Buscar

Direito das Famílias


Prévia do material em texto

16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 1/31
jusbrasil.com.br
16 de Agosto de 2019
Direito das Famílias (direto ao ponto)
Breve abordagem no Direito das Famílias Por Tcharlye Guedes Ferreira
Muitas são as indagações sobre o tema, e de certa forma, novos operadores
do Direito tem-se mostrado cada vez mais interesse no assunto em pauta.
Definir Direito de família como um ramo seria uma forma resumida de
tratar do assunto, destarte, doutrinadores em suas concordâncias e
discordâncias afirmam ser o ramo do direito que contém normas jurídicas
relacionadas com a estrutura, organização e proteção da família. Trata-se
de ramo das relações familiares, direta e indiretamente, e das obrigações e
direitos decorrentes dessas relações, ou seja, é o ramo do Direito que regula
e estabelece as normas de convivência familiar.
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 2/31
Com a crescente diversificação de conceito de família, este conceito geral
com o fim de tentar classificar Direito de Família, para muitos parece
ultrapassado, todavia não almejo abordagem destas classes familiares, mas
tão brevemente adentrar no Direito propriamente dito.
Direito das Famílias
1) Introdução: Breve evolução histórica
1.1) Família pré Constituição de 1988:
Família hierarquizada: Com o pátrio poder pertencendo ao varão (as
decisões não eram tomadas em conjunto, quem decidia era somente o
homem, inclusive sobre o trabalho da mulher).
Família matrimonializada: A família era formada
EXCLUSIVAMENTE com o casamento, qualquer união que não fosse
dessa forma era tratada como concubinato. O Estado não protegia nem
mesmo os filhos havidos fora do casamento. O vínculo matrimonial era
indissolúvel, apenas se admitia o desquite (não estar quite com as
obrigações matrimoniais) liberando tão somente o dever de fidelidade e
coabitação, porém não sendo possível outro casamento, considerando
inclusive uma vergonha para a mulher desquitada.
Família patrimonializada: O objetivo da família à essa época era
somente acumular riqueza, explicando- se assim o grande número de filhos
para aumentar a mão de obra para amealhar patrimônio.
Esse cenário começa a se mudar com o advento da lei 6.515/1977, chamada
lei do divórcio, culminado na emenda à CF/88 em 2010, que extinguiu a
separação e permitiu que o casamento fosse terminado simplesmente pelo
divórcio.
1.2) Família pós Constituição de 1988:
Art. 5º, CF/88 à Isonomia (homem e mulher passam a ser iguais perante
a lei) e art. 226 e 227, CF/88 (isonomia entre homem e mulher no
casamento “isonomia conjugal”), bem como isonomia entre os filhos
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6515.htm
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103444/antiga-lei-do-div%C3%B3rcio-e-da-separa%C3%A7%C3%A3o-judicial-lei-6515-77
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645133/artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644726/artigo-227-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 3/31
(“Isonomia filial”), independentemente da constância ou não no
casamento.
Família isonômica: Não há mais o PÁTRIO PODER, a partir de então
existe o PODER FAMILIAR, em que as decisões são tomadas em
conjunto, caso não haja consenso, estas deverão ser suprimidas pelo
judiciário.
Família plural: Hoje existem várias formas das famílias serem
constituídas, além do casamento (Art. 226 § 2º e 3º), inclusive com a união
estável (Art. 1723, CC/02).
Tipos de famílias:
» Família monoparental: Art. 226 § 4º, Comunhão entre qualquer dos
pais com filhos, recebendo todas as garantias das famílias.
» Família anaparental: Família formada somente por irmãos, sem os
pais. (ANA = falta, parental = parentes, ou seja, falta de parentes, ou falta
dos pais).
» Família personalizada: A partir da CR/88 visa a promoção da
dignidade da pessoa humana, valorizando muito mais o SER que o TER,
diferentemente da família patrimonialista. O direito de família atualmente
é analisado muito mais pelo lado afetivo do que na ótica estritamente legal.
Sai de cena o patrimônio e entra a personalidade.
Atualmente para que seja considerada entidade familiar, com
todas as proteções estatais, serão analisadas três características:
1. Afetividade
2. Publicidade
3. Continuidade
Disposição do direito das famílias no código civil.
A) Do direito pessoal (Art. 1511 a Art. 1638 Código Civil - 2002)
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613814/artigo-1723-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 4/31
B) Do direito patrimonial (Art. 1639 a Art. 1722 Código Civil -
2002)
C) Da união estável (Art. 1723 a Art. 1727 Código Civil - 2002)
D) Da tutela e curatela (Art. 1728 a Art. 1783 Código Civil - 2002)
3) Conceito: “E um conjunto de normas princípios e normas regras
jurídicas que regulam as relações decorrentes do vínculo afetivo, mesmo
sem casamento, tendentes à promoção da personalidade humana, através
de efeitos pessoais, patrimoniais e assistenciais.”
Relação de parentesco (Art. 1591 a 1595 Código Civil - 2002).
Vínculos:
Matrimonial (casamento, união estável, etc.)
