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Cinesioterapia (Mobilidade Estabilidade )

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1º) Mobilidade 
 
 
 O conceito de amplitude de movimento especifico do corpo humano traz â mente do 
profissional de a saúde muitos pensamentos e idéias. Juntamente com a forca, resistência, 
potëncia, equililbrio e coordenação, a amplitude de movimento desempenha um papel 
importante na capacidade física e, portanto, contribui de modo significativo para a qualidade 
global das funções físicas de uma pessoa. Isso e obvio quando se considera o efeito negativo 
que um distúrbio da amplitude de movimento pode ter sobre a qualidade e a eficiência dos 
movimentos humanos. 
 Uma noção amplamente eceita e de que a amplitude de movimento decorre do 
funcionamento interdependente do sistema musculoesqueletico e da articulação sinovial, 
possibilitando ao corpo humano executar movimentos livres e fáceis. O objetivo funcional 
básico da amplitude de movimento possibilitam o movimento efetivo das extremidades, cabeça 
e tronco na execução de posições e da mobilidade do corpo. 
 
• Que estruturas envolve? 
 
 Estruturas Articulares: ossos, ligamentos, tendões, bursas, músculos, fascia. 
 
 Ossos: O osso e considerado o mais rígido dos tecidos conjuntivos do corpo. E 
composto de matriz que contem muitos minerais. Ademais, a força de um osso pode ser 
modificado atraves de um processo denominado remodelagem adaptativa, ao passo que as 
tensões e deformações sobre um osso aumentem a sua capacidade de permanecer em 
continuidade. Exisem limites para o grau de tensão e de deformação que um osso pode 
suportar ( o excesso destas pode levar a degradação e resultar em fratura ). 
 
 Ligamentos e tendões: Adisposicao das fibras de colágeno e relação entre fibras de 
colágeno e fibras de de elastina nos vários ligamentos e tendões determinam as capacidades 
relativas destas estrututras, para que sejam propiciadas estabilidade e mobilidade a determinada 
articulação. Geralmente, as fibras de colágeno nos tendões possuem um arranjo paralelo para 
que possam lidar com as elevadas forças tensivas unidirecionais ( distrativas ), enquanto 
que as fibras de colágeno nos ligamentos apresentam um arranjo um tanto mais variado, 
dependendo da função do ligamento. 
 
 Músculos: E configurado para atender as necessidades do corpo em relação a mobilidade 
e a estabilidade funcionais. Os músculos são classificados como tecido ativo ou não inerte. Isto 
e, eles tem o potencial de contrair e produzir movimento como resultado dessa contração. 
 
 Fascia: É conhecida como uma membrana de tecido conjuntivo fibroso de proteção: 
um órgão (fáscia periesofagiana, fáscia peri e intrafaringiana) ou de um conjunto orgânico 
(fáscia endocárdica, fáscia parietalis). Fáscia também designa tecidos de nutrição, como a 
fáscia superficialis, fáscia própria. 
 As fáscias são formadas de tecido derivado do mesoderma embrionário e estão como 
base de numerosas técnicas, e para isso, é preciso um atento estudo sobre elas, sendo que 
aqui, a palavra “fáscia”, ou o estudo dela será visto na globalidade (é assim que a fáscia 
deve ser vista nas técnicas manuais, como um todo). Na verdade, não se trata de várias 
fáscias e sim de uma fáscia, palavra usada no singular, que designa um grande conjunto 
membranoso. Tudo está ligado entre si, formando uma continuidade, que nada mais é que a 
globalidade. É o conjunto tissular de uma única peça, em que se apoiam todas as modernas 
técnicas de terapia manual. A principal tese é que, a ação da menor tensão sobre qualquer 
região da fáscia, seja esta tensão ativa ou passiva, irá repercutir em toda a fáscia, ou seja, se 
temos uma disfunção em um músculo que se insere no pé, esta disfunção formará uma 
“cadeia” em que irá gerar uma continuidade desta disfunção, podendo causar algias em 
locais distantes do “verdadeiro” local da disfunção, como na coluna, ou no braço (um 
músculo interfere no outro). Portanto, se o paciente relata dor na coluna é necessário 
avaliarmos o paciente como um todo, e não só a sua coluna, já que temos essa noção de 
globalidade ou pode apresentar alterações na amplitude de movimento. 
 - Como todo tecido, o conjuntivo é formado por células conjuntivas que se chamam 
blastos. Nos ossos essa célula é chamada osteoblasto e na cartilagem, condroblastos. Sua 
fisiologia é de secretar colágeno e elastina, duas proteínas que se renovam, sendo a elastina 
uma proteína de longa duração e de formação estável e o colágeno uma proteína de curta 
duração que se modifica durante toda a vida. 
 O colágeno e a elastina, no interior do tecido constituem fibras (formam uma trama 
que não se anasomosam): as fibras de elastina instalam-se formando uma rede de malhas 
largas ao londo de todo tecido; as fibras de colágeno agrupam em feixes conjuntivos. A 
fibras de colágeno são cimentadas entre si por uma substância mucóide de ligação que tem 
a propriedade de fixar substâncias retiradas do meio interno. Essas substâncias fazem a 
especialidade dos diferentes tecidos conjuntivos. 
 
