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Aula 2 Metodologia Do Ensino da Natação

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Metodologia Do Ensino da Natação
Profª Esp. Alessandra Bárbara Boaventura
Email: 012000413@prof.uninassau.edu.br
ESTÁGIOS DO 
DESENVOLVIMENTO MOTOR E 
NÍVEIS DE APRENDIZAGEM
O que é o Desenvolvimento Motor?
O desenvolvimento motor é um processo 
contínuo de mudanças que se inicia na 
concepção e só termina após a morte. 
A continuidade das mudanças resulta da 
integração de processos que possibilitam o 
surgimento de comportamentos motores 
capazes de atender às demandas ambientais 
e de atingir novos objetivos em qualquer fase 
da vida (MANOEL, 1989).
• Ao longo do desenvolvimento, passamos a realizar ações
motoras cada vez mais complexas e com alto nível de
proficiência.
• De acordo com Haywood e Getchell (2004), o
desenvolvimento motor é um processo seqüencial e
contínuo relacionado à idade, em que o indivíduo progride
de um movimento simples, não organizado e não
habilidoso, evolui para uma habilidade motora complexa e
altamente organizada e, em seguida, ajusta-se às
necessidades que acompanham o envelhecimento.
• Muitas vezes pensamos que o desenvolvimento
motor está relacionado somente com crianças. Este
equívoco acontece porque, ao longo dos primeiros
anos de vida, as mudanças no comportamento
motor são muito grandes e acontecem num ritmo
muito acelerado. De acordo com Gallahue (2005, p.
6), “o desenvolvimento é relacionado à idade, mas
não depende dela”.
• Isto significa que as idades são apenas uma
referência para olharmos o processo de
desenvolvimento e não uma forma de explicá-lo.
• As alterações refletem processos integrados.
• As mudanças no nível de funcionamento do ser
humano, ao longo do tempo, típicas do
desenvolvimento é a expressão dessa integração.
• O desenvolvimento refere-se a uma melhoria de
uma determinada função.
• Além das mudanças funcionais (desenvolvimento) e
das estruturais (crescimento), a maturação e a
aprendizagem estão presentes nos dois tipos de
mudança.
Modelo de Desenvolvimento Motor
As fases motora reflexa e motora fundamental, relacionadas aos movimentos 
que se iniciam na vida intrauterina e que vão até os 2 anos de idade, são as 
primeiras formas de o ser humano relacionar-se com o mundo externo. 
Fase Motora Fundamental,
Fase Motora Especializada
Modelo da Ampulheta Ampliado
• O modelo da ampulheta ampliado oferece
normas indicadoras sobre como buscar
respostas para determinados problemas.
Assim, busca explicações para o
entendimento das mudanças que
acontecem ao longo do tempo,
especialmente pela interação de fatores
relacionados ao indivíduo, ao ambiente e
à tarefa.
Dimensões do 
Desenvolvimento Humano
Desenvolvimento Motor e 
a Natação
• A natação é um dos esportes mais completos
para o corpo humano, sendo inúmeros seus
benefícios. Dentre eles, podemos citar que em
crianças na faixa etária entre três e seis anos de
idade, apresentam desenvolvimento
significativos no que diz respeito a sua
capacidade motora, afetiva e cognitiva,
explorando e vivenciando suas possibilidades,
além de melhorar seu sistema
cardiorrespiratório, tônus muscular,
coordenação, equilíbrio, agilidade, força,
velocidade, habilidades tais como lateralidade,
percepção tátil, auditiva e visual, noção
espacial, temporal e ritmo, além da
sociabilidade e autoconfiança (VENDITTI,
SANTIAGO, 2005).
• Neste sentido, a prática da natação
aliada à estimulação de habilidades,
respeitando as fases sensíveis da
formação, a individualidade de cada um
e o ensino adequado e programado,
proporciona o desenvolvimento
multilateral da criança, contribuindo para
sua formação geral bem como para o
aprendizado de uma modalidade
esportiva que ele poderá praticar no
decorrer da vida, seja para o esporte ou
para outras finalidades (VENDITTI,
SANTIAGO, 2005).
