Livro digital - Aula 1 - Noções de Administração Orçamentária e Financeira e Orçamento Público para ADASA com Videoaulas (Técnico de Regulação - Pós-Edital)

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Administração Financeira e Orçamentária - AFO 
para ADASA com Videoaulas (Técnico de 
Regulação - Pós-Edital) 
Aula 1 
Prof. Ronaldo Quintanilha 
 
AFO para ADASA com Videoaulas 
Técnico de Regulação - PÓS-Edital 
Aula 1 
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Olá, seja bem-vindo(a) à aula 1 do Curso de Administração 
Financeira Orçamentária (AFO) para ADASA com Videoaulas 
(Técnico de Regulação - Pós-Edital). 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INFORMAÇÕES INICIAIS .................................................................................. 3 
Apresentação do Professor ........................................................................... 3 
Metodologia de Ensino ................................................................................. 6 
Conteúdo do Curso ...................................................................................... 7 
CONTEÚDO DA AULA 1 .................................................................................... 9 
1. ORÇAMENTO PÚBLICO E AFO ........................................................................ 9 
2. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO ........................................................... 13 
4. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ............................................................................. 17 
5. ORÇAMENTO PÚBLICO ............................................................................... 20 
5.1 O ORÇAMENTO É IMPOSITIVO? .................................................................. 22 
6. ORÇAMENTO NA CF/88 ............................................................................... 25 
6.1 PPA ................................................................................................... 30 
6.2 LDO .................................................................................................. 35 
6.3 LOA ................................................................................................... 39 
ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA .................................................................... 46 
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................. 51 
QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS .................................................................... 77 
GABARITO ................................................................................................... 89 
 
 
 
 
 
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INFORMAÇÕES INICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação do Professor 
Olá, tudo bem com você? 
 
Meu nome é RONALDO QUINTANILHA, peço licença para me 
apresentar, sou mestrando em Poder Legislativo pelo Centro de Formação, 
Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados (Cefor/CD). Pós-
Graduado em Orçamento Público pelo ISC/TCU. Graduado em Gestão Pública 
pela Universidade Unicesumar do Paraná. 
 
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Iniciei minha jornada pelos concursos públicos, quando fui aprovado para 
o curso de sargento e de oficial do Exército Brasileiro. Depois, entre 2006 e 
2009, fui aprovado nos seguintes concursos: 
• Analista Administrativo – Área 1 (Ciências Contábeis) da Agência 
Nacional de Telecomunicação (Anatel) – Banca CESPE/UNB; 
• Analista Judiciário – Área Administrativa do Tribunal Regional 
Federal da 1ª Região (TRF) – Banca FCC; 
• Analista de Controle Interno do Ministério Público da União (MPU) - 
Banca FCC; 
• Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União 
(AFC/CGU) – Banca ESAF; 
• Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União 
(AuFCe/TCU) – Banca CESPE/UNB. 
Ao final, obtive sucesso no concurso para o cargo de Analista 
Legislativo – Técnica Legislativa da Câmara dos Deputados de 2012, 
organizado pela Banca CESPE/UNB. 
Portanto, sou daqueles que acredita no instituto do concurso público, 
percebi o quanto isso promoveu a melhoria e a qualidade dos serviços 
prestados e mudou a vida de muita gente. Sendo assim, sou, antes de tudo, 
concurseiro igual a você! 
Atualmente, diante de inúmeros preparatórios e sites especializados, o 
desafio é saber escolher o curso mais adequado para sua preparação, 
com direção pedagógica capacitada, professores comprometidos e experientes, 
conteúdo objetivo e sempre acompanhando as bancas organizadoras dos 
concursos. Da mesma forma que você, o curso tem de ter Compromisso, 
Dedicação e Foco. Tanto o aluno quanto o preparatório têm de ser CDF! 
E mais um pouco sobre mim, exerci minhas atividades durante onze anos 
no Exército Brasileiro, um ano e meio na CGU e cinco anos no TCU, nesses dois 
últimos, sempre utilizando os conhecimentos vinculados à área 
orçamentária e financeira, para desempenhar as atividades de auditoria e 
fiscalização. 
 
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Na Câmara dos Deputados, um lugar único e diferenciado para se 
trabalhar, ministro cursos de orçamento público e produzo conteúdo para o 
Cefor/CD. Além disso, o meu dia a dia está ligado à área legislativa e 
orçamentária também. Acompanho a Comissão Mista de Planos, 
Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) e auxilio a elaboração de 
emendas individuais de parlamentares e de bancada. 
Ademais, em razão do interesse no tema “Orçamento”, procuro contribuir 
com o debate e disseminar um pouco do que sei. Gosto muito das palavras de 
Beda, monge inglês, do séc. VIII, que disse: “Há três caminhos para o 
fracasso: não ensinar o que se sabe, não praticar o que se ensina; não 
perguntar o que se ignora”. Por isso, além das aulas, escrevo alguns 
artigos: 
• Orçamento da defesa nacional de 2010 a 2018: análises e 
perspectivas. Rev.Bras. Planejamento e Orçamento. Vol. 9, nº 1, 2019. 
pp. 74 – 96; 
• Não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) - Análise das 
alternativas, tratamento pelas LDOs e proposta de solução. Fórum 
de Contratação e Gestão Pública (Impresso), v. 1, p. 60-70, 2013. 
• Do enfraquecimento à extinção do anexo de prioridades e metas da 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): elimina-se o problema, mas 
não as causas. Ver. do Tribunal de Contas da União, v. 1, p. 132-141, 
2011. 
“Estar decidido, acima de qualquer coisa, é o segredo do êxito.” 
Henry Ford 
 
Decidiu? Então, bora estudar! 
 
Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas ao estudo 
desta disciplina, siga minhas mídias sociais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Metodologia de Ensino 
O CDF Concursos proporciona os instrumentos mais adequados para que 
você alcance seu objetivo: aprovação em um concurso. O material é 
elaborado a partir das necessidades do concursando, dos editais e das provas 
anteriores, sempre pensado pelo professor que viveu essa experiência de 
preparação durante anos. 
A Administração Financeira Orçamentária ou como o Edital da Adasa 
trouxe: Administração Orçamentária e Financeira,está mais próxima de seu 
dia a dia do que você possa imaginar. A todo instante estamos 
conversando sobre as receitas auferidas e os gastos efetuados. Seja em rodas 
de amigos, seja na família, em nosso trabalho, condomínio, clube etc. 
Você poderia dizer: Professor Quintanilha, quando saiu o Edital da 
Adasa, tomei um susto! Eu te digo: Fique tranquilo. Não foi só você, todos os 
candidatos demoraram para digerir a quantidade de matéria, isso não é ruim. 
Um dos concursos que obtive sucesso, foi para a Anatel – Contador, eram dez 
vagas, fiz para me preparar e testar, porque não preenchia os requisitos para a 
posse (diploma de contabilidade). As matérias eram extensas e o que eu fiz: 
ESTUDEI da forma correta! Muitos não quiseram encarar a prova, havia cerca 
de novecentos inscritos. 
Este curso possui uma parte teórica, com destaques e dicas “bizus” 
(gíria do Exército) dos pontos mais relevantes, e uma lista de questões 
inseridas logo após a teoria, para que você identifique rapidamente como a 
Banca formula as questões, quando não for possível utilizar a banca IADES, 
incluirei questões essenciais de outras organizadoras. 
Depois, essas elas estão acompanhadas dos respectivos comentários ou 
em outra lista sem os comentários, para seu treinamento. 
Ao final de cada aula, farei um RESUMO ESQUEMATIZADO do assunto 
abordado, realçando os itens principais, a fim de que você possa, de forma 
rápida, fazer uma revisão. Todas as vezes que for iniciar um assunto, faça 
 
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uma breve recuperação das informações anteriores pelo resumo e pelas 
anotações que tenha feito. 
Não se esqueça de que já fui do Exército, onde aprendi que “O 
treinamento deve ser difícil para que o combate seja fácil”. Vamos 
“suar” na preparação da prova e quando chegar seu grande dia, você estará 
confiante e merecedor da vitória. 
 
