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formações do teste Descrição Instruções Caso necessite a utilização do "EXCEL" clique no link ao lado -----------> excel.xlsx Várias tentativas Não permitido. Este teste só pode ser feito uma vez. Forçar conclusão Este teste pode ser salvo e retomado posteriormente. Estado de Conclusão da Pergunta: PERGUNTA 1 1. A língua “funciona enquanto muda. A variação faz parte do sistema linguístico, que é heterogêneo e composto por regras e unidades variáveis. A variação não é aleatória. A análise sincrônica dos condicionamentos estruturais e sociais da variação é capaz de revelar os mecanismos que atuam na implementação dos processos de mudança que afetam o sistema da língua”. LUCHESI. A teoria da variação linguística: um balanço crítico . São Paulo: Estudos linguísticos, 2012, p. 794. As diferenças existentes na Língua Portuguesa falada no Brasil e em Angola justificam-se, predominantemente, por causa do princípio da variação: Histórica. Sociocultural. Situacional. Geográfica. Temporal 1 pontos PERGUNTA 2 1. Há vários tipos de filmes: ação, romance, suspense... À medida que as histórias vão se tornando mais sofisticadas, passam a exigir uma série de possibilidades tecnológicas e, da mesma maneira, a variedade de tecnologias à disposição abrem campo para filmes que usam linguagens mais sofisticadas, que se aproveitam de recursos outrora não disponíveis. Com base nisso, é possível dizer que um filme exibido no cinema é uma espécie de texto, pois atua no campo de produção de sentidos com a linguagem sonora. atua no campo de produção de sentidos com a linguagem visual. atua no campo de produção de sentidos com a linguagem audiovisual. atua no campo de produção de sentidos com a linguagem espacial. atua no campo de produção de sentidos com a linguagem escrita. 1 pontos PERGUNTA 3 1. Hospital Escola São Francisco, no Centro, entrará finalmente em reforma. A história do hospital, tombado pelo Iphan desde 1983, remonta ao ano de 1879, quando têm início suas atividades. Com o passar do tempo, as instalações tornaram-se pequenas. No início da década de 20, o edifício sofreu várias adaptações para se transformar, em 1922, no Hospital Geral São Francisco, onde foi realizada a primeira transfusão de sangue do país. No ano seguinte, o hospital foi desativado e só voltou a funcionar dez anos depois, em 1988, por motivo de calamidade pública provocada por uma das grandes enchentes da cidade. COSTA, JAQUELINE. “Hospital Escola São Francisco, no Centro do Rio, entrará finalmente em reforma” . In: O Globo, 16 04 2010. Toda reportagem, por ser mais detalhada e abordar de maneira mais aprofundada um relato, apresenta características como enredo, tempo, espaço e, dentre outros, título. Com base nisso, em que medida a manchete, uma espécie de título, contribui para o sentido no texto? Intensifica a relação sentimental que o hospital, patrimônio histórico, tem para com os moradores da região. Antecipa os eventos que serão relatados, mostrando o processo de transformação histórica pela qual passou o hospital. Questiona a veracidade dos eventos, colocando em discussão a relevância do hospital tendo em vista o período que ficou desativado. Apresenta um viés diferente para os acontecimentos que levaram o hospital a ficar fechado, salientando sua relevância. Chama a atenção para os eventos que serão relatados, agregando um sentimentalismo exacerbado ao que ocorreu com o hospital. 1 pontos PERGUNTA 4 1. . Impotência Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14 Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção “ mas” em “ Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara” pode ser substituída por “porém”, mantendo o valor contrastivo. “por conseguinte”, assegurando a ideia de incompatibilidade. “deste modo”, indicando um fato inevitável naquela situação. “também”, dando continuidade à sequência de ações anteriores. “logo”, transmitindo uma ideia de inevitabilidade da tragédia anunciada. 1 pontos PERGUNTA 5 1. [Os] gêneros textuais emergentes possibilitaram a redefinição de alguns aspectos centrais na observação da linguagem em uso. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Língua Portuguesa em debate. Conhecimento e Ensino . Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2002, p. 99. Há toda uma relação entre a renovação dos gêneros textuais e a produção científica cotidiana. Mas em que medida é possível dizer que o texto científico, o qual existe há séculos, pode também ser considerado, nos dias de hoje, um gênero emergente? Por reinventa-se a partir do momento que precisa se adaptar às novas linguagens e meios de propagação. Por refundar-se a partir do momento em que se alimenta de dados informais, como os das enciclopédias digitais livres. Por renova-se a partir do momento em que novas gerações fazem uso das suas possibilidades. Por reestruturar-se de acordo com seu potencial de distribuição, sendo utilizado em jornais e revistas. Por buscar se adaptar aos novos meios de divulgação, sendo utilizado em jornais e revistas. 