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PIM VII Saúde e S do Trabalho (Auto Center JM Pneus)

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2. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: BENEFÍCIOS E ASSISTÊNCIA SOCIAL
2.1 Conceitos
Segurança do Trabalho pode ser definida como a ciência que, através de metodologias e técnicas apropriadas, estuda as possíveis causas de acidentes do trabalho e tem por objetivo a prevenção de sua ocorrência, além de buscar a preservação da integridade física e mental dos trabalhadores e a continuidade do processo produtivo (SILVA, 2006).
A segurança visa evitar o acidente de trabalho, ou seja, aquilo que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. O acidente ocorre sempre que um fato não programado modifica ou põe fim à realização de um trabalho, o que ocasiona sempre perda de tempo, podendo advir outras consequências como danos materiais (aos equipamentos, aos produtos, as instalações e ao meio ambiente) (SILVA, 2006).
Atualmente observa se que as empresas devem estar livres de riscos de danos nos ambientes de trabalho, buscando garantir o bem estar físico, mental, e social dos trabalhadores. Para minimizar ou eliminar os prejuízos causados por um possível dano ou acidente de trabalho, muitas organizações desenvolvem e implementam sistemas de gestão voltados para a segurança e saúde ocupacional.
Por conseguinte percebe se que com a implantação de sistemas de gestão específicos (qualidade, meio ambiente, segurança e saúde do trabalho, responsabilidade social, etc.), as organizações objetivam o aumento da qualidade de produtos e serviços, o desenvolvimento sustentável, melhor relacionamento com a sociedade e, consequentemente, o aumento da lucratividade, podendo, assim, transformar as pressões de mercado em vantagens competitivas.
Para Araújo (2006a), perdas, injúrias, danos à propriedade eventualmente causados pelas atividades, produtos e serviços de uma organização, constituem problemas que podem acarretar prejuízos através de várias formas, tais como processos de responsabilidade civil pelo fato do produto ou serviço oferecer riscos aos trabalhadores, alto índices de absenteísmo e afastamento de trabalho devido a acidentes.
Neste sentido, as empresas devem estar livres de riscos inaceitáveis e de danos nos ambientes de trabalho, garantindo o bem estar físico, mental, e social dos trabalhadores e partes interessadas. Para minimizar ou eliminar tais prejuízos, muitas organizações desenvolvem e implementam sistemas de gestão voltados para a segurança e saúde ocupacional.
Segurança do trabalho é entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. (CARDELLA, 2014).
Para Barsano (2011), a Segurança do Trabalho é a ciência que atua na prevenção dos acidentes do trabalho decorrente dos fatores de riscos ocupacionais. Nos locais de trabalho existem inúmeras situações de risco passíveis de provocar acidentes do trabalho. Logo, a análise de fatores de risco em todas as tarefas e nas operações do processo é fundamental para a prevenção.
2.2 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) na empresa Nestlé
A CIPA é um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança. A CIPA é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria 3.214 de 08.06.78 baixada pelo Ministério do Trabalho.
A quinta Norma Regulamentadora do trabalho urbano, cujo título é Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas a organizar e manter em funcionamento, dependendo da sua classificação econômica, uma comissão constituída, exclusivamente, por empregados, eleitos e indicados pelos empregados, com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresentação de sugestões e recomendações visando melhorar as condições do meio ambiente de trabalho.
Segundo Campos (1999) a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a torna compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.
Segundo Araújo:
A CIPA é obrigatória para as empresas que possuam empregados com vínculo empregatício regido pela CLT. A obrigatoriedade das questões relativas à CIPA para outras categorias de trabalho não celetista, como por exemplo, os servidores públicos, não é possível em face de falta de regulamentação constitucional
Neste contexto, observa se que a empresa Nestlé S.A utiliza em sua Gestão de Saúde é Segurança do Trabalho (SST) da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,(CIPA) pois a empresa reconhece que ela é um dos importantes mecanismos de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho dentro da empresa, a utilização da CIPA na empresa Nestlé, tem como atribuição em tornar compatível o trabalho com a preservação da integridade física e a saúde dos seus trabalhadores. Pois dessa forma a empresa Nestlé visa sempre estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho.
