capsulares, que são espessamento de feixes paralelos 
de fibras colágenas. Perfurada por vasos sanguíneos 
e nervos. Permite o isolamento das articulações. 
IV. Líquido sinovial – liquido viscoso e 
suavemente amarelo, produzido pela membrana 
sinovial, composto de ácido hialurônico e proteína, 
Aula 04 - Anatomia 
 
nutre e lubrifica as articulações a fim de evitar 
atrito entre as superfícies ósseas, permitindo a 
mobilidade articular. Contém células de defesa. 
V. Cavidade articular – espaço entre os ossos 
preenchido de liquido sinovial, envolta pela cápsula 
articular. 
 
 
 
 → Elementos inconstantes: presentes em 
algumas articulações. 
I. Discos articulares - estruturas 
fibrocartilaginosas em forma de disco que permitem 
que duas superfícies ósseas discordantes possam 
articular entre si (articulação temporomandibular – 
ATM). 
II. Meniscos – estruturas fibrocartilaginosas em 
form de meia-lua (disco incompleto) que agem 
como amortecedores de peso e permitem a 
estabilização da articulação do joelho; 
III. Lábio articular – estruturas em forma de 
anel que amploa uma das superfícies articulares 
(encontramos um lábio na escápula da articulação 
escápulo-úmeral e na articulação do quadril). 
IV. Ligamentos – estruturas em forma de fita 
modelada rico em fibras colágenas e elásticas que 
ajudam na fixação dos ossos articulados. Os 
ligamentos são de origens musculares ou capsulares, 
desempenham as funções de coesão ou adesão e 
frenam ou limitam os movimentos articulares.Tecido conjuntivo formado principalmente por: 
colágeno, elastina, fibroblastos e água. 
 
 Classificações – número de superfície 
articulares – podem ser simples, composta, 
complexa. 
 
 
 Classificação – número de eixos de 
movimentação 
 Não axial: movimento de deslizamento, 
como os ossos do carpo. – Plana. 
 Uniaxiais – monoaxial: quando o 
movimento ocorre apenas em um plano. 
Articulações que permitem a flexão e extensão, 
como cotovelo. – Ginglimo e trocoíde 
 Biaxiais: quando ocorrem em dois planos. 
Realizam extensão, flexão, adução e abdução, como 
rádio-carpal (articulação do punho). – Selar, 
elipsoide, bicondilar. 
 Multiaxiais: quando realiza movimentos em 
três planos. Além de flexão, extensão, abdução e 
adução, permitem também a rotação, articulações do 
ombro e do quadril. – Esferoide. 
 
 
 
 
Aula 04 - Anatomia 
 
 Classificação – forma geométrica dos encaixes 
ósseos 
 Plana: na qual as superfícies articulares são 
planas ou ligeiramente curvas, permitindo 
deslizamento de uma superfície sobre a outra em 
qualquer direção. Ex: Acromioclavicular (entre o 
acrômio da escápula e a clavícula), sacro ilíaca. E os 
ossos do carpo e metacarpo. 
 
 Gínglimo: ou dobradiça, sendo que os 
nomes referem-se muito mais ao movimento (flexão 
e extensão) que elas realizam do que à forma das 
superfícies articulares. Ex.: cotovelo e falanges. 
 
 Trocóide: São cilíndricas. Estas articulações 
permitem rotação e seu eixo de movimento, único, é 
vertical: são mono-axiais. Ex: articulação rádio-
ulnar proximal (entre o rádio e a ulna) responsável 
pelos movimentos de pronação e supinação do 
antebraço. 
 
 Selar: na qual a superfície articular de uma 
peça esquelética tem a forma de sela. A articulação 
carpo-metacárpica do polegar é exemplo típico. É 
interessante notar que esta articulação permite 
flexão, extensão, abdução, adução e rotação 
(conseqüentemente, também circundução), mas é 
classificada como bi-axial. O fato é justificado 
porque a rotação isolada não pode ser realizada 
ativamente pelo polegar sendo só possível com a 
combinação dos outros movimentos. 
 
 Condilar: cujas superfícies articulares são de 
forma elíptica.. Estas articulações permitem flexão, 
extensão, abdução e adução, mas não a rotação. 
Possuem dois eixos de movimento, sendo, portanto, 
bi-axiais. Ex: articulação rádio-carpal (ou do 
punho), a articulações temporomandibular (ATM) e 
metacarpofalangeanas. 
 
 Esferóide: apresenta superfícies articulares 
que são segmentos de esferas e se encaixam em 
receptáculos ocos. Este tipo de articulação permite 
movimentos em torno de três eixos, sendo, portanto, 
tri-axial. Assim, as articulações do ombro escapulo-
ulmeral e a do quadril (entre o osso do quadril e o 
fêmur) permitem movimentos de flexão, extensão, 
adução, abdução, rotação e circundução. 
 
 
 Terminações nervosas 
 As articulações possuem receptores 
(terminações) nervosas, situados geralmente na 
capsula articular ou perto dela. Esses receptores 
fornecem ao sistema nervoso central informações 
sobre a posição, movimentos e os esforços 
encontrados nas articulações são: 
A. Terminações nervosas do tipo 1: estão 
localizadas nas camadas superficiais das cápsulas 
fibrosas das articulações e fornecem informações 
sobre a posição e os movimentos das articulações; 
B. Terminações nervosas tipo 2: são 
encontradas em toda extensão das capsulas 
articulares. São sensíveis a alterações de 
movimentos e pressão; 
C. Terminações nervosas tipo 4: Estão 
localizadas nas capsulas articulares, nos corpos 
adiposos e adjacentes e em torno dos vasos 
sanguíneos da membrana sinovial. Respondem a 
movimentos excessivos. Fornecem base para dor 
articular.

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