Conteúdo do Curso 
 A disciplina Administração Financeira Orçamentária ou Administração 
Orçamentária e Financeira tem peso 1,5 na sua prova da Adasa. Colocamos 
toda nossa energia para elaborar um conteúdo especial voltado para o seu 
sucesso. 
 
AULA CONTEÚDO - Item do Edital da Adasa 
Aula 1 
1. Orçamento Público 
1.1 Conceito 
Aula 2 
2. O orçamento público no Brasil 
2.1 Sistema de Planejamento e de Orçamento 
2.2 PPA 
2.3 LDO 
2.4 LOA 
 
1.5 Processo Orçamentário 
Aula 3 
1.4 Ciclo Orçamentário: Elaboração da proposta, 
Discussão/Votação/Aprovação, Execução, controle/ avaliação. 
Ciclo expandido e restrito. 
 
2.1 Sistema de Planejamento e de Orçamento 
2.5 Sistema e processo de orçamentação 
Aula 4 
1.2 Técnicas Orçamentárias. Classificação do Orçamento 
Público (tradicional/moderno; Legislativo/Executivo/Misto; 
Ascendente/ Descendente/Misto; base-zero; Incremental; 
 
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Participativo, Tradicional/Desempenho/ Programa). 
Aula 5 
1.3 Os princípios do Orçamento Público (Anualidade, Unidade, 
Universalidade, Orçamento Bruto, Equilíbrio, Programação, 
Exclusividade, Especificação, Publicidade, Transparência, 
Clareza, Precedência, Legalidade, Não Vinculação e outros) 
Aula 6 2.8 Créditos ordinários e adicionais: Suplementar, Especial e 
Extraordinário. 
Aula 7 4. Receita Pública 
4.1 Receita. Conceito. Classificação. 
4.3 Fontes 
4.4 Dívida Ativa 
 
2.6 Classificação orçamentária 
Aula 8 5. Despesa Pública 
5.1 Despesa. Conceito. Classificação. 
 
2.6 Classificação orçamentária 
2.7 Estrutura programática 
Aula 9 3 Programação e execução orçamentária e financeira 
3.1 Descentralização orçamentária e financeira 
3.2 Acompanhamento da execução 
3.3 Sistemas de informações 
3.4 Alterações orçamentárias 
Aula 10 4.2 Estágios da Receita 
 
5.2 Estágios da Despesa 
5.3 Restos a Pagar. 
5.4 Despesas de Exercícios Anteriores. 
5.5 Dívida Flutuante e Fundada 
5.6 Suprimento de Fundos. 
Aula 11 6. Lei Complementar nº 101/2000 e suas alterações (Lei de 
Responsabilidade Fiscal). 
Aula 12 7. Lei 4.320, de 1964, e suas alterações 
 
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CONTEÚDO DA AULA 1 
O conteúdo dessa aula 1 é sobre o Orçamento Público, abordando 
principalmente a Administração Orçamentária e Financeira (AFO), a Atividade 
Financeira do Estado (AFE) e noções constitucionais sobre leis do sistema de 
planejamento e orçamento federal: PPA, LDO e LOA, por fim, tratamos do 
Orçamento Impositivo (tema NOVÍSSIMO!!!). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. ORÇAMENTO PÚBLICO E AFO 
O que é AFO ou Administração Orçamentária e Financeira? 
Qual o significado da sigla AFO?! E é AFO e não Afff! Hein! 
Vou pedir licença, pelo menos por enquanto, aos doutrinadores e 
grandes mestres, para recorrer ao nosso verdadeiro guia, somos 
concurseiros ou não!? Não é momento de teses, profundas questões ou 
reflexões, o que vai nos guiar é o EDITAL. 
EDITAL DA ADASA (DODF, nº 42, de 4 de março de 2020) 
B) CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
Padronização de siglas 
- Administração Financeira do Estado: AFE 
- Administração Financeira e Orçamentária: AFO 
- Atos das Disposições Constitucionais Transitórias: ADCT 
- Banco Central do Brasil: BC 
- Câmara dos Deputados: CD 
- Constituição Federal de 1988: CF/88 
- Distrito Federal: DF 
- Emenda Constitucional: EC 
- Lei de Diretrizes Orçamentárias: LDO 
- Lei de Responsabilidade Fiscal: LRF 
- Lei Orçamentária Anual: LOA 
- Medida Provisória: MP 
- Plano Plurianual: PPA 
- Supremo Tribunal Federal: STF 
 
 
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Noções de Administração Orçamentária e Financeira e Orçamento Público. 1. Orçamento 
Público. 1.1 Conceito... 
Para você entender melhor, pode-se afirmar que a AFO é o estudo da 
Atividade Financeira do Estado (AFE), que iremos ver logo a frente. 
E como fica o Direito Financeiro, que é um ramo do Direito Público, 
conforme preceitua a Constituição Federal de 1988: 
CF/88: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II – orçamento. 
O “orçamento” não está no inciso I do art. 24 e, em análise literal, 
interpreta-se como não sendo um ramo do direito, mas, em razão da 
importância, ficou em destaque de forma separada do direito financeiro. 
O Direito Financeiro aborda os aspectos positivados e AFO envolve 
também temas do Direito Financeiro, além de outros, mas com enfoque 
operacional e administrativo. 
 
 
 
 
Guarde bem! O Direito Financeiro e Orçamento são matérias da 
competência concorrente entre a União, Estados e o DF. Somam-se, ainda, 
os municípios a quem cabe legislar de forma suplementar a legislação federal e 
estadual, e sobre assuntos de interesse local. 
Ou seja, o Distrito Federal pode legislar sobre Direito Financeiro ou 
Orçamento? Sim! 
LODF: 
 
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Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União, legislar sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - 
orçamento; 
II – orçamento. 
 
Para guardar: 
 
Cabe ainda destacar os seguintes itens sobre as matérias do art. 24 da 
CF/88, que faz parte da disciplina de Direito Constitucional: 
• Ratificar que essas matérias são de competência legislativa 
concorrente. Assim, cabe à União estabelecer normas gerais. 
• A competência da União para legislar sobre normas gerais não 
exclui a competência suplementar dos estados e DF. 
• Inexistindo a lei federal emanada pela União, os Estados e o DF 
podem legislar sobre as normas gerais. 
• Dessa forma, os Estados e o DF estariam exercendo a 
competência legislativa plena. 
• Se sobrevier lei federal de normas gerais, ocorre a suspensão da 
eficácia das normas gerais dos Estados e do DF (e não 
revogação). 
Vamos dar uma olhada em questões envolvendo essas competências: 
QUESTÃO DE PROVA 
 
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MPE-GO - Assistente Administrativo - Adaptada - Julgue o item a seguir, 
acerca de conceitos gerais relacionados ao orçamento público: Compete à União, 
exclusivamente, legislar sobre orçamento. 
Gabarito: Errado 
TRE-PA - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada - Com relação 
aos dispositivos constitucionais sobre os orçamentos públicos, julgue: Compete 
privativamente à União legislar sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico e orçamento público. 
Gabarito: Errado 
TRF - 4ª REGIÃO - Adaptada - A edição de normas em matéria de direito 
financeiro e de orçamento sujeita-se ao regime das competências legislativas 
concorrentes atribuídas à União, estados e Distrito Federal. 
Gabarito: Certo 
MPE-PE - Adaptada - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre orçamento. 
Gabarito: Certo 
PGM - João Pessoa - PB - À luz das disposições constitucionais e do 
entendimento do STF sobre a competência legislativa concorrente, é correto afirmar 
que os municípios podem suplementar legislação federal ou estadual no que lhes 
couber. 
Gabarito: Certo 
 
 
 
 
 Orçamento Público e 
AFO 
 
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2. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
A Atividade Financeira do Estado (AFE) estudada por AFO e Direito 
Financeiro tem a missão de arrecadar receitas públicas, criar crédito público, 
gerir o orçamento público e despender os gastos públicos. 
 
