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Estetica Corporal IV

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Prévia do material em texto

Estética Corporal
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Paula França
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Hipercromias Corporais
• Discromias Corporais;
• Tratamentos e Despigmentantes.
• Avaliar hipercromias corporais determinando tipo e localização; 
• Selecionar recursos de tratamentos adequados, seguros e efi cazes de modo individual 
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e efi caz as hipercromias corporais;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre práticas de vida diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Hipercromias Corporais
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Hipercromias Corporais
Discromias Corporais
As discromias são alterações da pigmentação da pele causadas por disfunções na 
produção ou na distribuição de melanina pela pele. O principal fator desencadeador 
das discromias, em especial das hipercromias, é a radiação solar. A exposição pro-
longada e sem proteção à radiação solar, especialmente na praia, pode resultar em 
queimaduras e danos celulares. 
Quanto mais clara for a pele, maiores serão os danos. É comum o aparecimento 
de hipercromias corporais decorrentes de atritos provocados pelo uso de roupas 
justas, atritos de depilação (cera / lâmina) – (Figura 1 - Hipercromia axilar desen-
cadeada por atrito), presença de foliculites e atritos corporais como o atrito das 
coxas, por exemplo.
Figura 1 – Hipercromia axilar 
desencadeada por atrito
Fonte: Getty Images
Epiderme 
Camada mais superficial da pele, que tem contato tanto com meio externo quanto 
com meio interno.
Células da Epiderme
Encontraremos na epiderme quatro tipos de células diferenciadas estrutural e 
funcionalmente: os queratinócitos, os melanócitos, as células Langerhans e as cé-
lulas de Merkel. 
8
9
Queratinócitos
São células dominantes da epiderme que se sobrepõem, formando as seguintes 
camadas epidérmicas:
• Camada Germinativa (ou camada basal): É na camada germinativa, através 
da mitose, em média entre 28 a 40 dias (conforme a idade), que são originados 
os queratinócitos, formando as outras camadas da epiderme;
• Camada Espinhosa: Considerando de baixo para cima, após a camada ger-
minativa, vamos encontrar a camada espinhosa;
• Camada Granulosa: As estruturas citoplasmáticas da célula encontram-se con-
sideravelmente modificadas e a membrana celular torna-se mais espessa. Dentro 
da célula surgem os grãos de ceratoialina (queratina);
• Camada Lúcida: A camada lúcida é mais abundante nas regiões da palma das 
mãos e na planta dos pés;
• Camada Córnea: É a camada mais superficial da epiderme. As células são 
completamente planas, sem as estruturas citoplasmáticas e estão completa-
mente cheias de queratina e impregnada de pigmentos, conforme Figura 2.
Melanina
Ceratinócitos mortos Camada córnea
Camada granulosa
Camada espinhosa
Camada Basal
Grânulos de queratina
Célula de Langerhans
Ceratinócitos
Prolongamentos 
do melanócito
Célula de Merkel
Lâmina Basal
Figura 2 – Epiderme
Fonte: Getty Images
9
UNIDADE Hipercromias Corporais
Melanócitos
Os melanócitos encontram-se na camada basal (entre os queratinócitos na camada 
germinativa) e apresentam o corpo celular globuloso com várias prolongações cito-
plasmáticas que se introduzem entre os queratinócitos, ilustrados na Figura 3.
São células responsáveis por produzir pigmentos, as melaninas, que vão dar cor 
à pele.
A quantidade de melanócitos distribuídos no organismo é igual em todos os tipos 
de pele (raça). 
Figura 3 – Melanócito
Fonte: Getty Images
Síntese da Melanina ou Melanogênese
A síntese da melanina ocorre dentro do melanócito, através de várias reações 
químicas entre um aminoácido (tirosina Figura 4 - expressão química de tirosina) e 
uma enzima (tirosinase). 
Figura 4 – Expressão química de Tirosina
Fonte: Getty Images
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Após as reações enzimáticas entre a tirosina e a tirosinase, ocorre a síntese 
completa da melanina. O melanossoma perde a atividade da tirosina, recebendo o 
nome de grão de melanina.
Os melanócitos estão localizados entre a camada basal da epiderme e a lâmina 
basal subjacente que separa a derme da epiderme. Cada melanócito fornece pigmento 
para vários queratinócitos, através de seus dendritos na unidade epidérmico-melanina.
Importante!
Cada melanócito é responsável por distribuir melanina para cerca de 36 queratinócitos.
Você Sabia?
