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Revisão TGP unp 2020.2.1 UNIDADE


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Revisão TGP 
Unidade 1
Professora : Petrúcia Souto.
Delimitação da Matéria: Noções de Jurisdição ( slide 1) até princípios 
Importante: Esse questionário não é exaustivo. Deve o aluno observar e estudar pelo material utilizado em sala e doutrina. 
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QUESTÕES DE REVISÃO:
01- EM QUE CONSISTE A AUTOTUTELA?
A autotutela nos remete ao passado, onde a presença do Estado nas relações sociais era inexistente, remete aos primórdios da sociedade, à Lei do Talião, o famoso "olho por olho, dente por dente", onde o mais forte vencia a lide "discutida".
A autotutela é a resolução de um conflito em que uma parte se sobrepõe a outra. É, portanto, a resolução da lide por suas próprias forças, onde a parte detentora de maior força e astúcia é a vencedora.
02-SELECIONE 5 PRINCÍPIOS DA TGP E APONTE SUAS CARACTERÍSTICAS?
2.1 . ISONOMIA: A Constituição Federal em seu art. 5º, caput, regula que "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (...)”.
O juiz deve tratar igualmente as partes no processo, sem privilegiar uma em detrimento da outra. 
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02-SELECIONE 5 PRINCÍPIOS DA TGP E APONTE SUAS CARACTERÍSTICAS?
2.2.IMPARCIALIDADE:
A imparcialidade do juiz é pressuposto de validade do processo, devendo o juiz colocar-se entre as partes e acima delas, sendo esta a primeira condição para que possa o magistrado exercer sua função jurisdicional.
Justamente para assegurar a imparcialidade do juiz, Constituições lhe estipulam garantais (CF. Art. 95), prescrevem-lhe vedações (Art. 95, par. Único) e proíbem juízos e tribunais de exceção (Art. 5º XXX VII).
2.3. INÉRCIA:
O art. 2 º é expressão do princípio da inércia da jurisdição – ou demanda – ao determinar que "o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei". O que se busca é preservar a imparcialidade do juiz, tornando faculdade exclusiva das partes a iniciativa para movimentar o aparato judicial e a delimitação dos contornos do litígio.
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02-SELECIONE 5 PRINCÍPIOS DA TGP E APONTE SUAS CARACTERÍSTICAS?
2.4-CONTRADITÓRIO:
O princípio é derivado da frase latina Audi alteram partem (ou audiatur et altera pars), que significa "ouvir o outro lado", ou "deixar o outro lado ser ouvido bem".
A Constituição da República de 1988, ao consagrar em seu texto, art. 5º, LV, o direito de defesa, é cristalina: “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. 
Na definição de Canuto Mendes de Almeida, é “a ciência bilateral dos atos e termos processuais e possibilidade de contrariá-los”, pelo que representa uma garantia conferida às partes de que elas efetivamente participarão da formação da convicção do juiz. 
Como pode ser constatado, os direitos ao contraditório, e também à ampla defesa, são devidamente viabilizados pela exigência legal de se dar ciência dos atos praticados aos litigantes, a qual, a seu turno, advém do direito de informação previsto no art. 5º, XIV, da CF. Tal ciência, cabe lembrar, é feita através dos chamados atos de comunicação: citação, intimação e notificação. (Manzano, 2012. 2. ed.)https://jus.com.br/artigos/49374/principios-do-contraditorio-e-da-ampla-defesa
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2.5.PUBLICIDADE:
Em regra os atos judiciais são transparentes a população. Contudo, existem exceções, especialmente, nas causas de segredo de justiça, notadamente, nas causa de direito de família, em que, questões íntimas e pessoais são discutidas. 
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
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3- Aponte as características da arbitragem .
A arbitragem tem como traços marcantes a intervenção de um terceiro, fora do poder judiciário para a resolução do conflito; o consenso entre as partes, pois a arbitragem somente será aplicável quando houver livre escolha dos envolvidos; e a disponibilidade dos direitos envolvidos. 
Além disso, tem o árbitro o poder de solucionar o conflito, aplicando o direito ao caso concreto e sua decisão tem a mesma força de uma sentença judicial. O art. 31 dispõe acerca da natureza de uma sentença arbitral:
 Art. 31 A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo.
