Buscar

lei de Abuso de Autoridade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTUDO DA LEI 4.898/65 – 
ABUSO DE AUTORIDADE 
www.facebook.com/albertino.melo 
@albertinoazmelo 
Professor Albertino Melo 
O CONCEITO DE AUTORIDADE 
 
 
Quem exerce cargo, emprego ou função 
pública, de NATUREZA CIVIL, OU MILITAR, 
ainda que transitoriamente e sem remuneração. 
ATENÇÃO!! 
 O particular SOZINHO jamais pode responder 
por abuso de autoridade A NÃO SER QUE 
pratique o fato em concurso com funcionário 
público e souber dessa condição elementar de 
funcionário público do outro. 
Nesse sentido o artigo 327 do Código Penal relata: 
 
Art. 327. Considera-se funcionário público, para os 
efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou 
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função 
pública. 
 
§1º Equipara-se a funcionário público quem exerce 
cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, 
e quem trabalha para empresa prestadora de serviço 
contratada ou conveniada PARA A EXECUÇÃO DE 
ATIVIDADE TÍPICA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
 E aí você me faz uma pergunta: professor, o que 
de fato é considerado abuso de autoridade? Posso 
entender como a mesma coisa de abuso de poder? 
O abuso de autoridade é o abuso de poder 
analisado SOB AS NORMAS PENAIS. Mais ainda: 
o abuso de autoridade abrange o abuso de poder. 
 A Lei 4.898/65 estabelece sanções para os 
agentes públicos que praticam atos com abuso de 
poder. O agente público deve pautar seus atos no 
princípio da legalidade. Ele não pode agir fora dos 
limites das suas atribuições legais. 
 
 
São ao todo 19 (dezenove) condutas descritas nos arts 
3º e 4º da referida Lei. É o que vai cair !!! São 
direitos fundamentais. 
 
 Em sua grande maioria, configuram-se em 
desrespeito a direitos fundamentais garantidos por 
nossa Constituição Federal e, por isso, são de fáceis, e 
um tanto quanto óbvias, memorização e compreensão. 
 
 Listaremos a partir de agora cada uma dessas 
condutas e, para algumas delas, teceremos alguns 
comentários. A Lei 4.898/65 estabelece como abuso de 
autoridade qualquer atentado: 
A Lei 4.898/65 estabelece como abuso de autoridade 
qualquer atentado: 
À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO; 
A Lei 4.898/65 estabelece como abuso de autoridade 
qualquer atentado: 
À INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO; 
AO SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA; 
As correspondências abertas perdem a qualidade 
de sigilosas. Não se concebe que seja acobertado 
pelo sigilo algo já violado. Assim, se uma 
autoridade, durante uma fiscalização, 
intencionalmente abre correspondências de algum 
fiscalizado, comete o delito em analise. 
IMPORTANTE 
 A fim de que se possa falar em sigilo, a 
correspondência deve esta LACRADA!! 
À LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA; 
AO LIVRE EXERCÍCIO DO CULTO RELIGIOSO; 
 A nossa Constituição trata como direito fundamental a 
inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, 
assegurando a TODOS o livre exercício dos cultos religiosos e 
a garantia, na forma da lei, da proteção aos locais de culto e 
a suas liturgias. 
 E mais: mesmo que alguém invoque sua liberdade de 
consciência e de crença para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta, ainda assim não será privado de seus 
direitos. A não ser é claro, que se recuse a cumprir 
prestação alternativa fixada em lei. 
 Dessa forma, qualquer autoridade que atente contra 
essas liberdades, certamente come o crime de abuso de 
autoridade. 
À LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO; 
AO DIREITO DE REUNIÃO; 
 A nossa Carta Magna garante o direito de nos 
reunirmos desde que pacificamente e sem armas, 
em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. 
Nos dá também a plena a liberdade de associação para 
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. 
AOS DIREITOS E GARANTIAS LEGAIS 
ASSEGURADOS AO EXERCÍCIO DO VOTO; 
 A cidadania é um dos pilares da República 
Federativa do Brasil, tendo no voto, uma das cláusulas 
pétreas da Constituição Federal, o seu maior 
instrumento. 
 