De parentesco
Natural (consanguíneo)
Civil (adoção, inseminação artificial heteróloga (quando se utiliza
material genético de um dos cônjuges e terceiro) e socioafetividade).
Afinidade: Vínculo que liga o cônjuge ou companheiro aos parentes
do outro (não resultando obrigações no mundo jurídico).
Parentesco:
» Linha reta: São provenientes do mesmo tronco descendendo umas das
outras. Podem ser ascendestes (Pais, avós, bisavós...) e descendentes
(Filhos, netos, bisnetos), não existindo limitação de grau de parentesco em
linha reta, sendo contados os graus de acordo com o número de gerações.
» Na linha colateral, transversal ou oblíquo, Art. 1592 - CC/02:
São provenientes do mesmo tronco, porém não descendendo umas das
outras.
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02#art-1722
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02#art-1727
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02#art-1728
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02#art-1783
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623376/artigo-1591-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 5/31
Atenção:
1) O parentesco na linha colateral se limita ao 4º grau.
2) Não existe parentesco colateral de 1º grau.
2º GRAU: IRMÃOS somente (não importando se são de pai e mãe em
comum (chamados bilaterais) ou de somente de um dos pais (“unilateraisuterinos” da mesma mãe e “unilaterais consanguíneos” do mesmo pai).
3º GRAU: TIOS e SOBRINHOS
4º GRAU: TIOS AVÓS, SOBRINHOS NETOS E PRIMOS.
Atenção:
1) Em se tratando de parentesco por afinidade em linha
colateral, a contagem se limita ao segundo grau. (Art. 1595, § 1º
CC/02). A contagem de grau é feita da mesma forma que no
parentesco consanguíneo.
2) O parentesco por afinidade em linha reta jamais se extingue,
nem mesmo com a morte ou dissolução do casamento, não
havendo, pois, casamento entre, por exemplo, genro e sogra
(concubinato, Art. 1521 CC/02). Diferentemente dos afins
colaterais que desde que o casamento haja se dissolvido, não
mais existe parentesco.
Casamento (Art. 1511 a 1565 CC/02).
1) Conceito: “É a união de duas pessoas (independentemente do sexo)
reconhecida e regulamentada pelo Estado, constituída com o objetivo de
constituição de família e baseada num vínculo de afeto.” Flávio Tartuce.
2) Natureza jurídica: Existem hoje Três teorias acerca do casamento,
quais sejam:
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623210/artigo-1595-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623171/par%C3%A1grafo-1-artigo-1595-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631418/artigo-1521-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631976/artigo-1511-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 6/31
2.1) Teoria contratualista:
Contrato: Depende da manifestação da vontade das partes.
2.2) Teoria Institucionalista:
Instituição: Argumentam que as formas de casamento são ditadas pelo
Estado, independentemente da vontade das partes.
2.3) Teoria mista, híbrida ou eclética (corrente majoritária):
O casamento não é apenas um contrato nem somente uma
instituição, pois no momento da formação é um contrato, visto que
depende da manifestação de vontade das partes; quanto ao conteúdo, seria
uma instituição posto que sua forma é regida pelo Estado.
3) Características do casamento:
A) Livre: Liberdade quanto à escolha do nubente.
B) Solene: Revestido de diversas solenidades estabelecidas por lei que
caso não sejam cumpridas incorrem em pena de nulidade.
C) Monogâmica: Somente pode se casar com um cônjuge por vez.
D) Permanente: Quando da celebração do casamento, não há um prazo
para término do casamento.
E) Dissolubilidade: É possível dissolver o casamento através do divórcio.
F) Finalidade: Estabelecimento da comunhão plena de vida (moral,
material, psicológica, etc.)
G) Natureza jurídica de ordem pública das normas que o regulamentam.
4) Capacidade para o casamento (Art. 1517 CC/02):
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631632/artigo-1517-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 7/31
A idade núbil no Brasil é de:
16 anos à Mediante autorização dos pais ou representante legal, com duas
exceções à idade mínima (Art. 1520 CC/02):
1. Em caso de gravidez.
2. Para evitar imposição ou cumprimento de pena judicial.
Art. 1518 CC/02- A autorização concedida pelos pais, tutores ou
curadores poderá ser revogada até a data da celebração da
cerimônia.
Em havendo divergência entre a autorização de um e outro pai, tal situação
poderá ser resolvida juridicamente (Art. 1631 CC/02).
Suprimento do consentimento dos pais pelo juiz será possível quando a
derrogação for injusta (Art. 1519 CC/02).
Autorização tácita: Art. 1555 § 2º CC/02.
18 anos Sem autorização.
5) Impedimentos matrimoniais (Art. 1521 CC/02):
Rol taxativo de situações em que o casamento não poderá ser realizado, sob
pena de nulidade, quais sejam:
Impedimentos decorrentes de parentesco:
I) Ascendentes com os descendentes com o parentesco natural ou civil.
II) Afins em linha reta (pessoas que se casam ou estabelecem união estável
se tornam parentes do cônjuge, não podendo se casar).