Porém, o Estado tem de fazer isso para que? 
O intuito é viabilizar o funcionamento do Estado, em atendimento às 
necessidades públicas e ao bem comum. 
Professor Quintanilha, explica melhor essa parte? 
OK! Veja só! Uma questão de prova pode elucidar essa dúvida: 
QUESTÃO DE PROVA: 
STF - Área Administrativa - A adoção do orçamento moderno está 
associada à concepção do modelo de estado que, desde antes do fim 
do séc. XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de 
neutralidade, própria do laissez faire, e passa a ser mais 
intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeições de mercado e 
promover o desenvolvimento econômico. 
Gabarito: Certo 
 
 
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Não obstante a assertiva acima já ter algum tempo, ela fica guardada 
“na manga” para ser utilizada na hora certa. O examinador cobrou a relação 
entre a AFE e o “papel do Estado”, que de forma objetiva podemos listar: 
• Estado Liberal: Estado garantidor do mínimo: justiça, segurança e 
relações internacionais. 
• Estado Socialista: Estado garantidor do máximo, atendendo as 
necessidades coletivas. 
• Estado Social-democrata: Estado interferindo no processo 
produtivo. Aceita o capitalismo, com ressalvas, permitindo 
interferências cíclicas para promover o emprego e a renda. 
 
A Banca apresentou a alteração do Estado de liberal para social-
democrata. A adoção pelo Estado de atribuições e serviços a serem prestados 
à sociedade, exige a arrecadação de receitas públicas e obtenção de crédito 
público, juntamente com a administração do orçamento público. 
Em nossa Constituição Federal de 1988, há vários dispositivos 
detentores de obrigações ao Estado, por exemplo: 
CF/88: 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação. 
 
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Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de 
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e 
do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
 
E por aí vai....a Atividade Financeira do Estado responde a essas 
demandas por serviços públicos, estudada pela Administração Financeira 
Orçamentária. 
Meus amigos e amigas, os recursos são escassos e as demandas são 
crescentes. Vamos olhar o cenário atual. 
 
 
Fonte: Consultoria Legislativa da CD 
As despesas primárias são formadas por R$ 1.296,8 bilhões de 
despesas obrigatórias (definidas pela CF/88 e leis) e apenas R$ 137,7 bilhões 
de despesas discricionárias. Nota-se, assim, a excessiva rigidez 
orçamentária, sem espaço para o gestor fazer escolhas. 
Vale destacar, então, que AFO estudo a AFE e engloba temas afetos ao 
Direito Tributário, quando estudamos as receitas, em especial os tributos. 
Como vimos, está muito próximo do Direito Financeiro e dialoga com o Direito 
R$1.434,40 ; 42%
R$758,70 ; 22%
R$287,30 ; 9%
R$267,60 ; 8%
R$634,10 ; 19%
Total das Depesas (bilhões) - Orçamento da 
União (2019)
Despesas primárias Rolagem da dívida Amortização efetiva
Transferências Const. Outras
 
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Administrativo e o Constitucional. Por fim, é “parceira” da Ciência Contábil, da 
Contabilidade Pública, da Economia e da Administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tem questão? Sim, sempre tem: 
QUESTÃO DE PROVA: 
TCE-PE - Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro 
regulamentaa atividade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento 
público, receita pública, despesa pública, crédito público, responsabilidade fiscal e 
controle da execução orçamentária. 
Gabarito: Errado 
UFSC - Adaptada - Considerando o orçamento público como um instrumento de 
planejamento e execução das finanças públicas, é correto afirmar que a atividade 
financeira do Estado desenvolve-se em quatro áreas afins, indispensáveis aos seus 
objetivos: finanças públicas (obter), orçamento público (despender), gestão pública 
(gerir) e despesas públicas (criar). 
Gabarito: Errado 
TRE-AL - O orçamento brasileiro tem alto grau de vinculações, tais como 
transferências constitucionais para estados e municípios, manutenção do ensino, 
seguridade social e receitas próprias de entidades. Essas vinculações tornam o 
processo orçamentário extremamente rígido. 
 O que é AFE? 
 
 
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Gabarito: Certo 
 
4. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 
Diferentemente de outras disciplinas, não existe um Código Único ou 
um Compêndio de AFO. Muito pelo contrário, há leis, manuais, portarias e 
decretos, que tratam da matéria. 
A sua preparação para a ADASA tem de ser rápida e objetiva, por isso 
nosso propósito é reunir esse material e facilitar seus estudos, por intermédio 
dos livros digitais. 
Não podemos deixar de citar as três normas principais, que orientam a 
Administração Financeira Orçamentária, as quais você não pode deixar de 
estar familiarizado. 
1) Constituição Federal de 1988: O Título VI – Da Tributação e do 
Orçamento, principalmente o Capítulo II – Das Finanças Públicas. E vários 
outros dispositivos espalhados, que receberão a atenção devida durante 
nossas aulas. Destaco que o orçamento público recebeu alterações relevantes, 
que estão sendo cobradas nos concursos: 
 
 
 
 
 
• EC nº 95, de 2016: Altera o ADCT, para instituir o Novo Regime Fiscal, e dá 
outras providências. 
• EC nº 102, de 2019: Dá nova redação ao art. 20 da 
Constituição Federal e altera o art. 165 da Constituição 
Federal e o art. 107 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias. 
• EC nº 100, de 2019: Altera os arts. 165 e 166 da 
Constituição Federal para tornar obrigatória a 
execução da programação orçamentária proveniente 
de emendas de bancada de parlamentares de Estado 
ou do Distrito Federal. 
 
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• EC nº 93, de 2016: Altera o ADCT para prorrogar a desvinculação de receitas 
da União (DRU) e estabelecer a desvinculação de receitas dos Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
• EC nº 86, de 2015: Altera os arts. 165, 166 e 198 da Constituição Federal, 
para tornar obrigatória a execução da programação orçamentária. 
2) Lei nº 4.320, de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para 
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos 
Municípios e do DF. Recepcionada pela Constituição Federal como lei 
complementar, apesar de ser formalmente uma lei ordinária. Impende 
salientar algumas mudanças relevantes trazidas por essa Lei: 
• positivação dos princípios da anualidade, universalidade, unidade, 
orçamento bruto, exclusividade, discriminação, unidade de tesouraria e 
evidenciação contábil, dentre outros, que estudaremos com muito afinco; 
• classificação econômica das receitas e despesas (correntes e de 
capital); 
• construção da lógica essencial de que programas pressupõem 
correlação finalística entre dotação de valores para atingir metas 
quantitativamente mensuradas em unidades de serviços e obras a serem 
alcançadas; 
• definição das etapas de execução da despesa, que foi dividida em 
empenho, liquidação e pagamento; 
• definição do conceito de restos a pagar; 
• fixação do regime jurídico dos créditos adicionais - suplementares, 
especiais e extraordinários. 
3) Lei Complementar nº 101, de 2000. Estabelece normas de finanças 
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Da mesma forma, a 
LRF é de suma importância para seu concurso. 
Nos exemplos dos editais mencionados logo na abertura do nosso livro 
eletrônico, encontramos justamente essas normas citadas, algumas vezes, 
nominalmente, reforçando o seu papel no estudo de AFO. 
Quanto à leitura do texto constitucional, recomendo desde já. No 
que tange às leis, é melhor ir com calma, se você é iniciante no tema, 
 
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porque pode não ser produtivo. Aconselho você se orientar pelos nossos livros 
digitais no início, depois, com certeza você estará apto a ler e reler. 
 
