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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
 Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC
 Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br
 
PRATICAS INCLUSIVAS NO PROCESSO EDUCATIVO
Autoras: Fabriane Ester Manenti e
Juliete Arnt Jardim Dutra
Prof. Orientador: Maiara Dias Martins 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (PED1780) – Projeto de Ensino 
28/09/2020
1 INTRODUÇÃO
Oportunizar uma educação que garanta a participação e aprendizagem de todos os alunos em sala de aula, é uma tarefa exigente, pois requer organização e empenho, tanto do corpo docente, que precisa estar devidamente preparado para atender a demanda de alunos diversos que compõe o público de uma escola regular, quanto da gestão escolar que precisa subsidiar os recursos necessários para que seja possível promover a inclusão, como adaptações curriculares e recursos pedagógicos.
A proposta inclusiva, é uma proposta de “educação para todos”, sejam eles educandos que apresentam algum tipo de limitação ou não, ela impõe que a escola num todo repense suas práticas e seu papel social, trazendo um novo significado para o ensino, demonstrando a importância de uma educação igualitária onde cada aluno aprende no seu ritmo e da sua maneira.
 Torna-se evidente a relevância do tema para as futuras gerações de professores, que estão se preparando para atuar nas salas de aula, visto isso, a presente pesquisa que tem como área de concentração a Educação Inclusiva, traz como tema: Práticas Inclusivas no Processo Educativo.
Com intuito de contextualizar e ir à fundo ao tema, tornou-se necessário abordar temas anteriormente realizados durante a etapa dos estágios obrigatórios, pois trouxe informações e experiências de fato importantes para a formação acadêmica, visto que esta etapa é o início do processo de formação dos futuros docentes, e que estes precisam chegar nas salas de aula com bagagem para poder atuar.
Dentro da perspectiva do tema e da área de concentração escolhida, para conduzir esta pesquisa levantou-se a situação problema: Como utilizar a ludicidade em sala de aula pode colaborar com as práticas inclusivas nas escolas regulares? Tornado esta dúvida à base deste trabalho, é possível fazer uma reanálise sobre as práticas e adaptações curriculares, pertinentes e necessárias para tornar as aulas nas escolas regulares, participativas com currículos e conteúdos inclusivos.
Explorando o estudo, foram definidos três objetivos a serem atingidos e analisados: primeiramente, identificar quem são os responsáveis pela implementação da inclusão nas escolas regulares; Em seguida evidenciar as práticas educativas, demonstrando como as adaptações são por vezes necessárias para tornar o currículo inclusivo; E por fim, exemplificar como a utilização do lúdico pode auxiliar no processo de aprendizagem no âmbito da inclusão.
Para cumprir com os objetivos propostos, e assim através da análise responder à questão norteadora, fez- se necessário a pesquisa bibliográfica em: livros, artigos, de autores com experiências e bases sobre o tema, como Maria Mantoan, Carvalho, Marli Santos, e também nos trabalhos de estágios que antecederam esta pesquisa, além de artigos e revistas para complementar o estudo e as leis que norteiam a prática educativa.
A Educação Inclusiva na prática, é de fato um tema complexo, e deve ser abordado e estudado por vários aspectos distintos, levando em consideração o contexto e cenário em que se apresentam, desta forma para cumprir com os objetivos propostos, esta pesquisa em primeiro momento explicita os sujeitos que garantem e promovem a inclusão dentro das escolas.
Em seguida demonstra o quanto as adaptações são importantes para tornar o currículo inclusivo, e pôr fim aborda o tema ludicidade na prática inclusiva com objetivo de demonstrar o quanto o lúdico pode trazer benefícios para as aulas e seus educandos contribuindo substancialmente para uma educação igualitária.
 		
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
2.1 QUEM PROMOVE A INCLUSÃO?
Uma escola inclusiva é aquela que incentiva práticas que valorizam o indivíduo e suas vivências ensinando a pluralidade e aceitação ao próximo. A educação é um direito de todos garantido por lei, independente de especificidades, deficiências ou situações adversas.
 Todos merecem oportunidade de construção de conhecimentos para se tornar cidadãos e participar ativamente da sociedade. Mantoan (2006): “há diferenças e há igualdades, e nem tudo deve ser igual nem tudo deve ser diferente, [...] é preciso que tenhamos o direito de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza. 
