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1 COMUNICAÇÃO E REDAÇÃO – ESTUDO DIRIGIDO Referência: Não erre mais – Língua portuguesa nas empresas. Curitiba: Editora InterSaberes 1ª. edição 2013. Autora: Maria Lúcia Elias Valle. Observem que este material “Estudo Dirigido” é de autoria de nossa Instituição e destinado ao estudo dos alunos a ela vinculados, portanto sua reprodução, divulgação ou uso indevido poderá ser objeto de aplicação dos procedimentos e penas relativas à Lei dos Direitos Autorais. Neste breve resumo, destacamos a importância para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas um material complementar, que juntamente com os livros, vídeos e os slides das aulas compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize- os da melhor maneira possível. Bons estudos! 2 Capítulo 1 - Língua e Linguagem 1 AS LINGUAGENS: VERBAL E NÃO VERBAL Na origem de toda a atividade comunicativa do ser humano está a linguagem, que é a capacidade de nos comunicarmos por meio de uma língua ou de outros sistemas organizados e convencionais de sinais usados pelos membros de uma mesma comunidade. Inúmeras linguagens podem ser utilizadas na nossa comunicação. 1.1 LÍNGUA PADRÃO E VARIANTES LINGUÍSTICAS Nossa fala representa o uso particular que fazemos da língua. É o resultado de nossa convivência social, acrescida das leituras que fizemos e das relações culturais que constituímos. Nem mesmo as pessoas que moram juntas há anos apresentam a mesma linguagem. Porém, as diferenças de status social explicam a existência de um verdadeiro abismo linguístico entre os falantes da variedade culta. No entanto, uma língua nunca é falada da mesma forma por seus usuários, porque ela está sempre sujeita a variações. Abaixo listamos alguns aspectos que interferem na produção linguística e contribuem para o aparecimento dessas variações: • Tempo: O português falado hoje é diferente do português de décadas e, principalmente, de séculos atrás. • Espaço: em um mesmo país, encontramos regiões distintas que produzem linguagens diferentes. Esse fenômeno denominamos de variação regional. • Grupo social: por viverem em sociedade, os indivíduos se agrupam de acordo com interesses comuns, desta forma esses grupos tem uma linguagem própria. • Atividade profissional: linguagem técnica utilizada por profissionais de áreas específicas. • Situação comunicativa: linguagem coloquial, modalidade que não é regida pelas regras prescritas pela gramática normativa. • Produção literária: é aquela que se constrói com base na visão singular do autor, de seus sentimentos e suas emoções, de sua criatividade ao lidar com sons, com as palavras e com ideias. 3 1.2 INTENCIONALIDADE DISCURSIVA A intencionalidade discursiva refere-se às intenções, explícitas ou subentendidas, dos interlocutores que participam de uma determinada situação comunicativa. Em uma situação de comunicação, quem produz o texto sempre expõe sua intenção, seja de forma clara, seja de forma subentendida. Os textos comunicam nossas ideias e intenções, porém isso não quer dizer que o ouvinte ou leitor da mensagem conseguirá compreendê-la com a exatidão desejada pelo falante. 1.3 SEPARAÇÃO DE SÍLABAS A sílaba constitui-se em um grupo de fonemas que são pronunciados em apenas um impulso de voz. O centro de uma sílaba é, obrigatoriamente, uma vogal e a ela se agregam, ou não, semivogais e consoantes. Nas palavras que apresentam ditongo (duas vogais no mesmo fonema) ou tritongo (três vogais no mesmo fonema), as semivogais não devem ser separadas das vogais. (Ex: ca-cho-ei-ra; Para-guai). Porém, nas palavras em que ocorre o hiato (encontro de duas vogais em sílabas separadas), então, deve- se fazer a separação silábica. (EX: te-a-tro; me-lan-ci-a). Quando ocorrem os dígrafos (ch, lh, nh, gu, qu) a separação silábica deve garantir que esses permaneçam na mesma sílaba. (Ex: fe-cha-do; co-lhei-ta). No entanto, quando os dígrafos forem rr, ss, sc, sç, xc, deve-se colocá-los em sílabas separadas quando houver a necessidade de separar a palavra. (Ex: car- ro-ça, pis-ci-na, pes-se-guei-ro). Consulte o capítulo 1 do seu livro para estudar mais sobre as regras de separação silábica. 