III) O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o
foi do adotante (Por exemplo, não poderá se casar o padrasto com a
enteada, pelo parentesco por afinidade em linha reta)
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631461/artigo-1520-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631552/artigo-1518-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620889/artigo-1631-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631497/artigo-1519-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627588/artigo-1555-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627499/par%C3%A1grafo-2-artigo-1555-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 8/31
IV) Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro
grau inclusive (Irmãos, parentesco de segundo grau ou tios e sobrinhos,
excluindo- se os primos).
De acordo com o Decreto Lei 3.200, que segundo a doutrina
majoritária ainda vigora, há a possibilidade de casamento entre tios e
sobrinhos, desde que realizado um exame chamado de “pré nupcial”
com ponto de vista de dois médicos, comprovando a possível saúde da
futura prole.
V) O adotado com o filho do adotante (Irmãos civis).
Impedimento decorrente do princípio da monogamia:
VI) As pessoas casadas.
Impedimento da ordem do crime:
VII) O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa
de homicídio contra o seu consorte (doutrinariamente, ocorre tal
impedimento somente se o homicídio for doloso).
6) Causas Suspensivas do Casamento (Art. 1523 CC/02):
A consequência da infringência às causas supressivas não é a invalidade do
casamento. A sanção é de ordem administrativa, qual seja a imposição aos
nubentes do regime da separação total obrigatória, nos termos do disposto
no Art. 1641, I. O casamento é válido, ou seja, não há que se falar em
nulidade ou em anulabilidade doa ato.
Art. 1523 Parágrafo Único CC/02: Provando- se a inexistência de
prejuízo, as partes poderão requerer ao juiz que não lhes aplique as
causas supressivas do casamento.
Impedimentos (Art. 1521):
- Art. 1524: Qualquer pessoa capaz. MP, Juiz e Oficial de ofício § Único.
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/126695/lei-de-organizacao-e-protecao-da-familia-decreto-lei-3200-41
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/126695/lei-de-organiza%C3%A7%C3%A3o-e-prote%C3%A7%C3%A2o-da-fam%C3%ADlia-decreto-lei-3200-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631007/artigo-1523-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10630797/par%C3%A1grafo-1-artigo-1523-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto9/31
- Art. 1529: Através de declaração escrita, assinada, instruída com as provas
do alegado ou indicação de onde poderão ser obtidas.
- Art. 1522: Durante o processo de habilitação até a data da celebração do
casamento.
Causas Suspensivas (Art. 1523):
(Parentes em linha reta ou colaterais até 2º grau consanguíneos ou afins).
-Art. 67, § 3LRP, Lei 6015/73: No processo de habilitação até 15 dias após a
publicação das proclamas (editais de casamento).
Art. 1639, § 2º CC/02: Cessadas as causas supressivas do casamento,
existe a possibilidade de alteração de regime de casamento
Fases de celebração do casamento:
1) Processo de habilitação para o casamento:
A) Requerimento: Art. 1525 e 1526 (modificado em 2009).
B) Proclamas (publicação dos editais), Art. 1527: No período de 15 dias no
próprio cartório e na Imprensa oficial da comarca, se houver.
Tal prazo poderá ser suprimido pelo juiz em caso de urgência, Ex.
Perigo de morte de um dos nubentes.
C) Certificado de habilitação com prazo de validade de noventa dias
contados de sua expedição, Art. 1532.
D) Celebração, Art. 1533 e Seguintes: Garantindo-se a publicidade (local
com portas abertas), Art. 1534; em regra com duas testemunhas
(excetuando- se quando for celebrado em prédio particular ou quando
qualquer dos nubentes não puder ou não souber escrever, quando será
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11327849/artigo-67-da-lei-n-6015-de-31-de-dezembro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11327849/artigo-67-da-lei-n-6015-de-31-de-dezembro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1034888/lei-de-registros-publicos-lei-6015-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619839/artigo-1639-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619755/par%C3%A1grafo-2-artigo-1639-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 10/31
necessário quatro testemunhas) Art. 1534 § 2º; com a presença dos
nubentes, juiz de paz, testemunhas, oficial do registro e testemunhas, Art.
1535.
Consoante ao Art. 1538 CC/02:
A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos
contraentes:
I – recusar a solene afirmação da sua vontade;
II – declarar que esta não é livre e espontânea;
III – manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste
artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no
mesmo dia.
E) Registro, Art. 1536: Sendo feito o registro, será expedida a certidão de
casamento, meio probatório do casamento.
«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«
»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»
Formas extraordinárias de celebração do casamento:
A) Casamento em virtude de moléstia grave: (Art. 1539 CC/02) Se
qualquer um dos cônjuges estiver acometido de doença grave que o
impossibilite de ir até o cartório, o juiz de paz poderá celebrar o ato onde se
encontrar o impedido, perante duas testemunhas. A falta do juiz de paz
poderá ser suprida por qualquer de seus substitutos legais e a do oficial do
registro por um nomeado ad hoc, pelo presidente da cerimônia. Nessa
modalidade de casamento já existia a habilitação do casal para o
casamento.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10629542/artigo-1538-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10629339/artigo-1539-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 11/31
B) Casamento nuncupativo (Art. 1540 e 1541 CC/02): É o casamento
que, diante de um iminente risco de vida, se realiza independentemente da
presença da autoridade competente, com seis testemunhas que não sejam
parentes dos nubentes. O juiz determina que seja registrado o casamento.