Os queratinócitos, por sua vez, fagocitam as pontas dos melanócitos-dendríticos 
que estão repletos de melanina. Quanto maior a fagocitose das pontas dos me-
lanócitos-dendríticos pelos queratinócitos, maior a proteção melânica. Essa ação 
também é responsável pela pigmentação da pele, pois é dependente da quantidade 
de melanina transferida para os queratinócitos.
Os melanossomas são as estruturas responsáveis pela produção da melanina e, 
segundo Fitzpatrick, apresentam seis estágios, onde o primeiro estágio é caracteri-
zado pela área perinuclear, evoluindo até o sexto estágio nos dendritos dos melanó-
citos. Na pele negra há predominância de melanossomas no último estágio (sexto).
Cada indivíduo possui uma quantidade de melanina constitucional, porém esta 
pode se tornar mais ativa a partir de estímulos como a radiação ultravioleta, hormô-
nios estimuladores de melanócitos (MSH) e hormônios adrenocorticotróficos (ACTH).
Mesmo sem qualquer exposição solar, a pele possui uma cor natural que é deri-
vada do depósito de melanina, denominada pigmentação da pele. A pigmentação 
da pele é um fator de grande relevância na procura de uma aparência saudável e 
consiste na combinação de vários fatores que vão desde a condição da epiderme até 
à quantidade de pigmentos existentes.
Os melanócitos são responsáveis pela produção de um pigmento habitualmente 
denominado por melanina, que confere à pele uma proteção natural contra as ra-
diações ultravioleta emitidas pelo sol. 
A melanina é um pigmento endógeno constituído por um polímero proteico, que 
tem origem na oxidação da tirosina pela enzima tirosinase. A enzima tirosinase é 
uma metaloenzima, dado que contém cobre, responsável pela catálise da reação de 
oxidação de fenóis, quer em animais quer em plantas.A tirosina, por sua vez, irá 
transformar-se em dihidroxifenilalanina (DOPA), dentro dos melanócitos presentes 
na camada basal da epiderme. 
Os melanócitos, juntamente com os queratinócitos e as células de Langerhans, 
formam uma unidade melanocítica, onde ocorre a melanogênese. Esta, por sua 
vez, é controlada pela hormona melanócito-estimulante (MSH), além do estradiol e 
da progesterona. A tirosina polimerizada deposita-se em vesículas conhecidas por 
11
UNIDADE Hipercromias Corporais
melanossomas que se deslocam por meio dos prolongamentos citoplasmáticos dos 
melanócitos, sendo transferidas para os queratinócitos através de um processo de 
secreção. Inúmeros fatores interferem na síntese da melanina, sendo eles de origem 
genética, hormonal e a ação dos raios ultravioleta. Durante esse processo são for-
mados dois tipos de melanina: a eumelanina e a feomelanina. 
A primeira é constituída por um grupo de pigmentos de cor acastanhada ou 
preta, que resulta da polimerização oxidativa de compostos indólicos derivados da 
DOPA. São características de pessoas com a pele mais escura e conferem proteção 
ultravioleta. A segunda corresponde a um grupo de pigmentos avermelhados ou 
amarelados. Estão presentes nos indivíduos de pele mais clara e com cabelo ruivo 
e não conferem proteção ultravioleta.
A proporção destes dois tipos de melanina determina a cor natural da pele e o 
bronzeado produzido pela exposição solar. A rota biossintética da melanina, no 
interior dos melanossomas, inicia-se com a tirosina, um aminoácido que serve como 
substrato para a enzima tirosinase que, primeiramente, a oxida e converte em dihi-
droxifenilalanina (DOPA), seguindo-se a desidrogenação da DOPA em dopaquinona. 
A conversão da dopaquinona em eumelanina implica uma série de reações de 
oxidação e ciclização sucessivas que originam o indol-5-6-quinona, percursor mais 
próximo deste pigmento. Desta forma, a pigmentação da pele depende da natureza 
química da melanina, da atividade da tirosinase nos melanócitos e da transferência 
da melanina aos queratinócitos vizinhos.
Classificação de Fitzpatrick
Fitzpatrick criou uma forma de classificação da pele de cada indivíduo, de acordo 
com a coloração que vai de I a VI.
Fototipo I: Muito branca. sempre queima e nunca bronzeia (Figura 5).
Fototipo II: Branca. Sempre queima e bronzeia pouco (Figura 6).
Figura 5 – Fototipo I
Fonte: Getty Images
Figura 6 – Fototipo II
Fonte: Getty Images
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Fototipo III: Morena clara. Queima e bronzeia pouco. (Figura 7)
Fototipo IV: Morena moderada. Raramente queima e bronzeia com facilidade. 
