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História da Anestesia

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NOME: JAQUELINE SANTOS DE OLIVEIRA RE: 153909
NOME: SIRLANDIA S. MAIA RE: 250086
ENFERMAGEM – 5 SEMESTRE
ANESTESIA
ANESTESIA
São usados como auxiliares dos procedimentos cirúrgicos, para tornar o paciente inconsciente e não responsivo a estimulação álgica. A perda da consciência e sensação dolorosa decorre de uma depressão progressiva e irregular do SNC.
O termo anestesia (do grego an, privado de + aísthesis, sensação) foi sugerido pelo médico e poeta norte-americano Oliver Wendel Holmes. A palavra, entretanto, já existia na língua grega, tendo sido empregada no sentido de insensibilidade dolorosa, pela primeira vez, por Dioscórides, no século I d.C.
HISTÓRIA DA ANESTESIA
Historicamente, a data de 16 de outubro de 1846 é considerada como a data em que se realizou a primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral.
Naquele dia, às 10 horas, no anfiteatro cirúrgico do Massachusetts General Hospital, em Boston, o cirurgião John Collins Warren realizou a extirpação de um tumor no pescoço de um jovem de 17 anos, chamado Gilbert Abbot. O paciente foi anestesiado com éter pelo dentista William Thomas Green Morton, que utilizou um aparelho inalador por ele idealizado. A cena deixou de ser documentada fotograficamente porque o fotógrafo sentiu-se mal ao presenciar o ato cirúrgico, foi posteriormente imortalizada em um quadro do pintor Roberto Hinckley, em 1882.
Morton, que praticara com sucesso extrações dentárias sem dor, com inalação de éter, antevira a possibilidade da cirurgia sem dor e obtivera autorização para uma demonstração naquele Hospital. Ele não revelara a natureza química da substância que utilizava, dando-lhe o nome de letheon (do grego - esquecimento). Pressionado pela Associação Médica de Boston para que novas intervenções pudessem ser realizadas sem dor, teve de revelar a composição do letheon, que era apenas éter sulfúrico puro. A insensibilidade total durante o ato cirúrgico, até então, era considerada uma utopia nos meios acadêmicos.
À exceção da China, onde se usava a milenar acupuntura, os recursos utilizados para amenizar a dor no ato cirúrgico consistiam de extratos de plantas dotadas de ação sedativa e analgésica, além da hipnose e bebidas alcoólicas, o que não dispensava, evidentemente, a contenção do paciente.
Na Idade Média empregava-se um método originário da Escola de Alexandria, cuja fórmula foi encontrada no mosteiro de Monte Casino. Trata-se da esponja soporífera, que se preparava com os seguintes componentes: ópio, suco de amoras amargas, suco de eufórbia, suco de meimendro, suco de mandrágora, suco de hera, sementes de bardana, sementes de alface e sementes de cicuta. Modo de preparar e de usar: misturar bem, colocar em um recipiente de cobre com uma esponja, ferver até a evaporação total. Para usar, mergulhar a esponja em água quente por uma hora; a seguir colocá-la sob as narinas do paciente até que ele durma. Para despertar o paciente usar outra esponja embebida em vinagre.
O primeiro passo para a anestesia geral foi dado por Joseph Priestley, ao descobrir o dióxido de nitrogênio (NO2) em 1773. Coube a Humphry Davy, um aprendiz de farmácia, na pequena cidade de Penzance, na Inglaterra, em 1796, experimentar os efeitos da inalação do NO2. Ele verificou que o gás produzia uma sensação agradável, acompanhada de um desejo incontido de rir (donde o nome de gás hilariante).
Certa noite estava com dor de dente e, ao inalar o gás, notou que a dor desaparecera por completo. Deduziu que, se o NO2 suprimia a dor, poderia ser empregado no tratamento de outros tipos de dor. Em um de seus escritos, intitulado Vapores medicinais, sugeriu o emprego do NO2 em cirurgia: “Já que o gás hilariante parece possuir a propriedade de acalmar as dores físicas, seria recomendável empregá-lo contra as dores cirúrgicas”. A medicina oficial não tomou conhecimento da sugestão.
Henry Hill Hickman, médico e cirurgião inglês, avaliou em animais a ação do NO2, onde verificou que, sob a ação deste gás, podia realizar pequenas operações nos animais, sem que estes demonstrassem o menor sinal de dor. Tentou, sem êxito, obter autorização da Royal Society e da Associação Médica de Londres para repetir suas experiências em seres humanos.
Sua petição foi recebida com frieza, a autorização negada e foi considerado um visionário. Como última tentativa, escreveu ao rei da França, Carlos X, pedindo-lhe para submeter o seu projeto à consideração da Academia de Paris. Em sessão de 28/9/1828, convocada especialmente para esse fim, a Academia deu seu parecer contrário, com um único voto a favor, do cirurgião Dominique Jean Larrey, que servira ao exército de Napoleão e conhecia o horror dos ferimentos de guerra e das amputações.
Velpeau, um dos mais eminentes cirurgiões da França, declarou na ocasião que considerava uma quimera a obtenção da insensibilidade dolorosa durante o ato cirúrgico. Desiludido, Hickman faleceu dois anos depois, com apenas 29 anos de idade, sem ver realizado o seu sonho da cirurgia sem dor.
Michael Faraday (1791-1867), físico inglês, estudando a liquefação dos gases e os líquidos voláteis, descobrira que os vapores de éter possuíam efeitos inebriantes semelhantes aos do dióxido de nitrogênio. Em uma nota publicada no Journal of Art and Sciences chamou a atenção para o fato da inalação de éter produzir insensibilidade total. Novamente, essa descoberta foi ignorada pelos meios médicos. (1)
No Brasil em 1847 Roberto Haddock Lobo e Domingos de Azevedo Marinho realizaram a primeira anestesia baseada em éter que se tem relato no Brasil. Em 1927 o Prof. Leonidio Ribeiro fez uso do óxido nitroso. O ciclopropano foi utilizado pela primeira vez em 1936 por Álvaro de Araújo Aquino Sales. Em 1948 foi fundada a Sociedade Brasileira de Anestesiologia. (EDUCAÇÃO, 2018)
TIPOS DE ANESTESIA
A anestesia é dividida em três categorias principais: local, regional e geral, todas afetando o sistema nervoso de alguma forma e podem ser administradas por meio de vários métodos e medicamentos diferentes.
Aqui está uma visão básica de cada tipo:
ANESTESIA REGIONAL
A anestesia regional é um procedimento anestésico que visa anestesiar apenas a porção do corpo a ser operada, e o paciente pode permanecer acordado ou sedado. Os tipos de anestesia regional mais utilizados são:
– Anestesia raquidiana (ou raquianestesia).
– Anestesia peridural ou epidural.
– Bloqueio de nervos periféricos.
· Anestesia raquidiana
Para realizar a anestesia raquidiana, uma agulha de pequeno calibre é inserida nas costas, de modo a atingir o espaço sub aracnoide, dentro da coluna espinhal. Em seguida, um anestésico local é injetado dentro do líquido cefalorraquidiano (líquor). Para que a anestesia seja eficiente, é necessária somente uma pequena quantidade de anestésico local, sendo que esta é uma das grandes vantagens da anestesia raquidiana quando comparada com a peridural, pois, deste modo, o risco de uma intoxicação por anestésicos locais é muito pequeno.
