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COMUNICAÇÃO E REDAÇÃO – ESTUDO DIRIGIDO 
 
 
Referência: Não erre mais – Língua portuguesa nas empresas. Curitiba: Editora 
InterSaberes 1ª. edição 2013. 
Autora: Maria Lúcia Elias Valle. 
 
Observem que este material “Estudo Dirigido” é de autoria de nossa Instituição 
e destinado ao estudo dos alunos a ela vinculados, portanto sua reprodução, 
divulgação ou uso indevido poderá ser objeto de aplicação dos procedimentos e 
penas relativas à Lei dos Direitos Autorais. 
 
Neste breve resumo, destacamos a importância para seus estudos de alguns 
temas diretamente relacionados ao contexto trabalhado nesta disciplina. Os 
temas sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase 
e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor 
preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas 
um material complementar, que juntamente com os livros, vídeos e os slides das 
aulas compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-
os da melhor maneira possível. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 1 - Língua e Linguagem 
1 AS LINGUAGENS: VERBAL E NÃO VERBAL 
 
Na origem de toda a atividade comunicativa do ser humano está a 
linguagem, que é a capacidade de nos comunicarmos por meio de uma língua 
ou de outros sistemas organizados e convencionais de sinais usados pelos 
membros de uma mesma comunidade. Inúmeras linguagens podem ser 
utilizadas na nossa comunicação. 
 
1.1 LÍNGUA PADRÃO E VARIANTES LINGUÍSTICAS 
 
Nossa fala representa o uso particular que fazemos da língua. É o 
resultado de nossa convivência social, acrescida das leituras que fizemos e das 
relações culturais que constituímos. Nem mesmo as pessoas que moram juntas 
há anos apresentam a mesma linguagem. Porém, as diferenças de status social 
explicam a existência de um verdadeiro abismo linguístico entre os falantes da 
variedade culta. 
 
No entanto, uma língua nunca é falada da mesma forma por seus 
usuários, porque ela está sempre sujeita a variações. Abaixo listamos alguns 
aspectos que interferem na produção linguística e contribuem para o 
aparecimento dessas variações: 
 
• Tempo: O português falado hoje é diferente do português de décadas e, 
principalmente, de séculos atrás. 
• Espaço: em um mesmo país, encontramos regiões distintas que 
produzem linguagens diferentes. Esse fenômeno denominamos de 
variação regional. 
• Grupo social: por viverem em sociedade, os indivíduos se agrupam de 
acordo com interesses comuns, desta forma esses grupos tem uma 
linguagem própria. 
• Atividade profissional: linguagem técnica utilizada por profissionais de 
áreas específicas. 
• Situação comunicativa: linguagem coloquial, modalidade que não é 
regida pelas regras prescritas pela gramática normativa. 
• Produção literária: é aquela que se constrói com base na visão singular 
do autor, de seus sentimentos e suas emoções, de sua criatividade ao 
lidar com sons, com as palavras e com ideias. 
 
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1.2 INTENCIONALIDADE DISCURSIVA 
 
A intencionalidade discursiva refere-se às intenções, explícitas ou 
subentendidas, dos interlocutores que participam de uma determinada situação 
comunicativa. Em uma situação de comunicação, quem produz o texto sempre 
expõe sua intenção, seja de forma clara, seja de forma subentendida. Os textos 
comunicam nossas ideias e intenções, porém isso não quer dizer que o ouvinte 
ou leitor da mensagem conseguirá compreendê-la com a exatidão desejada pelo 
falante. 
 