As escolas precisam ter uma estrutura adaptável para receber os alunos com limitações, portanto é fundamental destacar que a comunidade escolar tenha responsabilidade de receber esses alunos com devidos cuidados tornando a adaptação mais fácil.
A inclusão deste aluno na escola regular a lei garante, porém a permanecia desse aluno que se torna um, desafio constante, a Declaração de Salamanca (1994, p.8-9), nos diz que
 [...] as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso ás escolas regulares, que a elas devem se adequar [...] elas constituem meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.
A Educação inclusiva é uma prática em construção está ainda em fase de aperfeiçoamento, serão muitos os obstáculos em sala de aula, porém as iniciativas e as alternativas criadas pelo professor são de extrema importância.
Para que uma escola seja considerada inclusiva, são necessárias estratégias e adaptações, ser inclusiva significa educar a todos os alunos igualitariamente dando oportunidades educacionais a todos. Diante disso o papel de professor é, reconhecer a importância da inclusão e seus benefícios, buscar formação adequada para trabalhar com as diversidades, reorganizar as comunidades escolares, com estrutura física e material pedagógico que auxiliem o trabalho diário. 
A inclusão de pessoas com necessidades especiais faz parte do paradigma de uma sociedade democrática, comprometida com o respeito aos cidadãos e à cidadania. Esse paradigma, na escola, apresenta-se no projeto pedagógico que norteará sua ação, explicitará sua política educacional, seu compromisso com a formação dos alunos, assim como, com ações que favoreçam a inclusão social (REVISTA NOVA ESCOLA, 2013).
Precisa-se do apoio dos governantes na oferta de cursos e capacitações, e principalmente na elaboração de políticas públicas pertinentes a valorização da inclusão. Faz-se importante também a realização de um trabalho em parceria com a área da saúde e serviço social, visando uma equipe multidisciplinar que dê apoio e suporte as necessidades especiais dos educandos.
O professor é o agente que guia e orienta as atividades dos alunos para o processo da aprendizagem ativa, que nada mais é do que a interação e a dinâmica das crianças no ambiente escolar, com o meio social ao qual está inserida. 
É imprescindível que o professor garanta que a educação esteja ao alcance de todos, uma escola inclusiva deve garantir a democratização da educação através de um alinhamento estratégico e planejamento com o corpo docente:
Buscar estratégias que se traduzam em melhores condições de vida para a população, na igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e na construção de valores éticos socialmente desejáveis por parte dos membros das comunidades escolares é uma maneira de enfrentar essa situação e um bom caminho para um trabalho que visa à democracia e à cidadania (BRASIL, 2003. p.9).
De acordo com Mantoan (2009) para trabalhar dentro de uma proposta educacional inclusiva, o professor precisa contar com o respaldo de uma direção escolare de especialistas (orientadores, supervisores educacionais e outros), que adotam um modo de gestão escolar, verdadeiramente participativa e descentralizada.
A gestão tem grande responsabilidade para que a inclusão ocorra no ambiente escolar, ao desenvolver uma gestão democrática e participativa, são abertas possibilidades de troca de experiências, favorecendo o desenvolvimento dos profissionais que atuam no ambiente escolar. 	Neste sentido pode-se dizer que a equipe gestora é o alicerce da escola, pois ela tem a função de organizar todos os princípios que, direta ou indiretamente, influenciam no trabalho pedagógico. 	O gestor, o orientador, o coordenador, auxiliares de direção e todos os profissionais que fazem parte da equipe diretiva, atuam nas questões ligadas aos profissionais da educação e suas funções, aos espaços e aos recursos, garantindo a regularidade de todas as ações e primando pelo ensino-aprendizagem de todos os educandos, segundo o MEC:
A direção de uma escola precisa ser dinâmica, comprometida e motivadora para a participação de todos os atores sociais. Ela necessita saber delegar poderes e estimular a autonomia, valorizando a atuação e a produção de cada um. Ela precisa ser uma figura presente, ponto de referência da personalidade e missão da escola. Precisa, também, ser respeitosa nas relações interpessoais, inclusive nas ocasiões em que tem que promover ajustes no percurso de cada agente. (BRASIL, 2004, p. 13)
A gestão democrática para uma escola inclusiva constitui um projeto em constante construção, são inúmeras as adversidades que a permeiam, e a superação destas, e depende da colaboração de toda a comunidade escolar.