• O ensinamento da natação infantil de
três aos seis anos de idade engloba
diversos fatores, onde o principal é a
postura correta que um professor de
natação tem que estabelecer,
principalmente respeitando o
desenvolvimento físico, motor e cognitivo
da criança, onde esses fatores
influenciam muito na maneira de o
profissional trabalhar e para que a
criança assimile o ensinamento
transmitido (VENDITTI, SANTIAGO,
2005).
• A natação hoje é considerada um dos esportes que
mais trás benefícios a saúde não só das crianças,
mas também em todas as outras faixas etárias, pois
o auxilia na prevenção de doenças
cardiorrespiratórias, problemas posturais entre
outros. No entanto, quando a criança com a faixa
etária de três a seis anos, é estimulada a prática da
natação, deve ser ministrada recreativamente,
porque nesta fase ela amplia seus aspectos sensório-
perceptivo e sensório-motor globais, que propicia um
desenvolvimento integral da mesma. Tudo isso vai
fazer com que a criança perceba seu próprio corpo, a
nível motor e cognitivo (SOARES, MISKEY, 2012).
• A natação infantil envolve desde a ativação
das células cerebrais da criança até um
melhor e mais precoce desenvolvimento de
sua psicomotricidade, sociabilidade e reforço
do sistema cardiovascular morfológico. Cabe
ao professor respeitar a individualidade de
cada aluno, pois cada aluno estará em uma
forma de desenvolvimento diferente e
reagem de maneiras distintas aos estímulos
aplicados pelo professor (TINTI, LAZZERI,
2010).
• A iniciação desta modalidade, nesta faixa etária,
deve permitir exploração de movimento e
aprendizagem perceptivo-motora. Isto significa
que o professor deve dar oportunidade para o
aluno explorar o ambiente aquático e diferentes
formas de movimentação que seu corpo pode
realizar dentro dele. Além de estimular o indivíduo
a não realizar os movimentos preocupando-se
apenas com a técnica, mas sim, valorizando a
percepção dos seus movimentos dentro da água e
da sensação que a água provoca em seu corpo
(KREBS, VIEIRA, VIEIRA, 2005).
• A Natação é uma atividade habitualmente
estruturada em um desporto que objetiva
principalmente, registros de tempos cada
vez mais inferiores através de um
treinamento metódico individualizado e
específico com o domínio das técnicas,
conhecimento de ritmo além de boa
preparação física (SANTOS, 1996). Porém,
no ensino da Natação, não é mais
admissível reduzir seu objetivo a um
conceito puramente mecanicista que busque
exclusivamente, desempenhos imediatos.
• Para Damasceno (1992) a metodologia da natação, hoje, deve
proporcionar a relação entre o prazer, o desenvolvimento e a técnica,
oferecendo meios para que seus praticantes possam trabalhar questões
motoras, sociais e cognitivas, principalmente, se o trabalho for realizado
com crianças.
• A criança tem uma maneira bem particular de encarar o esporte, suas estruturas
motoras, físicas e mentais ainda não estão preparadas para aceitar as atividades
demasiadamente sistemáticas, regras rigorosas ou imposições duras de
treinadores. Nesta fase, as atividades devem estar voltadas principalmente para
a utilização do próprio corpo, suas capacidades e possibilidades, com regras
simples, sem caráter competitivo, visando o seu desenvolvimento (CHAVES,
1985).
• Se ensinarmos exercícios que são precoces, poderemos
gerar no aluno, a frustração e consequentemente, sua
desistência no desenvolvimento de atividades físicas.
• O desenvolvimento harmonioso da criança
depende também da quantidade e da
qualidade dos estímulos proporcionados
pelo meio ao qual está inserido. Para um
desenvolvimento completo, a criança deve
estar envolvida constantemente em
atividades que propiciem o maior número de
movimentos possíveis, em ambientes
diversos (GALLAHUE; OZMUN, 2003).