1.3 SEPARAÇÃO DE SÍLABAS 
A sílaba constitui-se em um grupo de fonemas que são pronunciados em 
apenas um impulso de voz. O centro de uma sílaba é, obrigatoriamente, uma 
vogal e a ela se agregam, ou não, semivogais e consoantes. 
Nas palavras que apresentam ditongo (duas vogais no mesmo fonema) 
ou tritongo (três vogais no mesmo fonema), as semivogais não devem ser 
separadas das vogais. (Ex: ca-cho-ei-ra; Para-guai). Porém, nas palavras em 
que ocorre o hiato (encontro de duas vogais em sílabas separadas), então, deve- 
se fazer a separação silábica. (EX: te-a-tro; me-lan-ci-a). 
Quando ocorrem os dígrafos (ch, lh, nh, gu, qu) a separação silábica deve 
garantir que esses permaneçam na mesma sílaba. (Ex: fe-cha-do; co-lhei-ta). No 
entanto, quando os dígrafos forem rr, ss, sc, sç, xc, deve-se colocá-los em 
sílabas separadas quando houver a necessidade de separar a palavra. (Ex: car-
ro-ça, pis-ci-na, pes-se-guei-ro). Consulte o capítulo 1 do seu livro para estudar 
mais sobre as regras de separação silábica. 
1.4 NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
 O novo acordo ortográfico constitui-se em um passo em direção à 
pretendida unificação ortográfica nos países lusófonos (onde o idioma oficial é a 
Língua Portuguesa). As alterações realizadas são unicamente quanto à grafia 
das palavras, sem afetar os aspectos morfossintáticos ou a estilística. Essas 
alterações estão relacionadas ao alfabeto, ao uso do trema, ao emprego do hífen 
e à acentuação gráfica. A formação por prefixação é aquela em que ocorre a 
anteposição de um prefixo a uma palavra autônoma. Os prefixos são elementos 
mínimos de significação, isto é, eles apresentam um sentido que só se realiza 
plenamente após a união com uma palavra significativa. 
Para conhecer mais sobre o assunto, consulte as páginas 48 a 61 do seu 
livro da disciplina. 
 
4 
 
CAPÍTULO 2 - O TEXTO 
 
2.1 O QUE É TEXTO 
 
Existem várias definições para “texto”. É fundamental saber que um texto 
é uma unidade linguística dotada de certa estrutura formal, o que lhe dá sentido 
e lhe permite exercer a sua função sociocomunicativa. Os estudos mais 
comprometidos com o texto integram o ramo da linguística textual. O texto tem 
por finalidade expressar ideias que se ajustem às intencionalidades do que se 
quer exprimir. 
Para garantir o entendimento e a fluidez do texto, sua estrutura deve ser 
bem elaborada para que ao longo do seu desenvolvimento se garanta a relação 
entre seus elementos, ou seja, para que se mantenha a coesão dos parágrafos 
e a coerência das ideias. 
Textos de qualquer natureza veiculam com algum tipo de informação, 
desde os de comunicação diária, oral ou escrita, até aqueles com intenção 
estética, como os poéticos. É necessário que as produções apresentem um grau 
médio de informatividade, para que o texto não corra o risco de cair na 
obscuridade ou relatar o óbvio. 
Assim, um bom texto deve desenvolver-se de forma progressiva, 
garantindo a evolução do mesmo e o interesse do leitor. 
 
2.2 GÊNEROS TEXTUAIS 
 
Mikhail Bakhtin, no início do século XX, dedicou-se aos estudos da 
linguagem e da literatura e segundo Valle (2013) “foi o primeiro a empregar a 
palavra gênero com um sentido mais amplo, referindo-se também aos textos que 
utilizamos nas situações cotidianas de comunicação. ” 
Segundo o autor, todos os textos que produzimos, orais ou escritos, 
apresentam um conjunto de características, estas configuram diferentes textos 
ou gêneros textuais, como por exemplo: um relato pessoal, uma notícia de jornal, 
uma conferência ou um memorando. 
De acordo com o livro base, gênero textual é considerado uma ferramenta, 
um instrumento que possibilita exercer uma ação linguística sobre a realidade. 
Assim, no plano da linguagem, o aprendizado dos diversos gêneros textuais que 
socialmente circulam entre nós além de ampliar sobremaneira a nossa 
competência linguística e discursiva, aponta-se inúmeras formas de participação 
social por meio da linguagem. 
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 2.3 COMO CONSTRUIR A TEXTUALIDADE 
Um texto bem construído é aquele que apresenta uma sequência lógica, 
em que as ideias fluem com naturalidade, levando o leitor a compreender de 
imediato a mensagem. Para que tal aconteça, é necessário que haja uma perfeita 
conexão entre vários seguimentos do enunciado. É para isso que existem oselementos de coesão. Cada termo estabelece um tipo de relação (causa, 
consequência, adição, finalidade, etc.). O mau emprego desses elementos, 
fatalmente resultará em textos confusos e de difícil interpretação. 
 
