Buscar

0002 - Slide 1 - ESTUDOS DISCIPLINARES FORMACAO ESPECIFICA UNIADE I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 80 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Profa. Me. Eliana Delchiaro
Estudos Disciplinares
Formação Específica
 São mecanismos de estudo para que os alunos tenham contato com outras formas 
de linguagem.
 São exercícios, algumas vezes com enunciados longos, mas que permitem ao aluno pensar 
a partir de diferentes linguagens: uma foto, uma charge, um gráfico, texto científico, 
uma matéria do jornal, uma citação  São situações de aprendizagem que favorecem 
o desenvolvimento de competências e habilidades.
 Esse é um compromisso da Universidade com a formação 
de um profissional e de um cidadão. 
Estudos Disciplinares: O que são?
Traços marcantes da sociedade contemporânea interferem no modo de pensar e construir 
a relação ensino-aprendizagem:
 Uso intensivo de tecnologia.
 Grande quantidade de informações circulando em tempo real.
 Vida em grandes centros urbano.
 Grupos que cultivam suas diferenças em relação a outros.
 Sociedade que valoriza o ter no lugar do ser.
 As incertezas estão na vida pessoal, profissional, 
na sociedade e no conhecimento.
 O consumo ocupa um lugar muito grande 
na sociedade moderna.
Mudanças na sociedade atual e na forma de aprender
 O conhecimento não está e não pode ficar aprisionado numa caixinha e tampouco 
trabalhado em partes, fragmentado.
 A sociedade de hoje demanda que tenhamos estudos interdisciplinares e multidisciplinares. 
As áreas do conhecimento precisam dialogar e se relacionar permanentemente.
 Para conseguir essa meta, os Estudos Disciplinares contribuem ao trabalhar com a 
resolução sistemática de exercícios por meio de situações reflexivas e interdisciplinares 
para o desenvolvimento de competências e habilidades em nossos alunos
Partindo desses traços que marcam nossa sociedade hoje
 Neste semestre os Estudos Disciplinares serão realizados na forma de exercícios para 
o aprimoramento de habilidades de raciocínio lógico e leitura e interpretação de textos, 
imagens, gráficos e tabelas. Com isso você terá a oportunidade de exercitar-se ao realizar 
questões de múltipla escolha que utilizam recursos de comunicação e linguagem.
 Todo o tempo recebemos muitas mensagens, cabe-nos saber ler e interpretar para viver 
em uma sociedade em que os saberes são locais e globais.
 Para tanto, contamos com você e seu protagonismo como aluno da EaD.
Estudos disciplinares e aprendizagem
Discursivas
Bloco um:
 Questão 1 – Propostas curriculares e atividades da Educação Infantil
Bloco dois:
 Questão 2 – Pluralidade cultural
Objetivas – Múltipla escolha
Bloco três:
 Questão 3 – Letramento
 Questão 4 – Educação como prática social
Bloco quatro:
 Questão 5 – Educação de Jovens e Adultos (EJA)
 Questão 6 – Educação não formal
Questões que serão apresentadas
Vejamos algumas orientações importantes para esse tipo de questão:
 O texto dissertativo é um texto argumentativo. 
Para a organização da resposta a uma questão dissertativa é necessário garantir:
 Introdução – apresenta o tema, um argumento ou crítica inicial ou a primeira etapa 
de uma proposta.
 Desenvolvimento – aprofunda e fortalece a argumentação ou crítica inicial, ou apresenta 
a ação central de uma proposta.
 Conclusão – encerra com um argumento que finalize a 
resposta, pode-se incluir uma reflexão abrangente e definitiva 
com vistas ao futuro, que não se distancie da questão.
Questões 1 e 2 – Discursivas
 Objetiva – primeira pessoa do plural ou terceira são recursos que transferem 
os argumentos para lugares de reconhecida autoridade ou de domínio público.
Evite respostas subjetivas como: eu acho, eu acredito, eu penso que...
 Argumentos ancorados na autoridade de leis, de pesquisadores e documentos que sejam 
socialmente reconhecidos fortalecem a ideia. 
 Evite incluir nas respostas experiências pessoais, exemplos de senso comum e frases 
de efeito que possam gerar dúvidas no leitor.
 A leitura é fundamental para a organização da resposta, 
bem como a interpretação da pergunta, isso é que deve 
determinar a produção da resposta dissertativa. Sendo assim, 
interprete adequadamente a questão.
A resposta dissertativa deve ser
 As propostas curriculares da Educação Infantil devem garantir que as crianças tenham 
experiências variadas com as diversas linguagens, reconhecendo que o mundo no qual 
estão inseridas, por força da própria cultura, é amplamente marcado por imagens, sons, falas 
e escritas. Nesse processo, é preciso valorizar o lúdico, as brincadeiras e as culturas infantis. 
 As experiências promotoras de aprendizagem e do consequente desenvolvimento 
das crianças devem ser propiciadas em uma frequência regular e serem, ao mesmo 
tempo, imprevistas, abertas a surpresas e a novas descobertas. Elas visam à criação 
e à comunicação por meio de diferentes formas de expressão, tais como imagens, canções 
e música, teatro, dança e movimento, assim como a língua escrita e falada, sem esquecer 
da língua de sinais, que pode ser aprendida por todas 
as crianças, e não apenas pelas crianças surdas.
BRASIL. Ministério da Educação Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais 
da Educação Básica. Brasília, 2013 (com adaptações).
Questão1: Dissertativa – Questão 3, Enade 2017
Propostas curriculares e atividades da Educação Infantil
 Os direcionamentos apresentados devem ser compreendidos e transpostos à práxis 
dos professores. 
 Nesse contexto, elabore um texto sobre estratégias que efetivem tais orientações 
no cotidiano da Educação Infantil, considerando os seguintes aspectos:
 uma abordagem interdisciplinar para o desenvolvimento da linguagem e suas formas 
de expressão;
 a criança como produtora de linguagem;
 a valorização das linguagens expressadas nas brincadeiras e na cultura infantis.
 Atenção, é uma questão discursiva!
Propostas curriculares e atividades da Educação Infantil
 Como se sabe, a infância é um tema complexo que, de acordo com Larrosa (2004), inquieta 
a segurança de nossos saberes e questiona o poder de nossas práticas. Além da 
complexidade inerente, a concepção do que é infância sofreu diversas variações ao longo 
do tempo. Deve-se considerar que múltiplas diferenças culturais estão em jogo na vida 
de uma criança, conforme a comunidade em que ela está inserida.
