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Manual_de_Abordagem_PMBA 2018

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Prévia do material em texto

A todos os briosos integrantes das 
fileiras desta Centenária Milícia de 
Bravos que tombaram no exercício 
legal e regular do serviço policial 
militar.
Quando se pensa em manutenção ou restabelecimento da ordem 
pública, deve-se atentar para o fato de que, apesar de a segurança 
pública ser responsabilidade de todos, conforme reza o mandamento 
constitucional (art. 144, CF 1988), é dever do Estado provê-la à so-
ciedade. Para cumprimento desse mister, cabe a esse Estado instruir, 
preparar e manter em constante aperfeiçoamento seus agentes. A polí-
cia é o órgão público de maior envergadura no fiel cumprimento dessa 
missão estatal, pois, na busca da prevenção e manutenção da ordem, 
mantém diuturnamente agentes ostensivos em todos os rincões, sendo 
também responsável pela intervenção imediata nos casos de rompi-
mento do “status quo” dessa ordem e segurança cidadã.
A evolução da violência nos dias atuais tem exigido dessa polícia 
treinamento diferenciado, mais arrojado e eficaz, tanto de forma béli-
ca como nas relações sociais e interpessoais. A esse respeito, Veloso 
(2008) diz: 
“Nem a Policia Militar nem a Policia Civil foram 
preparadas para o enfrentamento da violência. Para 
que as policias comecem a atuar efetivamente na 
busca da segurança cidadã, é necessário que, antes 
de tudo, procurem padronizar seus comportamentos 
técnicos operacionais diante das mais diversas situ-
ações que possam surgir na atividade diária”. (p.14)
A abordagem policial é a ação de polícia voltada para a inter-
venção propriamente dita, onde, em nome do Estado, os órgãos de 
segurança buscam limitar direitos individuais em proveito de um bem 
comum e maior, a segurança cidadã. Esta é uma técnica utilizada pela 
polícia para interceptar alguém no seu direito de ir e vir, podendo, a 
PREFÁCIO
partir da interceptação, realizar, inclusive, a busca pessoal, tudo isso com 
objetivo preestabelecido e nos limites da lei. 
Todo ato de abordar deve estar embasado numa motivação legal. 
Não deve ser um ato isolado ou arbitrário do Estado ali representado. Essa 
motivação deve ser explicitada para o abordado assim que for possível, a 
fim de fazê-lo compreender a ação da polícia e o uso do poder do Estado 
para limitar ou impedir direitos individuais em prol de um bem social ou 
coletivo. 
Ocorrências policiais desastrosas têm sido alvos de criticas e têm 
levado muitos profissionais aos tribunais; quando não, a morte. O objetivo 
pelo qual esse trabalho fora realizado é proporcionar aos policiais conheci-
mentos técnicos que lhes possibilitem uma atuação eficaz diante de fatos 
que exijam intervenção destes, imbuídos da responsabilidade do Estado 
de exercer o poder limitativo de atividades e comportamentos individuais 
que venham influenciar negativamente na coletividade. 
O Manual Básico de Abordagem Policial, elaborado a partir de ex-
periências de diversos instrutores de abordagem, praticadas e testadas 
durante anos nas atuações reais diante de ocorrências delituosas ou, ao 
menos, suspeitas, evidencia desde o embasamento legal para a ação de 
abordar, considerando as normas mais recentes de direito, nacional e in-
ternacional, de proteção à pessoa humana, dos pactos internacionais de 
direitos humanos, até as técnicas mais recentes de intervenção policial. 
De igual forma, estabelece técnicas diversas de aproximação, posiciona-
mento e execução da abordagem policial à pessoa, esteja ela a pé, em 
veículo de passeio ou em transporte coletivo, em edificações ou homiziado 
em área de mato. 
Todas as técnicas apresentadas foram experimentadas e testadas 
visando diminuir riscos e aumentar a precisão da ação e o êxito diante de 
uma ocorrência policial. Resultou da reunião de trabalhos escritos pelos 
alunos do I Curso de Instrutores de Abordagem da Polícia Militar da Bahia, 
em 2000, aperfeiçoados pelos instruendos do II Curso, em 2016 e rati-
ficados pelos coordenadores, a partir de suas experiências práticas como 
professores e orientadores nos diversos cursos de formação e aperfeiço-
amento policial no âmbito das policias brasileiras.
O conhecimento legal de uma ação policial e sua prática são de 
importância ímpar para a profissão de polícia, uma vez que, com a téc-
nica se previne acidentes e incidentes e com o conhecimento legal se 
certifica a responsabilização pelas ações desenvolvidas. 
A proposta é ser um guia para as abordagens policiais, pois, além 
do embasamento legal da ação de abordar, também está ilustrado por 
imagens que facilitam o entendimento do policial atuante em nome do 
Estado. 
Antonio Carlos Silva Magalhães - Ten Cel PM
Estimados Policiais Militares,
A edição do Manual Básico de Abordagem Poli-
cial é um momento de muita alegria e satisfação para 
este Comandante-Geral.
Como um dos precursores da matéria, enquan-
to instrutor de Técnica e Tática Policial Militar, sem-
pre idealizei a implementação da padronização de 
técnicas de abordagem na Polícia Militar da Bahia.
Destarte, fico muito feliz por ter concretizado a ideia e por ter contri-
buído para a edição deste importante e pioneiro manual, que contém todo 
o arcabouço técnico necessário para que o nosso policial militar possa 
realizar o ato de abordar com maior eficiência e eficácia, em consonância 
com a legislação brasileira e com as normas Internacionais sobre Direitos 
Humanos, e, principalmente, dentro dos padrões de segurança para evi-
tar-lhe os riscos pessoais e as ocorrências policiais desastrosas. 
Os desafios da Segurança Pública exigem policiais militares cada vez 
mais preparados e em constante treinamento nas diversas modalidades e 
formas de atuação, e esse manual é um importante instrumento na busca 
da excelência dos serviços prestados pela Polícia Militar. 
A Corporação, ao disponibilizar ao público interno este Manual Bási-
co de Abordagem, objetiva que ele sirva como um guia para todos, dando 
prosseguimento ao esforço de modernização administrativa e operacional 
que vem empreendendo nos últimos anos.
Por fim, agradeço a todos os envolvidos nesse bem-sucedido projeto 
e desejo boa sorte e um excelente aprendizado.
Que Deus nos abençoe!
“PM e Comunidade na corrente do bem”.
MENSAGEM DO 
COMANDANTE GERAL
Agradecemos, primeiramente, ao Exmo. Sr. Cel PM Anselmo Alves 
Brandão, Comandante Geral da Corporação, pela sensibilidade e visão 
estratégica para provocar a atualização e edição do presente Manual.
Ao Ilmo. Sr. Cel PM Lázaro Raimundo Oliveira Monteiro e sua 
equipe que abraçaram essa importante missão de atualizar e sistema-
tizar a produção científica sobre as Técnicas de Abordagem Policial 
consubstanciadas neste Trabalho.
Aos Oficiais, integrantes da I Turma de Instrutores de Abordagem 
da Instituição, que compilaram o primeiro Manual Básico de Aborda-
gem Policial, ainda no ano de 2000, sob a coordenação dos atuais Ten 
Cel Antônio Carlos Silva Magalhães e Ten Cel PM Lucas Miguez Palma, 
reconhecido como trabalho técnico profissional, através do BGO 007, 
de 10 de Janeiro de 2013.
Aos facilitadores, instrutores e demais policiais militares envolvi-
dos no I Encontro Interestadual de Especialistas em Técnicas de Abor-
dagem Policial realizado pela Polícia Militar do Estado da Bahia, no ano 
de 2015, evento que foi fundamental para a edição deste Manual.
Aos Oficiais Instrutores e instruendos, integrantes da II Turma de 
Instrutores de Abordagem Policial no ano de 2016, que, exaustivamen-
te, debruçaram-se sobre este Manual, verificando sua aplicabilidade 
prática.
Aos Cap PM Leonardo Moreira Pujol e Monivon dos Santos Costa 
pela organização da presente edição, o Ten PM Eric Robert Rosa Ramos 
pela diagramação e o Sd PM Uanderson Costa Sampaio de Matos pela 
revisão textual.
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL ............................................................13
CAPÍTULO II - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DA ABORDAGEM POLICIAL...................................................23
CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL .................31
CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS À PÉ ...............................................................41
CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS .........................................................................51
CAPÍTULO VI - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS DE TRANSPORTE COLETIVO .............................67
CAPÍTULO VII - TÉCNICAS DE ABORDAGEM NO MOTOPATRULHAMENTO ................................................79
CAPÍTULO VIII - TÉCNICAS DE PROGRESSÃO DE TROPA .......................................................................89
CAPÍTULO IX - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES ...................................................................97
APÊNDICE “A” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | ABORDAGEM COM EMPREGO DE CÃES ......109
APÊNDICE “B” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | ABORDAGEM COM TROPA MONTADA .........113
APÊNDICE “C” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | ABORDAGEM EM AMBIENTE AQUÁTICO .....119
APÊNDICE “D” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | PROCEDIMENTOS EM ABORDAGENS 
COM APOIO AÉREO .............................................................................................................................123
APÊNDICE “E” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | PRIMEIRAS RESPOSTAS EM OCORRÊNCIAS 
ENVOLVENDO BOMBAS E ARTEFATOS EXPLOSIVOS .............................................................................127
APÊNDICE “F” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM 
ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS .......................................................................................................131
APÊNDICE “G” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM 
OCORRÊNCIAS COM REFÉNS ..............................................................................................................137
APÊNDICE “H” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM – ABORDAGENS EM CONDIÇÕES 
DE BAIXA VISIBILIDADE .......................................................................................................................141
15MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL • 15
A preservação da ordem pública, proteção das pessoas e do patrimônio, apesar de ser 
responsabilidade de todos, antes de tudo, é dever do Estado, conforme preceito da Carta Mag-
na brasileira, em seu artigo 144, dentro dessa vertente, a polícia ostensiva possui importante 
papel na dissuasão e repressão imediata do delito. Por conta disso, para desempenhar essa 
atividade, a polícia faz uso do dever-poder de polícia em virtude da necessidade de limitar 
direitos individuais, dentro da necessidade, proporcionalidade e eficácia, em benefício do 
interesse público. Extrai-se como importante instrumento desse dever a abordagem policial. 
