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(
Goiânia, _______________________________________________de 2018.
Aluno (A): _____________________________________________Nº______
Professora: Rita de Cássia 
Disciplina: Literatura
 
 
3ª Série 
)
 
1) Alberto de Oliveira (1857-1937) foi o poeta mais fiel ao rigor da estética parnasiana de seu período. Conheça um de seus poemas.
Flor de Caverna
Fica às vezes em nós um verso a que a ventura
Não é dada jamais de ver a luz do dia;
Fragmento de expressão de ideia fugidia,
Do pélago interior boia na vaga escura.
Sós o ouvimos conosco; à meia voz murmura,
Vindo-nos da consciência a flux, lá da sombria
Profundeza da mente, onde erra e se enfastia,
Cantando, a distrair os ócios da clausura.
Da alma, qual por janela aberta par e par,
Outros livre se vão, voejando cento e cento
Ao sol, à vida, à glória e aplausos. Este não.
Este aí jaz entaipado, este aí jaz a esperar
Morra, volvendo ao nada, - embrião de pensamento
Abafado em si mesmo e em sua escuridão.
OLIVEIRA, Alberto de. Flor de Caverna. 
O poema, como muitos textos parnasianos, versa sobre a metalinguagem. Mas, além dessa, há outras características comuns ao Parnasianismo presentes, tais como:
A) antissubjetivismo e vocabulário elaborado.
B) descritivismo e gosto pelo exótico.
C) gosto pelo verso livre e antissubjetivismo.
D) impassibilidade e presença das emoções.
E) rigor formal e sentimentalismo.
2) Um tema bastante comum ao Parnasianismo é a metalinguagem. Quando o texto versa sobre a própria língua, a temática ressurge. Observe.
Palavras
As palavras do amor expiram como os versos, 
Com que adoço a amargura e embalo o pensamento: 
Vagos clarões, vapor de perfumes dispersos, 
Vidas que não têm vida, existências que invento; 
Esplendor cedo morto, ânsia breve, universos
De pó, que o sopro espalha ao torvelim do vento, 
Raios de sol, no oceano entre as águas imersos 
- As palavras da fé vivem num só momento... 
Mas as palavras más, as do ódio e do despeito, 
O "não!" que desengana, o "nunca!" que alucina, 
E as do aleive, em baldões, e as da mofa, em risadas, 
Abrasam-nos o ouvido e entram-nos pelo peito: 
Ficam no coração, numa inércia assassina, 
Imóveis e imortais, como pedras geladas.
BILAC, Olavo. Palavras.
Sobre o poema conclui-se que as palavras:
A) assassinas entram no peito como pedras geladas.
B) de amor, se verdadeiras, fecundam e proliferam.
C) de desengano ficam no coração, são negativas.
D) de fé, abençoadas, são as mais importantes.
E) do ódio e do despeito, desfazem-se em pó.
3) O Simbolismo foi uma escola literária predominantemente poética, contemporânea do Parnasianismo, no final do século XIX. Ambas tinham por lema a “arte pela arte”, valorizando os aspectos formais, porém cada qual com suas especificidades temáticas. Leia um texto simbolista.
SINFONIAS DO OCASO
Musselinosas como brumas diurnas 
descem do ocaso as sombras harmoniosas, 
sombras veladas e musselinosas 
para as profundas solidões noturnas. 
Sacrários virgens, sacrossantas urnas, 
os céus resplendem de sidéreas rosas, 
da Lua e das Estrelas majestosas 
iluminando a escuridão das furnas. 
Ah! por estes sinfônicos ocasos 
a terra exala aromas de áureos vasos, 
incensos de turíbulos divinos. 
Os plenilúnios mórbidos vaporam... 
E como que no Azul plangem e choram 
cítaras, harpas, bandolins, violinos...
SOUZA, Cruz e. Sinfonias do ocaso. 
São características do Simbolismo presentes no texto:
A) cromatismo, sinestesia, musicalidade.
B) liberdade formal, misticismo, cromatismo.
C) sinestesia, luminosidade, misticismo.
D) sinestesia, misticismo, musicalidade.
E) transcendência, cromatismo, sinestesia.
4) Além de Cruz e Sousa (1861-1898), Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) também foi muito representativo no Simbolismo brasileiro. “Hão de chorar por ela os cinamomos” é soneto de autoria deste.
Hão de chorar por ela os cinamomos
 
