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ENGENHARIAS Gestão da Qualidade Prof. Nilson Rodrigues da Silva 1 Nilson Rodrigues da Silva nilrodsilva@gmail.com Doutorando em Engenharia Mecânica pela UNESP – Universidade Estadual Paulista, mestre em Engenharia Mecânica pela UNITAU Universidade de Taubaté. Vinculo Profissional com as instituições de Ensino Superior AEDB, UNIFOA, UERJ e UBM, atuando como Coordenador e Professor de cursos de Pós Graduação e Graduação nas áreas de Engenharia, Tecnologia e Administração. Consultor do Núcleo de Competitividade Industrial da AEDB. • Experiência como gestor em multinacionais do segmento automotivo, nas áreas de Desenvolvimento de Produtos, Gestão da Qualidade e Gestão da Produção nas Empresas Mercedes Benz do Brasil, Volkswagen do Brasil, Ford, Autolatina e Peugeot Citroën do Brasil. • Atuação na construção e instalação de unidades fabris, criação e aplicação de referenciais de validação e certificação do produto e processos, melhoria da qualidade, ensaios em veículos e em seus componentes, projetos de adequação do produtos aos mercados locais e implantar Sistemas de Gestão da Qualidade e Auditorias do Produto e de Sistemas, desenvolver projetos de melhoria da Qualidade e Produtividade. • Consultor em mapeamento e otimização de processos, desenvolvimento e gestão de projetos, análise estratégica e de viabilidade de negócios, ações de produtividade, qualidade e competitividade industrial. • Experiência no desenvolvimento de projetos e de processos licitatórios (documentação técnica e de habilitação) , participação em licitações do setor público e privado. 2 3 Gestão da Qualidade Objetivos Gerais • Adquirir conhecimentos para - planejar, desenvolver, implementar e tomar ações sobre as metodologias e ferramentas aplicáveis para gestão da qualidade de produtos e serviços. • Coordenar os diversos setores produtivos, com emprego de técnicas multidisciplinares, que tem por objetivos a satisfação dos clientes e o continuo aprimoramento do produto e processos envolvidos na produção de bens e serviços. Ementa • Fundamentos da Gestão da Qualidade: Conceitos Básicos da Qualidade, Modelo Sistemático da Qualidade, Organização do Sistema da Qualidade, Planejamento Estratégico da Qualidade e Benefícios da Qualidade • Normas da Qualidade: Sistema de Normas ISO 9000, ISO TS 16.949 , IATF 16949, OHSA 18001. Gestão e Programas de Auditorias. 4 Qualidade & Produtividade GLOBALIZAÇÃO DOS MERCADOS ABERTURA ECONÔMICA AUMENTO DA CONCORRÊNCIA COMPETITIVIDADE DAS ORGANIZAÇÕES QUALIDADE , PRODUTIVIDADE, CUSTOS, MODERNIZAÇÃO DOS MEIOS DE PRODUÇÃO. ENTREGA CONFIAVEL, ETC CENÁRIO ATUAL Fonte: Gestão da Qualidade - Henrique Martins Rocha CUSTOS DIMINUEM GRAÇAS A: • MENOS: RETRABALHO; ERROS; ATRASOS E OBSTÁCULOS • MELHOR: USO DO TEMPO; UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E INSUMOS MELHOR QUALIDADE MAIOR PRODUTIVIDADE CONQUISTA DE MERCADOS COM MELHOR QUALIDADE E MENORES PREÇOS MANUTENÇÃO DOS NEGÓCIOS AMPLIAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO Fonte: Gestão da Produção e Operações Celso Contador RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE AS PIRÂMIDES DO EGITO SÃO OBRAS DE QUALIDADE ? QUAL CASA TEM MAIS QUALIDADE: A DE UM EMPRESARIO OU A DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA ? 5 Conceituando Qualidade 6 Qualidade O que é isso? Conceituando Qualidade ✓ O conceito “ QUALIDADE” é subjetivo e é algo quase intrínseco à mente humana, podendo ser utilizado em múltiplos sentidos, ✓ Permite várias definições, em função do enfoque dado e do critério usado pela pessoa que o elabora. ✓ Julgam-se produtos, processos, serviços por meio de conceitos individuais de qualidade que estão muito ligados à experiência individual de cada um. (FROTA,2008). 7 Conceituando Qualidade ✓ Qualidade pressupõe uma escala de quão bom é um produto, bem ou serviço; permitindo distinguir entre produtos ou serviços de má ou boa qualidade, associando como algo positivo ou bom. ✓ Qualidade sugere algo sem defeito, que atenda às especificações determinadas ✓ “Qualidade é a consistente conformidade com as expectativas dos consumidores” ✓ “A Qualidade representa um atributo de produtos e serviços que atendem às necessidades de quem os usam “ ✓ Qualidade é a capacidade de fabricação, a fim de que um produto ou serviço seja concretizado exatamente conforme o seu projeto ✓ Qualidade é uma variável precisa e mensurável e também na diversidade de algumas características adicionais que agregam valor ao produto. 8 Conceituando Qualidade ✓ Qualidade corresponde as diferenças de qualidade de algum ingrediente ou atributo desejado (Lawrence Abbott) ✓ “ Qualidade é adequação ao uso” (J. M. Juran) ✓ “Qualidade consiste na capacidade de satisfazer desejos.” (C.D. Edwards) ✓ “Na análise final de mercado, a qualidade de um produto depende de até que ponto ele se ajusta aos padrões das preferências do consumidor (A. Kuelm;R. L. Day) ✓ “ Qualidade (quer dizer) conformidade com as exigencias.”(P.Crosby) ✓ Qualidade significa a conformidade com as especificações ✓ “Qualidade é o grau de excelência a um preço aceitável e o controle da variabilidade a um custo, também aceitável.” (R. A. Broh) 9 Conceituando Qualidade ✓ Qualidade é sentir orgulho pelo trabalho bem feito. Aprimoramento da Qualidade eleva a produtividade (Deming) ✓ Rápida percepção e satisfação das necessidades do mercado, adequação ao uso dos produtos e homogeneidade dos resultados do processo (baixa variabilidade) (Ishikawa) ✓ Qualidade é inversamente proporcional à variabilidade (definição moderna) ✓ Melhoria da qualidade é a redução da variabilidade nos processos e produtos (melhoria da Qualidade). 