 Nesse contexto, a ciência atual considera a infância como 
um campo de estudo. A infância passou a ser vista como um 
tempo específico da vida humana, e as propostas curriculares 
para atuação junto à educação infantil devem garantir às 
crianças experiências variadas, com diversas linguagens, 
reconhecendo que o mundo em que estão inseridas, por força 
da própria cultura, é amplamente marcado por imagens, 
escritos, sons, falas, ou seja, a criança passou a ser 
considerada no espectro de suas inúmeras especificidades.
1. Introdução teórica
Especificidades da infância e da Educação Infantil
 Uma dessas especificidades diz respeito ao brincar, elemento fundamental 
no desenvolvimento do trabalho educativo na educação infantil. Assim, 
é imprescindível valorizar o lúdico, as brincadeiras, as culturas infantis.
 Ao alimentar uma criança, por exemplo, muitos pais o fazem imitando aviãozinho, trenzinho 
etc. Experiências como essa representam grandes fontes de aprendizado, que estimulam 
outras buscas na criança, que está imersa no universo da brincadeira, do faz de conta, 
da fantasia. Assim, o ato de brincar faz parte do processo natural de aprendizagem 
de todos nós, desde a infância até alguns momentos da vida adulta.
Propostas curriculares e atividades da Educação Infantil
 Na educação infantil – que, de acordo com o Artigo 30 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), 
é aquela oferecida em creches às crianças de até três anos de idade e em pré-escolas às 
de quatro e cinco anos de idade –, a criança deve ser exposta a experiências promotoras 
de aprendizagem e de desenvolvimento, com atividades propiciadas com certa frequência, 
mas que, ao mesmo tempo, estejamabertas a surpresas e a novas descobertas.
 Atividades com essas características têm por objetivos a criação e a comunicação por meio 
de diferentes formas de expressão, como dança e movimento, música, teatro, língua falada 
e língua escrita, Libras etc.
Especificidades da infância e da Educação Infantil
 O estudante deve redigir um texto sobre estratégias considerando as orientações 
do texto-base. As orientações são as que seguem:
 Garantir que as crianças tenham experiências variadas com as diversas linguagens. 
 Reconhecer que o mundo no qual estão inseridas é amplamente marcado por imagens, 
sons, falas e escrita. 
 Valorizar o lúdico, as brincadeiras e as culturas infantis. 
 Propiciar, de forma frequente e regular, experiências promotoras de aprendizagem e também 
experiências imprevistas, abertas a surpresas e a novas descobertas. 
 Propiciar diferentes formas de expressão, tais como: imagens, canções e música, teatro, 
dança e movimento, assim como a língua escrita e falada e a língua de sinais. 
 No que tange à abordagem interdisciplinar, o estudante pode 
considerar o trabalho integrado e/ou o trabalho com diferentes 
áreas de conhecimento e/ou a valorização das diferentes 
linguagens e/ou as experiências de aprendizagens variadas 
como estratégias pedagógicas que possibilitam o 
desenvolvimento das linguagens na educação infantil.
Padrão de respostas do Inep
 O estudante deve redigir um texto sobre estratégias considerando as orientações do texto-
base. As orientações são as que seguem:
 Quanto ao entendimento da criança como produtora de linguagem, espera-se que o 
estudante considere que a linguagem é importante para o desenvolvimento infantil, que 
possibilita diferentes formas de expressão, além de considerar que a criança é partícipe da 
construção de saberes por meio da interação e do diálogo. 
 No que tange à valorização das linguagens expressas nas 
brincadeiras e cultura infantis, espera-se que o estudante 
demonstre compreensão de que, ao brincar, a criança está 
desenvolvendo a linguagem, produzindo culturas e 
experimentando diferentes aprendizagens. O estudante pode 
abordar aspectos como: brincadeiras e interações; o lúdico 
com intencionalidade; a importância de valorizar a cultura 
local, nas suas diferentes expressões (música, teatro, 
dança etc.).
Disponível em http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_resposta/2017/
Pad_Resp_Pedagogia.pdf. Acesso em 07 abr. 2020.
Padrão de respostas do Inep
Lembrando como organizar a questão:
Introdução:
Desenvolvimento:
Conclusão:
Questão dissertativa
 LARROSA, J. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascarados. 4. ed. Belo Horizonte: 
Autêntica, 2004.
 LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2004.
Indicações bibliográficas
INTERVALO
 Todos os dias, quando chegava à escola, o menino de 8 anos era obrigado a rezar o Pai 
Nosso. Adepto de uma religião de matriz africana, ele se recusava a cumprir a ordem: dizia 
que era filho de Xangô e, portanto, permaneceria em silêncio. A professora e os colegas, no 
entanto, insistiam. A mãe do menino percebeu o problema e foi conversar com a diretora da 
escola. Pediu que a fé da criança fosse respeitada, mas nada mudou. Os professores e a 
diretora diziam que ele devia rezar porque era a regra da escola. A situação era ainda pior 
quando alguns alunos o chamavam de macumbeiro e o mandavam ir para a igreja. No final 
do ano, a família do menino optou por mudar de bairro e transferi-lo para outra escola. 
Disponível em http://oglobo.globo.com. Acesso em 3 jul. 2017 (com adaptações).
Questão 2 – Questão 5, Enade 2017
Pluralidade cultural
 Considerando a situação apresentada, proponha duas atividades pedagógicas baseadas 
em diferenças de raça/etnia, classe social, crença religiosa, gênero e sexualidade ou outras 
características individuais ou sociais, conforme disposto nos Parâmetros Curriculares 
Nacionais para o tema transversal Pluralidade Cultural. Em sua elaboração, descreva 
as atividades propostas, vinculando-as aos objetivos a serem alcançados nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental.
 Atenção, é uma questão discursiva!
Questão 2 – Discursiva – Questão 5, Enade 2017
Pluralidade cultural
 De acordo com o portal do Ministério da Educação e Cultura (MEC), a temática do tema 
transversal da Pluralidade Cultural, ponto central desta questão, diz respeito ao 
conhecimento e à valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos 
sociais que convivem no território nacional, às desigualdades socioeconômicas e à crítica 
às relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam a sociedade brasileira, 
oferecendo ao aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um país complexo, 
multifacetado e, algumas vezes, paradoxal. 