 
 
 
QUESTÃO DE PROVA 
MPE-SC - Adaptada - Está correta a afirmação de que a Lei 4.320, de 17 de 
março de 1964, estatui normas de direito financeiro para a elaboração dos 
orçamentos da União e dos Estados, de acordo com o disposto na Constituição 
Federal. 
Gabarito: Errado 
CONFERE - Adaptada - A Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementar n º 
101, de 4 de maio de 2000, visa a regulamentar a Constituição Federal, na parte da 
Tributação e do Orçamento (Título VI), cujo Capítulo II estabelece as normas gerais 
de finanças públicas a serem observadas pelos três níveis de governo: Federal, 
Estadual e Municipal. Em particular, a LRF vem atender à prescrição do artigo 163 
da CF de 1988. 
Gabarito: Certo 
CONFERE - Adaptada - A LRF revogou a Lei nº 4.320/64, que normatizava as 
finanças públicas no País há quase 40 anos. 
Gabarito: Errado 
CONFERE - Adaptada - A LRF atende também ao artigo 169 da Carta Magna, que 
determina o estabelecimento de limites para as despesas com pessoal ativo e 
inativo da União a partir de Lei Complementar. Neste sentido, ela revoga a Lei 
Complementar n º 96, de 31 de maio de 1999, a chamada Lei Camata II (artigo 75 
da LRF). 
Gabarito: Certo 
CONFERE - Adaptada - A LRF atende ainda à prescrição do artigo 165 da 
Constituição, mais precisamente, o inciso II do parágrafo 9º. De acordo com este 
dispositivo, “...Cabe à Lei Complementar estabelecer normas de gestão financeira e 
 AFO e Legislação Aplicável? 
 
 
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patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições para a 
instituição e funcionamento de Fundos”. 
Gabarito: Certo 
Câmara de Maria Helena - PR - Adaptada - O Congresso Nacional aprovou 
Proposta que altera a Constituição Federal e institui um novo regime fiscal no país, 
estabelecendo um limite para os gastos do governo. 
Gabarito: Certo 
 
 
5. ORÇAMENTO PÚBLICO 
O orçamento público está expresso em seu edital da ADASA. Meu 
amigo e minha amiga, em suma, o orçamento é receitas de um lado e 
despesas de outro. 
No nosso dia a dia, é o salário resultado de nosso trabalho e esforço, 
que gera as receitas, para cobrir as obrigações, as famigeradas contas de 
água, energia, alimentação, moradia, remédios, educação, transporte, lazer 
(em último) etc. Portanto, esse é o orçamento doméstico ou familiar ou 
simplesmente “seu” ou, no meu caso, o orçamento “meu”. (ok! Enrolei-me 
neste caso...sempre queremos nos livrar das “contas”..kkkk...)Vamos elaborar um pouco mais o conceito de Orçamento Público? 
O orçamento público é um dos mais antigos e tradicionais instrumentos 
utilizados na gestão dos negócios públicos. Foi concebido inicialmente como 
um mecanismo eficaz de controle político dos órgãos de representação sobre 
os Executivos (GIACOMONI, 2017). 
Sobre o Orçamento, o Ministro Ayres Britto do Supremo Tribunal 
Federal afirmou categoricamente: 
 
 
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Em comentários sobre a Lei nº 4.320, de 1964, organizado pelo 
professor José Maurício Conti (2019, p. 7), a definição segue a mesma linha: 
“o orçamento está definido como sendo a lei mais importante para a 
Administração Pública. Integra o sistema de planejamento da ação 
governamental e estabelece a forma de distribuição dos recursos públicos”. 
Você pode se deparar ainda com o termo Budget (orçamento) que 
significava na Grã-Bretanha a mala de couro dentro da qual o representante 
principal do Erário apresentava ao Parlamento a exposição das necessidades e 
os respectivos recursos do Governo. Depois, passou a representar não a 
forma, mas o conteúdo, ou seja, o dinheiro. 
 
Vamos encarar umas questões: 
QUESTÃO DE PROVA 
IF-MS - Adaptada - Um orçamento basicamente se compõe de despesas e 
receitas. Nele são expressas as obrigações a serem cumpridas e as fontes de 
financiamento para essas obrigações. Pode-se elaborar um orçamento para um 
indivíduo, uma família ou mesmo para uma nação. Existem várias formas de 
elaboração orçamentária, que dependerão da finalidade e do público a serem 
considerados. No histórico evolutivo de elaboração do orçamento público, em 
determinado ponto, houve a necessidade de aprimoramento e mudança na forma 
dessa elaboração. 
Gabarito: Certo 
TCE-PA - Adaptada - No que se refere ao Orçamento Público, ele é um documento 
legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas 
a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício (geralmente um 
ano). 
Gabarito: Certo 
 
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CRM-PR - O orçamento deve conter a discriminação da receita e da despesa de 
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
governo. 
Gabarito: Certo 
UFC - Em relação ao Orçamento Público, ele é a previsão das receitas e a fixação 
das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos para o período de 
um ano. 
Gabarito: Certo 
 
 
5.1 O ORÇAMENTO É IMPOSITIVO? 
É um tema novo, poucas bancas organizadoras cobraram em provas, 
por exemplo, o IADES parece não ter exigido isso, logo, pode ser neste 
próximo certame. A doutrina sempre opinou pelo viés autorizativo e não 
impositivo do orçamento público. O orçamento não cria os gastos, mas os 
autoriza dentro dos limites estabelecidos. 
As despesas chamadas de obrigatórias surgem por causa de 
determinações constitucionais e legais, como o pagamento de pessoal e as 
transferências constitucionais e legais, as aplicações do mínimo com saúde e 
educação. O orçamento é muito engessado, conforme já vimos. 
Nesse cenário, surgem duas emendas constitucionais para balançar os 
postulados, as quais revestiram as programações de despesas fixadas no 
orçamento de certa impositividade. São elas: 
• As emendas individuais dos parlamentares (Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015); 
• As emendas coletivas de bancada estaduais (Emenda 
Constitucional nº 100, de 2019). 
As notícias veiculadas à época não colaboram com o concurseiro, pois 
apelidaram essas propostas de “Orçamento Impositivo”. De fato, é uma 
pequena parcela de dotação da LOA que tem de ser executada por parte do 
 
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Poder Executivo, não há mais opção de escolher essa ou aquela emenda, dessa 
ou daquela Bancada. 
 
