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UNIVERSIDADE DE GURUPI CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA ANA LAURA GERMANO DA SILVA GABRIEL SILVA FERREIRA JOSÉ VICTOR LIMA DE SOUZA JULIANA MARINHO BARBOSA LETÍCIA CLARA PIRES CAMPOS LUCAS JORDÃO DE SOUZA PEREIRA LYNDA LÉA PEREIRA BARROS CÔVALO ROBERTA MONTE NEVES CARVALHO YURI FREITAS ÁVILA RESENHA DESCRITIVA DO ARTIGO “ OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: UM RELATO DE CASO. GURUPI 2020 ANA LAURA GERMANO DA SILVA GABRIEL SILVA FERREIRA JOSÉ VICTOR LIMA DE SOUZA JULIANA MARINHO BARBOSA LETÍCIA CLARA PIRES CAMPOS LUCAS JORDÃO DE SOUZA PEREIRA LYNDA LÉA PEREIRA BARROS CÔVALO ROBERTA MONTE NEVES CARVALHO YURI FREITAS ÁVILA RESENHA DESCRITIVA DO ARTIGO “ OESTEOGÊNESE IMPERFEITA: UM RELATO DE CASO. Trabalho apresentado ao Programa de Graduação em Medicina da Universidade de Gurupi, como requisito à composição da nota da disciplina de histologia. Docente: Prof. Adolpho Dias Chiacchio. GURUPI 2020 SUMÁRIO 1.0 ANEXO DO ARTIGO ................................................ 1 2.0 RESENHA DESCRITIVA DO ARTIGO ............... 10 1 1. ANEXO DO ARTIGO OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: UM RELATO DE CASO OSTEOGENESIS IMPERFECTA: A CASE REPORT Giácomo de Freitas Souza 1 Ricardo Barros Cardoso 2 1 Graduando de Medicina, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil. 2 Professor do Departamento de Cirurgia, Módulo MIV39,Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil. Trabalho realizado no Pronto Socorro de Fraturas da cidade de Guarabira, PB, Brasil. Correspondência: giacomosouza@yahoo.com.br RESUMO A Osteogênese Imperfeita é uma doença hereditária que afeta o tecido conjuntivo e leva a alterações posturais, fraturas freqüentes, deformidades e inabilidades, alterações na córnea e esclera, dentre outros sintomas. Este estudo pretendeu identificar as características clínicas do transtorno e suas implicações na vida de um paciente acometido pela doença. Trata-se de um estudo de caso de cunho qualitativo e do tipo descritivo realizado em uma unidade hospitalar da cidade de Guarabira, PB. Participou do estudo um sujeito, do sexo masculino, 5 anos de idade, acometido por Osteogênese Imperfeita. Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário sócio- demográfico; avaliação clínica; e avaliação radiológica. Percebeu-se pelo estudo, uma redução significativa na qualidade de vida do paciente, decorrente das inúmeras fraturas sofridas pelo mesmo. Palavras-chave: Osteogênese Imperfeita, fraturas, qualidade de vida. ABSTRACT Osteogenesis imperfecta is an inherited disease that affects the connective tissue and leads to postural changes, frequent fractures, deformities and disabilities, changes in the cornea and sclera, among other symptoms. This study aimed to identify the clinical characteristics of the disorder and its implications in the life of a patient affected by the disease. This is a case study of a qualitative and descriptive held in a hospital in the city of Guarabira, PB. Participated in the study a subject, male, 5 years old, affected by Osteogenesis Imperfecta. We used the following instruments: socio-demographic questionnaire; clinical evaluation; and radiological evaluation. It was perceived by the study, a significant reduction in quality of life of the patient, resulting from numerous fractures suffered by it. Keywords: Osteogenesis Imperfecta, fractures, quality of life. INTRODUÇÃO A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma síndrome de complexidade variável que consiste em um conjunto de alterações genéticas causadas pela mutação de genes que produzem o colágeno. A mesma é uma doença hereditária que acomete o tecido conjuntivo