1.4 NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO O novo acordo ortográfico constitui-se em um passo em direção à pretendida unificação ortográfica nos países lusófonos (onde o idioma oficial é a Língua Portuguesa). As alterações realizadas são unicamente quanto à grafia das palavras, sem afetar os aspectos morfossintáticos ou a estilística. Essas alterações estão relacionadas ao alfabeto, ao uso do trema, ao emprego do hífen e à acentuação gráfica. A formação por prefixação é aquela em que ocorre a anteposição de um prefixo a uma palavra autônoma. Os prefixos são elementos mínimos de significação, isto é, eles apresentam um sentido que só se realiza plenamente após a união com uma palavra significativa. Para conhecer mais sobre o assunto, consulte as páginas 48 a 61 do seu livro da disciplina. 4 CAPÍTULO 2 - O TEXTO 2.1 O QUE É TEXTO Existem várias definições para “texto”. É fundamental saber que um texto é uma unidade linguística dotada de certa estrutura formal, o que lhe dá sentido e lhe permite exercer a sua função sociocomunicativa. Os estudos mais comprometidos com o texto integram o ramo da linguística textual. O texto tem por finalidade expressar ideias que se ajustem às intencionalidades do que se quer exprimir. Para garantir o entendimento e a fluidez do texto, sua estrutura deve ser bem elaborada para que ao longo do seu desenvolvimento se garanta a relação entre seus elementos, ou seja, para que se mantenha a coesão dos parágrafos e a coerência das ideias. Textos de qualquer natureza veiculam com algum tipo de informação, desde os de comunicação diária, oral ou escrita, até aqueles com intenção estética, como os poéticos. É necessário que as produções apresentem um grau médio de informatividade, para que o texto não corra o risco de cair na obscuridade ou relatar o óbvio. Assim, um bom texto deve desenvolver-se de forma progressiva, garantindo a evolução do mesmo e o interesse do leitor. 2.2 GÊNEROS TEXTUAIS Mikhail Bakhtin, no início do século XX, dedicou-se aos estudos da linguagem e da literatura e segundo Valle (2013) “foi o primeiro a empregar a palavra gênero com um sentido mais amplo, referindo-se também aos textos que utilizamos nas situações cotidianas de comunicação. ” Segundo o autor, todos os textos que produzimos, orais ou escritos, apresentam um conjunto de características, estas configuram diferentes textos ou gêneros textuais, como por exemplo: um relato pessoal, uma notícia de jornal, uma conferência ou um memorando. De acordo com o livro base, gênero textual é considerado uma ferramenta, um instrumento que possibilita exercer uma ação linguística sobre a realidade. Assim, no plano da linguagem, o aprendizado dos diversos gêneros textuais que socialmente circulam entre nós além de ampliar sobremaneira a nossa competência linguística e discursiva, aponta-se inúmeras formas de participação social por meio da linguagem. 5 2.3 COMO CONSTRUIR A TEXTUALIDADE Um texto bem construído é aquele que apresenta uma sequência lógica, em que as ideias fluem com naturalidade, levando o leitor a compreender de imediato a mensagem. Para que tal aconteça, é necessário que haja uma perfeita conexão entre vários seguimentos do enunciado. É para isso que existem oselementos de coesão. Cada termo estabelece um tipo de relação (causa, consequência, adição, finalidade, etc.). O mau emprego desses elementos, fatalmente resultará em textos confusos e de difícil interpretação. 2.4 MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL Mecanismos de coesão textual são utilizados para permitir ao interlocutor a compreensão do que ele lê ou ouve, e estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito/dito, são recursos fundamentais para que haja coerência, não só entre os elementos que compõe a oração, como também entre a sequência de oração dentro do texto. A coesão do texto pode ser obtida pelo uso de elementos gramaticais ou por meio de palavras ou expressões do mesmo campo semântico. Para saber mais sobre o assunto, consulte as páginas 89 a 93 do livro base de sua disciplina. 2.5 QUALIDADE DE UM TEXTO A leitura é algo muito presente em nossas vidas, assim como a escrita, pois a leitura de um texto exige elaboração e reelaboração constantes, sabendo que as competências para ser um bom leitor associam-se também para ser um bom escritor. Assim, um bom texto deve ter: • Objetividade: dizer apenas o que precisa ser dito. A objetividade textual se traduz mediante o uso de linguagem direta, sem rodeios ou preciosismos. 