Nesse contexto, essa atividade policial que impacta, momentaneamente e pontualmen-
te, visando a manutenção da ordem pública, é baseada na natureza de ato administrativo, 
com vistas a dar contornos de legalidade nessa atuação. O agente de Segurança Pública deve-
rá agir dentro da lei, sempre, alinhando o propósito de tutelar a dignidade da pessoa humana.
Nessa ótica, para melhor entender esse embasamento jurídico, apresenta-se o quadro 
resumo, abaixo, da legislação básica pertinente à abordagem policial:
LEGISLAÇÃO ARTIGO TIPIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Constituição Federal 5º- XI Proteção da casa
A casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em 
caso de flagrante delito ou desastre, 
ou para prestar socorro, ou, durante 
dia, por determinação judicial.
Constituição Federal 5º- XVI Direito a reunião
Reunir-se pacificamente, sem armas, 
em locais abertos ao público, indepen-
dentemente de autorização, desde que 
não frustrem outra reunião anterior-
mente convocada para o mesmo local, 
sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente.
Constituição Federal 5º- XLIX Direito do Preso É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
Constituição Federal 5º- LXI Aspectos da Prisão
Ninguém será preso senão em fla-
grante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de trans-
gressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei.
Constituição Federal 5º-LXIII Direito do Preso
O preso será informado de seus direi-
tos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assis-
tência da família e advogado.
Constituição Federal 5º- LXIV Direito do Preso
O preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial.
16 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
16 • CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL
Pacto San José da 
Costa Rica 5º
Direito à Integri-
dade Pessoal
Respeito à integridade física, psíquica 
e moral das pessoas.
Código Penal 
Brasileiro 150- §4º Expressão casa
A expressão casa compreende: - qual-
quer compartimento habitado; II- apo-
sento ocupado de habitação coletiva; 
III- compartimento não aberto ao pú-
blico, onde alguém exerce profissão ou 
atividade.
Código Penal 
Brasileiro 150- §5º
Não se compre-
ende como casa
Não se compreendem na expressão 
“casa”: I- hospedaria, estalagem ou 
qualquer outra habitação coletiva, 
enquanto aberta, salvo a restrição do 
nº II do parágrafo anterior; II- taverna, 
casa de jogo e outras do mesmo gê-
nero.
Código de Processo 
Penal 240- §2º
Busca Pessoal 
(Fundada 
Suspeita)
Proceder-se-á à busca pessoal quan-
do houver fundada suspeita de que 
alguém oculte consigo arma proibida 
ou objetos mencionados nas letras b a 
f e h do parágrafo anterior.
Código de Processo 
Penal 244
Busca Pessoal e 
Busca Domiciliar
A busca pessoal independerá de 
mandado, no caso de prisão ou quan-
do houver fundada suspeita de que 
a pessoa esteja na posse de arma 
proibida ou de objetos ou papéis que 
constituam corpo de delito, ou quando 
a medida for determinada no curso de 
busca domiciliar.
Código de Processo 
Penal 249
Busca Pessoal 
em Mulher
A busca em mulher será feita por outra 
mulher se não importar retardamento 
ou prejuízo da diligência.
Estatuto do Torcedor 13A- III
Revista Pessoal 
de Prevenção e 
Segurança
São condições de acesso e permanên-
cia no recinto esportivo, sem prejuízo 
de outras condições previstas em lei: 
III- consentir com a revista pessoal de 
prevenção e segurança.
17MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL • 17
Princípios básicos 
sobre utilização da 
Força e de Armas de 
Fogo pelos Funcio-
nários Responsáveis 
pela Aplicação da 
Lei. 8º Congresso 
das Nações Unidas 
para prevenção ao 
crime e o tratamen-
to dos delinquentes, 
Havana, Cuba, 
1990.
09 Uso da Força
Os funcionários responsáveis pela 
aplicação da lei não devem fazer uso 
de armas de fogo contra pessoas, sal-
vo em caso de legítima defesa, defesa 
de terceiros contra perigo iminente 
de morte ou lesão grave, para preve-
nir um crime particularmente grave 
que ameaçava vidas humanas, para 
proceder à detenção de pessoa que 
represente essa ameaça e que resista 
à autoridade, ou impedir a sua fuga, 
e somente quando medidas menos 
extremas se mostrem insuficientes 
para alcançarem aqueles objetivos. 
Em qualquer caso, só devem recorrer 
intencionalmente à utilização letal de 
armas de fogo quando isso seja estri-
tamente indispensável para proteger 
vidas humanas.
Princípios básicos 
sobre utilização da 
Força e de Armas de 
Fogo pelos Funcio-
nários Responsáveis 
pela Aplicação da 
Lei. 8º Congresso 
das Nações Unidas 
para prevenção ao 
crime e o tratamen-
to dos delinquentes, 
Havana, Cuba, 
1990.
10 Uso da Força
Nas circunstâncias referidas no prin-
cípio 9, os funcionários responsáveispela aplicação da lei devem se identi-
ficar como tal e fazer uma advertência 
clara da sua intensão de utilizarem 
armas de fogo, deixando um prazo 
suficiente para que o aviso possa ser 
respeitado, exceto se esse modo de 
proceder colocar indevidamente em 
risco a segurança daqueles responsá-
veis, implicar um perigo de morte ou 
lesão grave para outras pessoas ou se 
mostrar manifestamente inadequado 
ou inútil, tendo em conta as circuns-
tâncias do caso.
Código de Processo 
Penal 284
Emprego da 
Força
Não será permitido o emprego da for-
ça, salvo a indispensável no caso de 
resistência ou de tentativa de fuga do 
preso.
Código de Processo 
Penal 292
Emprego da 
Força
Se houver, ainda que por parte de 
terceiros, resistência à prisão em fla-
grante ou à determinada por autorida-
de competente, o executor e as pes-
soas que o auxiliam poderão usar dos 
meios necessários para se defender ou 
para vencer a resistência, do que tudo 
se lavrará auto subscrito também por 
duas testemunhas.
18 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
18 • CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL
Código de Processo 
Penal 293
Emprego da 
Força
Se o executor do mandado verificar 
com segurança que o réu entrou ou se 
encontra em alguma casa, o morador 
será intimado a entrega-lo, à vista da 
ordem de prisão. Se não for obedecido 
imediatamente, o executor convocará 
duas testemunhas e, sendo dia, en-
trará à força na casa, arrombando as 
portas, se preciso; sendo noite, o exe-
cutor, depois da intimação ao morador, 
se não for atendido, fará guardar todas 
as saídas, tornando a casa incomuni-
cável, e, logo que amanheça, arromba-
rá as portas e efetuará a prisão. Pará-
grafo único. O morador que se recusar 
a entregar o réu oculto em sua casa 
será levado à presença da autoridade, 
para que se proceda contra ele como 
for de direito.
Código de Processo 
Penal Militar 234
Emprego da 
Força
O emprego da força só é permitido 
quando indispensável, no caso de 
desobediência, resistência ou tentati-
va de fuga. Se houver resistência da 
parte de terceiros, poderão ser usados 
os meios necessários para vencê-la ou 
para defesa do executor e seus auxi-
liares, inclusive a prisão do ofensor. 
De tudo se lavrará auto subscrito pelo 
executor e por duas testemunhas.
Súmula Vinculante 
nº 11 do STF
Emprego de 
Algemas
Só é lícito o uso de algemas em caso 
de resistência e de fundado receio de 
fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou 
de terceiros, justificada a excepciona-
lidade por escrito, sob pena de respon-
sabilidade disciplinar civil e penal do 
agente ou da autoridade e de nulidade 
da prisão ou do ato processual a que 
se refere, sem prejuízo da responsabi-
lidade civil do Estado.
Estatuto da Criança 
e do Adolescente 82
Aspecto jurídico 
relacionado ao 
menor
É proibida a hospedagem de criança 
ou adolescente em hotel, motel, pen-
são ou estabelecimento congênere, 
salvo se autorizado ou acompanhado 
pelos pais ou responsáveis.
Estatuto da Criança 
e do Adolescente 106
Aspecto jurídico 
relacionado ao 
menor
Nenhum adolescente (maior de 12 e 
menor de 18 anos) será privado de 
sua liberdade senão em flagrante de 
ato infracional ou por ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judiciária 
competente. Parágrafo único. O ado-
lescente tem o direito à identificação 
dos responsáveis pela sua apreensão, 
devendo ser informado acerca de seus 
direitos.
19MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL • 19
Estatuto da Criança 
e do Adolescente 107
Aspecto jurídico 
relacionado ao 
menor
A apreensão de qualquer adolescente 
e o local onde se encontra recolhi-
do serão incontinenti comunicados à 
autoridade judiciária competente e à 
família do apreendido ou à pessoa por 
ele indicada.
Estatuto da Criança 
e do Adolescente 178
Aspecto jurídico 
relacionado ao 
menor
O adolescente a quem se atribua au-
toria de ato infracional não poderá ser 
conduzido ou transportado em com-
partimento fechado de veículo policial, 
em condições atentatórias à sua dig-
nidade, ou que impliquem risco à sua 
integridade física ou mental, sob pena 
de responsabilidade.