Segundo Carvalho (2004, p. 36) [...] a educação inclusiva pressupõe um movimento contra qualquer tipo de exclusão que venha ocorrer dentro dos espaços educacionais do ensino regular, na medida em que está baseada “na defesa dos direitos humanos de acesso, ingresso e permanecia com sucesso em escolas de boa qualidade”.
Com este pensamento em mente, atenta-se para a importância da proposta de construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico, é fundamental o fortalecimento da gestão democrática e participativa no ambiente escolar e assim construção da escola inclusiva, bem como o papel do gestor que orientara este processo, uma vez que ele também é responsável pela formação de uma rede de convívio, apropriada, atendendo as necessidades de todos, assegurando autonomia e participação.
Diante dos fatos cabe à equipe diretiva, garantir os recursos humanos e materiais necessários, possibilitando a ampliação do compromisso com o fortalecimento da educação inclusiva, tornando- se essencial,
Fomentar atitudes pró-ativas das famílias, alunos, professores e da comunidade escolar em geral; superar os obstáculos da ignorância, do medo e do preconceito; divulgar os serviços e recursos educacionais existentes; difundir experiências bem-sucedidas de educação inclusiva; estimular o trabalho voluntário no apoio à inclusão escolar. (BRASIL, 2001, p. 37-38)
O gestor tem papel de destaque na escola, torna-se necessário que o mesmo busque uma atuação baseada no comprometimento com a diversidade, de acordo com o MEC (BRASIL, 2004), “O diretor de uma escola tem papel primordial na construção dessa proposta, pois ele deve conduzir a elaboração do projeto político-pedagógico, mobilizando os professores e a comunidade a formar uma equipe que reflita sobre os princípios, objetivos e metas a serem estabelecidos nesse projeto’. 	Em decorrência da liderança que exerce, o gestor é o espelho para todos os que compõem o ambiente escolar, ou seja, suas ações estarão sempre em evidencia. As aquisições e competências para o exercício de uma gestão voltada para a educação inclusiva, somente poderão ser adquiridos por meio de uma prática continua e reflexiva do coletivo.
Visto que entende- se que a educação inclusiva é o resultado do comprometimento de todos com a educação, e a gestão democrática é o caminho para que a comunidade escolar dialogue e perpasse as barreiras que dificultam o dia a dia escolar.
2.2 QUAIS SÃO AS PRÁTICAS E ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS DE UM CURRÍCULO INCLUSIVO?
Primeiramente, é necessário compreender, que a Educação Inclusiva é considerada uma prática ainda em construção, são muitos os obstáculos em sala de aula, porém as iniciativas e as alternativas criadas pelos seus atores (alunos, professores, gestão escolar e órgãos públicos) são de extrema importância. Logo, pensar em uma instituição com práticas inclusivas é ter uma escola que se baseia em regras que dá direitos de participação iguais a todos.
 Diante disso, faz-se necessário uma escola, que incentiva práticas que valorizam o indivíduo e suas vivências ensinando a pluralidade e aceitação ao próximo, a educação é um direito de todos garantido por lei, independente de especificidades, deficiências ou situações adversas, todos merecem oportunidade de construção de conhecimentos para se tornar cidadãos e participar ativamente da sociedade.
A experiência, sobretudo nos países em via de desenvolvimento, indica que o alto custo das escolas especiais supõe, na prática que só uma pequena minoria de alunos [...] se beneficia dessas instituições... [...] em muitos países em desenvolvimento, calcula-se em menos de um por cento o número de atendimentos de alunos com necessidades educativas especiais. A experiência [...] indica que as escolas integradoras, destinadas a todas as crianças da comunidade, têm mais êxito na hora de obter o apoio da comunidade e de encontrar formas inovadoras e criativas de utilizar os limitados recursos disponíveis (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 24-25)
As práticas e estratégias de trabalho precisam ser colocadas em pauta pois a escola deve se preparar para a inclusão, portanto desde a estrutura da escola até o processo de aprendizagem devem estar dentro das necessidades de todos os alunos, considerando suas especificidades.