C) Casamento por procuração (Art. 1542 CC/02): Quando um ou
ambos os nubentes não puderem estar presentes na celebração, o
casamento poderá ser realizado por procuração, desde que instrumento
público e com poderes especiais com validade de 90 dias. Poderá se revogar
a procuração, também por instrumento público, sem necessidade de
comunicar a outra parte.
D) Casamento religioso com efeitos civis (Art. 1515 e 1516 CC/02):
» Com habilitação anterior (Art. 1516 § 1º CC/02): Se dá quando os
nubentes seguem todos os ditames do casamento civil, porém a cerimônia
não é celebrada no cartório, mas sim na igreja, havendo a necessidade de
levar os documentos da igreja assinados por todos ao cartório em até 90
dias, sob pena de inexistência.
» Com habilitação posterior (Art. 1516 § 2º CC/02): Acontece quando
existe o casamento anterior somente no religioso e após se descobrir que
não houve casamento civil, o certificado expedido pela igreja será levado ao
cartório para que seja registrado o casamento civil, retroagindo os efeitos,
bem como a data do casamento à data em que foi celebrado o casamento na
igreja.
Invalidade do casamento (Art. 1548):
Plano da existência (somente na doutrina): Com três pressupostos
de existência
Diversidade de sexo: Hoje não mais considerado
Acordo de vontade: Por exemplo, pessoa sob efeito de hipnose.
Celebração por autoridade competente: Exemplo, casamento
realizado por um delegado de polícia.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10629218/artigo-1540-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10628753/artigo-1542-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631770/artigo-1516-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631740/par%C3%A1grafo-1-artigo-1516-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631770/artigo-1516-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631713/par%C3%A1grafo-2-artigo-1516-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 12/31
Requisitos de validade:
- Ausência de impedimentos
- Vontade livre
- Capacidade para o casamento
- Autoridade celebrante competente em razão do local (“Ratione Loci”)
Plano da eficácia:
Invalidade como gênero, do qual se desdobra em duas espécies:
- Nulidade (Art. 1548 CC/02): Matéria de ordem pública, é sanção grave,
não pode ser convalidado nem pelo decurso de tempo (decadencial ou
prescricional) tampouco pela vontade das partes, os efeitos da sentença que
a reconhece são retroativos, ou seja, “Ex tunc” .
I – pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da
vida civil
( todos os incapazes do Art. 3º CC/02).
II – É nulo o casamento celebrado com infringência de impedimento
patrimoniais (Art. 1521).
- Anulabilidade (Art. 1550 CC/02):
Hipóteses:
Causas de Anulação (art. 1550 do Código Civil)
Prazo Decadencial Para a Propositura da Ação Declaratória de
Anulação (art. 1560 do Código Civil)
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10628321/artigo-1548-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10628172/artigo-1550-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (diretoao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 13/31
Legitimação para Propositura da Ação Anulatória (legitimidade
ativa)
Observações importantes
I - Menores de 16 anos (art. 1.560, § 1º CC/02).
» 180 dias
Menor: o prazo inicia-se no momento em que o menor atingir a idade núbil.
Representantes legais e ascendentes: o prazo conta-se a partir da
celebração do casamento.
* Vide art. 1560, parágrafo primeiro do Código Civil.
Menor
Representantes legais
Ascendentes.
* Vide art. 1552 do Código Civil.
- Não se anulará por motivo de idade o casamento de que resultou gravidez.
(art. 1551).
- Art. 1553: É possível a confirmação do casamento, vide artigo.
II - Menor em idade núbil, (entre 16 e 18 anos) sem autorização dos pais ou
suprimento judicial.
» 180 dias
Menor: prazo inicia-se a partir da data em que tiver atingido a maioridade
civil, ou seja, 18 anos de idade, quando então deixa de ser incapaz. (artigo
1555)
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627163/artigo-1560-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10626959/par%C3%A1grafo-1-artigo-1560-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627163/artigo-1560-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627819/artigo-1552-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 14/31
Representantes legais: o prazo inicia-se a partir da celebração do
casamento.
Herdeiros necessários (Art. 1845): 180 dias contados a partir da morte do
menor.
- Menor
- Representantes legais (pais ou tutor)
- Herdeiros necessários: (descendentes, ascendentes, cônjuge);
* Vide art. 1555 e também o parágrafo primeiro do aludido dispositivo.
Não se anulará por motivo de idade o casamento de que resultou gravidez.
(art. 1551)
Não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os
representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo,
manifestado sua aprovação, 1555§ 2º. Trata-se de uma hipótese de
ratificação tácita do ato. Também não se anulará o casamento quando os
representantes legais, por qualquer outra forma, manifestarem sua
aprovação.
III – Por vício de consentimento nos termos dos artigos 1556 a 1558.
3.1. Erro Essencial quanto à pessoa do outro cônjuge (hipóteses elencadas
no art. 1557)
3.2. Coação (art. 1558 CC, coação psicológica)
Erro essencial: 3 anos contados à partir da celebração do casamento (Art.
1560, inciso III).
Coação: 4 anos contados da celebração do casamento (art. 1560, inciso
IV).
