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Um dos maiores destaques do paisagismo contemporâneo no Brasil é Fernando Chacel, que em mais de cinqüenta anos de atuação profissional trabalhou na restauração de ecossistemas degradados. Suas maiores influências foram o paisagista Burle Marx e o botânico Luiz Emygdio, com os quais dividiu experiências profissionais que o levaram a definir sua linha projetual. O seu trabalho evidencia a possibilidade de se estabelecer esse diálogo: a urbanização e o desenvolvimento econômico e tecnológico podem acontecer sem que para isso seja necessário destruir ou esgotar os recursos naturais. Esta é a filosofia da ecogênese. A ecogênese é a reconstituição de ecossistemas parcialmente ou totalmente degradados, valendo-se de uma re-interpretação do ecossistema através do replantio de espécies vegetais autóctones, em um trabalho de equipe multidisciplinar, envolvendo profissionais de botânica, biologia, zoologia, geografia, entre outros, além do arquiteto paisagista. A maioria de seus clientes concentra-se no Rio, sobretudo pelos projetos da Barra da Tijuca que engendram outras intervenções por responderem a questões legais. Chacel afirma que, ao perguntar a seus clientes se eles fariam esse projetos de recuperação ou compensação ambiental caso não houvesse obrigatoriedade da lei, a grande maioria deles responde que não. Desta forma, podemos concluir que a imposição de uma lei ambiental é fator decisivo para a implantação de projetos de recuperação e preservação ambiental. Chacel trilhou muitos caminhos até definir-se como arquiteto-paisagista, sempre inclinado à vocação para o mundo das artes. Arquiteto - Paisagista Carioca 1931-2011 Fernando Chacel Tragetória 1948 Entrou na Escola de Belas Artes. 1952 Começou a trabalhar com Burle Marx, como estagiário. 1966 Estudou Urbanismo na França. Vivia da música, ainda não sabia qual iria escolher, música ou arquitetura. Momento decisivo na carreira de Chacel. Ecogênese "Todo empresário que constrói na Barra da Tijuca é obrigado, por lei, a oferecer uma recompensa à cidade equivalente à área construída." Disciplina: Composição da Paisagem II / Professores: Aline Cesa e Alvaro Mauricio / Alunas: Jéssyca Martins, Katharine Back e Maria Luiza Scheidt / FATENP Foi o primeiro projeto de Chacel a incorporar o método da ecogênese, em parceria com o botânico Luiz Emygdio. O Parque da Gleba E foi uma iniciativa da Construtora Carvalho Hosken para adequar a área a uma nova concepção de empreendimento imobiliário. No início dos anos de 1980, a área apresentavam um quadro de destruição quase completa do ecossistema local, com ocupações irregulares e aterros. A flora local encontrava-se em vias de extinção praticamente desertificada, sobreviviam ainda pequenos trechos isolados de vegetação, onde se encontravam algumas espécies de bromélias e cactáceas, mas em grande parte, o ressecamento do solo provocou na península um excesso de mineralização. Chancel propôs que a área total edificada seria menor que a área livre compreendendo ruas, passeios e áreas verdes. Localizado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Disciplina: Composição da Paisagem II / Professores: Aline Cesa e Alvaro Mauricio / Alunas: Jéssyca Martins, Katharine Back e Maria Luiza Scheidt / FATENP Originalmente coberta por vegetação de manguezal, a área sofreu uma série de invasões sem que houvesse controle por parte do poder público. Em 1992, constatou-se que a área encontrava-se em situação de degradação quase completa do ecossistema, devido às ocupações irregulares e sucessivos aterramentos. A reconstrução foi uma iniciativa da construtora Carvalho Hosken junto com a Prefeitura do Rio, em 1994. - Chacel propôs recuperar o manguezal, introduzir a vegetação de restinga, fazer um jardim de bromélias e introduzir elementos da mata atlântica de forma abrangente. Proposta Disciplina: Composição da Paisagem II / Professores: Aline Cesa e Alvaro Mauricio / Alunas: Jéssyca Martins, Katharine Back e Maria Luiza Scheidt / FATENP Está situado acima dos bairros Leblon e Vidigal. É um dos morros mais importantes e majestosos da cidade do Rio de Janeiro medindo aproximadamente 530 metros de altura, está a 35 metros acima do nível do mar. Iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, 1996. A vegetação da encosta encontrava-se completamente devastada, não havendo mais remanescentes da flora nativa, apenas o capim-colonião, espécie invasora que impede o desenvolvimento da flora autóctone. Proposta - Reflorestamento visando recuperar a área de mata atlântica e restinga que outrora existira no local. - Entre as espécies nativas transplantadas encontram-se helicônias, jequitibás, palmeiras, filodendros e bromélias. - O projeto também conta com mirantes e decks de madeira, teatro de arena, quadra polivalente, centros de convivência com área de recreação e piquenique e horta comunitária. Disciplina: Composição da Paisagem II / Professores: Aline Cesa e Alvaro Mauricio / Alunas: Jéssyca Martins, Katharine Back e Maria Luiza Scheidt / FATENP Referências: encurtador.com.br/iDHMX encurtador.com.br/hyAE4 encurtador.com.br/kqBR9 encurtador.com.br/gkuxM
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