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, no artigo 59, preconiza: que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental em virtude de suas deficiências; e assegura aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar.
Já no que se diz respeito a Educação Inclusiva, para que se tenha métodos para implementar seus conhecimentos em relação à igualdade de educação para todos, deve-se primeiramente ir ao ponto de partida, com foco em suas potencialidades. Ao certo se a proposta curricular deve ser uma só para todos os estudantes, por outro lado, é imprescindível que as estratégias pedagógicas sejam diversificadas, com base nos interesses, habilidades e necessidades de cada um. 
Entre tanto os desafios encontrados em salas de aulas são pertinentes, a necessidade de enriquecimento na formação do professor ainda se faz presente e é de extrema importância para a promoção satisfatória da inclusão de alunos com necessidades especiais em rede regular de ensino.
Pensar a formação docente para a escola inclusiva é pensar a formação docente como um todo e, nesta perspectiva, essa formação ainda não é capaz de garantir o atendimento às necessidades dos alunos, tenham eles necessidades educacionais especiais ou não (INCLUSIVAS PROGRAMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DIREITO À DIVERSIDADE, 2006).
A preparação docente para a pratica escolar com uma visão inclusiva é essencial, pois o professor precisa estar preparado para as diversas situações que podem acontecer durante a rotina escolar, tendo sempre em mente uma proposta de ensino aprendizagem baseada na diversidade, onde os conhecimentos são construídos em conjunto.
Oportunizar uma educação que garanta a participação e aprendizagem de todos os alunos em sala de aula exige além da organização da escola o empenho do professor. É no dia a dia que os processos educativos acontecem, e onde são definidosos êxitos e fracassos no processo de aprendizagem e inclusão. Mantoan (2006) ressalta que a inclusão implica em uma mudança de paradigma educacional, que gera uma reorganização das práticas escolares, planejamento na organização de turmas, gestão de processos educativos, e até mesmo repensar o currículo. 
Diante dos fatos, o currículo deve ser pensado como um recurso para promover o desenvolvimento e aprendizagem de todos os alunos, se faz necessário identificar as necessidades educacionais especiais, a adoção de um currículo aberto e propostas curriculares diversificadas. 
Para vivenciar os conceitos de inclusão é importante que o docente abdique das práticas pedagógicas homogêneas, adotando os princípios norteadores da prática de ensino inclusiva como: aprendizagem ativa e significativa; negociação dos objetivos de aprendizagem; demonstração prática e feedback; avaliação continua, apoio e colaboração (BRASIL, MEC/SEESP,2006).
Então, educar para a diversidade significa ensinar em um contexto onde as especificidades são destacadas e aproveitadas para enriquecer e aprimorar o currículo, desta forma, o planejamento e o plano de aula devem ser elaborados com base a atender todas as necessidades de aprendizagem encontradas na turma. 
Os trabalhos em grupo por exemplo privilegiam o apoio mutuo e incentivam a convivência, pois mais do que ter acesso ao ensino regular, o aluno precisa ser constantemente motivado a permanecer e participar das aulas, estratégias didáticas e mediação pedagógica adequadas são essenciais para garantir esses direitos.
Além disso, é favorável, a flexibilização do processo de ensino aprendizagem para atender a demanda de alunos diversos e a possibilidade de incluir professores especializados, e serviços de apoio, para favorecer o processo educativo. Pensar em adaptação curricular significa levar em conta as necessidades e particularidades de cada aluno e assim poder orientar a prática pedagógica, tais adaptações têm como objetivo repensar os conteúdos, e metodologias para atender os diferentes ritmos de aprendizagem.
Com tudo, as adaptações não devem ser entendidas como um processo individual, pois se realizam em três níveis: no currículo escolar; no desenvolvimento em sala de aula e no nível individual (BRASIL, MEC/SEESP,2006). A inclusão como consequência de um ensino de qualidade, exige das escolas novos posicionamentos, e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e os professores aperfeiçoem sua prática.