e, geneticamente, afeta o colágeno do tipo I, o qual representa mais de 90% mailto:giacomosouza@yahoo.com.br 2 do colágeno tecidual total e é responsável por 70% a 80% do peso seco dos tecidos fibrosos densos que formam o sistema músculo-esquelético (8,5,7). Geneticamente, na OI, um grande número de mutações tem sido descrito, porém o padrão de herança mais comum é o autossômico dominante, podendo ser, com menor freqüência, recessivo. A alteração é determinada por mutações nos cromossomos 7 e 17, e, mais especificamente, nos Loci COL1A1 e COL1A2, ocorrendo a substituição da glicina por um outro aminoácido. Nestes Loci, as mutações que ocorrem determinam principalmente a OI, mas podem também causar, dentre outras doenças, a síndrome de Ehlers-Danlos dos tipos VIIA ou VIIB (6). Em 95% dos casos as mutações no gene COL1A1 ou COL1A24 resultam em alterações quantitativas e/ou qualitativas na síntese de colágeno do tipo I. Desta forma, todos os tecidos ricos em colágeno, como tendões, fáscias, dentina, córnea e esclera, dentre outros, podem ser afetados, ocasionando deficiência de crescimento corporal, hipermobilidade articular, esclera azulada e perda de audição. No entanto, a principal manifestação clínica da osteogênese imperfeita é a fragilidade óssea, associada frequentemente a osteoporose, deformidades ou arqueamento de ossos longos, além de escoliose (5). Além disso, a OI pode estar associada ou não à dentinogênese imperfeita. As alterações craniofaciais podem ser representadas por uma maior incidência de mordida aberta ou cruzada anterior e/ou posterior, mordida do tipo Classe III de Angle, bossas frontais proeminentes e hipodesenvolvimento do terço médio da face. O crescimento de todos os ossos faciais é comprometido em maior ou menor grau, de acordo com a severidade da doença (5). A OI é uma doença rara de apresentação clínica heterogênea e variável, ocorrendo um caso em cada 15.000 a 20.000 nascimentos e sua prevalência é de 1 em 200.000 indivíduos. Além do mais, não há citações na literatura sobre o predomínio em relação à raça ou sexo (6). No quadro laboratorial, a fosfatase alcalina sérica acha-se freqüentemente aumentada, não sendo observadas, porém, alterações nos níveis sistêmicos do cálcio, fósforo, hormônio da paratireóide ou mesmo da vitamina D. Porém, o diagnóstico habitualmente é feito mediante a história clínica, o aspecto ao exame físico e constatações radiográficas (6,8). O sistema de Sillence, Senn e Danks, é o mais utilizado para a classificação da OI. Segundo estes autores, existem quatro tipos distintos de osteogênese, que variam 3 com o grau de severidade, progressão, subtipos, e conforme a associação ou não com a dentinogênese imperfeita. Posteriormente, três novos tipos foram propostos considerando-se características histológicas (8,5,9). Assim, na classificação da OI, o tipo 1 é a forma mais freqüente, marcada por: fragilidade óssea, esclera azulada, primeira fratura durante o aprendizado de ficar em pé ou andar, poucas fraturas após a puberdade, pode haver surdez ao final da adolescência, estatura relativamente normal, ambulação normal sem arqueamento de ossos longos ou grandes deformidades ósseas, escoliose branda e dentinogênese imperfeita rara. O tipo 2 de OI, é letal durante a vida intra-uterina ou período perinatal, apresenta fragilidade óssea severa, face triangular típica com nariz aquilino, esclera azulada, extremidades curtas e deformadas com fraturas múltiplas e posição característica semelhante a sapo. No tipo 3, ocorre deformação progressiva de membros e coluna vertebral, fraqueza muscular, limitação marcante de mobilidade e retardo severo de crescimento, podendo haver deformidade óssea na base do crânio, comprometimento respiratório, morte súbita, cabeça