• O meio líquido, tem a possibilidade de oferecer diversas
formas de movimento, colaborando para que a criança possa
estar em contato com uma diversidade de habilidades.
• Nas experiências aquáticas surgirão, por exemplo, relações
sociais, através de jogos e brincadeiras, estímulos visuais,
sonoros, táteis e sinestésicos, através das cores, do
ambiente, dos materiais utilizados, das vozes e do suporte
do professor.
• Combinando movimentosfundamentais com estímulos na
água, há um maior e melhor desenvolvimento motor das
crianças (BLAKSBY, 1995).
• Estudos sobre o ensino da Natação e o desenvolvimento
humano, apontam grandes relações entre a técnica dos
nados e a evolução de capacidades coordenativas, gestos e
formação de esquemas corporais, maturação emocional e
social e, com o desenvolvimento de toda personalidade,
principalmente a infantil (JUNIOR; DUNDER, 2002; KLEMEN,
1982).
• A Natação age como um pré estímulo motor, pois, colabora
para o desenvolvimento de aspectos como: habilidades
motoras; coordenação motora fina e grossa; equilíbrio;
noções espaciais; lateralidade e; desenvolvimento sensório
motor. Antes mesmo de a criança conseguir realizar
movimentos mais complexos fora da água, dentro dela fica
muito mais leve, possibilitando a execução destas tarefas
(BARBOSA, 1999).
SEQUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO 
MOTOR AQUÁTICO 
• O desenvolvimento motor caracteriza-se por mudanças contínuas, ao
longo da vida, em três classes gerais do comportamento: orientação ou
controle postural, locomoção e manipulação.
• As mudanças se iniciam após a concepção, compreendendo o período
de vida intrauterina com a presença dos chamados movimentos fetais
(18). As mudanças continuam após o nascimento, com movimentos
espontâneos e reativos até, aproximadamente, os doze meses de idade.
Na sequência, são adquiridos movimentos rudimentares e fundamentais,
no período compreendido dos dois anos aos sete anos de idade.
Finalmente, ocorre a aquisição da combinação de movimentos
fundamentais, seguida dos movimentos especializados.
• Há duas explicações concorrentes para esse processo; a versão mais
tradicional sugere que o desenvolvimento seria fruto exclusivo da
maturação biológica do organismo (11), mais especificamente, a
maturação das estruturas subcorticais levariam à organização de
movimentos reflexos; posteriormente, com a maturação das estruturas
corticais, os movimentos reflexos são inibidos e substituídos por
movimentos voluntários.
• A estrutura do desenvolvimento motor
aquático é relacionada à estrutura da tarefa
motora nadar. HERKOWITZ (12) foi quem
primeiro buscou vincular o desenvolvimento
motor e a análise da tarefa motora. Nesse
procedimento, são identificados os fatores
que compõem uma tarefa, como a utilização
de instrumentos, características do ambiente
físico, a previsibilidade dos eventos
associados à tarefa etc.
• A sequência de desenvolvimento da locomoção aquática foi
dividida em três etapas: fase do reflexo de nadar (até os 4
meses de idade); fase dos movimentos desorganizados (do
4º aos 12 meses de idade); fase dos movimentos voluntários
(dos 12 meses de idade em diante).
• McGraw procedeu à descrição do comportamento de locomoção
aquática considerando três elementos: movimentação de braços e
pernas, controle postural e controle respiratório. O reflexo de nadar
consistia de flexões e extensões alternadas dos membros inferiores
e superiores, coordenadas com a flexão e a extensão lateral do
tronco.
• Esses movimentos apresentam um padrão rítmico que, no entanto,
é perdido gradualmente por volta do 4º mês pós nascimento. Com
relação ao controle postural, McGraw destacou que os bebês com
até quatro meses de idade tinham comportamento semelhante ao
de outros mamíferos quadrúpedes, mantendo um bom domínio da
postura na locomoção, ainda que fossem incapazes de mudar de
decúbito. Com relação ao período compreendido entre o quarto
mês e o primeiro ano de vida, McGraw identificou uma perda no
controle postural. A capacidade para permanecer na posição
ventral só reapareceria por volta do segundo ano de vida.