 
 
2.4 MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL 
 
Mecanismos de coesão textual são utilizados para permitir ao interlocutor 
a compreensão do que ele lê ou ouve, e estabelecem a conectividade e a 
retomada do que foi escrito/dito, são recursos fundamentais para que haja 
coerência, não só entre os elementos que compõe a oração, como também entre 
a sequência de oração dentro do texto. 
A coesão do texto pode ser obtida pelo uso de elementos gramaticais ou 
por meio de palavras ou expressões do mesmo campo semântico. 
Para saber mais sobre o assunto, consulte as páginas 89 a 93 do livro base de 
sua disciplina. 
 
2.5 QUALIDADE DE UM TEXTO 
 
A leitura é algo muito presente em nossas vidas, assim como a escrita, 
pois a leitura de um texto exige elaboração e reelaboração constantes, sabendo 
que as competências para ser um bom leitor associam-se também para ser um 
bom escritor. Assim, um bom texto deve ter: 
 
• Objetividade: dizer apenas o que precisa ser dito. A objetividade 
textual se traduz mediante o uso de linguagem direta, sem rodeios ou 
preciosismos. 
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• Clareza: A clareza de um texto é procurar a expressão certa e dizê-
la na ordem exata. A clareza facilita a percepção rápida das ideias expostas no 
texto. 
• Concisão: o texto que consegue transmitir um máximo de 
informação com um mínimo de palavras. 
 
Para se tornar um bom leitor é necessário: identificar e selecionar elementos 
relevantes no texto; organizar suas ideias em relação ao que leu; relacionar as 
informações recebidas pela leitura com outras de que dispõe; demonstrar 
capacidade para interpretar os fatos e dados apresentados; elaborar hipóteses 
explicativas para fundamentar sua análise das questões abordadas no texto. 
 
2.6 NÃO ERRE MAIS: HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS 
 
• Homônimos: são palavras com escrita ou pronúncia iguais, porém 
com significados diferentes; (Ex: caçar/cassar; aço/asso; apreçar/apressar) 
• Parônimos: são vocábulos parecidos na grafia ou pronúncia, contudo, 
diferentes no significado; (Ex: comprimento/cumprimento; deferir/diferir; 
descrição/discrição) 
 
CAPÍTULO 3 - A ESTRUTURA DO TEXTO 
 
3.1 Introdução 
 
É a parte constituída pela apresentação do assunto, é o parágrafo 
introdutório e caracteriza-se por apresentar uma ideia central por meio de 
afirmação, definição, citação, etc. 
Há diferentes formas para se introduzir um texto (procedimentos 
introdutórios), a seguir algumas delas: 
1. Por meio de trajetória histórica (descrição do passado até o presente); 
2. Por meio de conceituação ou definição de uma ideia ou situação 
(forma mais comum); 
3. Por meio de citações ou opiniões que podem ser confirmadas ou 
negadas; 
4. Por meio de comparação entre realidades geográficas, sociais e 
culturais; 5. Por meio da enumeração das informações; 
6. Por meio de narração, descrição ou referência a acontecimentos e 
ações; 
7. Por meio de apresentação de dados estatísticos sobre o assunto 
(tema); 
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8. Por meio de linguagem metafórica ou figurativa; 
9. Por meio de uma interrogação ou sequência de interrogações; 
 
 
3.2 O desenvolvimento 
 
O desenvolvimento caracteriza-se por ser o espaço destinado à 
abordagem do assunto apresentado na introdução. Corresponde ao “corpo” do 
texto e deve ser constituído de parágrafos que fazem a exposição do assunto em 
questão ou de parágrafos que fazem a defesa de um ponto de vista mediante o 
uso de argumentação. É a análise da ideia central. Pode ocupar vários 
parágrafos, nos quais se expõem juízos, raciocínios, provas, exemplos, 
testemunhos históricos e justificativas que servem de argumento para compor a 
ideia proposta na introdução. 
É preciso ter sempre em mente que a argumentação é o corpo do texto. 
É por meio dela que apresentamos nosso ponto de vista, cujo propósito é 
convencer alguém a mudar de opinião ou a alterar um comportamento. Por essa 
razão, seguem algumas sugestões que você pode utilizar na construção de seu 
texto. Os tipos de argumentação são: Argumentação por citação de 
autoridade; Argumentação por comprovação; Argumentação por raciocínio 
lógico; Argumentação por causa e consequência; Argumentação por 
exemplificação ou ilustração. 
É essencial que o autor do texto tenha conhecimentos suficientes sobre o 
assunto, a fim de que o desenvolvimento possa ser realizado com êxito. 
3.3 A conclusão 
 