 Ainda de acordo com o portal do MEC, esse tema propõe uma 
concepção que busca explicitar a diversidade étnica e cultural 
que compõe a sociedade brasileira, compreender suas 
relações, marcadas por desigualdades socioeconômicas, 
e apontar as transformações necessárias, oferecendo 
elementos para a compreensão de que valorizar as diferenças 
étnicas e culturais não significa aderir aos valores do outro, 
mas respeitá-los como expressão da diversidade, respeito 
que é, em si, devido a todo ser humano, por sua dignidade 
intrínseca, sem qualquer discriminação.
1. Introdução teórica
Pluralidade cultural 
 A afirmação da diversidade é traço fundamental na construção de uma identidade nacional 
que se põe e repõe permanentemente, tendo a ética como elemento definidor das relações 
sociais e interpessoais.
 No que se refere à organização das atividades didático-pedagógicas, o trabalho com base 
em reflexões quanto à pluralidade cultural faz surgir a necessidade de a escola refletir 
e atuar conscientemente na educação não só “de conteúdos”, mas também de valores 
e atitudes; aponta uma transformação da prática pedagógica, uma vez que rompe as 
limitações das atividades formais tradicionais, e implica a necessidade de um trabalho 
sistemático e contínuo no decorrer de toda a escolaridade, possibilitando um tratamento 
cada vez mais cuidadoso das questões escolhidas.
1. Introdução teórica
Pluralidade cultural 
 O trabalho pedagógico realizado sob a ordem dos temas transversais e da pluralidade 
cultural pressupõe a formação do ser humano em suas diversas dimensões e promove 
o desenvolvimento integral do ser pensante e agente em vivências e experiências 
que favoreçam o conhecimento de si, do outro, das relações sociais, do mundo que nos 
cerca etc., pois torna o pensamento aberto a tudo que transcenda a fragmentação 
do conhecimento e do ser. Dessa forma, o estudo do regime escravagista, por exemplo, 
não se restringiria à dimensão meramente factual, mas sim colocaria esse conhecimento 
a serviço da compreensão das diferenças sociais (conteúdo de Sociologia) e do respeito 
às diferenças de todos os tipos (conteúdo de Ética). Além disso, aqui haveria um importante 
“gancho” para que fosse discutida em sala de aula a discriminação que a turma e a escola 
impuseram ao aluno que se dizia filho de Xangô e se negava 
a rezar o Pai Nosso, uma vez que o menino segue uma religião 
de matriz africana.
1. Introdução teórica
Pluralidade cultural 
 Portanto, o intuito do trabalho com questões relacionadas à pluralidade cultural é auxiliar 
os alunos a pensarem de forma plural e a desenvolverem a prática da observação, do estudo 
e das correlações existentes entre o homem, o espaço e a natureza. Esse tipo de trabalho 
objetiva primordialmente desafiar os estudantes a simular situações, criar hipóteses, refletir 
e posicionar-se com relação às suas vivências cotidianas, com base em saberes plurais 
e integrados.
 Quanto ao trabalho docente, é preciso ter posturas, atitudes e procedimentos que façam 
surgir em todos os envolvidos no processo a capacidade de buscar soluções alternativaspara questões da vida coletiva, para a superação da desigualdade social latente ainda 
existente, com posicionamentos firmes e respeito às opiniões divergentes.
1. Introdução teórica
Pluralidade cultural 
 As atividades aqui propostas podem ser tão variadas quanto os contextos culturais 
dos alunos. 
 O estudante deve levar em consideração que o tema transversal da Pluralidade Cultural 
tem como principal objetivo contribuir para a cidadania em nossa sociedade pluriétnica 
e pluricultural, contribuindo para repudiar toda discriminação baseada em diferenças 
de raça/etnia, classe social, crença religiosa, gênero e sexualidade e outras características 
individuais ou sociais. Os objetivos das atividades devem ser coerentes com os princípios 
dos PCN.
Padrão de resposta do Inep
As condições básicas para o desenvolvimento do tema transversal da Pluralidade Cultural são: 
 criar na escola um ambiente de diálogo cultural, baseado no respeito mútuo; 
 perceber cada cultura na sua totalidade; os fatos e as instituições sociais só ganham sentido 
quando percebidos no contexto social em que foram produzidos; 
 usar materiais e fontes de informação diversificadas, como fontes vivas, livros, revistas, 
jornais, fotos, objetos – para não se prender a visões estereotipadas e superar a falta ou 
limitação do livro didático. 
Disponível em http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_resposta/2017/Pad_Resp_Pedagogia.pdf. Acesso em 14 abr. 2020.
Padrão de resposta do Inep
Lembrando como organizar a questão:
Introdução:
Desenvolvimento:
Conclusão:
Questão dissertativa
 BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível 
em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pluralidade.pdf. Acesso em 14 de dezembro de 
2018. 
 LARROSA, J. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascarados. 4. ed. Belo Horizonte: 
Autêntica, 2004.
 LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2004.
Indicações bibliográficas
INTERVALO
1. Leitura da questão.
2. Introdução teórica – tema da questão.
3. Retomada da questão com a resposta correta.
4. Análise da questão.
5. Indicações bibliográficas
Orientações de estudo para as questões objetivas 
 O conceito de letramento é muito difícil de ser especificado porque remete tanto a um estado 
a que acede um sujeito quanto às habilidades deste mesmo sujeito de movimentar-se num 
mundo povoado de textos, tanto como leitor quanto como autor de novos textos a enriquecer 
o patrimônio de enunciados concretos, disponível em diferentes esferas da comunicação 
social de uma dada sociedade. Ainda que o conceito teórico não se limite aos processos 
de iniciação ao mundo da escrita, são particularmente esses processos de iniciação que têm 
sido aplicados por nós, como se “letramento” fosse o nome a se dar à iniciação dos sujeitos 
sociais num mundo a que, por esse processo, passaria a ter acesso.
Questão 3 – Questão 26 – Enade 2017
Letramento
 Uma escola jamais poderá pôr como seus objetivos “respostas adequadas”, mas, sim, 
respostas críticas e, para chegar ao nível da crítica, é preciso definir-se como lugar 
de ensino-aprendizagem não da totalidade dos campos das atividades humanas 
(e, portanto, introdutora dos sujeitos sociais a todos os gêneros de discurso), mas de áreas 
socialmente privilegiadas que levem à constituição de sujeitos sociais críticos e eticamente 
responsáveis, no sentido de responsabilidade tal como cunhado por Bakhtin (2010): 
não uma responsabilidade moral para consigo mesmo, mas uma responsabilidade 
ética fundante da relação com a alteridade. 