 Sabemos que a secreção do colágeno ocorre pela tensão do tecido e, de acordo 
com a forma da tensão, essa secreção ocorre diferentemente: se o tecido suporta tensões 
curtas mas recorrentes, as moléculas colaginosas instalam-se em paralelo e as fibras de 
colágeno e os feixes conjuntivos multiplicam-se ( há uma densificação do tecido, torna-se 
mais compacto, resistente, mas perde progressivamente sua elasticidade), mas, se a tensão 
suportada pelo tecido é contínua e prolongada, as moléculas de colágeno e os feixes 
conjuntivos alongam-se (fenômeno do crescimento). 
 Não se conhece ainda o que leva à secreção da elastina. 
 - A “substância fundamental” ocupa todo espaço deixado livre entre as células 
conjuntivas e é constituída de feixes conjuntivos colaginosos, pela rede de elastina e pelo 
líquido lacunar. 
 O líquido lacunar ocupa todos os espaços deixados livres entre as células 
conjuntivas, os feixes colaginosos e a rede de elastina. O volume desses espaços é função 
da maior ou menor densificação do tecido. O líquido lacunar é a “linfa intersticial” pois de 
seu meio os capilares linfáticos retiram os elementos que se transformam em linfa. Trata-se 
do plasma sangüíneo. A linfa intersticial é sede de uma imensa atividade metabólica, ela 
encerra um grande número de células nutritivas e um número ainda maior de células 
macrófagas, o que lhe dá o papel principal de nutrição celular e eliminação. Ou seja, o 
tecido conjuntivo, em si só, é a sede de grande atividade celular (leucócitos e macrófagos). 
 O tecido fascial varia em espessura e densidade, de acordo com as solicitações 
mecânicas, e a quantidade de linfa circulante reduz-se com a densificação do tecido. 
 - Líquidos do meio interior (circulação): 
 Os líquidos internos circulantes são divididos em sangue, linfa, líquido 
cefalorraquiano, plasma, etc. Por base, esses líquidos são os mesmos, de acordo com a 
permeabilidade das membranas e das circunstâncias funcionais, ele circula por todo o corpo 
levando nutriente e trazendo elementos nocivos, que se regeneram para iniciar o ciclo. 
 O sangue arterial passa por capilares cada vez mais finos até chegar aos últimos 
capilares (chamados capilares “fenestrados”). Aqui, o plasma transborda para nutrir os 
tecidos e passa a ocupar os espaços lacunares (os do tecido conjuntivo) onde começa a 
eliminação. Da linfa intersticial, os capilares linfáticos extraem os primeiros elementos da 
linfa que está nos gânglios, e assim, a linfa definitiva volta ao circuito venoso, participando,com isso, do ciclo. 
 O líquido cefalorraquidiano é ao mesmo tempo plasma e linfa no sistema nervoso. 
Ele é originário do sangue e a ele retorna. 
 Tendo a visão da globalidade, da continuidade da fáscia, entendemos como e 
quanto uma pequena anormalidade do esqueleto ou a menor perturbação articular pode 
influenciar e repercurtir sobre a circulação dos líquidos corporais. O movimento rítmico da 
fáscia é o agente mecânico da circulação dos líquidos. 
A) Fáscia Superficial – é o tecido frouxo que se interpõe entre a lâmina superficial da 
camada muscular e a pele, sua função metabólica é considerável, assegurando a nutrição da 
camada epitelial da pele. Esta fáscia é embebida de linfa intersticial e ocupa um papel 
considerável na circulação dos fluídos. 
B) Fáscia Muscular – é o esqueleto fibroso. Dá ao corpo sua morfologia. De espessura 
variável, desdobra-se várias vezes para envolver os músculos superficiais (lâmina 
superficial), os músculos profundos (lâmina profunda) e emite tabiques intermusculares que 
separam os músculos em grupos funcionais. Podemos dizer que a fáscia muscular encontra-
se estendida sobre o esqueleto, de modo que algumas inserções são fixas: coluna, esterno, 
fíbula. Outras ainda estão sobre ossos sesamóides: escápula, patela, sacro. Assim, podemos 
ver que qualquer movimento, qualquer deslocamento de uma peça, repercute no conjunto. 
C) Fáscia Visceral ou Subserosa – situa-se entre a camada de revestimento interno da 
fáscia profunda e as membranas serosas que revestem as cavidades do corpo. É muito 
delgada em algumas áreas (por exemplo, entre a pleura e a parede torácica) e espessa em 
outras, muitas vezes um coxim gorduroso como o que envolve o rim. Uma fenda, mais ou 
menos evidente separa a fáscia subserosa da fáscia profunda, o que permite um grau 
considerável de movimento, de deslizamento entre as duas fáscias. 
 