A CIPA da empresa Nestlé é composta por membros indicados pelo empregador, entre eles o Presidente e membros eleitos pelos empregados da empresa, dentre eles o Vice-Presidente, mediante eleição previamente anunciada e acompanhado pela Comissão Eleitoral que apura todos os votos com a participação de empregados interessados, em seguida dá posse aos eleitos. Os empregados eleitos, efetivos e suplentes, tem estabilidade de dois (2) anos, ou seja, o primeiro ano durante o mandato e mais um ano após o seu mandato. Observa se que para um melhor desempenho da CIPA na empresa Nestlé, o funcionamento da mesma deverá ter durante o mandato doze (12) reuniões mensais ordinárias e reuniões extraordinárias sempre que alguma situação excepcional o exigir (tais como por exemplo, um acidente com lesões graves, entre outros), das quais serão lavradas atas circunstanciais, registrando os aspectos discutidos nas reuniões para posteriormente serem adotadas as providencias cabíveis.
2.3 Definição de Ergonomia e a empresa Nestlé
2.3.1 Conceitos de Ergonomia
Antigamente, o homem era comparado como um complemento da complexa produção. Ele adaptava-se a máquina ou a função, sem levar em conta os fatores fisiológicos, características individuais, o meio ambiente e várias condições inadequadas de trabalho.
Por conseguinte, observa se que atualmente, com a evolução do trabalho, a mentalidade empresarial passa a compreender que o trabalho deverá ser não somente um meio de sobrevivência, mas também uma motivação, permitindo tanto a satisfação física como a mental. Esta mudança ajudou a enxergar o homem como peça fundamentaldo sistema produção, alterando conceitos e surgindo o cuidado de adequar o trabalho, o equipamento e o meio ao homem. Diante desses fatos percebe se que o assunto migrou para as empresas, nascendo com isso à preocupação com a saúde e a qualidade de vida no trabalho. Em consequência, surge a Ergonomia como uma das ferramentas que se preocupa com o corpo humano e como ele se adapta ao ambiente, ou seja, como as pessoas adequam-se a suas atividades.
A primeira definição de Ergonomia foi feita em 1857 por um Cientista polonês, Wojciech Jastrzebowski, onde estabelecia que a Ergonomia como uma ciência do trabalho requer que entendamos a atividade humana em termos de esforço, pensamento, relacionamento e dedicação. (VIDAL, 2002, p. 29).
A palavra Ergonomia vem do grego, onde ERGUS significa trabalho e NOMOS significa leis. Portanto, segundo Barros (1996, p. 6), “ Ergonomia pode ser definida como o conjunto de leis que regem o trabalho”.
A Ergonomia surge como produto da colaboração de muitas ciências especialidades, visando humanizar o trabalho e, como consequência natural, tornar mais fecundos seus resultados. (VERDUSSEN, 1978, p. 2).
Já para a inglesa Ergonômicos Research Society, Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia, na solução dos problemas surgidos desses relacionamentos. (BARROS, 1996, p. 7).
2.3.2 Ergonomia é sua aplicabilidade na empresa Nestlé
O ambiente industrial de fabricação de produtos lácteos da empresa Nestlé, também denominado laticínio, é um importante segmento do ramo alimentício, o mesmo contribui fortemente no desenvolvimento da economia nacional. Observa se que o trabalho desenvolvido neste ambiente acontece de modo diverso, desde o recebimento das matérias primas até os produtos finais. Os trabalhadores estão expostos a temperaturas elevadas e em alguns momentos adentram em locais com temperaturas muito baixas, várias das atividades são desenvolvidas manualmente, favorecendo assim, a predominância de posturas inadequadas, além da relação dos trabalhadores com a operação de máquinas e equipamentos.
Neste sentido observa se que na indústria de laticínios uma série de riscos podem ser observados, tais como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Diante disso a qualidade do ambiente de trabalho é imprescindível, pois afeta diretamente o trabalhador, elemento esse, fundamental no processo de produção. E com base nisso, obrigatoriamente, deve-se ser estudado não somente o ambiente físico, mas também o ambiente organizacional, no qual o trabalho é ordenado para que se possam produzir os resultados pretendidos.
Observa se que avaliando o processo de produção da empresa Nestlé e seus riscos ergonômicos percebe se que no ambiente de trabalho da empresa, algumas das atividades são realizadas de pé, o que podem ocorrer posturas inadequadas de alguns trabalhadores, exigindo dos mesmos, esforços repetitivos e intensos, essas posturas incorretas, favorece o aparecimento de lesões na coluna, nos membros inferiores e nos membros superiores. Verificou-se a exigência de esforços físicos constantes nos braços e nas costas, na realização das atividades de fabricação, como preparo da massa, mistura de ingredientes, corte, filagem e desprendimento do soro entre outros, requerendo ainda grande inclinação do tronco, sendo que isso também facilita o aparecimento de lesões na coluna e dores musculares dos trabalhadores.