GERALDI, J. A. A produção dos diferentes letramentos. Bakhtiniana, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 25-34, 2014 (com adaptações).
Questão 3 – Questão 26 – Enade 2017
Letramento
 Com base no texto, avalie as afirmativas. 
I. O letramento remete a um estado em que o sujeito é produtor de enunciados 
nas diferentes esferas da comunicação e das relações sociais de uma sociedade.
II. Os processos de iniciação ao mundo da escrita caracterizam o letramento, sendo 
fundamental o ensino de todos os gêneros discursivos e textuais na escola.
III. O autor do texto compreende o processo de letramento na perspectiva da formação de 
sujeitos sociais críticos e eticamente responsáveis, não apenas com sua individualidade, 
mas com a responsabilidade ética fundante da relação do Eu com o Outro.
IV. No âmbito escolar, os processos de letramento devem ser 
direcionados para que os estudantes alcancem as respostas 
adequadas ao seu contexto e, posteriormente, 
compreendam, de forma crítica, as relações sociais.
Questão 3 – Questão 26 – Enade 2017
Letramento
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
 O processo de alfabetização consiste na aprendizagem básica, na qual se desenvolve 
a habilidade de ler e escrever de acordo com as normas de determinado idioma. Pela 
alfabetização, o aluno passa a utilizar a leitura e a escrita como formas de comunicação 
com seu meio, aperfeiçoando-se no uso dessas ferramentas à medida que avança 
nas séries escolares.
 Por sua vez, quando se fala das diferenças entre alfabetização e letramento, é importante 
esclarecer que o letramento se inicia até mesmo antes do processo de alfabetização 
e se estende ao longo de toda a vida de um indivíduo.
 Segundo diversos profissionais da área de Educação, 
o indivíduo letrado não é aquele que sabe apenas ler 
e escrever de forma básica, mas sim aquele que é capaz 
de conhecer o uso da escrita e da leitura em seu dia a dia, 
utilizando-as e compreendendo-as nos mais diversos 
contextos. Então, a alfabetização é o processo de 
aprendizagem pelo qual se desenvolve a habilidade de ler 
e escrever, e o letramento é o processo no qual se desenvolve 
o uso competente da leitura e da escrita nas práticas sociais.
Introdução teórica
O conceito de letramento: além da alfabetização 
 A pessoa letrada tem, portanto, forte familiaridade e habilidade com o ler e o escrever, muito 
além das habilidades básicas. O indivíduo letrado é um leitor competente, com capacidade 
de compreensão, interpretação e análise que vai além da mera decodificação de letras em 
sons, palavras e frases. Assim, uma das principais diferenças entre alfabetização e 
letramento está na qualidade do domínio sobre a leitura e a escrita: o sujeito alfabetizado 
sabe apenas codificar e decodificar o sistema de escrita; o sujeito letrado vai além, pois 
é capaz de dominar a língua no seu cotidiano, nos mais distintos contextos. O letramento 
remete a um estado em que o sujeito é produtor de enunciados nas diferentes esferas 
da comunicação e das relações em sociedade.
 Em suma, o processo de letramento tem a perspectiva 
da formação de sujeitos sociais críticos e eticamente 
responsáveis, não apenas com sua individualidade, 
mas com a responsabilidade ética fundante da relação 
do Eu com o Outro.
Introdução teórica
O conceito de letramento: além da alfabetização
 Com base no texto, avalie as afirmativas. 
I. O letramento remete a um estado em que o sujeito é produtor de enunciados 
nas diferentes esferas da comunicação e das relações sociais de uma sociedade.
II. Os processos de iniciação ao mundo da escrita caracterizam o letramento, sendo 
fundamental o ensino de todos os gêneros discursivos e textuais na escola.
III. O autor do texto compreende o processo de letramento na perspectiva da formação de 
sujeitos sociais críticos e eticamente responsáveis, não apenas com sua individualidade, 
mas com a responsabilidade ética fundante da relação do Eu com o Outro.
IV. No âmbito escolar, os processos de letramento devem ser 
direcionados para que os estudantes alcancem as respostas 
adequadas ao seu contexto e, posteriormente, 
compreendam, de forma crítica, as relações sociais.
É correto apenas o que se afirma em:
Retomada da questão com a resposta corretaI. Afirmativa correta.
 JUSTIFICATIVA. O letramento é o processo que visa a tornar o sujeito capaz de produzir 
e interpretar diferentes enunciados em diversos contextos sociais.
II. Afirmativa incorreta.
 JUSTIFICATIVA. Os processos de iniciação ao mundo da escrita caracterizam 
a alfabetização, não o letramento. 
Análise das afirmativas
III. Afirmativa correta.
 JUSTIFICATIVA. No texto, o autor afirma que o letramento deve levar “à constituição 
de sujeitos sociais críticos e eticamente responsáveis, no sentido de responsabilidade tal 
como cunhado por Bakhtin (2010): não uma responsabilidade moral para consigo mesmo, 
mas uma responsabilidade ética fundante da relação com a alteridade”.
IV. Afirmativa incorreta.
 JUSTIFICATIVA. No âmbito escolar, os processos de 
letramento devem ser direcionados para que os estudantes 
alcancem as respostas no seu contexto e, ao mesmo tempo, 
compreendam as relações sociais de forma crítica. 
Trata-se de processos concomitantes, portanto.
Análise das afirmativas
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
 Alternativa correta: B
 CASTANHEIRA, M. L. et al. Alfabetização e letramento na sala de aula. Belo Horizonte: 
Autêntica, 2018. 
 SOARES, M. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. Pátio Revista 
Pedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2004.
Indicações bibliográficas
 A educação é uma prática social cada vez mais ampla e presente na sociedade 
contemporânea, pois vem-se multiplicando os ambientes e processos de aprendizagem 
formais e informais envolvendo práticas pedagógicas e formativas em instituições educativas, 
no trabalho, nas mídias e nos espaços de organização coletiva, potencializados pelas 
tecnologias de comunicação e de informação. Isso se vincula às novas exigências e 
demandas do mundo do trabalho e da produção, assim como ao desenvolvimento científico e 
tecnológico, aos aspectos de constituição da cultura local, regional, nacional e internacional e 
à problemática ambiental e da saúde pública no país.
Disponível em http://www.conae2014.mec.gov.br. Acesso em 16 jul. 2017.