aumentada, face triangular, bossas frontais alargadas, queixo pequeno, perda auditiva precoce e dentinogênese imperfeita. No tipo IV, ofenótipo não se encaixa claramente nos tipos I-III. Ocorre deformidade óssea branda a moderada. Disfunção progressiva da mobilidade. Estatura variável com tendência a baixa, arqueamento de ossos longos, fraturas vertebrais. Fraturas ocorrem durante toda vida, com um período relativo de quiescência entre os 20 e 40 anos de idade. Diminuição mínima da expectativa de vida. Esclera normal ou acinzentada. Subdivide-se em IVA com dentinogênese normal e IVB com dentinogênese imperfeita. Já o 3 outros tipos de Osteogênese Imperfeita (V, VI e VII), apresentam-se como desconhecidos. No tipo V, ocorre diminuição branda a moderada da estatura, calcificação da membrana interóssea do antebraço, hiperplasia de calo ósseo, esclera normal, não está associada à deninogênese imperfeita; No tipo VI ocorre estatura baixa, escoliose, grande quantidade de tecido osteoide e padrão anormal de laminação óssea, esclera branca, não está associada à deninogênese imperfeita; e, no tipo VII há estatura levemente baixa, coxa vara, esclera branca, sem associação à dentinogênese imperfeita, encurtamento do fêmur e úmero, sendo uma herança genética recessiva. No que se refere ao tratamento da doença, o cirúrgico apresenta vantagens para os pacientes por reduzir o número de fraturas e a dor óssea, bem como corrigir as 4 deformidades melhorando o alinhamento dos membros e a sua função. Para tal, utilizam- se hastes não extensíveis, e pode apresentar complicações, como fratura da parte do osso que fica sem a proteção do implante, a migração da haste e a recidiva da deformidade (3). O tratamento ortopédico tanto para as fraturas, como para as correções das deformidades, consiste de osteotomia corretiva e estabilização óssea, e utiliza vários tipos de materiais de implantes para osteossíntese (8). Além disso, a haste de Bailey-Dubow trouxe novas perspectivas para o tratamento dos pacientes com OI, passando a ter tendência crescente de utilização, em substituição aos implantes não extensíveis. De 1963 até os dias de hoje, nota-se predomínio do uso das hastes extensíveis no tratamento dos pacientes com OI, principalmente a partir da década de 80 (3). Apesar dos bons resultados, a osteogênese imperfeita não tem cura, suas abordagens terapêuticas são apenas paliativas e visam diminuir deformidades ósseas, prover função normal e melhorar a qualidade de vida dentro do possível. Tendo por base tais conceitos, o presente estudo pretendeu relatar o caso de um paciente acometido por OI, a fim de identificar as características clínicas do transtorno e suas implicações na vida do paciente. RELATO DO CASO Paciente de sexo masculino, 05 anos e cinco meses, com diagnóstico de OI, tipo IV, curvatura dos ossos do fêmur e tíbia esquerdos, e do osso da tíbia direito, com atrofia da musculatura nos membros inferiores e prejuízo na marcha. História clínica de 09 fraturas, com quadro iniciado aos seis meses de idade com fratura do braço esquerdo seguido das seguintes fraturas: duas na perna esquerda; duas no tornozelo direito; duas do antebraço esquerdo; fratura do fêmur esquerdo; e recente fratura da perna esquerda. Apresenta dentinogênese, estatura e peso normais, porém, possui: diminuição auditiva bilateral; cabeça aumentada; face triangular; deformidade óssea com arqueamento de ossos longos; disfunção progressiva da mobilidade; comprometimento da coluna vertebral (Escoliose). Faz uso de Neuleptil 10mg/ml diariamente e há 04 meses faz uso de Alendronato (Bifosfonato) 15mg/mês via oral. Sua irmã de 09 anos de idade, também portadora de 5 OI, apresentou cinco fraturas, e, segundo informações da mãe do