É a parte final do texto, em que se condensa a essência do conteúdo 
desenvolvido, se reafirma o posicionamento exposto na tese ou se lança uma 
perspectiva sobre o assunto. Não é espaço para apresentação de novos 
argumentos. Há algumas possibilidades para elaborar a conclusão de um texto: 
conclusão por retomada de tese; conclusão com a apresentação de perspectiva 
(s) de solução; conclusão com o uso de uma interrogação (objetivo de instigar a 
reflexão do leitor). Para conhecer mais sobre o assunto, leia as páginas 146 a 
149 do livro base da disciplina. 
 
3.4 Produção textual: o e-mail 
Com a expansão da internet, o e-mail tornou-se a forma mais rápida, 
barata e cômoda de comunicação entre pessoas e empresas. Por essa razão, o 
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e-mail apresenta características de outros gêneros textuais, como o memorando 
e a carta. 
A importância do e-mail é tanta que a lei já o reconhece como documento 
comprobatório em caso de ação judicial. Portanto, quando utilizado na 
comunicação empresarial, deve obedecer a algumas regras e princípios éticos. 
O e-mail deve conter: destinatário, remetente e assunto. Não se deve 
utilizar expressões muito formais ou arcaicas, nem formas mais íntimas. Não se 
deve escrever em letra maiúscula, pois dá impressão de descaso. Os principais 
aspectos do e-mail devem ser colocados em destaque no corpo do e-mail para 
obter maior objetividade e compreensão. Deve-se colocar na assinatura alguma 
forma de contato para o caso do destinatário querer responder ao e-mail ou dar 
alguma devolutiva por telefone, por exemplo. 
CAPÍTULO 4 - ERROS MAIS FREQUENTES E DÚVIDAS MAIS COMUNS NA 
PRODUÇÃO TEXTUAL 
 
4.1 Principais vícios de linguagem 
Os vícios de linguagem são as incorreções no uso da linguagem falada ou 
escrita, muitas vezes fruto de descaso de quem se expressa, mas não 
raramente, fruto do desconhecimento das exigências da norma culta. Abaixo, 
seguem os principais vícios de linguagem identificados atualmente: 
 Gerundismo: A rejeição ao gerúndio se concentra na construção em que 
a forma gerundial vem antecipada pela dupla “vou estar/vamos estar”. O 
modismo parece ter sido disseminado no português pelos operadores de 
telemarketing e daí migrado para outras faixas da linguagem oral. 
Portanto, as expressões “vou estar agendando/ vou estar transferindo a 
sua ligação/ vamos estar verificando” e outras que seguem o mesmo 
padrão NÃO devem ser utilizadas, pois, não estão de acordo com a norma 
culta. Observação: o gerúndio deve ser empregado quando, no contexto, 
ocorre uma simultaneidade. (Ex: Não me ligue hoje à noite, pois, estarei 
estudando) 
 
 Pleonasmo: O pleonasmo é uma figura de linguagem que consiste em 
uma redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, 
é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo 
chamamos pleonasmo vicioso. (Ex: repetir de novo; baseado em fatos 
reais; opinião individual de cada um; anexar junto; descer para baixo; subir 
para cima; sair para fora; etc.) 
 
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 Clichê: é uma expressão idiomática que, de tão utilizada e repetida, 
desgastou-se ou perdeu o sentido. O uso dessa expressão empobrece o 
texto e demonstra falta de criatividade ao redigi-lo. (EX: ataque fulminante; 
aparar as arestas; a voz rouca das ruas;caixinha de surpresas, inserido 
no contexto; calorosa recepção; no fundo do poço; etc.) 
 
 Barbarismo: consiste no uso errado da pronúncia, da forma ou da 
significação de uma palavra. 
 