2.3 A LUDICIDADE COMO PRÁTICA NO PROCESSO DE INCLUSÃO
O professor inclusivo deve ter como base a formação inicial e continuada sobre educação especial, bem como estar atualizado sobre o assunto para exercício da docência e especialização na área. Essa formação possibilita uma educação inclusiva de qualidade, aprofunda o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas de aulas. Além de trabalhar a ludicidade, através das brincadeiras e brinquedos feitos para todas as crianças, em especial as com necessidades especiais ou dificuldades.
Segundo o livro ‘Brincar para Todos’ do Ministério da Educação e da Secretaria de Educação Especial, “ [...] as crianças precisam brincar independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, pois a brincadeira é essencial a sua vida. 
 O conceito de brincar tem grande responsabilidades, a criança quando brinca ou joga suprimi, as diferenças, preconceitos, recria e interpreta o seu cotidiano, brincando a criança aprende, por isso cada vez mais os educadores pesquisadores e estudiosos, preconizam a utilização da ludicidade nas salas de aulas como rotina no dia a dia, priorizando-a nos projetos educacionais.
O brincar alegra e motiva as crianças, juntando-as e dando-lhes oportunidade de ficar felizes, trocar experiências, ajudarem-se mutuamente; as que enxergam e as que não enxergam, as que escutam muito bem e aquelas que não escutam, as que correm muito depressa e as que não podem correr”. Isso significa eliminar as barreiras que impedem o acesso ao conhecimento das pessoas com dificuldades ou necessidades especiais educacionais existentes na atualidade. 
Infelizmente, a maior parte dos educadores acredita saber como desenvolver atividades lúdicas por acreditarem que já tiveram infância e brincaram, na verdade, não é nada disso que a ludicidade de uma Educação Inclusiva propõe. É de extrema importância, que os professores procurem pesquisar e conhecer sobre essa área da educação, que remete a um novo paradigma onde a criança especial irá aprender brincando de modo individual ou em grupo, onde o professor ensina o aluno utilizando métodos de aprendizagem muito mais eficazes, menos cansativos e repetitivos, para que os alunos venham a construir seus conhecimentos.
A ludicidade como ciência se fundamenta sobre os pilares de quatro eixos de diferentes naturezas, isto é, Sociologia, Psicologia, Pedagogia, epistemológica, sociológica porque na atividade Lúdica engloba demanda social e cultural psicológica porque se relaciona com os processos de desenvolvimento e de aprendizagem do ser humano em qualquer idade em que se encontre. Pedagógica porque se serve tanto da função teórica existente, como das experiências educativas provenientes da prática docente. Epistemológica porque tem fonte de conhecimentos científicos que sustentam o jogo como fator de desenvolvimento (SANTOS, 2001, p. 42).
 Com isso, pode-se perceber, o quão importante e preciso é, que os profissionais da área de educação conheçam e entendam qual o verdadeiro significado do lúdico, para que assim possam aplicar adequadamente essas práticas e métodos pedagógicos em suas aulas, criando dessa forma uma relação de trocas benéficas entre o ato de brincar e o aprender, pois o brincar pode proporcionar à criança com necessidades especiais uma ampla fonte de conhecimentos. 
Atualmente, as escolas estão mais preocupadas em alfabetizar o aluno, do que trazer a brincadeira e jogos educativos para o cotidiano escolar, deixando o ato de brincar fora de seus planejamentos. Alguns acreditam que esses momentos devem ocorrer somente nos horários da recreação ou intervalos, outros apenas despejam os brinquedos sobre mesas para as crianças passassem tempo, sem propósito algum, segundo SANTOS (2001), “a atividade quando possui um caráter lúdico se torna uma alavanca para o processo de desenvolvimento do indivíduo, e este processo deve ser estudado e valorizado”.
Poucos tem o conhecimento de que a ludicidade desenvolve o cognitivo da criança, o desenvolvimento sócio afetivo e muitos outros segmentos importantes no processo educativo, ao realizar atividades lúdicas os laços se juntam, quebrando preconceitos, dando oportunidades aos alunos com necessidades especiais.