paciente, apresenta esclera azulada. A mesma não tem conhecimento de nenhum outro familiar com diagnóstico de OI. Mãe refere que o paciente diariamente apresenta-se irritado, por vezes agressivo, não aceitando a condição física instituída. Paciente não apresenta antecedente cirúrgico, sendo que as fraturas anteriores foram tratadas conservadoramente. Entretanto, encontra- se em planejamento a instituição do procedimento cirúrgico como forma de prevenção de novas fraturas e alinhamento das deformidades ósseas para o paciente em questão. O paciente encontra-se atualmente em acompanhamento ambulatorial devido a última fratura ocorrida no mês de setembro de 2013, com tratamento conservador através de imobilização gessada. A mãe refere que a fratura foi ocasionada com o mínimo esforço levando a dor na região afetada e impossibilidade da marcha do paciente. Figura 1- (A) Face triangular; (B) Deformidade em membros inferiores; (C) Alteração postural; (D) Radiografia mostrando fratura da perna esquerda DISCUSSÃO A OI, leva a fragilidade e deformidade óssea que resulta em fraturas repetitivas (5,7,8). No caso do paciente em discussão, o diagnóstico de OI foi dado mediante a história clínica, o aspecto ao exame físico e constatações radiográficas. Para tal, A B C D 6 observou-se clinicamente o número de fraturas, que é a característica clínica principal da doença. Os dados da anamnese e avaliação radiológica permitiram observar deformidade dos membros inferiores decorrentes das fraturas, alteração da coluna vertebral (escoliose), face triangular e redução bilateral da audição, que englobam o quadro clínico de possível diagnóstico da doença em questão. Este diagnóstico justifica-se, pois, não existem exames complementares para a confirmação da doença (6,8). Além disso, no diagnóstico de OI, os tecidos que são ricos em colágeno (tendões, fáscias, dentina, córnea, esclera etc.) podem vir a ser afetados, tendo por principal manifestação clínica a fragilidade óssea associada geralmente à: deformidades ou arqueamento de ossos longos, além de escoliose, deficiência de crescimento corporal, hipermobilidade articular, esclera azulada e perda de audição (5). O paciente deste estudo apresenta características clinicas de OI do tipo IVA, já que não há dentinogênese imperfeita. Neste tipo há fraturas esporádicas, como no tipo I, ou gravíssimas, como as do tipo III, e, o diagnóstico é frequente que só se consiga confirmar mais tarde (8,5,9), como ocorreu no paciente em estudo, cujo diagnóstico ocorreu apenas após certa recorrência das fraturas. Nele, não foram identificadas fraturas até a idade de aprender a andar, no caso, aos seis meses que foi quando fraturou o braço esquerdo. Além disso, o paciente apresenta encurvamento dos ossos longos, e padrão de transmissão provavelmente hereditária autossômica dominante, tendo em vista que sua irmã também é portadora da patologia. Tal padrão, apresenta-se como o mais comum, ocorrendo em 95% dos casos (5). Independente do tipo de osteogênese a redução da qualidade de vida nesses pacientes pode ser também devido a uma dificuldade na marcha, ou a uma instabilidade emocional gerada por conta da doença. Como ocorre no paciente em estudo, que além de apresentar uma marcha dificultada, apresenta labilidade emocional, necessitando fazer uso de medicação para lidar melhor com sua situação de vida. No caso, utiliza-se de Neuleptil diariamente. Com estes pacientes, exigem-se uma série de cuidados, ou seja, um tratamento multidisciplinar, que inclui: a necessidade de prevenir ciclos viciosos de fraturas; determinação da altura mais adequada para cirurgia com encavilhamento telescópico (cirurgia de Rodding); prevenção das deformações da caixa torácica com consequente monitorização