Exemplos: 
As casas eram germinadas. (O correto é “geminadas”) 
Quero um camarão na moringa. (O correto é 
“moranga’) Espero que você seje meu amigo. (O 
correto é “seja”) 
rubrica - a sílaba mais forte é ‘bri’, portanto, pronuncia-
se “rubrica” 
gratuito – a vogal ‘i’ não é acentuada, portanto, 
pronuncia-se “gratuito” 
mortandela – (O correto é mortadela) 
 
 Cacofonia: um som desagradável produzido pela união das sílabas de 
palavras contíguas. Por isso, temos que tomar cuidado ao falar para não 
ofendermos a pessoa que ouve. Como cacofonias são muitas vezes 
cômicas, elas são frequentemente usadas de propósito em certas piadas, 
trocadilhos e "pegadinhas". Ex: paguei por cada (a união dos fonemas de 
por + cada forma outra palavra inadequada para a frase); eu te darei uma 
mão (uma + mão forma outra palavra); etc. 
 
4.2 Problemas na construção das frases 
É de fundamental importância prestar atenção na construção dos 
parágrafos, assim como na elaboração das frases para que estas não 
comprometam a clareza do texto. Alguns exemplos de construções que podem 
causar problemas: 
 Sujeito como complemento – uso de uma oração como complemento 
da principal. 
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No exemplo acima, o sujeito está sendo introduzido por uma preposição 
(de), o que não é aceito na norma culta. Portanto, a frase deve ser escrita da 
seguinte forma: “É tempo de o Presidente explicar a situação. ” 
 Frases fragmentadas - separação indevida da oração principal de sua 
subordinada. 
Exemplo: 
O projeto não foi aprovado por todos. Embora tenha sido muito bem elaborado. 
(A segunda oração tem uma relação de concessão com a primeira e não deve 
ser separada por ponto final) 
Forma correta: 
O projeto não foi aprovado por todos, embora tenha sido muito bem elaborado. 
 
 
 
 
 Erros de comparação – fazer uma comparação na linguagem escrita 
exige que a mesma esteja bem clara no contexto, pois, a omissão de 
certos vocábulos (comum em uma comparação oral), pode causar 
problemas no entendimento da frase. 
Exemplo: O carro de luxo brasileiro possui menos itens de conforto do que um 
europeu. (A frase não ficou clara, pois, foi usado um artigo indefinido no lugar 
do artigo definido [o] que substitui a palavra carro) 
Forma correta: 
O carro de luxo brasileiro possui menos itens de conforto do que o europeu. 
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 ou 
O carro de luxo brasileiro possui menos itens de conforto do que o carro 
europeu. 
 
• Uso excessivo da palavra “que” – primeiramente, é bom destacar que a 
palavra “que” pode ser usada em inúmeras situações e pode ser enquadrada 
em diferentes funções sintáticas, de acordo com a sua utilização na frase. 
Porém, quando se trata da elaboração de um texto, ela é mais frequentemente 
usada em duas classes: como pronome relativo e como conjunção integrante. 
 
QUE – FUNÇÃO DE PRONOME RELATIVO – quando substitui a um 
pronome pessoal ou um substantivo que se encontra na oração anterior. 
Exemplo: Gostei muito do novo disco. Chico Buarque gravou um novo disco. 
 
 
 Gostei muito do novo disco que o Chico Buarque gravou. 
 
QUE – FUNÇÃO DE CONJUNÇÃO – inicia uma frase que completa o sentido 
da anterior, portanto, é uma conjunção integrante. 
 
4.3 A carta comercial 
 
 Constitui-se em um tipo de comunicação impressa, endereçada a uma ou 
mais pessoas e utilizada com frequência pelo comércio, pela indústria, 
instituições financeiras, prestadoras de serviços, profissionais liberais, como 
também, entre pessoas físicas e jurídicas. No serviço público, a carta é 
substituída pelo ofício. Para conhecer mais sobre o assunto, consulte as páginas 
196 a 199 do livro base da disciplina. 
4.4 O emprego das letras S, SS e Z 
 
Este é um item da Língua Portuguesa que suscita muitas dúvidas e causa 
muitos erros na linguagem escrita e, apesar de haver algumas regras a serem 
Pronome 
Relativ o 
12 
seguidas no momento da escrita, muitos são os casos que só podem ser 
explicados pela origem da palavra que pode ser latina, grega, e até árabe, entre 
outras. 
Sendo assim, para minimizar essas dificuldades, é aconselhável estudar 
com atenção todas as regras dispostas nas páginas 199 a 201 do livro base da 
disciplina, assim como, procurar praticar a escrita das palavras que mais trazem 
dúvidas. 
 
