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A importância do MP na tutela dos direitos da criança, adolescente e idoso

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
Renata Cristina da Silva Ramos 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA TUTELA DOS 
DIREITOS COLETIVOS DAS CRIANÇAS, ADOLESCENTES E 
IDOSOS. 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina Direito 
da Criança, do Adolescente, e do Idoso, 
no curso de Direito da Universidade 
Veiga de Almeida. 
Orientado pelo professor: Álvaro Maciel. 
 
 
 
CABO FRIO 
MAIO/2019 
O surgimento da instituição Ministério Público deu-se no período do Brasil 
Império objetivando a atuação criminal. Apenas com o texto constitucional de 1988, o 
Ministério Público estruturou-se nos moldes conhecidos atualmente, alinhando-se com o 
interesse social diante do exercício das relevantes atribuições constitucionais 
desempenhadas. 
Representado pela figura do Promotor de Justiça, o Ministério Público é um 
órgão independente, de suma importância para o Estado, atuando como fiscalizador da 
ordem pública e exercendo a função de resguardar os direitos coletividade. 
Na constituição Federal de 1988, o Ministério Público ganha atenção especial 
estabelecida nos artigos 127 a 130, entretanto, no âmbito infraconstitucional, é a lei 
orgânica nº 8.605/93 que dispõe e regula sobre o MPU, mas vale lembrar que as 
atribuições do mesmo em detrimento a cada classe de direito se da também em leis 
especiais, o que veremos a seguir, sobre as atribuições dessa instituição de justiça junto 
ao direito, pode-se dizer, das minorias, as quais sejam, crianças, adolescentes e idosos. 
Os artigos 226 a 230 da CF/88 que já tratavam dos direitos da criança, 
adolescentes e idosos, em função da emenda constitucional nº 65/2010 receberam como 
nova nomenclatura o título “DA FAMILIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO 
JOVEM E DO IDOSO”, agregando assim, a família, bem como os jovens a obter atenção 
especial. Percebe-se então, o dever categórico imposto ao Estado, à família e a sociedade 
de resguardar os direitos fundamentais das referidas minorias. 
Diante do considerável número de violações e omissões, esses direitos, ainda 
que no texto constitucional, estão previstos de forma detalhada e esmiuçada nas leis 
especiais ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE nº 8.069/1990, como 
também o ESTATUTO DO IDOSO nº 10.741/2003, com a finalidade de proteção com 
absoluta prioridade. 
Os direitos coletivos, como, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o 
Estatuto do Idoso, o Estatuto da Juventude, a lei que trata dos interesses das pessoas 
portadoras de deficiência, entre outros, foram normatizados pelo legislador 
infraconstitucional, sendo promulgadas leis específicas acerca da tutela dos direitos 
transindividuais das minorias. 
O MP é possuidor de legitimidade para atuar sempre na defesa dos interesses 
coletivos e difusos, podendo requerer a aplicação de medidas de proteção para os mais 
vulneráveis. 
 
Estatuto da Criança e do adolescente: 
 
No ECA lei nº 8.069/1990, a disposição sobre a competência do Ministério 
Público está prevista no artigo 201 na forma exemplificativa, onde o mesmo atua como 
autor e protetor das garantias do menor. 
A remissão de expressa no art. 201, I, ECA, na qual o MP pode conceder, está 
previsto também nos arts. 126 a 128 da mesma legislação, e trata da exclusão ou 
suspensão do processo conforme a gravidade do ato infracional cometido pelo menor, e 
se for o caso, aplicar-lhe medidas diversas, de acordo com a responsabilidade do mesmo. 
Ao atribuir infrações ao adolescente, cabe ao MP a função de acompanhar as 
medidas educativas e os procedimentos aplicados. 
O MP, como guardião dos direitos do menor, cabe a propositura de ações de 
alimentos, em favor da criança e do adolescente, bem como a suspensão ou destituição 
do poder familiar, devido a violação dos direitos ou omissão por parte da família. Visando 
o melhor interesse da criança e do adolescente, pode ser nomeado pelo promotor de justiça 
tutores, curadores e guardiães bem como a remoção dos mesmos. 
Ao instituir os representantes e assistentes do menor, o promotor pode exigir, 
de oficio ou por solicitação de interessados, toda a prestação de contas da administração 
dos bens da criança e adolescente, limitando dessa forma o poder dos gestores de tais 
bens. 
O inquérito civil e a ação civil pública disposto no inciso V, art. 201 da lei em 
tela, visa salvaguardar os interesses individuais, difusos ou coletivos relativo a 
comunicação social que eventualmente possa ferir aos direitos das crianças, adolescente 
e jovens. 
O MP tem competência para instaurar procedimentos administrativos a fim 
de atuar na tutela desses, pode-se dizer, suscetíveis, com o objetivo principal de zelar pelo 
efetivo respeito aos direitos e garantias legais promovendo medidas nos âmbitos judiciais 
e extrajudiciais. 
Para fazer valer todos os interesses, o MP pode impetrar remédios 
constitucionais como também representar junto ao juízo competente contra as penalidades 
que ferem as normas de proteção à infância e juventude e inspecionar entidades públicas 
e particulares de atendimento e os programas que trata esta lei, adotando medidas 
administrativas ou judiciais para remoção de irregularidades, porventura verificadas. 
Se houver a necessidade, pode requisitar a colaboração de equipe 
multidisciplinar públicos ou privados, assim como de força policial para melhor 
desenvolvimento de suas atribuições. 
Nos processos que não fizer parte, o MP obrigatoriamente atua como fiscal 
da ordem pública como guardião dos direitos e interesses de que trata esta legislação, 
sendo devido a intimação do MP presencialmente, e a falta de intervenção do mesmo 
resulta em nulidade do feito. Entretanto, mesmo com toda a autonomia para ser defensor 
dos interesses dos vulneráveis, todas as manifestações processuais do representante do 
MP, que será o promotor de justiça, deverão ser fundamentadas. 
 
