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Conto "Carnê de baile" em "Mínimo Múltiplo Comum", de Rosa Amanda Strausz

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Análise do conto “Carnê de baile” em Mínimo Múltiplo Comum (1991)
Rosa Amanda Strausz
– “O que vem pela frente nunca é o que a gente imagina”.Rosa Amanda Strausz estreou na literatura com o premiado livro de contos Mínimo Múltiplo Comum, em 1990. Logo, porém, a carreira de escritora para adultos foi interrompida pela descoberta de um novo talento – a de escrever para jovens e crianças. Desde então, lançou mais de uma dezena de títulos infanto-juvenis. A autora escreve com desenvoltura e habilidade sobre temas pouco tratados no universo infantil: as novas configurações familiares, as relações sociais entre classes, divórcio, sexo, nascimento, gravidez e violência urbana. Uma de suas grandes obras, Uólace e João Victor foi adaptada para a TV dentro da série Cidade dos Homens, dirigida pelo cineasta Fernando Meirelles. O livro trata da cisão social, mostrando um dia na vida de Uólace, um menino de rua, e de João Victor, um típico filho da classe média. 
 
Blog da autora (jogar link para
www.rosaamandastrausz.wordpress.com)
OBRAS
 
Contos 
Mínimo Múltiplo Comum – 1990, José Olympio (esgotado)
POESIA
Bispo e Colombina – 1992
Infantil & Juvenil
Uma família parecida com a da gente / il. Ivan Zigg – 1998, Ática
O Peixe dos Dentes de Ouro/Coleção Tião Parada - 1998, FTD
Quanta Casa/Coleção Tião Parada / il. Eduardo Albini - 1998, 2005, FTD
O Livro do Pode Não Pode/Coleção Tião Parada - 1998, 2005, FTD
Os Meninos-Caracol/Coleção Tião Parada / il. Eduardo Albini - 1998, 2007, FTD
O Caminhão Que Andava Sozinho /Coleção Tião Parada - 1998, 2007, FTD
Deus me livre! / il. Mirna Maracajá – 1999, Cia das Letrinhas
Salsicha quer falar / il. Ivan Zigg – 1999, Ed. Moderna 
Para que serve essa barriga tão grande? / il. Ivan Zigg – 2003, FTD
Alecrim – 2003, (nova edição no prelo), Nova Fronteira
Fábrica de monstros / il. Michele Lacocca – 2005, Global
Mamãe trouxe um lobo para casa / A coleção de bruxas do meu pai / il. Laurent Cardon (73 págs.) – 1995, 2010, FTD
O Herói Imóvel / il. Rui de Oliveira – 2011, Rovelle
Um nó na cabeça / il. Laurent Cardon (50 págs.) – 1998, 2011, FTD
Sete Ossos e uma Maldição(Contos de terror e mistério)(112 págs.) - 2006, 2013, Global
Os Sete Filhos de Tau e Kerena - (no prelo), Nova Fronteira
Uólace e João Victor / il. Gustavo Piqueira e SamiaJacintho (96 págs.)  - 1999, 2003, 2014, FTD 
Nico / il. Suppa - 2009, 2014, Nova Fronteira
O reino partido ao meio / il. Natalia Colombo – 2016, Companhia das Letrinhas
Metade de Pai, Metade de Mundo – (no prelo), Lê
Não Ficção: Ensaio, Biografia
Teresa, a santa apaixonada – 2004, Objetiva
Edições Estrangeiras
Chile: Um Reino Partido por laMitad / O Reino Partido ao Meio – 2018, Zig-Zag
China: O Reino Partido ao Meio – (no prelo), Weber Publication
França: Uólace e João Victor - 2005, (direitos revertidos)
França: Uólace e João Victor (edição pocket) - 2005, Seuil / Métailié
Portugal: Teresa, a Santa Apaixonada - 2005, Oficina do Livro – Casa das Letras
Prêmios
Prêmio Jabuti, categoria Contos, 1991, por Mínimo múltiplo comum
Prêmio Revelação FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) em 1995, por Uólace e João Victor
Prêmio João-de-Barro, da Prefeitura de Belo Horizonte, 1998, por Uólace e João Victor 
e selo Altamente recomendável FNLIJ, 1999, por Uólace e João Victor
Prêmio Jabuti, categoria Infantil, 2012, por O Herói Imóvel
Recente:
Duas bocas, romance erótico publicado pela Nova Fronteira (2014), Fugu conta a história de um casal apaixonado por receitas afrodisíacas.
http://blogdafugu.blogspot.com/?zx=593cee41d1143633
· MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
Lançado no dia 11 de dezembro de 1990 pela editora José Olympio, o livro contém 63 páginas e 42 microcontos e ainda não foi reeditado.