 Portanto, a inovação das práticas pedagógicas nas instituições escolares em especial as de Educação Inclusiva, devem fazer parte do cotidiano dos professores em suas aulas. É importante salientar que não existem receitas que garantam a aprendizagem significativa. “Escola inclusiva é aquela que conhece cada aluno, respeita suas potencialidades e necessidades, e a elas responde com qualidade pedagógica”. (SILVEIRA; NASCIMENTO, 2013, p.35).
 No entanto cabe ao profissional de educação a busca por novas práticas, meios e métodos de ensino, elaborando conteúdos diversificados onde o lúdico e o concreto estejam presentes como recursos pedagógicos, desta forma é possível, produzir conteúdo de ensino, que possibilitem aos educandos contextualizar as atividades desenvolvidas em seu cotidiano com os conteúdos ministrados.
2.3.2 EXEMPLO DE SUCESSO 
O portal DIVERSA - Educação Inclusiva na Prática relatou em um de seus artigos, o Projeto “Vamos Brincar Todos Juntos? ”. Um projeto dos educadores Dorival Santos, Milton Barreto, Priscila Serva e Wanuska Vasconcelos, experiência que faz parte do programa “Portas Abertas Para a Inclusão”, uma parceria entre a UNICEF, o instituto Rodrigo Mendes, e a Fundação Barcelona.
 O programa “Portas Abertas” contou com a parceria também do Ministério dos Esportes e nas 15 cidadesonde foi aplicado, beneficiou mais de 43 mil pessoas entre alunos, professores, familiares profissionais dos diversos ramos da educação e demais pessoas envolvidas.
A proposta em questão, foi aplicada pelos educadores da escola EM Nova do Bairro da Paz, situado em Salvador- BA, que está localizada em uma região carente da capital baiana, a comunidade escolar em sua maioria é composta por famílias de baixa renda, onde grande parte das famílias possui renda informal e possui baixo nível de instrução.
De acordo com o artigo publicado no portal Diversa, durante o projeto foram realizados jogos desportivos e lúdicos com sete turmas do 1° ao 3° ano, cerca de 179 crianças em sua totalidade, sendo 12 com algum tipo de deficiência, o primeiro passo foi entrevistar os educadores e famílias para traçar o perfil dos alunos com deficiência, descobrir suas necessidades educacionais e planejar atividades para superação de suas dificuldades. 
Posteriormente o projeto foi apresentado aos educadores, além de participarem de uma oficina sensorial que os sensibilizou para a questão da inclusão escolar, e por fim, o último passo foi realizar os jogos desportivos e lúdicos, que receberam esse nome por envolverem de forma recreativa elementos relacionados aos esportes, foram praticados os seguintes jogos, (Dorival Santos 2017):
	Revezamento com jornal
Tipo: desportivo e lúdico
Descrição: em duas filas, os estudantes colocavam um jornal na região do tórax, corriam até uma marcação e retornavam. O desafio era sustentar a folha sem segurá-la com as mãos, mas com o atrito do vento contra o corpo.
Escravos de Jó
Tipo: sensorial
Descrição: as crianças sentavam-se em círculo no chão, segurando uma bexiga cada. Então, cantarolavam a música da brincadeira “Escravos de Jó” e passavam a bexiga para o colega ao lado, conforme o ritmo da cantiga.
Ponte de jornal
Tipo: desportivo e lúdico
Descrição: divididos em duas filas, os alunos recebiam dois jornais cada. Eles deviam, então, atravessar o pátio, pisando um pé de cada vez sobre um dos papéis.
Pato-ganso com bola
Tipo: desportivo e lúdico
Descrição: um estudante caminhava ao redor dos demais, que estavam sentados em círculo no pátio e de olhos fechados. Ele, então, escolhia alguém da roda e colocava a bola atrás. O escolhido deveria pegar a bola e correr atrás do colega para acertá-lo antes que se sentasse no lugar vazio. Para aumentar o grau de dificuldade, colocamos uma segunda bola na brincadeira. O desafio era seguir o jogador certo. 
Passeio na escuridão
Tipo: sensorial
Descrição: as crianças foram divididas em duplas. Uma delas ficava vendada e o outra não. Elas deveriam realizar um determinado percurso juntas. Depois, trocavam os papéis. Ao término fizemos uma roda de conversa sobre a experiência.