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 15/31
Somente o (s) cônjuge (s) coagido ou enganado.
* Vide art. 1559 do Código Civil.
Sobrevindo coabitação não poderá ser anulado o casamento. Exceto nos
casos dos incisos III e IV do Art. 1.557 CC.
* Vide art. 1559 do Código Civil.
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o
consentimento (relativamente incapaz)
180 dias contados a partir da celebração do casamento. (art. 1560, inciso
I).
Legitimidade das partes para pedir a anulação.
Trata-se de maiores que, por enfermidade mental ou física ou alguma
deficiência não possuem o completo discernimento para os atos da vida
civil, causando incapacidade de consentir de modo claro.
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse
da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
180 dias a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da
celebração ou que o outro contraente tenha ciência da revogação do
mandato. (art. 1560, parágrafo segundo)
Legitimidade tanto do mandante que revogou o mandato, quanto também
do outro contraente, o qual participou da celebração sem ter ciência da
aludida revogação.
Não há disposição legal expressa indicando a legitimidade.
Sobrevindo coabitação, o casamento não poderá ser anulado.
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627198/artigo-1559-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627314/inciso-iii-do-artigo-1557-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627274/inciso-iv-do-artigo-1557-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627437/artigo-1557-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627198/artigo-1559-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 16/31
Trata-se da incompetência relativa (Ratione Loci) em relação ao local e
não em relação à matéria (Ratione Materiae) hipótese em que o
casamento será inexistente.
2 anos contados à partir da celebração do casamento (art. 1560, inciso II).
Entendemos que essa ação caberá somente aos cônjuges, únicos
interessados na ação.
Não há disposição legal expressa indicando a legitimidade.
- Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a
competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de
casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil. (art.
1554 do Código Civil)
- No casamento, diferentemente dos negócios jurídicos em geral tanto o
casamento nulo quanto o anulável, quando da sentença declaratória,
produzirá efeitos “Ex Tunc”, com os nubentes voltando ao status de
solteiros.
- Mais uma vez, diferentemente dos negócios jurídicos, no casamento nulo,
o juiz não poderá assim o determinar de ofício, deverá para tal ser
provocado.
- Casamento putativo (Art. 1561 a 1564): É o casamento nulo ou anulável,
mas que produzirá todos os efeitos de um casamento válido até o trânsito
em julgado da sentença que reconhecer a nulidade, em homenagem à boa fé
de um ou de ambos os nubentes.
«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«
»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»
Efeitos jurídicos da união estável: em comparação aos efeitos do
casamento.
Sociais:
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02#art-1560--inc-I
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 17/31
1) Não é causa emancipação;
2) Não modifica o estado civil;
3) Não gera presunção legal de paternidade;
4) Institui família, união informal (Art. 226, § 3º, CR/88).
5) Não gera a necessidade de autorização para a prática dos atos tipificados
no Art. 1647 como uma forma de proteger terceiros que não tem como
saber se a pessoa vive ou não em união estável.
Pessoais: Deveres elencados no Art. 1724.
1) Lealdade ao invés de fidelidade;
2) Não houve referência ao dever de vida em comum no domicílio conjugal
(existem muitas pessoas que vivem em união estável porém em casas
separadas)
«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«
»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»
Efeitos jurídicos do casamento:
Sociais:
1) Emancipação legal, Art. 5º (não se limita a idade mínima de 16 anos);
2) Gera alteração de estado civil;
3) Gera presunção legal de paternidade;
4) Institui família, constitui- se formalmente (Art. 226, § 1º e 2º, CR/88)
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645133/artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645006/par%C3%A1grafo-3-artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02#art-1724
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 18/31
5) Gera a necessidade de autorização do cônjuge (outorga uxória ou
marital) para a prática de alguns atos tipificados no Art. 1647, CC, sob pena
de anulação, em até dois anos após o término do casamento, Art. 1649, CC.
(Excetuando- se quando o casamento foi celebrado no regime de separação
total de bens)
Pessoais: Direitos e deveres estabelecidos para os cônjuges decorrentes do
casamento (Art. 1566, CC). Em sua grande maioria, esses deveres são
inócuos, pois hoje não mais se discute a culpa no casamento.
1) Fidelidade recíproca;
2) A vida em comum no domicílio conjugal;
3) Guarda, sustento e educação dos filhos;
4) Mútua assistência.
5) Respeito e consideração mútua.
· Patrimoniais: Somente para o casamento (Art. 1639 a 1693).
1) Regime de bens entre os cônjuges ou regimes de bens do casamento:
- O casamento produz diversos efeitos econômicos, para o sustento do lar,
para as despesas comuns e para atendimento dos encargos da família.
Diante da necessidade de se estabelecer o regime de bens que realizará o
casamento, o CC cuida de estabelecer normas com o objetivo de alarar a
origem, a titularidade e o destino dos bens conjugais facilitando algumas
opções convencionais de livre escolha do regime conjugal de bens em pacto
antenupcial.