10 Conceituando Qualidade 11 Conceituando Qualidade David Garvin sistematizou os conceitos de qualidade em cinco abordagens: Transcendental: trata da qualidade como sinônimo de excelência inata. Centrada no produto: a qualidade esta na presença de características exigidas pelo consumidor. Centrada no valor: a qualidade é percebida no preço do produto. Centrada na fabricação: a qualidade esta em fazer produtos que atendam especificações. Centrada no usuário: a qualidade de um produto e condicionada ao grau em que ele atende as necessidades e conveniências do consumido ✓ Por que a evolução dos conceitos de qualidade? novas necessidades em abranger aspectos de qualidade, novas características dos negócios, mudanças culturais na sociedade industrial e estabelecimento de novos paradigmas: ✓ Para • Adequação às necessidades dos clientes; • Redução de perdas no processo (e novos conceitos de perdas); • Atendimento a necessidade de aumento de desempenho econômico; • Eliminação de custos; • Educação e treinamento; • Desenvolvimento de novas técnicas, conceitos e ferramentas; • Evolução na comunicação, internet, tecnologia 12 Conceituando Qualidade 13 Um PRODUTO deverá atender as aspirações do consumidor quanto a: • Facilidade de Uso; • Durabilidade; • Resistência; • Estética (Apresentação / Aparência); • Baixo Custo Operacional; • Custo de Aquisição / Crédito (Condições de Pagamento); • Elevada Disponibilidade; • Segurança de Operação; • Evolução Tecnológica; • Facilidade na Manutenção; • Entrega; • Assistência Técnica. • Flexibilidade: • Conforto : . • Disponibilidade: • Comunicação: • .Integridade: • Acesso • Estética do Ambiente/ Instalação • Limpeza/Higiene • Agilidade/ • Cortesia • Competência/Precisão • Confiabilidade/Garantia • Segurança • Tempo de espera • Credibilidade/Custo Um SERVIÇO deverá atender as aspirações do consumidor quanto a: Produto & Serviços 14 1. Definir Qualidade de acordo sua a visão e a partir dos conceitos apresentados. 2.Por que o mesmo produto pode ser julgado de acordo com as necessidades em um determinado instante 3. Por que o mesmo produto pode ser julgado de formas diversas por pessoas com experiência, idade, educação e formação diferentes 4.Cada grupo indica um relator para apresentar a síntese. Atividade em grupo 15Preço de Mercado 16 PRODUTOS & SERVIÇOS Produtos Serviços 100 % 50 % 50 % 100 %0 % Lojas de Auto Serviço Automóvel Carpete Instalado Restaurante “Fast Food” Restaurante Manutenção Automóveis Hospital Hotel Cabelereiro Consultoria/Psicanálise Fonte: Gestão da Qualidade - Henrique Martins Rocha A importância de se conhecer o cliente… Especificar o que é Valor sob a Ótica do Cliente! 17 VALOR ➢ Ponto de partida >> Definir Valor ➢ O Cliente define Valor ➢ A Necessidade do cliente gera o Valor A importância de se conhecer o cliente… Um desanimado vendedor de Coca-Cola volta de uma frustrada temporada em Israel. Seu amigo lhe pergunta: - Por que você não conseguiu ter sucesso com os israelenses? E o vendedor lhe responde: - Havia um problema: eu não sei falar hebraico. Então, pensei em criar uma sequência de três cartazes para transmitir minha mensagem de vendas. Então...eu mandei afixar estes cartazes em todos os lugares. - Bem, me parece que isso deveria ter funcionado muito bem - disse-lhe o amigo. E o vendedor respondeu : - Eu só não sabia que os judeus leem da direita pra esquerda ...!!! 18 19 15% 15% 20% 49% Produto melhor em outra empresa Produto mais barato em outra empresa Falta de atenção pessoal Atendimento rude, desatencioso 30% 69% PRODUTO OU SERVIÇO ATENDIMENTO Fonte: Quality Progress, 1999 RAZÕES DOS CLIENTES PARA MUDAR DE FORNECEDOR 20 PESSOAS NECESSIDADES EXPECTATIVAS DESEJOS Q RESULTADOS, BENS OU SERVIÇOS SATISFAZEM AS NECESSIDADES, EXPECTATIVAS, DESEJOS DAS PESSOAS RESULTADOS BENS SERVIÇOS EMPRESA GESTÃO DA QUALIDADE Fonte: Gestão da Qualidade - Henrique Martins Rocha 21 Inspeção • Conformidade do produto com um padrão • Inspeção do produto acabado, sem análise do processo Evolução do conceito da qualidade no âmbito organizacional. Fonte: Gestão da Qualidade - Eliacy Cavalcanti Lélis,2012 Controle Estatístico • Inspeção por amostragem • Setores responsáveis pela qualidade • Ferramentas estatísticas para detecção de variações no processo produtivo Garantia da Qualidade • Foco na prevenção de defeitos • Envolvimento de todos os setores da empresa • Criação de sistemas da qualidade • Conceito da qualidade total Gestão da Qualidade Total • Foco na gestão • Envolvimento integral da empresa • Superação das expectativas do cliente • Surgimento das normas ISO. 22 A Visão de Lasceles e Dale A Visão Evolutiva da Qualidade Fonte: J. Muniz • Desdobramento das diretrizes • Gestão por processos • Medição de performance • Envolvimento dos clientes e fornecedores • Planejamento da Qualidade • Custos da Qualidade • FMEA • Sistema da Qualidade • Dados dos Processos • Manual da Qualidade • Introdução de meios de controle • Estatística Básica (CEP) • Ações Corretivas • Identificar Não Conformidades Gestão da Qualidade Total Garantia da Qualidade Controle da Qualidade Inspeção Determinantes da Qualidade em Produtos e Serviços Servem para compreender e minimizar a dificuldade para avaliar a qualidade dos Produtos e Serviços. Em cada tipo de produto ou serviço poderá existir um conjunto específico de determinantes da qualidade Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Produto:conjunto de atributos que visam a satisfação ou benefício em potencial para o consumidor. Assim, produto seria tudo aquilo capaz de satisfazer um desejo, portanto passa a ter valor para os indivíduos e pode ser oferecido ao mercado para aquisição e consumo. (marketing) Produto tangível: é a entidade ou serviço físico oferecido ao comprador. É aquilo que imediatamente se reconhece como a coisa vendida. 