 Bursas (bolsas): As bolsas, que são similares estruturas e funcionalmente as bainhas 
tendineas, são sacos planos de membrana sinovial, que os lados internos dos sacos são 
separados por uma pelicula de fluido. 
As bolsa se localizam onde estruturas moveis se encontram em intima aproximação, ou 
seja, entre o tendão e o osso, osso e pele, músculo e osso, ou ligamento e osso. As bolsas 
(bursas) localizadas entrem a pele e o osso, como a encontrada entre a patela e a pele; e o 
processo olecraniano da ulna e a pele, são denominados bolsas subcutâneas. As bolsas 
subtendineas situam se entre um tendão e o osso. Bolsas submusculares sitiam se entre o 
músculo e o osso. 
 
 Cápsulas Articulares: A cápsula articular de compõem de duas camadas, uma camada 
externa denominada estrato fibroso e uma camada interna denominada estrato sinovial. A 
camada externa, que se compõem de tecido fibroso denso, circunda completamente as 
extremidades dos componentes ósseos. A camada externa esta aderida ao periósteo dos ossos 
componentes por fibras de Sharpey, sendo reforçada por estruturas ligamentares e 
musculotendineas que cruzam a articulação. A camada externa e deficientemente vascularizada, 
mas abundantemente inervada por receptores articulares. Os receptores que estão localizados 
no interior da cápsula articular e em torno desta estrutura são capazes de detectar a velocidade 
e direção dos movimentos, compressão e tensão, vibração e dor. 
 
 Fluido Sinovial: O componente hialuronato do fluido sinovial e responsável pela 
viscosidade do fluido, sendo essencial para a lubrificação da sinovial. O hialuranato reduz o 
atrito entre as pregas sinoviais da cápsula e as superfícies articulares. 
 O fluido sinovial exibe propriedades comuns a todas as substâncias viscosas, por ter a 
capacidade de resistir a cargas de cisalhamento. A viscosidade do fluido varia inversamente 
com a intensidade do atrito ou a velocidade do movimento articular. 
 
 
Tipos de Movimento 
 
 Osteocinemática: Refere se ao movimento dos ossos, e não ao movimento das superfícies 
articulares. As amplitudes de movimento normal de uma articulação e por vezes denominada 
anatômica ou fisiológica, porque a faixa normal se refere à quantidade de movimento 
disponível a uma articulação dentro dos limites anatômicos da estrutura articular. A extensão 
do arco de movimento anatômico e determinado por diversos fatores, a saber: a forma das 
superfícies articulares, a cápsula articular, ligamentos, volume muscular e estruturas 
musculotendineas e ósseas circunjacentes. Em algumas articulações apresentam restrições 
ósseas definidas ao movimento, alem das limitações do tecido mole. 
 
 Artrocinemática: O movimento numa articulação ocorre resultado do movimento de uma 
superfície articular em relação à outra superfície. O termo artrocinemática e empregado como 
referencia aos movimentos das superfícies articulares. Comumente uma das superfícies 
articulares esta mais estável que a outra servindo com base para o movimento, enquanto a outra 
superfície se desloca nesta base relativamente fixa. Os termos rolagem, deslizamento e rotação 
são empregados na descrição do tipo fr movimento realizado pela parte considerada. Uma 
rolagem refere se ao rolamento de uma superfície articular sobre outra, como ocorre, por 
exemplo, com um pneu em movimento numa estrada. Deslizamento, que e um movimento 
puramente de translação, refere se ao deslizamento de um componente sobre outro, como 
ocorre quando um pneu freado derrapa. O termo rotação refere se a rotação do componente 
móvel, como ocorre, por exemplo, em um pião girando. A rotação e um movimento puramente 
rotatório. A Tração também é considerada um movimento artrocinemático sendo este 
considerado o afastamento das estruturas articulares, auxiliando assim na produção de liquido 
sinovial. Podem ocorrer combinações de rolamento, deslizamento, tração e rotação entre os 
segmentos. 
 
Efeitos da amplitude de movimento 
 
 Hipomobilidade: Denota uma diminuição na AM numa articulação de extremidades ou 
num segmento espinhal. A restrição do movimento articular ativo ou passivo pode ser causada 
por problemas estruturais ou funcionais em estruturas articulares ou nos tecidos moles 
periarticulares. O objetivo do tratamento da hipomobilidade e mover técnicas de tecidos moles 
ou articulares, incluindo massagem, alongamento e mobilização. Os objetivos desse tratamento 
são redução da dor e melhora da AM. 
 
 Hipermobilidade: Designa um aumento da AM numa articulação de extremidade ou num 
segmento espinhal. Nem a hipermobilidade generalizada nem a hipermobilidade localizada se 
acompanham necessariamente de dor, mas devem ser consideradas patológicas na presença de 
dor. A dor pode ser causada por um desequilíbrio postural ou por anormalidades do 
desempenho motor e pode ser aliviada por movimentos compensatórios ativos e constituído de 
exercícios que diminuem a mobilidade articular e melhoram a força, resistência e coordenação 
fisiologicamente corretas. 
 