Conceito de regime de bens: “É o estatuto que disciplina os interesses
econômicos ativos e passivos de um casamento regulamentando as
consequências em relação aos próprios nubentes e a terceiros desde a
celebração até a dissolução do casamento, em vida ou por morte”, Nelson
Rosenvald e Cristiano Chaves. “É o estatuto de bens das pessoas casadas”,
José Corrêa de Oliveira.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618967/artigo-1647-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618669/artigo-1649-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10626409/artigo-1566-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 19/31
É possível escolher qualquer dos regimes tipificados no CC ou até mesmo a
criação de um regime próprio,
- Princípio da variedade: Pode- se escolher qualquer dos regimes vigentes e
até mesmo a criação de um regime próprio, desde que feito o pacto
antenupcial.
O pacto antenupcial deverá ser feito por instrumento público,
sob pena de nulidade do mesmo (Art. 1653, CC).
O pacto antenupcial é negócio jurídico solene e condicional (sua eficácia
está condicionada à celebração do casamento).
É necessária a assistência dos pais para a confecção do pacto antenupcial de
menores (Art. 1654).
Casamento do menor em idade núbil:
- Regra: Poderá fazer o pacto, mas depende de assistência dos pais ou
representantes legais (Art. 1654).
- Se os pais não autorizarem dependerão de suprimento judicial para se
casar (Art. 1519), tendo como consequência do suprimento judicial a
imposição do regime de separação total obrigatória, não havendo
possibilidade de lavrar o pacto (Art. 1641, III).
- Princípio da liberdade (Art. 1639): Limita- se pelas normas de ordem
pública.
Regimes de bens entre os cônjuges:
Princípio da mutabilidade temperada/justificada (Art. 1639, § 2º CC/02):
- Mudança consensual pleiteada por ambos os cônjuges.
- Depende de processo judicial (procedimento especial de jurisdição
voluntária, Art. 1103 e ss, CPC).
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618270/artigo-1653-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619839/artigo-1639-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619755/par%C3%A1grafo-2-artigo-1639-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 20/31
- Apresentação dos motivos que justifiquem o pedido de alteração.
- Que a alteração não prejudique direitos de terceiros.
A) Regime de separação total de bens (Art. 1687 e 1688 CC/02):
- Não se comunicam os bens adquiridos anteriormente nem na constância
do casamento, existirão duas massas patrimoniais distintas.
· Existem duas modalidades, separação total obrigatória e separação total
convencional.
1ª Separação total obrigatória (Imposta por lei): Situações
elencadas no art. 1641, CC.
I – das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas
da celebração do casamento (4 hipóteses do art. 1523);
II – da pessoa maior de setenta anos (inciso criticado por violar o princípio
da dignidade da pessoa humana, posto que presume que a pessoa de
setenta anos não tem mais controle de suas ações).
III – de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial
(suprimento da idade e suprimento do consentimento).
No caso da obrigatoriedade advir dos incisos I e III, cessadas
suas causas, o regime poderá ser alterado.
Sum. 377/1964: No regime da separação total obrigatória, comunicam-
se os bens adquiridos na constância do casamento a título oneroso
(aquestos). Sumula editada em observância à injustiça que poderia
ocorrer no caso de um casamento celebrado com separação imposta
pelo estado e que se houvesse a separação, somente o cônjuge que
adquiriu os bens sairia com os mesmos.
Para fins doutrinários, entende- se que ainda vige a sumula 377 do STF; e
outra divisão que ainda paira nos entendimentos, é se para se haver a
comunicabilidade de bens, a colaboração entre os cônjuges será presumida.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10616006/artigo-1687-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619643/artigo-1641-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 21/31
2ª Separação total convencional: É o regime no qual a
incomunicabilidade é derivada não da lei MS da vontade dos próprios
nubentes, através de pacto antenupcial.
- Art. 1647. Os atos praticados em tal dispositivo podem ser praticados
livremente pelas pessoas casadas pelo regime da separação absoluta (Válida
na separação total convencional, onde não se pode arguir a Sum. 377, que
poderá ser alegada na separação total legal).
- Marido e mulher, casados em separação total obrigatória ou comunhão
total de bens, não poderão constituir sociedade, consoante ao artigo 977
(Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros,
desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens,
ou no da separação obrigatória.), pois ocorrendo aquele seria possível
transmitir bens indiretamente pela pessoa jurídica, burlando assim a lei e
nesta justifica- se por se o que é de um é do outro, não existiria sociedade
de fato.
B) Regime de comunhão parcial de bens (Art. 1658 a 1666):- Regras:
- Comunicam- se os bens adquiridos a título oneroso (aquestos) na
constância do casamento.
- Não se comunicam os bens adquiridos a qualquer título, anteriormente à
celebração do casamento.
- Também não se comunicam os bens adquiridos na constância do
casamento a título gratuito (leia- se herança e doação).
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 22/31
Não se comunicam (Art. 1659).
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem,
na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados
em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um
dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em
proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
- Não se comunicam os bens adquiridos com valores exclusivamente
pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares.
- Não se comunicam os direitos aos proventos do trabalho pessoal de cada
cônjuge, sobre o próprio valor em espécie incide a comunicabilidade.
- Também não se comunicam os livros, instrumentos de trabalho e bens de
uso pessoal, avaliando- se a comunicabilidade ao caso concreto utilizando o
princípio da proporcionalidade e razoabilidade.
