Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MANUAL DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DISCIPLINA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL PROF. MA. JOANA ZANOTTI PROF. MA CAROLINE CALLONI CAXIAS DO SUL 2019 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiG9IWlkNTcAhVHS5AKHYQ4DIQQjRx6BAgBEAU&url=http://trabalheconosco.fsg.br/&psig=AOvVaw058ZRPT21yvmfVOJiIOJEC&ust=1533497173969336 SUMÁRIO 1.5. Peso Ajustado: ............................................................................................................ 7 1.6. Estatura: ...................................................................................................................... 7 1.7. Meia Envergadura: ..................................................................................................... 7 1.8. Extensão dos braços/ Envergadura: ......................................................................... 7 1.9. Estatura recumbente: ................................................................................................. 8 1.10. Altura do Joelho: ..................................................................................................... 8 2. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADULTO (> 20 e < 60 anos) ................................. 9 2.1. Peso ideal (PI) ou Peso Teórico:............................................................................... 9 2.2. Estimativa de peso: .................................................................................................... 9 2.3. Peso Ideal para Amputados: ..................................................................................... 9 2.4. Peso corrigido para edema: ..................................................................................... 10 2.5. Peso corrigido para ascite: ...................................................................................... 10 2.6. Estimativa de estatura: ................................................................................................. 10 2.7. Índice de Massa Corporal (IMC): ................................................................................ 10 2.8. Composição Corporal: .................................................................................................. 11 2.8.1. Dobras Cutâneas ....................................................................................................... 11 2.8.2. Fórmulas para predição do percentual de gordura corporal: ................................ 13 2.8.3. Nomograma: .............................................................................................................. 14 2.8.3. Tabela de Durnin (1974): .......................................................................................... 15 2.8.5. Tabela de Pollock: ..................................................................................................... 16 2.8.5.1. Estimativa do Percentual de gordura de Pollock para HOMENS ...................... 16 2.8.5.2. Estimativa do Percentual de gordura de Pollock para MULHERES .................. 17 2.8.6. Estimativa do Percentual de gordura de Weltman, 1987:...................................... 18 2.9. Circunferência cintura: ................................................................................................. 19 2.10. Relação cintura\quadril (RCQ): ................................................................................. 19 2.11. Circunferência do braço (CB): ................................................................................... 20 2.11.1. % de Adequação da CB: ........................................................................................ 21 2.12. Circunferência Muscular do Braço (CMB): ............................................................... 21 2.12.1. % de Adequação da CMB: ..................................................................................... 23 2.13. Circunferência do Pescoço: ....................................................................................... 23 3.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO IDOSO (> 60 anos) .............................................. 24 3.1. Peso ideal (PI): ......................................................................................................... 24 3.2. Estimativa de peso: .................................................................................................. 24 3.1. Estimativa de Estatura: ............................................................................................ 25 3.2. Índice de Massa Corporal (IMC): ............................................................................ 25 3.5. Circunferência do Braço (CB): ..................................................................................... 25 3.5.1. % de Adequação da CB: ........................................................................................... 26 3.6. Circunferência Muscular do Braço (CMB): ................................................................. 26 3.6.1. % de Adequação da CMB: ....................................................................................... 27 3.7. Dobra Cutânea Tricipital (DCT): .................................................................................. 27 3.8. Dobra Cutânea Subescapular (DCSubesc): .............................................................. 28 3.9. Circunferência da Panturrilha: .................................................................................... 28 3.10. Circunferência da Cintura: ......................................................................................... 29 3.11. Relação cintura\quadril (RCQ): ................................................................................. 29 3.12. Composição Corporal................................................................................................. 29 3.12.1. Tabela de Durnin (1974). ........................................................................................ 29 4.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PEDIATRIA (< 10 anos de idade) ....................... 30 4.1. Peso Atual: . .................................................................................................................. 30 4.2. Comprimento: ................................................................................................................ 30 4.3. Curvas de Crescimento: ............................................................................................... 30 4.4. Pontos de Corte para classificação nas curvas de crescimento: ............................. 31 4.5. Circunferência do Braço (CB): ..................................................................................... 32 4.6. Perímetro Cefálico (PC): .............................................................................................. 33 4.6.1. Classificação do Perímetro Cefálico: ...................................................................... 33 4.7. Perímetro Torácico: ...................................................................................................... 33 4.7.1. Classificação do Perímetro Torácico e Cefálico: .................................................... 33 4.8. Circunferência da Cintura (CC): .................................................................................. 34 4.9. Dobra cutânea tricipital .................................................................................................... 34 4.9. Dobra cutânea subescapular ....................................................................................... 35 5.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADOLESCENTE (10 aos 19 anos) ..................... 36 5.1. Estágios de maturação sexual: ................................................................................... 36 5.2. Curvas de Crescimento: ............................................................................................... 38 5.3. Pontos de Corte para classificação nas curvas de crescimento:............................. 38 5.4. Percentual de gordura corporal: ................................................................................. 38 5.4.1. Classificação do estado nutricional segundo o percentual de gordura corporal: 39 5.5. Circunferência da Cintura (CC): .................................................................................. 39 5.6. Dobra cutânea tricipital................................................................................................. 39 5.7. Dobra cutânea subescapular ....................................................................................... 40 5.8. Circunferência do braço (CB):. .................................................................................... 40 6.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE ........................................................... 41 6.1. Índice de Massa Corporal (IMC) Pré-Gestacional: .................................................... 41 6.2. Programação do ganho de peso ................................................................................. 