 
 2º) Estabilidade articular 
 
 
A estabilidade articular gera três tipos de contração. Que são elas; Isométrica, isotônica 
e Isocinetica. Todos os três tipos podem ocorrer em um determinado músculo, e cada tipo 
desempenham um papel importante em uma função. Novamente, a contração do músculo estará 
relacionada com a mobilidade ou estabilidade de uma articulação. 
E possível que o músculo desenvolva tensão contra uma determinada resistência sem na 
verdade encurtar se ou alongar se de modo a produzir a execução. Isto e determinada contração 
isométrica. Esta ocorre quando a tensão do músculo e insuficiente para vencer a força resistiva 
e, conseqüentemente, não muda o ângulo dedeterminada articulação. O termo isométrico termo 
origem na palavra grega isos, que significa igual, e no termo metron, que significa medida. Os 
exercícios isométricos são utilizados como uma forma de recuperação, quando se deseja 
fortalecer os músculos em torno de uma articulação sem produzir qualquer movimento ou 
deformação articular. 
As contrações isotônicas ocorrem quando um músculo e capaz de vencer uma força 
resistiva e, por sua vez, produzir um movimento em um determinado ângulo articular. O termo 
tônus também tem origem grega e refere tensão. Tecnicamente, poderíamos deduzir que isto 
significa que o músculo permanece com uma tensão igual durante toda a sua contração. 
Todavia, isto pode ser um tanto confuso. Com as formas isotônicas de exercícios, a resistência 
(ou peso) permanece a mesma durante todo o exercício. Por conseguinte, o músculo na 
realidade modifica sua tensão em um esforço para mover o peso por vários graus da 
amplitude de movimento articular. 
Na verdade, as contrações isotônicas são classificadas em termos de encurtamento ou 
alongamento de um músculo. As contrações nas quais o resultado e o encurtamento muscular 
são denominados concêntricos. Uma contração muscular concêntrica pode ser observada 
quando uma pessoa leva um halter na direção do tórax, contraindo o músculo bíceps braquial. 
Ao levar o peso de volta a sua posição articular original, o músculo sofrera um processo de 
alongamento. Durante este período, ele ainda estará contraindo e ajudando a mover a 
resistência em toda a amplitude articular. Quando o músculo alonga desta maneira, diz se que 
ele esta contraindo de uma maneira excêntrica. 
O terceiro tipo de contração muscular e a isocinetica. O termo kinetos, também 
proveniente do grego, significa movimento. Portanto, uma contração isocinetica e aquela na 
qual o músculo utiliza a mesma velocidade ou taxa de movimento em todos os ângulos da 
articulação. A principal característica de uma contração isocinetica e que a resistência do peso 
ou objeto e capaz de se acomodar a posição em que o músculo esta em determinado ângulo 
articular. 
 Isto permite que a estabilidade exerça uma contração máxima utilizando os princípios 
da relação comprimento tensão em toda a amplitude de movimento. Portanto, durante uma 
contração isocinetica, o peso e capaz de ajustar a tensão e o ângulo da articulação de modo 
que a resistência pareça à mesma, independente do ângulo articular durante a contração. Isto e 
obvio por meio de equipamentos e dispositivos especialmente desenhados. 
 
 
 
 
 
 
Tipos de Contração: 
 
 
 Contração isométrica: 
 Força = Resistência 
 Velocidade = Zero, não há movimento. 
 Menor estresse articular 
 
Contração Isotônica: Concêntrica e excêntrica 
 Força constante, velocidade variada. 
 Nenhuma ação muscular dinâmica utiliza uma força constante por causa das alterações na 
vantagem mecânica e no comprimento do músculo. 
 
 
Cadeias cinemáticas 
 
Algumas das articulações estão ligadas formando um conjunto de articulações de tal 
modo que o movimento de uma das articulações na serie acompanhado pelo movimento de uma 
articulação adjacente, por exemplo, quando uma pessoa na posição de pe, ereta, dobra ambos os 
joelhos, deveram ocorrer movimentos simultâneos dos tornozelos e quadris. Porem, quando a 
perna e erguida do chão o joelho esta livre para dobrar se sem causar movimento nem no 
quadril e nem no tornozelo. O tipo do movimento que ocorre nos membro inferior, quando a 
pessoa esta de pe, pode ser explicada pelo uso do conceito de cadeia cinemática. As cadeias 
cinemáticas, no sentido da engenharia, se compõem de uma serie de ligações rígidas que são 
interconectadas por uma serie de juntas centradas por pino. Na engenharia o sistema de juntas e 
ligações é construído de tal modo que o movimento de uma ligação em uma junta produzira 
movimento de todas as outras juntas, de um modo previsível. As cinéticas da engenharia 
formam um sistema fechado, ou cadeia cimenática fechada. No sistema humano de 
articulações e ligações, as articulações dos membros inferiores e a pélvis funcionam como uma 
cinemática fechada quando uma pessoa se encontra em na posição de sustentação de peso ereta, 
porque as extremidades dos membros estão fixadas no chão e as extremidades superiores dos 
membros estão virtualmente fixadas a pélvis. Porém as extremidades dos membros humanos 
freqüentemente não estão fixadas, mas estão livres para movimentarem-se sem causar 
necessariamente em outra articulação. Quando as extremidades dos membros ou partes do 
corpo estão livres para se mover sem provocar movimento em outra articulação o sistema é tido 
como sendo uma cadeia cinemática aberta. Numa cadeia cinemática aberta o movimento não 
ocorre de forma previsível, porque as articulações podem funcionar tanto independentemente 
como em conjunto. 
 