- Idem as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em
proveito do casal.
- As obrigações anteriores ao casamento.
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 23/31
«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«
»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»
Bens que se comunicam (Art. 1660).
I – Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso,
ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II – os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de
trabalho ou despesa anterior;
III – os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos
os cônjuges;
IV – as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V – os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge,
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a
comunhão.
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma
causa anterior ao casamento.
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na
constância do casamento os bens móveis quando não se provar que o foram
em data anterior.
Art. 1663: A administração do patrimônio comum compete a qualquer dos
cônjuges.
§ 1o As dívidas contraídas no exercício da administração obrigam os bens
comuns e particulares do cônjuge que os administra, e os do outro na razão
do proveito que houver auferido.
§ 2o A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a título
gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos bens comuns.
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 24/31
§ 3o Em caso de malversação dos bens, o juiz poderá atribuir a
administração a apenas um dos cônjuges.
C) Regime de comunhão total ou universal de bens (Art. 1667 a
1671):
- Até 26/12/77 era o regime legal vigente.
Regra:
- Comunicam- se os bens adquiridos a qualquer título (gratuito ou oneroso)
antes ou durante a constância do casamento.
Exceção:
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I – Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os
sub-rogados em seu lugar;
II – Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro
fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva (Através de
testamento).
III – As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas
com seus aprestos (despesas com o casamento), ou reverterem em proveito
comum;
IV – As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a
cláusula de incomunicabilidade.
V – os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 (objetos de uso
pessoal, livros, etc.).
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 25/31
A cláusula de inalienabilidade já importa em incomunicabilidade e
impenhorabilidade, pois se não fosse assim, um imóvel objeto de
sucessão gravado com cláusula de inalienabilidade, sendo herdado e o
herdeiro que fosse casado sob o regime da comunhão total de bens
viesse a se divorciar, este bem seria partilhado, e consequentemente
seria alienado para se efetivar a partilha.
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens
por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e
incomunicabilidade.
D) Regime da participação final nos aquestos (Art. 1672 a 1686):
Classificado como regime misto, pois traz regras semelhantes com as do
regime da separação total de bens e da comunhão parcial de bens.
Art. 1.672. No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge
possui patrimônio próprio (Assemelhado ao regime da separação total),
consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da
sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título
oneroso, na constância do casamento (Se assemelhando ao regime da
comunhão parcial).
Art. 1.673. Integra o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía
ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título, na constância do
casamento.
Parágrafo único. A administração desses bens é exclusiva de cada
cônjuge, que os poderá livremente alienar, se forem móveis.
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o
montante dos aquestos, excluindo-se da soma dos patrimônios próprios:
I – os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;
II – os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;
III – as dívidas relativas a esses bens.
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 26/31
Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos
durante o casamento os bens móveis.
OBS: Art. 1653 [+]
Tônica do regime: Durante o casamento o cônjuge mantém um
patrimônio individual e livremente administrado e, quando da
dissolução do matrimônio cada um terá direito à meação sob os bens
que o outro adquiriu a título oneroso.
Na ocasião e para efeito da dissolução do regime, cada cônjuge participa
dos ganhos (participação por metade) do outro. Trata- se de um crédito
futuro de participação que deve ser qualificado como crédito expectativo
(futuro).
Haverá uma reconstituição contábil dos aquestos. Nessa reconstituição
nominal levanta- se o acréscimo patrimonial de cada um dos cônjuges
durante o casamento efetua- se uma espécie de balanço, quem enriqueceu
menos tem direito a metade do saldo encontrado.
O direito de cada consorte não é sobre o acervo patrimonial do outro, mas
sobre o saldo eventualmente apurado, após a compensação dos acréscimos
de bens a título oneroso na constância do matrimônio.
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação
final nos aquestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens
imóveis, desde que particulares.
Art. 1.681. Os bens imóveis são de propriedade do cônjuge cujo nome
constar no registro.
Parágrafo único. Impugnada a titularidade, caberá ao cônjuge
proprietário provar a aquisição regular dos bens.
«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«
»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»
União estável
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto27/31
1) Breve introdução: Nos dias atuais a união estável (união não eventual
entre pessoas desimpedidas para se casar)é diferente de concubinato (união
não eventual entre pessoas impedidas de se casar) Art. 1727 CC, 1521CC.
2) Diploma legal: Art. 226, § 3ºCR/88, Lei 8971/94 (Direitos sucessórios
e direitos a alimentos), Lei 9278/96 (Direito real de habitação e aboliu a
necessidade de tempo ou filho para caracterização de família), Art. 1723 a
1727 CC/02.
3) Conceito:
4) Requisitos obrigatórios para a sua constituição (Art. 1723):
- União entre homem e mulher
- União que seja pública
- União contínua
- União duradoura
- União com objetivo de constituição de família
5) Quem pode constituir união estável: As pessoas desimpedidas de
se casar com exceção das pessoas casadas mas que se encontrem separadas
de fato ou judicialmente (até 13 de julho de 2010, com a emenda const. Nº
66/2010).