Neste tipo de anestesia, perde-se a sensibilidade dos membros inferiores e da zona inferior do abdome. Os membros inferiores ficam dormentes e pesados, perdendo a mobilidade. 
Este efeito é temporário e desaparece ao fim de duas a três horas, recuperando totalmente a sensibilidade e a mobilidade.
A raquianestesia é muito usada para procedimentos ortopédicos de membros inferiores e para cesarianas.
· Anestesia peridural
A anestesia epidural (peridural) está indicada na analgesia para o parto normal e nas cirurgias que envolvem tórax e abdome. Na anestesia peridural, os anestésicos são injetados pela agulha e pode ser inserido um fino cateter, que permanecerá no espaço peridural. É através desse cateter que os anestésicos serão administrados, tanto no período pré-operatório como no período pós-operatório, para controle da dor pós-operatória nas cirurgias maiores e controle da dor durante o trabalho de parto.
A anestesia peridural é muito semelhante à raquidiana, porém há algumas diferenças: o local onde é administrado o anestésico local, o tipo de agulhae o volume de anestésicos utilizados:
1. Na anestesia peridural o anestésico é injetado na região peridural, que fica ao redor do canal espinhal, e não dentro do espaço subaracnóidea, como no caso da raquianestesia.
2. Na anestesia peridural, o anestésico é injetado através da agulha e pode ser implantado um cateter, que permanecerá no espaço peridural.
3. A anestesia peridural pode continuar a ser administrada no pós-operatório para controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia. Basta manter a infusão de analgésicos pelo cateter.
4. A quantidade de anestésicos administrados é bem menor na raquidiana.
Em situações normais, não há contato direto nem da agulha nem do cateter com o líquor.
Anestesia combinada raqui-peridural: combina os dois tipos anteriores, raquidiana e peridural.
Bloqueios de nervos periféricos: o anestésico local é administrado ao redor dos nervos responsáveis pela sensibilidade e pelo movimento do membro onde vai ser realizada a cirurgia. Por exemplo: para uma cirurgia da mão, é possível anestesiar apenas o braço, administrando anestésico local ao nível da axila, associado a sedação para melhor conforto do paciente. (JOINVILLE, 2018)
Efeitos Colaterais e Complicações da Anestesia Regional
O anestesiologista toma precauções especiais para prevenir complicações. Embora os efeitos colaterais sejam raros, eles ocasionalmente incluem os enumerados abaixo. Alguns desses podem ser específicos das circunstâncias de sua apresentação. Portanto, você deveria discuti-los com seu anestesiologista.  
Tremores: Os tremores podem ocorrer e são uma reação comum. Às vezes, isso acontece durante o trabalho de parto e o parto, mesmo que você não tenha recebido medicações anestésicas. Manter você aquecida, frequentemente, ajuda na regressão dos tremores.
Pressão Arterial Baixa: Você receberá fluidos intravenosos e sua pressão sanguínea será cuidadosamente monitorada e tratada. Quedas na pressão arterial são rapidamente corrigidas.
Coceira leve durante o trabalho de parto: Isso é o resultado de narcóticos usados como medicamentos peridurais ou espinhais. Caso a coceira se torne um incômodo, seu anestesiologista pode tratá-la com medicações. A maioria das mulheres considera a coceira leve.
Reações ao anestésico local: Apesar das reações aos anestésicos serem raras, estas podem ser sérias. Não se esqueça de avisar ao seu anestesiologista caso você tenha tido qualquer tipo de reação às medicações anestésicas locais.
Problemas de respiração: Em raras ocasiões, a medicação anestésica pode afetar os músculos do tórax e fazer com que seja difícil respirar. Oxigênio pode ser dado para aliviar esse desconforto e ajudar na respiração.
Injeções nas veias: As veias localizadas no espaço peridural tornam-se inchadas durante a gravidez. Existe um risco da medicação anestésica ser injetada em uma dessas veias. Para ajudar a evitar reações raras resultantes disso, o seu anestesiologista, primeiramente, administrará uma dose teste de medicação e você pode ser perguntada quanto a sensações como tonteira, gosto diferente em sua boca, formigamento das orelhas ou palpitações (sentir o coração bater rápido). 
Persistência de dor em algumas áreas/ Ausência de alívio da dor: Algumas vezes, o anestésico não atinge uma determinada área deixando uma região que ainda é dolorosa. O seu anestesiologista pode mudar sua posição na cama ou reposicionar o cateter peridural para aliviar a dor. Ocasionalmente, o cateter peridural pode ser retirado e reinserido caso você não tenha alívio adequado da dor. Seu anestesiologista trabalhará com você para te fazer confortável.
Parestesias (sensação de “choque” no trajeto do nervo): A sensação transitória de choque no trajeto de um nervo pode ocorrer durante a inserção do cateter peridural conforme ele encosta nos nervos no espaço peridural. Embora essa sensação seja comum durante injeções no espaço peridural, lesões permanentes nos nervos são extremamente raras.
Dor nas costas: Você pode ter dor lombar localizada devido à inserção da agulha, a qual dura em torno de 1 ou mais dias. Por outro lado, pode ocorrer também dor generalizada nas costas, a qual não é obrigatoriamente atribuída à peridural. Estudos têm demonstrado que mães que tiveram partos naturais estão tão propícias quanto aquelas que foram submetidas à peridural a ter dores nas costas com duração de alguns dias. Aparentemente, a gravidez por si só pode aumentar a incidência de dor lombar devido ao amolecimento dos ligamentos resultando em tensão nas costas.     
Dor de cabeça: Existem diversas razões que expliquem dores de cabeça após o trabalho de parto que não estão relacionadas com a anestesia peridural. Entretanto, embora rara, uma dor de cabeça pode se desenvolver após o bloqueio peridural (<1%). Isto ocorre como resultado do orifício deixado pela agulha no saco contendo o líquor (líquido céfalo-raquidiano) durante o procedimento da peridural. O vazamento do líquor para dentro do espaço peridural pode resultar em dor de cabeça. Mantendo-se imóvel o máximo possível durante a realização da anestesia peridural, você ajuda a reduzir a chance de ocorrer a dor de cabeça. Geralmente, a dor de cabeça ocorre nas primeiras 24 horas após o bloqueio peridural. Tipicamente, esta acontece enquanto você se senta ou levanta e é aliviada assumindo-se a posição deitada. O desconforto na cabeça e pescoço, por vezes, dura alguns dias e pode ser reduzido ou eliminado através de medidas simples como deitar-se com a cabeceira a zero grau, beber muito líquido e tomar remédios para dor. Ocasionalmente, a paciente pode precisar tratamento adicional caso a dor persista ou esteja associada com outras características como náuseas, desconforto visual causado pela luz ou alterações na audição.      
Complicações mais graves como lesão de algum nervo, sangramento dentro do espaço peridural ou espinhal, paralisias e infecções são eventos extremamente raros. (MD, 2019)
ANESTESIA GERAL
A anestesia geral é uma combinação de medicamentos que o colocam em um estado semelhante ao do sono antes de uma cirurgia ou outro procedimento médico. Sob anestesia geral, você não sente dor porque está completamente inconsciente. A anestesia geral geralmente usa uma combinação de drogas intravenosas e gases inalados (anestésicos).