1 pontos PERGUNTA 6 1. Tome como base os textos a seguir: TEXTO I “A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim numa extremidade, na outra se apoia sobre o meu interlocutor. A palavra é território comum do locutor e do interlocutor”. BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997. TEXTO II A linguagem escrita na sua modalidade formal é amplamente utilizada em documentos oficiais, como provas de concursos, memorandos, relatórios e livros didáticos, por exemplo. Entretanto, as linguagens não verbais e mistas são amplamente utilizadas no cotidiano. Levando-se em conta um momento de uso constante dos meios digitais, qual(is) pode(m) considerada(s) a(s) linguagem(ns) mais utilizada(s) nos dias de hoje? A linguagem verbal, pela sua extensão e atuação. A linguagem não verbal, pelo uso da comunicação simbólica. A linguagem mista, pela multiplicidade de formas de comunicação. A linguagem verbal e mista, devido aos vários meios de comunicação. A linguagem mista, pelo seu limite de combinações. 1 pontos PERGUNTA 7 1. A progressão referencial é realizada por intermédio da introdução de novos referentes no texto, por meio de elementos do contexto – que envolvem os elementos de coesão – ou ainda, anáforas e catáforas. A realização de referenciação, por meio de elementos do próprio texto, criam as cadeias referenciais que, uma vez presentes no enunciado, “garantem não só a progressão e a continuidade referencial, como exercem papel de relevância na orientação argumentativa do texto, e, por decorrência, na construção textual do sentido” (KOCH, 2014, p. 127) KOCH, I. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2014, p. 127 Ao considerarmos os apontamentos de Koch, é possível observar que a progressão textual constrói uma ideia de interrupção, de modo que a ação da personagem é interrompida por uma sequência de acontecimentos. uma ideia de progressão, de modo que sua ação inicial dá continuidade a outras. uma ideia de conclusão, de maneira queseu primeiro movimento encerra uma sequência de acontecimentos. uma ideia de explicação, uma vez que sua primeira ação justifica as ações posteriores. uma ideia de oposição, já que sua primeira ação é realizada em oposição aos acontecimentos seguintes. 1 pontos PERGUNTA 8 1. Quem escreve, ganha o mundo, interage com os seus semelhantes. Essa é uma das premissas mais famosas dos escritores, ao abordar como a técnica da escrita possibilita um contato maior com o mundo ao nosso redor. Para tanto, a padronização de uma variedade linguístico para fins comunicativos é fundamental, pois permite um aumento da comunicabilidade, de maneira que pessoas que falam diferentes línguas se entendam. permite uma padronização na comunicação, visto que textos oficiais e outros documentos seguem a norma formal, enquanto no cotidiano as pessoas utilizam outros registros da língua. permite uma expansão do número de falantes de um idioma, já que mais pessoas irão falar a mesma língua. permite uma maior troca de informações e códigos, possibilitando uma revitalização da língua falada em determinado lugar. permite um crescimento na produção intelectual, visto que uma modalidade é definida como a norma formal. 1 pontos PERGUNTA 9 1. Toda compreensão de um texto, tenha ele a dimensão que tiver, implica, segundo Bakhtin, uma responsividade e, por conseguinte, um juízo de valor. O ouvinte ou o leitor, ao receber e compreender a significação linguística de um texto, adota, ao mesmo tempo, em relação a ele, uma atitude responsiva ativa: concorda ou discorda, total ou parcialmente; completa; adapta; etc. Toda compreensão é carregada de resposta. Isso quer dizer que a compreensão passiva da significação é apenas parte do processo global de compreensão. FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Contexto, 2016, p. 8 Ainda com base no texto da questão 30, é possível perceber a presença de, pelo menos, dois diálogos: a do lobo com o leão, e, também, o diálogo do texto com a sociedade que o produz, no qual se questiona, pelo recurso à fábula, as instituições que legitimam certas atitudes de uns, e recriminam às de outros. o diálogo do texto com a sociedade que classifica as personagens, metaforicamente, em leões, lobos e ovelhas, criando uma espécie de hierarquia social. o diálogo do texto com a sociedade que anula o ponto de vista da ovelha, ou seja, dos mais desfavorecidos, no meio da discussão de outros que para ela são mais poderosos. o diálogo do texto com a sociedade que legitima a expropriação dos mais pobres em prol dos mais ricos. o diálogo do texto com a sociedade que oficializa o roubo como política de governo. 1 pontos PERGUNTA 10 1. . O lobo e o leão Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém. No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha. O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!" O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?" ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122 O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados significativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo coloca em xeque as relações sociais do mundo dos homens. promove uma aproximação irônica entre o sistema comercial dos homens. traz uma visão diferenciada sobre a ideia de propriedade privada. promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário. repete as relações sociais que envolvem os mais fracos reclamando com os mais poderosos.