Código Tributário 
Nacional 78
Abordagem 
Preventiva 
(Poder de 
Polícia)
Considera-se poder de polícia 
atividade da administração pública 
que, limitando ou disciplinando 
direito, interesse ou liberdade, regula 
a prática de ato ou abstenção de 
fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício 
de atividades econômicas depen-
dentes de concessão ou autorização 
do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade 
e aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular 
o exercício do poder de polícia quando 
desempenhado pelo órgão compe-
tente nos limites da lei aplicável, 
com observância do processo legal 
e, tratando-se de atividade que a lei 
tenha como discricionária, sem abuso 
ou desvio de poder.
Código de Processo 
Penal Militar 181
Abordagem 
Repressiva
Proceder-se-á à revista, quando hou-
ver fundada suspeita de que alguém 
oculte consigo: a) Instrumento ou pro-
duto do crime; b) Elemento de prova), 
ou mesmo em decorrência de uma 
prisão em flagrante ou resultante de 
mandado judicial).
Lei das Contraven-
ções Penais 68
Recusa de dados 
sobre a própria 
identidade ou 
qualificação
Recusar à autoridade, quando por 
esta, justificadamente solicitados ou 
exigidos, dados ou indicações concer-
nentes à própria identidade, estado, 
profissão, domicílio e residência.
20 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
20 • CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL
Lei de Abuso de 
Autoridade 03
Abuso de 
Autoridade
Constitui abuso de autoridade qual-
quer atentado a: liberdade de loco-
moção; inviolabilidade do domicilio; 
sigilo da correspondência; liberdade 
de consciência e de crença; livre exer-
cício do culto religioso; liberdade de 
associação; direitos e garantias asse-
guradas ao exercício de voto; direito de 
reunião; incolumidade física do indiví-
duo; direitos e garantias asseguradas 
ao exercício profissional. 
Lei de Abuso de 
Autoridade 04
Abuso de Auto-
ridade
Constitui outros crimes de abuso de 
autoridade como ordenar ou executar 
medida privativa da liberdade indivi-
dual, sem formalidades e com abuso; 
submeter pessoa sob guarda ou cus-
tódia a vexame ou a constrangimento 
não autorizado em lei e ato lesivo da 
honra ou patrimônio de pessoa natu-
ral ou jurídica, quando praticado com 
abuso ou desvio de poder, ou sem 
competência legal.
Código de Trânsito 
Brasileiro 210
Transposição de 
bloqueio viário 
policial
Transpor, sem autorização, bloqueio 
viário policial.
Resolução do CON-
TRAN nº 371/10
Conceito de 
Bloqueio viário
Para fins de fiscalização deste enqua-
dramento, entende-se por bloqueio a 
proibição de passagem de veículos por 
uma via, pista ou faixa por motivos de: 
- segurança de trânsito: obra ou bura-
co na pista, evento, acidente, passea-
ta, etc; - controle sanitário, aduaneiro, 
tributário, etc.
21MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL • 21
ABORDAGEM POLICIAL PREVENTIVA E REPRESSIVA
Para fins didáticos, a abordagem policial está classificada em duas espécies: Repressiva 
e Preventiva.
A Abordagem Policial Repressiva é aquela que resulta de prisão em flagrante delito ou 
por ordem judicial, ou mesmo em decorrência de situação de “fundada suspeita”, à luz do que 
estabelece o art. 244, do Código de Processo Penal (CPP): 
“A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão 
ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na pose 
de arma proibida ou de objetos ou papeis que ou quando a medida for 
determinada no curso da busca domiciliar (grifo nosso)”.Essa modalidade de abordagem, exceto no que diz respeito à noção de fundada suspeita, 
geralmente, não causa grandes entreveros jurídicos, pois retrata uma situação em que há uma 
imperiosa necessidade de atuação estatal.
A Abordagem Policial Preventiva, é aquela que deriva do exercício do Poder de Polícia, 
cujo conceito está disposto no art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN): 
“Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pú-
blica que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, re-
gula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à discipli-
na da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqui-
lidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou 
coletivos (grifo nosso).”
Esta, por sua vez, tem que ser entendida pela sociedade como uma atribuição da Polícia 
Ostensiva, que tem caráter de atuação preventiva, no sentido de se utilizar dos meios disponí-
veis para dissuadir a vontade de delinquir dos infratores da lei.
25MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO II - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DA ABORDAGEM POLICIAL • 25
Conhecer os contornos que cercam a abordagem policial em sua ampla perspectiva é 
garantir a manutenção dos institutos mais caros à consagração e defesa de nossa sociedade. 
Deste modo, compreender o conceito da abordagem policial e seus pilares (princípios, fun-
damentos e condutas), bem como suas fases, níveis, o estado de alerta e as zonas de ação é 
fundamental para sua justificação quanto a forma que será realizada e o conteúdo que apre-
sentará.
1. CONCEITO 
Abordagem Policial é o ato de aproximar-se de pessoas, com o intuito de orientar, assis-
tir, interpelar, advertir, realizar busca, identificar e/ou prender, utilizando-se dos processos do 
Policiamento Ostensivo, executando-se para isso, se necessário for, as técnicas de busca em 
veículos, edificações ou perímetros.
2. PILARES DA ABORDAGEM POLICIAL
Existem três pilares que embasam a Abordagem Policial:
a) PRINCÍPIOS
b) FUNDAMENTOS
c) CONDUTAS
Princípios
São preceitos norteadores da abordagem policial, apresentando verdades universais que 
estabelecem valores inegociáveis. 
a) Preservação da vida
b) Legalidade
c) Dignidade da pessoa humana
d) Isonomia 
e) Interesse público
f) Proporcionalidade no uso da força
Fundamentos
São as bases para as condutas que estabelecem conceitos básicos nos quais se apoia e 
se desenvolve a abordagem policial:
a) Segurança: aplicação de medidas adotadas pela força policial militar para diminuir 
os riscos na ação PM. É um conjunto de cautelas necessárias visando a redução do pe-
rigo de uma reação por parte do abordado ou mesmo de perigos externos à abordagem.
b) Unidade de Comando: é a atividade dinâmica de prever, dirigir, coordenar, fiscalizar a 
ação de uma tropa a cargo de uma pessoa dentro de uma linha de comando verticaliza-
da. A responsabilidade da ação será proporcional ao nível de comando.
c) Flexibilidade: condição de realizar manobras diversificadas com viaturas ou efetivos, 
26 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
26 • CAPÍTULO II - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DA ABORDAGEM POLICIAL 
buscando atingir o objetivo da abordagem policial. Para este fundamento deve ser ob-
servada a RAPIDEZ como uma atitude a ser adotada durante a ação, buscando executar 
corretamente as técnicas com velocidade e eficiência.
d) Ação Vigorosa: é a atitude firme e resoluta dos componentes da ação policial que 
darão ordens claras e precisas ao abordado, caracterizadoras do conhecimento técnico 
profissional. Jamais deverá confundir-se com arbítrio ou violência.
e) Vigilância: capacidade de perceber a existência de ameaças, estando o PM sempre 
alerta ao perigo.
Condutas
São os procedimentos e ações desenvolvidas pelo policial militar durante a abordagem 
policial: 
a) Aproximação: consiste na técnica de aproximar-se do alvo a ser abordado, identifican-
do possíveis pontos de perigo iminente, bem como prováveis desdobramentos no cenário 
da abordagem. Deve se atentar para a SURPRESA como um elemento a ser utilizado na 
execução desta conduta, haja vista ser o ato de aparecer inopinadamente diante de uma 
pessoa, visando evitar sua reação. 
b) Contenção: técnica utilizada para controlar o ambiente e/ou pessoa a ser abordada 
impedindo qualquer reação contra a fração de tropa. Visa estabelecer a Zona de Segu-
rança (Setor de Busca, Setor de Custódia) e a estabilização para a ação policial. 
c) Busca: é o procedimento técnico operacional que tem como objetivo a localização e a 
identificação de objetos ilícitos.
d) Identificação: é o procedimento técnico de verificação de documentos e/ou caracteres 
que visa a identicação pessoal e/ou veicular.
3. FASES DA ABORDAGEM POLICIAL
Planejamento Mental
Nesta fase o PM que fará as indagações abaixo citadas e com base nessas informações 
elaborará uma linha de ação:
• O que faremos?
• Para que abordaremos?
• Quem iremos abordar?
• Onde se dará a ação?
27MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO II - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DA ABORDAGEM POLICIAL • 27
Plano de Ação
Nesta fase é elaborada uma linha de ação adaptável as circunstâncias do ambiente, 
devendo, também, ser respondidas as seguintes indagações:
• Como atuaremos?
• Quando realizaremos a abordagem?
Execução
A fase da execução consiste na aplicação prática do plano de ação concebido pelo PM, 
aplicando as Condutas da Abordagem Policial (Aproximação, Contenção, Busca e Identifica-
ção).
Conclusão 
Após a abordagem, o PM procederá a orientação, assistência e em caso de necessitar 
realizar a busca pessoal e verificando-se o cometimento de um ilícito, o abordado deverá ser 
conduzido a uma delegacia de polícia. Em caso de realizar a busca pessoal e não for consta-
tado o cometimento de ilícito penal, o PM deverá explicar o motivo de sua atitude e o porquê 
de ter sido realizado daquela forma.