A anestesia geral é mais do que apenas dormir, embora provavelmente seja o que você sente. Mas o cérebro anestesiado não responde aos sinais ou reflexos de dor.
Um anestesiologista é um médico especialmente treinado, especializado em anestesia. Enquanto você está sob anestesia, o anestesiologista monitora as funções vitais do seu corpo e controla a sua respiração.
Em muitos hospitais, um anestesiologista e uma enfermeira anestesista certificada (CRNA) trabalham juntos durante o procedimento.
O anestesiologista ou enfermeira anestesista, junto com o médico, do paciente, recomendará a melhor opção de anestesia com base no tipo de cirurgia que está fazendo, a saúde geral e as preferências individuais. Para certos procedimentos, a equipe pode recomendar anestesia geral. Isso inclui procedimentos que podem:
· Demorar muito
· Resultam em perda significativa de sangue
· Expor você a um ambiente frio
· Afeta sua respiração (principalmente cirurgia torácica ou abdominal superior)
Outras formas de anestesia, como sedação leve combinada com anestesia local (para uma pequena área) ou anestesia regional (para uma parte maior do corpo), podem não ser apropriadas para procedimentos mais complexos.
A anestesia geral é, em geral, muito segura; a maioria das pessoas, mesmo aquelas com condições de saúde significativas, são capazes de se submeter à anestesia geral sem problemas sérios.
Na verdade, o risco de complicações está mais relacionado ao tipo de procedimento que você está fazendo e à sua saúde física geral, e não ao tipo de anestesia.
Os adultos mais velhos ou aqueles com problemas médicos sérios, particularmente aqueles submetidos a procedimentos mais extensos, podem ter maior risco de confusão pós-operatória, pneumonia ou mesmo acidente vascular cerebrale ataque cardíaco. Condições específicas que podem aumentar o risco de complicações durante a cirurgia incluem:
· Fumar
· Convulsões
· Apneia obstrutiva do sono
· Obesidade
· Pressão alta
· Diabetes
· Derrame
· Outras condições médicas que envolvem seu coração, pulmões ou rins
· Medicamentos, como aspirina, que podem aumentar o sangramento
· História de uso pesado de álcool
· Alergias a medicamentos
· História de reações adversas à anestesia
Esses riscos estão mais geralmente relacionados à cirurgia em si do que à anestesia.
As estimativas variam, mas cerca de 1 ou 2 pessoas em cada 1.000 podem estar parcialmente acordadas durante a anestesia geral e experimentar o que é chamado de consciência intraoperatória não intencional. É ainda mais raro sentir dor, mas isso também pode ocorrer.
Por causa dos relaxantes musculares administrados antes da cirurgia, as pessoas não conseguem se mover ou falar para que os médicos saibam que estão acordadas ou sentindo dores. Para alguns pacientes, isso pode causar problemas psicológicos de longo prazo, semelhantes ao transtorno de estresse pós-traumático.
Esse fenômeno é tão raro que é difícil fazer conexões claras. Alguns fatores que podem estar envolvidos incluem:
· Cirurgia de emergência
· Cesariana
· Depressão
· Uso de certos medicamentos
· Problemas cardíacos ou pulmonares
· Uso diário de álcool
· Doses de anestesia mais baixas do que as necessárias usadas durante o procedimento
· Erros do anestesiologista, como não monitorar o paciente ou não medir a quantidade de anestesia no sistema do paciente durante todo o procedimento
A anestesia geral relaxa os músculos do trato digestivo e das vias aéreas, impedindo que o alimento e o ácido passem do estômago para os pulmões. Sempre siga as instruções do seu médico sobre como evitar alimentos e bebidas antes da cirurgia.
O jejum geralmente é necessário começando cerca de seis horas antes da cirurgia. Você pode beber líquidos claros até algumas horas antes.
Seu médico pode lhe dizer para tomar alguns de seus medicamentos regulares com um pequeno gole de água durante o tempo de jejum. Discuta seus medicamentos com seu médico.
Precisar evitar alguns medicamentos, como aspirina e alguns outros anticoagulantes de venda livre, por pelo menos uma semana antes do procedimento. Esses medicamentos podem causar complicações durante a cirurgia.
Algumas vitaminas e remédios à base de ervas, como ginseng, alho, Ginkgo biloba, erva de São João, kava e outros, podem causar complicações durante a cirurgia. Discuta os tipos de suplementos dietéticos que você toma com o médico antes da cirurgia.
Antes do procedimento
Antes de ser submetido à anestesia geral, o anestesiologista conversará com o paciente e poderá fazer perguntas sobre:
· Seu histórico de saúde
· Seus medicamentos prescritos, medicamentos sem receita e suplementos de ervas
· Alergias
· Suas experiências anteriores com anestesia
Isso ajudará o anestesiologista a escolher os medicamentos mais seguros para o paciente
Durante o procedimento
O anestesiologista geralmente fornece os medicamentos anestésicos por meio de uma linha intravenosa em seu braço. Às vezes, pode receber um gás que respira de uma máscara. 
Assim que estiver dormindo, o anestesiologista realiza a intubação orotraqueal para melhor oxigenação e protege os pulmões de sangue ou outros fluidos, como fluidos estomacais. Receberá relaxantes musculares antes que os médicos insiram o tubo para relaxar os músculos da traqueia.
O médico pode usar outras opções, como uma máscara para vias respiratórias laríngeas, para ajudar a controlar a respiração durante a cirurgia.
A equipe de anestesia monitora continuamente os sinais vitais e ajusta as medicações. Quaisquer problemas que ocorram durante a cirurgia são corrigidos com medicamentos adicionais, fluidos e, às vezes, transfusões de sangue.
Após o procedimento
Quando a cirurgia é concluída, o anestesiologista reverte os medicamentos para acordar o paciente. Que irá acordar lentamente na sala de cirurgia ou na sala de recuperação. ((MFMER), 2020)
Este tipo de anestesia, embora muito seguro, é o tipo com maior probabilidade de causar efeitos colaterais.  Um médico anestesista deve monitorá-lo durante e após o procedimento para avaliar quaisquer efeitos colaterais e ficar atento à possibilidade de complicações mais sérias.
Os efeitos colaterais da anestesia geral podem incluir:
· Náuseas e vômitos - esse efeito colateral muito comum pode ocorrer nas primeiras horas ou dias após a cirurgia e pode ser desencadeado por uma série de fatores, como a medicação, movimento e o tipo de cirurgia.
· Dor de garganta - o tubo colocado em sua garganta para ajudá-lo a respirar enquanto você está inconsciente pode deixá-lo com dor de garganta depois de ser removido.
· Delirium pós-operatório - A confusão ao recuperar a consciência após a cirurgia é comum, mas para algumas pessoas - principalmente pacientes mais velhos - a confusão pode ir e vir por cerca de uma semana. Você pode se sentir desorientado e ter problemas para se lembrar ou se concentrar. Isso pode piorar se você ficar no hospital por alguns dias após o procedimento, especialmente na terapia intensiva, porque você está em um local desconhecido. Ter um ente querido com você ajuda, junto com outras coisas simples: usar seus óculos ou aparelhos auditivos assim que possível após o procedimento e ter certeza de ter fotos de família, objetos familiares e um relógio e calendário em seu quarto.