Conto prateadoSenhor bicicleta
O Sol é verde 
Procura-se um vendedor
Viagens fantásticas
Tempo III
Os anjos
Água
Rotina
Tempo I
O gênio
Conto vazio
Tempo IV
Jogos
O telefone
Em branco
As visitas
Zen
Corpus Christi
Deus tem fome
Conto vermelho
Carnê de baile
Conto preto
Recriação do mundo
Tempo II
O banquete
O esquecimento
Tropicalmente vampira
A educação pela seda
A nefelibata e a nefelomante
Amor eterno
Conto colorido
Muito romântica
O vôo da borboleta
A casa completa
Quase erótico
A pedra 
Açúcar
Deus existe
Ainda o verbo
Perfeita geometria
Lia
· A obra, o seu contexto de publicação e o campo literário da época:
Conforme aponta o pesquisador e escritor Adauri Bastos no texto “Viva a vanguarda: literatura brasileira contemporânea à luz da ruptura” (2009) a produção ficcional brasileira contemporânea se mostra como o oposto do otimismo experimentado na belle époque, período em que reinava a utopia do progresso. Em desencanto provenienete de experiências de assombro como os regimes totalitários, a literatura brasileira contemporânea é, contudo, herdeira da diversidade de pensamento e produção artística dos anos 60 e 70, anos em que prevalecia uma outra utopia da grande revolução: 
A literatura brasileira contemporânea de qualidade não tem sequer traço do otimismo da Belle Époque, com a qual porém partilha a pluralidade. Ao lado de escrevinhadores e poetastros limitados à repetição de fórmulas, encontram-se ficcionistas e poetas que produzem com consciência, ocupam espaços próprios, publicam textos que nada devem ao que se faz lá fora e, em conjunto, constituem um vasto leque de estilos.
Podemos considerar, dessa maneira, o ano de 1990 como emblemático para a literatura brasileira, uma vez que, segundo Luiz Ruffato (2013), as condições de produção artística se modificam ampliando e diversificando o mercado editorial no Brasil: 
Ninguém imaginaria, no começo dos anos 1990, que aquela seria a década de transição de um país assolado por crises institucionais (o presidente Fernando Collor, na iminência de sofrer um impeachment, renuncia ao cargo em 1992) e econômicas (hiperinflação, confisco) para um país democrático, com uma economia estável, diversificada e dinâmica. O mercado editorial, devagar, retoma as apostas em autores nacionais, que voltam a atrair, ainda que timidamente, a simpatia do público. E o conto, pouco a pouco, ganha espaço, dividindo equitativamente com o romance a preferência de escritores e leitores.
A publicação da antologia Geração 90 – Manuscritos de computador, organizada por Nelson de Oliveira[São Paulo: Boitempo, 2001], se tornará um marco não só do lançamento de uma jovem geração de escritores, mas talvez principalmente de uma nova postura dos autores em relação ao mercado editorial. Acentua-se uma tendência que vinha da década de 1970, de ausência de movimentos, correntes ou filiações estéticas: cada um é sua própria escola[xxxvi]. A paisagem urbana torna-se hegemônica[xxxvii] e abarca agora quase todas as regiões do país, embora Rio de Janeiro e São Paulo ainda se sobreponham como cenário privilegiado. Evidencia-se ainda a ampliação do espaço das mulheres no campo literário, não só como escritoras, mas também como profissionais nas casas editoriais[xxxviii].
[xxxvi] -  “A ficção brasileira contemporânea está concentrada em solo urbano. E, assim como acontece com as grandes metrópoles, é difícil encontrar um eixo que a defina. (…) Em todos eles [os escritores deste período], permanece como experiência de fundo o desenraizamento proporcionado pela cidade.” In: PINTO, Manuel da Costa. Literatura brasileira hoje. São Paulo: PubliFolha, 2004, pág. 82.