“Certa impositividade” porque elas podem não ser 
executas por impedimentos de ordem técnica e, ainda, 
submetem-se ao contingenciamento (fique tranquilo, 
vamos ver esse conceito, juntamente com as regras das 
emendas). 
Vale destacar que antes dessas mudanças constitucionais, as 
programações constantes das emendas eram executadas conforme orientação 
do Governo, passando para a execução equitativa! 
Considera-se equitativa a execução das programações de caráter 
obrigatório, que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de 
forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, 
independentemente da autoria. Fica assim: 
 
 
 
 
 
Bora! Bora! Fazer questão. 
QUESTÃO DE PROVA 
UFAM - Adaptada - O chamado “Orçamento Impositivo” foi introduzido pela 
Emenda Constitucional nº 86, de 2015. A respeito das disposições constitucionais 
introduzidas pela referida Emenda, pode-se afirmar que a Emenda Constitucional 
não prevê exceção à execução do orçamento impositivo, dada sua natureza 
imperativa. 
Gabarito: Errado 
 Orçamento Público e o 
“tal” orçamento impositivo 
 
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UFAM - Adaptada - A respeito das disposições constitucionais introduzidas pela 
Emenda Constitucional nº 86, de 2015, do “Orçamento Impositivo”, pode-se 
afirmar que as emendas dos parlamentares apresentadas ao projeto de lei 
orçamentária anual, não serão de execução obrigatória nos casos dos 
impedimentos de ordem técnica. 
Gabarito: Certo 
FUNAPE - Adaptada - A Emenda Constitucional n° 86, de 2015, introduziu o 
caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira, segundo critérios a 
serem definidos em lei complementar, consolidando o que se convencionou chamar 
de “orçamento impositivo”. 
Gabarito: Certo 
 
 
 
Ainda sobre a EC nº 100, de 2019, ela introduz o § 10 
ao art. 165, que introduz um comando muito 
importante e certamente estará nos próximos 
certames: 
 
 
A EC nº 102, de 2019, trouxe novos regramentos, limitando tal 
situação, de forma semelhante, às regras impostas às emendas individuais e 
às de Bancada. 
Os especialistas e envolvidos com o tema discutem o tal “dever” de 
executar as programações, ou seja, todo o orçamento seria impositivo? Vamos 
deixar essa celeuma de lado, porque temos de passar em concurso primeiro. 
 
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No caso das provas, vamos permanecer com o orçamento 
AUTORIZATIVO e destacando a existência do dever de executar para 
atender as necessidades públicas (memorizando o § 10 do art. 165, CF/88). 
Por fim, não esqueça da existência das emendas individuais e de 
bancada, que também estão inseridas como obrigatórias, mas podem não ser 
levadas a cabo, por razões já expostas acima. 
 
6. ORÇAMENTO NA CF/88 
A Constituição Federal traz regramentos importantes que são 
reproduzidos nas constituições estaduais e leis orgânicas. 
Vamos caracterizar nosso orçamento, que é consubstanciado em lei, por 
um processo legislativo especial. A aplicação épara um exercício financeiro, 
durante o qual se autoriza o gasto e não gera direitos subjetivos. Todavia, em 
decisão recente, o STF destacou que pode sim fazer o controle de 
constitucionalidade de leis orçamentárias (ADI 5.449, de 2016). 
Durante nosso curso, iremos retomar a esses conceitos. Por enquanto, 
o CDF apresenta para vocês: 
 
 
A CF/88 estabeleceu o Sistema de Planejamento e Orçamento, 
reproduzido na LODF, composto de: 
 
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O PPA possui vigência de quatro anos e consubstancia as escolhas do 
governo, que representam, de alguma forma, as da sociedade. Ele apresenta 
os meios para a implementação das políticas públicas, bem como orienta 
estrategicamente a ação do Estado para a consecução dos objetivos 
almejados. 
Fica a cargo da LDO, todos os anos, definir as prioridades e metas 
para o exercício seguinte. No caso da LOA, seu propósito é estimar as receitas 
e fixar as despesas. 
Você percebe, portanto, que entre o planejamento de médio prazo 
(PPA) e o Orçamento Anual (LOA) encontram-se as diretrizes orçamentárias, 
preenchendo espaço com regras e definição de prioridades para elaboração e 
execução do orçamento. 
Vamos visualizar a relação entre essas leis e o mandato: 
 
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A CF/88 elevou a importância do planejamento. O Estado tem o dever 
de planejar suas ações, sendo determinante para o setor público e indicativo 
para o setor privado, nos seguintes termos: 
CF/88: 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na 
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante 
para o setor público e indicativo para o setor privado. 
 
Ressalta-se ainda a iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, 
para elaboração das leis orçamentárias (alguns autores se referem dessa 
forma as três leis do Sistema). A iniciativa da proposta, ou seja, o 
impulsionamento do processo legislativo orçamentário desenvolve-se em cada 
ente: 
 
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Há uma lacuna já bem divulgada em relação ao orçamento público, é a 
ausência da Lei Complementar mencionada no art. 165, § 9º, da CF/88. As 
EC nº 86 e nº 100 acrescentaram o inciso III, que trata das emendas 
individuais e de bancada ao orçamento. É bom reler esse comando: 
CF/88: 
Art. 165. § 9º. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização 
do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta 
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão 
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e 
limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 
e 12 do art. 166. 
 
No Distrito Federal, portanto, a iniciativa das leis orçamentárias é 
atribuição do Chefe do Executivo. 
LODF: 
Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal: 
IX - elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual; 
Art. 71. A iniciativa das leis complementares e ordinárias, observada a forma e os casos 
previstos nesta Lei Orgânica, cabe: 
§ 1º Compete privativamente ao Governador do Distrito Federal a iniciativa das leis que 
disponham sobre: 
V - plano plurianual, orçamento anual e diretrizes orçamentárias. 
 
 
 
 
 
Como as bancas cobram: 
QUESTÃO DE PROVA 
 Orçamento Púbico na 
CF/88 
 
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UFSC - Adaptada - As leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano 
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. 
Gabarito: Certo 
PGM - Campo Grande - MS - A iniciativa para os três planejamentos 
orçamentários — PPA, LDO e LOA — é concorrente: tanto o Poder Executivo como o 
Poder Legislativo podem atuar na propositura dessas leis. 
Gabarito: Errado 
DETRAN-SP - Adaptada - O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais são leis de iniciativa conjunta dos Poderes Executivo, Legislativo 
e Judiciário. 
Gabarito: Errado 
DETRAN-SP - Adaptada - Cabe à lei complementar dispor sobre o exercício 
financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, 
da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. 
Gabarito: Certo 
AL-GO - a Lei de Diretrizes Orçamentárias é de iniciativa do Poder Legislativo. 
Gabarito: Errado 
2019 - AL-GO - Procurador - O estabelecimento de normas gerais de gestão 
financeira e patrimonial da administração indireta cabe a lei ordinária. 
Gabarito: Errado 
IF-PB - Adaptada - São leis de iniciativa do Poder Executivo, em conformidade 
com o artigo 165 da Constituição Federal de 1988: as diretrizes orçamentárias, os 
balanços públicos e os créditos adicionais. 
Gabarito: Errado 
Câmara de Jaru - RO - Adaptada - O Art. 165, caput, da CRFB/88, determina 
que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão os princípios fundamentais 
orçamentários. 
Gabarito: Errado 
 
 
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6.1 PPA 
O Plano Plurianual (PPA) é o instrumento de planejamento de médio 
prazo. Ele estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal, PARA: 
• as despesas de capital e outras delas decorrentes e 
• as relativas aos programas de duração continuada. 
Vigência: O PPA deve conter os objetivos governamentais para o 
segundo ano do mandato de Presidente da República e vigora até o final do 
primeiro ano do mandato subsequente. Portanto, ele tem duração de quatro 
anos, mas não coincide exatamente com o mandato do governante. 
Vamos representar a vigência do PPA: 
 
 
Prazo: O envio do PPA no âmbito federal está previsto no art. 35 do 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Ele deve ser entregue 
pelo Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do final do primeiro 
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da 
sessão legislativa. 
Esses prazos estão estabelecidos para a União, os estados, o DF e os 
municípios podem fixar outras datas. Os prazos não são de reprodução 
obrigatória, os entes subnacionais têm liberdade de estabelecer outras datas 
em suas constituições estaduais e leis orgânicas. 
 