5 PONTUAÇÃO 
Os sinais de pontuação servem não só para separar palavras e orações, 
como também, indicar pausas no texto para facilitar a leitura e o entendimento. 
5.1 Emprego da pontuação 
Além de nos auxiliar e dar clareza e objetividade à mensagem, são 
recursos que podemos utilizar para representar na escrita o ritmo e a entonação 
da língua falada. O uso errado da pontuação compromete a compreensão do 
texto pois, são de fundamental importância as pausas breves e longas, 
marcadas, respectivamente, pelas vírgulas e pelos pontos finais. O leitor vai 
sendo conduzido na construção do ritmo, ao mesmo tempo que as emoções 
afloram em resposta à progressão das ideias. 
O PONTO 
 Empregado, basicamente, para indicar o final de uma frase declarativa, 
que pode ser um período simples ou composto. Emprega-se o ponto também 
nas abreviaturas. 
 
A VÍRGULA 
Pode ser usada em várias situações e marca uma pausa de curta duração, 
sendo usada mais frequentemente em: 
a. Na separação de datas e endereços; 
b. Na separação dos elementos de uma enumeração; 
c. No aposto, para separá-lo da frase; 
d. No vocativo, para separá-lo da frase; 
e. Para separar expressões de caráter explicativo: isto é, por exemplo, ou 
seja, etc. 
f. Para separar adjuntos adverbiais antecipados; 
g. Com o conectivo ‘e’; 
 
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RETICÊNCIAS 
 Indicam que a frase, o pensamento, foram interrompidos ou truncados. 
 
a. São usadas também para: realçar uma palavra ou expressão. 
b. Representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. 
 
 
 Aspas - são usadas: 
a. Nas citações ou transcrições. 
b. Para evidenciar palavras ou expressões; 
c. Para destacar palavras que representam estrangeirismo, vulgarismo, 
ironia. 
 
 TRAVESSÃO 
É usado basicamente em três situações: 
a. Para indicar a fala ou a mudança de interlocutor num diálogo; 
b. Para destacar expressões explicativas; 
c. Para ligar grupos de palavras que indicam itinerário. 
 
 PARÊNTESES 
Servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios em um 
enunciado, podendo substituir a vírgula ou o travessão. 
 
 DOIS-PONTOS 
 Devem ser usados nos seguintes casos: 
a. Vocativo de correspondências (cartas/ofício/e-mails); 
b. Início de uma enumeração; 
c. Início de uma sequência que exemplifique, identifique, desenvolva ou 
discrimine uma ideia anterior; 
d. Depois de verbos que introduzam a fala de algum personagem. 
 
Para estudar mais sobre o assunto, consulte as páginas 213 a 223 do livro 
base da disciplina. 
 
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5.2 Produção textual: o memorando e o ofício 
 
Memorando e ofício, devem ser sempre formais, isto é, obedecer à exigência do 
uso do padrão culto da língua e de certa formalidade de tratamento. Referente 
ao memorando, é uma forma de comunicação que significa “o que deve ser 
lembrado” e deve ser utilizado em departamentos de uma empresa ou de um 
órgão público para trocar informações; filiais de uma empresa ou agência para 
trocar informações com a matriz; órgão público e governamentais para 
comunicarem-se entre si. 
 
O emprego correto das palavras, também se constitui um assunto que causa 
bastante dúvidas no momento da elaboração de um texto. Por exemplo, o 
emprego do porquê/por que, o emprego do mas/mais, onde/aonde, entre outrosvocábulos. 
Sendo assim, estude com atenção as normas contidas nas páginas 233 a 
239 e tire suas dúvidas. 
 
6 MORFOLOGIA I 
 
6.1 Substantivo: Substantivo é a classe de palavras que utilizamos para dar 
nomes as coisas, aos seres em geral. São palavras variáveis em relação a 
gêneros (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) e aceitam a 
anteposição de artigos e pronomes. 
 
6.2 Adjetivo: é a palavra que caracteriza o substantivo. Na língua portuguesa, 
os adjetivos podem vir antepostos ou pospostos aos substantivos. 
 