23 Determinantes da Qualidade em Produtos e Serviços Produto ampliado ou total é o produto tangível juntamente com todo o conjunto de serviços que o acompanha. Inclui acessórios, instalação, instruções para uso, garantias, manutenção e assistência técnica. Produto genérico: é o benefício essencial que o comprador espera obter do produto. Por exemplo, o produto genérico computador pode ser definido como "manipulação de informações", "solução de problemas", "redução de incertezas" ,etc. 24 Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Os produtos são basicamente divididos em duas grandes classes: bens e serviços. Determinantes da Qualidade em Produtos e Serviços De acordo com a sua tangibilidade e taxa de consumo, eles podem ser classificados em: Bens não-duráveis: bens consumidos em um ou poucos usos (exemplo: alimentos, produtos de higiene e limpeza, etc.). Bens duráveis: bens que sobrevivem a muitos usos (exemplo: automóveis, refrigeradores, etc.). Serviços: atividades, benefícios ou satisfações que são colocadas à venda (exemplo: corte de cabelo, serviços bancários, etc.). 25Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Determinantes da Qualidade em Produtos e Serviços Parâmetros da Qualidade Total de Um Produto: Características funcionais intrínsecas ao produto: Desempenho Facilidade ou conveniência de uso Características funcionais temporais: Disponibilidade; Confiabilidade; Manutenibilidade e Durabilidade Características de conformação Refere à propriedade de uma unidade ou lote de produto estar conforme ou não as especificações. Refere a uma medida do desempenho da atividade de produção realizada, uma vez que a gerência da produção deve se orientar por três objetivos básicos: atingir as especificações de projeto do produto, a produtividade do processo e mínimo custo. 26 Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Determinantes da Qualidade em Produtos e Serviços Parâmetros da Qualidade Total de Um Produto: Características dos serviços associados ao produto: Instalação e Orientação de uso Assistência Técnica Características associadas a interface do produto com o meio: Interface com o usuário Interface e impacto no meio ambiente Características subjetivas associadas ao produto: Estética Imagem da marca Características do custo do ciclo de vida do produto para o usuário. O termo "vida" relaciona-se porquanto tempo se usará o produto; 27 Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Determinantes da Qualidade em Serviços Servem para compreender e minimizar a dificuldade para avaliar a qualidade dos serviços. Em cada tipo de serviço poderá existir um conjunto específico de determinantes da qualidade Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) Acesso : localização do serviço, incluindo a facilidade de encontrar o ambiente de sua prestação e a clareza do trajeto. Estética : extensão em que os componentes do pacote de serviços estão de acordo ou ao agrado do cliente, incluindo a aparência e a atmosfera do ambiente, as instalações, os artigos genuínos e os funcionários. Limpeza: aparência clara e atraente dos componentes tangíveis do pacote de serviços, incluindo o ambiente, as instalações, os bens e o pessoal de contato. Conforto: o conforto físico do ambiente e das instalações do serviço. 28 Determinantes da Qualidade em Produtos e Serviços Desempenho: se refere à adequação do projeto às missões fundamentais definidas na fase de concepção, desde que o produto seja operado apropriadamente. É, portanto, concernente à capacidade inerente do produto para realizar seu trabalho quando em operação e está associada ao cumprimento da sua função primária. o desempenho do produto pode ser realmente medido quando ele está realizando sua missão em um ambiente para o qual foi projetado, ou outro ambiente satisfatoriamente simulado. Facilidade ou conveniência de uso: refere-se às características funcionais secundárias que suplementam o funcionamentobásico do produto e que facilitam a sua operação. Existem também as características secundárias, que suplementam o funcionamento do produto e, embora não sejam sempre descritas, têm o poder de alterar as percepções do cliente com relação ao produto ou serviço. 29Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Determinantes da Qualidade em Produtos e Serviços Podemos pensar em três tipos de características funcionais secundárias: 1. Características que contribuem para a realização da missão básica. Exemplo: o controle adequado da umidade do ar no compartimento do refrigerador destinado a conservação de verduras e legumes. Esse controle facilita a realização da função básica do refrigerador que é a conservação de alimentos. 2. Características que elevam a conveniência e facilidade de uso do produto. Exemplos: sistema frost-free que dispensa o degelo do refrigerador; controle remoto de um televisor; etc. 3. Funções adicionais, ou funções adquiridas, que são incorporadas ao produto e oferecem outros serviços ao usuário, além das funções básicas. Não se refere a características que apoiam a realização da função básica e nem que facilitem o uso do produto, mas sim de novas funções introduzidas no produto. É o caso, por exemplo, de funções de calculadora e de despertador que são incorporadas ao relógio de pulso tradicional. 30 Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Determinantes da Qualidade em Serviços Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) Disponibilidade: disponibilidade das instalações do serviço, dos funcionários e dos bens oferecidos ao cliente: tempo que cada funcionário dispõe para passar com o cliente individual. Disponibilidade de bens: quantidade e variedade de produtos disponibilizados ao cliente. se refere ao requisito de máximo tempo de operação disponível que se exige de um equipamento ou bem de consumo durável. ela avalia, portanto, a capacidade ou aptidão de que um bem esteja operando satisfatoriamente ou esteja pronto a ser colocado em operação quando solicitado. 