Questão 4 – Questão 27, Enade
Educação como prática social
Fonte: Adaptado de: https://www.educabras.com/redacao/pormenor/professor/redacao_sobre_educacao.
NOSSA ESCOLA
VAI PREPARAR
VOCÊS PARA
O MERCADO!
DINHO?
ENTÃO A GENTE
VAI SE ESFORÇAR
TANTO...
...PRA DEPOIS
SER CONSUMIDO?
 Com base no cartum e no texto apresentados, avalie as afirmativas.
I. A educação, a ciência e a tecnologia são elementos relevantes nos processos 
de desenvolvimento econômico e social, sem, no entanto, guardar efetiva relação 
com o contexto de reestruturação produtiva e a sociedade do conhecimento.
II. O Estado e os governos são instâncias centrais na formulação e na implantação 
de políticas públicas que contribuam para mudanças sociais efetivas, tendo em vista 
a formação para o exercício da cidadania e a ampliação dos mecanismos de equalização 
das oportunidades de educação, trabalho, saúde e lazer.
Questão 4 – Questão 27, Enade
Educação como prática social
 Com base no cartum e no texto apresentados, avalie as afirmativas.
III. Desde os anos 1980, as transformações econômicas e políticas no cenário internacional 
e no Brasil, decorrentes da reestruturação produtiva, da mundialização do capital 
e da revolução tecnológica, implicaram processos de regulação que acarretaram 
mudanças nas políticas educacionais, que passaram a se orientar, cada vez mais, 
pela lógica do mercado e da competição.
IV. A proposição e a materialização de uma política nacional de educação, no âmbito 
de um Sistema Nacional de Ensino, dependem, essencialmente, de processos e ações 
governamentais centralizadas, consubstanciadas no ordenamento legal.
Questão 4 – Questão 27, Enade
Educação como prática social
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
Questão 4 – Questão 27, Enade
Educação como prática social
 De acordo com Lobo Neto (2002), uma discussão da educação e da relação pedagógica 
só é possível na medida em que a situamos como prática social. A educação é fenômeno 
de âmbito social, já que é produzida historicamente e está inserida no contexto cultural. 
É produzida na relação de interação intencional entre os seres humanos e destes 
com a natureza e com o mundo das coisas.
 Toda atividade educacional, que se concretiza em relações pedagógicas é, portanto, 
uma prática social que apresenta características históricas, implicações teóricas, 
compromissos políticos, e que tem reflexos nos meios produtivos.
 Nesse sentido, a educação, a ciência e a tecnologia são 
elementos relevantes nos processos de desenvolvimento 
econômico e social e guardam efetiva relação com o contexto 
de reestruturação produtiva e a sociedade do conhecimento.
1. Introdução teórica
Educação como prática social
 Desde a década de 1980, as transformações econômicas e políticas, internacionais 
e brasileiras, decorrentes da reestruturação produtiva, da mundialização do capital 
e da revolução tecnológica, ocasionaram processos de regulação que acarretaram 
mudanças nas políticas educacionais, que passaram a ser orientadas, cada vez mais, 
pela lógica da competição e do mercado.
 A fim de resguardar a sociedade de uma lógica educacional “cega”, voltada apenas para o 
mercado e para a competição, o Estado e os governos são instâncias centrais na formulação 
e na implantação de políticas públicas que contribuam para mudanças sociais efetivas, tendo 
em vista fatores como a formação para o exercício da cidadania e a ampliação dos 
mecanismos de equalização das oportunidades de educação, trabalho, saúde e lazer.
1. Introdução teórica
Educação como prática social
 A proposição de uma política nacional de educação, no tocante a um Sistema Nacional 
de Ensino, depende, essencialmente, de processos e ações governamentais centralizadas, 
embasadas no ordenamento legal. Sua materialização, no entanto, depende 
fundamentalmente de ações das escolas, dos docentes, das comunidades em que estão 
inseridas essas escolas etc. Além disso, as instituições de ensino no Brasil têm sua 
administração a cargo de diferentes instâncias, de forma descentralizada, já que as escolas 
podem ser municipais, estaduais, federais, privadas etc. Embora haja diretrizes e normas 
comuns a serem seguidas por todas as instituições de ensino, não se trata exatamente 
de uma estrutura centralizada.
1. Introdução teórica
Educação como prática social
 Com base no cartum e no texto apresentados, avalie as afirmativas. (Corretas).
I. A educação, a ciência e a tecnologia são elementos relevantes nos processos 
de desenvolvimento econômico e social, sem, no entanto, guardar efetiva relação 
com o contexto de reestruturação produtiva e a sociedade do conhecimento.
II. O Estado e os governos são instâncias centrais na formulação e na implantação 
de políticas públicas que contribuam para mudanças sociais efetivas, tendo em vista 
a formação para o exercício da cidadania e a ampliação dos mecanismos de equalização 
das oportunidades de educação, trabalho, saúde e lazer.
Retomada da questão com a resposta correta
 Com base no cartum e no texto apresentados, avalie as afirmativas. (Corretas).
III. Desde os anos 1980, as transformações econômicas e políticas no cenário internacional 
e no Brasil, decorrentes da reestruturação produtiva, da mundialização do capital 
e da revolução tecnológica, implicaram processos de regulação que acarretaram 
mudanças nas políticas educacionais, que passaram a se orientar, cada vez mais, 
pela lógica do mercado e da competição.
IV. A proposição e a materialização de uma política nacional de educação, no âmbito 
de um Sistema Nacional de Ensino, dependem, essencialmente, de processos e ações 
governamentais centralizadas, consubstanciadas no ordenamentolegal.
É correto apenas o que se afirma em:
Retomada da questão com a resposta correta
I. Afirmativa incorreta.
 JUSTIFICATIVA. A educação, a ciência e a tecnologia são elementos relevantes nos 
processos de desenvolvimento econômico e social e mantêm estreita relação com 
o contexto de reestruturação produtiva e a sociedade do conhecimento.
II. Afirmativa correta.
 JUSTIFICATIVA. O Estado e os governos conduzem as políticas públicas, que devem ter 
em vista a formação para o exercício da cidadania e a ampliação dos mecanismos de 
equalização das oportunidades de educação, trabalho, saúde e lazer. 
III. Afirmativa correta. 
 JUSTIFICATIVA. Desde o final do século XX, têm sido 
observadas alterações nas políticas educacionais, que 
passaram a ser orientadas pela lógica do mercado e da 
competição, refletindo valores da sociedade capitalista global.