Estatuto do Idoso: 
 
Ao falarmos sobre idosos, não se pode deixar de falar na discriminação que 
essa classe sofre, não bastasse toda a restrição imposta pela idade avançada. Em vista de 
toda a limitação física e mental, os números de idosos abandonados em asilos só 
aumentam. 
Não é recente toda a preocupação com os indivíduos avançados em idade, 
entretanto, a atenção voltada juridicamente para os idosos e a proteção de seus direitos 
são relativamente recente. 
Mesmo tendo seu número elevado, os idosos, por serem mais fragilizados 
quanto aos direitos violados podem ser classificados como minoria, e por isso, o 
legislador concedeu atenção aos mesmos, criando a lei especial, disposta no estatuto do 
idoso. O texto constitucional bem como a legislação especial estabelecem e garantem os 
direitos individuais e coletivos desse grupo. 
No Brasil, para a concretização desses direitos, o Ministério Público passou 
a atuar, de forma expressiva e efetiva, na tutela dos direitos dos idosos, em situação de 
risco social, especializando-se na proposição e manejo da ação civil pública, interdição, 
registro tardio, ação de alimentos bem como na aplicação de medidas protetivas e 
utilização de instrumentos extrajudiciais. 
No âmbito extrajudicial, a título de exemplo, ressalte-se a instauração de 
Inquérito Civil como faculdade exclusiva do Ministério Público o qual pode resolver a 
questão, obtendo a preservação ou reparação dos danos coletivos mediante celebração de 
acordo instrumentalizado no Termo de Ajustamento de Conduta. 
 
As atribuições do Ministério Público direcionada a tutela do direito do idoso, algumas já 
comentadas acima, estão previstas no art. 74, do estatuto específico e são: 
 
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e interesses 
difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso; 
II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de interdição total ou parcial, de 
designação de curador especial,em circunstâncias que justifiquem a medida e oficiar em 
todos os feitos em que se discutam os direitos de idosos em condições de risco; 
III – atuar como substituto processual do idoso em situação de risco, conforme o disposto 
no art. 43 desta Lei; 
IV – promover a revogação de instrumento procuratório do idoso, nas hipóteses previstas 
no art. 43 desta Lei, quando necessário ou o interesse público justificar; 
V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo: 
a) expedir notificações, colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de não 
comparecimento injustificado da pessoa notificada, requisitar condução coercitiva, 
inclusive pela Polícia Civil ou Militar; 
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades municipais, 
estaduais e federais, da administração direta e indireta, bem como promover inspeções e 
diligências investigatórias; 
c) requisitar informações e documentos particulares de instituições privadas; 
VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e a instauração de 
inquérito policial, para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao idoso; 
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao idoso, 
promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis; 
VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas de 
que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias 
à remoção de irregularidades porventura verificadas; 
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços de saúde, 
educacionais e de assistência social, públicos, para o desempenho de suas atribuições; 
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos dos idosos previstos nesta Lei. 
§ 1o A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste artigo não 
impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei. 
§ 2o As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde que compatíveis 
com a finalidade e atribuições do Ministério Público. 
§ 3o O representante do Ministério Público, no exercício de suas funções, terá livre acesso 
a toda entidade de atendimento ao idoso. 
 
Desta forma, a instituição abarcou a promoção da cidadania e da democracia 
atuando no viés de efetivar o acesso à justiça tutelando os direitos difusos e coletivos 
especificamente das minorias, o que vem lhe conferindo grande status de visibilidade e 
confiabilidade por parte da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm 
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=91cff01af640a24e 
https://www.direitocom.com/estatuto-do-idoso-comentado 
https://www.direitocom.com/estatuto-da-crianca-e-adolescente-comentado 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=91cff01af640a24e
https://www.direitocom.com/estatuto-do-idoso-comentado
https://www.direitocom.com/estatuto-da-crianca-e-adolescente-comentado

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