31 Determinantes da Qualidade em Produtos ou Serviços Confiabilidade: É a característica de um bem expressa pela probabilidade de que ele realize uma função requerida durante um certo intervalo de tempo e sob determinadas condições de uso para as quais foi concebido. É normalmente expressa com base em parâmetros médios de número de falhas ou do intervalo de tempo entre falhas. Procura representar, a confiança que se pode ter no desempenho dos Produtos ou Serviços A confiabilidade de um componente ou sistema depende diretamente dos princípios técnicos que estão sendo aplicados. Os equipamentos eletrônicos, por exemplo, são mais confiáveis que os eletromecânicos A expressão “preciso como um relógio suíço” reflete bem este conceito, pois é usada para designar algo com alta confiabilidade. Podemos destacar três aspectos no conceito de confiabilidade: -desempenho adequado (sem falhas) de uma função especificada - por um longo período de tempo -sob condições especificadas de uso. 32Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Determinantes da Qualidade em Produtos ou Serviços Manutenibilidade: "facilidade de executar a manutenção" de um equipamento ou sistema. É a aptidão de um equipamento para receber manutenção. É uma característica inerente ao projeto e instalação de um equipamento, que se relaciona com a facilidade, economia, segurança e precisão no desempenho das ações de manutenção. Constitui em uma série de ações a serem tomadas para retornar ou reter um determinado item em estado operacional. Dependerá de fatores tais como: o projeto do sistema e sua acessibilidade para reparos; os recursos para diagnóstico das falhas; os recursos disponíveis de reparação; a disponibilidade e acesso a materiais de reposição; o índice de falhas; etc. Está relacionada com os tempos de manutenção, com as características do recebimento da manutenção próprias do projeto, e com os custos de manutenção. 33Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Determinantes da Qualidade em Produtos ou Serviços Durabilidade: e expressa a vida útil de um produto. Tecnicamente, podemos definir durabilidade como o tempo pelo qual um produto mantém suas características e perfeito funcionamento, em condições normais de uso. Já notaram como produtos antigos costumam ser mais duráveis? Ex. Camisas com preços diferentes e número de vezes que pode ser lavada... Peças consumíveis de um automóvel (pastilha de freio ou uma lâmpada do farol ) Ambos possuem vida útil limitada. É uma medida da vida do produto e tem duas dimensões: uma econômica e outra técnica. Do ponto de vista técnico a durabilidade pode ser definida como a quantidade de uso, em termos de tempo ou de desempenho/ resultados, que se obtém de um produto antes que o mesmo se deteriore fisicamente. A durabilidade técnica depende basicamente da qualidade de projeto do produto, da qualidade dos materiais e componentes e das condições de uso do produto. A durabilidade econômica esta associada a custos de reparos, custos de substituição entre outros . 34Fonte: Almeida H. e Toledo, J. Qualidade Total do Produto, (1991, VoI. 2 - Nºl- p.p. 21,37) Determinantes da Qualidade em Serviços Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) Características de conformação ou conformidade: Se refere à propriedade de uma unidade ou lote de produto ou serviços estarem conforme ou não as especificações. Refere a uma medida do desempenho da atividade de produção realizada, uma vez que a gerência da produção deve se orientar por três objetivos básicos: atingir as especificações de projeto do produto, a produtividade do processo e mínimo custo. Nessa segunda conotação a qualidade de conformação se confunde com a qualidade do processo de produção. 35 Determinantes da Qualidade em Serviços Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) Atendimento: Tem grande poder de afetar a percepção do cliente. Rapidez no atendimento, cortesia e facilidade de ter um problema solucionado encantam o cliente, pois eles não se preocupam somente com a possibilidade de terem problemas com um produto ou serviço, mas também com a eficiência do fornecedor em sanar esses eventuais problemas. Essa dimensão está associada ao apoio que o cliente terá na aquisição de produtos ou serviços ou no pós venda. É considerada determinante para muitos usuários e muitas vezes ela de fato será. Exemplo: Em situação onde é necessária a substituição de uma peça para fazer uma máquina de uma indústria funcionar, um atendimento rápido será crucial para manter elevada a percepção de qualidade. 36 Determinantes da Qualidade em Serviços Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) Estética: bastante empírica está diretamente relacionada ao ponto de vista do cliente ou do público alvo. É a aparência de um produto, o sentimento ou sensação que ele provoca a imagem. Está relacionada aos aspectos sensoriais do produto. Se refere à percepção e interpretação que se tem do produto formada por julgamentos e preferências pessoais a partir dos cinco sentidos do ser humano e relação emocional da pessoa com o produto ou serviço. Não só a beleza física, mas cheiro ou gosto, sabor, cor, gosto, textura, forma etc. Podem adicionar atração ao produto, aumentando, consequentemente, a sua preferência. São afetados pela moda, pela época e pelo lugar. A aparência o primeiro contato que se tem com o produto, amesma tem um efeito sobre o consumidor que se estende por toda a vida do produto. 