(Figura 8)
Figura 7 – Fototipo III
Fonte: Getty Images
Figura 8 – Fototipo IV
Fonte: GettyI mages
Fototipo V: Morena escura. Queima muito raramente e bronzeia facilmente 
(Figura 9).
Fototipo VI: Negra. Não queima e bronzeia facilmente (Figura 10).
Figura 9 – Fototipo V
Fonte: Getty Images
Figura 10 – Fototipo VI
Fonte: Getty Images
Classificação das Discromias
As discromias podem ser divididas em:
• Acromia: ausência total de pigmentação em determinado local da pele do indiví-
duo ou em áreas generalizadas (Figura 11). Ausência total de pigmentação da pele 
(área branca ou descorada) normalmente em decorrência de patologias dermatoló-
gicas, como, por exemplo, o vitiligo;
13
UNIDADE Hipercromias Corporais
Figura 11 – Acromia
Fonte: Getty Images
• Hipocromia: menor pigmentação de determinado local em relação à cor na-
tural da pele do indivíduo (Figura 12). Normalmente ocorrem por diminuição 
da produção de melanina no local. Podem ser congênitas (albinismo) ou adqui-
ridas (leucodermia solar). 
A leucodermia solar, principal representante das hipopigmentações adquiridas, 
são manchas claras, regulares e ligeiramente atróficas localizadas em áreas expos-
tas à luz solar, em que a melanina se distribui de forma irregular.
Figura 12 – Hipocromia
Fonte: Getty Images
• Hipercromia: maior pigmentação ou pigmentação distinta da cor natural da 
pele do indivíduo. Podem acontecer por aumento da produção de melanina 
local (Figura 13). Podem ser congênitas (efélides ou sardas) ou adquiridas (me-
lasmas, melanoses). A hiperpigmentação corresponde ao aumento da pigmen-
tação de um tecido, particularmente da pele, devido à acumulação de um 
pigmento normal de origem endógena ou exógena. A estimulação do mela-
nócito por fatores internos ou externos leva à produção excessiva de melanina 
epidérmica ou dérmica, que vai originar manchas hiperpigmentadas. 
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As manchas apresentam-se numa tonalidade acastanhada e aparecem quan-
do os mecanismos de pigmentação estão debilitados, mais especificamente, 
quando existe um aumento da produção de melanina. Se a melanina em ex-
cesso se acumula, já não é distribuída uniformemente na superfície da pele, o 
que faz com que se acumule em alguns locais, levando à formação de manchas 
desagradáveis e inestéticas.
Figura 13 – Hipercromia
Fonte: Getty Images
Para prevenção e combate a hiperpigmentação, devem ser adotados um con-
junto de comportamentos para resguardar o aparecimento de manchas e reen-
contrar uma tez luminosa e homogénea. Existem certas zonas de alto risco que 
devemos proteger com maior cuidado durante a exposição solar. Como cuidados 
primários, deve-se ter em conta que é imprescindível proteger a pele dos raios so-
lares com protetor solar UVA e UVB, com índice elevado em caso de exposições 
solares mais prolongadas. 
• As melanoses solares são manchas pequenas e acastanhadas, localizadas em 
áreas fotoexpostas de indivíduos acima de 40 anos de idade (Figura 14). Excep-
cionalmente pode ocorrer transformação maligna (lentigo maligno).
Figura 14 – Melanose solar
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Hipercromias Corporais
Hidratação Corporal
Uma das alterações que apresentam elevada frequência é a xerose (Figura 15).
Dentre as características da pele seca estão: descamação, pruridos, fissuras, ten-
são, vermelhidão, rachaduras e repuxamento, podendo ocorrer sangramentos oca-
sionalmente. Entretanto, o ressecamento anormal (pele seca, danificada) do tecido 
cutâneo pode ser desencadeado também por fatores genéticos, endógenos, de-
sordens na estrutura e na função da epiderme ou mesmo por fatores ambientais, 
como umidade e temperatura baixas e por fatores comportamentais, como expo-
sição a produtos químicos, tensoativos, ácidos e bases, e por falta de adaptação a 
produtos cosméticos.
Figura 15 – Xerose cutânea (pele seca)
Fonte: Getty Images
Portanto, o que faz a pele permanecer saudável, macia, com flexibilidade e elas-
ticidade é o equilíbrio que existe no mecanismo de sua hidratação, na capacidade 
que o organismo tem de promover a renovação celular e nas substâncias que com-
põem a epiderme. 
Para um bom funcionamento do mecanismo de hidratação, a camada córnea 
deve ser capaz de reter água, de modo que a sua taxa de evaporação sempre se 
mantenha em um nível normal. Na pele normal, a quantidade de água do estrato 
córneo reduz gradativamente em direção à superfície.