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Nesse caso, vale a pena um exemplo, a construçãode um hospital ou a 
implantação de uma escola por intermédio das despesas de capital 
(investimentos, veremos em nosso curso) e as despesas decorrentes, ou 
seja, que surgirem a partir do funcionamento desses setores, formarão as 
despesas correntes (pagamento dos funcionários, contratos de serviços 
terceirizados etc.). 
Já os programas de duração continuada são os perenes no tempo, 
correspondentes às despesas de obrigação continuada, definidas na Lei de 
Responsabilidade Fiscal (acima de 2 exercícios). 
LRF/2000: 
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, 
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua 
execução por um período superior a dois exercícios. 
 
 
O Manual Técnico de Orçamento, elaborado pela Secretaria de 
Orçamento Federal do Ministério da Economia, diferencia objetivamente as 
despesas: 
 
 
As diretrizes são orientações gerais que nortearão as etapas do PPA. 
Os objetivos discriminam os resultados que se pretende alcançar. Já as 
metas são a especificação e a quantificação física dos objetivos definidos. O 
planejamento existente no plano plurianual é consubstanciado em programas. 
Assim, o novo Manual de Elaboração do PPA 2020-2023 traz conceitos 
interessantes, veja um exemplo: 
 
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O PPA será o parâmetro para elaboração da LDO e da LOA, e dos planos 
e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição. Há 
planos de longo prazo, de dez ou mais anos, citam-se os dois abaixo: 
• Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de 
Educação e dá outras providências. 
• Lei nº 12.343, de 2 de dezembro de 2010. Institui o Plano Nacional 
de Cultura – PNC. 
Além disso, nenhum investimento cuja execução ultrapasse um 
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano 
plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
O Manual de elaboração do PPA 2020-2023 anuncia a chegada do oitavo 
plano, já se passaram sete planos, desde a promulgação da Carta Maior. 
Abaixo, listam-se os planos plurianuais e a linha do tempo: 
a) PPA 1991-1995, Lei 8.173, de 30 de janeiro de 1991; 
b) PPA 1996-1999, Lei 9.276, de 9 de maio de 1996; 
c) PPA 2000-2003, Lei 9.989, de 21 de julho de 2000; 
d) PPA 2004-2007, Lei 10.933, de 11 de agosto de 2004; 
e) PPA 2008-2011, Lei 11.653, de 7 de abril de 2008; 
f) PPA 2012-2015, Lei 12.593, de 18 de janeiro de 2012; e 
g) PPA 2016-2019, Lei 13.249, de 13 de janeiro de 2016. 
h) PPA 2020-2023, o projeto de lei foi entregue ao Legislativo. 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.172-2001?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.343-2010?OpenDocument
 
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Quando tratarmos do ciclo orçamentário, informações adicionais serão 
apresentadas. O PPA é muito cobrado em prova, olhe só!! 
 
QUESTÃO DE PROVA 
2017 - CRF - DF - Analista l - Contador - Com o advento da Constituição Federal 
de 1988, o Plano Plurianual (PPA) passou a representar a síntese dos esforços de 
planejamento da Administração Pública, sendo uma das bases para a elaboração 
dos demais programas e dos planos de governo. Acerca do PPA, assinale a 
alternativa correta. 
A) A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os 
objetivos e as metas da Administração Pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes, bem como para os programas de duração continuada. 
B) O PPA também é conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias, por trazer 
diretrizes para a elaboração do orçamento. 
C) No âmbito federal, o projeto de lei do PPA deverá ser encaminhado pelo Poder 
Legislativo ao Poder Executivo até o dia 31 de agosto. 
D) O PPA cobrirá o período compreendido entre o início do primeiro ano do 
mandato até o final do último ano do mandato. 
E) O PPA tem a duração de três anos e deve ser cumprido pelo dirigente que estiver 
no exercício do mandato. 
Gabarito: A 
SEMEF Manaus - AM - Adaptada - A lei que instituir o plano plurianual 
compreenderá as metas e prioridades da Administração pública federal, incluindo as 
 PPA 
 
 
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despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração 
da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Gabarito: Errado 
UFSC - Adaptada - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
centralizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal 
para as despesas de custeio, as decorrentes destas e as relativas aos programas de 
duração continuada. 
Gabarito: Errado 
UFSC - Adaptada - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 
previstos na Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual 
e apreciados pelo Congresso Nacional. 
Gabarito: Certo 
PGM - Campo Grande - MS - Constitui crime de responsabilidade fiscal o início de 
investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão 
no PPA ou sem autorização de sua inclusão mediante lei. 
Gabarito: Certo 
SEMEF Manaus - AM - o Plano Plurianual deve dispor sobre a vigência e os prazos 
da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual bem como 
estabelecer normas de gestão financeira patrimonial da administração direta e 
indireta do referido ente. 
Gabarito: Errado 
DPE-RJ - Adaptada - A vigência do PPA se confunde com o mandato, vigendo 
durante os quatro anos do governo. 
Gabarito: Errado 
DPE-RJ - Adaptada - O PPA entra em vigor no segundo ano do mandato, 
mantendo-se vigente até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
Gabarito: Certo 
SEMEF Manaus - AM - A construção de uma escola para a abertura de 750 vagas 
no ensino fundamental, com início das obras em outubro de 2019 e conclusão das 
 
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mesmas prevista para outubro de 2023, não poderá ser iniciada sem sua prévia 
inclusão no Plano Plurianual vigente do referido ente, ou em lei que autorize a sua 
inclusão. 
Gabarito: Certo 
Prefeitura de Turmalina - MG - Adaptada - O plano plurianual deve ser 
elaborado até o final do mês de janeiro do segundo ano do mandato do prefeito. 
Gabarito: Errado 
 
6.2 LDO 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias está colocada entre o PPA e o 
orçamento, servindo de instrumento tático e robustecendo as prerrogativas de 
participação do Poder Legislativo, que passou a opinar sobre o processo de 
elaboração do orçamento. Ela é uma inovação da Constituição Federal de 
1988, sendo um instrumento de curto prazo. 
 
A CF/88 estabeleceu ainda que as regras e limites estabelecidos na 
LDO são aplicáveis também ao Judiciário (art. 99), ao Ministério Público 
(art. 127) e a Defensoria Pública Federal (art. 134). 
Além disso, a concessão de qualquer vantagem ou aumentode 
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de 
estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a 
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, 
 
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inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser 
feitas: 
• se houver prévia e suficiente dotação orçamentária na LOA para 
atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela 
decorrentes; e 
• se houver autorização específica na LDO, ressalvadas as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Em razão da lacuna existente por conta da falta da lei complementar 
prevista no art. 165, § 9º, da CF/88. A LDO vem suprindo esse vazio 
legislativo, servindo muitas vezes como palco de disputas entre setores da 
sociedade que buscam determinada demanda. 
Vigência: sem período de vigência definido, pois a partir de sua 
publicação orienta a elaboração do orçamento e define as regras de execução 
do ano seguinte. Se aprovada até a data limite estabelecida pelo ADCT, que é 
17 julho (1º período da Sessão Legislativa Ordinária), depois sancionada e 
publicada em 25 de julho, ela estará vigente por um 1 ano, 5 meses e alguns 
dias. O esquema a seguir representa esse nosso exemplo: 
 
Prazos: Quanto aos prazos, o projeto será encaminhado até oito 
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. 
 