4. NÍVEIS DE ABORDAGEM POLICIAL
NÍVEL DE 
ABORDAGEM SITUAÇÃO TIPO DE BUSCA POSTURA
1 ADMINISTRATIVA VISUAL BÁSICA
2 ORDINÁRIA LIGEIRA BÁSICA / RELATIVA
3 FUNDADA SUSPEITA MINUCIOSA SEMIPRONTA
4 SUSPEITA CONFIRMADA MINUCIOSA /COMPLETA MÁXIMA
I. NÍVEL 1 – Adotada para situações de assistência, orientação e informações em geral;
II. NÍVEL 2 - Adotada em situações onde haja necessidade de uma verificação rápida;
III. NÍVEL 3 - Adotada em situações onde existe a fundada suspeita;
IV. NÍVEL 4 – Adotada em situações onde existe a certeza do cometimento de delito.
LEMBRETE
Partindo do conceito do Uso Seletivo da Força, os níveis de abordagem podem pro-
gredir ou regredir de acordo com o desenvolvimento da abordagem policial.
28 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
28 • CAPÍTULO II - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DA ABORDAGEM POLICIAL 
ESTADOS DE ALERTA DESCRIÇÃO
BRANCO
Quando a condição ou o local em que se encontra permite o relaxamento, devido ao 
cansaço ou notória ausência de perigo. Neste estado o policial não está pronto para 
o enfrentamento.
AMARELO
Quando a condição ou o local em que se encontra não provoca tensão nem deses-
tabiliza a calma, mas requer atenção multidirecional, devendo estar precavido e em 
constante vigilância. A agressão é possível e exige atenção a sinais que possam indi-
car uma ameaça potencial.
LARANJA
Quando a condição ou o local em que se encontra apresenta probabilidade de con-
fronto, momento em que são identificadas pessoas que possam apresentar ameaça, 
avaliando-se a postura de segurança adequada.
VERMELHO
Quando a condição ou o local apresenta suspeita confirmada, sendo o risco real, 
exigindo do policial postura máxima afim de controlar a situação conforme as cir-
cunstâncias.
PRETO
Quando a condição ou o local em que se encontra apresenta-se como ameaça para aqual não está preparado ou, devido ao período de tensão prolongada, há sobrecarga 
física e emocional de seu organismo gerando estado de pânico.
Zonas de Ação
São localidades em que devem ser observadas as condutas para circulação e atuação, 
sua classificação tem a finalidade de antecipar as condições de exposição ao risco. Essas zo-
nas serão estabelecidas em função do mapeamento das ocorrências policiais registradas e/ou 
informações de inteligência. 
SIGLA ZONA DESCRIÇÃO ESTADO DE ALERTA
ZL ZONA LIVRE
Área em que o policial militar deve manter a 
vigilância em face da possibilidade de ocorrên-
cia de ilícitos.
AMARELO
ZR ZONA DE RISCO
Área crítica que exige, para atuação do policial 
militar, a utilização de técnicas e táticas espe-
cíficas.
LARANJA
ZPI ZONA DE PERIGO IMINENTE
Zona de Risco em que há a possibilidade real de 
injusta agressão ao policial militar VERMELHO
ZC ZONA CONFLAGRADA Zona de Risco em que há o confronto armado. VERMELHO
5. ESTADOS DE ALERTA E ZONAS DE AÇÃO POLICIAL MILITAR
Estados de Alerta
São os estados delineados para a preparação mental e adequação de comportamentos 
do policial militar durante o seu cotidiano, esteja ele em serviço ou fora dele, a fim de se portar 
de maneira compatível perante as possíveis ameaças.
29MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO II - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DA ABORDAGEM POLICIAL • 29
6. POSTURAS DE SEGURANÇA DA ABORDAGEM POLICIAL
São as quatro posturas que podem ser adotadas pelo PM para realização da abordagem 
policial nas situações rotineiras proporcionalmente à ameaça.
POSTURA DESCRIÇÃO
BÁSICA
Com a arma de porte o PM tomará a posição diagonal em relação ao abordado, ficando 
a arma no coldre no lado oposto ao abordado. Arma portátil voltada para baixo engajada 
com o cano para local seguro.
RELATIVA Arma de porte e/ou portátil engajada à 45º para baixo em posição de segurança. 
SEMIPRONTA Arma de porte e/ou portátil engajada em condições de disparo, um pouco abaixo da linha de visada, com o objetivo de ampliar a visão periférica do policial. 
MÁXIMA Arma de porte e/ou portátil engajada em condições plenas de disparo. 
33MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL • 33
Conceitualmente, Buscas:
“são inspeções executadas a qualquer hora do dia ou da noite 
em pessoas, veículos, edificações e/ou perímetros, respeitada a inviola-
bilidade domiciliar, sob a égide da lei, por qualquer policial em serviço, 
com ou sem o respectivo mandado judicial, considerada a modalidade 
mais adequada e a técnica aplicada para sua realização com segurança 
e consecução de seu fim”. (ARANHA, 1995.)
1. TÉCNICAS DE BUSCA
Modalidades de Busca
São meios ou instrumentos utilizados para realizar a busca. Estão divididas conforme 
segue abaixo:
MODALIDADE DESCRIÇÃO
OCULAR Com o uso do sentido da visão, realiza-se a observação do indivíduo, objeto e/ou cenário.
MANUAL Realizada através do contato físico entre o policial e o abordado, ou entre aquele e os seus pertences.
MECÂNICA Realizada com utilização de aparelhos específicos, a exemplo de detectores de metais e equipa-mentos de raio-x.
CANINA Utililizada através de cães de faro para busca em objetos, veículos ou perímetros.
TIPO DESCRIÇÃO
VISUAL É o primeiro momento da Busca Pessoal. O agente visa a localização e identificação de objetos ilícitos, apenas de forma visual, com uma distância segura e sem contato físico.
LIGEIRA É o tipo de Busca Pessoal, de caráter ordinário, onde há o prévio contato físico, sem que haja a informação e/ou cometimento de prática delituosa.
MINUNCIOSA É o tipo de Busca Pessoal manual que pode ser realizada em situação de fundada suspeita ou suspeita confirmada, utilizar-se-á da riqueza de detalhes para a consecução da abordagem.
COMPLETA
É aquela que dar-se-á após a busca minuciosa em situações de suspeita confirmada sendo 
necessário, sua condução a um local apropriado, onde será feita a retirada de vestes e a busca 
visual nos orifícios corpóreos.
Espécies de Busca
As Técnicas de Busca apresentadas neste Manual estão divididas em quatro Espécies: 
Pessoal, Veícular, Domiciliar e de Perímetro, conforme descrito a seguir:
Busca Pessoal
Abrange as vestes e os demais objetos pertencentes ao abordado, como bolsa, carteira, 
mala, dentre outros.
a) Tipos de Busca Pessoal
Os tipos de busca pessoal serão empregados de acordo com o nível de abordagem e risco 
oferecido pelo abordado ou pelas circunstâncias da abordagem.
34 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
34 • CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL 
b) Posições de Busca Pessoal
As posições de busca pessoal podem ser feitas em pé (com e sem anteparo), ajoelhado 
e deitado.
Em Pé Com Anteparo - o abordado será posicio-
nado, com ambas as mãos apoiadas no anteparo, acima 
da linha da cabeça, com a visão voltada para o alto (im-
pedindo que este visualize a movimentação das pernas 
e braços do Homem Busca), com as pernas e o quadril 
afastados do anteparo no limite máximo. O Homem Bus-
ca deverá posicionar-se com um dos braços estendido 
apoiando na região escapular contrária ao braço de apoio 
(p.ex. braço estendido direito na escápula esquerda), e 
com o outro braço é executada a busca manual no corpo 
e vestes, tendo a mesma perna do lado que mantem o 
abordado sob domínio, pressionando a parte interna do 
pé do abordado, possibilitando desequilíbrio, em caso de esboço de reação por parte do indi-
víduo.
Em Pé Sem Anteparo – é aquela que o aborda-
do é colocado em posição de desequilíbrio sem pôr as 
mãos em local de apoio. Essa posição de desequilíbrio, 
acontecerá quando o abordado estiver com as pernas 
afastadas, braços elevados, com as mãos sobre a região 
da nuca e os dedos entrelaçados.
Ajoelhado – 
é aquela que será 
utilizada em sus-
peita confirmada e o tipo de guarnição não dispuser de 
todos os elementos para suprir todas as funções requeri-
das na abordagem, em relação aos abordados. Aqueles 
serão postos na posição de joelhos, afastados, pés cruza-
dos à retaguarda, braços elevados, mãos sobre a região 
da nuca e dedos entrelaçados.
35MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL • 35
Deitado – é aquela utilizada quando hou-
ver a suspeita confirmada e o nível máximo de 
periculosidade da situação, onde o abordado 
será posto na posição de decúbito ventral, as 
pernas afastadas, braços abertos e estendidos 
horizontalmente com as palmas das mãos vol-
tadas para cima e a cabeça virada para um dos 
lados. O Homem Busca deverá algemá-lo e só 
então dar-se-á a busca pessoal. A busca pessoal será realizada colocando-se o abordado em 
posição lateralizada.
LEMBRETES
- Havendo objetos (mochilas, sacolas, pochetes) com os abordados, 
esta busca deve ser realizada em um segundo momento priorizando a busca 
nas pessoas.
- A busca em objetos deverá ser realizada pelo policial permanecendo 
o abordado a uma distância de segurança, mas que possibilite a visualização 
de seus pertences. 
- Salienta-se que a busca ajoelhado ou deitado ocorrerá em situações 
de suspeita confirmada, colocando os abordados ajoelhados (suspeita con-
firmada com ilícito) ou em decúbito ventral (suspeita confirmada com arma).
- É importante salientar que após a busca na posição do abordado 
ajoelhado e deitado, o mesmo será colocado de pé, quando deverá ser re-
alizada uma nova busca pessoal, visando proporcionar maior segurança no 
procedimento.