Quando a pele está adequadamente hidratada, ela está apta para cumprir efeti-
vamente todas as suas funções e permitir a homeostase cutânea. A manutenção da 
hidratação cutânea, bem como a capacidade de renovação celular do organismo, 
é imprescindível para a conservação da saúde, maciez, flexibilidade, elasticidade e 
jovialidade cutânea. 
O estrato córneo tem a capacidade de segurar a água e seu estado de hidrata-
ção irá variar conforme o conteúdo aquoso presente, isso depende diretamente 
do transporte de água das camadas inferiores, da velocidade de evaporação, da 
queratinização e, também, a quantidade e composição da emulsão epicutânea ou 
filme hidrolipídico.
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O equilíbrio adequado entre os componentes do filme hidrolipídico e do cimento 
intercelular presente no estrato córneo é fundamental para o balanço de hidratação 
da pele. Portanto, o organismo possui um mecanismo de hidratação próprio que 
são compostos de substâncias umectantes, intensamente higroscópicas, e por meiodas quais a água intracelular é retida, por isso as camadas externas conseguem a 
hidratação suficiente, evitando a desidratação provocada pelo ambiente. Esse pro-
cesso ocorre devido ao fator de hidratação natural que está presente nos corneóci-
tos e no filme hidrolipídico.
A presença de substâncias hidrofóbicas (lipídeos) no espaço intercelular, é um 
fator regulatório importante que regula perda de água do corneócito e garante a ati-
vidade enzimática. Fica claro, então, que a retenção da água no tecido cutâneo ocor-
re devido à quantidade e qualidade dos fatores de hidratação naturais e dos lipídeos, 
sendo estes os principais responsáveis pela impermeabilização da camada córnea.
Para manter a integridade da barreira cutânea é necessário hidratá-la, para que isso 
ocorra, há vários mecanismos de hidratação que vão atuar protegendo-a, dentre eles 
estão as substâncias umectantes e emolientes presentes nos produtos cosméticos hi-
dratantes que agem por mecanismos de captação de água e oclusão respectivamente.
Tratamentos e Despigmentantes
Despigmentantes são produtos que ajudam a reduzir a hiperpigmentação da pele, 
através da intervenção no processo da melanogênese. O tratamento baseia-se na 
utilização de substâncias despigmentantes, os quais podem ser combinados com cla-
readores que são substâncias que promovem renovação celular (peeling), varrendo 
do tecido células repletas de grânulos de melanina.
Existem vários mecanismos de despigmentação e inúmeros ativos propostos 
para o tratamento. Atualmente são utilizados vários mecanismos em um mesmo 
produto, uma vez que a melhora do quadro requer boa avaliação, técnica, tecno-
logia e disciplina.
Mecanismos de ação despigmentante:
• Inibição da biossíntese de tirosinase. Ex.: Ácido kójico;
• Inibição da formação de melanina. Ex.: Vitamina C;
• Interferência no transporte dos grânulos de melanina. Ex.: Niacinamida;
• Dispersores de melanina formada. Ex.: Uva Ursi, Silicato de Alumínio.
Preparo da pele para receber o Peeling químico
O preparo da pele para receber o peeling superficial é uma das etapas principais 
para o sucesso do tratamento químico, poderá ocorrer entre 7, 15 ou até 30 dias 
antes do peeling com procedimentos estéticos e hidratação, nutrição e antioxidante. 
17
UNIDADE Hipercromias Corporais
Importante!
Para que os procedimentos despigmentantes tenham menor impacto na oxidação dos 
tecidos, é imprescindível o uso de antioxidantes antes, durante e depois da intervenção 
da esteticista.
Importante!
Fototerapia
A fototerapia consiste na utilização de luzes especiais como forma de tratamento. 
A fototerapia também pode ser utilizada pelos fisioterapeutas para promover o 
rejuvenescimento e o combate a pequenas manchas de pele que podem ser causa-
das pelo sol. Nas sessões são utilizadas um tipo de luz especial, a Luz Emitida por 
Diodo (LED) que estimula ou inibe a atividade celular.
Laser Terapêutico Infravermelho (808 nm)
• Absorvido por substâncias presentes na membrana plasmática de células 
mais profundas;
• Alteração na permeabilidade da membrana com aumento na absorção de nu-
trientes, água e dermocosméticos;
• Ativação do metabolismo celular;
• Utilizar 2 J/cm2, aplicação pontual em toda região que se deseja tratar.