6 • Clareza: A clareza de um texto é procurar a expressão certa e dizê- la na ordem exata. A clareza facilita a percepção rápida das ideias expostas no texto. • Concisão: o texto que consegue transmitir um máximo de informação com um mínimo de palavras. Para se tornar um bom leitor é necessário: identificar e selecionar elementos relevantes no texto; organizar suas ideias em relação ao que leu; relacionar as informações recebidas pela leitura com outras de que dispõe; demonstrar capacidade para interpretar os fatos e dados apresentados; elaborar hipóteses explicativas para fundamentar sua análise das questões abordadas no texto. 2.6 NÃO ERRE MAIS: HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS • Homônimos: são palavras com escrita ou pronúncia iguais, porém com significados diferentes; (Ex: caçar/cassar; aço/asso; apreçar/apressar) • Parônimos: são vocábulos parecidos na grafia ou pronúncia, contudo, diferentes no significado; (Ex: comprimento/cumprimento; deferir/diferir; descrição/discrição) CAPÍTULO 3 - A ESTRUTURA DO TEXTO 3.1 Introdução É a parte constituída pela apresentação do assunto, é o parágrafo introdutório e caracteriza-se por apresentar uma ideia central por meio de afirmação, definição, citação, etc. Há diferentes formas para se introduzir um texto (procedimentos introdutórios), a seguir algumas delas: 1. Por meio de trajetória histórica (descrição do passado até o presente); 2. Por meio de conceituação ou definição de uma ideia ou situação (forma mais comum); 3. Por meio de citações ou opiniões que podem ser confirmadas ou negadas; 4. Por meio de comparação entre realidades geográficas, sociais e culturais; 5. Por meio da enumeração das informações; 6. Por meio de narração, descrição ou referência a acontecimentos e ações; 7. Por meio de apresentação de dados estatísticos sobre o assunto (tema); 7 8. Por meio de linguagem metafórica ou figurativa; 9. Por meio de uma interrogação ou sequência de interrogações; 3.2 O desenvolvimento O desenvolvimento caracteriza-se por ser o espaço destinado à abordagem do assunto apresentado na introdução. Corresponde ao “corpo” do texto e deve ser constituído de parágrafos que fazem a exposição do assunto em questão ou de parágrafos que fazem a defesa de um ponto de vista mediante o uso de argumentação. É a análise da ideia central. Pode ocupar vários parágrafos, nos quais se expõem juízos, raciocínios, provas, exemplos, testemunhos históricos e justificativas que servem de argumento para compor a ideia proposta na introdução. É preciso ter sempre em mente que a argumentação é o corpo do texto. É por meio dela que apresentamos nosso ponto de vista, cujo propósito é convencer alguém a mudar de opinião ou a alterar um comportamento. Por essa razão, seguem algumas sugestões que você pode utilizar na construção de seu texto. Os tipos de argumentação são: Argumentação por citação de autoridade; Argumentação por comprovação; Argumentação por raciocínio lógico; Argumentação por causa e consequência; Argumentação por exemplificação ou ilustração. É essencial que o autor do texto tenha conhecimentos suficientes sobre o assunto, a fim de que o desenvolvimento possa ser realizado com êxito. 3.3 A conclusão É a parte final do texto, em que se condensa a essência do conteúdo desenvolvido, se reafirma o posicionamento exposto na tese ou se lança uma perspectiva sobre o assunto. Não é espaço para apresentação de novos argumentos. Há algumas possibilidades para elaborar a conclusão de um texto: conclusão por retomada de tese; conclusão com a apresentação de perspectiva (s) de solução; conclusão com o uso de uma interrogação (objetivo de instigar a reflexão do leitor). Para conhecer mais sobre o assunto, leia as páginas 146 a 149 do livro base da disciplina. 3.4 Produção textual: o e-mail Com a expansão da internet, o e-mail tornou-se a forma mais rápida, barata e cômoda de comunicação entre pessoas e empresas. Por essa razão, o 8 e-mail apresenta características de outros gêneros textuais, como o memorando e a carta. A importância do e-mail é tanta que a lei já o reconhece como documento comprobatório em caso de ação judicial. Portanto, quando utilizado na comunicação empresarial, deve obedecer a algumas regras e princípios éticos. O e-mail deve conter: destinatário, remetente e assunto. Não se deve utilizar expressões muito formais ou arcaicas, nem formas mais íntimas. Não se deve escrever em letra maiúscula, pois dá impressão de descaso. Os principais aspectos do e-mail devem ser colocados em destaque no corpo do e-mail para obter maior objetividade e compreensão. Deve-se colocar na assinatura alguma forma de contato para o caso do destinatário querer responder ao e-mail ou dar alguma devolutiva por telefone, por