 
• Trabalho em Cadeia Cinética Aberta 
 
 
 Quando a articulação distal se move. 
 
 
 
 
 
 
Tipos de contração muscular para treinamento de força contra resistência em cadeia aberta 
TIPOS DE 
CONTRAÇÃO 
AÇÃO POSSIVEL EXEMPLO 
ISOMETRICA Desenvolve tensão; nenhum 
movimento. 
Empurrar um objeto fixo (por 
exemplo, outra pessoa, outra 
parte do corpo, uma parede). 
ISOTONICO Concêntrica, excêntrica. Usar resistência (por exemplo, 
pesos livres, halteres, faixas 
elásticas, caneleiras, polias). 
ISOCINETICO Concêntrica, excêntrica Usar um dinamômetro (por 
exemplo, Biodex, Cybex). 
 
 
• Trabalho em Cadeia Cinética fechada 
 
 
 
 Quando a articulação proximal se move. 
 
 
 
 
 
 
3º) Mobilidade controlada 
 
 
 Capacidade de mover-se no espaço desejado coordenando força, velocidade, aonde esta 
vem a depender, Consciência corporal, força, mobilidade - Propriocepção. 
 
 
 Propriocepção: 
 
 “Do latim próprio, de si mesmo, mais ceptive, receber” - Capacidade para discriminar a 
posição articular, movimento articular incluindo direção amplitude e velocidade, e também a 
tensão relativa dentro dos tendões, tudo isso através dos receptores nos fusos musculares, 
tendões e articulações. 
 Dentro de um programa abrangente de reabilitação não deve desprezar o componente de 
controle neuromuscular necessário para estabilidade articular. O reparo dos elementos estáticos 
e dinâmicos de contenção e o fortalecimento dos músculos apropriados não preparam uma 
articulação para as modificações bruscas na posição a que é exposta na vida diária e no esporte. 
 Ao descrever a sensibilidade articular os termos propriocepção e cinestesia são com 
freqüência usados erroneamente como sinônimos. A propriocepção descreve a consciência da 
postura do movimento e das mudanças no equilíbrio, assim como o conhecimento da posição 
do peso e da resistência dos objetos em relação ao corpo. Entretanto, cinestesia refere-se à 
capacidade de perceber a extensão, a direção ou o peso do movimento. Estas duas definições 
são combinadas em uma definição operacional abrangente: “propriocepção é considerada uma 
variação especializada da modalidade sensorial do tato e engloba as sensações de movimento 
articular (cinestesia) e de posição articular (sentido da posição articular)”. 
 
 
Fisiologia da propriocepção, condução da informação (por Al. Guilherme Medeiros). 
 
• Excitação dos nervos e das fibras musculares esqueléticas 
 
Tanto o tecido nervoso quanto muscular é excitável; quer dizer, as suas membranas 
podem ser despolarizadas. Além disso, a despolarização pode ser propagada ao longo da 
membranado nervo ou músculo. Um neurônio que inerva músculo esquelético, e o próprio 
músculo esquelético são não apenas excitáveis, mas também possuem características de 
membrana que asseguram que a excitação que ocorre gere um potencial de ação. 
Os potenciais de ação são propagados sem nenhuma alteração em amplitude 
(intensidade), independente da distância que o potencial tenha que viajar para atingir seu alvo. 
O estímulo que produz contração muscular pode ser elétrico mecânico, químico ou 
térmico. O estímulo usualmente é de origem químico, origina-se no sistema nervoso e é 
conduzido a cada fibra muscular por uma fibra nervosa. O estímulo para excitação é uma onda 
de atividade eletroquímica que se move rapidamente ao longo das fibras nervosas e musculares 
e se associa com alterações locais no potencial elétrico de cada uma das fibras. Axônios de 
neurônios motores superiores localizados no córtex cerebral do encéfalo descem à medula 
espinhal e formam feixes axonais conhecidos como as vias ou tratos corticoespinhais (o termo 
“trato” é usado para descreve um grupo de axônios com origem, função e terminação comum). 
Os tratos corticoespinhais estão localizados nas porções lateral ou ventral (anterior) da 
medula espinhal e são designados trato corticoespinhal lateral ou ventral, respectivamente. Os 
axônios dos tratos corticoespinhais fazem contato sináptico (usualmente por intermédio de 
interneurônios) com neurônios motores inferiores situados na substância cinzenta no como 
ventral da medula espinhal. Cada neurônio motor inferior inerva e controla a atividades de um 
conjunto de fibras musculares dentro de um músculo. O nome de um trato muitas vezes indica 
a origem e destino geral dos axônios dentro do trato. Por exemplo, os axônios no trato 
corticoespinhal descem do córtex cerebral e termina no interior da medula espinhal. Do mesmo 
modo, os tratos espinocerebelares transmitem impulsos sensitivos a partir do seu ponto de 
entrada na medula espinhal ao cerebelo. 
 