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Para o Projeto de LDO (PLDO), ainda há determinação para sua 
aprovação no primeiro período da sessão legislativa, do contrário ela não será 
interrompida (art. 57, § 2º, CF/88). 
Apesar de estarmos tratando do orçamento na Constituição, é 
interessante conhecer o que a LRF inovou em relação à LDO. 
LRF e LDO 
A Lei de Responsabilidade Fiscal não trouxe nenhuma atribuição para o 
plano plurianual. De forma diferente, trouxe várias incumbências para a LDO: 
• Equilíbrio entre receitas e despesas; 
• Os critérios e forma de limitação de empenho (denominado 
“contingenciamento”); 
• Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos 
resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos; e 
• Demais condições e exigências para transferências de recursos 
a entidades públicas e privadas. 
Em prol da transparência dos gastos públicos e do planejamento das 
ações estatais, todos os entes da federação deverão elaborar dois anexos e a 
União ainda precisa elaborar mais um. O quadro abaixo resume os três 
documentos de suma importância para as finanças públicas: 
 
 
 
 LDO 
 
 
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A LDO está sempre presente nas questões de AFO, confira você 
mesmo: 
QUESTÃO DE PROVA 
CGE - CE - Conhecimentos Básicos - No que diz respeito ao PPA e à LDO, julgue 
os itens a seguir. 
I O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
II A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária. 
III A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos 
resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. 
A) Apenas o item I está certo. 
B) Apenas o item II está certo. 
C) Apenas os itens I e III estão certos. 
D) Apenas os itens II e III estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
Gabarito: B 
2019 - CRF-RO - Contador - No âmbito do processo orçamentário, a orientação 
do processo de elaboração do orçamento anual deverá estar contida na(o) 
A) Plano Plurianual (PPA) 
B) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 
C) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) 
D) Lei de Acesso à Informação (LAI) 
E) Lei Orçamentária Anual (LOA) 
Gabarito: B 
TRF - 4ª REGIÃO - Adaptada - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será 
acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e 
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
natureza financeira, tributária e creditícia. 
Gabarito: Errado 
Prefeitura de Boa Vista - RR - A admissão de pessoal por empresa pública 
municipal dispensa autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias. 
Gabarito: Certo 
SEMEF Manaus - AM - Adaptada - nenhum investimento cuja execução 
ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão na lei de 
 
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diretrizes orçamentárias, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
Gabarito: Errado 
UFSC - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação 
das agências financeiras oficiais de fomento. 
Gabarito: Certo 
INÉDITA – Em relação às emendas parlamentares individuais e de bancada de 
execução obrigatória, cabe aos órgãos de execução observar o cronograma para 
análise e verificação de eventuais impedimentos das programações, estabelecido na 
Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
Gabarito: Certo 
DETRAN-SP - Adaptada - a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as 
metas e prioridades da Administração pública federal para período coincidente com 
o do mandato do Presidente da República. 
Gabarito: Errado 
 
 
6.3 LOA 
A lei orçamentária anual deverá conter, de forma consolidada, todas as 
receitas e despesas da administração direta e indireta (Poderes, autarquias, 
fundações e empresas estatais dependentes), com destaques para os 
orçamentos fiscal, de seguridade social e de investimentos em empresas 
estatais independentes. 
A Constituição Federal, em seu art. 165, § 5º, estabelece que ela 
compreenda: 
 
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Atenção! Assim como para a LDO, a LRF fixou documentos que 
acompanham a LOA, mas veremos isso em nosso livro digital nº 2. 
Vigência: é de um ano. A Lei nº 4.320, de 1964, em seu art. 34, 
preconiza que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º 
de janeiro a 31 de dezembro. 
Prazos: O envio do projeto de LOA no âmbito federal está previsto no 
art. 35 do ADCT. Ele deve ser entregue pelo Executivo ao Legislativo até 
quatro meses antes do final do primeiro exercício financeiro e devolvido 
para sanção até o encerramento da sessão legislativa (idêntico ao envio 
do PPA, no primeiro ano do mandato). 
Segundo a Carta Maior, o projeto de lei orçamentária deve estar 
acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas 
e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios 
denatureza financeira, tributária e creditícia. 
O objetivo é acompanhar o montante de receitas que deixarão de ser 
arrecadadas, para se ter um planejamento mais próximo da realidade e gastar 
aquilo que se arrecada, mantendo o equilíbrio das contas. 
Além disso, os orçamentos fiscal e de investimento, 
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de 
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
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É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei 
orçamentária anual. 
De igual modo está proibida a realização de despesas ou a assunção 
de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou 
adicionais. 
A lei orçamentária é hermética, extensa e compreende o orçamento 
propriamente dito. É uma lei singular, que passa por um processo legislativo 
diferenciado, sendo aprovada por maioria simples sem sessão conjunta do 
Congresso Nacional. 
A ela se aplicam os princípios orçamentários, que veremos nos 
próximos livros eletrônicos e nas videoaulas. Por exemplo, o princípio da 
exclusividade impede a inclusão de matéria estranha ao orçamento, exceto 
duas situações. Vejam: 
 
 
 
 
 
 
Relembre o encadeamento entre as leis do sistema de planejamento e 
orçamento: 
 
 
Eita professor? DOM? MP? 
 
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Antes de encerrarmos com mais algumas questões, vamos retomar o 
art. 35, § 2º, do ADCT, que estabelece os prazos, em razão da ausência da Lei 
Complementar prevista no art. 165, § 9. 
ADCT - CF/88: 
Art. 35. § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, 
serão obedecidas as seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do 
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento 
da sessão legislativa; 
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento 
do primeiro período da sessão legislativa; 
 III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do 
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da 
sessão legislativa. 
 
 
No nosso esquema, podemos visualizar melhor essas datas: 
 
 
 
 
 
 
 LOA 
 
 
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E dá-lhe questões de prova, vamos treinar: 
QUESTÃO DE PROVA 
Câmara de Monte Alto - SP - Segundo a Constituição Federal, é permitida a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas ainda que excedam os 
créditos orçamentários ou adicionais. 
Gabarito: Errado 
2018 - IGEPREV-PA - Técnico de Administração e Finanças - No que se refere 
ao orçamento anual do estado do Pará, assinale a alternativa correta. 
A) Em observância ao princípio da unidade, integra a Lei Orçamentária Anual da 
União (LOA) de iniciativa do presidente da República. 
B) Diferentemente do orçamento da União, contém apenas o orçamento fiscal dos 
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do estado. 
C) Tem vigência para o período do mandato do governador. 
D) Compreende os orçamentos fiscal, de investimento, da seguridade social e das 
prefeituras municipais. 
E) É de iniciativa privativa do governador do estado. 
Gabarito: E 
CGE - RN - Adaptada - A LOA compreende o orçamento fiscal, o orçamento da 
seguridade social e o orçamento de investimentos das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
Gabarito: Certo 
CGE - RN - Adaptada - A LOA abarca o orçamento da seguridade social, 
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta 
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
Gabarito: Certo 
2018 - SES-DF - Técnico de Contabilidade - Acerca da Lei Orçamentária Anual 
(LOA), assinale a alternativa correta. 
A) Em observância ao princípio da unidade, compreende uma única peça 
orçamentária: o Orçamento Fiscal. 
B) Essa lei é de iniciativa privativa do presidente da República, não podendo ser 
alterada pelo Poder Legislativo. 
 