exemplo. CAPÍTULO 4 - ERROS MAIS FREQUENTES E DÚVIDAS MAIS COMUNS NA PRODUÇÃO TEXTUAL 4.1 Principais vícios de linguagem Os vícios de linguagem são as incorreções no uso da linguagem falada ou escrita, muitas vezes fruto de descaso de quem se expressa, mas não raramente, fruto do desconhecimento das exigências da norma culta. Abaixo, seguem os principais vícios de linguagem identificados atualmente: Gerundismo: A rejeição ao gerúndio se concentra na construção em que a forma gerundial vem antecipada pela dupla “vou estar/vamos estar”. O modismo parece ter sido disseminado no português pelos operadores de telemarketing e daí migrado para outras faixas da linguagem oral. Portanto, as expressões “vou estar agendando/ vou estar transferindo a sua ligação/ vamos estar verificando” e outras que seguem o mesmo padrão NÃO devem ser utilizadas, pois, não estão de acordo com a norma culta. Observação: o gerúndio deve ser empregado quando, no contexto, ocorre uma simultaneidade. (Ex: Não me ligue hoje à noite, pois, estarei estudando) Pleonasmo: O pleonasmo é uma figura de linguagem que consiste em uma redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos pleonasmo vicioso. (Ex: repetir de novo; baseado em fatos reais; opinião individual de cada um; anexar junto; descer para baixo; subir para cima; sair para fora; etc.) 9 Clichê: é uma expressão idiomática que, de tão utilizada e repetida, desgastou-se ou perdeu o sentido. O uso dessa expressão empobrece o texto e demonstra falta de criatividade ao redigi-lo. (EX: ataque fulminante; aparar as arestas; a voz rouca das ruas;caixinha de surpresas, inserido no contexto; calorosa recepção; no fundo do poço; etc.) Barbarismo: consiste no uso errado da pronúncia, da forma ou da significação de uma palavra. Exemplos: As casas eram germinadas. (O correto é “geminadas”) Quero um camarão na moringa. (O correto é “moranga’) Espero que você seje meu amigo. (O correto é “seja”) rubrica - a sílaba mais forte é ‘bri’, portanto, pronuncia- se “rubrica” gratuito – a vogal ‘i’ não é acentuada, portanto, pronuncia-se “gratuito” mortandela – (O correto é mortadela) Cacofonia: um som desagradável produzido pela união das sílabas de palavras contíguas. Por isso, temos que tomar cuidado ao falar para não ofendermos a pessoa que ouve. Como cacofonias são muitas vezes cômicas, elas são frequentemente usadas de propósito em certas piadas, trocadilhos e "pegadinhas". Ex: paguei por cada (a união dos fonemas de por + cada forma outra palavra inadequada para a frase); eu te darei uma mão (uma + mão forma outra palavra); etc. 4.2 Problemas na construção das frases É de fundamental importância prestar atenção na construção dos parágrafos, assim como na elaboração das frases para que estas não comprometam a clareza do texto. Alguns exemplos de construções que podem causar problemas: Sujeito como complemento – uso de uma oração como complemento da principal. 10 No exemplo acima, o sujeito está sendo introduzido por uma preposição (de), o que não é aceito na norma culta. Portanto, a frase deve ser escrita da seguinte forma: “É tempo de o Presidente explicar a situação. ” Frases fragmentadas - separação indevida da oração principal de sua subordinada. Exemplo: O projeto não foi aprovado por todos. Embora tenha sido muito bem elaborado. (A segunda oração tem uma relação de concessão com a primeira e não deve ser separada por ponto final) Forma correta: O projeto não foi aprovado por todos, embora tenha sido muito bem elaborado. Erros de comparação – fazer uma comparação na linguagem escrita exige que a mesma esteja bem clara no contexto, pois, a omissão de certos vocábulos (comum em uma comparação oral), pode causar problemas no entendimento da frase. Exemplo: O carro de luxo brasileiro possui menos itens de conforto do que um europeu. (A frase não ficou clara, pois, foi usado um artigo indefinido no lugar do artigo definido [o] que substitui a palavra carro) Forma correta: O carro de luxo brasileiro possui menos itens de conforto do que o europeu. 11 ou O carro de luxo brasileiro possui menos itens de conforto do que o carro europeu. • Uso excessivo da palavra “que” – primeiramente, é bom destacar que a palavra “que” pode ser usada em inúmeras situações e pode ser enquadrada em diferentes funções sintáticas, de acordo com a sua utilização na frase. Porém, quando se trata da elaboração de um texto, ela é mais frequentemente usada em duas classes: como pronome relativo e como conjunção integrante. QUE – FUNÇÃO DE PRONOME RELATIVO – quando substitui a um pronome pessoal ou um substantivo que se encontra na oração anterior. Exemplo: Gostei muito do novo disco. Chico Buarque gravou um novo disco. Gostei muito do novo disco que o Chico Buarque gravou. QUE – FUNÇÃO DE CONJUNÇÃO – inicia uma frase que completa o sentido da anterior, portanto, é uma conjunção integrante. 