Iniciação ao voleibol
Tipo: desportivo e lúdico
Descrição: posicionados sobre marcações no chão, os estudantes de um mesmo time trocavam passes entre si e jogavam a bola sobre a rede em direção à quadra adversária. Todos jogadores de uma mesma equipe deveriam participar da jogada antes do arremesso. Era permitido segurar a bola com as duas mãos antes do passe e não somente tocá-la.
FONTE: https://diversa.org.br/relatos-de-experiencia/com-jogos-desportivos-e-ludicos-educadores-mostram-inclusao-pratica-inspiram-colegas/
Durante todo o projeto, os profissionais de educação física e atendimento educacional especializado (AEE) trabalharam juntos, no início de cada aula, o professor da disciplina discutia a proposta do dia com as crianças incluía suas sugestões nas atividades, pois elas se envolviam mais nos jogos quando contribuíam para sua construção. (SANTOS, DORIVAL 2017) 
Nas primeiras aulas, um dos estudantes com autismo corria aleatoriamente em vez de participar das brincadeiras. Seus colegas, ao perceberem que gostava de bola, encontraram uma forma de inseri-la nos jogos, ato que trouxe motivação ao aluno autista e ensinou sobre solidariedade e inclusão aos demais alunos. (Dorival Santos 2017)
Segundo o educador, Dorival Santos (2017), ao realizar avaliação sobre a experiência constatou-se o quanto foi produtiva, e muito positiva, pois foi possível atingir os objetivos, ainda que parcialmente. Alguns professores passaram a buscar o AEE para planejar as possibilidades de intervenção em sala de aula, outros, contudo, ainda se mostram reticentes com relação à proposta de trabalho conjunto. 
Acredita-se ainda que será necessário realizar mais encontros de formação com os educadores, envolvendo também a comunidade escolar, de forma que seja possível dar continuidade à iniciativa, inserindo-a no projeto político-pedagógico (PPP) da escola, (Dorival Santos 2017)
O projeto trabalhou com habilidades motoras, noção espacial e percepção do próprio corpo pelos alunos, e favoreceu a interação e a internalização de regras, sem fins lucrativos, teve-se a missão de colaborar para que toda pessoa com deficiência tenha uma educação de qualidade na escola comum dando um exemplo de humanidade e inclusão social educativa. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Educação inclusiva: a escola. Brasília: Ministério da Educação Especial, 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Secretaria de Educação Especial-MEC; SEESP, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Saberes e Práticas da Inclusão – Educação Infantil. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em:
 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12654%3Asaberes-e-praticas-da-inclusao-educacao-infantil&catid=192%3Aseesp-esducacao-especial&Itemid=860. Acesso em 09 de julho de 2019.
BRASIL. Programa Ética e Cidadania: Construindo valores na escola e na sociedade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos: Ministério da Educação, SEIF, SEMTEC, SEED, 2003. 6v
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras para a aprendizagem. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004
DORIVAL SANTOS (São Paulo). Diversa Educação Inclusiva na Pratica. Com jogos desportivos e lúdicos, educadores mostram inclusão na prática e inspiram seus colegas. 2017. Disponível em: https://diversa.org.br/relatos-de-experiencia/com-jogos-desportivos-e-ludicos-educadores-mostram-inclusao-pratica-inspiram-colegas/. Acesso em: 23 set. 2020.
INCLUSIVAS, Programa Educação Inclusiva: Direito a Diversidade: Experiências educacionais inclusivas: – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2006.
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. O Desafio das Diferenças nas Escolas. Petropolis, RJ: Vozes, 2009.
SALAMANCA, Declaração de. Conferência mundial sobre necessidades educativas especiais. Salamanca, 7 a 10 de junho de 1994. Paris: Éditions du Seul, 1994.
SANTOS, Santa Marli. Apresentação. In: SANTOS, Santa Marli (Org.). Ludicidade como ciência. Petrópolis: Vozes, 2001.
SIAULYS, Mara O. de Campos, Brincar para todos / Mara O. de Campos Siaulys. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005.
SILVEIRA, Tatiana dos Santos da; NASCIMENTO, Luciana Monteiro do. Educação Inclusiva: aspectos sociais. Indaial: Centro Universitário Leonardo da Vinci, 2013. 221 p.

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