da função respiratória; desenvolvimento de estratégias psicológicas para 7 lidar com a baixa estatura e a fatiga crônica; apoio emocional e psicológico à família; e tratamento medicamentoso com bifosfonatos. Mas, nem sempre todas essas medidas são possíveis. O paciente em questão faz uso de bifosfonato via oral há quatro meses, não faz acompanhamento fisioterápico, e todos os tratamentos das fraturas que teve foram conservadoresem imobilização gessada. Ressalta-se, entretanto que o uso de bifosfonato, que é o medicamento mais amplamente utilizado na OI, inibe o crescimento e a dissolução dos cristais de hidroxiapatita do osso a partir da redução da atividade osteoplástica. Nos tecidos, promove supressão do turnover ósseo além de aumento da densidade mineral óssea devido a diminuição da taxa de iniciação de novos ciclos de remodelagem e consequente redução dos espaços de remodelamento ósseo (1). O uso desta medicação permite o desaparecimento das dores ósseas e a diminuição do número de fraturas que contribuem para que os pacientes tenham maior mobilidade e melhor qualidade de vida. Na abordagem terapêutica ortopédica da OI, a primeira medida destina-se à prevenção para a redução do número de fraturas, a segunda restringe-se ao tratamento das fraturas e a terceira à correção cirúrgica das deformidades. Assim, podem ser realizadas medidas como: hidroterapia; técnica da osteoclasia para alinhamento da tíbia, seguida do uso de imobilização do tipo brace, a fim de proteger o membro afetado; e uso de aparelhos gessados. E, no caso de um planejamento operatório deve-se utilizar princípios de encavilhamento ósseo intramedular (2). No caso do paciente em questão, o tratamento cirúrgico seria uma medida eficiente, tendo em vista a possibilidade de melhora da sua condição física e, consequente, qualidade de vida. Porém, como impecilho para tal, percebe-se, além da falta de esclarecimento por parte da família, a falta de condições sócio-econômicas para a realização do procedimento. Fato este, comum a muitas pessoas acometidas pela doença. A Oi é uma doença com ampla variedade clínica que depende majoriariamente do seu tipo. Apesar de não existir tratamento curativo, o uso medicamentoso de bifosfonato e tratamento cirúrgico, com colocação de hastes intramedulares, parece reduzir a incidência de novas fraturas (4). A OI reduz significativamente a qualidade de vida dos pacientes, bem como de seus cuidadores que vivem sempre na busca de melhores condições de vida para os 8 doentes. Assim, o impacto desta doença vai além do comprometimento físico e saúde do paciente, tendo impacto em todos os aspectos da vida que venham a influenciar o bem estar dos mesmos e de seus familiares. CONCLUSÃO A Osteogênese Imperfeita é uma doença rara com diferentes prognósticos a depender do seu tipo. O tipo IV, em estudo, leva ao prejuízo físico e psíquico, com redução da qualidade de vida, necessitando de um tratamento multidisciplinar. Como prevenção e tratamento efetivo das fraturas, deve ser preconizado o uso medicamentoso de bifosfonato associado ao procedimento cirúrgico através de hastes intramedulares. REFERÊNCIAS 1. ARAGÃO, Ana Luiza Andrade; SILVA, Ivani Novato Silva. Uso de bifosfonatos em crianças e adolescentes. Rev Med Minas Gerais. 2007; 17(1/2 Supl 3): S218- S225. 2007. 2. ASSIS, Marcelo Camargo de; PLOTKIN, Horácio; GLORIEUX, Francis H.; SANTILI, Cláudio. Osteogenesis Imperfecta.: novos conceitos. Revista Brasileira de Ortopedia - Vol. 37, Nº 8 - Agosto, 2002. 3. BELANGERO, William Dias; LIVANI, Bruno e BELANGERO, Vera Maria Santoro. Sobrevida de uma haste intramedular extensível (HIMEX) no tratamento de crianças com ostegênese imperfeita. Acta ortop. bras. [online]. 