A arbitragem, normalmente, constitui-se num procedimento mais rápido e econômico para as partes, vez que não se prolonga no tempo, como acontece nos processos judiciais. https://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?pagina=1&idarea=61&idmodelo=8969
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04- O QUE É A ARBITRAGEM?
É um método de solução de conflitos fora do Poder Judiciário em que um ou mais árbitros emitem decisões com força de sentença judicial. A arbitragem é um método alternativo ao Poder Judiciário que oferece decisões ágeis e técnicas para a solução de controvérsias. 
É o acordo de vontades celebrado entre pessoas maiores e capazes, que preferem submeter a solução dos eventuais conflitos entre elas aos árbitros, e não à decisão judicial.
05- Conceitue Jurisdição e diferencie a contenciosa da voluntária.
 “A função jurisdicional é a função que o Estado, e somente ele, exerce por via de decisões que resolvem controvérsias com força de ‘coisa julgada’, atributo este que corresponde à decisão proferida em última instância pelo Judiciário e que é predicado desfrutado por qualquer sentença ou acórdão contra o qual não tenha havido tempestivo recuso.” Celso Antônio Bandeira de Melo
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06- Discorra sobre as características da jurisdição .
Substitutividade: o juiz, ao decidir, substitui a vontade dos conflitantes pela dele (Chiovenda). 
Exclusividade da jurisdição: aptidão para a coisa julgada material. Somente a atividade jurisdicional tem a capacidade de tornar-se indiscutível. Única função do Estado que pode ser definitiva.
Imparcialidade da jurisdição: terceiro que é estranho ao conflito. Não pode ser interessado no resultado do processo.
Monopólio do Estado: só o Estado pode exercer a jurisdição. Estado é que julga e que diz quem pode julgar. Não precisa ser um órgão estatal julgando. Por esse motivo, a arbitragem é jurisdição, porque foi o Estado que disse quem julga.
Inércia: a jurisdição age por provocação, sem a qual não ocorre o seu exercício. Está praticamente restrita à instauração do processo, porque, depois de instaurado, o processo deve seguir por impulso oficial.
Unidade da jurisdição: a jurisdição é una, mas o poder pode ser dividido em pedaços, que recebem o nome de competência. 
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/203261/o-que-e-a-jurisdicao-e-quais-sao-suas-caracteristicas-andrea-russar
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07- Conceitue Jurisdição e diferencie a contenciosa da voluntária.
Segundo a doutrina de Marcus Vinícius Rios Gonçalves na contenciosa, busca-se obter uma determinação que obrigue a parte contrária; na voluntária, uma situação que valha para o próprio autor. Ou seja, na primeira, a sentença que favorece uma das partes é dada em detrimento da outra; na segunda, é possível que beneficie ambas.
Percebe-se a concretização da jurisdição voluntária, por exemplo, quando um casal busca o judiciário apenas para homologar divórcio consensual, em que não há filhos menores de idade.
Já na jurisdição contenciosa, há de fato uma lide entre as partes, que precisam da intervenção do Estado não apenas para produzirem os efeitos do seu negócio jurídico,mas para decidir a quem pertence o direito.
08- O QUE É MEDIAÇÃO?
A mediação é uma forma de solução de conflitos na qual uma terceira pessoa, neutra e imparcial, promove o diálogo entre as partes, para que elas construam, com autonomia, a melhor solução para o problema.
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09- QUAIS AS FORMAS DE AUTOCOMPOSIÇÃO?
A autocomposição é um método primitivo de resolução de conflitos entre pessoas e consiste em: um dos indivíduos, ou ambos, abrem mão do seu interesse por inteiro ou de parte dele.
DESISTÊNCIA - consiste em dar inicio á proteção do Direito lesado ou ameaçado de lesão, e desiste de protegê-lo (renúncia à pretensão).
SUBMISSÃO - consiste na aceitação de resolução de conflito oferecido pela parte contraria. (renúncia à resistência oferecida à pretensão)
TRANSAÇÃO - consiste na troca equilibrada e recíprocas entre as partes. (concessões recíprocas)
10-QUAIS AS GARANTIAS DOS JUÍZES?
Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)