Art. 1723, § 1º: A união estável não se constituirá se ocorrerem os
impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no
caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
6) Requisitos para facilitar o reconhecimento da união estável:
- Existência de filhos;
- Convivência “more uxório” (sob o mesmo teto);
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613579/artigo-1727-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111038/lei-8971-94
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127234/lei-da-uni%C3%A3o-est%C3%A1vel-lei-9278-96
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/823944/emenda-constitucional-66-10
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 28/31
- Contrato ou pacto de convivência. ATENÇÃO: não é necessária a forma
pública para sua validade, diferentemente do pacto antenupcial. Por si só
não prova a união estável.
- Dependência econômica ou financeira entre o casal.
7) Efeitos patrimoniais decorrentes da união estável (Art. 1725):
Na falta de contrato escrito aplica- se à união estável, no que couber, o
regime da comunhão parcial de bens.
Diz- se “no que couber”, pois, na união estável não se exige,
por exemplo, a vênia conjugal para alienação de imóvel, em
respeito ao terceiro de boa fé, surgindo, em caso de dissolução
da união estável o obrigação de indenizar o outro cônjuge.
8) União entre pessoas do mesmo sexo: Consoante ao artigo 226 § 3º
“Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o
homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua
conversão em casamento”, não se reconhece como união estável a união
homoafetiva. Em maio de 2011, através de julgamento da ADPF nº 132/DF
e ADIN nº 4277/RJ, decidiu- se unanimemente que as relações
homoafetivas serão regidas pelos mesmos direitos decorrentes da união
estável, mas não se considerando como tal.
9) Direitos e deveres entre companheiros (Art. 1724):
Direitos: Alimentos, sucessórios, direito real de habitação, direito ao
sobrenome do outro companheiro, direitos previdenciários, Direito à
meação.
Deveres: Art. 1724.
A CR/88 em seu artigo 226, § 3º, assevera que a lei deverá facilitar a
conversão da união estável em casamento, o que não ocorre na prática, é o
que se depreende do Art. 1726 do Código Civil, posto que condiciona tal
conversão a pedido judicial, e, em se convertendo, os efeitos do casamento
serão ex- nunc.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645133/artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645006/par%C3%A1grafo-3-artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613623/artigo-1726-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 29/31
«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«
»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»«»
Alimentos:
1) Disciplina legal:
· Art. 1694 a 1710, CC.
· Lei de Alimentos: Lei 5478/68.
· Competência: Art. 100, II, CPC
· Efeito devolutivo – Art. 520, II, CPC
· Valor da causa – Art. 259, CPC;
· Alimentos Provisionais: Art. 852 a 854, CPC;
· Penhorabilidade e impenhorabilidade – Art. 649 e 650, CPC;
2) Conceito: São as prestações devidas para satisfazer as necessidades
pessoais daquele que não pode prove- las pelo trabalho próprio.
A palavra alimentos, para o direito, engloba tudo aquilo que é necessário
para sobreviver com dignidade.
Como por exemplo, comida, vestuário, educação, lazer, assistência médica,
moradia, dentre outros.
3) Critérios para fixação de alimentos (Art. 1694, § 1º): Definidos
basicamente levando em conta o binômio, possibilidade de quem deve os
alimentos contra a necessidade do alimentado, ou seja, binômio
necessidade X possibilidade. Em caso de mais de um alimentado, não existe
o critério isonômico entre eles, o valor devido será fixado pela necessidade
de cada um.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615295/artigo-1694-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10614530/artigo-1710-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103299/lei-de-alimentos-lei-5478-68
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103299/lei-de-alimentos-lei-5478-68
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730186/artigo-100-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730109/inciso-ii-do-artigo-100-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10682208/artigo-520-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10682130/inciso-ii-do-artigo-520-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10714755/artigo-259-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639466/artigo-854-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10664956/artigo-649-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10664084/artigo-650-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 30/31
4) Características da Obrigação de alimentos:
A) Personalíssimos: Prestados à pessoa certa (caso esta venha a falecer, a
obrigação se extingue).
B) Divisíveis (Art. 1698 CC/02): A obrigação poderá ser prestada por vários
devedores, não se podendo escolher qual deles será responsável pela
quitação, sendo tal obrigação dividida entre todos eles, na medida de sua
proporção.
C) Obrigação subsidiária: sendo várias as pessoas obrigadas a prestar
alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos.
D) Incessíveis;
E) Impenhoráveis;
F) Incompensáveis;
G) Imprescritíveis;
H) Intransacionáveis;
I) Irrepetíveis;
J) Irrenunciáveis;
K) Proporcionais;
L) Atuais.
Bibliografia:
Veredictum
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615080/artigo-1698-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.veredictum.com.br/
16/08/2019 Direito das Famílias (direto ao ponto)
https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-ponto 31/31
Direito de família, ROSENVALD, Nélson.
Manual de Direito de família; DIAS, Maria Berenice.
Direito civil V; TARTUCI, Flávio.
Disponível em: https://tcharlye.jusbrasil.com.br/artigos/271170488/direito-das-familias-direto-ao-
ponto
http://jb.jusbrasil.com.br/definicoes/100006255/direito-civil

Continue navegando