· Dores musculares - Os medicamentos usados ​​para relaxar os músculos para que um tubo respiratório possa ser inserido podem causar dor.
· Coceira - é um efeito colateral comum dos narcóticos, um tipo de analgésico às vezes usado com anestesia geral.
· Calafrios e calafrios (hipotermia) - ocorre em até metade dos pacientes quando eles recuperam a consciência após a cirurgia e pode estar relacionado à temperatura corporal.
Raramente, a anestesia geral pode causar complicações mais sérias, incluindo:
· Delírio pós-operatório ou disfunção cognitiva - em alguns casos, confusão e perda de memória podem durar mais do que algumas horas ou dias. Uma condição chamada disfunção cognitiva pós-operatória pode resultar em memória de longo prazo e problemas de aprendizagem em certos pacientes. É mais comum em pessoas mais velhas e naqueles que têm doenças como doenças cardíacas , especialmente insuficiência cardíaca congestiva , doença de Parkinson ou doença de Alzheimer. Pessoas que já sofreram derrame no passado também correm maior risco. É importante informar o médico anestesiologista se você tiver alguma dessas condições.
· Hipertermia maligna - algumas pessoas herdam essa reação séria e potencialmente mortal à anestesia que pode ocorrer durante a cirurgia, causando febre rápida e contrações musculares. Se você ou um membro de sua família já teve insolação ou sofreu de hipertermia maligna durante uma cirurgia anterior, não deixe de avisar o médico anestesiologista.
Cuidados de anestesia monitorados ou sedação IV. 
Para alguns procedimentos, você pode receber medicamentos que o deixam com sono e evitam que sinta dores. Existem diferentes níveis de sedação - alguns pacientes ficam sonolentos, mas estão acordados e podem falar; outros adormecem e não se lembram do procedimento. Os efeitos colaterais potenciais da sedação, embora sejam menos do que com a anestesia geral, incluem cefaleia, náuseas e sonolência. Esses efeitos colaterais geralmente desaparecem rapidamente. Como os níveis de sedação variam, é importante monitorar durante a cirurgia para garantir que não haja complicações.
· Dor de cabeça  - pode ocorrer alguns dias após o procedimento se algum fluido espinhal vazar quando o anestésico regional é aplicado pela coluna, como em uma anestesia peridural ou raquidiana para o parto .
· Dor nas costas menor - Pode ocorrer dor no local onde a agulha foi inserida nas costas.
· Dificuldade para urinar - Se você ficou anestesiado da cintura para baixo, pode ser difícil urinar por um tempo após o procedimento.
· Hematoma - pode ocorrer sangramento soba pele no local onde a anestesia foi injetada.
Complicações mais sérias, mas raras, incluem:
· Pneumotórax - Quando a anestesia é injetada perto dos pulmões, a agulha pode acidentalmente entrar no pulmão. Isso pode causar o colapso do pulmão e exigir a inserção de um dreno torácico para inflar novamente o pulmão.
· Danos nos nervos - embora muito raros, podem ocorrer danos nos nervos, causando dor temporária ou permanente. (ANESTHESIOLOGISTS, 2020)
ANESTESIA POR ACUPUNTURA
Em 1958, a acupuntura foi utilizada para dar analgesia nas trocas de curativos, posteriormente nos pós-operatórios das tonsilectomias. Em 1960, passaram a aplicar a anestesia nas pneumectomias, usando até 87 agulhas manipuladas por 3 acupunturistas. O número de pontos foi sendo reduzido através de pesquisas em pacientes e em voluntários para 29 pontos, sendo 17 de meridianos Iang e 12 de meridianos In. O ponto IG4 foi considerado o mais eficaz entre os pontos Iang e aumenta o limiar da dor na cabeça e no dorso. O ponto BP4 foi considerado o mais eficaz entre os pontos In, aumenta o limiar da dor na face anterior do tronco. Nos primeiros anos, os cirurgiões tinham que esperar 60 min. para começar a operação. 
Os pontos de acupuntura, segundo as localizações e efeitos neurofisiológicos, podem ser agrupados em quatro tipos (GUNN, 1977): 
I - Ponto Motor, localizado na banda muscular transversa ou também chamada zona de enervação do músculo, os estímulos seguem pelas terminações anuloespirais e fibras Ia. Ex.: IG4, E36, IG11. 
II - Pontos localizados nos cruzamentos de nervos na linha mediana do corpo. Ex.: Vaso Governador e Vaso Concepção. 
III - Pontos localizados sobre nervos ou plexos nervosos. Ex.: CS6, B40. 
IV - Pontos localizados na junção tendino-muscular, os estímulos são captados pelos órgãos tendinosos de Golgi e seguem pelas fibras Ib. Ex.: TA10, E36, B57. 
DESVANTAGENS 
Não atua sobre os reflexos fisiológicos ou neurovegetativos, sobre a consciência, o tônus muscular, e as sensações de tato, pressão e tração; 
Analgesia nem sempre completa, relaxamento muscular insuficiente, reflexos vago-simpáticos presentes; exige cirurgiões hábeis; não serve para cirurgias extensas, longas, profundas ou exploratórias; não serve para urgências; pacientes com cicatrizes extensas não respondem tão bem. 
VANTAGENS 
Modifica a sensibilidade térmica, aumenta o limiar da dor. Não altera PA, P, FR etc.; boa hemostasia; aumenta defesa imunológica; 
O paciente pode colaborar nos casos de neurocirurgia, estrabismo, tiroidectomia, laringectomia, cirurgias vertebrais, plástica de mão ou face; 
Não necessita de intubação endotraqueal em algumas cirurgias cardíacas e torácicas; cicatrização boa; Ausência de HIPERSENSIBILIDADE a drogas; pós-operatório ESPETACULAR; econômico, simples, seguro e razoavelmente eficiente. 
INDICAÇÕES 
Hipersensibilidade a drogas, zonas rurais, grandes queimados, idosos, graves (cardio, pneumo, hepato ou nefropatias, choque); 
Procedimentos "simples": curetagem, arteriografia, cardioversão, sedação para pequenas cirurgias; melhorar pós-operatório; diminuir a necessidade do anestésico. 
CONTRAINDICAÇÕES 
Hipertensos > 20x10, cirurgias abdominais grandes. 
ALGUNS DADOS NEUROFISIOLÓGICOS
Analgesia por acupuntura é essencialmente um método para submeter os impulsos dolorosos a uma série de processos de seleção, filtração, e inibição no sistema nervoso central de modo que a mensagem dolorosa seja reduzida ou impedida de atingir certo nível de consciência. 
Isso depende da interação e integração das diferentes entradas sensoriais no sistema nervoso central. Um tipo de impulso sensorial pode ser inibido por outro tipo de impulso sensorial vindo de qualquer outra parte do corpo. Por exemplo, a dor pode ser inibida por mensagem, pressão, toque, contração muscular, vibrações etc. 
O fenômeno da inibição é possível quando a intensidade do estímulo atinja o limiar das fibras de tamanho médio. Mas um estímulo muito forte que excita as fibras finas pode facilitar as descargas nociceptivas neuronais.