• Neurotransmissão 
 
Os neurônios enviam “sinais de controle” aos outros neurônios (ou aos músculos) 
liberando pequenas quantidades de substâncias químicas chamadas neurotransmissores. Cada 
vez que um impulso nervoso chega à sinapse, isto é, a junção entre nervos ou a junção entre um 
neurônio motor e uma fibra muscular, neurotransmissores é liberada na sinapse. 
Fisiologicamente, a sinapse química entre dois neurônios pode ser excitadora ou inibidora. As 
sinapses excitadoras causam dspolarização da membrana pós-sináptica, assim tendendo a fazer 
com que um neurônio com o qual elas fazem sinapse dispare um ou mais impulsos nervosos. 
Em contraste, as sinapses inibidoras resultam em uma hiperpolarização (potencial mais 
negativo) da membrana pós-sináptica, que tende a manter inativo o neurônio pós-sináptico. Os 
potenciais de ação dos impulsos inibidores são os mesmos que os dos impulsos facilitadores, 
exceto o transmissor químico liberado na terminação pré-sináptica de um neurônio inibidor 
produz hiperpolarização da membrana pós-sináptica em vez de despolarização. 
 
• Transmissão de impulsos dos nervos às fibras musculares esqueléticas: junção 
mioneural 
 
O sistema nervoso regula a atividade das fibras musculares enviando sinais de controle 
sob a forma de potenciais de ação. A conversão de um impulso nervoso em um impulso 
muscular, no entanto, ocorre através de um processo complicado. A fibra nervosa ramifica-se 
na sua extremidade para formar uma placa motora, a qual adere acertadamente à fibra muscular, 
mas não reside dentro da membrana da fibra muscular. A junção formada é um tipo de sinapse 
designada junção mioneural. A placa motora do neurônio motor contém mitocôndrias que 
sintetizam (fabricam) um neurotransmissor, a acetilcolina. As moléculas de acetilcolina são 
armazenadas em pequenas vesículas localizadas na terminação pré-sináptica dos neurônios 
motores. A chegada de um impulso nervoso à junção mioneural causa liberação de acetilcolina 
de algumas das vesículas. Quando liberada do armazenamento nas vesículas, a acetilcolina 
difunde-se rapidamente através da curta distância entre a placa motora e a membrana da fibra 
muscular. A acetilcolina a seguir interage com locais receptores na membrana da fibra 
muscular. A interação aumenta a permeabilidade da membrana celular muscular a íons no 
líquido que banha a junção. O movimento de íons para dentro da célula muscular despolariza a 
membrana da fibra muscular (pós–juncional) e deflagra um potencial de ação muscular que é 
propagado ao longo da fibra muscular por um mecanismo eletroquímico semelhante ao 
responsável pela propagação de um impulso nervoso. 
Depois de causar um aumento na permeabilidade da membrana pós-juncional a íons, a 
acetilcolina é rapidamente inativada por uma enzima, a colinesterase. Ordinariamente, a 
colinesterase está presente no líquido que banha o espaço sináptico e começa imediatamente e 
decompor a acetilcolina. O tempo muito curto que a acetilcolina permanece em contato com a 
membrana da fibra muscular, cerca de 2 ms, é geralmente suficiente para excitar a fibra 
muscular, todavia a inativação rápida da acetilcolina pela colinesterase previne a reexcitação 
depois que a fibra muscular se repolarizou do primeiro potencial de ação. 
 
• Condução dos impulsos musculares ao interior da fibra muscular: retículo 
endoplasmático 
 
A alteração no potencial elétrico na vizinhança imediata dos filamentos de actina e 
miosina desencadeia um processo que leva ao encurtamento de cada sarcômero. Assim, um 
potencial de ação muscular tem que ser transmitido através de toda a fibra muscular, inteira, tão 
eficientemente quanto possível. O interior de uma fibra muscular conte dois sistemas 
entrelaçados de túbulos que desempenham um papel importante na excitação das fibras 
musculares e no acoplamento da excitação à contração. Um sistema, o sistema tubular 
transverso (sistema T), confere velocidade à transmissão de um potencial de ação muscular a 
todas as porções da fibra muscular. O outro sistema, retículo sarcoplasmático, foi implicado no 
armazenamento e liberação de íons cálcio durante o processo contrátil. Os dois sistemas, o 
sistema tubular transverso e o retículo sarcoplasmático, conjuntamente são designados retículo 
endoplasmático. 
 
• Fibras nervosas 
 
Neurônios Periféricos 
 
Um tronco nervoso periférico é composto de muitas fibras nervosas que são ligadas 
entre si por tecido conjuntivo de suporte. Funcionalmente, os nervos periféricos contêm uma 
ou mais das seguintes classes de fibras: 
 
1. As fibras motoras conduzem impulsos nervosos da medula espinhal às 
fibras musculares esqueléticas para o controle da atividade muscular 
voluntária. Os seus corpos celulares estão localizados na substância cinzenta 
da medula espinhal e tronco cerebral. As fibras motoras são muitas vezes 
designadas fibras nervosas eferentes. 
2. As fibras sensitivas transportam impulsos originados a partir de vários 
receptores na pele, músculos e órgãos dos sentidos especiais para o SNC, 
onde os impulsos são interpretados. Os nervos sensitivos são muitas vezes 
designados fibras nervosas aferentes, e os seus corpos celulares residem em 
gânglios especiais. 
3. As fibras autonômicas ocupam-se com o controle involuntário das 
atividades glandulares e dos músculos lisos, incluindo músculos lisos que 
rodeiam arteríola e vênulas dentro dos músculos. 
 