Análise das alternativas
IV. Afirmativa incorreta.
 JUSTIFICATIVA. A proposição e a materialização de uma política nacional de educação, 
no âmbito de um Sistema Nacional de Ensino, não dependem, essencialmente, de processos 
e ações governamentais centralizadas, consubstanciadas no ordenamento legal. A 
materialização de uma política nacional de educação depende fundamentalmente de ações 
das escolas, dos docentes, das comunidades em que estão inseridas essas escolas etc. 
Além disso, a administração das instituições de ensino no Brasil fica a cargo de diferentes 
instâncias, de forma descentralizada. As escolas podem ser municipais, estaduais, federais, 
privadas etc. Embora haja diretrizes e normas comuns a serem seguidas por todas as 
instituições de ensino, não se trata exatamente de uma estrutura centralizada.
Análise das alternativas
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e IV
b) II e III Correta
c) III e IV
d) I, II e III
e) I, II e IV
Questão 4 – Questão 27, Enade
Educação como prática social
 LOBO NETO, F. J. S. Educação como prática social. In: Curso de Formação Pedagógica 
para docentes do Ensino Médio na área de enfermagem. Módulo 1. Rio de Janeiro: Fiocruz, 
2002. Disponível em https://educadmi.wordpress.com/2013/02/24/educacao-como-pratica-
social. Acesso em 7 fev. 2019.
 SANCHES, W. Pedagogia do compromisso. São Paulo: Mundo Mirim, 2009.
Indicações bibliográficas
INTERVALO
 A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é espaço de tensão e aprendizado em diferentes 
ambientes de vivências, que contribuem para a formação de jovens e de adultos como 
sujeitos da história. É inadiável que a EJA se integre a um sistema nacional de educação 
capaz de oferecer oportunidade de acesso, garantia de permanência e qualidade a jovens 
e adultos para a conclusão da educação básica. Todos os esforços feitos no Brasil nesse 
campo, em especial a partir da Constituição Federal de 1988, que preceitua, no Art. 208, 
a educação como direito de todos e dever do Estado, da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional, que passa a assumir a EJA como modalidade da educação, 
e da Resolução CEB/CNE N° 1/2000, que reafirma a especificidade desta modalidade, 
demonstram que a cobertura da EJA é ínfima se comparada ao número de jovens 
e adultos brasileiros que não concluíram a educação básica, 
e que a oferta existente ainda está longe de corresponder 
às reais necessidades desse grupo.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 
Desafios da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Brasília, 2008 (com adaptações).
Questão 5 – Questão 29, Enade 2017
Educação de Jovens e Adultos (EJA) 
Com relação a esse tema, avalie as afirmativas:
I. Os alunos jovens e adultos caracterizam-se como um grupo heterogêneo do ponto 
de vista da faixa etária, da cultura, da visão de mundo e dos conhecimentos prévios.
II. A oferta da EJA se dá por meio de cursos regulares e é destinada a jovens e adultos 
maiores de 18 anos.
III. A EJA tem como objetivo central alfabetizar jovens e adultos que interromperam 
os estudos ou que não tiveram acesso à escolaridade.
IV. A adoção da EJA como modalidade de ensino, a partir 
da Constituição Federal de 1988, contrapôs-se ao ensino 
profissionalizante com objetivo de preparar os estudantes 
para o ensino superior.
V. Situada no âmbito do direito à educação, a EJA tem firmado 
cada vez mais seu papel na história da educação, 
representando uma possibilidade de acesso 
à educação escolar.
Questão 5 – Questão 29, Enade 2017
Educação de Jovens e Adultos (EJA) 
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e V.
b) II e IV.
c) III, IV e V.
d) I, II, III e IV.
e) I, II, III e V.
Questão 5 – Questão 29, Enade 2017
Educação de Jovens e Adultos (EJA) 
 A Educação de Jovens e Adultos, conhecida popularmente pela sigla EJA, é uma 
modalidade de ensino destinada a jovens e adultos que não deram continuidade a seus 
estudos e também àqueles que não tiveram acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médio 
na idade habitual. A EJA é conduzida no Brasil por estados e municípios e orientada pelo 
Ministério da Educação, que define suas diretrizes.
 A EJA, além de seu objetivo de alfabetizar jovens e adultos, visa a construir conhecimentos 
para que essas pessoas possam exercer sua cidadania. 
 O parecer CEB/2000 regulamentou as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, afirmando 
que a EJA, então, não tem a simples função de suprir 
a escolaridade perdida. Sua função é reparadora, qualificadora 
e equalizadora. É uma alternativa para minimizar o problema 
de exclusão social (NASCIMENTO, 2013).
1. Introdução teórica 
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
 A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, determinou, em seu artigo 38º, que a idade 
mínima para realizar os exames supletivos é de 15 anos para o Ensino Fundamental 
e de 18 anos para o Ensino Médio.
 Os alunos de EJA caracterizam-se como um grupo heterogêneo do ponto de vista da faixa 
etária, da cultura, da visão de mundo e dos conhecimentos prévios, e é a relação dialógica 
entre professores e alunos, ao dar espaço para a diversidade e a heterogeneidade presentes 
nas salas de aula, o elemento potencializador do processo de ensino-aprendizagem.
 As especificidades dos alunos da EJA devem ser consideradas e avaliadas constantemente, 
com o intuito de que os conhecimentos trabalhados em sala de aula sejam significativos 
em seu cotidiano.
1. Introdução teórica 
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
 Nas palavras de Paulo Freire (1986), principal nome da educação de jovens e adultos:
 o bom professor é aquele que se coloca junto com o educando e procura superar 
com o educando o seu não saber e suas dificuldades, com uma relação de trocas 
em que ambas as partes aprendem.
 O método Paulo Freire, proposto na década de 1960, compreende que a contextualização 
do conteúdo na vida dos alunos é fundamental para o processo de aprendizagem. 
O educador opunha-se à chamada educação bancária, mera transmissora de conteúdo 
alheio à realidade do aluno.
 Atualmente, as tendências nos diversos âmbitos em que se 
discutem os rumos da educação indicam que é importante 
e necessário dar destaque à relação da EJA com o mundo 
do trabalho. Prevista na meta número 10 do Plano Nacional 
de Educação (PNE), a integração da EJA à educação 
profissional é uma das estratégias para fazer a escola 
tornar-se mais atraente aos públicos adulto e jovem.