O PONTO DE ACUPUNTURA
Em 1959, a Universidade de Xangai realizou preparações histológicas de 324 pontos clássicos de acupuntura constatando que em 323 deles havia agrupamentos de terminações nervosas dentro de 5mm de cada ponto. 
Em 1975, Fleck, estudando potenciais de ação provocados por estímulo de ponto de acupuntura, verificou que eram idênticos àqueles provocados diretamente no nervo mediano (registrado em unidades múltiplas). Em 1993, Takeshigue e col. demonstraram que os potenciais evocados no sistema nervoso central (SNC) vindos do ponto de acupuntura ou do nervo correspondente ao ponto, eram idênticos. 
Desde os trabalhos de Nakatani (1950) e de Niboyet (1960), sabe-se que os pontos de acupuntura correspondem a regiões da pele cuja resistência era mais baixa que a área vizinha. Isto é demonstrável inclusive em cadáveres conservados mais de 6 meses em formol. 
Em 1985, Ciszek e col. encontraram nesses pontos de baixa resistência elétrica concentração de terminações nervosas livres maior no centro do que na periferia. Em 1988, Heine revelou que desses pontos saem fibras nervosas em direção à fáscia corporal superficial ou para a camada musculoaponeurótica. 
Estes fatos permitem concluir que um ponto de acupuntura é uma região da pele em que é grande a concentração de terminações sensoriais e sua estimulação possibilita acesso direto ao SNC. As vias aferente e eferente da Acupuntura 
Desde 1975 muitos trabalhos vêm mostrando que os efeitos analgésicos da acupuntura são intermediados pelo SNC. Diversos pesquisadores chineses e ocidentais descobriram que a acupuntura provoca em diversas regiões do SNC potenciais evocados, assim como aumento da atividade de neurônios unitários e multiunitários. Embora as vias nervosas implicadas na acupuntura estejam já razoavelmente bem definidas, a maior parte dos efeitos terapêuticos não foi ainda explicada convenientemente. 
As descargas elétricas das células do corno dorsal induzidas por estimulação das fibras C surais ou por estímulos nocivos podem ser inibidas por estimulação das fibras Aβγδ. Como aplicação clínica, a algia pode ser aliviada por estímulo seletivo de fibras largas de nervos periféricos. Estímulo elétrico percutâneo ou transcutâneo, ou a estimulação manual de pontos proximais a uma ferida pode facilitar a troca de curativo. 
Os efeitos inibitórios são mais intensos utilizando pontos ou nervos do mesmo segmento ou adjacentes da medula espinhal. As vias da acupuntura diferem segundo o estímulo das terminações nervosas, seja de baixa (1-15Hz) ou alta (mais de 100Hz) frequência. Por exemplo, na anestesia por acupuntura, para as agulhas próximas à incisão, usa-se estimulação de 50Hz e para os pontos distantes, de 2 a 5Hz. 
A maioria das terapias por acupuntura utiliza baixa frequência. Omura relata que estímulos elétricos > 6Hz altera a microcirculação, entretanto, a frequência que ele recomenda é aquela sincronizada com o coração, isto é, 1 a 2Hz. O estímulo elétrico de baixa frequência provoca impulsos nervosos que ascendem ao SNC pelo cordão anterolateral contralateral da medula espinhal, núcleo reticulo giganto celular da formação reticular e núcleo magno da rafe até a região dorsal do extrato cinzento periaquedutal do mesencéfalo, em sua região dorsal. Esse é o ponto de partida para o que se considera a via aferente da acupuntura. 
Do extrato cinzento periaquedutal dorsal a via aferente implicada nos efeitos da acupuntura dirige-se ao hipotálamo anterior, hipotálamo posterior e núcleo centro mediano do tálamo. Do hipotálamo posterior partes dessa via ascendem aos núcleos septais laterais, fascículo do cíngulo, hipocampo dorsal e trato habênulo-interpeduncular. Da região medial do núcleo centro mediano há contingentes que ascendem ao hipocampo dorsal. Do hipotálamo lateral, alguns ramos dirigem-se aos núcleos septais laterais, enquanto outros ativam a eminência média (que faz parte do sistema liberador de - endorfinas). Uma via liga os núcleos septais laterais ao tratohabênulo-interpeduncular.
Como se vê, a via aferente da acupuntura se abre em vias divergentes adiante do extrato cinzento periaquedutal dorsal e convergentes para o trato habênulo-interpeduncular. Daí, as informações seguem para o hipotálamo anterior e deste para região medial do núcleo arqueado hipotalâmico, onde ela termina. 
A partir da região posterior do núcleo arqueado hipotalâmico, o estímulo da acupuntura ativa o sistema descendente inibidor da dor. 
A via que se inicia na porção posterior do núcleo arqueado hipotalâmico desce para o núcleo ventromediano do hipotálamo, por uma via mediada pela dopamina. A partir daí, essa via eferente  divide-se em duas: uma via noradrenérgica que desce para o núcleo reticulo para giganto celular - e  provavelmente também para o núcleo reticulo giganto celular - e outra, mediada pela serotonina, que  desce pelo extrato cinzento periaquedutal (região ventral) e pelo núcleo magno da rafe; as duas vias  terminam no funículo dorsolateral da medula espinhal, onde exercem seu efeito inibidor. O estudo eletrofisiológico dos núcleos centrais implicados na acupuntura revela as características mencionadas abaixo: 
1. Potenciais de ação evocados pela eletroestimulação de baixa frequência (1 a 4Hz) do ponto de acupuntura ou após injeção intraperitonial de morfina na dose de 0,5mg/kg são semelhantes e ativam neurônios do sistema descendente inibidor da dor. A injeção intraperitonial de naloxona ou de anti soro de -endorfina no terceiro ventrículo bloqueia o efeito desses estímulos. O Levalorfan também bloqueia um pouco a analgesia. 
2. A eletroestimulação direta dos núcleos centrais com a frequência de 80Hz produz analgesia semelhante à acupuntura, isto é, com tempo de analgesia que se prolonga após o término do estímulo.  A hipofisectomia bloqueia essa analgesia. 
3. A eletroestimulação direta dos núcleos que fazem parte do sistema descendente inibidor da dor com  frequência de 80Hz provoca analgesia mas, distintamente do que ocorre com os núcleos da via  aferente, o tempo de analgesia não se prolonga após o término do estímulo; tampouco tal analgesia é  afetada pela hipofisectomia nem por injeção intraperitonial de naloxona ou de anti-soro de -endorfina  no terceiro ventrículo. 
4. A lesão de alguns núcleos do SNC bloqueia a analgesia produzida por acupuntura ou por estímulo dos núcleos localizados em níveis inferiores. 