2010, vol.18, n.6 4. ESCOBAR, Carlos et al. Osteogénese imperfeita: experiência do serviço ortopedia Hospital Dona Estefânia, Acta Med Port, 2013 Jan-Feb;26(1):5-11 5. KANNO, Cláudia Misue; OLIVEIRA, José Américo. Características clínicas e radiográficas da osteogênese imperfeita associada à dentinogênese imperfeita. Revista Odonto. V. 17, n. 33, jan. jun. 2009, São Bernardo do Campo, SP, Universidade Metodista de São Paulo. 9 6. SANTILI, Cláudio et al. Avaliação Clínica, radiográfica e laboratorial de pacientes com osteogênese imperfeita. Rev. Assoc. Med. Chem. Bras. , São Paulo, v 51, n. 4, agosto de 2005. 7. MELLO, Daniele Borges de; MOREIRA, Martha Cristina Nunes. A hospitalização de eo adoecimento Pela Perspectiva de Crianças e Jovens Portadores de fibrose cística e osteogênese imperfeita. Ciênc.. Saúde Coletiva , Rio de Janeiro, v.15, n. 2, março de 2010. 8. WATZL, Marcelo de Toledo Piza; ABREU, Antonio Vitor de; KRUSE, Richard. Tratamento cirúrgico das deformidades e fraturas em membros inferiores na osteogênese imperfeita. Acta ortop. bras., São Paulo, v. 17, n. 4, 2009. 9. LYRA, Ticiana Goyanna et al. Osteogenesis Imperfecta em obstetrícia: Relato de caso. Rev. Bras. Anestesiol., Jun 2010, vol.60, no.3, p.321-324. 10 2. RESENHA DESCRITIVA DO ARTIGO OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: UM RELATO DE CASO O artigo “Osteogênese imperfeita: um relato de caso”, escrito por Giácomo de Freitas Souza - graduando de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa e Ricardo Barros Cardoso - professor do Departamento de Cirurgia da mesma universidade, trata-se de um estudo de caso clínico de característica qualitativa e descritiva, realizado em uma unidade hospitalar da cidade de Guarabira no estado da Paraíba. O trabalho dissertativo que se encontra na forma de artigo está divido em: introdução, relato do caso, discussão e conclusão. Nesse contexto, a obra buscou analisar e identificar as características clínica da osteogênese imperfeita e suas implicações na vida do paciente acometido pela doença. Em introdução, os autores promoveram a definição, exemplificação das variações, características clínicas e possibilidades de tratamento da osteogênese imperfeita (OI). Segundo o artigo, a OI é caracterizada como uma enfermidade hereditária que afeta o tecido conjuntivo. Portanto, trata-se de uma síndrome de complexidade variável que consiste em um conjunto de alterações genéticas causadas pela mutação de genes, especificamente a substituição da glicina por um outro aminoácido localizado nos cromossomos 7 e 17, responsáveis pela produção do colágeno, sobretudo, o do tipo I. Diante dessa conjuntura, todos os tecidos que são ricos em colágenos como tendões, fáscias, dentina, córnea e esclera, dentre outros, podem ser afetados, ocasionando deficiência de crescimento corporal, hipermobilidade articular, esclera azulada e perda de audição. Dentre todas as condições patológicas ofertada pela enfermidade a principal manifestação é a fragilidade óssea, associada frequentemente a osteoporose, deformidades ou arqueamento de ossos longos, além de escoliose. Por conseguinte, no que concerne as variações da enfermidade, o artigo relata a existência de osteogênese imperfeita do tipo I até o tipo VII, as quais diferenciam-se por meio da severidade, progressão, subtipos, e conforme a associação ou não com a dentinogênese imperfeita - anomalia dentária relacionada a uma mutação genética, que fornece instruções para o desenvolvimento dos dentes. No que se refere aos instrumentos de diagnósticos, o estudo revela como alternativa, exames laboratoriais – onde a fosfatase alcalina sérica acha- se frequentemente aumentada, a história clínica, o aspecto ao exame físico e constatações radiográficas. 