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C) Além do Orçamento Fiscal, compreende o Orçamento da Seguridade Social e o 
Orçamento Financeiro das Empresas Públicas Federais. 
D) As receitas e despesas públicas referentes às autarquias e às fundações públicas 
serão incluídas no Orçamento Fiscal do respectivo ente da federação. 
E) A LOA é acompanhada por dois anexos: o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de 
Riscos Fiscais. 
Gabarito: D 
SEMEF Manaus - AM - a Lei Orçamentária Anual do referido ente deve 
compreender o Orçamento Fiscal, o Orçamento de Investimento das Empresas 
Dependentes e o Anexo das Metas Anuais, sendo que tal lei não deve apresentar 
dispositivos estranhos à previsão das receitas e das despesas públicas. 
Gabarito: Errado 
SEMEF Manaus - AM - o Anexo de Metas Fiscais, contido na Lei Orçamentária 
Anual, deve apresentar a avaliação da situação atuarial e o resultado patrimonial 
dos fundos públicos, bem como a compatibilidade da programação financeira com 
os objetivos e metas constantes no Demonstrativo de Projeção de Resultados. 
Gabarito: Errado 
IF-TO - Conforme o princípio orçamentário da exclusividade, a lei orçamentária 
anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo nesta proibição: 
A) autorização para a abertura de créditos suplementares e a contratação de 
operações de crédito. 
B) A vigência dos créditos especiais e extraordinários. 
C) A abertura de créditos suplementares e especiais. 
D) A vigência dos créditos especiais e suplementares. 
E) A contratação de operações de crédito e a abertura de créditos adicionais 
Gabarito: A 
2019 - IF-PB - Sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA), marque a opção correta 
A) Apresenta normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados 
dos programas financiados com recursos dos orçamentos. 
B) Disporá sobre condições e exigências para transferências de recursos a 
entidades públicas e privadas. 
C) Demonstrará as metas trimestrais apresentadas pelo Banco Central sobre o 
impacto e o custo fiscal das suas operações. 
D) Estabelecerá critérios e formas de limitação de empenhos. 
E) É constituída por três orçamentos: fiscal, seguridade social e investimentos das 
empresas. 
 
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Gabarito: E 
Câmara de Jaru - RO - O orçamento é elaborado para o período de um ano, que 
obrigatoriamente deverá coincidir com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro 
do mesmo ano). 
Gabarito:Certo 
Prefeitura de Parnamirim - RN - Adaptada - A Constituição Federal de 1988 
estabelece a obrigatoriedade de alguns instrumentos de planejamento 
governamental. O instrumento utilizado para alcançar as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes, assim como os programas de duração continuada, é definido como Lei 
Orçamentária Anual. 
Gabarito: Errado 
 
 
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ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Relembre o encadeamento entre as leis do sistema de planejamento e 
orçamento: 
 
 
 
Eita professor? DOM? MP? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
Chegou o momento para fixar o conteúdo da aula. Caso você queira 
resolver as questões sem ver o comentário, pule esta parte e vá direto para o 
próximo tópico – Questões sem comentários. 
 
1 - IADES - 2013 - MPE-GO - Assistente Administrativo - Adaptada - Julgue o 
item a seguir, acerca de conceitos gerais relacionados ao orçamento 
público: Compete à União, exclusivamente, legislar sobre orçamento. 
Como vimos, orçamento consta do art. 24 da CF/88 (competência 
concorrente). Portanto, incorreta a questão. 
Vale lembrar que a LODF reproduz o texto no art. 17. 
Gabarito: Errado 
2 - IADES - 2014 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 
Adaptada - Com relação aos dispositivos constitucionais sobre os 
orçamentos públicos, julgue: Compete privativamente à União legislar 
sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e 
urbanístico e orçamento público. 
Mais uma vez, a banca testa seu conhecimento sobre a competência 
da União, art. 24. Vamos olhar o esquema para não esquecer: 
 
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Gabarito: Errado 
3 - FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador Federal - Adaptada - A edição de normas em matéria de direito 
financeiro e de orçamento sujeita-se ao regime das competências 
legislativas concorrentes atribuídas à União, estados e Distrito Federal. 
De acordo com nosso livro digital, vimos que são matérias constantes 
do art. 24 da CF/88 (competência concorrente). Portanto, correta 
a questão. 
Gabarito: Certo 
4 - FCC - 2018 - MPE-PE - Analista Ministerial - Área Auditoria - Adaptada - 
Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre orçamento. 
Perfeito, você vai perceber o quanto é importante saber diferenciar as 
matérias dos arst. 21, 22, 23 e 24 da CF/88. Em AFO, você deve 
saber especialmente que Direito Financeiro e Orçamento estão no art. 
24. Lembrem-se do TUPEFO!!! (Mnemônico). 
Gabarito: Certo 
5 - CESPE - 2018 - PGM - João Pessoa - PB - Procurador do Município - À luz 
das disposições constitucionais e do entendimento do STF sobre a 
competência legislativa concorrente, é correto afirmar que os 
municípios podem suplementar legislação federal ou estadual no que 
lhes couber. 
 
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Sim. Tratamos disso também. Os municípios podem suplementar, 
conforme o art. 30. Os municípios não podem legislar de forma plena, 
caso a União não o faça, uma vez que eles não constam do caput do 
art. 24 da CF/88. 
Gabarito: Certo 
6 - CESPE - 2008 - STF - Analista Judiciário - Área Administrativa - A adoção 
do orçamento moderno está associada à concepção do modelo de 
estado que, desde antes do fim do séc. XIX, deixa de caracterizar-se 
por mera postura de neutralidade, própria do laissez faire, e passa a 
ser mais intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeições de 
mercado e promover o desenvolvimento econômico. 
Professor Quintanilha, Que Questão é Essa?! Tenha muita calma. 
Eu estou apostando em você. Vamos tratar disso novamente. Porém, 
veja que se trata da relação entre a atividade financeira exercida pelo 
Estado e o modelo de Estado adotado. Se mais enxuto, intermediário 
ou mais garantista. Na questão, houve uma alteração do modelo e, 
com isso, o aumento das atribuições, assim, você agora sabe, 
elevação das despesas também ocorreram. 
Gabarito: Certo 
7 - CESPE - 2017 - TCE-PE - Auditor de Controle Externo - Auditoria de Contas 
Públicas - Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito 
financeiro regulamenta a atividade financeira do Estado no que diz 
respeito a orçamento público, receita pública, despesa pública, crédito 
público, responsabilidade fiscal e controle da execução orçamentária. 
A questão equivocou-se ao acrescentar principalmente o Sistema 
Financeiro Nacional, cujo conteúdo é objeto de estudo do Direito 
Econômico. Há também uma confusão em citar os temas 
responsabilidade fiscal e controle da execução orçamentária. O 
correto é o que citamos no livro eletrônico: arrecadar receitas 
 
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públicas, criar crédito público, gerir o orçamento público e 
despender os gastos públicos. 
Gabarito: Errado 
8 - COPERVE - UFSC - 2018 - UFSC - Administrador - Adaptada - 
Considerando o orçamento público como um instrumento de 
planejamento e execução das finanças públicas, é correto afirmar que 
a atividade financeira do Estado desenvolve-se em quatro áreas afins, 
indispensáveis aos seus objetivos: finanças públicas (obter), 
orçamento público (despender), gestão pública (gerir) e despesas 
públicas (criar). 
As áreas citadas não correspondem às que vimos em nosso livro 
digital. Mais uma vez: a AFE consiste em OBTER receita pública, 
CRIAR crédito público, GERIR orçamento público e DESPENDER 
despesa pública. 
Gabarito: Errado 
9 - CESPE - 2004 - TRE-AL - Técnico Judiciário - Área