Hão de chorar por ela os cinamomos,
Murchando as flores ao tombar do dia.
Dos laranjais hão de cair os pomos,
Lembrando-se daquela que os colhia.
As estrelas dirão: - "Ai! nada somos, 
Pois ela se morreu, silente e fria... " 
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.
A lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.
Os meus sonhos de amor serão defuntos...
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando em mim: - "Por que não vieram juntos?"
GUIMARAENS, Alphonsus de. Hão de chorar por ela os cinamomos 
Vocabulário - cinamomo: árvore de casca aromatizante, como, por exemplo, a canela.
Segundo o poeta,
A) a natureza (cinamomos, lírios, laranjais) e o Céu (estrelas, arcanjos), juntos, lamentam a morte do eu lírico.
B) a presença da morte nega qualquer luz, perfume e cor que possam ser evocadas pelas imagens do poema.
C) o poema é impregnado por uma morbidez carregada, byroniana, herdada da segunda fase do Romantismo.
D) uma ode (homenagem) à morte é feita, ao perguntar-se ao eu lírico por que este não morrera junto à amada.
E) uma palavra é usada em classes morfológicas diferentes, exemplo do cuidado formal que rege o Simbolismo.
5) OBS.: Imagem enviada no grupo da turma. 
SRBEK, Wellington. Dom Casmurro, de Machado de Assis – em quadrinhos. Roteiro de Wellington Srbek, ilustrações de José Aguiar. Belo Horizonte: Editora Nemo, 2011. p. 69.
Em “Dom Casmurro” (1899), Machado de Assis (1839-1908) constrói, na figura de Bento Santiago, o Bentinho, um narrador extremamente peculiar.
Pelo texto lido, conclui-se que é
A) fato que os olhos de Capitu, grandes e apaixonados, queriam “tragar” Escobar, como o mar o fez.
B) lógico que Capitu vencia a si mesma, pois ela estava dissimulando seus segredos.
C) objetivo afirmar que o cadáver retinha Capitu assim como o fazia com Sancha, a viúva.
D) possível comparar, de forma isenta, os olhos de Capitu aos da viúva, ainda que aquela não chorasse.
E) opinião do narrador o fato de Capitu ter olhado apaixonadamente para o defunto, no caixão.
6) Retomando os quadrinhos que servem como base para esta questão, ainda que a narrativa seja filtrada pelos olhos de Bentinho, ele
A) constrói um perfil psicológico de Capitu e, a partir dela, um perfil de si mesmo.
B) demonstra sua raiva de Escobar, a quem considerava um traidor.
C) detém-se na personagem Sancha, cujo sofrimento consterna a todos.
D) limita-se a descrever a cena, adotando uma perspectiva observadora.
E) procura pouco se envolver, como se não estivesse presente no velório.
7) “O cortiço” (1890), obra de Aluísio de Azevedo (1857-1913), chocou um Brasil ainda afeito a leituras românticas, mesmo depois do Realismo de Machado de Assis.
A obra mostra o subúrbio, a ambição desmedida, as patologias sociais e sexuais, os conflitos entre brasileiros e portugueses e, no caso desta questão, entre os próprios portugueses.
João Romão e Miranda são portugueses e serão vizinhos. Leia os fragmentos e procure caracterizá-los.
I. JOÃO ROMÃO
“João Romão comprou então, com as economias da amiga, alguns palmos de terreno ao lado esquerdo da venda, e levantou uma casinha de duas portas, dividida ao meio paralelamente à rua, sendo a parte da frente destinada à quitanda e a do fundo para um dormitório que se arranjou com os cacarecos de Bertoleza. Havia, além da cama, uma cômoda de jacarandá muito velha com maçanetas de metal amarelo já mareadas, um oratório cheio de santos e forrado de papel de cor, um baú grande de couro cru tachado, dois banquinhos de pau feitos de uma só peça e um formidável cabide de pregar na parede, com a sua competente coberta de retalhos de chita.
O vendeiro nunca tivera tanta mobília.”
II. MIRANDA
“Justamente por essa ocasião vendeu-se também um sobrado que ficava à direita da venda, separado desta apenas por aquelas vinte braças; de sorte que todo o flanco esquerdo do prédio, coisa de uns vinte e tantos metros, despejava para o terreno do vendeiro as suas nove janelas de peitoril. Comprou-o um tal Miranda, negociante português, estabelecido naRua do Hospício com uma loja de fazendas por atacado. Corrida uma limpeza geral no casarão, mudar-se-ia ele para lá com a família, pois que a mulher, Dona Estela, senhora pretensiosa e com fumaças de nobreza, já não podia suportar a residência no centro da cidade, como também sua menina, a Zulmirinha, crescia muito pálida e precisava de largueza para enrijar e tomar corpo.”
AZEVEDO, Aluísio de. O cortiço. 
A partir dos fragmentos, infere-se que
A) a colocação de vizinhos de níveis tão diferentes lado a lado é uma crítica social.
B) as janelas do sobrado são uma provocação para o lado do vendeiro.
C) os dois portugueses aproveitaram-se da situação de suas esposas.
D) os portugueses têm mesma origem e formação, e serão, pois, amigos.
E) os portugueses têm origens sociais diferentes, o que fatalmente gerará conflitos.
8) Um dos romances, em seu tempo considerados como - dos mais “escandalosos” (hoje diríamos “vanguardistas”) de todo o Naturalismo foi, sem dúvida, “A Carne” (1888), de Júlio Ribeiro (1845-1890). 
Leia o fragmento a seguir.
“Lenita não se podia arredar, estava presa, estava fascinada.
Sentia-se fraca e orgulhava-se de sua fraqueza. Atormentava-a um desejo de coisas desconhecidas, indefinido, vago, mas imperioso, mordente. Antolhava-se-lhe que havia de tergozo infinito se toda a força do gladiador se desencadeasse contra ela, pisando-a, machucando-a,triturando-a, fazendo-a em pedaços.
E tinha ímpetos de comer de beijos as formas masculinas estereotipadas no bronze. Queria abraçar-se, queria confundir-se com elas. De repente corou até à raiz dos cabelos.
Em um momento, por uma como intussuscepção súbita, aprendera mais sobre si própriado que em todos os seus longos estudos de fisiologia. Conhecera que ela, a mulher superior,apesar de sua poderosa mentalidade, com toda a sua ciência, não passava, na espécie, de uma simples fêmea, e que o que sentia era o desejo, era a necessidade orgânica do macho.”
RIBEIRO, Júlio. A carne. 
O trecho
A) animaliza a mulher, mostrando a força dos desejos perante o intelecto.
B) apresenta e critica os desejos mundanos em nome da religião.
C) demonstra as patologias sexuais femininas do século XIX.
D) explicita a sexualidade de uma mulher, algo indecoroso até hoje.
E) mostra uma mulher prestes a relacionar-se com uma estátua.

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