37 Estética: Determinantes da Qualidade em Serviços Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) A imagem da marca, ou qualidade percebida: se refere à, reputação da marca do produto no mercado, portanto diz respeito à percepção que o usuário tem da qualidade do produto não a partir de seus sentidos próprios mas sim a partir da imagem já formada no mercado, seja através da publicidade ou através da tradição associada à marca. Esta mais ligada à “reputação” de um fornecedor. Acreditamos que quem produz algo de qualidade reconhecida, seja capaz de manter esse nível em outros produtos ou serviços 38 Estética: Determinantes da Qualidade em Serviços Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) Flexibilidade: uma disposição por parte dos funcionários em alterar ou complementar a natureza do serviço segundo as necessidades do cliente. Comunicação: a habilidade de comunicar o serviço ao cliente de maneira inteligível clareza, a totalidade e a precisão da informação verbal e escrita transmitida ao cliente e sua habilidade de ouvi-la e entendê-la .Integridade: a honestidade, a justiça, a imparcialidade e a confiabilidade com que os clientes são tratados no serviço. 39 Determinantes da Qualidade em Serviços Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) Agilidade: velocidade e pontualidade na entrega do serviço. Isso inclui a velocidade da produção e a habilidade em responder prontamente às solicitações do cliente, com tempo de espera mínimo. Competência: a habilidade, a expertise e o profissionalismo com que o serviço é executado : adoção de procedimentos corretos, a execução correta das instruções do cliente, o grau de conhecimento do serviço mostrado pelo pessoal de contato, a entrega de produtos finos, a orientação consistente e a habilidade de fazer bem o trabalho. Cortesia: a educação, o respeito e a experiência mostrados pelo pessoal da organização de serviço, principalmente o pessoal de contato. Inclui a habilidade do funcionário não ser desagradável 40 Fonte: Erdmann. Gestão da Qualidade no Setor Público, (2011, p.25) (Fluxograma do controle da qualidade Juran (2000, p. 90 (tradução) Confiabilidade: consistência do desempenho das instalações, dos produtos e do pessoal da organização de serviço: pontualidade de entrega e manutenção dos acordos com o cliente. Segurança: segurança pessoal do cliente e de suas posses enquanto participa ou beneficia-se do processo de serviço. Isso inclui a manutenção da confidencialidade. 41 Determinantes da Qualidade em Serviços 42 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE • Foco no cliente; • Liderança; • Engajamento das pessoas; • Abordagem de processo; • Melhoria; • Tomada de decisão baseada em evidência; • Gestão de relacionamento. A Norma ABNT NBR ISO 9000 é baseada nos princípios de gestão da qualidade 43 PRINCÍPIO 1: FOCO NO CLIENTE As organizações dependem de seus clientes e, portanto, é recomendado que atendam às necessidades atuais e futuras dos clientes, os seus requisitos e procurem exceder as suas expectativas PRINCÍPIO 2: LIDERANÇA Os líderes estabelecem a unidade de propósitos e o rumo da organização. Convém que criem e mantenham um ambiente interno no qual as pessoas possam se tornar engajadas na obtenção dos objetivos da organização PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE 44 PROCESSO: Atividade ou conjunto de atividades que usa recursos para transformar insumos (entradas) em produtos (saídas). PROCESSO ENTRADA INSUMOS • MATERIAIS • SERVIÇOS • INFORMAÇÕES • MÉTODOS • MÁQUINAS • MEIO AMBIENTE • MÃO DE OBRA SAÍDA PRODUTO • MATERIAIS • SERVIÇOS • INFORMAÇÕES AGREGAÇÃO DE VALOR Um desejado resultado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os recursos são gerenciados como processos PRINCÍPIO 4: ABORDAGEM DE PROCESSOS PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE 45 Necessidades Expectativas Produtos Resultados Processo EFEITOSINSUMOS Medir / Avaliar os efeitosMedir / Verificar as causas • Itens de Verificação • Indicadores de Processo • Indicadores de Resultado Materiais Serviços Informações Instruções Organização Orientada a Processos ABORDAGEM SISTÊMICA PARA A GESTÃO Identificar, compreender e gerenciar os processos inter- relacionados como um sistema contribuem para a eficácia e eficiência da organização para alcançar os seus objetivos PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE 46 PRINCÍPIO 6: TOMADA DE DECISÃO BASEADA EM EVIDÊNCIA Decisões eficazes são baseadas na análise de dados e de informações Uma organização e seus fornecedores são interdependentes. Uma relação de benefícios mútuos aumenta a capacidade de ambos em agregar valor. PRINCÍPIO 7: GESTÃO DO RELACIONAMENTO PRINCÍPIO 5: MELHORIA Convém que obter melhorias contínuas do desempenho global da organização seja um objetivo permanente. PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE 47 Desenvolver um novo produto: Telefone Celular • Levantar o perfil do cliente(faixa etária, profissão, atividade) • Quais são os requisitos de qualidade (05)? • Definir os indicadores de desempenho(03) Percepção da Qualidade de um produto Atividade em grupo 48 POR QUE IMPLEMENTAR UM SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE NA ORGANIZAÇÃO? SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO EM AMBIENTE CADA VEZ MAIS COMPETITIVO ✓Adequação de produtos e serviços às exigências dos mercados. ✓ Ampliar o universo de atuação, estimulando o crescimento da organização. ✓ Vencer barreiras comerciais. ✓ Redução dos custos globais e aumento da margem de lucro. ✓ Mais qualidade e produtividade, melhorando o desempenho global do negócio e tornando a organização mais competitiva e lucrativa. 49 OBJETIVOS DE SE IMPLEMENTAR UM SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE ✓ Orientar cada parte da organização para executar de maneira correta e no tempo devido a sua tarefa, em harmonia com as outras, estando direcionadas para o objetivo comum da organização: ser competitiva. ✓ Prover confiança para a direção e para os clientes que os requisitos definidos sejam a tradução das necessidades dos usuários. ✓ Garantir que o padrão de qualidade estabelecido seja mantido e que o processo de aperfeiçoamento contínuo perseguido. 