4.3 A carta comercial Constitui-se em um tipo de comunicação impressa, endereçada a uma ou mais pessoas e utilizada com frequência pelo comércio, pela indústria, instituições financeiras, prestadoras de serviços, profissionais liberais, como também, entre pessoas físicas e jurídicas. No serviço público, a carta é substituída pelo ofício. Para conhecer mais sobre o assunto, consulte as páginas 196 a 199 do livro base da disciplina. 4.4 O emprego das letras S, SS e Z Este é um item da Língua Portuguesa que suscita muitas dúvidas e causa muitos erros na linguagem escrita e, apesar de haver algumas regras a serem Pronome Relativ o 12 seguidas no momento da escrita, muitos são os casos que só podem ser explicados pela origem da palavra que pode ser latina, grega, e até árabe, entre outras. Sendo assim, para minimizar essas dificuldades, é aconselhável estudar com atenção todas as regras dispostas nas páginas 199 a 201 do livro base da disciplina, assim como, procurar praticar a escrita das palavras que mais trazem dúvidas. 5 PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação servem não só para separar palavras e orações, como também, indicar pausas no texto para facilitar a leitura e o entendimento. 5.1 Emprego da pontuação Além de nos auxiliar e dar clareza e objetividade à mensagem, são recursos que podemos utilizar para representar na escrita o ritmo e a entonação da língua falada. O uso errado da pontuação compromete a compreensão do texto pois, são de fundamental importância as pausas breves e longas, marcadas, respectivamente, pelas vírgulas e pelos pontos finais. O leitor vai sendo conduzido na construção do ritmo, ao mesmo tempo que as emoções afloram em resposta à progressão das ideias. O PONTO Empregado, basicamente, para indicar o final de uma frase declarativa, que pode ser um período simples ou composto. Emprega-se o ponto também nas abreviaturas. A VÍRGULA Pode ser usada em várias situações e marca uma pausa de curta duração, sendo usada mais frequentemente em: a. Na separação de datas e endereços; b. Na separação dos elementos de uma enumeração; c. No aposto, para separá-lo da frase; d. No vocativo, para separá-lo da frase; e. Para separar expressões de caráter explicativo: isto é, por exemplo, ou seja, etc. f. Para separar adjuntos adverbiais antecipados; g. Com o conectivo ‘e’; 13 RETICÊNCIAS Indicam que a frase, o pensamento, foram interrompidos ou truncados. a. São usadas também para: realçar uma palavra ou expressão. b. Representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. Aspas - são usadas: a. Nas citações ou transcrições. b. Para evidenciar palavras ou expressões; c. Para destacar palavras que representam estrangeirismo, vulgarismo, ironia. TRAVESSÃO É usado basicamente em três situações: a. Para indicar a fala ou a mudança de interlocutor num diálogo; b. Para destacar expressões explicativas; c. Para ligar grupos de palavras que indicam itinerário. PARÊNTESES Servem para isolar explicações, indicações ou comentários acessórios em um enunciado, podendo substituir a vírgula ou o travessão. DOIS-PONTOS Devem ser usados nos seguintes casos: a. Vocativo de correspondências (cartas/ofício/e-mails); b. Início de uma enumeração; c. Início de uma sequência que exemplifique, identifique, desenvolva ou discrimine uma ideia anterior; d. Depois de verbos que introduzam a fala de algum personagem. Para estudar mais sobre o assunto, consulte as páginas 213 a 223 do livro base da disciplina. 14 5.2 Produção textual: o memorando e o ofício Memorando e ofício, devem ser sempre formais, isto é, obedecer à exigência do uso do padrão culto da língua e de certa formalidade de tratamento. Referente ao memorando, é uma forma de comunicação que significa “o que deve ser lembrado” e deve ser utilizado em departamentos de uma empresa ou de um órgão público para trocar informações; filiais de uma empresa ou agência para trocar informações com a matriz; órgão público e governamentais para comunicarem-se entre si. O emprego correto das palavras, também se constitui um assunto que causa bastante dúvidas no momento da elaboração de um texto. Por exemplo, o emprego do porquê/por que, o emprego do mas/mais, onde/aonde, entre outrosvocábulos. Sendo assim, estude com atenção as normas contidas nas páginas 233 a 239 e tire suas dúvidas. 