1. Introdução teórica 
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
 Segundo Nacif (2016), secretário da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, 
Diversidade e Inclusão (Secadi), a perspectiva é de que 25% das vagas oferecidas na EJA 
sejam diretamente vinculadas à educação profissional. “Esse é nosso foco e o grande 
estímulo para que as pessoas voltem à sala de aula”. 
 De acordo com Nicodemos (2013), com base nas reflexões de Fávero (2011), o processo 
de enraizamento da EJA nas redes públicas de ensino pode ser analisado sob dois aspectos: 
umdeles, no qual se vê a positividade do processo, com a inclusão da EJA como uma 
política pública estruturada como modalidade e garantida em termos de financiamento 
e ação pedagógica; e o outro, o segundo aspecto, no qual se enxergam engessamento 
e burocratização desse modelo de escolaridade.
 Ainda conforme as ideias de Nicodemos (2013), na ausência 
de uma formação específica para os docentes da EJA, 
eles passam a dialogar muito mais com a tradição escolar 
do que com os referenciais da Educação Popular, mesmo 
sendo eles os elementos fundantes na delimitação de novos 
marcos legais da EJA.
1. Introdução teórica 
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
 É importante relembrar que a Educação Popular, disseminada por Paulo Freire, é uma 
corrente da educação comprometida e participativa, orientada pela perspectiva de realização 
de todos os direitos do cidadão. Sua principal característica é a utilização do saber 
da comunidade como matéria-prima para o ensino: o conhecimento do sujeito 
é norteador do processo. 
 Assim, o processo de ensino-aprendizagem na Educação Popular é visto como ato 
de conhecimento e transformação social. É diferente do adotado pela educação tradicional, 
por não ser uma educação imposta e por prever a formação de sujeitos conscientes 
da sua realidade social e política. 
 Por fim, a EJA, situada no âmbito do direito fundamental 
à educação, tem firmado cada vez mais seu papel 
e sua importância na história da educação, pois representa 
mais uma possibilidade de acesso à educação escolar.
1. Introdução teórica 
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Com relação a esse tema, avalie as afirmativas:
I. Os alunos jovens e adultos caracterizam-se como um grupo heterogêneo do ponto 
de vista da faixa etária, da cultura, da visão de mundo e dos conhecimentos prévios.
II. A oferta da EJA se dá por meio de cursos regulares e é destinada a jovens e adultos 
maiores de 18 anos.
III. A EJA tem como objetivo central alfabetizar jovens e adultos que interromperam 
os estudos ou que não tiveram acesso à escolaridade.
IV. A adoção da EJA como modalidade de ensino, a partir 
da Constituição Federal de 1988, contrapôs-se ao ensino 
profissionalizante com objetivo de preparar os estudantes 
para o ensino superior.
V. Situada no âmbito do direito à educação, a EJA tem firmado 
cada vez mais seu papel na história da educação, 
representando uma possibilidade de acesso 
à educação escolar.
Retomada da questão com as alternativas corretas
I. Afirmativa correta.
 JUSTIFICATIVA. Os alunos jovens e adultos caracterizam-se, de fato, como um grupo 
heterogêneo quanto à faixa etária, à cultura, à visão de mundo e aos conhecimentos prévios. 
Dessa forma, a EJA deve levar em conta as particularidades dos educandos no processo 
ensino-aprendizagem.
II. Afirmativa incorreta.
 JUSTIFICATIVA. A oferta da EJA é destinada a jovens e adultos maiores de 15 anos, 
no caso do Ensino Fundamental. 
III. Afirmativa incorreta.
 JUSTIFICATIVA. A EJA, além de seu objetivo de alfabetizar 
jovens e adultos, visa a construir conhecimentos para que 
essas pessoas possam exercer sua cidadania. Além disso, 
grande parte dos alunos que procuram essa modalidade 
de ensino não é analfabeta.
Análise das afirmativas
IV. Afirmativa incorreta.
 JUSTIFICATIVA. Retomando as colocações de Nacif (2016), secretário da Secadi, a 
perspectiva é de que 25% das vagas oferecidas na EJA sejam diretamente vinculadas à 
educação profissional, ou seja, a adoção da EJA como modalidade de ensino não se 
contrapõe ao ensino profissionalizante. 
V. Afirmativa correta.
 JUSTIFICATIVA. Situada no âmbito do direito à educação, a EJA tem, realmente, firmado 
cada vez mais seu papel na história da educação, representando uma possibilidade de 
acesso à educação escolar para muitos brasileiros. 
 Alternativa correta: A
a) I e V.
b) II e IV.
c) III, IV e V.
Análise das afirmativas
d) I, II, III e IV.
e) I, II, III e V.
 ARROYO, M. Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes, 2011.
 FÁVERO, O. Políticas públicas de educação de jovens e adultos no Brasil. In: SOUZA & 
SALES. Educação de jovens e adultos: políticas e práticas educativas. Rio de Janeiro: 
Nau, 2011. 
 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 35. ed. 
São Paulo: Paz e terra, 1986.
 NACIF, P. G. S. Conferência Política Brasileira da Educação de Jovens e Adultos no âmbito 
da Educação ao Longo da Vida. In: Seminário Internacional de Educação ao longo da vida e 
Balanço Intermediário da VI Confitea no Brasil. Brasília, abril de 2016.
 NASCIMENTO, S. M. Educação de jovens e adultos na visão 
de Paulo Freire. Monografia de especialização. Paranavaí, 
UTPR, 2013.
 NICODEMOS, A. Ensino de História na EJA: o legado da 
educação popular e os desafios docentes na formação do 
aluno jovem e adulto trabalhador. In: XXVII Simpósio Nacional 
de História. Natal, julho de 2013.
Indicações bibliográficas
 Entendemos a educação não formal como aquela voltada para o ser humano como um todo, 
cidadão do mundo, homens e mulheres. Em hipótese alguma ela substitui ou compete com 
a educação formal, escolar. Poderá ajudar na complementação dessa última, via 
programações específicas, que articulem escola e comunidade educativa localizada 
no território de entorno da escola. A educação não formal tem alguns de seus objetivos 
semelhantes aos da educação formal, como a formação de um cidadão pleno, mas ela tem 
também a possibilidade de desenvolver alguns objetivos que lhe são específicos, pela forma 
e pelos espaços onde se desenvolvem suas práticas, a exemplo de um conselho ou da 
participação em uma luta social contra as discriminações, por exemplo, e a favor das 
diferenças culturais.
GOHN, M. G. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas 
das escolas. Ensaio: Avaliação das políticas públicas na educação. Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, 
p. 27-38, 2006.