Neste contexto, a empresa Nestle reconhece que no ambiente de trabalho da empresa está propicio a ocorrer acidentes, aonde muitas vezes, podem ocasionar graves consequências tanto ao empregador quanto ao empregado. Diante disso a empresa avalia esse ambiente de trabalho diariamente, e faz um levantamento dos riscos aos quais os trabalhadores estão expostos propondo assim medidas de melhorias no processo produtivo da empresa.
2.4 Uso de EPIs na empresa
Os equipamentos de proteção individual são de uso individual e pessoal, representam um recurso quando da impossibilidade de um controle mais efetivo que levaria à eliminação de riscos a acidentes do trabalho (VIEIRA, 2000, p.260).
O uso de EPI precisa estar adequado às atividades realizadas pelos trabalhadores e aos riscos presentes no ambiente de trabalho e, dependendo, podem apresentar orientações comuns de utilização ou particularidades em função da especificidade do trabalho desenvolvido (MARTINS; et al, 2013).
A utilização dos EPI’s encontra-se nas Leis de Consolidação do Trabalho (CLT) e regulamentado pela NR 6 do MTE, sendo o mesmo, de uso obrigatório, de acordo com a legislação vigente. O empregador deve fornecer estes equipamentos e também fiscalizar o uso por parte de seus funcionários e promover ações que conscientizem os mesmos sobre a importância do uso destes equipamentos.
Para Cisz (2015, p. 25):
O uso dos EPI’s é uma estratégia de ação preventiva fundamental, sendo indispensável para a segurança dos trabalhadores, pois visa proteger e reduzir os riscos existentes no ambiente de trabalho, como também amenizar as sequelas que venham ocorrer no caso de acidentes, podendo ser ferramentas determinantes no que se refere a salvar vidas dos trabalhadores.
Neste contexto, observa se que a empresa Nestlé fornece aos seus funcionários os EPI’s necessários para execução das atividades, como botas antiderrapantes, aventais, toucas e luvas nitrílicas. Fornecem também protetores auriculares do tipo plug com a empresa exige a utilização do mesmo, visto que, existe a probabilidade de o ruído emitido pelos equipamentos, a exemplo da desnatadeira, estar acima do limite de tolerância. A empresa reconhece que o uso de EPI’s é fundamental, pois protege e consequentemente, reduz os riscos de acidentes. Pois a empresa sabe que as ocorrências de acidentes podem acarretar uma série de prejuízos tanto para o empregado quanto ao empregador. a empresa cita suas preocupações com as condições de trabalho dos funcionarios e dos fornecedores pelo que podemos notar a nestle é bem criteriosa com a seleção dos fornecedores e como são as condiçoes oferecidas aos funcionarios na hora da produçao segue abaixo uma citação sobre os epis feito pela empresa:
Apoiamos o banimento de produtos quimicos perigosos e promovemos o uso adequado de equipamentos de proteção por parte do trabalhador para garantir a segurança deles desde o plantio ate produção final do produto. Nos ultimos anos temos trabalhado para distribuir equipamentos individuais de proteção para melhorar a armazenagem dos produtos, treinar trabaalhadores em praticas agricolas seguras e ajudar a garantir a higiene sanitarias nas plantações.(CORPORATIVO NESTLÉ 2016b)
2.4.1 Acidentes de trabalho, planejamento e prevenção
Segundo Vieira (2000, p. 276), vários fatores podem acarretar um acidente do trabalho e gerar uma série de problemas, como, por exemplo: sofrimento físico e mental do trabalhador e perdas materiais intensas.
De acordo com a Previdência Social (2017), “define-se como acidente do trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou temporária, que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho”
Para Vieira (2000, p.277):
Alguns fatores relacionados a acidentes do trabalho devem ser analisados, como ato inseguro, que ocorre quando o trabalhador faz determinado serviço de forma descuidada e/ou errada, atuou de forma contrária às normas de segurança. E condições inseguras, que são deficiências técnicas que colocam em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador, ocorrem quando não são dadas ao trabalhador as condições de ambiente de trabalho corretas à execução das tarefas laborais, como por exemplo, máquinas desprotegidas, iluminação inadequada, fornecimento de ferramentas inadequadas, entre outros fatores.