Neurônios Centrais 
 
As fibras nervosas estão presentes não apenas no sistema periférico, mas também no 
SNC, isto é, na medula espinhal e cérebro. Os neurônios que transmitem impulsos motores do 
cérebro aos neurônios motores na medula espinhal são designadosneurônios motores 
superiores. Os neurônios motores inferiores, em contraste, conduzem impulsos motores a partir 
da medula espinhal para ativar fibras musculares. Alguns neurônios, chamados interneurônios, 
residem inteiramente dentro da medula espinhal transmitem impulsos de um neurônio aos 
dendritos ou ao corpo celular de outro neurônio próximo. Outros neurônios estendem-se a 
partir de um receptor na pele, músculos, tendões ou articulações à medula espinhal. Depois de 
entrar na medula espinhal, o axônio sensitivo pode emitir um ramo que faz sinapse com 
interneurônios na medula espinhal, mas a fibra principal usualmente ascendente através da 
medula espinhal para fazer sinapse em outros neurônios no SNC. Um neurônio com um axônio 
ininterrupto como este é chamado neurônio de primeira ordem. Os neurônios sensitivos que 
recebem entrada (input) sináptica de um neurônio sensitivo periférico (a partir de um neurônio 
de primeira ordem) e conduzem potenciais de ação a partir da medula espinhal ou tronco 
cerebral a centros sensitivos no SNC podem ser designados neurônios de segunda ordem. 
Muitos neurônios de segunda ordem a seguir transmitem o impulso a neurônios de terceira 
ordem localizados em centros mais altos do SNC. 
 
• Componentes segmentares e supra-segmentares do controle motor 
 
Para realizar atividades motoras especializadas é necessário um conjunto altamente 
integrado de comandos motores para ativar (ou inibir) músculos apropriados na seqüência 
correta. Neste texto, o termo segmentar refere-se à atividade neural em circuitos que residem 
em segmentos neurais particulares da medula espinhal. O termo supra-segmentar refere-se à 
influência de impulsos a partir do cérebro e tronco cerebral sobre a excitabilidade de neurônios 
dentro da medula espinhal. Discussão adicional a respeito de controle motor exige que certa 
terminologia seja explicada. Controle motor refere-se à regulação da postura e do movimento. 
Conforme descrito anteriormente, o termo “trato” é usado para descrever um feixe de fibras 
nervosas (axônios) que conecta diferentes regiões do SNC. Como muitas fibras nervosas são 
cobertas por uma bainha de mielina, os tratos aparecem em branco em cortes histológicos não 
corados; por isso o termo substância branca é usado para descrever as áreas no SNC que 
contêm predominantemente tratos de fibras. Dentro de várias regiões do SNC, agregações de 
neurônios anatômica e funcionalmente relacionados (corpos celulares) são distinguidas umas 
das outras, e estas agregações são designadas núcleos ou gânglios. As regiões do SNC nas quais 
os corpos das células nervosas estão concentrados aparecem em cor cinzenta (e não são 
cobertos por mielina), e por isso são designadas substâncias cinzentas. 
O tronco cerebral, localizado entre cérebro e a medula espinhal, consiste no 
mesencéfalo, ponte e bulbo. O tronco cerebral contém numerosos tratos ascendentes e 
descendentes bem como núcleos, e funciona como um sistema integrador pré-espinhal de 
grande complexidade. Dentro do cérebro, os gânglios da base são compreendidos por diversos 
núcleos, incluindo o caudado, putâmen, globo pálido e amídala. Outras áreas funcionalmente 
correlatas são incluídas nos gânglios da base por alguns autores. Segue-se uma visão geral de 
vários mecanismos importantes pelos quais a excitabilidade dos neurônios motores pode ser 
alterada. 
 