50 ✓Conscientização e Motivação para a Qualidade ✓ Formação do Grupo de Coordenação / Implementação (Steering Group) ✓Avaliação da Situação Atual da Organização (Diagnóstico) ✓Detalhamento do Projeto de Implementação ✓ Execução do Projeto de Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 51 Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 1. Conscientização e motivação para a qualidade e produtividade O que é? Significa submeter a alta administração a um intenso processo de conscientização para a qualidade total e a importância e benefícios dos sistemas da qualidade. Quem? alta administração. Por quê? O trabalho é árduo, longo e requer decisão estratégica e liderança. Representa, para a maioria das empresas uma forte mudança cultural. Mostrar a alta administração a necessidade de se eliminar desperdício, retrabalho, horas- extras, etc. 52 Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 1. Conscientização e motivação para a qualidade e produtividade Quando? Etapa inicial do processo de implantação de um sistema da qualidade. Como? Demonstrando a importância e benefícios advindos Utilizando técnicas de benchmarking, Demonstrando exemplos de empresas bem sucedidas. 53 Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 2. . Formação do Time de Implementação – “Steering Group” ✓ A estrutura do time deve ser heterogênea. ✓ Osescolhidos serão dispensados de suas funções regulares. ✓ O líder do time deve, de preferência, ter experiência em sistemas da qualidade e normas ISO 9000. Quando não, deve ser previamente treinado para que possa demonstrar conhecimento e segurança no trato com o grupo de implementação. ✓ Os demais membros do grupo deverão ser treinados nas normas ISO 9000 ✓ Identificação dos facilitadores. ✓ Os facilitadores, além do espírito de liderança, deverão dominar técnicas para análise e solução de problemas. ✓ Os facilitadores devem também ser treinados nas técnicas de coordenação e liderança de times de trabalho. 54 Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 3. . Avaliação da Situação Atual da Empresa (Diagnóstico) O que é? Significa quantificar e qualificar o sistema vigente na empresa, dimensionando as necessidades para se alcançar o sistema da qualidade desejado. Quem? Empresa de consultoria ou pessoas experientes da própria empresa ou o time de implementação. Por quê? • Avaliar o que a empresa dispõe para iniciar o processo de implantação do sistema. • Necessário para dimensionar os recursos a serem utilizados e a organização das etapas de trabalho. • Mostrar a alta administração uma visão global do sistema da qualidade vigente na empresa, quando houver. • Analisar o custo x benefício e o tempo de execução. 55 Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 3. . Avaliação da Situação Atual da Empresa (Diagnóstico) Quando? Etapa posterior a formação do “steering group”. Como? • Identificando as necessidades através de ferramentas como o check-list. • Utilizando técnicas estatísticas e de análise. • Demonstrando a viabilidade econômico-financeira da empreitada. 56 4. Detalhamento do Projeto de Implementação ✓ Estabelecer a visão do negócio ✓ Definir a missão da organização ✓ Identificar os fatores críticos de sucesso ✓ Selecionar a norma de referencia ✓ Estabelecer um programa ✓ Elaborar os subsistemas da norma ✓ Executar o projeto planejado ✓ Ajustar ao longo do processo ✓ Avaliar periodicamente os resultados ✓ Cumprir o cronograma ✓ Elaborar relatório de conclusão Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 57 Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 5. . Projeto Característico de um Sistema de Gestão da Qualidade ✓ Definir o Cronograma e Dimensionar os Recursos ✓ Formar e Implementar os Grupos de Trabalho ✓ Treinar os Colaboradores: Conscientizar Unificar Conceitos, Mapear os Processos, Outros ✓ Elaborar o Sistema Documental (Registros, Instruções de Trabalho, Procedimentos Documentados, Planos da Qualidade, Manual da Qualidade) ✓ Treinar os Auditores Internos ✓ Implementar o SGQ na Organização ✓ Executar as Auditorias Internas de Verificação ✓ Contratar a Auditoria Externa para Certificação do SGQ 58 Etapas do Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 6. . Processo de Auditoria de Certificação do SGQ ✓ Atividades da Pré-Auditoria: definição da equipe, programa e plano de auditoria, análise crítica preliminar do SGQ, notificação da auditoria. ✓ Execução da Auditoria do SGQ da Organização: reunião de abertura, reuniões diárias de avaliação, reunião de encerramento com o auditado. Tratamento das Não-conformidades e Ações Corretivas (caso existam) e Follow-up. ✓ Reunião de Fechamento e Divulgação do Relatório Final da Auditoria. Registro da Certificação junto ao CB 25 (caso aprovado). Divulgação da Certificação. Auditorias Periódicas de Manutenção (opcional). 