Neste contexto, observa se que a empresa Nestlé,busca prevenir todos os possíveis acidentes de trabalho dentro do processo produtivo.
A empresa realiza avaliações dos valores da temperatura dos ambientes de produção, com medição do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – IBUTG, para definição das condições de conforto térmico. Realiza também a medição dos níveis de pressão sonora durante o funcionamento dos equipamentos, para definição das condições de conforto acústico. A avaliação destes índices é realizada conforme as recomendações da Norma Regulamentadora 15, que define os limites de exposição conforme a jornada de trabalho. A empresa realiza a conscientização dos funcionários quanto a utilização biomecânica correta do corpo, principalmente no caso das atividades que exigem inclinações severas de tronco e levantamento de cargas. Enfim observa se que mesmo a empresa Nestlé demonstrando e executando um plano de redução de acidentes de trabalho, sugere se aqui que a empresa estabeleça uma política educacional na área da prevenção, pois assim a empresa garantirá pessoas mais capacitadas para o desenvolvimento de seu trabalho, utilizando-se de procedimentos mais seguros.
2.5 A importância da qualidade de vida no trabalho
Atualmente, observa se que a evolução tecnológica tem aprimorado as relações do homem com as características do trabalho em diferentes segmentos produtivos. As alterações trazidas pelo avanço tecnológico determinam novas relações do homem com o trabalho e consequentemente, geram novas necessidades de atenção ao bem-estar do trabalhador. Dessa maneira, se torna presente a necessidade da observação relativa à qualidade de vida no trabalho, devendo esta abranger as dimensões: física, psicológica, social, intelectual e profissional, levando em consideração a multiplicidade de aspectos relativos à situação de trabalho.
A Qualidade de Vida no Trabalho tem sido uma preocupação para as empresas, devido à ligação que existe entre as condições adequadas para a realização de um trabalho e a produtividade, ou seja, se a empresa não oferecer boas condições, de trabalho para os funcionários, certamente desenvolverá um clima de desmotivação entre os funcionários, e como consequência não conseguirá atingir os objetivos por ela estabelecidos (SCHIRRMEISTERI; LIMONGI-FRANÇA, 2012).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a qualidade de vida (QV) é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (PEREIRA et al, 2012).
Para promover a qualidade de vida no trabalho é importante conhecer quais fatores influenciam o indivíduo em seu ambiente de trabalho. 
Segundo Cavassani et al (2006, p. 6):
A qualidade de vida no ambiente de trabalho não se limita apenas prevenir acidentes de trabalho; tem que abranger todas as esferas da organização. Deve ser desenvolvido um estudo criterioso para apurar as causas de insatisfação dos funcionários, tanto a vida familiar como a vida social devem ser consideradas, tendo em vista que as mesmas se refletem no ambiente de trabalho, afetando a qualidade da produção e o desempenho em suas funções (CAVASSANI et al ,2006, p. 6).
Neste contexto, observa se que para a empresa Nestlé, a Qualidade de Vida no Trabalho é utilizada como uma ferramenta estratégica de gestão das pessoas dentro da empresa, pois a Nestlé reconhece partindo do princípio que é nas organizações que os trabalhadores passam a maior parte de suas vidas, naturalmente esse lugar precisa ser sempre saudável para a execução do trabalho, sendo assim um lugar onde se pode passar horas criando, inovando, com satisfação e alegria. Neste sentidom os gestores da empresa buscam proporcionarem um ambiente de trabalho melhor para seus colaboradores, desenvolvendo alguns projetos voltados para os funcionários que abrangem: autoestima, a renda que satisfaz as expectativas pessoais, equilíbrio entre trabalho e lazer, orgulho pelo trabalho realizado, possibilidade de crescimento profissional, entre outros dentro da empresa.
2.5.1 Qualidade de Vida no Trabalho e Direitos Humanos
O mundo organizacional contemporâneo caracteriza-se pela busca constante do aumento da competitividade e da lucratividade e esse desafio pode ser apontado como um dos responsáveis pela preocupação com a qualidade de vida dos funcionários. Por conseguinte, observa se que as abordagens sobre QVT são propostas de humanização que visam proporcionar aos trabalhadores satisfação e envolvimento com as tarefas desenvolvidas. Nesse sentido, muitos estudiosos têm voltado sua atenção para o tema qualidade de vida no trabalho, pois representa a possibilidade de se rediscutir o sentido do trabalho humano por meio da valorização do trabalhador.