- Vale ressaltar, que independente da posição empregada, durante a 
busca pessoal, se o abordado apresentar resistência, o agente deverá provo-
car o desequilibrio do mesmo e afastar-se facilitando a atuação do Segurança 
de Busca e adotar postura de segurança condizente com a situação.
- Ao aproximar-se para executara busca pessoal o Homem Busca a 
realizará com a arma de porte coldreada e a portátil travada evitando que 
esteja a frente do corpo.
36 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
36 • CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL 
PROCEDIMENTOS ESSENCIAIS PARA EXECUÇÃO DA BUSCA PESSOAL
Busca Veicular
É aquela realizada em veículos, desde que haja a fundada suspeita de que no seu inte-
rior, que possam existir objetos que constituam corpo de delito, mesmo que o condutor não 
permita. Deve ser observado que existem hipóteses em que o veículo pode ser considerado a 
extensão do lar, portanto, inviolável:
• Se o carro está na garagem da casa;
• Se é um veículo tipo trailer, enquanto parado;
• Se é uma embarcação; 
• Eventualmente a cabine de um caminhão, no qual, assim como nos dois casos ci-
tados anteriormente, o proprietário também se estabeleça com ânimo de moradia.
Busca Domiciliar
É aquela realizada em locais indicados como domicílio. Para a realização da busca pes-
soal, o ordenamento jurídico usa o termo fundada suspeita, contudo, na busca domiciliar uti-
liza-se o termo fundadas razões. É válido ressaltar que nem toda edificação será um domicílio, 
porém o policial deverá saber em que situações ele poderá realizar a intervenção.
Busca de Perímetro
É aquela realizada pelos policiais, nas proximidades ou interior de ruas, veículos ou edi-
ficações no intuito de buscar algum material ilícito, que tenha sido guardado ou dispensado 
pelo abordado.
BUSCA
PESSOAL
Afastamento entre
as pernas
Deslizar a mão no 
corpo do abordado
Mão oposta do 
PM em relação a 
região escapular
 
do abordado
Não perder o 
contato com o 
abordado
Controle de cano 
do Segurança de 
Busca
Priorizar busca na 
pessoa em relação ao 
objeto
Abordando olhando 
para cima
Dedos entrelaçados na 
cabeça ou mãos 
espalmadas no anteparo
Sentido da busca: da 
cintura para cima e 
depois para baixo,
 
inclusive virilha
Faz a busca de um 
lado do abordado 
depois do outro
Só inicia a busca 
quando o abordado 
estiver contido
37MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL • 37
2. TÉCNICAS DE EMPREGO DA ALGEMA NA ABORDAGEM POLICIAL
A algema será empregada antes, durante ou após a busca 
pessoal, dependendo das circunstâncias da ocorrência, estando 
o abordado na posição em pé, ajoelhado ou deitado, devendo ser 
observado pelo policial os aspectos legais que respalda esta ação.
Algemação em Pé sem Anteparo
Estando o abordado em pé, com as pernas afastadas, os 
braços elevados, dedos entrelaçados sobre a nuca, o Homem Busca sacará a algema, segu-
rando-a com a mão forte e com o gancho de fechamento voltado para frente.
A algemação deverá ser iniciada de acordo com a mão forte do PM. Em seguida, será de-
terminado que o abordado leve 
a outra mão às suas costas. 
Preferencialmente, a posição 
das duas mãos do abordado, 
após a algemação, deverá ser 
“costa-costa”.
Algemação em Pé com Anteparo 
Estando o abordado em pé, com as pernas afastadas, os bra-
ços elevados, apoiados no anteparo, o Homem Busca sacará a alge-
ma, segurando-a com a mão forte e com o gancho de fechamento 
voltado para frente; com a mão fraca, o policial fará a torção no pu-
nho do abordado em direção a região da nuca, procedendo, a partir 
deste momento de maneira análoga à algemação sem anteparo.
Algemação Ajoelhado 
Procederá de forma análoga a algemação em pé sem an-
teparo, porém, devendo atentar para a altura que estará o 
abordado e a sua colocação em pé.
38 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
38 • CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL 
Algemação Deitado
O abordado será posto na posição de 
decúbito ventral, as pernas afastadas, braços 
abertos e estendidos horizontalmente, com 
a cabeça virada para um dos lados, o PM 
se aproximará pelo lado oposto ao rosto do 
abordado, posicionando ambos os joelhos 
nas costas do mesmo (sendo um na região 
cervical e outro na região dorsal), imobilizan-
do um dos braços entre as pernas, realizan-
do a algemação deste, em seguida levará o 
braço algemado às costas, será determinado que o abordado leve a outra mão à suas costas.
a) Posicionamento das algemas – ao término da algemação, o abordado deverá estar 
com as mãos nas costas, e a posição das mãos deverá ser mão “costa-costa”, sendo que as 
bases da algema deverão estar posicionadas na parte externa do antebraço, na altura do pulso, 
com a fechadura voltada para a nuca do abordado.
b) Como levantar o abordado algemado ajoelhado - Mantendo-se o controle físico sobre 
um dos braços do abordado, será determinado ao mesmo que descruze os pés que estão a 
retaguarda e se posicione de pé. Dependendo da compleição física do abordado dentre outras 
variáveis, esse procedimento será realizado com apoio de outro policial que auxiliará manten-
do o controle físico sobre o outro braço do abordado. 
c) Como levantar o abordado algemado deitado – 
O abordado será colocado numa posição lateralizada,e a 
partir dessa posição o policial irá entrelaçar o seu braço 
oposto ao braço do abordado que está voltado para cima, 
apoiando a outra mão na nuca do abordado. Estando o 
policial com um braço entrelaçado e o outro apoiado na 
39MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL • 39
nuca do abordado, fará um movimento 
de rotação na direção do braço que está 
apoiado na nuca, até que o abordado se 
posicione totalmente de pé. Dependendo 
da compleição física do abordado dentre 
outras variáveis, esse procedimento será 
realizado com apoio de outro policial que 
auxiliará, mantendo o controle físico sobre 
o outro braço do abordado.
d) Condução do abordado algemado – a depender da circunstância, o abordado poderá 
ser conduzido tanto com o controle físico do policial sobre a algema, como usando o braço 
entrelaçado ao braço oposto do abordado.
LEMBRETE
 Quando for necessário o emprego de algemas plásticas (tipo lacre), serão utilizados 
dois lacres: 01 (um) para cada pulso, com um passando pelo elo do outro, fixando de 
forma que não prejudique o fluxo sanguíneo.
43MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS À PÉ • 43
Entre as intervenções mais usuais da atividade preventiva, a 
abordagem policial constitui a maioria das ocorrências do dia-a-dia do 
PM na rua, e deve respeitar técnicas simples, fruto da experiência do 
exercício da profissão, que promovem a segurança de todos quando da 
necessidade de sua realização. (ARANHA, 1995. ADAPTADO)
Existem diversos casos que podem conduzir a suspeição, normalmente são situações 
atípicas e que despertam no policial a probabilidade da iminência do acontecimento de um 
fato delituoso, cabendo ao mesmo o rápido planejamento de suas ações caso deseje realizar 
a abordagem.
1. QUANDO FAZER A ABORDAGEM
• Quando acionado pela Central de Operações; 
• Para controle de acesso a locais específicos;
• Em caso de suspeição;
• Quando na prática de crime.
2. ABORDAGEM COM POLICIAL MILITAR A PÉ
Policial Militar Isolado
Não é recomendado que o policial isolado realize a abordagem. Caso o policial esteja 
isolado e ocorra uma situação extrema, que ofereça risco iminente à segurança do policial ou 
a vida de terceiros, e que necessite sua intervenção, este deverá adotar a postura de segurança 
condizente com a situação, colocar o abordado na posição de joelhos ou em decúbito ventral 
e solicitar reforço/apoio.
Dois Policiais Militares
I – Deverá ser feita a aproximação observando a disposição em linha entre policiais, for-
mando um triângulo, cujo vértice será o abordado, atentando para a distância de cerca de 2 
(dois) metros entre os policiais e de 1 (um)a 3 
(três) metros destes para o abordado.
II – A postura de segurança do arma-
mento dos policiais deverá ser compatível com 
o nível de segurança da abordagem.
III – O Comandante deve fornecer todas 
as orientações para que o abordado tome a 
posição de busca pessoal evitando, nesse ins-
tante, o contato físico.
44 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
44 • CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS À PÉ 
IV – O Comandante será o Segurança de Busca além de responsável pela observação 
periférica relativa à segurança externa. 
V - Havendo 2 (dois) abordados, o Comandante, após o estabelecimento da Zona de 
Segurança, quando da execução da Busca Pessoal deverá estabelecer locais distintos para 
este procedimento. O Setor de Busca deverá ser estabelecido a cerca de 1 (um) metro à re-
taguarda do Setor de Custódia. Para o segundo abordado será feito o mesmo procedimento, 
havendo a inversão dos setores. Esta abordagem necessita de aumento no estado de alerta, 
pois o Comandante será o Segurança de Busca, acumulando a segurança de custódia, além 
da observação periférica relativa à segurança externa.
45MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS À PÉ • 45
VI – Em caso de mais de 2 abordados, a abordagem será executada somente em caso 
de suspeita confirmada, colocando os abordados ajoelhados (suspeita confirmada com ilícito) 
ou em decúbito ventral (suspeita confirmada armado).
Três Policiais Militares
I – Havendo uma pessoa, deverá ser 
feita a aproximação observando a dis-
posição em linha entre policiais, for-
mando um triângulo, cujo vértice será 
o abordado, atentando para a distân-
cia de cerca de 1 (um) metro entre os 
policiais e de 1 (um) a 3 (três) metros 
destes para o abordado. O Coman-
dante fará a função de Segurança de 
Busca, o Patrulheiro nº 1 a função de 
Homem Busca e o Patrulheiro nº 2 
atuará como Segurança Externa da 
abordagem.