6 MORFOLOGIA I 6.1 Substantivo: Substantivo é a classe de palavras que utilizamos para dar nomes as coisas, aos seres em geral. São palavras variáveis em relação a gêneros (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) e aceitam a anteposição de artigos e pronomes. 6.2 Adjetivo: é a palavra que caracteriza o substantivo. Na língua portuguesa, os adjetivos podem vir antepostos ou pospostos aos substantivos. 6.3 Adjetivo na concordância nominal: é o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes harmonizam suas flexões de acordo com aquelas as quais se ligam. Assim adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam em gênero e número com os substantivos que acompanham. 6.4 Pronome: são palavras que substituem os substantivos ou os determinam, relacionando-os as pessoas do discurso. 6.5 Produção textual - a ata: é um documento que tem por finalidade relatar as ocorrências verificadas em uma reunião, uma assembleia, um congresso, uma convenção, tanto na Administração Pública quanto na Administração Privada. 15 7 MORFOLOGIA II 7.1 Verbo: é a classe de palavras mais rica em flexões. Ela varia de acordo com as necessidades do texto para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz. 7.2 Concordância Verbal: é um ajustamento de flexões, na qual adjetivos, pronomes, artigos e numerais ajustam suas flexões de acordo com os substantivos a que se referem. 7.3 Produção textual - o relatório: é um texto em que o objetivo é fazer a exposição de ocorrências ou da execução de um trabalho na administração Pública ou privada. Quando necessário podem constar da apresentação gráficos, tabelas, infogramas e mapas. 8 SINTAXE Estuda os processos gramaticais que relacionam entre si as palavras de uma frase. A estrutura sintática é o veículo de ideias do falante ou ouvinte. A importância da sintaxe decorre do fato de que a unidade da fala é a frase, não a palavra ou o som. As principais funções sintáticas que podem existir em uma oração ou em um período são: Sujeito; Verbo; Adjunto adnominal; Adjunto adverbial; Objeto (direto e indireto), entre outras funções. 8.1 Regência Verbal A regência de um verbo determina a presença ou não da preposição entre os termos. Aqueles verbos que precisam de complemento para terem sentido, porém, que não exigem preposição são os verbos transitivos diretos. Por exemplo: Minha mãe comprou um vestido novo. (O verbo comprar ‘pede’ um complemento para que a frase tenha sentido, porém, esse complemento não vem acompanhado de uma preposição porque não é necessário). Já aqueles verbos que ‘pedem’ uma preposição para que seu complemento possa ser inserido na frase são chamados de verbos transitivos indiretos. Por exemplo: 16 Meu pai gostou de você. (Para completar o verbo ‘gostar’, é necessário o uso da preposição ‘de’ para que se possa colocar o complemento) Há outros verbos, no entanto, que não precisam de complemento para serem compreendidos, a esses chamamos de verbos intransitivos. Por exemplo: Meu carro quebrou. (Não é necessário nenhum complemento depois do verbo ‘quebrar’ para que a frase seja entendida. Você pode até completar a frase com adjuntos adverbiais de tempo ou lugar, mas isso não é obrigatório para que a frase seja entendida) 8.2 Crase Crase não é o nome do acento, mas sim o nome do fenômeno que ocorre quando há a fusão do artigo a com a preposição a. O acento que indica que ocorreu a crase é o acento grave (`). Quando um verbo exige a preposição a e logo em seguida, há uma palavra feminina que também vem acompanhada pelo artigo definido feminino a (ou as), teremos a ocorrência da crase. Exemplo: Ontem assisti a a partida de basquete = Ontem assisti à partida de basquete. (o verbo assistir ‘exige’ o emprego da preposição a e a palavra partida vem acompanhada pelo artigo a) Se você tiver dúvidas, substitua o complemento do verbo por uma palavra masculina, se aparecer a expressão ‘ao’ significa que temos a preposição a mais o artigo definido o e nesse caso, indica que o verbo deve ser acompanhado pela preposição a. (Ex: Ontem assisti ao jogo de basquete). Há inúmeras regras para o uso do acento grave indicativo da crase. Para saber mais sobre o assunto, estude com atenção as páginas 351 a 359 do livro base de sua disciplina.