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Curso de Arquitetura e Urbanismo 1ª Avaliação Institucional 2020.1 Alunas: Isabelle Colares, Marcilene Freitas e Júlia Zuazo Questão 01 – A Casa Meyer May foi um projeto de Frank Lloyd Wright que se enquadra no contexto das Praire Houses. Finalizada em 1909, a residência foi estrategicamente implantada no terreno a fim de que a sala recebesse o máximo de iluminação natural e se abrisse para um extenso jardim. Além disso, seu interior apresenta elementos decorativos que incorporam materiais como madeira, metal e vidro colorido e influências do artista George Niedecken. Com base nas informações acima e em pesquisas sobre a casa, responda as questões abaixo: a) Quais características do projeto pertencem ao grupo das Casas da Pradaria e como elas se enquadram no contexto do Modernismo Arquitetônico? A casa Meyer Mey e as Casas da Pradaria possuem as principais características do arquiteto Frank Lloyd, essas construções respeitam a ambiência do local misturando- se e completando os princípios da natureza tornando o projeto único para cada cliente, possuem linhas retas integrando melhor a casa ao terreno, nelas são utilizadas a junção dos materiais rústicos com materiais frágeis, como por exemplo, pedra e vidro, são baixas e simples, ocorre o uso de madeiras, pedra e tijolos com materiais industriais, como aço e vidro e apresentam planta-livre eliminando as paredes trazendo luz e ventilação para dentro das edificações. Elas se enquadram no Modernismo Arquitetônico apropriando-se da retilinearidade com suas linhas retas, organicidade defendendo o alinhamento da natureza com a filosofia humanista, com Pensamento Corbusiano com a utilização da planta-livre. b) Qual relação pode ser estabelecida entre a obra e o conceito Gesamtkunstwerk (“obra de arte total”)? O termo Gesamtkunstwerk foi formulado pelo Maestro Richard Wagner, esse termo refere-se quando o arquiteto é responsável pela concepção e totalidade do projeto. Ou seja, uma obra de arte que faz uso de rodas ou muitas formas de arte ou se esforça para fazê-lo. A compilação não é arbitrária e ilustrativa: os componentes se complementam necessariamente. E os projetos que se adequam nesse termo são os de Frank Lloyd que foi um ícone da chamada Arquitetura Orgânica, o mesmo realizava projetos onde não era necessária a mudança no local, ele produziu as residências conhecidas como Casas da Pradaria. Essas casas são um grande marco da sua atuação. Ficaram famosas por se misturarem e complementarem a paisagem ao seu redor. Curso de Arquitetura e Urbanismo Questão 02 – Localizada na Itália, a Igreja de Riola é um projeto do arquiteto finlandês Alvar Aalto em concreto que se mistura à paisagem local. Para tanto, a obra foi concebida através da colocação de seis estruturas assimétricas de concreto pré- fabricado que suportam o sistema de iluminação do tipo shed, dando ao projeto sua volumetria distinta que se assemelha aos Montes Apeninos da região. A atmosfera espiritual também é evocada através da reflexão da luz no interior da construção e da baixa presença de ornamentos que possam distrair o visitante. Com base nas informações acima e em pesquisas sobre o projeto, responda as questões abaixo: a) De que forma Aalto conseguiu imbuir a obra de espírito segundo a vertente essencialista da Arquitetura Moderna? Projetado pelo arquiteto finlandês Alvar Alto, a igreja Riola Parrish é uma impressionante forma de concreto que imita e modula os contornos de sua paisagem italiana . O magnífico batistério, concluído em 1978, está localizada a oito quilômetros ao sul de Bolonha, na pequena cidade de Riola. A arquitetura modernista evocativa de Aalto captura o espírito deste cenário montanhoso; é uma estrutura espiritual que, por dentro e por fora, expressa de forma humilde a santidade da fé e do lugar. b) Explique como a característica monumental essencialista se traduz na Igreja de Riola. O perfil exterior distinto da igreja é inspirado nas três montanhas que cercam Riola: Montovolo, Monte Vigese e Monte Vigo. Sua forma é harmoniosa com a natureza, e isso está presente nas formas geométricas intencionalmente puras de Aalto que convergem em um ponto central para representar o centro que a própria igreja representa. A luz intensificada em torno do altar destina-se a criar uma relação próxima entre os espaços funcionais do altar, do coral e do órgão e do batistério. O batistério hexagonal é ocupado por bancos de madeira que descem em altura à medida que se aproximam do altar luminosa. O interior da igreja é deixado moderadamente sem adornos, em estilo modernista, é em vez disso destaca seus arcos arquitetônicos com a luz natural de cima. A única outra janela é uma lasca de vidro que da para o Rio adjunto, a torrente Limentra. Diz-se que a igreja paroquial de Riola é característica das lâmpadas de Alvar Aalto; as nervuras arquitetônicas que sustentam as prateleiras de luz dessa estrutura lembram a estrutura usada para sustentar a estrutura de suas luminárias. Curso de Arquitetura e Urbanismo Questão 03 – O arquiteto alemão Walter Gropius, fundador da Escola de Arte Bauhaus, foi um dos representantes do Modernismo Arquitetônico. Ao projetar o edifício da escola em Dessau, Gropius buscou adotar soluções que se adequassem ao espírito revolucionário do grupo e ao novo contexto histórico, gerando uma obra “[...] composta de elementos funcionais basicamente relacionados que produziam um todo assimétrico coeso e interrelacionado”. Com base nas informações acima e em conhecimentos sobre o projeto, explique como o edifício projetado por Gropius para abrigar a Bauhaus exemplifica o pensamento funcional e racionalista do Modernismo Arquitetônico. A Bauhaus foi uma instituição de arte vanguardista criada pelo arquiteto Walter Gropius com o objetivo de juntar a arquitetura, as artes e o design. Podemos identificar em sua criação o uso de inovações e ideias que não eram tão bem vistas na época, na obra foram utilizados materiais como aço, vidro e madeira, houve a junção do artesanato e da arte, a arquitetura foi integrada ao urbanismo e a grande influência do construtivismo que foi um movimento artístico-político surgido na Rússia com a ideia de que a arte fazia parte do cotidiano das pessoas para eliminar a “alma de superioridade” que as obras possuíam.