[xxxvii] O romancista Francisco Dantas (Riachão do Dantas, SE, 1941) (Coivara da memória, Os desvalidos, Cartilha do silêncio, Caderno de ruminações) e o contista Antonio Carlos Viana (Aracaju, SE, 1946) (O meio do mundo e outros contos, Aberto está o inferno) surgem como raras exceções.
[xxxviii] V. RUFFATO, Luiz. 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira. Rio de Janeiro: Record, 2004. E ainda: RUFFATO, Luiz. Mais 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira. Rio de Janeiro: Record, 2005.
· Recepção da obra
“Mínimo múltiplo comum é um desses raríssimos livros cujo título define com o máximo e exatidão todas as intenções do conteúdo.Ou seja, é mínimo, porque satisfaz a preocupação da autora em desbastar o texto, fazendo com que o produto final, às vezes reduzido a duas linhas, seja o transmissor mais adequado a sua ideia ficcional. É múltiplo, porque, através do mínimo, oferece infinitas significações, tão possíveis quanto surpreendentes. Finalmente – e talvez o mais importante – é comum, porque a grande maioria de suas narrativas começa ou termina com a substantivação de fragmentos desconcertantes, de tão objetivos, que logo deságuam no oceano da grandeza. (...) Já houve quem lesse Rosa Amanda Strausz e resolvesse classifica-la objetivamente de escritora minimalista. Na verdade, trata-se de uma simplificação insuficiente, uma vez que em Literatura com L maiúsculo vale mais o depois da leitura do que o durante.” (GIUDICE, Victor apud STRAUSZ, 1990, grifos do autor)
“Mínimo Múltiplo Comum, livro de estreia da carioca Rosa Amanda Strausz, é um exemplo fecundo de literatura minimalista. Editado pela José Olympio e lançado no rio na Livraria Timbre, dia 11 passado, o livro já traz no título essa proposta de contenção expressiva. A palavra “Mínimo” reflete as intenções da autora de reduzir o jogo de palavras ao essencial e, enquanto “Múltiplo” refere-se às muitas interpretações possíveis de cada conto (algumas surpreendentes), “Comum” nos remete ao cotidiano fragmentário de nossas vidas, fonte de inspiração que, como notou Giudice (que assina a orelha da obra) ‘de tão objetivos logo desaguam no oceano de grandeza subjetiva” (MARGUTTI, Mario, 1990, ed. 00061, p.01, in: Jornal do Commercio)
· O minimalismo foi a grande tônica das propostas estéticas do século XX, como o Modernismo, Construtivismo, Pop Art, etc. A literatura minimalista brasileira dos anos 90 e início do novo milênio – Dalton Trevisan publica livro de microcontosAh, é? em 1994 e em 2004 Marcelino Freire organiza uma antologia de microcontos com prefácio de Ítalo MoriconiOs cem menores contos brasileiros do século pela editora Ateliê Editorial. Outros autores importantes do estilo são Ernest Hemingway e Augusto Monterroso. 
“Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século, livro organizado pelo escritor Marcelino Freire, é uma radicalização enriquecedora para a compreensão, estudo e aceitação - ou não - do novo gênero. Já na apresentação, o organizador explica a proposta e evita a polêmica da categorização: ‘[...] resolvi desafiar cem escritores brasileiro, deste século, a me enviar histórias inéditas de até cinquenta letras (sem contar título, pontuação). Eles toparam. O resultado aqui está. Se 'conto vence por nocaute', como dizia Cortázar, então tomá lá.’ Note que Freire se refere a contos. Ou seja, apesar do subtítulo do livro falar em microcontos, o prefixo micro indica apenas que são contos pequenos, e não a intenção de classificar o microconto enquanto gênero literário próprio. Cerca de um ano depois, na apresentação do livro Contos de Bolso, espécie de versão gaúcha do Cem Menores, Freire já fala em uma ‘literatura menor’ e refere-se ao miniconto como um gênero diferente: ‘Uma literatura menor. Por que não? Pequena, magra, enxuta. Como toda boa literatura. Na penúria. Só o osso. [...] Deixemos de conversa. Cortázar já escreveu miniconto. Kafka também, ora essa. Dalton Trevisan é nosso grande mestre’ [...].’Mas será possível produzir um conto, ‘uma estrutura armada de 'maneira inteligente', que tira literalmente o máximo do mínimo’ (Moscovich, 2005) em apenas cinquenta letras? Caberá em tão pouco espaço a intensidade, a tensão e o estranhamento propostos por Cortázar?Edgar Allan Poe, é bem verdade que em outro contexto, ao defender as short stories, já acusava a valorização dos críticos à extensão de uma obra de nefasta e mal fundada (apud Eikhenbaum, 1971), o que nos previne de eventuais preconceitos em relação ao número de letras.’ (SPALDING, Marcelo, 2017)
· ESTADO DA ARTE – 
MURY, Viviane de Guanabara. Caos e harmonia em Rosa Amanda Strausz. In: Revista Fórum de Literatura Contemporânea Brasileira, v.2, n.3, 2010, pp.01-13.