 Qualquer autoridade que atente ao exercício do 
voto comete também crime de abuso de autoridade. 
À INCOLUMIDADE FÍSICA DO INDIVÍDUO; 
 
AOS DIREITOS E GARANTIAS LEGAIS 
ASSEGURADOS AO EXERCÍCIO PROFISSIONAL. 
 Estar incólume significa estar isento de 
perigo, intacto, são e salvo. 
 
 Qualquer tentativa, por parte de autoridade, 
de prática de tortura ou de qualquer outro tipo de 
tratamento desumano ou degradante, incorrerá na 
conduta de crime de abuso de autoridade. 
ordenar ou executar medida privativa da liberdade 
individual, sem as formalidades legais ou com abuso de 
poder; atenção 
submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame 
ou a constrangimento não autorizado em lei; atenção 
deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz 
competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; 
deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou 
detenção ilegal que lhe seja comunicada; atenção 
levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha 
a prestar fiança, permitida em lei; 
cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial 
carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra 
despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em 
lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor; 
recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial 
recibo de importância recebida a título de carceragem, 
custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; 
o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa 
natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou 
desvio de poder ou sem competência legal; 
prolongar a execução de prisão temporária, de pena 
ou de medida de segurança, deixando de expedir em 
tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem 
de liberdade. 
IMPORTANTE 
 O elemento subjetivo dos crimes de 
abuso de autoridade é o dolo, ou seja, a 
vontade livre e consciente de exceder os 
limites do poder que possui em face da 
autoridade do cargo. 
 Além do dolo de praticar a conduta, ainda se exige o 
elemento subjetivo do injusto que é a vontade deliberada de agir 
com abuso (agir sabendo que está abusando). Se o sujeito atua 
querendo cumprir a sua função justamente, embora ele se exceda, 
não haverá o crime de abuso por faltar o elemento subjetivo. A 
intenção do agente é fator determinante. 
 
 Assim, conclui-se que não há casos expressos em lei em 
que se admita a punição quando praticado o crime de abuso de 
autoridade de forma culposa. Isso significa, em termos mais 
minudenciados, que não se comete esse crime por negligência, 
imprudência ou imperícia. É necessário que se aja com dolo. 
O SUJEITO PASSIVO 
Sujeito Imediato ou Principal: é a pessoa física ou 
jurídica que sofre a conduta abusiva; 
 
Sujeito Mediato ou Secundário: o Estado. 
 Qualquer pessoa física capaz e incapaz, estrangeiro e 
nacional podem ser vítimas do abuso de autoridade, ou 
seja, sujeitos imediatos. Se for criança o crime será do 
ECA, em virtude do Princípio da Especialidade. Se for idoso 
tem que verificar se o crime não caracteriza alguma das 
hipóteses do Estatuto do Idoso. 
 E não só eles!! Autoridades públicas ou funcionários 
públicos também podem ser vitimas de abuso de 
autoridade, assim como pessoa jurídica de direito privado 
e, inclusive, de direito público, podem ser vítimas de abuso 
de autoridade. 
Quando o abuso de autoridade disser respeito, 
exclusivamente, a militares (sujeitos ativo e passivo) o crime 
será julgado pela Justiça Militar competente. 
 
Código de Processo Militar: 
Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, 
por sua natureza ou pelo meio empregado, se considere 
aviltante: 
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos 
 
Logo, você deve entender assim: 
 Crime for praticado por militar contra militar: a justiça 
competente será a Justiça Militar. 
 Se o militar for estadual e o crime for cometido contra civil, 
será competente a Justiça Estadual. 
 Se o militar for federal e o crime for cometido contra civil, o 
STJ se manifestou pela competênciada Justiça Federal. 
IMPORTANTE 
 
 O crime de abuso de autoridade praticado por 
funcionário público federal no exercício de suas 
atribuições funcionais é de competência da Justiça 
Federal, ainda que se trate de militar membro das 
Forças Armadas, pois: 
 
“compete à Justiça Federal 
processar e julgar militar por 
crime de abuso de autoridade, 
ainda que praticado em 
serviço” (Súmula 172/STJ). 
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 
Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de 
petição: 
 
a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal 
para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a 
respectiva sanção; 
 
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência 
para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada. 
 
Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e 
conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de 
autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação 
do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as 
houver. 
A representação será feita em 02 VIAS e conterá: 
 
a exposição do fato constitutivo do abuso de 
autoridade, com todas as suas circunstâncias; 
 
a qualificação do acusado e; 
 
o rol de testemunhas, NO MÁXIMO DE TRÊS, se as 
houver. 
IMPORTANTÍSSIMO 
 
 Não confunda o direito de representação com a 
representação do ofendido nos crimes de ação penal 
pública condicionada, pois os crimes de abuso de 
autoridade são de AÇÃO PENAL PÚBLICA 
INCONDICIONADA. 
Curiosão, você me faz agora mais algumas perguntas: 
professor, já sei quais são os crimes, quem os comete 
e quais são as vitimas. E agora? 
 
Cometido o crime, como será responsabilizada a 
autoridade infratora? Quais serão suas penas? 
 
Como primeira resposta, eis a importantíssima 
informação: quem comete crime de abuso de 
autoridade estará sujeito a sanções: 
 
- administrativas, 
 
- civis e 
 
- penais. 
O PROCESSO NA ESFERA ADMINISTRATIVA 
 
Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção 
administrativa civil e penal. 
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a 
gravidade do abuso cometido e consistirá em: RESADEDE 
 
- ADVERTÊNCIA; 
- REPREENSÃO; 
- SUSPENSÃO DO CARGO, FUNÇÃO OU POSTO por 
prazo de 05 a 180 dias, com (atenção!!!) perda de 
vencimentos e vantagens; 
- DESTITUIÇÃO de função; 
- DEMISSÃO; 
- DEMISSÃO, a bem do serviço público. 
 
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado 
para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil. 
IMPORTANTE 
 O processo administrativo NÃO 
PODERÁ SER SOBRESTADO 
(interrompido ou parado) para o fim 
de aguardar a decisão da ação penal 
ou civil. 
Pois bem, aplicada a sanção, 
esta será anotada na ficha 
funcional da autoridade civil 
ou militar. 
Simultaneamente com a representação 
dirigida à autoridade administrativa ou 
independentemente dela, poderá ser 
promovida pela vítima do abuso, a 
responsabilidade civil ou penal (ou ambas) da 
autoridade culpada. 
O PROCESSO NA ESFERA CIVIL 
 
IMPORTANTE 
 À ação civil serão aplicáveis as normas do Código de 
Processo Civil. 
 
 § 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do 
dano, consistirá no pagamento de uma indenização de 
quinhentos a dez mil cruzeiros. 
 
Quem decidi é o juiz. 
O PROCESSO NA ESFERA PENAL 
 
As penas previstas na Lei 4.898/65 determina que a sanção 
penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 
a 56 do Código Penal e consistirá em: 
 
- multa de cem a cinco mil cruzeiros (de novo hein!!); 
- detenção por 10 dias a 06 meses; 
- perda do cargo e a inabilitação para o exercício de 
qualquer outra função pública por prazo até 03 anos. 
IMPORTANTE!!! 
 As penas previstas poderão ser aplicadas AUTÔNOMA 
OU CUMULATIVAMENTE. Quando o abuso for cometido 
por AGENTE DE AUTORIDADE POLICIAL, CIVIL OU 
MILITAR, de qualquer categoria, poderá ser cominada a 
pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado 
exercer funções de natureza policial ou militar no 
município da culpa, por prazo de 01 a 05 ANOS. 
E COMO SE DÁ A AÇÃO PENAL? Vamos a ela: 
 
 O oferecimento da REPRESENTAÇÃO pela vítima 
Apresentada a representação da vítima, o Ministério Público, no 
prazo de 48 horas, denunciará o réu, desde que o fato narrado 
constitua abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, 
e, bem assim, a designação de audiência de instrução e 
julgamento. 
 A denúncia do Ministério Público será apresentada em 02 
vias. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver 
deixado vestígios tanto o ofendido quanto o acusado poderá: 
promover a comprovação da existência de tais vestígios, por 
meio de 02 testemunhas qualificadas (poderá conter a 
indicação de mais de duas testemunhas); 
 
requerer ao Juiz, até 72 horas antes da audiência de 
instrução e julgamento, a designação de um perito para fazer 
as verificações necessárias. 
O oferecimento da DENÚNCIA pelo MP: 
 
 O órgão do Ministério Público poderá apresentar a 
denúncia à autoridade judiciária competente como também, 
ao invés disso, requerer o ARQUIVAMENTO da 
representação. 
 