VIAS DE LIBERAÇÃO DE ENDORFINAS
Desde a descoberta das -endorfinas por Hughes e col. em 1975, diversos pesquisadores mostraram que há aumento de -endorfinas no líquido cefalorraquidiano (LCR) durante a estimulação de pontos de acupuntura. Demonstrou-se também que a analgesia provocada pela acupuntura de baixa frequência é parcialmente abolida pela naloxona, antagonista das endorfinas, ou por micro injeção de anti-soro de - endorfina no terceiro ventrículo. Por intermédio de dois centros da via aferente, o hipotálamo lateral e o núcleo arqueado hipotalâmico medial, são ativadas a área pré-optica e a eminência média. O estímulo direto dessas áreas não provoca analgesia. A eminência média ativa a liberação de - endorfinas pela hipófise. As endorfinas atuam facilitando pré-sinapticamente as vias entre as regiões medial e posterior do núcleo arqueado hipotalâmico, o que é intermediado pela dopamina. O estímulo dos pontos de acupuntura aumenta a quantidade de substâncias com ação morfínica em vários locais do sistema nervoso central. As endorfinas aumentam no cérebro. A fração I da endorfina aumentam no LCR. Existe liberação de endorfinas na substância cinzenta periaqueductal por vias que saem do núcleo caudado. 
A estimulação elétrica dos pontos transfere as endorfinas da hipófise para a corrente sanguínea. A dexametasona diminui o conteúdo das endorfinas da hipófise. A adrenalectomia bilateral aumenta a quantidade de endorfinas na hipófise e aumenta o efeito analgésico da acupuntura. Um nível bom de 5 HT no núcleo magno da raphe é importante para haver o efeito da acupuntura. A acupuntura diminui a quantidade de Noradrenalina no tecido cerebral. O propanolol inibe parcialmente o efeito da acupuntura.
A procaína aplicada profundamente no ponto de acupuntura inibe o efeito da acupuntura. Em paraplégicos ou hemiplégicos, o efeito da acupuntura também não se manifesta. Pelo cruzamento das carótidas entre dois animais, a acupuntura em um animal aumenta o limiar da dor no outro animal. 
O efeito da acupuntura demora mais para se manifestar e demora mais para desaparecer nos centros nervosos superiores que na medula espinhal. Provavelmente a medula espinhal é uma área de reflexos para a dor e que a integração da sensação da dor seja realizada pelos centros superiores. Assim, o efeito dos pontos locais e adjacentes é elaborado na medula espinhal e a ação dos pontos distantes, em níveis talâmicos e telencefálicos. 
As pesquisas mais recentes mostram que o estímulo dos pontos ativa terminações sensoriais cutâneas e que as informações resultantes disso acionam pelo menos duas (provavelmente várias) vias neurais centrais. As vias diferem se o estímulo é de baixa ou alta frequência, o estímulo de baixa frequência aciona uma via dependente de -endorfinas. Sabe-se que a via acionada por estímulos de alta frequência não depende de opioides, pois não resulta em analgesia reversível por naloxona. Resta ainda muito a pesquisar com outros núcleos além dos que correspondem à via clássica conhecida. (BRASIL, 2011)
ANESTESIA PARA PROCEDIMENTOS FORA DO BLOCO CIRÚRGICO – PROTOCOLO DE CUIDADOS
O desenvolvimento de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, progressivamente mais complexos, nas últimas duas décadas têm aumentado a demanda pelo atendimento anestesiológico em locais que não o centro cirúrgico. O objetivo desta revisão é abordar a anestesia para procedimentos fora do centro cirúrgico considerando os aspectos anestésicos e riscos durante a realização de tais procedimentos.
 
INTRODUÇÃO
A comunidade médica continuamente elabora protocolos para melhorar a qualidade e a segurança no cuidado aos pacientes. A Sociedade Americana de Anestesiologia desenvolveu um guideline para orientar anestesiologistas na realização de procedimentos fora do centro cirúrgico estimulando a melhoria nos cuidados aos pacientes.
O surgimento de procedimentos fora do centro cirúrgico representou um desafio ao anestesista. Intervenções diagnósticas e terapêuticas aumentaram a demanda de atendimento em serviços de radiologia intervencionista, imaginologia, radioterapia, urologia, gastroenterologia, terapia intensiva e departamentos de emergência. São procedimentos de menor morbidade, menor custo e maior conveniência para os pacientes em relação aos tratamentos convencionais. Alta complexidade e a gravidade dos pacientes exigem técnicas anestésicas apuradas, cuidados específicos e capacitação profissional por parte do anestesiologista.
Os procedimentos mais comuns encontram-se listados na Tabela 1. O anestesiologista deve conhecer seus potenciais complicações, prever sua duração e saber quais são as necessidades que o intervencionista espera do ato anestésico.
 
 
Faltam dados sobre morbidade e mortalidade de procedimentos fora do centro cirúrgico. O risco anestesiológico pré-operatório, provavelmente, é aumentado. A dificuldade em manter rigorosamente todos os cuidados anestésicos básicos, a possibilidade de reações alérgicas aos meios de contraste, a ocorrência de complicações específicas do procedimento e os riscos profissionais envolvidos aumentam o risco anestesiológico. A identificação desses riscos previne ou reduz resultados adversos. A mais comum complicação anestésica é respiratória, embora alguns estudos indiquem que complicações cardiovasculares representem a maioria.
Segurança anestésico-cirúrgica é prioridade em qualquer ambiente e a monitorização básica está sempre indicada. A indisponibilidade ou a não-utilização de equipamentos mínimos são responsáveis pela ocorrência de complicações graves. Limitação de espaço, dificuldades de acesso ao paciente, luminosidade inadequada,sistema de aspiração ineficiente, presença de irradiação ou campo magnético potente e monitorização precária tornam a anestesia fora do centro cirúrgico mais desafiadora.
Hipotermia é um evento comum. A monitorização da temperatura e a manutenção da normotermia são dificilmente alcançadas. Baixas temperaturas em ambientes radiológicos, necessários para melhor funcionamento e maior longevidade do equipamento, aliados aos extremos de idade exigem observação e medidas para se evitar essa complicação. Embora a hipertermia seja mais rara, pode ocorrer em crianças pequenas expostas por tempo prolongado a um campo magnético potente. Pacientes gravemente enfermos, prematuros ou neonatos têm maior risco de hipoglicemia sendo necessária a monitorização da glicemia.
A Tabela 2 indica algumas condições que merecem cuidados especiais durante a realização de procedimentos fora do centro cirúrgico.
 
 
Os pacientes submetidos a intervenções fora do centro cirúrgico são frequentemente idosos e crianças. Podem ser portadores de doenças sistêmicas, apresentar variações anatômicas sendo, portanto, de maior risco para intubação difícil, aspiração e depressão cardiorrespiratória. Crianças com malformações complexas ou anomalias cardiopulmonares são vulneráveis à sedação e à dessaturação e têm pequena capacidade de tolerância à apneia.
A padronização de cuidados para a realização de procedimentos fora do centro cirúrgico deve ser aplicada a todos os casos, exceto em situações particulares:
1. Fonte confiável de oxigênio disponível com capacidade para a duração de todo o procedimento. Deve haver uma alternativa suplementar em caso de falha ou esgotamento da fonte principal. Fornecimento central de oxigênio é mais confiável e, portanto, é a melhor opção. Os cilindros de oxigênio podem ser usados como fonte alternativa.
2. Equipamento de aspiração a vácuo disponível e funcionando. Os dispositivos de sucção central são preferíveis aos equipamentos portáteis.
