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HISTÓRIA DO DIREITO CCJ0256

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DA BAHIA 
CAMPUS FRATELLI VITA 
CURSO DE DIREITO 
 
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Professor: LUCAS CERQUEIRA COSTA 
Disciplina: HISTÓRIA DO DIREITO – CCJ0256 Turma: TERÇA FEIRA – NOTURNO 
Acadêmico:_____________________________________________ Matrícula:____________________ 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
1. Leia a questão discursiva com atenção e as responda. 
2. A prova contém 5 (cinco) questões subjetivas. 
3. Cada Questão valerá 1,2. 
 
QUESTÃO 1. 
 
No Brasil Colônia, mesmo a pena de morte apresentava graus de sofrimento e padecimento 
proporcionais, diferenciando a morte natural na forca ou no pelourinho que, uma vez cumprida, 
autorizava o sepultamento, da morte natural na forca para sempre, em que a forca estava localizada 
fora da cidade e o corpo ficaria exposto desde a morte até o dia 1º de novembro, quando era 
autorizado o sepultamento. Uma pena destas se mostra possível nos dias atuais? Justifique com base 
nos fundamentos da República Federativa do Brasil e Direitos e Garantias Individuais estampados na 
nossa Constituição de 1988. 
 QUESTÃO 2. 
Leia o texto a seguir, analise-o e responda as questões abaixo: PORTANTO, condenam ao Réu, por 
alcunha, Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas, a que, com baraço e pregão, seja 
conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra morte natural para sempre, e que depois 
de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica onde, em o lugar mais público dela, será 
pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma e o seu corpo será dividido em quatro quartos 
e pregados em postes, pelo caminho de Minas no sitio da Varginha e das Cebolas aonde o Réu teve as 
suas infames práticas, e os mais nos sítios de maiores povoações, até que o tempo também os 
consuma; declaram o Réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e 
Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão 
 
 
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se edifique, e não sendo própria, será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e no mesmo 
chão se levantará um padrão, pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável Réu. a) 
qual a natureza desse texto, a quem e porque foi a ele aplicado? b) de qual ordenamento jurídico 
provém as sanções aplicadas? 
 
QUESTÃO 3. 
 
O século XIX foi marcado por diversos eventos sociais que ensejaram movimentos sociais. 
Conjuntamente houve uma pressão internacional que deu margem a novas Leis que culminaram no 
fim de uma conduta praticada no país contra determinado grupo social. Diante do conhecimento 
obtido em sala de aula aponte quais leis foram criadas no século XIX e quais são suas características? 
Delas qual foi a principal, àquela que conseguiu por fim àquela conduta até então praticada no país? 
 
QUESTÃO 4. 
 
Frequentemente o apoio à pena de morte é destaque na mídia brasileira. Recentemente, mais 
especificamente o mês de janeiro de 2018, pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha apontou que 
57% da população brasileira são favoráveis à pena de morte. Na verdade tal número representou um 
aumento de 10 pontos percentuais em relação à última pesquisa, realizada no ano de 2008, quando a 
quantidade de pessoas que apoiavam este tipo de punição era de 47%. Ao menos em relação ao tema 
pena de morte, parece que a visão da população brasileira parece estar indo de encontro com as ideias 
preconizadas por Cesare Beccaria, um grande iluminista italiano, contemporâneo de Tiradentes. Diante 
disso, o aluno deve falar sobre a possibilidade ou não da existência da pena de morte no Brasil, 
conforme aponta a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
 
QUESTÃO 5. 
 
Discorra acerca dos fatores que contribuíram para que Portugal fosse o pioneiro nas Grandes 
Navegações e relacione esse contexto com o a globalização. 
 
 
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ESTUDO DE CASO – VALE 2 PONTOS 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA 
VIGÊNCIA DA LEI 13.015/14. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TRABALHO ANÁLOGO AO DE ESCRAVO. 
OBRIGAÇÕES DE FAZER E DE NÃO FAZER. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COLETIVOS. 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. CARACTERIZAÇÃO DE PARCERIA RURAL. I - O Regional manteve a 
sentença que, acolhendo o pedido formulado pelo Ministério Público do Trabalho em ação civ il 
pública, condenou os réus , solidariamente, a cumprir obrigações de fazer e de não fazer ali 
especificadas, bem como ao pagamento de indenização a título de danos morais coletivos, 
decorrentes da exploração de trabalho análogo ao de escravo, por verificar comprovada a existência 
de parceria entre esses. II - Ficou consignado no acórdão recorrido que, a despeito da celebração de 
contrato de "compra e venda" , cujo objeto era a alienação de lenha para fazer carvão, o proprietário 
da fazenda, ora agravante, cedeu parte de seu imóvel ao 2º réu para a construção de fornos e 
alojamentos destinados à produção do carvão mineral, assumindo, assim, os riscos do 
empreendimento, em verdadeira relação de parceria extrativista, a ensejar a responsabilidade 
solidária. III - Diante das premissas fáticas delineadas no acórdão regional acerca da existência de 
uma relação de parceria extrativista entre os réus, em especial do registro de que eles detinham 
comunhão de interesses e que ambos assumiram os riscos da venda do carvão mineral, para se 
alcançar entendimento diverso , seria necessário revolver o conjunto fático-probatório dos autos, 
atividade refratária ao âmbito de cognição deste Tribunal, a teor da Súmula 126 do TST. IV - Nesse 
contexto, não se divisa afronta aos artigos 369, 371, 375 e 479 do CPC, à medida que a controvérsia 
fora dirimida pelo exame de todo o universo fático-probatório dos autos, na esteira dos princípios da 
persuasão racional, disposto no artigo 371 do CPC/2015, e da primazia da realidade. V - No tocante à 
arguição de dissenso pretoriano, observa-se que os arestos trazidos a cotejo são inespecíficos, à luz 
da Súmula 296, item I, do TST, pois versam sobre hipóteses de mera relação de "compra e venda", 
não guardando similitude fática com a situação enfrentada na espécie, em que ficou comprovada a 
existência de "parceria rural". VI - Agravo de instrumento a que se nega provimento. 
 
 
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(TST - AIRR: 2695120145180251, Data de Julgamento: 08/11/2017, Data de Publicação: DEJT 
10/11/2017) 
 
Com base na decisão judicial acima responda: 
a) Analise o contexto social contemporâneo com o contexto social dos séculos XVIII e XIX quanto 
ao tema escravidão? 
b) Aponte os dispositivos jurídicos aplicáveis ao caso concreto na legislação atual?

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