Muitos significados foram atribuídos ao conceito de direitos humanos. Para Hannah Arendt (1973, p.28), em Origens do Totalitarismo, os direitos humanos não são um dado, mas uma construção social, uma invenção humana, em constante processo de construção e reconstrução. Refletem um espaço simbólico de luta e ação social. 
Para Bobbio (2004, p. 1):
Direitos do homem, democracia e paz são três momentos necessários do mesmo movimento histórico: sem direitos do homem reconhecidos e protegidos não há democracia; sem democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 assume que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, ou seja, todos têm 6 direitos pelo simples fato de serem da espécie humana. Ainda, a mesma Declaração afirma que tais direitos devem ser protegidos pela lei, um ideal comum a ser atingido por todos os povos e nações. Deste modo, a Organização das Nações Unidas (ONU, 2015) afirma que os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.
Neste contexto, observa se que a empresa Nestlé, apoia plenamente os princípios norteadores do Pacto Global das Nações Unidas no que tange a direitos humanos e trabalhistas, tendo como objetivos, proporcionar um exemplo de boas práticas de direitos humanos e conduta laboral em todas as suas atividades corporativas.
A empresa apoia e respeita a proteção dos direitos humanos internacionais, dentro da sua esfera de influência (Princípio 1 do Pacto Global das Nações Unidas).A Nestlé reconhece que a responsabilidade das empresas em respeitar os direitos humanos, independentemente do fato de que os governos sejam os maiores responsáveis pelo estabelecimento das condições legais para a proteção de direitos humanos dentro dos territórios que lhes competem, pois a empresa sabe que concedendo um ambiente com qualidade de vida ao trabalho bem como respeitando os direitos de seus funcionários e colaboradores a empresa certamente conseguira atingir seus objetivos de gestão empresarial.
1. 
REFERÊNCIAS 
ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1973.
ARAUJO, R. P. Sistemas de Gestão em Segurança e Saúde no Trabalho: Uma Ferramenta Organizacional. Joinville: Monografia Apresentada à Universidade de Santa Catarina para obtenção de título de especialista em Segurança do Trabalho, UDESC 2006. 
BARSANO, Paulo Roberto. Segurança no Trabalho- Guia prático e didático, 2ª Ed. Campo Grande: Editora Saraiva, 2014.
BARROS, Isabel Falcão do Rego. Fatores antropométricos e biomecânicos da segurança do trabalho. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 1996.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 212 p.
CAVASSANI, Amarildo Pereira et al. Qualidade de vida no trabalho: fatores que influenciam as organizações. XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006. Disponível em :< http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/784.pdf>Acesso em 09 de setembro de 2020.
CISZ, Cleiton Rodrigo. Conscientização do uso de Epi’s, quanto à Segurança Pessoale Coletiva. 2015. 44 f. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho)- Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2015.
CARDELLA, Benedito. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes, Ed. Digital,São Paulo: Atlas, 2014.
CAMPOS, Armando. CIPA uma nova abordagem, 2ª Ed., São Paulo, Editora: SENAC, 1999.
LIMONGI-FRANÇA, A. C. Qualidade de Vida no Trabalho – conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial.2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2004
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR 09. Disponível em: http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras . Acesso em: 10 de setembro de 2020.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (Brasil). Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/dudh.pdf . Acesso em: 09 de setembro de 2020.
PEREIRA, Érico Felden; TEIXEIRA, Clarissa Stefani; SANTOS, Anderlei dos. Qualidade de vida: abordagens, conceitos e avaliação. Rev. bras. educ. fís. esporte, São Paulo , v. 26, n. 2, p. 241-250, June 2012
Previdência Social 2017. Disponível em: http://www1.previdencia.gov.br/aeps2006/15_01_03_01.asp . Acesso em: 05 de setembro de 2020.
SILVA, D.C. Um Sistema de Gestão da Segurança do Trabalho Alinhado à Produtividade e à Integridade dos Colaboradores. 2006, 57f. Trabalho de 56 Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2006.
VIDAL, Mario César. Ergonomia na empresa: útil, prática e aplicada, 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Virtual científica, 2002.
VERDUSSEN, Roberto. Ergonomia: a racionalização humanizada do trabalho – Rio de Janeiro: Livros técnicos e científico, 1978.
VIEIRA, Sebastião Ivone. Manual de Saúde e Segurança do Trabalho. Florianópolis: Mestra, 2000.

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