59 ✓ Organização não governamental; ✓ Elabora Normas de aplicação internacional; ✓ Fundada em 23/02/47 - Sede em Genebra (Suíça); ✓ Mais de 100 países participam da ISO (+95% da Produção Industrial do Mundo). ✓ ISO 9000 (base Série BS 5750). Internacional Organization for Standardization (Organização Internacional para Normalização) O que é a ISO? 60 ✓ A criação das normas da família ISO 9000 coincide com o apogeu da economia japonesa. ✓ Chegou mesmo a incomodar a hegemonia americana, a qual, prontamente, reestruturou-se e reagiu, como é do feitio de seu estilo fortemente competitivo. ✓ Um dos mais importantes critérios de avaliação de empresas e indivíduos é o que distingue as categorias de ganhadores e perdedores. ✓ Origens: formação da CEE, interesse comercial, barreiras técnicas, princípio do reconhecimento mútuo. ✓ Primeira versão da Série ISO 9000 foi publicada em 1987 (revisões: 1994, 2000, 2008 e 2015). ✓ O objetivo da ISO: é fixar normas técnicas de alcance internacional de maneira a favorecer as relações econômicas entre os países. O que é a ISO? 61 ✓ A principal finalidade : é evitar abusos comerciais ou tecnológicos dos países mais desenvolvidos sobre aqueles menos desenvolvidos. ✓ Isto é possível porque as Normas ISO representam um conjunto de regras que são aceitas e valem para todos. ✓ O Brasil participa da ISO pela ABNT desde 1992 por meio do CB-25 O que é a ISO? Produto Confiável 62 O que é a ISO? ✓ A certificação ISO, não garante que o produto ou serviço de determinada empresa seja de melhor qualidade ✓ Assegura que aquele produto ou serviço seja desenvolvido de forma padronizada Norma Direcionadas para Sistema de Gestão “ISO não garante o Produto ou Serviço com qualidade” ISO garante o “Sistema” Sistema OK?! Fonte: Gestão da Qualidade - Henrique Martins Rocha 63 International Automotive Task Force (IATF) PSA Renault VDA (Alemanha ) AIAG (EUA) ANFIA (Itália) SMMT (Reino Unido) FIEV (França) BMW D/C Fiat Ford GM VW ➢ ISO/TS 16949:2002 - ISO e os membros da IATF possuem os direitos autorais • 5 associações industriais • 8 fabricantes de automóveis ➢ Membros da IATF O que é a ISO/TS 16949 64 AVSQ - Itália EAQF- França VDA6 - Alemanha QS 9000 -EAU ISO 9001:2000 ISO/TS 16949 Documentos Originais para ISO/TS 16949 O que é a ISO/TS 16949 Esta especificação se alinha e suplanta as normas automotivas de sistema de qualidade norte-americano, alemão, francês e italiano existentes, incluindo a QS-9000, VDA6.1, EAQF e a ASQ. Publicada primeiramente em março de 1999 65 requisitos da organização requisitos específicos do cliente requisitos automotriz requisitos ISO 9001 Examinado de acordo com o sistema de certificação IATF (seguindo as " Régras ") REQUISITOS TS 16949 66 • A ISO/TS 16949 é uma especificação técnica com base na ISO 9001 • Norma que define os requisitos do sistema de qualidade para a cadeia de fornecedores da indústria automotiva. ✓ A IATF 16949 é uma norma de Gestão, que deve ser utilizada como um complemento em conjunto com a ISO 9001:2015. ✓ Significa que uma organização do setor automotivo que busca certificação na IATF 16949 também deve cumprir com os requisitos da norma ISO 9001:2015. ✓ Ela especifica os requisitos do sistema da qualidade para a concepção/desenvolvimento, produção, instalação e manutenção de todos os produtos automotivos. ✓ A norma se aplica a todos os fabricantes da cadeia de fornecimento automotivo mundial – veículos, peças, componentes ou sistemas onde são fabricadas. O que é a ISO/TS16949 67 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE SEGUNDO A NORMA ISO 9000 “Constitui-se em um conjunto de elementos inter-relacionados ou iterativos para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade, a partir do estabelecimento da política da qualidade e de seus objetivos.” Estabelece a estrutura, papais e responsabilidades, planejamento, operação, politicas, regras, crenças, objetivos da organização e processos para alcançar os objetivos da gestão da qualidade (ROCHA,2017). Sistema de Gestão da Qualidade Objetivo verificar todos os processos da empresa e como esses processos podem melhorar a qualidade dos produtos e serviços frente aos clientes, aplicando princípios e diretrizes da qualidade em cada processoque envolve o dia a dia da instituição Possibilita • tomar decisões de forma segura e acompanhar os indicadores de desempenho da empresa • orientar que todos da organização execute de maneira correta e no tempo devido a sua tarefa, em harmonia com as outras, • direcionar para cumprir o objetivo comum da organização, que é a busca da competitividade, prover confiança para a direção e os seus clientes • garantir o padrão de qualidade estabelecido seja mantido e que o processo de aperfeiçoamento continuo seja perseguido 68 Sistema de Gestão da Qualidade Planejamento da qualidade preparação para encontrar as metas da qualidade Controle da qualidade cumprir as metas da qualidade durante as operações. Melhoria da qualidade rompimento da situação atual. 69 Trilogia da Qualidade - Aspectos a serem considerados CONCEITO DE GESTÃO E SISTEMA DE GESTÃO 70 Sistema de Gestão da Qualidade “Sistema para estabelecer política e objetivos, e para atingir estes objetivos, para dirimir e controlar uma organização no que diz respeito à Qualidade”. 71 Abordagem de Processo Fonte: ABNT – NBR ISO 9001: 2015 72 Estrutura da Documentação do Sistema de Gestão da Qualidade 73 Estrutura da Documentação do Sistema de Gestão da Qualidade 74 Fonte: Wellington Camargo, 2011 (ITF-Paraná, Controle de Qualidade Total ) Estratégias para Gestão da Qualidade estabelecido com base nas diretrizes e políticas da empresa objetivos concebidos no planejamento devem ser colocados em prática verificação dos resultados alcançados aplicar as correções, com base nas avaliações da etapa de verificação 75 Gestão da Qualidade O ciclo PDCA pode ser aplicado para todos os processos e para o SGQ Fonte: ABNT – NBR ISO 9001: 2015 76 Evolução do Sistema de Gestão da Qualidade A P DC A P DC A P DC A P DC EVOLUÇÃO DA QUALIDADE É preciso fazer girar o ciclo do PDCA de maneira contínua, buscando cada vez mais condições ideais de desenvolvimento e crescimento. Tomar ações corretivas para eliminar as causas das não conformidades, com o objetivo de prevenir sua recorrência. Tomar ações preventivas para eliminar as causas das não conformidades potenciais, com o objetivo de prevenir sua ocorrência. 