XAVIER, Anderson da Costa. Uma leitura de Mínimo Múltiplo Comum, de Rosa Amanda Strausz. In: Revista Uniabeu, v.5, n.9, abr. 2012, pp. 01-12.
· CARNÊ DE BAILE 
 Os bailes e seus rituais
Os bailes, um dos principais eventos sociais da Era Vitoriana (1837-1901), possuíam entre os acessórios indispensáveis às moças (e também aos rapazes) da sociedade, os carnês, isto é, pequenos cartões dobrados ou livretos impressos, os quais eram ornamentados em diferentes modelos e estilos. Os materiais de confecção dos carnês estavam diretamente relacionados com a situação econômica da família e o estado civil de seu proprietário, proporcionando, aos pretendentes, informações sobre o parceiro almejado. Cabe ressaltar que o carnê garantia que nenhum frequentador do baile retornasse ao lar sem dançar ao menos uma vez. À exceção das aias (empregadas pessoais das damas da sociedade), das senhoras mais velhas e das viúvas. Muitas vezes, tais carnês faziam parte de um conjunto de acessórios, constituído também por agenda, bolsa e livro de orações.
Fonte: https://artsandculture.google.com/exhibit/carn%C3%AAs-de-baile-e-os-traquejos-damoda/ogJiswlE2kOZIQ?hl=pt-BR (GOOGLE ARTS & CULTURE)
· Estrutura:
- Narradora-personagem 
- Foco narrativo em primeira pessoa
- Linguagem informal, quase coloquial em tom de confissão ou contação de estórias
- Cronologia incerta dos acontecimentos, pois a narradora “mente”, desconstruindo a verossimilhança e reforçando o pacto ficcional.
· REFERÊNCIAS 
BASTOS, Dau. Viva a vanguarda: a literatura brasileira contemporânea à luz da ruptura. In: Revista literatura brasileira contemporânea, v.1, n.1, 2009, pp. 33-51.
Verbete “Rosa Amanda Strausz”. Disponível em: <http://www.agenciariff.com.br/site/AutorCliente/Autor/34> Acesso em 09/06 às 12h
CASTRO, Patrícia; PUCU; Thais. PAULINO, Clara; FIORANTE, Ingrid (Curadoria); PAULINO, Clara; GHELMAN, Laura. Carnês de baile e os traquejos da moda: os carnês de baile e outros acessórios nos costumes da sociedade brasileira do século XX. Exposição organizada pela Casa da Marquesa de Santos/ Museu da Moda Brasileira/ Fundação Anita Mantuano de Artes do Rio Janeiro.
MARGUTTI, Mario. Mergulho minimalista na grandeza subjetiva. In: Seção Capital Cultural, Jornal do Commercio, ed. 00061, p.01, 1990.
RUFFATO, Luiz. Alguns apontamentos sobre a literatura brasileira contemporânea. Texto publicado em 27/05/2013 no site Conexões Itaú Cultural. Disponível em: <http://conexoesitaucultural.org.br/biblioteca/alguns-apontamentos-sobre-a-literatura-brasileira-contemporanea/> Acesso em 10 de jun. 2018 às 15h.
SPALDING, Marcelo. A narratividade no microconto: - estudo narrativo da obra Os cem menores contos brasileiros do século. Texto publicado em 24/09/2017. Disponível em: <https://minimalismo5.webnode.com/l/artigo-1/> Acesso em 12 de jun. 2018 às 12h.
STRAUSZ, Rosa Amanda. Mínimo Múltiplo Comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
Fonte: https://www.facebook.com/rosaamandaoficial/

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