3. Sistema absorvedor para evitar poluição do ambiente, em caso de uso de gases anestésicos que não o oxigênio.
4. Disponibilidade de:
(a) Sistema bolsa-válvula-máscara capaz de fornecer fração inspirada mínima de 90% de oxigênio para administração de ventilação com pressão positiva, se necessário. Equipamento suplementar em caso de mau funcionamento do sistema valvular.
(b) Drogas, dispositivos e equipamentos anestésicos adequados. Em caso de procedimentos envolvendo pacientes pediátricos, material para essa faixa etária (máscaras faciais, laringoscópios, máscaras laríngeas, cânulas orofaríngeas ou nasofaringes, tubos orotraqueais, cateteres venosos e outros).
(c) Equipamentos de monitorização adequados para o caso. A monitorização anestésica básica não difere da utilizada no centro cirúrgico.
5. Conexões elétricas suficientes, em cada local, para os aparelhos de anestesia, equipamentos de monitorização, bombas de infusão e outros.
6. Iluminação adequada do paciente, dos equipamentos de monitorização e anestesia. Acesso visual do paciente durante todo o procedimento ainda que por meio de câmeras filmadoras, circuitos fechados de televisão ou janelas de visualização como em caso de procedimentos radioterápicos ou em ambiente como TC.
7. Espaço suficiente, em cada local, para equipamentos e profissionais permitindo fácil acesso ao paciente, aos aparelhos de anestesia e aos monitores.
8. Equipamentos de emergência com desfibrilador, drogas e dispositivos necessários à ressuscitação cardiorrespiratória. Funcionários orientados a prestar manutenção periódica aos equipamentos e a observar o prazo de validade e reposição de medicamentos.
9. Pessoal treinado para auxiliar o anestesiologista e sistema de comunicação rápida para pedido de ajuda e equipamentos, principalmente em caso de emergência.
O uso de meios de contraste iodado em investigações radiológicas é comum e está associado à ocorrência de diversos efeitos colaterais. Alguns fatores estão associados a maior risco de reações adversas aos meios de contraste iodados (Tabela 3).
 
 
Reações moderadas são, usualmente, autolimitadas e necessitam apenas de tratamento sintomático e observação. Reações anafiláticas graves são raras e os profissionais envolvidos devem saber reconhecê-las e tratá-las.
 
NEURORRADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
As técnicas neurorradiológicas apresentaram notável desenvolvimento na última década. O número, a variedade e a complexidade desses procedimentos têm aumentado. Portanto, é necessário que o anestesista se familiarize com os procedimentos neurorradiológicos e suas complicações potenciais.
As principais considerações anestésicas durante procedimentos de neurorradiologia intervencionista incluem:
1. Manutenção do paciente imóvel durante o procedimento para melhorar a qualidade da imagem;
2. Recuperação rápida da anestesia ao final do procedimento para permitir avaliação neurológica e monitorização da função neurológica;
3. Manejo da coagulação;
4. Tratamento das complicações súbitas do procedimento, como hemorragias e tromboses vasculares;
5. Manipulação das pressões sanguíneas regionais ou sistêmicas;
6. Transporte dos pacientes com segurança;
7. Proteção pessoal contra a exposição radioativa.
A maioria dos procedimentos é realizada sob anestesia geral, embora alguns sejam conduzidos com anestesia local e sedação. A Tabela 4 apresenta indicações para a realização de anestesia geral em neurorradiologia intervencionista.
 
 
Além da avaliação pré anestésica habitual, deve-se detalhar a doença neurológica que resultou na indicação do procedimento. Na avaliação neurológica, identificar déficits prévios, com atenção à escala de coma de Glasgow.
A monitorização padrão em neuro radiologia intervencionista não difere da realizada no ambiente do centro cirúrgico. Procedimentos intracranianos necessitam de monitorização arterial invasiva. A sondagem vesical é necessária em procedimentos mais prolongados.
 
 
CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
A cateterismo cardíaca evoluiu muito e deixou de ser apenas um método de diagnóstico, passando a envolver procedimentos terapêuticos de alta complexidade.
Os principais procedimentos em cardiologia intervencionista são:
1. Fechamento de comunicações intracardíacas;
2. Fechamento do canal arterial;
3. Dilatação por balão;
4. Valvuloplastias;
5. Coronariografia, angioplastias de coronárias e colocação de stents;
6. Ablação de focos arritmogênicos;
7. Implante de marcapasso e cardio desfibriladores.
A Tabela 6 mostra as principais cardiopatias passíveis desse tipo de tratamento.
 
Além da avaliação anestésica de rotina, é de grande importância a avaliação da reserva cardiorrespiratória. Infecções intercorrentes devem ser excluídas, mas o alto fluxo pulmonar pode ser condição para manutenção delas. Intervenções prévias podem influenciar no planejamento anestésico, além de possibilidade de dificuldade de acesso venoso e cooperação do paciente devido a múltiplas internações. 
Além da monitorização básica mandatória, a necessidade de monitorização específica vai depender da previsibilidade de complicações do procedimento e da condição do paciente.
As técnicas anestésicas incluem anestesia local, sedação e anestesia geral. Várias drogas são usadas com sucesso para sedação de pacientes submetidos a cateterismo cardíaca. A escolha da técnica anestésica e drogas dependerá do grau de disfunção cardíaca e da patologia de base. Os efeitos vasculares da manipulação anestésica podem afetar de forma importante a RVP e ou a resistência vascular sistêmica (RVS) alterando o fluxo sanguíneo nos dois circuitos. Em geral, o cuidado anestésico prevê manter a perfusão sistêmica e pulmonar, com pressões de enchimento adequadas, FC e perfusão coronariana.
Procedimentos complexos exigem pós-operatório em unidades de terapia intensiva. Casos simples podem ser realizados ambulatorialmente. A maioria dos pacientes ambulatoriais estão aptos a receber alta após quatro a seis horas do procedimento.
 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
O anestesiologista é solicitado, frequentemente, para procedimentosna Tomografia Computadorizada (TC) que envolvem pacientes pediátricos, claustrofóbicos, não cooperativos ou que necessitem de via aérea artificial.
A T.C. é um exame relativamente rápido e seguro. Alguns cuidados devem ser tomados, principalmente quando há administração de meios de contraste. Se administrado por via oral, há possibilidade de aspiração de conteúdo gástrico sendo necessária realização de sedação consciente ou intubação traqueal para proteção de vias aéreas.
Para prevenir a exposição direta à radiação, equipamentos de segurança devem ser utilizados. Algumas salas de procedimentos possuem câmeras de vídeos ou espelhos que permitem a visualização do paciente e sua monitorização continua fora do ambiente radioativo.
A maioria dos pacientes são ambulatoriais e as técnicas anestésicas podem variar de sedação leve a anestesia geral. Utilizam-se, portanto, fármacos que permitem recuperação rápida.
 
RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA
O campo magnético formado pelo equipamento de Ressonância Nuclear Magnética (RNM) pode provocar vários acidentes devido a atração de objetos metálicos. Um detector de metais deve ser utilizado para solucionar as dúvidas quanto a composição dos objetos metálicos que entrarão na sala.29
Pacientes portadores de órteses ou próteses, marcapasso cardíaco e clips de aneurismas cerebrais não devem ser submetidos ao campo magnético com risco de deslocamento e aquecimento desses componentes ou desprogramação, como no caso do marcapasso.