41 6.3. Circunferência Muscular do Braço (CMB): ................................................................. 42 6.3.1. % de Adequação da CMB: ....................................................................................... 42 6.4. IMC x Idade Gestacional .............................................................................................. 42 6.4.1. Tabela IMC x Semana Gestacional: ........................................................................ 43 6.4.2. Curva IMC x Semana Gestacional (MS, 2005): ...................................................... 44 7.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ATLETA ................................................................. 45 7.1. Peso da Gordura Corporal ........................................................................................... 45 7.2. Percentual de Gordura Corporal ................................................................................. 45 7.2.1. Fórmula para predição do percentual de gordura corporal em atletas adultos (SEXO MASCULINO): ......................................................................................................... 45 7.2.2. Fórmula para predição do percentual de gordura corporal em atletas adultos (SEXO FEMININO): ............................................................................................................. 45 7.2.3. Fórmula para predição do percentual de gordura corporal em atletas crianças e adolescentes: ....................................................................................................................... 46 7.2.4. Equação para conversão de Densidade Corporal em % de Gordura: ................. 46 7.3. Peso ideal ...................................................................................................................... 46 7.3.1. Constantes para cálculo do peso ideal .................................................................... 46 7.4. Peso de Massa Livre de Gordura................................................................................ 46 7.5. Peso da Gordura Ideal ................................................................................................. 46 7.6. Reajuste do Peso Corporal .......................................................................................... 47 7.7. Classificação do Percentual de Gordura Corporal .................................................... 47 8.0. AVALIAÇÃO LABORATORIAL .................................................................................... 48 9.0. SINAIS VITAIS .............................................................................................................. 52 9.1. Pressão Arterial (PA): ................................................................................................... 52 9.2. Temperatura .................................................................................................................. 52 9.3. Frequência Cardíaca .................................................................................................... 52 9.4. Frequência Respiratória ............................................................................................... 53 10. REQUERIMENTO ENERGÉTICO ............................................................................... 54 10.1. Gasto Energético Basal (GEB) e Taxa de Metabolismo Basal (TMB):.................. 54 10.2. Fórmula de Harris & Benedict: .................................................................................. 54 10.3. Fórmula FAO/OMS (1985): ....................................................................................... 55 10.4. Fórmula IOM (2002/2005): ........................................................................................ 55 10.5. Fórmula de Schofield (1985): ................................................................................... 56 10.6. Fórmulas para cálculo do requerimento estimado de energia (EER): ..................... 0 10.6.1. Fator Atividade (FA): ................................................................................................. 0 11.0 ANEXOS ......................................................................................................................... 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 6 1. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 1.1. Peso atual (PA): Técnica de aferição: O indivíduo deverá posicionar-se em pé, no centro da base da balança, descalço e com roupas leves. Deve manter-se imóvel. O ideal é pela manhã, após o esvaziamento da bexiga. 1.2. Peso usual (PU) ou Peso habitual: É utilizado como referência em casos de impossibilidade de medir o peso atual ou na avaliação de mudança de peso. Geralmente é o peso que se mantém por um maior período de tempo. 1.3. % de perda de peso (%PP): % PP = (Peso usual – Peso atual) x 100 Peso usual Significado da perda de peso (ASPEN, 1993) TEMPO PERDA IMPORTANTE DE PESO (%) PERDA GRAVE DE PESO (%) 1 semana 1-2 > 2 1 mês 5 > 5 3 meses 7,5 > 7,5 6 meses 10 > 10 1.4. Adequação do peso: Adequação do peso (%) = Peso atual x 100 Peso ideal Adequação do peso (%) Estado Nutricional < 69 Desnutrição Grave 70 – 79 Desnutrição Moderada 80 – 90 Desnutrição Leve 90 – 110 Eutrofia 110 – 120 Sobrepeso > 120 Obesidade CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 7 1.5. Peso Ajustado: É o peso ideal corrigido, para utilização quando a adequação do peso for < 95% ou > 115% OU quando IMC for > 27,0kg/m². Peso ajustado = (peso ideal - peso atual) x 0,25 + peso atual 1.6. Estatura: É medida que expressa o processo de crescimento linear do corpo humano, utilizando estadiômetro ou antropômetro. Técnica de aferição: O indivíduo deve ficar de pé, descalço, com os calcanhares juntos, costas retas e os braços estendidos ao longo do corpo. A cabeça fica ereta, com os olhos fixos para frente, sem adornos na cabeça, superfície lisa, sem rodapés. 1.7. Meia Envergadura: O braço deve estar estendido para o lado, formando um ângulo de 90° com o corpo. Pode obter a distância entre o dedo médio e o esterno e multiplicar por 2. 1.8. Extensão dos braços/ Envergadura: Os braços devem estar estendidos para o lado, formando um ângulo de 90° com o corpo. Mede-se a distância entre os dedos médios das mãos. Este valor estima a estatura do indivíduo. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 8 1.9. Estatura recumbente: O paciente deve estar em posição supina, com o leito horizontal. Marca-se no lençol o ponto referente ao topo da cabeça e base do pé e depois se mede coma fita métrica. 1.10. Altura do Joelho: O paciente deve estar com o joelho flexionado em um ângulo de 90°. O comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna, na altura do joelho. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 9 2. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADULTO (> 20 e < 60 anos) Na avaliação nutricional deste grupo de pacientes, utilizamos além dos dados que serão vistos neste módulo, o peso atual, peso usual, % de perda de peso, adequação do peso, peso ajustado (se necessário) e estatura, já estudados no módulo anterior. 2.1. Peso ideal (PI) ou Peso Teórico: PI = IMC médio x estatura² IMC médio: Homens: 22,0kg/m² Mulheres: 20,8kg/m² OU 21,0kg/m² 2.2. Estimativa de peso: Utilizando a circunferência da panturrilha (Chumlea, 1985) Homens = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) - 81,69 Mulheres = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,40 x DCSE) - 62,35 Onde: CP = Circunferência da panturrilha (cm); CB = Circunferência do braço (cm); AJ = Altura do joelho (cm); DCSE = Dobra cutânea subescapular (mm). Específica por raça (Chumlea, 1985) Homens negros de 19-59 anos= (AJ X 1,09) + (CB X 3,14) – 83,72 Homens brancos de 19-59 anos= (AJ X 1,19) + (CB X 3,14) – 86,82 Mulheres negras de 19-59 anos = (AJ X 1,24) + (CB X 2,97) – 82,48 Mulheres brancas de 19-59 anos= (AJ X 1,01) + (CB X 2,81) – 66,04 Onde: CB = Circunferência do braço (cm); AJ = Altura do joelho (cm) Utilizando a circunferência abdominal (Rabito, 2006) Peso (kg) = 0,5759 x (CB) + 0,5263 x (CA) + 1,2452 x (CP) - 4,8689 x (Sexo: masculino= 1 feminino= 2) -32,9241 Onde: CP = Circunferência da panturrilha (cm); CB = Circunferência do braço (cm); CA = Circunferência abdominal (cm) 2.3. Peso Ideal para Amputados: MEMBRO AMPUTADO PROPORÇÃO DE PESO (%) Mão 0,8 % Antebraço 2,3 % Braço até o ombro 6,6 % Pé 1,7 % Perna abaixo do joelho 7,0 % Perna acima do joelho 11,0 % Perna inteira 18,6 % Martins, 2000. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 11 2.4. Peso corrigido para edema: EDEMA EXCESSO DE PESO HÍDRICO + Tornozelo 1 kg ++ Joelho 3 a 4 kg +++ Panturrilha 1 a 3 kg ++++ Base da Coxa 5 a 6 kg Anasarca 10 a 12 kg Martins, 2000. 2.5. Peso corrigido para ascite: GRAU DE ASCITE PESO ASCÍTICO (KG) Leve 2,2 kg Moderada 6 kg Grave 14,0 kg James, 1989. 