• Centros motores 
 
Movimento não pode ser realizado eficazmente a não ser que uma postura apropriada 
para a ação seja assumida pelo adequado arranjo dos membros e do corpo como um todo. 
Assim, o controle da postura é uma função importante do SNC. O movimento é o produto final 
de vários sistemas de controle que interagem juntos extensamente. As estruturas principalmente 
responsáveis pelo controle da postura e movimento são os centros motores, que estão 
localizados em diferentes partes do cérebro. Ao considerar as funções motoras do sistema 
nervoso, mantenha-se em mente que os centros motores somente podem funcionar 
apropriadamente se uma corrente ininterrupta de informação aferente (sensitiva) a respeito do 
estado do ambiente for recebida de todas as partes do corpo. Para enfatizar o papel dos órgãos 
dos sentidos no controle da postura e movimento, o termo sistema sensitivomotor é usado para 
denotar os processos combinados aferentes e eferentes necessários para produzir movimento 
coordenado. A questão de como os movimentos voluntários são iniciados ainda está sem 
resposta, mas os neurocientistas estabeleceram teorias a respeito da estrutura e função dos 
principais “circuitos” que executam as “ordens para efetuar atividades funcionais”. 
As fibras que descem do córtex motor formam coletivamente o trato corticoespinhal. 
Conforme significa o nome, a maioria dos axônios originam-se de corpos celulares na área 
motora do córtex cerebral para a medula espinhal, onde é feito contato sináptico com neurônios 
motores na substância cinzenta no corno anterior da medula espinhal. O trato corticoespinhal 
também denominado trato piramidal porque muitos dos corpos celulares localizados no córtex 
motor são de forma triangular e possuem a aparência de pequenas pirâmides quando um corte 
de córtex é corado e visto com um microscópio óptico. A maioria dos axônios corticoespinhais 
cruza para o lado oposto no tronco cerebral e descem no trato corticoespinhal lateral da medula 
da medula espinhal. As fibras que cruzam desde o córtex motor direito e esquerdo também 
formam uma pirâmide no tronco cerebral. Ao nível segmentar espinhal, os axônios do trato 
corticoespinhal terminam predominantemente em interneurônios, os quais por sua vez 
terminam em neurônios motores α. A organização do trato corticoespinhal sugere que ele é 
projetado para controle preciso dos grupos musculares individuais. 
Outros neurônios corticais originados nas mesmas áreas do córtex motor possuem 
axônios mais curtos que fazem sinapse com neurônios motores de segunda ordem que ficam 
nos gânglios basais ou no tronco cerebral, por exemplo, na formação reticular ou nos núcleos 
vestibulares. Os axônios dos neurônios de segunda ordem não entram nas pirâmides. Por esta 
razão, os axônios que descem para dentro do tronco cerebral que fazem sinapse ali e a seguir 
continuam para a medula espinhal freqüentemente é designado coletivamente sistema 
extrapiramidal. A distinção dos sistemas piramidal e extrapiramidal são anatômicas, e as 
descrições não são totalmente exatas porque os sistemas piramidais e extrapiramidal são 
interconectados (não sistemas separados). Além disso, outras áreas do SNC fora dos sistemas 
piramidal e extrapiramidal estão envolvidas no movimento. Ademais, os núcleos no sistema 
extrapiramidal estão envolvidos em outras funções além do movimento. Por questão de 
conveniência o termo “extrapiramidal” é usado freqüentemente. 
Os gânglios basais participam na conversão de planos de movimento (que se originam 
no córtex motor suplementar) em programas de movimento. Os núcleos dos gânglios basais são 
particularmente importantes no que diz respeito à iniciação e execução de movimentos lentos. 
Os gânglios basais são adjacentes ao tálamo, um importante centro de transmissão sensitiva no 
cérebro. 
O cerebelo é interconectado com todos os níveis do SNC e funciona como um 
“coordenador” global das atividades motoras. O cerebelo é responsável principalmente pela 
programação de movimentos rápidos, correção da trajetória dos movimentos rápidos, e 
correlação da postura e movimento. Assim, o cerebelo e os gânglios da base servem a funções 
diferentes, porém relacionadas na programação de padrões de movimentos corticalmente 
iniciados. 
 
• Propriocepção 
 
A propriocepção é um termomais abrangente do que cinestesia e refere-se ao uso do 
input sensitivo a partir de receptor nos fusos musculares, tendões e articulações para 
discriminar a posição articular e o movimento articular, incluindo direção, amplitude e 
velocidade, bem como a tensão relativa dentro dos tendões. Alguns neurofisiologistas incluem 
os receptores vestibulares em cada ouvido interno como parte do sistema proprioceptivo, 
porque o output do aparelho vestibular fornece conhecimento consciente da orientação e 
movimentos da cabeça. Os impulsos proprioceptivos são transmitidos predominantemente 
através das fibras aferentes grupo I e são integrados em vários centros sensitivo-motores para 
regular automaticamente e ajustamentos nas contrações dos músculos posturais, desse modo 
mantendo o equilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4º) Reeducação funcional 
 
 
 reeducação 
 
 
s. f., 
acto ou efeito de reeducar do ponto de vista físico, psíquico e moral; ·. 
prática terapêutica que consiste em ensinar o doente a executar movimentos dificultados 
ou impedidos por lesão. 
 
 
funcional 
 
 
 
do Lat. functione, função. 
adj. 2 gén. 
relativo a uma função ou um conjunto de funções (de um organismo, de um 
maquinismo, de uma instituição, etc. ); 
 
prático; 
que se usa facilmente; 
 
Cômodo; 
pronto para entrar em funcionamento; ·. 
Méd., 
diz-se de qualquer patologia que é independente de uma lesão orgânica, pelo menos 
conhecida. 
 
 
A reeducação propõe-se a reeducar o "homem inteiro" para que ocorra a descoberta ou 
o restabelecimento dos movimentos que eram utilizados antes da patologia ou lesão. 
Utiliza-se de diferentes métodos para a reeducação, todos com finalidade de melhorar 
as AVDs (atividades da vida diária) e com isso proporcionar a independência funcional, tônus 
muscular, controle motor e a deambulação do paciente. Tornando este, não só mais consciente 
de sua imagem corporal como de seu restabelecimento da saúde como um todo, já que esta 
prega o bem estar social, psicológico, físico... e não somente a ausência de doenças.

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