6.3 Adjetivo na concordância nominal: é o princípio sintático segundo o qual 
as palavras dependentes harmonizam suas flexões de acordo com aquelas as 
quais se ligam. Assim adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam em 
gênero e número com os substantivos que acompanham. 
 
6.4 Pronome: são palavras que substituem os substantivos ou os 
determinam, relacionando-os as pessoas do discurso. 
 
6.5 Produção textual - a ata: é um documento que tem por finalidade relatar as 
ocorrências verificadas em uma reunião, uma assembleia, um congresso, uma 
convenção, tanto na Administração Pública quanto na Administração Privada. 
 
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7 MORFOLOGIA II 
 
7.1 Verbo: é a classe de palavras mais rica em flexões. Ela varia de acordo 
com as necessidades do texto para indicar a pessoa do discurso, o número, o 
tempo, o modo e a voz. 
 
7.2 Concordância Verbal: é um ajustamento de flexões, na qual adjetivos, 
pronomes, artigos e numerais ajustam suas flexões de acordo com os 
substantivos a que se referem. 
 
 
7.3 Produção textual - o relatório: é um texto em que o objetivo é fazer a 
exposição de ocorrências ou da execução de um trabalho na administração 
Pública ou privada. Quando necessário podem constar da apresentação 
gráficos, tabelas, infogramas e mapas. 
 
 
8 SINTAXE 
Estuda os processos gramaticais que relacionam entre si as palavras de uma 
frase. A estrutura sintática é o veículo de ideias do falante ou ouvinte. A 
importância da sintaxe decorre do fato de que a unidade da fala é a frase, não a 
palavra ou o som. 
As principais funções sintáticas que podem existir em uma oração ou em um 
período são: 
Sujeito; Verbo; Adjunto adnominal; Adjunto adverbial; Objeto (direto e indireto), 
entre outras funções. 
8.1 Regência Verbal 
A regência de um verbo determina a presença ou não da preposição entre os 
termos. 
Aqueles verbos que precisam de complemento para terem sentido, porém, que 
não exigem preposição são os verbos transitivos diretos. Por exemplo: 
 Minha mãe comprou um vestido novo. (O verbo comprar ‘pede’ um 
complemento para que a frase tenha sentido, porém, esse complemento 
não vem acompanhado de uma preposição porque não é necessário). 
 
Já aqueles verbos que ‘pedem’ uma preposição para que seu complemento 
possa ser inserido na frase são chamados de verbos transitivos indiretos. Por 
exemplo: 
16 
 Meu pai gostou de você. (Para completar o verbo ‘gostar’, é necessário o 
uso da preposição ‘de’ para que se possa colocar o complemento) 
Há outros verbos, no entanto, que não precisam de complemento para serem 
compreendidos, a esses chamamos de verbos intransitivos. Por exemplo: 
 Meu carro quebrou. (Não é necessário nenhum complemento depois do 
verbo ‘quebrar’ para que a frase seja entendida. Você pode até completar 
a frase com adjuntos adverbiais de tempo ou lugar, mas isso não é 
obrigatório para que a frase seja entendida) 
 
8.2 Crase 
 
Crase não é o nome do acento, mas sim o nome do fenômeno que ocorre 
quando há a fusão do artigo a com a preposição a. O acento que indica que 
ocorreu a crase é o acento grave (`). 
Quando um verbo exige a preposição a e logo em seguida, há uma palavra 
feminina que também vem acompanhada pelo artigo definido feminino a (ou as), 
teremos a ocorrência da crase. Exemplo: Ontem assisti a a partida de basquete 
= Ontem assisti à partida de basquete. (o verbo assistir ‘exige’ o emprego da 
preposição a e a palavra partida vem acompanhada pelo artigo a) 
Se você tiver dúvidas, substitua o complemento do verbo por uma palavra 
masculina, se aparecer a expressão ‘ao’ significa que temos a preposição a mais 
o artigo definido o e nesse caso, indica que o verbo deve ser acompanhado pela 
preposição a. (Ex: Ontem assisti ao jogo de basquete). 
Há inúmeras regras para o uso do acento grave indicativo da crase. Para 
saber mais sobre o assunto, estude com atenção as páginas 351 a 359 do livro 
base de sua disciplina.

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