• O terceiro componente observado por McGraw foi o
controle respiratório. Nos primeiros meses de vida, ele é
muito eficiente, pois os bebês podiam ficar períodos
prolongados submersos sem ingerir água. Na fase dos
movimentos desorganizados havia a perda do controle
respiratório, aumentando a possibilidade de grande
ingestão de água. O controle respiratório ressurgia como
um comportamento voluntário na terceira fase de
desenvolvimento aquático.
• Recentemente, LANGENDORFER & BRUYA (17) apresentaram um
modelo de desenvolvimento aquático que buscou sintetizar os
principais achados acerca do desenvolvimento do nadar. As
mudanças nos comportamentos de movimentação aquática, tais
como ação dos braços, ação das pernas e posição do corpo formam
a base do modelo desenvolvido pelos autores. Essa sequência de
habilidades tem como ponto inicial a forma como as crianças entram
na água, os seus padrões de progressão e movimentação, bem
como o nível inicial de imersão do corpo.
• Em síntese, LANGENDORFER & BRUYA (17) 
identificam cinco níveis de desenvolvimento 
da locomoção aquática: 
•
1) sem comportamento de locomoção; 
2) “cachorrinho”; 
3) nado humano inicial; 
4) crawl rudimentar; 
5) crawl avançado ou outra forma de 
deslocamento avançado
• Em outro trabalho, FREUDENHEIM e colegas (10) enfatizam
que a habilidade nadar seria adquirida a partir de um
processo de domínio da estabilidade corporal. Esse processo
culminaria com a integração de habilidades motoras,
envolvendo controle respiratório, flutuação, pernadas e
braçadas e movimentos de cabeça.
• Em síntese, o desenvolvimento do comportamento motor
aquático poderia ser visto com um modelo que
compreenderia sete níveis. (Figura 1).
• Os primeiros níveis corresponderiam à transição entre o
reflexo de nadar e o controle postural voluntário.
• A seguir, os níveis de três a seis corresponderiam às
mudanças graduais no padrão de locomoção aquática.
• Finalmente, o nível sete corresponderia a um período de
utilização da habilidade de nadar para vários fins
(ocupacionais, recreativos ou esportivos) de forma ampla e
diversificada como, por exemplo, polo aquático, mergulho,
nado sincronizado etc.
•
Considerações Finais sobre a 
Sequência do Aprendizado segundo 
o Desenvolvimento Motor
• Nadar é uma habilidade motora presente desde
o nascimento e que passa por mudanças em sua
organização ao longo da primeira infância. A
tomada de decisão sobre o que ensinar na
natação deverá ser baseada nessas fases de
desenvolvimento, ao invés de serem orientadas,
única e exclusivamente, para a técnica dos
quatro estilos formais de nado;
• O nível da habilidade nadar depende sobremaneira 
do grau de desenvolvimento de habilidades básicas 
de estabilidade postural. A programação do ensino 
da natação deveria reservar grande atenção para o 
trabalho com habilidades de estabilidade postural no 
meio líquido, particularmente em se tratando de 
iniciantes e crianças. 
• A aquisição da habilidade nadar denota um processo
no qual consistência e constância coexistem. O
ensino deveria ser estimulado de forma a permitir um
mínimo de liberdade para o aprendiz explorar
padrões de movimentos mais adequados para um
dado fim. Ou seja, a aquisição da habilidade nadar
deve ser entendida como um processo de solução de
problemas motores;
• A habilidade nadar faz parte de um contexto mais amplo de possibilidade
de realização de atividades no meio líquido. Os programas de natação
deveriam ser orientados para essa abrangência que seria resumida no
conceito de competência aquática. Isso torna a prática mais interessante
do ponto de vista da motivação, pois, além de propiciar a valorização das
performances obtidas pelas crianças, cria situações desafiadoras que
estimulam o aprendizado em todos os níveis de habilidade.

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