2.6. Estimativa de estatura: Altura do Joelho (18 a 60 anos) (Chumlea, 1985) Homem: 64,19 - (0,04 x I) + (2,02 x AJ) Mulher: 84,88 - (0,24 x I) + (1,83 x AJ) Onde: I = Idade (anos); AJ = Altura do joelho (cm) Altura do Joelho (18 a 60 anos) (Chumlea, 1994) Homem branco: 71,85 + (1,88 x AJ) Homem negro: 73,42 + (1,79 x AJ) Mulher branca: 70,25 + [(1,87 x AJ)] – 0,06 x I Mulher negra: 68,10 + [(1,86 x AJ)] – 0,06 x I Onde: I = Idade (anos); AJ = Altura do joelho (cm) 2.7. Índice de Massa Corporal (IMC): IMC = Peso Estatura ² CLASSIFICAÇÃO DO IMC (OMS, 1997) IMC (kg/m²) Classificação < 16,0 Magreza Grau III 16,0 a 16,9 Magreza Grau II 17 a 18,4 Magreza Grau I 18,5 a 24,9 Eutrofia 25 a 29,9 Pré-obesidade 30,0 a 34,9 Obesidade classe I 35,0 a 39,9 Obesidade classe II ≥ 40,0 Obesidade classe III CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 11 2.8. Composição Corporal: A aferição da composição corporal tem como objetivo determinar a quantidade de massa gorda e massa magra do organismo. Neste manual, para o cálculo da composição corporal, iremos necessitar os valores das dobras cutâneas: tricipital, bicipital, subescapular, suprailíaca, abdominal, da coxa e peitoral. A seguir, algumas fórmulas para predição da composição corporal em pacientes adultos. 2.8.1. Dobras Cutâneas LOCAL REFERÊNCIA ANATÔMICA Tríceps Face posterior do braço no ponto médio entre processo acromial da escápula e olécrano da ulna Bíceps Ponto médio do braço, conforme medida de tríceps, na posição de maior circunferência do braço Subescapular Dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula Abdominal Três centímetros da borda direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal Axilar média Ponto de interseção entre a linha axilar média e a linha imaginária, na altura do processo xifoide CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 12 Peitoral feminino Mulheres: primeiro terço da linha entre a linha axilar anterior e o mamilo Peitoral masculino Homens: ponto médio entre a linha axilar anterior e o mamilo Supra ilíaca Linha axilar média, imediatamente acima da crista ilíaca Coxa Ponto médio entre a dobra inguinal e a borda superior da patela Panturrilha Ponto interno da circunferência máxima da perna CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 13 2.8.2. Fórmulas para predição do percentual de gordura corporal: Protocolo de Faulkner, 1968 %Gordura Corporal = [5,783 + 0,153 x (DCTricipital + DCSubescapular + DCSuprailíaca + DCAbdominal)] Protocolo de Jackson & Pollock, 1985 HOMENS (adultos): 0,29288 x (X2) – 0,00050 x (X2)² + 0,15845 x (X8) – 5,76377 MULHERES (adultas): 0,29699 x (X2) – 0,00043 x (X2)² + 0,02963 x (X8) – 1,4072 Onde: X2: DCAbdominal + DCSuprailíaca + DCTricipital + DCCoxa X8: idade em anos Classificação quanto ao % de gordura corporal Homens adultos Mulheres adultas Baixo < 8% < 13% Adequado 8 % a 15% 13% a 23% Moderadamente acima 16% a 20% 24% a 27% Excesso 21% a 24% 28% a 32% Obesidade ≥ 25% ≥ 33% Lee & Nilman, 1985. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 14 2.8.3. Nomograma: Classificação quanto ao % de gordura corporal Homens adultos Mulheres adultas Baixo < 8% < 13% Adequado 8 % a 15% 13% a 23% Moderadamente acima 16% a 20% 24% a 27% Excesso 21% a 24% 28% a 32% Obesidade ≥ 25% ≥ 33% Lee & Nilman, 1985. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 15 2.8.3. Tabela de Durnin (1974) para predição do percentual de gordura corporal: Utiliza-se a soma das 4 dobras cutâneas (tríceps, bíceps, subescapular e suprailíaca). Gallagher, 2000. Classificação do Estado Nutricional conforme % de Gordura Corporal Idade (anos) Desnutrição Eutrofia Pré Obesid Obesidade Mulheres 20 - 39 < 21% 21 – 32,9 33 – 38,9 > 39% 40 - 59 < 23% 23 – 33,9 34 – 39,9 > 40% 60 - 79 < 24% 24 – 35,9 36 – 41,9 > 42% Homens 20 - 39 < 8% 8 – 19,9 20 – 24,9 > 25% 40 - 59 < 11% 11 – 21,9 22 – 27,9 > 28% 60 - 79 < 13% 13 – 24,9 25 – 29,9 > 30% CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 16 2.8.5. Tabela de Pollock para predição do percentual de gordura corporal: 2.8.5.1. Estimativa do Percentual de gordura de Pollock para HOMENS, a partir da idade e do somatório das DCTs do tórax/peitoral, abdome e coxa CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 17 2.8.5.2. Estimativa do Percentual de gordura de Pollock para MULHERES, a partir da idade e do somatório das DCTs do tríceps, suprailíaca e coxa Pollock e cols, 1980. Classificação do Estado Nutricional conforme % de Gordura Corporal Classificação Homens Mulheres Desnutrição < 6% < 8% Normal 6 - 24 8 – 31 Média 15 23 Obesidade < 25% > 32% CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 18 2.8.6. Estimativado Percentual de gordura de Weltman, 1987: MULHERES OBESAS (20 a 60 anos): %GC = 0,11077 (circunferência abdominal média) – 0,17666 (estatura em cm) + 0,14354 (peso atual em kg) + 51,03301 HOMENS OBESOS (24 a 68 anos): %GC = 0,31457 (circunferência abdominal média) – 0,10969 (peso atual em kg) + 10,8336 Onde: Circunferência abdominal média: Ponto médio entre a crista ilíaca e o rebordo da última costela + circunferência abdominal no nível da cicatriz umbilical / 2 Valores normativos para %GC em Mulheres 18-25 anos 26-35 anos 36-45 anos 46-55 anos 56-65 anos >66 anos Média 24-25 24-26 27-29 29-31 31-33 30-32 Mais elevado que a média 26-28 27-30 30-32 32-34 34-36 33-35 Elevado 29-31 31-35 33-36 36-38 36-38 36-38 Muito elevado 33-43 36-48 39-48 40-49 39-46 39-40 Valores normativos para %GC em Homens 18-25 anos 26-35 anos 36-45 anos 46-55 anos 56-65 anos >66 anos Média 14-16 19-21 22-24 24-25 24-26 24-25 Mais elevado que a média 18-20 22-24 25-26 26-28 26-28 25-27 Elevado 22-26 25-28 27-29 29-31 29-31 28-30 Muito elevado 28-37 30-37 30-38 32-38 32-38 31-38 Morrow et al, 2003. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 21 2.9. Circunferência cintura: É mensurada na parte mais estreita do tronco. OU Ponto médio entre a crista ilíaca e o rebordo da última costela Valor de referência para circunferência da cintura (NIH, 2000) Sexo Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Masculino ≥ 94 cm 102 cm Feminino ≥ 80 cm ≥ 88 cm 2.10. Relação cintura\quadril (RCQ): Sexo Risco (OMS, 1998) Masculino > 1,0 Feminino > 0,85 Classificação de riscos para saúde segundo RCQ (Bray & Gray, 1988) Gênero Idade Baixo Moderado Alto Muito alto Homens 20 a 29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94 30 a 39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96 40 a 49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,0 >1,0 50 a 59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 21 Mulheres 20 a 29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82 30 a 39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84 40 a 49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87 50 a 59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88 2.11. Circunferência do braço (CB): É mensurada no ponto médio do braço, entre o acrômio e o olecrano. Pode ser utilizada como indicador de magreza ou de adiposidade. Tabela com percentis circunferência do braço – HOMENS (Frisancho, 1990) Idade (anos) 5 10 15 25 50 75 85 90 95 18,0-24,9 26,0 27,1 27,7 28,7 30,7 33,0 34,4 35,4 37,2 25,0-29,9 27,0 28,0 28,7 29,8 31,8 34,2 35,5 36,6 38,3 30,0-34,9 27,7 28,7 29,3 30,5 32,5 34,9 35,9 36,7 38,2 35,0-39,9 27,4 28,6 29,5 30,7 32,9 35,1 36,2 36,9 38,2 40,0-44,9 27,8 28,9 29,7 31,0 32,8 34,9 36,1 36,9 38,1 45,0-49,9 27,2 28,6 29,4 30,6 32,6 34,9 36,1 36,9 38,2 50,0-54,9 27,1 28,3 29,1 30,2 32,3 34,5 35,8 36,8 38,3 55,0-59,9 26,8 28,1 29,2 30,4 32,3 34,3 35,5 36,6 37,8 60,0-64,9 26,6 27,8 28,6 29,7 32,0 34,0 35,1 36,0 37,5 65,0-69,9 25,4 26,7 27,7 29,0 31,1 33,2 34,5 35,3 36,6 70,0-74,9 25,1 26,2 27,1 28,5 30,7 32,6 33,7 34,8 36,0 Tabela com percentis circunferência do braço – MULHERES (Frisancho, 1990) Idade (anos) 5 10 15 25 50 75 85 90 95 18,0-24,9 22,4 23,3 24,0 24,8 26,8 29,2 31,2 32,4 35,2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 21 25,0-29,9 23,1 24,0 24,5 25,5 27,6 30,6 32,5 34,3 37,1 30,0-34,9 23,8 24,7 25,4 26,4 28,6 32,0 34,1 36,0 38,5 35,0-39,9 24,1 25,2 25,8 26,8 29,4 32,6 35,0 36,8 39,0 40,0-44,9 24,3 25,4 26,2 27,2 29,7 33,2 35,5 37,2 38,8 45,0-49,9 24,2 25,5 26,3 27,4 30,1 33,5 35,6 37,2 40,0 50,0-54,9 24,8 26,0 26,8 28,0 30,6 33,8 35,9 37,5 39,3 55,0-59,9 24,8 26,1 27,0 28,2 30,9 34,3 36,7 38,0 40,0 60,0-64,9 25,0 26,1 27,1 28,4 30,8 34,0 35,7 37,3 39,6 65,0-69,9 24,3 25,7 26,7 28,0 30,5 33,4 35,2 36,5 38,5 70,0-74,9 23,8 25,3 26,3 27,6 30,3 33,1 34,7 35,8 37,5 Tabela com valores de referência para classificação da Circunferência do Braço Percentil 0 a 5 Magreza Percentil 5 a 15 Abaixo da média Percentil 16 a 85 Média Percentil 86 a 95 Acima da média Percentil > 95 Gordura excessiva 2.11.1. % de Adequação da CB: Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 CB percentil 50 (ver na tabela) Classificação do Estado Nutricional pela CB Desnutrição Grave < 70% Desnutrição Moderada 70-80% Desnutrição Leve 80-90% Eutrofia 90-110% Sobrepeso 110-120% Obesidade > 120% 2.12. Circunferência Muscular do Braço (CMB): Estima reservas proteicas, reflete a perda muscular. Fórmula para cálculo da CMB CMB = CB – 3,14 x (DCT ÷ 10) Onde: CMB: circunferência muscular do braço; CB: circunferência do braço (cm), DCT: dobra cutânea tricipital (mm) CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 22 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 23 Tabela com valores de referência para classificação da Circunferência Muscular do Braço Percentil < 5 Magro/ baixa reserva muscular Percentil 5 a 15 Abaixo da média/ risco para déficit Percentil 16 a 85 Média Percentil 86 a 95 Acima da média Percentil > 95 Boa nutrição 2.12.1. % de Adequação da CMB: Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 CMB percentil 50 (ver na tabela) Classificação do Estado Nutricional pela CMB Desnutrição Grave < 70% Desnutrição Moderada 70-80% Desnutrição Leve 80-90% Eutrofia > 90% 2.13. Circunferência do Pescoço: Valor de referência para Circunferência do Pescoço ≥ 37cm homens ≥ 34cm mulheres Investigar sobrepeso / obesidade ≥ 39,5cm homens ≥ 36,5cm mulheres Associados com IMC > 30,0 Kg/m² Risco cardiovascular Ben-Noun e cols, 2001; Ben-Noun & Laor, 2003. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 24 3.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO IDOSO (> 60 anos) Na avaliação nutricional deste grupo de pacientes, utilizamos além dos dados que serão vistos neste módulo, o peso atual, peso usual, % de perda de peso, adequação do peso, peso ajustado (quando necessário) e estatura. 3.1. Peso ideal (PI): PI = IMC médio x estatura² IMC médio: Homens e mulheres: 24,0kg/m² 3.2. Estimativa de peso: Utilizando a circunferência da panturrilha (Chumlea, 1985) Homens = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) - 81,69 Mulheres = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,40 x DCSE) - 62,35 Onde: CP = Circunferência da panturrilha (cm); CB = Circunferência do braço (cm); AJ = Altura do joelho (cm); DCSE = Dobra cutânea subescapular (mm). Específica por raça (Chumlea, 1985) Homens negros de 60-80 anos = (AJ X 0,44) + (CB X 2,86) – 39,21 Homens brancos de 60-80 anos = (AJ X 1,10) + (CB X 3,07) – 75,81 Mulheres negras de 60-80 anos = (AJ X 1,50) + (CB X 2,58) – 84,22 Mulheres brancas de 60-80 anos = (AJ X 1,09) + (CB X 2,68) – 65,51 Onde: CB = Circunferência do braço (cm); AJ = Altura do joelho (cm) Utilizando a circunferência abdominal (Rabito, 2006) Peso (kg) = 0,5759 x (CB) + 0,5263 x (CA) + 1,2452 x (CP) - 4,8689 x (Sexo: masculino= 1 feminino= 2) -32,9241 Onde: CP = Circunferência da panturrilha (cm); CB = Circunferência do braço (cm); CA = Circunferência abdominal (cm) CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 25 3.1. Estimativa de Estatura: Altura do Joelho (60 a 80 anos) Homem branco: (2,08 x AJ) + 59,01 Homem negro: (1,37 x AJ) + 95,79 Mulher branca: (1,91 x AJ) – (0,17 x I) + 75 Mulher negra: (1,96 x AJ) + 58,72Onde: I = Idade (anos); AJ = Altura do joelho (cm) 3.2. Índice de Massa Corporal (IMC): IMC = Peso Estatura² CLASSIFICAÇÃO DO IMC (Lipschitz, 1994) IMC (kg/m²) Classificação < 22,0 Magreza 22,0 a 27,0 Eutrofia > 27,0 Excesso de Peso 3.5. Circunferência do Braço (CB): É mensurada no ponto médio do braço, entre o acrômio e o olecrano. Pode ser utilizada como indicador de magreza ou de adiposidade. Tabela com Valores de Referência CB - MULHERES CB (cm) P10 P15 P25 P50 P75 P85 P90 60-69 anos 26,2 26,9 28,3 31,2 34,4 36,5 38,3 70-79 anos 25,4 26,1 27,4 30,1 33,1 35,1 36,7 > 80 anos 23,0 23,9 25,5 28,4 31,5 33,2 34,0 Tabela com Valores de Referência CB - HOMENS 60-69 anos 28,4 29,2 30,6 32,7 35,2 36,2 37,0 70-79 anos 27,5 28,2 29,3 31,3 33,4 35,1 36,1 > 80 anos 27,5 26,2 27,3 29,5 31,5 32,6 33,3 Nhanes III, 2006 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 26 Tabela com valores de referência para classificação da CB Percentil 0 a 5 Magreza Percentil 5 a 15 Abaixo da média Percentil 16 a 85 Média Percentil 86 a 95 Acima da média Percentil > 95 Gordura excessiva 3.5.1. % de Adequação da CB: Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 CB percentil 50 (ver na tabela) Classificação do Estado Nutricional pela CB Desnutrição Grave < 70% Desnutrição Moderada 70-80% Desnutrição Leve 80-90% Eutrofia 90-110% Sobrepeso 110-120% Obesidade > 120% 3.6. Circunferência Muscular do Braço (CMB): Estima reservas proteicas, reflete a perda muscular. Fórmula para cálculo da CMB CMB = CB – 3,14 x (DCT ÷ 10) Onde: CMB: circunferência muscular do braço; CB: circunferência do braço (cm), DCT: dobra cutânea tricipital (mm) Tabela com Valores de Referência CMB - MULHERES CMB (cm) P10 P15 P25 P50 P75 P85 P90 60-69 anos 20,6 21,1 21,9 23,5 25,4 26,6 27,4 70-79 anos 20,3 20,8 21,6 23,0 24,8 26,3 27,0 > 80 anos 19,3 20,0 20,9 22,6 24,5 25,4 26,0 Tabela com Valores de Referência CMB - HOMENS 60-69 anos 24,9 25,6 26,7 28,4 30,0 30,9 31,4 70-79 anos 24,4 24,8 25,6 27,2 28,9 30,0 30,5 > 80 anos 22,6 23,2 24,0 25,7 27,5 28,2 28,8 Nhanes III, 2006 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 27 Tabela com valores de referência para classificação da CMB Percentil < 10 Magro/ baixa reserva Percentil 25 a 75 Média Percentil > 90 Boa nutrição 3.6.1. % de Adequação da CMB: Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 CMB percentil 50 (ver na tabela) Classificação do Estado Nutricional pela CMB Desnutrição Grave < 70% Desnutrição Moderada 70-80% Desnutrição Leve 80-90% Eutrofia > 90% 3.7. Dobra Cutânea Tricipital (DCT): É utilizada para avaliação e monitoramento do estado nutricional. Tabela com Valores de Referência DCT - MULHERES DCT (cm) P10 P15 P25 P50 P75 P85 P90 60-69 anos 14,5 15,9 18,2 24,1 29,7 32,9 34,9 70-79 anos 12,5 14,0 16,4 21,8 27,7 30,6 32,1 > 80 anos 9,3 11,1 13,1 18,1 23,3 26,4 28,9 Tabela com Valores de Referência DCT - HOMENS 60-69 anos 7,7 8,5 10,1 12,7 17,1 20,2 23,1 70-79 anos 7,3 7,8 9,0 12,4 16,0 18,8 20,6 > 80 anos 6,6 7,6 8,7 11,2 13,8 16,2 18,0 Nhanes III, 2006 Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) x 100 DCT percentil 50 (ver na tabela) Classificação do Estado Nutricional pela DCT Desnutrição Grave < 70% Desnutrição Moderada 70-80% Desnutrição Leve 80-90% Eutrofia 90-110% Sobrepeso 110-120% Obesidade > 120% CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 28 3.8. Dobra Cutânea Subescapular (DCSubesc): É juntamente com a dobra cutânea tricipital, um parâmetro para avaliar desnutrição crônica em idosos. Tabela com Valores de Referência DCSubesc - MULHERES DCSubesc (cm) P5 P50 P95 65 anos 8,5 16,4 33,1 70 anos 7,9 15,8 32,5 75 anos 7,3 15,2 31,9 80 anos 6,7 14,6 31,3 Tabela com Valores de Referência DCSubesc - HOMENS 65 anos 11,2 20,0 35,7 70 anos 9,4 18,2 34,0 75 anos 7,7 16,4 32,2 80 anos 5,9 14,7 30,4 Chumlea, 1987 Tabela com valores de referência para classificação da DCSubesc Percentil < 5 Magreza Percentil 50 Média Percentil > 95 Gordura excessiva 3.9. Circunferência da Panturrilha: Melhor e mais sensível medida de massa muscular no idoso. Deve ser mensurada no perímetro de maior circunferência da panturrilha. Valor de Referência da Circunferência da Panturrilha Baixa reserva muscular: ≤ 34 cm para HOMENS Baixa reserva muscular: ≤ 33 cm para MULHERES Barboza, 2016. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 29 3.10. Circunferência da Cintura: Valor de referência para circunferência da cintura (NIH, 2000) Sexo Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Masculino ≥ 94 cm 102 cm Feminino ≥ 80 cm ≥ 88 cm 3.11. Relação cintura\quadril (RCQ): Sexo Risco (OMS, 1998) Masculino > 1,0 Feminino > 0,85 Classificação de riscos para saúde segundo RCQ (Bray & Gray, 1988) Gênero Idade Baixo Moderado Alto Muito alto Homens 60 a 69 < 0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 > 1,03 Mulheres 60 a 69 < 0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 > 0,90 3.12. Composição Corporal 3.12.1. Tabela de Durnin (1974) para predição do percentual de gordura corporal: Utiliza-se a soma das 4 dobras cutâneas (tríceps, bíceps, subescapular e suprailíaca). Para obtenção dos valores do % de Gordura corporal, consultar a Tabela de Durnin, página 15. Classificação do Estado Nutricional conforme % de Gordura Corporal Idade (anos) Desnutrição Eutrofia Pré Obesidade Obesidade Mulheres 20 - 39 < 21% 21 – 32,9 33 – 38,9 > 39% 40 - 59 < 23% 23 – 33,9 34 – 39,9 > 40% 60 - 79 < 24% 24 – 35,9 36 – 41,9 > 42% Homens 20 - 39 < 8% 8 – 19,9 20 – 24,9 > 25% 40 - 59 < 11% 11 – 21,9 22 – 27,9 > 28% 60 - 79 < 13% 13 – 24,9 25 – 29,9 > 30% CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 30 4.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PEDIATRIA (< 10 anos de idade) 4.1. Peso Atual: O peso de crianças de 0 a 23 meses deve ser aferido com balança do tipo pesa- bebê, mecânica ou eletrônica, que possui grande precisão, com divisões de 10 g e capacidade de até 16 kg. 4.2. Comprimento: Na faixa etária de 0 a 23 meses, a aferição do comprimento deve ser realizada com a criança deitada e com o auxílio de régua antropométrica sobre uma superfície plana. Para efetuar a leitura da medida, a criança deve estar completamente despida e descalça e o procedimento deve contar com a participação de dois examinadores (mãe e profissional). 4.3. Curvas de Crescimento: Os índices antropométricos mais amplamente usados, recomendados pela OMS e adotados pelo Ministério da Saúde para a avaliação do estado nutricional de crianças, são: - Peso para idade (P/I): Expressa a relação entre a massa corporal e a idade cronológica da criança. Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do ganho de peso e reflete a situação global da criança; - Peso para estatura (P/E): Este índice dispensa a informação da idade, expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e estatura. É utilizado tanto para identificar o emagrecimento da criança, como o excesso de peso. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 31 - Índice de Massa Corporal (IMC) para idade (IMC/I): expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura pela idade. É utilizado para identificar o excesso de peso entre crianças e tem a vantagemde ser um índice que será utilizado em outras fases do curso da vida. - Estatura para Idade (E/I): Expressa o crescimento linear da criança. Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (2009) recomenda-se a utilização das curvas P/I, P/E, E/I e IMC/I para crianças de 0 a 5 anos incompletos e P/I, E/I e IMC/I para crianças de 5 a 10 anos incompletos. Veja curvas de crescimento nos anexos, página 58. 4.4. Pontos de Corte para classificação nas curvas de crescimento: 4.4.1. Pontos de corte PESO PARA IDADE para crianças de 0 a 10 anos Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade ≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixo peso para a idade ≥ Escore-z -2 e Escore-z +2 Peso adequado para a idade > Escore-z +2 Peso elevado para a idade WHO, 1995; Brasil, 2002 4.4.2. Pontos de corte de PESO PARA ESTATURA para crianças de 0 a 5 anos Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional < Escore-z -3 Magreza acentuada ≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia > Escore-z +1 e ≤ Escore-z +2 Risco de sobrepeso > Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Sobrepeso > Escore-z +3 Obesidade WHO, 1995; Brasil, 2002; Brasil, 2005 4.4.3. Pontos de corte de IMC-PARA-IDADE para crianças menores de 5 anos Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional < Escore-z -3 Magreza acentuada ≥ Escore-z -3 e ≤ Escore-z -2 Magreza ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia > Escore-z +1 e ≤ Escore-z +2 Risco de sobrepeso > Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Sobrepeso > Escore-z +3 Obesidade WHO, 2006; WHO, 2007 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 32 4.4.4. Pontos de corte de IMC-PARA-IDADE para crianças dos 5 aos 10 anos Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional < Escore-z -3 Magreza acentuada ≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia > Escore-z +1 e ≤ Escore-z +2 Sobrepeso > Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Obesidade > Escore-z +3 Obesidade grave WHO, 2006; WHO, 2007 4.4.5. Pontos de corte de ESTATURA-PARA-IDADE para crianças de 0 a 10 anos Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional < Escore-z -3 Muito baixa estatura para idade ≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para idade ≥ Escore-z -2 Estatura adequada para idade WHO, 1995; Brasil, 2002 4.5. Circunferência do Braço (CB): É mensurada no ponto médio do braço, entre o acrômio e o olecrano. Utilizada em crianças de 1 a 5 anos, na ausência das medidas de peso e estatura. Ponto de corte da CB para eutrofia ≥ 12,5cm Anchieta, 2004 Percentis da CB (cm) de crianças (Frisancho, 1990) Meninos Meninas Idade P5 P50 P95 P5 P50 P95 1 – 1,9 14,2 16,0 18,2 13,6 15,7 17,8 2 – 2,9 14,3 16,3 18,6 14,2 16,1 18,5 3 – 3,9 15,0 16,8 19,0 14,4 16,6 19,0 4 – 4,9 15,1 17,1 19,3 14,8 17,0 19,5 5 – 5,9 15,5 17,5 20,5 15,2 17,5 21,0 6 – 6,9 15,8 18,0 22,8 15,7 17,8 22,0 7 – 7,9 16,1 18,7 22,9 16,4 18,6 23,3 8 – 8,9 16,5 19,2 24,0 16,7 19,5 25,1 9 – 9,9 17,5 20,1 26,0 17,6 20,6 26,7 10 – 10,9 18,1 21,1 27,9 17,8 21,2 27,3 Classificação da circunferência do braço < Percentil 5: indicador de distúrbios relacionados à desnutrição > Percentil 95: risco de doenças relacionadas ao excesso de peso CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 33 4.6. Perímetro Cefálico (PC): Avalia o crescimento cerebral, tendo maior importância nos primeiros 2 anos. 4.6.1. Classificação do Perímetro Cefálico: Também pode ser avaliado isoladamente na curva perímetro cefálica/idade. Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +2 Normalidade 4.7. Perímetro Torácico: Medido no maior diâmetro do tórax, em geral na altura dos mamilos, com a região torácica despida. 4.7.1. Classificação do Perímetro Torácico e Cefálico: Esta avaliação em conjunto é utilizada na classificação da desnutrição. Fórmula para classificação do Perímetro Torácico e Cefálico Perímetro Torácico Perímetro Cefálico Classificação do Estado Nutricional segundo Perímetro Torácico/Cefálico Idade Valor de Referência Classificação 0 – 6 meses = 1 Adequado 0 – 6 meses < 1 Desnutrição 6 meses – 5 anos > 1 Adequado 6 meses – 5 anos < 1 Desnutrição Malina, 1975; Formon, 1993 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 34 4.8. Circunferência da Cintura (CC): Medida na menor circunferência entre a crista ilíaca e a última costela. Utilizada para crianças acima de 5 anos. Percentis de Circunferência da Cintura para crianças (McCarthy, 2001) Percentis Sexo Idade 5 10 25 50 75 90 95 Meninos 5 46,8 47,7 49,3 51,3 53,5 55,6 57,0 6 47,2 48,2 50,7 52,2 54,6 57,1 58,7 7 47,9 48,9 50,9 53,3 56,1 58,8 60,7 8 48,7 49,9 52,1 54,7 57,8 60,9 62,9 9 49,7 51,0 53,4 56,4 59,7 63,2 65,4 10 50,8 52,3 55,0 58,2 61,9 65,6 67,9 Meninas 5 45,4 46,3 48,1 50,3 52,8 55,4 57,2 6 46,3 47,3 49,2 51,5 54,2 57,0 58,9 7 47,4 48,4 50,3 52,7 55,6 58,7 60,8 8 48,5 49,6 51,5 54,1 57,1 60,4 62,7 9 49,5 50,6 52,7 55,3 58,5 62,0 64,5 10 50,7 51,8 53,9 56,7 60,0 63,6 66,2 Classificação da Circunferência da Cintura > P90 indica: RISCO para desenvolver alterações lipídicas, cardiovasculares e hipertensão arterial 4.9. Dobra cutânea tricipital CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 35 Percentis da DCT (mm) de crianças (NCHS, 1976-1980) Idade Meninos Meninas P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95 1 6,5 7,5 10,0 13,0 16,0 6,0 7,5 10,5 12,5 16,5 2 6,0 7,0 10,0 13,0 15,5 6,0 7,5 10,5 13,5 16,0 3 6,5 7,5 9,5 12,5 15,0 6,0 7,0 10,0 13,5 16,5 4 6,0 7,0 9,0 12,0 15,0 6,0 7,5 10,0 12,5 15,5 5 5,5 6,5 8,0 11,5 15,0 6,0 7,5 10,5 13,0 16,0 6 5,0 6,0 8,0 12,0 14,5 6,0 7,5 10,0 14,0 18,5 7 5,0 6,0 8,5 12,0 17,5 6,0 7,5 10,5 14,5 20,0 8 5,5 6,0 9,0 16,5 17,5 6,0 7,0 11,0 15,0 21,0 9 5,0 6,0 9,0 16,0 22,0 7,0 8,5 13,0 16,0 27,0 10 5,0 6,5 11,0 20,0 23,0 7,0 8,0 13,5 20,0 24,5 Classificação da dobra cutânea tricipital Entre P5 e P15: risco de desnutrição Entre P85 e P95: risco de obesidade 4.9. Dobra cutânea subescapular Percentis da DCSubesc (mm) de crianças (NCHS, 1976-1980) Idade Meninos Meninas P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95 1 4,0 5,0 6,5 8,0 10,5 4,0 5,0 6,5 8,5 10,5 2 3,5 4,0 5,5 7,5 10,0 4,0 4,5 6,0 8,5 11,0 3 4,0 4,0 5,5 7,0 9,0 3,5 4,5 6,0 8,0 11,0 4 3,5 4,0 5,0 7,0 9,0 3,5 4,5 5,5 8,0 10,5 5 3,0 4,0 5,0 6,5 8,0 4,0 4,5 5,5 8,0 12,0 6 3,5 4,0 5,0 8,0 16,0 4,0 4,0 6,0 9,0 14,0 7 3,5 4,0 5,0 7,0 11,5 3,5 4,0 6,0 9,0 16,5 8 3,5 4,0 5,0 8,0 21,0 3,5 4,5 6,0 10,5 15,0 9 3,5 4,0 6,0 10,0 15,0 4,0 5,0 7,0 13,0 29,0 10 4,0 4,5 6,0 11,5 22,0 4,5 5,0 8,0 18,0 23,0 Classificação da dobra cutânea subescapular Entre P5 e P15: risco de desnutrição Entre P85 e P95: risco de obesidade CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 36 5.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ADOLESCENTE (10 aos 19 anos) 5.1. Estágios de maturação sexual: Os estágios de maturação sexual são denominados como estágios de TANNER. O estadiamento é realizado pela avaliação das mamas e dos pelos púbicos, no sexo feminino, e dos genitais e pelos púbicos, no sexo masculino. Características dos estágios de maturação sexual Estágios Pelos Pubianos (ambos os sexos) P1 Ausência de pelos pubianos. Pode haver uma leve penugem semelhante à observada na parede abdominal. P2 Aparecimento de pelos longos e finos, levemente pigmentados, lisos ou pouco encaracolados, principalmente na base do pênis ou ao longo dos grandes lábios. P3 Maior quantidade de pelos, agora mais grossos, escuros e encaracolados, espalhando-se esparsamente pela sínfise púbica. P4 Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a regiãopúbica, mas ainda sem atingir a face interna das coxas. P5 Pilosidade pubiana igual a do adulto, em quantidade e distribuição, invadindo a face interna das coxas. Genitais (sexo masculino) G1 Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções infantis. G2 Aumento inicial do volume testicular. Pele escrotal muda de textura e torna-se avermelhada. Aumento do pênis mínimo ou ausente. G3 Crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior crescimento dos testículos e escroto. G4 Continua crescimento peniano, agora principalmente em diâmetro, e com maior desenvolvimento da glande. Maior crescimento dos testículos e do escroto, cuja pele se torna mais pigmentada. G5 Desenvolvimento completo da genitália, que assume tamanho e forma adulta. Mamas (sexo feminino) M1 Mama infantil, com elevação somente da papila. M2 Broto mamário: aumento inicial da glândula mamária, com elevação da aréola e papila, formando uma pequena saliência. Aumenta o diâmetro da aréola, e modifica-se sua textura. M3 Maior aumento da mama e da aréola, mas sem separação de seus contornos. M4 Maior crescimento da mama e da aréola, sendo que esta agora forma uma segunda saliência acima do contorno da mama. M5 Mamas com aspecto adulto. O contorno areolar novamente incorporado ao contorno da mama. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 37 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 38 A avaliação antropométrica é realizada através do peso atual, estatura e IMC, com classificação nas curvas de crescimento. 5.2. Curvas de Crescimento: Na avaliação antropométrica do paciente adolescente, utilizam-se as curvas Índice de Massa Corporal (IMC) para idade (IMC/I) e Estatura para Idade (E/I). Veja curvas de crescimento nos anexos, página 58. 5.3. Pontos de Corte para classificação nas curvas de crescimento: 5.3.1. Pontos de corte de IMC-PARA-IDADE para adolescentes Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional < Escore-z -3 Magreza acentuada ≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza ≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia ≥ Escore-z +1 e < Escore-z +2 Sobrepeso ≥ Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Obesidade > Escore-z +3 Obesidade grave WHO, 2007 5.3.2. Pontos de corte de ESTATURA-PARA-IDADE para adolescentes Ponto de Corte Diagnóstico Nutricional < Escore-z -3 Muito baixa estatura para idade ≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para idade ≥ Escore-z -2 Estatura adequada para idade WHO, 2007 5.4. Percentual de gordura corporal: É aferido após a medição das dobras cutâneas do tríceps e subescapular. Fórmula para cálculo do % do Gordura Corporal em Adolescentes (Slaughter et al, 1988) Meninos (raça branca) Pré-púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² - 1,7 Púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² - 3,4 Pós-púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² - 5,5 Meninos (raça negra) Pré-púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² – 3,2 Púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² – 5,2 Pós-púberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)² – 6,8 Todas as meninas 1,33 (tricipital+subescapular) - 0,013 (tricipital+subescapular)² – 2,5 Se a soma das duas dobras cutâneas for maior que 35mm Homens: 0,783 (tricipital+subescapular) + 1,6 Mulheres: 0,546 (tricipital+subescapular) + 9,7 Obs: Tríceps: mm; Subescapular: mm Pré-púberes: estágio de 1 e 2 de Tanner Púberes: estágio 3 de Tanner Pós-púberes: estágio 4 e 5 Tanner CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 39 5.4.1. Classificação do estado nutricional segundo o percentual de gordura corporal: Classificação % Gordura Corporal Meninos 7-17 anos % Gordura Corporal Meninas 7-17 anos Excessivamente baixa Até 6% Até 12% Baixa 6 – 10% 12 – 15% Adequada 10 – 20% 15 – 25% Moderadamente alta 20 – 25% 25 – 30% Alta 25 – 31% 30 – 36% Excessivamente alta > 31% > 36% 5.5. Circunferência da Cintura (CC): Medida na menor circunferência entre a crista ilíaca e a última costela. Percentis de Circunferência da Cintura para adolescentes (McCarthy, 2001) Percentis Sexo Idade 5 10 25 50 75 90 95 Meninos 11 51,9 53,6 56,6 60,2 64,1 67,9 70,4 12 53,1 55,0 58,4 62,3 66,4 70,4 72,9 13 54,8 56,9 60,4 64,6 69,0 73,1 75,7 14 56,9 59,2 62,6 67,0 71,6 76,1 78,9 15 59,0 61,1 64,8 69,3 74,2 79,0 82,0 16 61,2 63,3 67,0 71,6 76,7 81,8 85,2 Meninas 11 52,0 53,2 55,4 58,2 61,6 65,4 68,1 12 53,6 54,8 57,1 60,0 63,5 67,3 70,5 13 55,2 56,4 58,7 61,7 65,3 69,1 71,8 14 56,5 57,8 60,2 63,2 66,8 70,6 73,2 15 57,6 58,9 61,3 64,4 67,9 71,7 74,3 16 58,4 59,8 62,2 65,3 68,8 72,6 75,1 Classificação da Circunferência da Cintura > P90 indica: RISCO para desenvolver alterações lipídicas, cardiovasculares e hipertensão arterial 5.6. Dobra cutânea tricipital Percentis da DCT (mm) de adolescentes (NCHS, 1976-1980) Idade Meninos Meninas P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95 11 4,5 6,0 10,5 22,0 26,0 8,0 9,0 14,0 21,0 29,5 12 5,0 6,0 11,0 18,0 30,0 7,5 9,0 13,5 21,5 27,0 13 5,0 6,0 9,0 16,5 26,5 6,0 9,0 15,0 21,5 30,0 14 4,0 5,5 9,0 15,0 22,5 8,0 10,5 17,0 22,0 32,0 15 5,0 6,0 7,5 14,5 23,0 8,5 10,0 16,5 25,0 32,1 16 4,5 5,5 8,0 18,5 22,0 11,0 12,0 18,0 24,5 33,1 17 4,0 5,0 7,0 12,5 25,5 9,5 11,5 20,0 27,0 34,5 18 4,0 6,0 9,5 17,5 18,0 11,0 12,5 18,0 26,5 35,0 19 5,0 6,5 9,0 16,0 22,5 10,5 13,0 19,0 27,0 33,5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 40 Classificação da dobra cutânea tricipital Entre P5 e P15: risco de desnutrição Entre P85 e P95: risco de obesidade 5.7. Dobra cutânea subescapular Percentis da DCSubesc (mm) de adolescentes (NCHS, 1976-1980) Idade Meninos Meninas P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95 11 4,0 4,5 6,5 17,5 31,0 4,5 5,5 8,0 17,0 29,0 12 4,0 4,5 6,5 15,5 22,5 5,0 6,0 9,0 17,0 29, 13 4,0 5,0 7,0 13,0 24,0 4,5 6,0 9,5 17,5 29,0 14 4,5 5,5 7,0 12,0 20,0 6,0 7,0 10,5 22,0 31,0 15 5,0 6,0 7,5 12,0 24,5 6,0 7,5 10,5 20,5 27,5 16 5,0 6,5 9,0 14,5 25,0 6,5 8,5 12,0 26,0 36,6 17 5,5 6,5 8,5 14,0 20,5 6,5 8,0 13,0 29,0 37,0 18 6,0 7,0 10,0 16,0 24,0 7,0 8,0 13,0 27,5 34,5 19 7,0 7,5 10,5 16,5 29,0 7,0 8,5 13,0 26,5 35,5 Classificação da dobra cutânea subescapular Entre P5 e P15: risco de desnutrição Entre P85 e P95: risco de obesidade 5.8. Circunferência do braço (CB): É mensurada no ponto médio do braço, entre o acrômio e o olecrano. Percentis da CB (cm) de adolescentes (Frisancho, 1990) Meninos Meninas Idade P5 P50 P95 P5 P50 P95 11-11,9 18,5 22,1 29,4 18,8 22,2 30,0 12-12,9 19,3 23,1 30,3 19,2 23,7 30,2 13-13,9 20,0 24,5 30,8 20,1 24,3 32,7 14-14,9 21,6 25,7 32,3 21,2 25,1 32,9 15-15,9 22,5 27,2 32,7 21,6 25,2 32,2 16-16,9 24,1 28,3 34,7 22,3 26,1 33,5 17-17,9 24,3 28,6 34,7 22,0 26,6 35,4 18-18,9 26,0 30,7 37,2 22,4 26,8 35,2 Classificação da circunferência do braço < Percentil 5: indicador de distúrbios relacionados à desnutrição > Percentil 95: risco de doenças relacionadas ao excesso de peso CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 41 6.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE A avaliação antropométrica é realizada com a medida de peso pré-gestacional, peso atual, IMC e estatura. 6.1. Índice de Massa Corporal (IMC) Pré-Gestacional: IMC Pré-gestacional = Peso Pré-gestacional Estatura ² CLASSIFICAÇÃO DO IMC (IOM, 1992) IMC (kg/m²) Classificação < 19,8 Baixo Peso 19,8 a 26,0 Eutrofia 26,0 a 29,0 Sobrepeso > 29,0 ObesidadeObservação: Gestantes adolescentes devem ser avaliadas conforme a curva IMC/Idade. 6.2. Programação do ganho de peso Tabela com recomendação de ganho ponderal segundo IMC Pré-gestacional (IOM, 1990; WHO, 1995) IMC pré-gestacional Ganho de peso total na gestação Ganho de peso 1° trimestre Ganho de peso semanal médio 2° e 3° trimestre < 19,8kg/m² (baixo peso) 12,5 a 18kg 2,3kg 500g/semana a partir do 2° trimestre 19,8 – 26,0 kg/m² (eutrofia) 11,5 a 16kg 1,6kg 400g/semana a partir do 2° trimestre 26 – 29,0 kg/m² (sobrepeso) 7,0 a 11,5kg 0,9kg 300g/semana a partir do 2° trimestre > 29kg/m² (obesidade) 7,0kg - 300g/semana a partir do 2° trimestre Tabela com recomendação de ganho ponderal segundo IMC Pré-gestacional – gestação gemelar ou múltipla (Luke, 2005) Idade Gestacional IMC Baixo peso IMC Eutrofia IMC Sobrepeso IMC Obesidade 0 a 20 semanas 560 a 790g/ semana 450 a 680g/ semana 450 a 560g/ semana 340 a 450g/ semana 20 a 28 semanas 680 a 790g/ semana 560 a 790g/ semana 450 a 680g/ semana 340 a 560g/ semana CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 42 > 28 semanas 560g/ semana 450g/ semana 450g/ semana 340g/ semana Ganho de peso total 22,5-27,9kg 18-24,3kg 17,1-21,2kg 13-17,1kg 6.3. Circunferência Muscular do Braço (CMB): Estima reservas proteicas, reflete a perda muscular. Fórmula para cálculo da CMB CMB = CB – 3,14 x (DCT ÷ 10) Onde: CMB: circunferência muscular do braço; CB: circunferência do braço (cm), DCT: dobra cutânea tricipital (mm) Para obtenção dos valores da CMB, ver tabela página 21. Tabela com valores de referência para classificação da Circunferência Muscular do Braço Percentil < 5 Magro/ baixa reserva muscular Percentil 5 a 15 Abaixo da média/ risco para déficit Percentil 16 a 85 Média Percentil 86 a 95 Acima da média Percentil > 95 Boa nutrição 6.3.1. % de Adequação da CMB: Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 CMB percentil 50 (ver na tabela) Classificação do Estado Nutricional pela CMB Desnutrição Grave < 70% Desnutrição Moderada 70-80% Desnutrição Leve 80-90% Eutrofia > 90% 6.4. IMC x Idade Gestacional O acompanhamento do Estado Nutricional da gestante é realizado através da tabela IMC x Idade gestacional e também com a curva de IMC x Idade gestacional. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 43 6.4.1. Tabela IMC x Semana Gestacional: Tabela IMC x Semana Gestacional (SISVAN, 2011) Semana Gestacional Baixo Peso IMC ≤ Adequado IMC entre Sobrepeso IMC entre Obesidade IMC ≥ 6 19,9 20,0 - 24,9 25,0 - 30,0 30,1 7 20,0 20,1 - 25,0 25,1 - 30,1 30,2 8 20,1 20,2 - 25,0 25,1 - 30,1 30,2 9 20,2 20,3 - 25,1 25,2 - 30,2 30,3 10 20,2 20,3 - 25,2 25,3 - 30,2 30,3 11 20,3 20,4 - 25,3 25,4 - 30,3 30,4 12 20,4 20,5 - 25,4 25,5 - 30,3 30,4 13 20,6 20,7 - 25,6 25,7 - 30,4 30,5 14 20,7 20,8 - 25,7 25,8 - 30,5 30,6 15 20,8 20,9 - 25,8 25,9 - 30,6 30,7 16 21,0 21,1 - 25,9 26,0 - 30,7 30,8 17 21,1 21,2 - 26,0 26,1 - 30,8 30,9 18 21,2 21,3 - 26,1 26,2 - 30,9 31,0 19 21,4 21,5 - 26,2 26,3 - 30,9 31,0 20 21,5 21,6 - 26,3 26,4 - 31,0 31,1 21 21,7 21,8 - 26,4 26,5 - 31,1 31,2 22 21,8 21,9 - 26,6 26,7 - 31,2 31,3 23 22,0 22,1 - 26,8 26,9 - 31,3 31,4 24 22,2 22,3 - 26,9 27,0 - 31,5 31,6 25 22,4 22,5 - 27,0 27,1 - 31,6 31,7 26 22,6 22,7 - 27,2 27,3 - 31,7 31,8 27 22,7 22,8 - 27,3 27,4 - 31,8 31,9 28 22,9 23,0 - 27,5 27,6 - 31,9 32,0 29 23,1 23,2 - 27,6 27,7 - 32,0 32,1 30 23,3 23,4 - 27,8 27,9 - 32,1 32,2 31 23,4 23,5 - 27,9 28,0 - 32,2 32,3 32 23,6 23,7 - 28,0 28,1 - 32,3 32,4 33 23,8 23,9 - 28,1 28,2 - 32,4 32,5 34 23,9 24,0 - 28,3 28,4 - 32,5 32,6 35 24,1 24,2 - 28,4 28,5 - 32,6 32,7 36 24,2 24,3 - 28,5 28,6 - 32,7 32,8 37 24,3 24,5 - 28,7 28,8 - 32,8 32,9 38 24,5 24,6 - 28,8 28,9 - 32,9 33,0 39 24,7 24,8 - 28,9 29,0 - 33,0 33,1 40 24,9 25,0 - 29,1 29,2 - 33,1 33,2 41 25,0 25,1 - 29,2 29,3 - 33,2 33,3 42 25,0 25,1 - 29,2 29,3 - 33,2 33,3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 44 6.4.2. Curva IMC x Semana Gestacional (MS, 2005): CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 45 7.0. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO ATLETA 7.1. Peso da Gordura Corporal Fórmula para cálculo da gordura corporal (kg) Peso da gordura corporal = (% de gordura corporal x Peso atual) /100 7.2. Percentual de Gordura Corporal 7.2.1. Fórmula para predição do percentual de gordura corporal em atletas adultos (SEXO MASCULINO: Protocolo de Faulkner, 1968 %Gordura Corporal = [5,783 + 0,153 (DCTricipital + DCSubescapular + DCSuprailíaca + DCAbdominal)] Thorland et al., 1984 Deve ser aplicada a: atletas jovens (atletismo, ginástica, mergulho e luta) DENSIDADE CORPORAL = 1,1091 – 0,00052 x (tríceps + subescapular + axilar média + suprailíaca + abdominal + coxa + panturrilha medial) + 0,00000032 x (tríceps + subescapular + axilar média + suprailíaca + abdominal + coxa + panturrilha medial)2 7.2.2. Fórmula para predição do percentual de gordura corporal em atletas adultos (SEXO FEMINO: Thorland et al., 1984 Deve ser aplicada em atletas jovens (atletismo, ginástica, mergulho e luta) DENSIDADE CORPORAL = 1,1046 – 0,00059 x (tríceps + subescapular + axilar média + suprailíaca + abdominal + coxa + panturrilha medial) + 0,0000006 x (tríceps + subescapular + axilar média + suprailíaca + abdominal + coxa + panturrilha medial)2 Withers, Craig, Bourdon e Norton, 1987 Deve ser aplicada a: atletas de alto nível de 15 a 39 anos (badminton, basquetebol, ciclismo, hóquei de campo, lacrosse, futebol americano, ginástica, levantamento de peso, futebol, squash, natação, atletismo e voleibol) DENSIDADE CORPORAL = 1,0988 – 0,0004 x (tríceps + subescapular + bíceps + supraespinal + abdominal + coxa + panturrilha medial) CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 46 Withers et al.,1987 Deve ser aplicada a: atletas de alto nível de 11 a 41 anos (badminton, basquetebol, hóquei, squash, ginástica, levantamento de peso, remo, atletismo, futebol, softbol e voleibol) DENSIDADE CORPORAL = 1,17484 – 0,07229 x log10 (tríceps + subescapular + supraespinal + panturrilha medial) 7.2.3. Fórmula para predição do percentual de gordura corporal em atletas crianças e adolescentes: Utilizar fórmulas para cálculo do % de gordura corporal página 32 e 33. 7.2.4. Equação para conversão de Densidade Corporal em % de Gordura: Equação de Siri (1961) %G = [(4,95/D) – 4,50] x 100 7.3. Peso ideal Fórmula para cálculo do peso ideal (kg) Peso ideal = (peso atual – peso da gordura corporal) x constante 7.3.1. Constantes para cálculo do peso ideal Constantes para cálculo do peso ideal NADADORES = 1,09 FUTEBOLISTAS = 1,12 DEMAIS ESPORTES E MULHERES = 1,14 7.4. Peso de Massa Livre de Gordura Fórmula para cálculo do peso de massa livre de gordura (kg) Peso de massa livre de gordura = Peso atual – peso da gordura corporal 7.5. Peso da Gordura Ideal Fórmula para cálculo da gordura ideal (kg) Peso da gordura ideal = (% de gordura ideal (ver nas tabelas de referência) x peso atual) /100 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 47 7.6. Reajuste do Peso Corporal Fórmula para reajuste de peso (kg) Reajuste do peso corporal = peso da gordura atual – peso da gordura ideal 7.7. Classificação do Percentual de Gordura Corporal Tabela com valores de referência para classificação do Percentual de Gordura Corporal em Atletas Adultos SEXO MASCULINOEssencial 3% Recomendado para corredores de longa distância, lutadores, ginastas, jogador de basquete, futebol, tênis, nadadores e fisiculturistas 5 - 10% Recomendado para jogadores de basebol, levantadores de peso 11 – 15% Recomendado para saúde e aptidão física 15 – 18% Excesso > 20% SEXO FEMININO Essencial 12% Recomendado para ginastas, dançarinas de balé, corredoras de longa distância 12 - 15% Recomendado para demais modalidades esportivas 15 – 20% Recomendado para saúde e aptidão física 18 – 23% Excesso > 30% Storlie, 1991. Tabela com valores de referência para classificação do Percentual de Gordura Corporal em Atletas Crianças e Adolescentes % Meninos 7-17 anos % Meninas 7-17 anos Excessivamente baixa Até 6% Até 12% Baixa 6 – 10% 12 – 15% Adequada 10 – 20% 15 – 25% Moderadamente alta 20 – 25% 25 – 30% Alta 25 – 31% 30 – 36% Excessivamente alta > 31% 36% CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 48 8.0. AVALIAÇÃO LABORATORIAL EXAME VALOR DE REFERÊNCIA CAUSA/ SIGNIFICADO Colesterol total ADULTOS: Desejável: < 190mg/dL CRIANÇAS (1 a 2 anos): 45 – 182mg/dL CRIANÇAS E ADOLESCENTES (2- 19 a): Desejável: < 170mg/dL Limítrofe: 170 – 199mg/dL Elevado: > 200mg/dL GESTANTES: Desejável: 180 – 280mg/dL ADULTOS: Desnutrido leve: 140 – 180mg/dL Desnutrido moderado: 100 – 139mg/dL Desnutrido grave: < 100mg/dL Risco para doença coronariana HDL Colesterol ADULTOS Desejável: > 40mg/dL Crianças (< 10 anos): Ideal > 40mg/dL Crianças e adolescentes (10-19 a): Ideal > 35mg/dL Risco para doença coronariana LDL Colesterol ADULTOS*: Baixo: <130 mg/dL Intermediário: <100 mg/dL Alto: <70 mg/dL Muito alto: <50 mg/dL MENINOS (1 a 2 anos): 60 – 140mg/dL MENINAS (1 a 2 anos): 60 – 150mg/dL CRIANÇAS E ADOLESCENTES (2- 19 a): Desejável: < 110mg/dL Limítrofe: 110 – 129mg/dL Elevado: > 130mg/dL * Valores desejáveis definidos de acordo com o risco cardiovascular Risco para doença coronariana Colesterol não-HDL ADULTOS: Baixo: <160 mg/dL Intermediário: <130 mg/dL Alto: <100 mg/dL Muito alto: <80 mg/dL * Valores desejáveis definidos de acordo com o risco cardiovascular Índice de risco I de Castelli Relação Colesterol T / HDL col Baixo risco para homens: < 5,1 Baixo risco para mulheres: < 4,4 Alto risco para homens: > 5,8 Alto risco para mulheres: > 5,3 Risco para doença coronariana Índice de risco II de Castelli Relação LDL col / HDL col Baixo risco para homens: < 3,3 Baixo risco para mulheres: < 2,9 Alto risco para homens: > 3,8 Alto risco para mulheres: > 3,5 Risco para doença coronariana CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 49 Triglicerídeos ADULTOS: Desejável (jejum) <150 mg/dL Desejável (sem jejum) <175 mg/dL Crianças e adolescentes (2 a 19a) Desejável: < 100mg/dL Limítrofe: 100 – 129mg/dL Elevado: > 130mg/dL GESTANTES: Desejável: < 260mg/dL Risco para doença coronariana Glicemia TODAS FAIXAS ETÁRIAS: Normal em jejum: 70 – 100mg/dL Normal após TOTG: < 140mg/dL GESTANTES: Normal em jejum: < 92mg/Dl (reavaliar 2° tri) Glicemia jejum alterada: > 100 - < 126mg/dL Tolerância à glicose diminuída após TOTG: ≥ 140 - < 200mg/dL DM: > 126mg/dL em jejum, ≥ 200mg/dL após TOTG ≥ 200mg/dL com sintomas casual DM GESTACIONAL: > 92mg/dL em jejum > 180mg/dL após 1 hora > 153mg/dL após 2 horas Insulina Plasmática ADULTOS: 2,5 a 25UI/mL Insulinoma, hipoglicemia reativa após ingestão de glicose, síndrome autoimune de insulina, diabetes melito leve não tratado em obesos. Diabetes melito grave associada a cetose e perda ponderal. Hemoglobina glicada/ glicosilada ADULTOS: Normal: 4,0 – 6,4 % DM: > 6,5% Albumina ADULTOS: Normal: > 3,5 – 5,0 g /dL Depleção leve: 3,0 – 3,5g /dL Depleção moderada: 2,4 – 2,9g /dL Depleção grave: < 2,4g /dL Crianças < 5 anos: Normal: 3,9 – 5,0g/dL Crianças e adolescents (5 a 19a): Normal: 4,0 – 5,3g/dL na desidratação em edema, doença hepática, má absorção, diarreia, desnutrição, estresse metabólico, gravidez Transferrina ADULTOS E CRIANÇAS: Normal: > 200mg% 150 – 200mg%: depleção leve 100 – 150mg%: depleção moderada < 100mg%: depleção grave Pré albumina ADULTOS: Normal: 15,1 – 42,0 mg/dL Crianças: Normal: 19,0 – 43,0mg/dL Depleção leve: 10 - 15 mg /dL Depleção moderada: 5 - 9,9 mg/dL Depleção grave: < 5 mg /dL Crianças: Igual adultos CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 50 Proteína transportadora de retinol ADULTOS: Normal: 3-5mEq/dL < 3 mEq/dL: desnutrição Ureia ADULTOS: 10 - 45mg/Dl Crianças e adolescentes (1 a 13a): 11 – 36mg/dL Adolescentes (14 a 19a): 18 – 45mg/dL IR, desidratação, gota crônica, ingestão/ catabolismo proteico excessivo insuf. hepática, desnutrição, má absorção, hiper-hidratação. Creatinina Adultos: 0,8 – 1,2mg/dL Gestantes: < 1,0mg/dL Crianças: 0,3 – 1,0mg/dL Adolescentes: 0,5 – 1,0mg/dL na LRA e DRC, dano muscular na gestação Taxa de filtração glomerular (TFG) Adultos saudáveis: 90 – 120 ml/minute Fórmula: (140 x Idade) x peso x 0,85M ou 1,0H 72 x creatinina 89 – 60ml/min: TFG levemente diminuída 59 – 30ml/min: TFG moderadamente diminuída 15 – 29ml/min: TFG severamente diminuída < 15ml/min: Insuficiência renal (diálise) Potássio (K) Adultos: 3,5 – 5,2 mEq/L Crianças: (1 a 18 anos): 3,4 – 4,7 mEq/L (hipercalemia) na IR (hipocalemia) na perda GI (drenagem nasogástrica, vômitos, diarreia), má absorção, diurético depletor de K, doença hepática c/ ascite. Sódio (Na) Adultos: 136 – 148mEq/L Crianças (1 a 16 anos): 138 – 145mEq/L (hipernatremia) na desidratação e ingestão hídrica baixa, uso de diuréticos, IR. (hiponatremia) em edema, queimaduras severas, vômito/diarréia, diuréticos, hipotireoidismo, privação alimentar prolongada, hiperglicemia, má absorção. Ácido Úrico ADULTOS: 2,6 – 7,2 mg/dL na IR, gota. c/ drogas antigota, dieta pobre purinas Amônia ADULTOS: 40-80mg/dl na doença hepática ou coma (cirrose ou hepatite severa, dieta hiperprotéica. TGO/ AST ADULTOS Homens: 10 – 34 U/L Mulheres: 10 – 30 U/L na injúria/ morte celular (IAM), cirrose aguda, hepatite, alcoolismo. TGP/ ALT ADULTOS Homens: 10 – 44 U/L Mulheres: 10 – 30 U/L na hepatite, icterícia, cirrose, câncer hepático, IAM. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 51 Fosfatase Alcalina (FAL) Mulheres (1 - 12 anos): < 500 U/L Mulheres (>15 anos): 40 – 150 U/L Homens(1 - 12 anos): < 500 U/L Homens(12 - 15 anos): < 750 U/L Acima de 20 anos: 40 – 150 U/L na doença hepática GGT ADULTOS: Homens: 12 – 64 U/L Mulheres: 9 – 36 U/L na doença hepática, hepatotoxidade, obstrução do trato bilar, alcoolismo. Hematócrito Homens adultos: 40 - 54% Mulheres adultas: 37 - 47% Gestantes: 33 – 44% na desidratação, choque. na anemia, perda sanguínea, leucemia, hiper- hidratação. Hemoglobina Homens adultos: 13,0 – 18,0 g/dL Mulheres adultas: 12,0 – 16,0g/dL Gestantes: 11,0 – 14,0g/dL em queimaduras severas, insuf.cardíaca, desidratação. na anemia, doenças sistêmicas (leucemia, lúpus, doença de Hodgkin). VCM (Volume Corpuscular Médio) ADULTOS: 80 a 100fl CRIANÇAS E ADOLESCENTES: 6 meses a 2 anos: 70 a 86fL 6 a 12 anos: 77 a 95fL 12 a 18 anos: Meninos:78 a 98fL Meninas: 78 a 102fL Anemia macrocítica Anemia microcítica *O VCM pode apresentar-se normal, porém onº de células e o conteúdo de hemoglobina estão diminuídos (anemia normocítica). HCM (Hemoglobina Corpuscular Média) ADULTOS: 27 a 32pg CRIANÇAS E ADOLESCENTES: 6 meses a 2 anos: 23 a 31pg 6 a 12 anos: 25 a 33pg 12 a 18 anos: 25 a 35pg Hipocromia nas hemácias Leucócitos ADULTOS: 4.000 – 10.000 mm3 (leucocitose) na leucemia, infecção bacteriana. (leucopenia) em algumas infecções virais, quimioterapia, radiação. Plaquetas ADULTOS: 150.000 – 450.000 µ L Amilase ADULTOS: 35-115U/l na pancreatite aguda, intoxicação por álcool dano hepático, insuf. pancreática. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 52 9.0. SINAIS VITAIS 9.1. Pressão Arterial (PA): Hipertensão Arterial em Adultos: Diretrizes para a Prevenção, Detecção, Avaliação e Manejo (2017) Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg) Normal <120 e <80 Elevado 120–129 e <80 HIPERTENSÃO Estágio 1 130–139 ou 80–89 mm Hg Estágio 2 ≥140 ou ≥90 9.2. Temperatura Tabela com valores de temperatura corporal e sua classificação Hipotérmico < que 36ºC Normotérmico 36ºC - 37,2ºC Febrícula 37,3ºC - 37,5ºC Febre > 37,6ºC 9.3. Frequência Cardíaca Tabela com valores de frequência cardíaca e sua classificação Normocárdico adultos 60 a 100 bpm Normocárdico pediatria 80 a 120 bpm Normocárdico adolescentes 80 a 100 bpm Bradicárdico adultos < 60 bpm Taquicárdico adultos >100 bpm Onde: bpm - batimentos por minuto CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 53 9.4. Frequência Respiratória Tabela com valores de frequência respiratória e sua classificação Eupnéico adultos 16 a 20 ipm Bradipnéico adultos < 16 ipm Taquipnéico adultos > 20 ipm Onde: ipm - incursões por minuto CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 54 10. REQUERIMENTO ENERGÉTICO 10.1. Gasto Energético Basal (GEB) e Taxa de Metabolismo Basal (TMB): GEB ➔ Energia dispendida para a manutenção dos processos corporais vitais em 24h: respiração, circulação, atividade glandular. Energia utilizada em repouso. Representa 60-75% do gasto energético total de pessoas saudáveis com vida sedentária. TMB ➔Expressa o gasto energético basal medido em Kcal. GET (Gasto Energético Total) ➔ Corresponde à energia requerida pelo indivíduo em 24h (GEB + atividade física + fator térmico). 10.2. Fórmula de Harris & Benedict: fórmula utilizada para o cálculo do GEB para pacientes adultos hospitalizados. GET = TMB x FA x FT x FI Onde: TMB – Taxa de Metabolismo Basal; FA – Fator Atividade; FT – Fator Injúria; FT – Fator Térmico Cálculo do GEB HOMEM = 66,5 + [(13,8 x peso) + (5,0 x estatura) – (6,8 x idade)] MULHER = 665,1 + [(9,6 x peso) + (1,9 x estatura) – (4,7 x idade) ] Onde: Peso atual em Kg; Estatura em cm; Idade em anos. Fator Atividade Acamado: 1,2 Acamado + móvel: 1,25 Ambulante: 1,3 Fator Térmico Sem febre: 1,0 38°C: 1,1 39°C: 1,2 40°C: 1,3 41°C: 1,4 Fator Injúria Jejum: 0,85-1,0 Sepse: 1,3 Politrauma (reabilitação): 1,5 Paciente não complicado: 1,0 Fratura: 1,2 Politrauma + sepse: 1,6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 55 Pós-operatório de câncer: 1,1 IRA: 1,3 Queimadura (até 20%): 1,0-1,5 Pequena cirurgia: 1,0 - 1,1 Doenças crônicas: 1,4 – 2,1 Infecção leve: 1,0 – 1,2 Câncer: 1,0 – 1,45 Queimadura (30-50%): 1,7 Infecção moderada: 1,2 – 1,4 Peritonite: 1,4 Queimadura (50-70%): 1,8 Infecção severa: 1,4 – 1,8 DPOC: 1,4 – 1,7 Queimadura (70-90%): 2,0 10.3. Fórmula FAO/OMS (1985): fórmula utilizada para o cálculo do GEB para crianças e adultos saudáveis. GET = TMB x FA Onde: TMB – Taxa de Metabolismo Basal; FA – Fator Atividade. Cálculo do GEB Idade Masculino Feminino 0 – 3 anos (60,9 x peso) - 54 (61,0 x peso) - 51 3 – 10 anos (22,7 x peso) + 495 (22,5 x peso) + 499 10 – 18 anos (17,5 x peso) + 651 (12,2 x peso) + 746 18 – 30 anos (15,3 x peso) + 679 (14,7 x peso) + 496 30 – 60 anos (11,6 x peso) + 879 (8,7 x peso) + 829 > 60 anos (13,5 x peso) + 487 (10,5 x peso) + 596 Durante a gestação Atividade física normal Atividade física reduzida + 285 calorias + 200 calorias Onde: Peso em kg, sendo: Desnutridos, eutróficos e sobrepeso (com IMC até 27,0kg/m²) → Peso ATUAL Sobrepeso (com IMC acima de 27,0kg/m²) e obesos → Peso AJUSTADO 10.4. Fórmula IOM (2002/2005): fórmula utilizada para o cálculo do GEB para adultos saudáveis. GET = TMB x FA Onde: TMB – Taxa de Metabolismo Basal; FA – Fator Atividade. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 56 Cálculo da GEB Homens eutróficos 204 – (4 x Idade) + (450,5 x Estatura) + (11,69 x Peso) Homens sobrepeso e obesos 293 – (3,8 x Idade) + (456,4 x Estatura) + (10,12 x Peso) Mulheres eutróficas 255 – (2,35 x Idade) + (401,5 x Estatura) + (9,39 x Peso) Mulheres sobrepeso e obesas 247 – (2,67 x Idade) + (401,5 x Estatura) + (8,6 x Peso) Onde: Peso atual em Kg; Estatura em metros; Idade em anos. 10.5. Fórmula de Schofield (1985): fórmula utilizada para o cálculo do GEB para adultos, crianças e adolescentes saudáveis. GET = TMB x FA Onde: TMB – Taxa de Metabolismo Basal; FA – Fator Atividade. Cálculo do GEB Idade Masculino Feminino 0 – 3 anos (0,240 x peso – 0,127) x 239 (0,244 x peso – 0,130) x 239 3 – 10 anos (0,095 x peso + 2,110) x 239 (0,085 x peso + 2,033) x 239 10 – 18 anos (0,074 x peso + 2,754) x 239 (0,056 x peso + 2,898) x 239 18 – 30 anos (0,063 x peso + 2,896) x 239 (0,062 x peso + 2,036) x 239 30 – 60 anos (0,048 x peso + 3,653) x 239 (0,034 x peso + 3,538) x 239 > 60 anos (0,049 x peso + 2,459) x 239 (0,028 x peso + 2,755) x 239 Onde: Peso em kg, sendo: Desnutridos, eutróficos e sobrepeso (com IMC até 27,0kg/m²) → Peso ATUAL Sobrepeso (com IMC acima de 27,0kg/m²) e obesos → Peso AJUSTADO CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 57 10.6. Fórmulas para cálculo do requerimento estimado de energia (EER): EER para homens a partir de 19 anos EER = 662 – (9,53 x idade) + PA (15,91 x peso + 539,6 x estatura) EER para mulheres a partir de 19 anos EER = 354 – (6,91 x idade) + PA (9,36 x peso + 726 x estatura) EER para homens obesos e com sobrepeso a partir de 19 anos EER = 1.086 – (10,1 x idade) + PA (13,7 x peso + 416 x estatura) EER para mulheres obesas e com sobrepeso a partir de 19 anos EER = 448 – (7,95 x idade) + PA (11,4 x peso + 619 x estatura) Onde: Peso em kg; Estatura em metros; Idade em anos. PA é o coeficiente atividade física. PA = 1,00 se nível de atividade física diário estimado em ≥1,00 e <1,4 (sedentário) PA = 1,16 se nível de atividade física diário estimado em ≥1,4 e <1,6 (pouco ativo) PA = 1,27 se nível de atividade física diário estimado em ≥1,6 e <1,9 (ativo) PA = 1,44 se nível de atividade física diário estimado em ≥1,9 e <2,5 (muito ativo) 10.6.1. Fator Atividade (FA): O cálculo do fator atividade deve ser feito por meio do detalhamento das atividades diárias da pessoa. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 58 11.0 ANEXOS CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 59 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 60 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof. Joana Zanotti e Prof. Caroline Calloni 61 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA Prof.
Compartilhar