Questão 6 – Questão 25, Enade 2017
Educação não formal 
 Considerando o tema apresentado e práticas inclusivas e democráticas de articulação 
escola-comunidade e movimentos sociais comunitários, avalie as afirmativas a seguir, 
a respeito de ações realizadas pela escola e/ou por profissionais nesse contexto. 
I. Identificar que objetivos da educação não formal estão sendo disseminados 
na comunidade e utilizá-los para complementar e aprimorar a prática educativa escolar.
II. Descentralizar o poder decisório, que se encontra, geralmente, nas mãos 
da equipe gestora, para que os membros da comunidade sejam protagonistas 
das decisões colegiadas.
III. Garantir a participação dos membros da comunidade 
nos órgãos colegiados da escola, pois esses são os locais 
onde se entrecruzam necessidades advindas da prática 
da educação formal/escolar com as da educação não formal.
IV. Identificar os pais ou familiares que têm atuação política 
mais efetiva junto a movimentos sociais comunitários 
para que representem os demais.
Questão 6 – Questão 25, Enade 2017
Educação não formal 
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e IV. 
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
 A educação não formal pode ser definida como os processos educacionais organizados fora 
da lógica e das imposições do sistema regular de ensino. Essa modalidade não segue um 
currículo baseado em diretrizes ou normas dos governos federal, estaduais ou municipais. 
A educação não formal normalmente é definida pela negação, em oposição à formal, 
desenvolvida nas escolas. Mas, deve-se destacar que ela tampouco se confunde 
com a informal, como explica Maria da Glória Gohn (2014):
1. Introdução teórica
Educação não formal
 a educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente 
demarcados; a informal é aquela que os indivíduos aprendem durante seu processo 
de socialização – ocorrendo em espaços da família, bairro, rua, cidade,clube, espaços 
de lazer e entretenimento, nas igrejas e até na escola entre os grupos de amigos, 
ou em espaços delimitados por referências de nacionalidade, localidade, idade, sexo, 
religião, etnia, sempre carregada de valores e culturas próprias, de pertencimento 
e sentimentos herdados. Poderá ter ou não intencionalidades (por exemplo, educar segundo 
os preceitos de uma dada religião é uma intencionalidade). A grande diferença da educação 
não formal para a informal é que na primeira há uma intencionalidade na ação: os indivíduos 
têm uma vontade, tomam uma decisão de realizá-la, e buscam os caminhos e procedimentos 
para tal. Poderá encontrá-los em meios coletivos ou individuais.
1. Introdução teórica
Educação não formal
 O conhecimento construído nessa modalidade, segundo Gohn (2014), visa à formação 
de cidadãos livres, emancipados. Trata-se, portanto, de um processo sociopolítico e cultural 
de produção de saberes, que envolve organizações, instituições e grupos sociais. 
De acordo com Gohn (2014), as
 práticas da educação não formal se desenvolvem usualmente extramuros escolares, 
nas organizações sociais, nos movimentos, nos programas de formação sobre direitos 
humanos, cidadania, práticas identitárias, lutas contra desigualdades e exclusões sociais. 
Elas estão no centro das atividades das ONGs nos programas de inclusão social, 
especialmente no campo das artes, educação e cultura.
1. Introdução teórica
Educação não formal
 Além disso, os conteúdos ou temas a serem trabalhados em contextos de educação não 
formal partem das necessidades e das vontades dos participantes envolvidos, já que 
a educação não formal está fora do espectro de imposições do sistema regular de ensino.
De maneira simplificada, a educação não formal costuma ter como características 
mais marcantes:
 foco em quem aprende;
 forte influência dos participantes na definição do currículo a ser desenvolvido;
 ênfase na prática; 
 estreita relação com o contexto dos participantes;
 flexibilidade.
1. Introdução teórica
Educação não formal
 Considerando o tema apresentado e práticas inclusivas e democráticas de articulação 
escola-comunidade e movimentos sociais comunitários, avalie as afirmativas a seguir, 
a respeito de ações realizadas pela escola e/ou por profissionais nesse contexto. 
I. Identificar que objetivos da educação não formal estão sendo disseminados 
na comunidade e utilizá-los para complementar e aprimorar a prática educativa escolar.
II. Descentralizar o poder decisório, que se encontra, geralmente, nas mãos 
da equipe gestora, para que os membros da comunidade sejam protagonistas 
das decisões colegiadas.
III. Garantir a participação dos membros da comunidade 
nos órgãos colegiados da escola, pois esses são os locais 
onde se entrecruzam necessidades advindas da prática 
da educação formal/escolar com as da educação não formal.
IV. Identificar os pais ou familiares que têm atuação política 
mais efetiva junto a movimentos sociais comunitários 
para que representem os demais.
 Corretas
Retomada da questão com a resposta correta
I. Afirmativa correta.
 JUSTIFICATIVA. A identificação de objetivos e temas trabalhados na educação não formal 
é uma ação que pode possibilitar a complementação da prática escolar.
II. Afirmativa correta.
 JUSTIFICATIVA. A descentralização das decisões permite a participação mais democrática 
de outros atores do contexto escolar.
III. Afirmativa correta. 
 JUSTIFICATIVA. Garantir a participação dos membros da comunidade nos órgãos 
colegiados da escola é outra das ações adequadas para a gestão democrática.
Análise das afirmativas
IV. Afirmativa incorreta.
 JUSTIFICATIVA. Identificar os pais ou familiares que têm atuação política mais efetiva 
junto a movimentos sociais comunitários para que representem os demais não é uma ação 
adequada. O correto é favorecer e garantir a participação de todos os membros dos 
movimentos sociais comunitários, e não apenas daqueles que tenham atuação política 
mais efetiva.
Análise das afirmativas
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e IV. 
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
 Alternativa correta: D
 GOHN, M. G. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas 
das escolas. Ensaio: avaliação das políticas públicas na educação. Rio de Janeiro, v. 14, 
n. 50, p. 27-38, 2006.
 GOHN, M. G. Educação não formal e cultura política. São Paulo: Cortez, 2007.
 GOHN, M. G. Educação não formal, aprendizagens e saberes em processos participativos. 
Investigar em Educação. II série, número 1, 2014.
 SIMSOM, O. R. M.; PARK, M. B.; FERNANDES, R. S. Educação não formal: cenários 
da criação. Campinas: Unicamp, 2001.
Indicações bibliográficas
ATÉ A PRÓXIMA!

Outros materiais