Imobilidade durante o exame é determinante de boa qualidade das imagens. Nos casos em que essa colaboração não é possível (crianças, portadores de déficit cognitivo, claustrofobia e outros), devem ser realizados sob anestesia. A escolha da técnica anestesia deve ser individualizada e baseada nas condições clínicas do paciente, na duração e no tipo de exame. Podem variar de sedação leve a anestesia geral com intubação orotraqueal ou uso de máscara laríngea.
As principais dificuldades durante o exame consistem na dificuldade de visualizar e acessar o paciente e limitações na monitorização. Espelhos ou câmeras de vídeos podem melhorar a visualização. O anestesiologista deve ter autonomia para interromper o exame e ter acesso imediato ao paciente, quando necessário.
Os aparelhos de anestesia e monitores devem ser constituídos por materiais livres de ferro e apropriados para RNM. Algumas instituições que não possuem tais equipamentos podem utilizar aparelhos convencionais desde que colocados fora da sala de RNM. O eletrocardioscópio e o oxímetro de pulso sofrem interferência provocada pelo campo magnético. Medidas automáticas não invasivas da pressão arterial podem ser utilizadas. O uso do capnógrafo é obrigatório por permitir a monitoração da ventilação do paciente e detecção das desconexões no circuito de ventilação. A temperatura pode ser avaliada utilizando um sensor de superfície de fibra óptica ou por meio de um termômetro simples.
A sala de procedimento deve possuir isolamento acústico para minimizar a dissipação do ruído que pode ser superior a 90 decibéis. Dispositivos de proteção auricular está indicado para o paciente e o anestesiologista.
Sala anexa equipada com aparelhos de monitorização e suporte avançado de vida podem ser usados para indução anestésica e despertar após o término do exame. Todos os pacientes devem ser observados em sala de recuperação pós-anestésica até a alta.
 
CONCLUSÕES
Os procedimentos realizados fora do centro cirúrgico impõem desafios constantes ao anestesiologista. A adoção de protocolos de cuidados aos pacientes é fator determinante de segurança na realização desses procedimentos. (GERAIS, 2019)
A EVOLUÇÃO DA ANESTESIA
Nos últimos trinta anos, a descoberta de novos gases anestésicos e o uso de medicamentos intravenosos em bombas de infusão com microcomputadores diminuiu os riscos associados à anestesia de forma importante. “O surgimento de monitores da consciência pôde garantir de forma mais confiável que os pacientes estão realmente anestesiados, o que chamamos de planos anestésicos adequados. (NACIONAL, 2018)
SEGURANÇA DO PACIENTE: AVANÇO A SER PERSEQUIDO DIARIAMENTE
O campo da anestesia foi o que mais avançou nos requisitos de segurança do paciente se comparado a outras especialidades médicas. Por outro lado, falhas nos processos de checagem dos itens de segurança no momento que antecede a cirurgia podem levar a equipe a pular etapas importantes e favorecer o esquecimento de algum item, provocando erros. A avaliação é da coordenadora do Núcleo de Segurança e Qualidade da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo e presidente da Fundação para Segurança do Paciente, Aline Chibana. Entre os requisitos para garantir a segurança do paciente está a checagem de medicação, do carrinho de anestesia e do lado da cirurgia, entre outros itens. O tema tem ganhado cada vez mais destaque em todo o mundo. “A Sociedade Brasileira de Anestesiologia foi uma das primeiras entidades a assinar a Declaração de Helsinki, de 2010, incentivando a anestesia segura por meio da educação continuada, protocolos e treinamento”, afirma a médica. No Brasil, a Portaria 529, do Ministério da Saúde, instituiu no ano de 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNPS), por meio do qual ficaram os estabelecimentos de saúde obrigados a criar Núcleos de Segurança do Paciente. Um dos itens do PNPS diz respeito a protocolos, guias e manuais voltados à segurança do paciente em procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia. Segundo a médica Aline Chibana, nos centros cirúrgicos o protocolo de segurança do paciente aplicado é da Organização Mundial de Saúde, que prevê um checklist. A efetividade da aplicação deste checklist, no entanto, depende da equipe médica. “Ainda há cirurgiões e anestesiologistas no Brasil que se recusam a fazer o checklist, ainda que dure apenas dois minutos”, afirma. Ela atribui essa recusa a uma questão cultural, pois os médicos não entendem o valor da checagem, acostumados que estão a fazer de outra forma. Além disso, como normalmente quem faz as perguntas é alguém da enfermagem, há uma tendência dos médicos não quererem se submeter aos lembretes. Outros fatores levantados pela médica são a falta de informação sobre a importância do checklist e o fato de esse protocolo ser relativamente recente - menos de 10 anos de utilização no Brasil. (REVISTA, 2018)
REFERÊNCIAS:
(EDUCAÇÃO, 2018): EDUCAÇÃO, Portal da. ANESTESIA. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/historia-da-anestesia/42132.
(JOINVILLE, 2018): JOINVILLE, Serviços de Anestesia de. Tipos de anestesia. Disponível em: https://saj.med.br/quais-sao-os-tipos-de-anestesias/.
(MD, 2019): MD, Bhavani Shankar Kodali. Efeitos colaterais. Disponível em: https://www.painfreebirthing.com/portgual/index.php/ct-menu-item-89#:~:text=Dor%20nas%20costas%3A%20Voc%C3%AA%20pode,%C3%A9%20obrigatoriamente%20atribu%C3%ADda%20%C3%A0%20peridural.. Acesso em: 01 ago. 2019.
((MFMER), 2020): (MFMER), Fundação Mayo Para Educação Médica e Pesquisa. ANESTESIA GERAL. Disponível em: MD, Bhavani Shankar Kodali. Efeitos colaterais. Disponível em: https://www.painfreebirthing.com/portgual/index.php/ct-menu-item-89#:~:text=Dor%20nas%20costas%3A%20Voc%C3%AA%20pode,%C3%A9%20obrigatoriamente%20atribu%C3%ADda%20%C3%A0%20peridural.
(ANESTHESIOLOGISTS, 2020): ANESTHESIOLOGISTS, American Society Of. Efeitos colaterais. Disponível em: https://www.asahq.org/whensecondscount/anesthesia-101/effects-of-anesthesia/.
(BRASIL, 2011): BRASIL, Acupuntura no. ANESTESIA POR ACUNPUTURA. Disponível em: http://acupunturabrasil.org/2011/arquivo/Biblioteca/Tecnicas/ANESTESIA.pdf.
(GERAIS, 2019): GERAIS, Revista Medica de Minas. Anestesia para procedimentos fora do bloco cirúrgico. Disponível em: http://rmmg.org/artigo/detalhes/1013. 
(NACIONAL, 2018): NACIONAL, O. Segurança do paciente: avanço a ser perseguido diariamente. Disponível em: https://www.onacional.com.br/saude,9/2018/12/16/a-evolucao-da-anestesia-propic,88252.
(REVISTA,2018): REVISTA, Anestesia em. SEGURANÇA DO PACIENTE. Disponível em: file:///C:/Users/jsoso/Downloads/anestesia_em_revista_-_n04_-_baixa_site.pdf.

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