11 Em relação as possibilidades de tratamento, por tratar-se de uma doença incurável, os autores ressaltam a necessidade de cuidados que busquem alivio de dores ósseas, como o uso de medicamentos a exemplo do bifosfonato, terapêuticas ortopédicas e intervenções cirúrgicas que visem, de uma forma geral, a resolução das deformidades ósseas. Em consonância, no tópico referente ao relato do caso clinico, os autores trazem a narração de um quadro patológico em que o protagonista se trata de um sujeito, do sexo masculino, 5 anos de idade, acometido por OI do tipo IV associado a dentinogênese imperfeita. Nesse cenário, a criança apesenta um histórico de 09 fraturas ósseas, diminuição auditiva bilateral; cabeça aumentada; face triangular; deformidade ósseacom arqueamento de ossos longos; disfunção progressiva da mobilidade; comprometimento da coluna vertebral (Escoliose). A mãe do paciente relata que o mesmo faz uso de medicamentos como neuleptil, bifosfonato e alendronato, afirmando, ainda, que o enfermo não foi submetido a nenhum processo cirúrgico e que toda fratura óssea foi tratada de maneira conservadora através da imobilização gessada. Seguindo a cronologia textual, no que tange o item sobre a discursão do caso clinico, o artigo traz à tona a visão dos autores sobre o manejo e o tratamento do paciente acometido por OI. Segundo o olhar clinico dos mesmos, o diagnóstico de OI, provavelmente, foi estabelecido por meio da história clínica, o aspecto ao exame físico e constatações radiográficas, haja vista o número alarmante de fraturas ósseas, o que caracteriza um quadro típico de osteogênese imperfeita. A partir dos exames radiográficos foi possível constatar deformidades de membros e fraturas ósseas, fato este respaldado pela alteração da produção de colágeno do tipo I, sobretudo em tecidos como tendões, fáscias, dentina, córnea, esclera, o que ocasiona a fragilidade óssea associada geralmente à: deformidades ou arqueamento de ossos longos, além de escoliose, deficiência de crescimento corporal, hipermobilidade articular, esclera azulada e perda de audição. Por meio da anamnese, pode-se ainda concluir que o paciente apresentava uma dificuldade na marcha e uma instabilidade emocional gerada por conta da doença o que justificava o uso de medicamentos como bifofonato e Neuleptil, interferindo,assim, na sua qualidade vida. Quanto ao tratamento, o artigo ressalta a necessidade de uma equipe multidisciplinar, o que inclui: abordagem terapêutica ortopédica com a necessidade de prevenção de ciclos viciosos de fraturas; desenvolvimento de estratégias psicológicas para lidar com a baixa estatura e a fatiga crônica; apoio emocional e psicológico à família; tratamento 12 medicamentoso com bifosfonatos , além de tratamento cirúrgico, sendo esta uma medida eficiente, tendo em vista a possibilidade de melhora da sua condição física e, consequente, qualidade de vida. Por fim, a conclusão revela que, de fato, por a osteogênese imperfeita ser uma enfermidade caracterizada por grandes variações que incluem sintomatologias físicas e psíquicas, sobretudo a OI do tipo IV - caso do paciente em discussão, tal doença, assim, não só interfere na qualidade de vida do paciente como também na de seus familiares. Portanto, faz-se peremptório o uso de uma equipe multidisciplinar que compreenda de maneira “in totun” a enfermidade, fazendo, o uso de uma abordagem efetiva, seja por meio de medicamentos ou terapêuticas ortopédica e cirúrgicas. 1 1. ANEXO DO ARTIGO OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: UM RELATO DE CASO Giácomo de Freitas Souza 1 RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO RELATO DO CASO DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
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