 Se assim fizer, o Juiz, no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas, fará remessa da 
representação ao Procurador-Geral e este oferecerá a 
denúncia, ou designará outro órgão do Ministério Público 
para oferecê-la ou insistirá no arquivamento, ao qual só 
então deverá o Juiz atender. 
ATENÇÃO!! 
 Caso o órgão do Ministério Público não ofereça 
a denúncia no prazo de 48 horas, fixado na Lei 
4.8989/65, SERÁ ADMITIDA AÇÃO PRIVADA. 
 Recebidos os autos, o Juiz, terá o prazo de 48 
horas para proferir o despacho, recebendo ou 
rejeitando a denúncia. 
 
 No despacho em que receber a denúncia, o 
Juiz designará, desde logo, dia e hora para a 
audiência de instrução e julgamento, que deverá ser 
realizada, improrrogavelmente dentro de 05 dias. 
 
ATENÇÃO!! 
 As testemunhas de acusação e defesa poderão 
ser apresentadas em juízo, independentemente de 
intimação. 
A AUDIÊNCIA de instrução e julgamento Estabelece a 
Lei 4.898/95 que à hora marcada, o Juiz mandará que 
o Porteiro dos Auditórios ou o Oficial De Justiça 
declare aberta a audiência, apregoando em seguida o 
réu, as testemunhas, o perito, o representante do 
Ministério Público ou o advogado que tenha subscrito 
a queixa e o advogado ou defensor do réu. 
IMPORTANTE 
 A audiência somente deixará de realizar-se se 
ausente o JUIZ. 
 Se até MEIA HORA depois da hora marcada o 
Juiz não houver comparecido, os presentes 
poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do 
livro de termos de audiência. 
Por fim, encerrado o debate, o Juiz proferirá 
imediatamente a sentença. Subscreverão o termo o 
Juiz, o representante do Ministério Público ou o 
advogado que houver subscrito a queixa, o advogado 
ou defensor do réu e o escrivão. 
Estando presente o Juiz, este abrirá a audiência e 
fará a qualificação e o interrogatório do réu, se 
estiver presente. Não comparecendo o réu nem seu 
advogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor 
para funcionar na audiência e nos ulteriores termos 
do processo. 
Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o 
Juiz dará a palavra sucessivamente, ao Ministério 
Público ou ao advogado que houver subscrito a 
queixa e ao advogado ou defensor do réu, pelo 
prazo de 15 minutos para cada um, prorrogável 
por mais dez (10), a critério do juiz. 
01. [FGV – INSPETOR – POLICIA CIVIL/RJ – 2008] São crimes de 
tortura constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, 
causando-lhe sofrimento físico para provocar ação ou omissão de 
natureza criminosa e constranger alguém sem emprego de 
violência nem ameaça, para que faça algo que a lei não obriga. 
 
02. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] 
Pratica crime de tortura a autoridade policial que constrange 
alguém, mediante emprego de grave ameaça e causando-lhe 
sofrimento mental, com o fim de obter informação, declaração ou 
confissão da vítima ou de terceira pessoa. 
 
03. [CESPE– AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] 
Considerando que X, imputável, motivado por discriminação 
quanto à orientação sexual de Y, homossexual, imponha a este 
intenso sofrimento físico e moral, mediante a prática de graves 
ameaças e danos à sua integridade física resultantes de choques 
elétricos, queimaduras de cigarros, execução simulada e outros 
constrangimentos, essa conduta de X enquadrar-se-á na figura 
típica do crime de tortura discriminatória. 
04. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES 
– 2009] Se um policial civil, para obter a confissão de 
suposto autor de crime de roubo, impuser a este 
intenso sofrimento, mediante a promessa de mal 
injusto e 
grave dirigido à sua esposa e filhos e, mesmo diante 
das graves ameaças, a vítima do constrangimento não 
confessar a prática do delito, negando a sua autoria, 
não se consumará o delito de tortura, mas crime 
comum do Código Penal, pois a confissão do fato 
delituoso não foi obtida. 
 
05. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL 
– 2009] A prática do crime de tortura torna-se atípica 
se ocorrer em razão de discriminação religiosa, pois, 
sendo laico o Estado, este não pode se imiscuir em 
assuntos religiosos dos cidadãos. 
 
06. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – 
POLICIA CIVIL/ES – 2011] Considere a seguinte 
situação hipotética. Rui, que é policial militar, mediante 
violência e grave ameaça, infligiu intenso sofrimento 
físico e mental a um civil, utilizando para isso as 
instalações do quartel de sua corporação. A intenção 
do policial era obter a confissão da vítima em relação a 
um suposto caso extraconjugal havido com sua 
esposa. Nessa situação hipotética, a conduta de Rui, 
independentemente de sua condição de militar e de o 
fato ter ocorrido em área militar, caracteriza o crime 
de tortura na forma tipificada em lei específica. 
 
07. [FGV – INSPETOR – POLICIA CIVIL/RJ – 2008] É 
crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, 
poder ou autoridade, com emprego de violência ou 
ameaça, a intenso sofrimento mental, como forma de 
aplicar castigo pessoal. 
 
 
08. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES 
– 2006] Considere a seguinte situação hipotética. Uma equipe de 
policiais civis de determinada delegacia, após a prisão de um 
indivíduo, submeteu-o a intenso sofrimento físico e mental para 
que ele confessasse a prática de um crime. O delegado de polícia, 
chefe da equipe policial, ciente do que acontecia, permaneceu em 
sua sala sem que tivesse adotado qualquer providência para fazer 
cessar as agressões. Nessa situação, os policiais praticaram a 
figura típica da tortura, ao passo que, em relação ao delegado de 
polícia, a conduta, por não configurar o mesmo crime, tem outro 
enquadramento penal. 
 
09. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 
2008] Aquele que se omite em face de conduta tipificada como 
crime de tortura, tendo o dever de evitá-la ou apurá-la, é punido 
com as mesmas penas do autor do crime de tortura. 
10. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] 
Considere a seguinte situação hipotética. No momento de seu 
interrogatório policial, João, acusado por tráfico de 
entorpecentes, foi submetido pelos policiais responsáveis pelo 
procedimento a choques elétricos e asfixia parcial, visando à 
obtenção de informações sobre oendereço utilizado pelo suposto 
traficante como depósito da droga. João, após as agressões, 
comunicou o fato à autoridade policial de plantão, a qual, apesar 
de não ter participado da prática delituosa, não adotou nenhuma 
providência no sentido de apurar a notícia de tortura. Nessa 
situação, a autoridade policial responderá por sua omissão, 
conforme previsão expressa na Lei de Tortura. 
 
11. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] O 
artigo que tipifica o crime de maus-tratos previsto no Código 
Penal foi tacitamente revogado pela Lei da Tortura, visto que o 
excesso nos meios de correção ou disciplina passou a caracterizar 
a prática de tortura, porquanto também é causa de intenso 
sofrimento físico ou mental. 
12. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/AC – 2007] Sendo crime 
próprio, o crime de tortura é caracterizado por seu sujeito ativo, 
que deve ser funcionário público. 
 
13. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 
2008] Não se aplica a lei de tortura se do fato definido como 
crime de tortura resultar a morte da vítima. 
 
14. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] 
Considere a seguinte situação hipotética. Carlos, após a prática 
de atos eficientes para causar intenso sofrimento físico e mental 
em José, visando à obtenção de informações sigilosas, matou-o 
para que sua conduta não fosse descoberta. Nesse caso, Carlos 
responderá pelo crime de tortura simples em concurso material, 
com o delito de homicídio. 
 
15. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRO – SEJUS/CE – 2011] 
Se o crime de tortura for cometido por agente público ou 
mediante o uso de arma de fogo ou em concurso de mais de duas 
pessoas haverá aumento de pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um 
terço) previsto na Lei nº 9.455/97. 
16. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 
2008] A condenação por crime de tortura acarreta a perda do 
cargo, função ou emprego público, mas não a interdição para seu 
exercício. 
17. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] O 
crime de tortura é crime comum, podendo ser praticado por 
qualquer pessoa, não sendo próprio de agente público, 
circunstância esta que, acaso demonstrada, determinará a 
incidência de aumento da pena. 
 
18. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] A perda do 
cargo público é efeito automático e obrigatório da condenação de 
agente público pela prática do crime de tortura, sendo, inclusive, 
prescindível a fundamentação. 
 
19. [CESPE – AGENTE/PAPILOSCOPISTA – POLICIA FEDERAL – 
2012] O policial condenado por induzir, por meio de tortura 
praticada nas dependências do distrito policial, um acusado de 
tráfico de drogas a confessara prática do crime perderá 
automaticamente o seu cargo, sendo desnecessário, nessa 
situação, que o juiz sentenciante motive a perda do cargo. 
20. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 
2004] Um agente penitenciário submeteu a intenso sofrimento 
físico um preso que estava sob sua autoridade, com o objetivo de 
castigá-lo por ter incitado os outros detentos a se mobilizarem 
para reclamar da qualidade da comida servida na penitenciária. 
Nessa situação, o referido agente cometeu crime inafiançável. 
 
21. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 
2008] O condenado por crime previsto na lei de tortura inicia o 
cumprimento da pena em regime semiaberto ou fechado, vedado 
o cumprimento da pena no regime inicial aberto. 
 
22. [FGV – POLICIAL LEGISLATIVO – SENADO FEDERAL – 2011] 
Não é punível a participação de particular nos crimes praticados 
por funcionário público contra a administração em geral. 
 
23. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] 
Nos termos da lei que incrimina o abuso de autoridade, o sujeito 
ativo do crime é aquele que exerce cargo, emprego ou função 
pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente 
e sem remuneração. À vista disso, afastase a possibilidade de 
concurso de pessoas em tais delitos, quando o coautor ou 
partícipe for um particular. 
 
24. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA 
CIVIL/ES – 2011] Considere que um agente policial, 
acompanhado de um amigo estranho aos quadros da 
administração pública, mas com pleno conhecimento da 
condição funcional do primeiro, efetuem a prisão ilegal de um 
cidadão. Nesse caso, ambos responderão pelo crime de abuso 
de autoridade, independentemente da condição de particular do 
coautor. 
25. [FUNRIO – AGENTE PENITENCIÁRIO –DEPEN - 2009] A lei nº 4.898 
de 9 de dezembro de 1965, regula o Direito de Representação e o 
processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de 
abuso de autoridade. Assim, o direito de representação e o processo de 
responsabilidade administrativacivil e penal, contra as autoridades que, 
no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela 
presente lei. Dessa forma, constitui abuso de autoridade qualquer 
atentado à violabilidade do domicílio, aos direitos e garantias sociais 
assegurados ao exercício do voto indireto e aos direitos e garantias 
legais assegurados ao exercício profissional, mediante autorização legal. 
 
26. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] 
Considere que uma autoridade policial, no decorrer das investigações de 
um crime de furto e sem o competente mandado judicial, ordenou aos 
seus agentes que arrombassem a porta de uma residência e 
vistoriassem o local, onde provavelmente estariam os objetos furtados. 
No interior da residência foiencontrada a maior parte dos bens 
subtraídos. Nessa situação, a autoridade policial e seus agentes agiram 
dentro da legalidade, pois a conduta policial oportunizou a recuperação 
dos objetos. 
27. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] 
Caso, no decorrer do cumprimento de mandado de busca e 
apreensão determinado nos autos de ação penal em curso, o 
policial responsável pela diligência apreenda uma 
correspondência destinada ao acusado e já aberta por ele, 
apresentando-a como prova no correspondente processo, essa 
conduta do policial encontrar-se-á resguardada legalmente, pois 
o sigilo da correspondência, depois de sua chegada ao destino e 
aberta pelo destinatário, não é absoluto, sujeitando-se ao regime 
de qualquer outro documento. 
28. [FUNRIO – POLICIA RODOVIARIA FEDERAL – 2009] A lei n.º 
4.898/65 regula o Direito de Representação e o processo de 
Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso 
de autoridade. O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à 
sanção administrativa civil e penal. Dessa forma, constituem 
também abuso de autoridade ordenar ou executar medida 
privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou 
com abuso de poder; submeter pessoa sob sua guarda ou 
custódia a vexame ou a constrangimento autorizado em lei; e 
comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou 
detenção de qualquer pessoa. 
[CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA 
CIVIL/PA– 2006] Julgue os itens subsequentes, 
relativos à Lei n.º 4.898/1965, que regula o direito de 
representação e o processo de responsabilidade 
administrativa, civil e penal nos casos de abuso de 
autoridade. 
29. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado 
à incolumidade física do indivíduo. 
30. Constitui abuso de autoridade deixar de 
comunicar, imediatamente, ao juiz competente a 
prisão ou detenção de qualquer pessoa. 
31. Poderá ser promovida pela vítima do abuso de 
autoridade a responsabilidade civil ou penal, ou 
ambas, da autoridade culpada. 
32. A ação penal pelo crime de abuso de autoridade é 
pública condicionada à representação. 
33. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES 
– 2006] Considere a seguinte situação hipotética. 
Justino, policial militar em serviço, realizou a prisão de um 
indivíduo, mantendo-o encarcerado por 2 dias, sem atender às 
formalidades legais pertinentes, ou seja, não havia ordem judicial 
de prisão nem situação flagrancial que justificassem a medida 
contra a pessoa detida. Nessa situação, Justino incorreu em crime 
de abuso de autoridade, sendo a Justiça Militar competente para 
processá-lo e julgá-lo. 
 
34. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] A 
ação penal por crime de abuso de autoridade é pública 
condicionada à representação do cidadão, titular do direito 
fundamental lesado. 
 
35. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] A 
prática de um crime definido como abuso de autoridade sujeitará 
o seu autor à sanção administrativa, civil e penal, aplicadas, 
cumulativamente, pelo juiz que presidiu o processo de natureza 
criminal. 
36. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] 
Considerando que determinada autoridade policial execute a 
prisão em flagrante de um autor de furto, lavrando, logo após, o 
respectivo auto de prisão, a partir de então, essa autoridade 
policial deverá, entre outras providências, comunicar a prisão ao 
juiz competente, dentro de 24 horas, sob pena de incorrer em 
abuso de autoridade. 
 
37. [UERR – AGENTE PENINTENCIÁRIO – SEJUS/RR - 2011] A 
inabilitação temporária para o exercício de função pública 
cominada aos delitos de abuso de autoridade, previstos na Lei 
4.898/65, quando aplicada de forma isolada e autônoma, tem 
natureza de pena acessória. 
 
38. [PC/SP - DELEGADO DE POLICIA - PC/SP – 2003] A Lei n.º 
4898/65 (Abuso de Autoridade) explicita que a citação do réu 
deverá ser feita por mandado sucinto, que não necessitará ser 
acompanhado da segunda via da representação ou da denúncia. 
39. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/BA – 2005] Nos crimes de abuso de 
autoridade, previstos na Lei n.º 4.898/1965, a prescrição da pretensão 
punitiva do Estado ocorre, in abstrato, em dois anos, sendo que a pena 
de perda do cargo e inabilitação para o exercício de função pública é de 
natureza principal, assim como as penas de multa e detenção. 
 
[UEG – AGENTE DE POLÍCIA – PC/GO – 2008 – Adapt.] Sobre os crimes 
descritos na Lei de Abuso de Autoridade (Lei n. 4898/65), julgue os itens 
a seguir: 
40. A aplicação da sanção penal ante o reconhecimento da prática de 
abuso de autoridade impede a aplicação das demais sanções civis e 
administrativas ao agente público, uma vez que há a comunicação das 
instâncias. 
41. O sujeito ativo no crime de abuso de autoridade é a pessoa que 
exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, 
ainda que transitoriamente e sem remuneração, tratando-se, assim, de 
crime próprio. 
42. O indivíduo não funcionário público não pode ser responsabilizado 
pelo crime de abuso de autoridade, mesmo que cometa o crime em 
concurso com um funcionário público, pois trata-se de um crime de mão 
própria. 
43. É expressamente vedada a substituição da pena privativa de 
liberdade por restritiva de direitos ao funcionário público condenado por 
abuso de autoridade. 
44. [UEG – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/GO – 2003] A autoridade 
responsável por uma delegacia de polícia que deixar de comunicar 
imediatamente ao juiz competente a prisão ou a detenção de um 
conhecido meliante, comete apenas infração administrativa, 
sujeita a sanção de advertência, repreensão e suspensão do cargo, 
entre outras sanções, de acordo com a gravidade do que for 
apurado.

Continue navegando