II – Havendo mais de uma pessoa, 
inicialmente, o enquadramento dos 
abordados deverá ser realizado por 
todos os policiais da guarnição sendo 
que, completada a aproximação e a 
contenção, o Patrulheiro nº 2 acumu-
lará a função de Segurança de Custó-
dia e Segurança Externa.
46 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
46 • CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS À PÉ 
Quatro Policiais Militares
I – Deve ser obser-
vado o quanto disposto no 
Item anterior, salientando 
que cada um dos policiais 
assumirá uma função 
específica, a saber: Ho-
mem Busca, Segurança 
de Busca, Segurança de 
Custódia e Segurança Ex-
terna, sendo que havendo 
necessidade da função de 
Segurança de Custódia 2, 
esta será acumulada com 
a Segurança Externa.
Mais de Quatro Policiais Militares
Estabelecidos todos os 
setores (Busca, Custódia 1 e 
2, Segurança Externa), o Co-
mandante fará a coordena-
ção e o controle observando 
o desempenho de todos, bem 
como procederá a entrevista 
dos suspeitos já abordados. 
Se houver outros policiais, es-
tes poderão observar o rádio 
ou fazer o controle de trânsito.
LEMBRETE
Para o estabelecimento dos setores de abordagem, o policial deverá observar 
os seguintes critérios de avaliação de risco: 
1) pessoas que não foram abordadas
2) quem está sendo abordado
3) segurança externa
4) pessoas que já foram abordadas
5) liberdade de ação para o comandante
47MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS À PÉ • 47
TIPO DE 
GUARNIÇÃO
NÍVEL DE 
ABORDA-
GEM
SITUAÇÃO POSTURA DE SEGURANÇA
VIABILIDADE 
DA ABORDA-
GEM
POSICIONA-
MENTO DO 
ABORDADO
OUTRAS 
CONDUTAS À 
SEREM ABOR-
DAS
PM ISOLADO
03 Fundada suspeita Semipronta Não Não
OBSERVAR/
SOLICITAR RE-
FORÇO/APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
ilicito
Máxima Não Não
OBSERVAR/
SOLICITAR RE-
FORÇO/APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
arma de fogo
Máxima Não Não
OBSERVAR/
SOLICITAR RE-
FORÇO/APOIO
DUPLA
03 Fundada suspeita Semipronta
Sim até 02 
(dois) abor-
dados
Colocar no an-
teparo (regra) 
ou em pé
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
ilicito
Máxima
Sim até 02 
(dois) abor-
dados
Colocar no 
anteparo ou 
em pé/joelho
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
arma de fogo
Máxima Sim até 01 (um) abordado Deitado
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
TRIO
03 Fundada suspeita Semipronta
Sim até 
03(dois) 
abordados
Colocar no an-
teparo (regra) 
ou em pé
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
ilicito
Máxima
Sim até 
03(dois) 
abordados
Colocar no 
anteparo ou 
em pé/joelho
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
arma de fogo
Máxima
Sim até 02 
(dois) abor-
dados
Deitados
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
3 - QUADRO RESUMO DA ABORDAGEM COM PM A PÉ
4 - ABORDAGEM COM POLICIAIS EMBARCADOS EM VIATURA 
Ao iniciar a abordagem a pessoas à pé, independente do tipo de guarnição, deverá ser 
feita a verbalização e em ato contínuo o semidesembarque. 
 O semidesembarque se dará com a abertura das portas da viatura e o posicionamento 
dos policiais, iniciando a descida da mesma com uma das pernas já no solo e as armas dos 
policiais voltadas para os abordados. As armas deverão ser empunhadas entre as colunas da 
porta e a de sustentação do teto da viatura, a qual será desligada após o estabelecimento da 
Zona de Segurança.
Tipos de Guarnição
Uma guarnição motorizada poderá ser composta por um número variável de componen-
tes, o que fará com que existam procedimentos diferentes a serem adotados, a depender do 
tipo de guarnição.
48 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
48 • CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS À PÉ 
GUARNIÇÃO FORMAÇÃO
TIPO NÚMERO DE POLICIAIS
POSICIONAMENTO NA VIATURA
LADO DO MOTORISTA LADO DO CARONA
A 2 Motorista Comandante
B 3 Motorista Patrulheiro nº 1 Comandante
C 4 Motorista Patrulheiro nº 1
Comandante 
Patrulheiro nº 2
Guarnição TIPO A
Ao avistar o abordado, observada a distância preconizada para abordagem a pessoas à 
pé - 03 (três) metros, os integrantes da guarnição realizarão o semidesembarque de imediato, 
determinando que pare e tome a posição de Busca Pessoal. 
Guarnição TIPO B
Ao avistar os abordados, observada a distância preconizada para abordagem a pessoas 
à pé – 03 (três) metros – os integrantes da guarnição realizarão o semidesembarque de ime-
diato, determinando-lhe que parem e tomem a posição de Busca Pessoal. 
O Patrulheiro nº 1 desembarca pela porta traseira esquerda, posicionando-se na segu-
rança externa, até que os abordados estejam dispostos nos respectivos setores, posteriormente 
será o Homem Busca. O Motorista fará a Segurança Externa, podendo acumular com a Se-
gurança de Custódia, caso necessário, mantendo constante contato visual com o restante da 
guarnição.
49MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS À PÉ • 49
Guarnição TIPO C
Seguirá o quanto previsto no Item anterior, sendo que durante o semidesembarque o Pa-
trulheiro nº2 se posicionará ao lado do Comandante, e durante a Busca Pessoal exercerá a 
função de Segurança de Custódia 1.
5. ABORDAGEM EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS
As peculiaridades relacionadas a aplicação de técnicas de abordagem a pessoas em es-
tabelecimentos comerciais tem sua complexidade aumentada, tornando ideal a atuação de um 
efetivo maior que a fração elementar. Variáveis como reputação do local, presença de indivídu-
os embriagados ou que compõem grupos criminosos, desconhecimento dos diversos acessos 
(portas, vasculantes ou janelas), utensílios e objetos que podem ser empregados como armas, 
iluminação inadequada e som alto são algumas das observações a serem consideradas quan-
do do planejamento para a atuação.
Procedimentos a serem adotados em abordagens a quaisquer estabelecimentosco-
merciais:
• Em regra geral, desembarcar afastado do estabelecimento;
• Havendo som no local, solicitar que seja desligado;
• Determinar que todas as pessoas se desloquem para a parte externa do estabelecimen-
to, direcionando para a Zona de Segurança, indicada pelo Comandante da abordagem;
• Observar o ambiente interno do estabelecimento antes de iniciar a Busca Pessoal;
• Não havendo suspeita específica, iniciar a abordagem pelos homens. As mulheres so-
mente serão abordadas posteriormente atentando para bolsas e sacolas;
• Após a Busca Pessoal, far-se-á a busca de perímetro no ambiente do estabelecimento 
respeitando a legislação pertinente;
• Ter, sempre que possível, um dos funcionários do local como testemunha. 
51MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS • 51
53MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS • 53
Abordagem a veículo é o ato de uma guarnição policial, motorizada ou a pé, que se uti-
lizando da técnica adequada, aproximar-se-á de um veículo com o intuito de abordar pessoas 
que estejam no seu interior, e dependendo do nível da abordagem, realizar a busca e/ou a 
identificação veicular. Esta é uma ação policial de risco, por oferecer perigo a integridade física 
dos policiais, dos cidadãos, bem como, danos à propriedade.
Considerando que o abordado já possui em seu poder uma arma que é o veículo, torna-
-se uma séria ameaça a vida dos policiais e ao público em geral, pois, uma ação fora da técni-
ca, poderá ocasionar danos pessoais, materiais (imóveis e veículos), principalmente, durante 
os acompanhamentos em alta velocidade. 
Os componentes de uma guarnição devem procurar sempre visualizar os ocupantes 
do veículo, identificando suas posições em todos os ângulos, devendo ter consciência que a 
segurança da ação é fundamental, para isso devem atentar à sua segurança e a de terceiros.
Existem muitas dificuldades encontradas pelos policiais no que diz respeito a falta de 
visualização total dos ocupantes do veículo ou de suas atividades no interior do mesmo. O 
próprio veículo proporciona coberta e abrigo para os abordados em relação a polícia. Daí a 
importância da aplicação das técnicas preconizadas neste capítulo.
1. QUANDO FAZER A ABORDAGEM.
• Quando acionado pela Central de Operações; 
• Para Controle e/ou Fiscalização de Trânsito;
• Em caso de suspeição;
• Quando usado na prática de crime.
2. CASOS DE SUSPEIÇÃO DE VEÍCULOS
Vejamos alguns exemplos:
a) Veículo se deslocando em baixa velocidade próximo a estabelecimento comercial;
b) 02 (dois) veículos ou mais se deslocando juntos em área comercial; 
c) Veículo com placas que causem suspeição ou sem elas;
d) Pessoas passando de um veículo para outro (abandonando o primeiro);
e) Veículo estacionado em local ermo ou em local sem justificativa aparente;
f) Veículo de carga ou com compartimento fechado que possa abrigar pessoas, estacio-
nado em frente a estabelecimentos comerciais ou bancários com placas suspeitas;
g) Veículo circulando à noite com as luzes apagadas;
h) Veículo que passa pelo mesmo local várias vezes;
i) Pessoas que estão deitadas no interior do veículo;
j) Veículos abandonados ou abertos por longo período;
k) Condutores que alteram o seu comportamento com a aproximação da viatura ou ao 
avistá-la;
l) Veículos com características semelhantes a algum comunicado de alerta passado pela 
Central de Operações.