77 78 Processo de Certificação Fonte: ABNT/CB-25 79 Auditoria Fonte: ABNT/CB-25 • O que é: processo sistemático, documentado e independente, para obter evidência da auditoria e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos. • Finalidade: Verificar a Conformidade do Sistema de Gestão da Qualidade • Evidencia da Auditoria: Registros, apresentação de fatos ou outras informações, pertinentes aos critérios de auditoria e verificáveis. • Evidencia Objetiva: dados que apoiam a existência ou a veracidade de alguma coisa • Conformidade: atendimento a um requisito. • Não-Conformidade: não atendimento a um requisito. 80 Classificação das Auditorias QUANTO AO TIPO: • AUDITORIA DE PRIMEIRA PARTE - auditoria interna • AUDITORIA DE SEGUNDA PARTE - cliente/fornecedor • AUDITORIA DE TERCEIRA PARTE - auditoria de certificação QUANTO AO PROPÓSITO: AUDITORIA DE ADEQUAÇÃO: analisa a adequação do programa de qualidade através da documentação (política/procedimentos) AUDITORIA DE CONFORMIDADE: analisa a documentação e sua efetividade nos locais de uso (implementação) 81 Classificação das Auditorias DE ACORDO COM O OBJETO: • AUDITORIA DO SISTEMA DA QUALIDADE: documentação e organização • AUDITORIA DE PROCESSO: instruções e procedimentos operacionais • AUDITORIA DE PRODUTO: produto com suas especificações CONFORME O ESCOPO: • AUDITORIA COMPLETA: todas as funções e atividades pertinentes ao sistema da qualidade • AUDITORIA PARCIAL: determinada função, área, linha de produto ou atividade de interesse • AUDITORIA DE ACOMPANHAMENTO: verifica a implantação e eficácia de ações corretivas previamente acordadas 82 Classificação das Auditorias DE ACORDO COM O OBJETO: • AUDITORIA DO SISTEMA DA QUALIDADE: documentação e organização • AUDITORIA DE PROCESSO: instruções e procedimentos operacionais • AUDITORIA DE PRODUTO: produto com suas especificações CONFORME O ESCOPO: • AUDITORIA COMPLETA: todas as funções e atividades pertinentes ao sistema da qualidade • AUDITORIA PARCIAL: determinada função, área, linha de produto ou atividade de interesse • AUDITORIA DE ACOMPANHAMENTO: verifica a implantação e eficácia de ações corretivas previamente acordadas 83 Classificação das Auditorias AS AUDITORIAS AINDA PODEM SER: • PROGRAMADAS: que respondem a um planejamento de auditoria. • POR SOLICITAÇÃO: não programadas realizadas para obter uma informação específica. • PRÉ-AUDITORIA: utilizadas para decidir se é viável realizar uma auditoria de segunda ou de terceira parte. • SEGUIMENTO: são utilizadas para verificar a solução dada a não conformidades detectadas. • SEM AVISO: São realizadas quando há suspeita de graves desvios no Sistema de Gestão da Qualidade da organização. 84 Preparação de uma Auditoria • PLANEJAMENTO: deve estar estipulado em procedimento a periodicidade das auditorias internas ou externas • PROGRAMAÇÃO: deve determinar quais aspectos são relevantes para a auditoria. Ex: auditoria de adequação ou conformidade? • PLANO: deve determinar quais itens serão abordados durante a auditoria, seu escopo e objetivo, data, local, setores a serem auditados • NOTIFICAÇÃO E AGENDA: a área a ser auditada deve receber com antecedência, a notificação da auditoria, que deverá conter todos os itens do Plano de auditoria • CHECK LIST: o auditor elabora um “check list” com base nos procedimentos e instruções . 85 Etapas de Realização da Auditoria • Reunião de abertura ✓ apresentação; agradecimentos; lembretes; agenda; objetivo; ✓ conhecer os participantes; esclarecer as etapas da auditoria • Auditoria propriamente dita (nos postos de trabalho) ✓ a auditoria é realizada através de observações: visual e auditiva; ✓utilize o check list elaborado previamente, onde estarão todos os questionamentos referentes ao procedimento auditado, mas não se restrinja ao check list, outros questionamentos podem ser elaborados durante a auditoria ; ✓ tenha sempre a norma aplicável, para eventuais dúvidas; ✓ requisite ao auditado todos os procedimentos aplicáveis na área. . 86 Etapas de Realização da Auditoria • Reunião entre auditores ✓ Serão lavradas as não conformidades e discutidos os pontos divergentes. • Reunião de encerramento. ✓ serão informadas as não conformidades lavradas ✓ serão acordados prazos para ações corretivas ✓ serão esclarecidas as dúvidas com relação aos resultados da auditoria ✓ serão realizados os agradecimentos a todos que colaboraram como o bom andamento da auditoria . 87 Veja o filme e elabore uma síntese com os tópicos a seguir 1. Qual a abordagem da Qualidade comentada 2. Quais os riscos não considerados 3. Quais os requisitos da Norma ISO 9001, desrespeitados? 4. Quais as regras da Gestão da Qualidade não consideradas? 5. Quais foram as falhas ocorridas e suas consequências ? 6. Identifique os prejuízos O Custo da má Qualidade Filmes/O Custo da Má Qualidade.avi 88 • Preparar material para apresentação e discussão em sala • Explicar o requisito e mostrar exemplo, se possível da empresa onde trabalha Requisitos • 5.2.1 Desenvolvendo a Política da Qualidade/5.2.2 Comunicando a Política da Qualidade • 6.1 Ações para Abordar Riscos e Oportunidades: Ações Preventivas e Ações Corretiva e Plano de Contingencia • 6.2 Objetivos da Qualidade e Planejamento para Alcançá-los • 7.2.2 Competência – Treinamento no local de trabalho/7.2.3 Competência do auditor interno • 7.5.1.1: Documentação do sistema de gestão da qualidade: Manual da Qualidade, Procedimento, Instrução e registros da Qualidade. Sistema de gestão da documentação do SGQ/ 7.5.3Controle de Informação Documentada • 8.5.1 Controle de Produção e Provisãode Serviço /8.5.1.1 Plano de controle/ 8.5.1.2 Trabalho padronizado – instruções do operador e padrões visuais • 9.2.2.2 Auditoria do sistema de gestão da qualidade/9.3.1.1 Análise crítica da direção • 9.3.2.1 Entradas de análise crítica pela direção /9.3.3 Saídas de análise crítica pela direção Gestão da Qualidade ISO 9001:2015 Para 20/10/2018 “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”. Luís Vaz de Camões (As tormentas) 89 nilson.rodrigues@aedb.br
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