LED AZUL (+/- 470 nm)
• Hidratação imediata;
• Otimização de decapagens superficiais (peelings físicos ou químicos);
• Formação de espécies reativas que atuam na melanina, fracionando essa molécula, 
tornando-a menos absorvedora de luz (efeito clareamento em manchas melânicas);
• Aplicar em varredura lenta por 5 minutos na região a ser tratada. Este tempo 
corresponde a uma área de 10 cm2 x 10 cm2.
Sugestão de Tratamentos para Hipercromia Corporal
Tratamento Despigmentante
• Higienização e Esfoliação: aplicar sob a área a ser trabalhada o Sabonete de Áci-
do Glicólico e com a pele ainda úmida aplicar o Esfoliante e remover totalmente;
• Aplicação do pré-peeling: (desengordurante profundo);
• Peeling químico: aplicar 2,5ml (25 gotas) de Peeling ácido glicólico 10% (até 
fototipo III) ou peeling mandélico (qualquer fototipo) em toda a área a ser tratada.
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Deixar agir por 5 a 15 minutos de acordo com as orientações do fabricante.
• Peeling Duplo: Aplicar máscara de ácido glicólico + ácido salicílico, retirar;
• Reequilíbrio: umedecer máscara de gaze ou TNT com a Loção Calmante ou 
Água de Coco.
Mecanismo de ação despigmentante e antioxidante: aplicar gel despigmentante 
com dispersores da melanina e inibição da Tirosinase Niacinamida 4%, Uva Ursi, 
Ácido Kójico 2%, não retirar.
• Fotoproteção: aplicar protetor Solar FPS 30 ou mais.
Orientações Para o Cliente
• uso diário diurno de Vitamina C; 
• uso diário noturno de Gel Despigmentante;
• uso diário de água termal ou água de coco cosmética;
• protetores solares físicos e químicos com reaplicações constantes.
Sugestão de Protocolo Hidratante
• higienização corporal;
• esfoliação corporal;
• retirar esfoliante corporal;
• aplicar loção cremosa hidratante;
• aplicar máscara para hidratação/nutrição corporal profunda;
• envolver a área tratada em filme osmótico;
• envolver em lençol de Myler por 20 minutos;
• retirar filme osmótico;
• espalhar o restante da máscara corporal com movimentos de massagem;
• com uma tolha seca descartável, retirar o excesso de creme do corpo.
Sugestão de Protocolo com LED azul
• higienização; 
• Led Azul por 5 minutos;
• na pele seca, aplicar com gaze em movimentos circulares sabonete glicoativo, 
por cerca de 1 minuto;
• retirar sabonete glicoativo;
• aplicar máscara clareadora;
• retirar máscara;
• aplicar sérum hidratante / antioxidante.
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UNIDADE Hipercromias Corporais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Como e porquê fazer esfoliação e hidratação corporal
https://youtu.be/_I2cncu7AX0
 Leitura
Efeito do peeling de diamante no tratamento das hipercromias dérmicas
BATISTA HAF, VIDAL GP. Efeito do peeling de diamante no tratamento das 
hipercromias dérmicas. Temas em Saúde, Volume 17, número 3, 2017.
http://bit.ly/2I6MpV2
Tratamento de hipercromia pós-inflamatória com diferentes formulações clareadora
GONCHOROSKI DD, CÔRREA GM. Tratamento de hipercromia pós-inflamatória 
com diferentes formulações clareadoras. Infarma, v.17, nº 3/4, 2005.
http://bit.ly/2I6hAzC
Estratégias de reposição hídrica: revisão e recomendações aplicadas
MARQUEZI, Marcelo Luis; LANCHA JUNIOR, Antonio Herbert. Estratégias de 
reposição hídrica: revisão e recomendações aplicadas, São Paulo, n.12, nov.1998.
http://bit.ly/2I7ecEM
Hipercromia pós-inflamatória associada à psoríase
Souza ERP, Souza MCA, Côrtes Júnior JCS, Côrtes PPR, Vilagra SMBW, Silva CPO. 
Hipercromia pós-inflamatória associada à psoríase. Relato de caso. Medicina 
(Ribeirão Preto, Online.) 2017;50(6):377-81.
http://bit.ly/2I7DSRA
20
21
Referências
BORGES, Fábio Santos. Dermato Funcional – Modalidades Terapêuticas nas 
Disfunções Estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.
CUCÉ, Luiz Carlos; NETO, Ciro Festa. Manual de Dermatologia. São Paulo: 
Atheneu, 2001.
FONSECA, Aureliano da; PRISTA, L. Nogueira. Manual de Terapêutica Derma-
tológica e Cosmetológica. São Paulo: Roca 2000.
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