54 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
54 • CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS
3. ETAPAS DA ABORDAGEM A VEÍCULOS
A abordagem a veículo poderá ser desencadeada a qualquer momento, mas o coman-
dante da guarnição policial deve, inicialmente, avaliar a situação e decidir por qual ação ele 
deve proceder, pois nem sempre será possível ou viável realizar a abordagem, podendo o local 
onde se encontra possuir um tráfego intenso (requer maiores cuidados) ou presença conside-
rável de pessoas que seriam expostas a riscos sem necessidade.
O Comandante poderá aguardar o momento mais adequado ou a chegada de reforço/
apoio antes de executar a abordagem.
Neste manual são consideradas as etapas seguintes: acompanhamento, bloqueio, cerco 
e interceptação.
Acompanhamento
É a monitoração visual e física do veículo suspeito, enquanto estiver em deslocamento 
até o momento da abordagem.
Durante o acompanhamento, a guarnição deve observar os movimentos dos seus ocu-
pantes, procurando identificar suas características, assim como as do veículo (marca, modelo, 
tipo, cor, placa policial e outros detalhes que facilitem a identificação), munindo a Central de 
Operações com informações (sua localização, itinerário, número de ocupantes, comportamen-
to e outros) que possam servir para o planejamento das ações até o momento da interceptação.
Dificuldades
É importante ter em mente que durante o acompanhamento a veículo suspeito, existem 
algumas dificuldades:
a) Identificação dos ocupantes através do veículo, não só pela escassez de dados, como, 
por exemplo, o uso de películas, como também devido ao movimento do veículo;
b) A intensidade do trânsito de veículos e o grande fluxo de pedestres, visto que pode 
causar acidentes e oferecer riscos à terceiros; 
c) Identificar e perceber os locais que favoreçam as manobras evasivas.
Cuidados
Alguns cuidados e procedimentos devem ser adotados pela guarnição quando do acom-
panhamento a veículos suspeitos. Nunca se deve:
a) Emparelhar a viatura com o veículo suspeito;
b) Ultrapassar o veículo suspeito, “fechar” ou efetuar qualquer manobra perigosa, que 
force a parada abrupta do veículo que se acompanha;
c) Dar marcha-a-ré ao detectar a suspeição em veículo parado;
d) Efetuar disparos no veículo acompanhado, por desconhecer os ocupantes do veículo 
(se vítimas ou se infratores da lei).
LEMBRETE
Nem sempre um veículo que promove fuga implica no entendimento de que seus 
ocupantes sejam infratores da lei (dentre as inúmeras hipóteses, pode tratar-se de um 
menor sem habilitação ou um cidadão que esteja sem documentação de porte obrigatório).
55MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS • 55
Bloqueio
É a ação que consiste na participação de várias viaturas com o objetivo de fechar as 
vias de fuga para o veículo suspeito. A disposição tática das demais viaturas no teatro de 
operações, facilita o procedimento de acompanhamento do veículo em fuga, dando tempo ao 
planejamento e execução da interceptação policial.
Dificuldades
Para ação de bloqueio, são identificadas algumas dificuldades que podem favorecer a 
fuga do veículo suspeito:
a) Conhecimento pleno do local e as possíveis rotas de fuga, visto que os infratores da 
lei, normalmente, planejam uma rota principal e outra alternativa, caso os policiais envolvidos 
na ação não tenham esse conhecimento poderão deixar livre esses locais. 
b) Disponibilidade de viaturas suficientes para realizar o bloqueio, ou o tempo levado 
para dispor essas viaturas nos pontos estabelecidos.
Cuidados
a) Não se recomenda o uso de bloqueios em aclives, declives ou curvas.
b) Em vias urbanas pode-se, utilizar a própria viatura e outros recursos para realizar o 
fechamento do trânsito, atentando para o aspecto de segurança da guarnição. Em vias rurais 
recomenda-se a utilização de outros suplementos operacionais.
Cerco
É a ação policial que consiste no controle de uma determinada área ou alvo para isola-
mento e atuação da guarnição policial. O cerco pode ser iniciado após o bloqueio e serve de 
preparação para a interceptação.
Dificuldades
Assim como no bloqueio, a disponibilidade de viaturas e o tempo resposta também são 
fatores que dificultam esta etapa.
Cuidados
Quando do cerco decorrer situações em que não se faz viável proceder com a aborda-
gem, à exemplo de uma crise envolvendo refém, deve-se requerer a intervenção de equipe 
especializada.56 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
56 • CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS
Interceptação
É o momento da imobilização do veículo suspeito para o início da fase de execução da 
abordagem. A interceptação é um momento crucial da abordagem a veículos, pois nessa eta-
pa o emprego correto das técnicas será de vital importância para o desfecho positivo da ação 
policial. 
Dificuldades
Visualizar e perceber os movimentos dos ocupantes do veículo em atitude suspeita. 
Cuidados
A escolha do local para a abordagem, sempre que possível realizar em locais com pouca 
movimentação de veículos e pedestres para aumentar a segurançada ação policial.
4. CONDUTAS NA ABORDAGEM A VEÍCULOS
Aproximação
Uso de Sirene, Giroflex e Megafone
Durante o dia quando o fluxo de veículos é intenso, tais dispositivos sonoros e luminosos 
são indispensáveis para a rapidez e desobstrução no atendimento de ocorrências policiais, 
deve-se, contudo, ponderar sua utilização para não comprometer a eficiência da ação policial.
A utilização do megafone na abordagem a veículos, em alguns casos, torna-se impres-
cindível, pois, se a abordagem ocorrer a uma distância considerável ou durante acompanha-
mento.
57MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS • 57
Porta (Fechada/Destravada/Vidros Abertos) 
Por questões de segurança e para um desembarque rápido e tomadas de posições dos 
integrantes da guarnição, os policiais devem certificar-se de que as portas estejam destravadas 
e com os vidros arriados.
Semidesembarque 
O procedimento de semidesembarque dever ser realizado com rapidez que associado a 
precisão das técnicas, gera um impacto psicológico e diminui o poder de reação por parte dos 
abordados, demonstra ainda, o grau de eficiência e entrosamento da guarnição.
Posicionamento da Guarnição
As posições dos integrantes da guarnição, durante a execução da abordagem visam:
a. A visão total da área da abordagem, posições e movimentos dos abordados;
b. A não exposição dos integrantes a possíveis disparos de arma por parte dos abordados; 
c. A não exposição dos policiais ao disparo acidental de seus companheiros;
d. O não cruzamento das linhas de tiro.
Utilização das Proteções Oferecidas pela Viatura
A viatura possui alguns locais que oferecem mais segurança e proteção aos componen-
tes da guarnição. O motor, pela sua composição e estrutura, é o local mais compacto e o que 
oferece maior proteção contra disparos de armas de fogo. As colunas de sustentação do teto, 
oferecem uma segurança relativa, por serem um ponto reforçado do veículo. 
As portas da viatura, utilizadas naturalmente pelos policiais, devem ficar no ângulo de 
45 graus (semiabertas) em relação ao veículo. Existem outros locais da viatura que oferecem 
uma segurança relativa como os pneus e aros.
Verbalização 
A entonação da voz deverá ser compatível à distância e atitude do abordado, como 
supracitado a utilização do megafone poderá facilitar ao abordado ouvir e bem entender as 
ordens do policial. A ação vigorosa associada a gestos precisos, clareza e entonação de voz, 
impõem aos abordados a idéia de profissionalismo e firmeza, o que com certeza inibirá possí-
veis atitudes de reação.
Contenção
Ao aproximar-se do veículo em atitude suspeita que será abordado o comandante da 
guarnição determinará:
A parada do veículo:
“- ATENÇÃO! ABORDAGEM POLICIAL, PARE O VEÍCULO! 
- DESLIGUE O VEÍCULO! COLOQUE A CHAVE SOBRE O TETO!
- TODOS OS OCUPANTES MANTENHAM AS MÃOS PARA FORA DO VEÍCULO!”
58 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
58 • CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS
Saída do condutor:
“- SAIA DO VEÍCULO COM A MÃO SOBRE A CABEÇA!
- ABRA A PORTA DO FUNDO!”
Saída dos demais ocupantes pela porta correspondente, com as mãos sobre a cabeça, 
um por vez, deslocando para o local determinado, deixando todas as portas abertas.
Os abordados deverão ser colocados em um local seguro, denominado Zona de Seguran-
ça, onde será feita a Busca Pessoal, utilizando anteparo, se houver, do lado direito, equidistan-
te entre o veículo e a viatura, de costas para a via.
Verificação do Veículo
O Homem Busca deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral esquerda do veículo 
suspeito, utilizando-se da técnica de tomada de ângulo, onde observará atentamente o veícu-
lo, com postura de segurança conforme o nível da abordagem, tentando visualizar se existe 
mais algum ocupante no interior deste. Após esse momento, deve também certificar, rapida-
mente, se o porta malas esta fechado e dar o “limpo” para a guarnição.
Abertura do Porta Malas 
Será realizado pelo Homem Busca com apoio do Segurança de Busca, do lado esquerdo 
do veículo abordado, visando localizar pessoas. O procedimento de abertura do porta malas 
será realizado pelos dois policiais, no sentido da via ao anteparo (Zona de Segurança). Antes 
da abertura do porta malas, os abordados serão posicionados mais próximos da viatura (des-
locamento lateral da Zona da Segurança).
LEMBRETE
 
Os policiais deverão tomar todos os cuidados na observação para não confundir um 
infrator com: uma vítima, uma pessoa alcoolizada ou drogada que diante de uma atitude 
brusca possam provocar uso de arma de fogo indevidamente.
Verificação do Capô
A depender do nível de abordagem poderá ser realizada a busca no capô do veículo, 
visando encontrar materiais ilícitos e/ou para a identificação veicular.
59MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS • 59
5. OS 15 (QUINZE) PASSOS DA ABORDAGEM VEICULAR
PASSOS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS
01 Planejamento mental.
02 Parada do veículo suspeito e posicionamento da viatura com semidesembarque da guarnição.
03 Verbalização do comandante da guarnição para estabelecer a Zona de Segurança (Contenção).
04 Busca visual do veículo, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, visando a localização de pessoas no seu interior.
05 Verificação inicial do porta malas para saber se está fechado, dando o “-limpo!” para a guarnição.
06 Desembarque da guarnição e posicionamento na zona de segurança.
07 Busca Pessoal nos ocupantes do veículo.
08 Afastar os abordados do veículo, colocando ao lado da viatura (deslocamento lateral da zona de segurança).
09 Abertura e busca visual no porta malas do veículo, a fim de verificar se não há pessoas no seu interior.
10 Busca veicular no sentido horário e de cima para baixo (a depender do nível de suspeição verificar o capô do veículo).
11 Busca de Perímetro no entorno do veículo e na Zona de Segurança.
12 Técnica de identificação pessoal.
13 Técnica de identificação veicular.
14
Conclusão da abordagem com a exposição de motivos e liberação dos abordados ou adoção das 
medidas cabíveis, conforme previsão legal, além de consignar todos os dados para relatório de 
serviço.
15 Realizar a segurança dos abordados e aguardar a saída do veículo.
 
60 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
60 • CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS
6. ABORDAGEM COM OS DIVERSOS TIPOS DE GUARNIÇÃO MOTORIZADA
Abordagem com Guarnição Tipo A
Por questões de segurança, as Guarnições Tipo A não são adequadas para realizar abor-
dagem a veículo, pois deixará de ser empregada a técnica na sua plenitude. Isso se dá, so-
bretudo, pela falta do Patrulheiro que seria encarregado do Setor de Custódia e/ou Segurança 
Externa, que no caso da Guarnição Tipo A será feita pelo próprio Comandante. 
Um veículo suspeito tendo apenas um ocupante, proporcionará a Guarnição Tipo A uma 
possibilidade de controle maior da abordagem em comparação em uma situação que conte-
nha dois ocupantes, pois nesse último caso, quando o Comandante se encarregar da custódia 
do condutor do veículo, deixará de prestar atenção exclusiva ao segundo ocupante, pois estará 
ocupado também com o primeiro abordado (condutor)e é justamente nesse momento que 
surge o maior ponto de risco na ação, pois o Comandante por alguns instantes dividirá a sua 
atenção entre o abordado que está no anteparo e o que está desembarcando do veículo.
LEMBRETE 
Abordagem a veículo com três ou mais ocupantes não é tecnicamente viável ser 
realizada por esse tipo de guarnição. Quando uma Guarnição Tipo “A” se deparar com 
veículos com mais de 2 (dois) ocupantes, deve solicitar reforço/apoio à Central, e continuar 
acompanhando o veículo, até a chegada de outra Guarnição.
Procedimentos
O Comandante da guarnição realiza o semidesembarque ao mesmo tempo que o Moto-
rista, e tomam as seguintes posições: 
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se, semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, pro-
curando reduzir ao máximo a sua silhueta e determina que o condutor do veículo desligue 
o veículo (antes deverá abaixar o vidro e destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A 
partir desse momento será determinado ao abordado que retire a chave da ignição e a coloque 
sobre o teto, nessa mesma ação será ainda determinado ao abordado colocar as duas mãos 
para fora do veículo, e desça do veículo com as mãos sobre a cabeça, descendo do veículo de 
frente e se deslocando até a Zona de Segurança, a partir desse momento se utiliza as Técnicas 
de Contenção e Busca Pessoal.
61MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS • 61
MOTORISTA
O Motorista semidesembarca e se posiciona entre a coluna e a porta da viatura. Ele será 
responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo). Estando o abor-
dado já posicionado na Zona de Segurança, deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral 
esquerda do veículo suspeito, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde observará 
atentamente o veículo, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se existe mais 
algum ocupante no interior deste. Após este momento, deve também certificar, rapidamente, 
se o porta malas esta fechado e dar o “limpo” para a guarnição, e em seguida assume a função 
de Homem Busca, com o apoio do Comandante que será o Segurança de Busca.
Havendo um segundo abordado, a função do Motorista da guarnição será de grande 
responsabilidade, pois o Comandante estará dividido entre o primeiro abordado, que estará 
sendo custodiado na Zona de Segurança, e o segundo, que estará desembarcando, devendo o 
Motorista policial não desviar sua atenção do segundo abordado até que este esteja no local de 
custódia. Além disso, o Motorista fará a verificação do veículo sem apoio de fogo do Coman-
dante, visto que este estará com atenção na Zona de Segurança. Por esses motivos é que não 
é recomendável a abordagem a veículo com dois ocupantes. Este caso deve ser considerado 
como excepcional e em situações inevitáveis. 
 
LEMBRETE 
Atualmente na PMBA, praticamente todas as Unidades Operacionais se utilizam 
desse tipo de guarnição no policiamento, devendo os policiais terem a consciência do 
risco que uma abordagem com esse tipo de guarnição oferece, quando não observado os 
requisitos mínimos de segurança.
Abordagem com Guarnição Tipo B
Procedimentos
O Comandante da guarnição semidesembarca junto com o Motorista e o 
Patrulheiro nº 1 e tomam as seguintes posições:
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se, semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, pro-
curando reduzir ao máximo a sua silhueta e determina que o condutor desligue o veículo 
(antes deverá abaixar o vidro, destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A partir desse 
momento será determinado ao abordado que retire a chave da ignição e a coloque sobre o 
62 MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
62 • CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS
teto, nesta mesma ação será ainda determinado ao abordado colocar as duas mãos para fora 
do veículo, e desça do veículo com as mãos acima da cabeça, descendo do veículo de frente 
e deslocando-se até a Zona de Segurança, a partir desse momento se utiliza as Condutas de 
Contenção e Busca Pessoal.
MOTORISTA
O Motorista semidesembarca e se posiciona entre a coluna e a porta da viatura. Ele será 
responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo). Após estabelecida 
a Zona de Segurança com todos os abordados dispostos, assume a função de Segurança Ex-
terna, na passagem do patrulheiro para a Busca Visual do veículo.
PATRULHEIRO Nº 1
O Patrulheiro nº 1 desembarca pelo lado do Motorista, voltado para à retaguarda, rea-
lizando em um primeiro momento a segurança externa da guarnição. Estando o abordado já 
posicionado na Zona de Segurança, o patrulheiro deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela 
lateral esquerda do veículo suspeito, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde 
observará atentamente o veículo, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se 
existe mais algum ocupante no interior do mesmo. Após este momento, deve também cer-
tificar, rapidamente, se o porta malas esta fechado e dar o “limpo” para a guarnição, e em 
seguida assume a função do Homem Busca. Na passagem do Patrulheiro nº 1 pelo Motorista, 
este assumirá a funcão de Segurança Externa.
Após a Busca Pessoal, será realizada a verificação do porta malas do veículo no intuito 
de localizar pessoas. Ao finalizar a verificação do porta-malas, é realizada a Busca Veicular, 
acompanhado pelo condutor.
Abordagem com Guarnição Tipo C
Procedimentos
O Comandante da guarnição na posição de semidesembarque junto com o Motorista, 
Patrulheiro nº 1 e Patrulheiro nº 2, tomam as seguintes posições:
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, pro-
curando reduzir ao máximo a sua silhueta, e determina que o condutor desligue o veículo 
(antes deverá abaixar o vidro, destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A partir deste 
momento será determinado ao abordado que coloque a chave sobre o teto, mantenha as mãos 
para fora do veículo e desça com as mãos sobre a cabeça, deslocando-se, de frente, até a 
63MANUAL BÁSICO DE ABORDAGEM POLICIAL | Polícia Miitar da Bahia
 CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS • 63
Zona de Segurança, utilizando as Condutas de Conteção e Busca Pessoal. O Comandante será 
o Segurança de Busca.
MOTORISTA
O Motorista desembarca do seu lado, posicionando-se entre a coluna e a porta da viatu-
ra. Ele será responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo), quan-
do o Patrulheiro nº 1 fizer a verificação do veículo ele assumirá a Segurança Externa, podendo 
acumular com a Segurança de Custódia 2, a depender do número de ocupantes do veículo.
PATRULHEIRO Nº 1
O Patrulheiro nº 1 desembarca pelo lado do Motorista e se posiciona, inicialmente, 
fazendo a segurança externa. Quando o abordado estiver posicionado na Zona de Seguran-
ça, o Patrulheiro nº 1 deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral esquerda do veículo 
suspeito, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde observará atentamente o veí-
culo abordado, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se existe mais algum 
ocupante no seu interior. Após este momento, deve também certificar, rapidamente, se o porta 
malas esta fechado e dar o “limpo” para a guarnição, momento em que assume a função de 
Homem Busca. Na passagem do Patrulheiro nº 1 pelo Motorista, este assumirá a função de 
Segurança Externa. 
PATRULHEIRO Nº 2 
O Patrulheiro nº 2 desembarca pelo lado do Comandante e se posicionam ambos ao 
mesmo lado, atento ao flanco direito do veículo abordado e a saída dos ocupantes até a Zona 
de Segurança. Após a saída do primeiro abordado e durante o seu deslocamento para o Setor 
de Custódia, o patrulheiro se volta para esse local e assume a função de Segurança de Custó-
dia até o fim da abordagem.
LEMBRETE
A dependender do número de ocupantes do veículo a ser abordado, o acúmulo da 
função de Segurança de Custódia 2 pelo

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